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Livro Variaveis Complexas Geraldo Ávila
Livro Variaveis Complexas Geraldo Ávila
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Vafiáveis Complexas
Varidveis Compiexas e
Aplicações
Aplica{;(jes
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Geraldo Avila
Ávila
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oO autor e a editora empenharam-se
empenharatn-se para cilar
citar adequadamenle
adequadamente e dar 0o devido cr&iilo
credito a
todos os detenlores
tOOos detentores dos direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro.
livro, dispondo-
se a possíveis caso. inadvenidamenle,
posslveis acertos caso, ident i fica~ao de algum deles tenha
inadvertidamente. a identifieação teoha sido
nmilida,
emitida.
II
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Tel.: 21
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-3543-(1896
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Silvana
Capa: Si Mattievich
lvana Mallievich
em-snxsn.. CATALOGACAO.NA
CLP·BRASlL. c.‹rrALooAÇÃo-NA-Fome
••' ONTE
SlNDl CATO NACIONAL DOS EDITORES
SINDICÀTO LlVROS. RJ.
EDiTORES DE LIVROS.
A972v
A9':'2v
led.
3.00.
Ávila.
Avila. ea-alas.
Geraldo, 1933-
1933-
Variáveis aplicações If Geraldo Avila.
Variaveis complexas e aplica.;iks Ávila. - 3.ed. - Rio de Janeiro:
Janeiro : LTC,
LTC. 2008.
2024;..
2024p.
bibliografia e indice
Inclui bibliogrnfia índice
9?8-85-216-1217-9
ISBN 978-85-2 16-1217-9
II.. Fun~Oes
Funções de vari6veis
variáveis complellas.
complexas. I.
I. Titulo.
Título.
U8-3559.
08-3559. CDD: 5515.9
COD: 15.9
CDU:
COU; 517.55
Para rneu filho Geraldo, rninha
meu filho minha nora
Regina e rneus
meus netos Felipe e Carnila
Camila
Prefacio
Prefácio
A teoria
A teona das funções
funr.;6es de uma variavel
variável complexa é uma e
extensão natural
wna extensao
da. teoria
da fuw;:oes reais, e e
teona das funções é de irnportãrrcia
importiincia frmdarnental,
fundamental, tanto em
matemática pura como nas aplicaçoes.
matematica Trata-se, pois, de disciplina
aplicar,;oes. Teata-se,
mandat6ria
mandatário nos curriculos de matemática, fisica e diversos call1OS
matematica, física ramos da
engerthaiia, sobretudo eletronica
engenharia, eletrêrnics ee aeronautica.
aeronáutica.
oO presente livro
Livro foi
roi escrito com vistas a:a atender às~ necessidades dos
estudantes desses vários
v3rlos cursos. Os pre-requisitos
pré-requisitos sao
são minimos:
mínimos: apenas
um curso de catculo,
tun seqüências ee series
cálculo, cobrindo derivadas ee integrais, seqtiencias séries
infinitas. 0O pouco
POllCO que se requer de derivadas parciais, integrais de linha
E integrais duplas pade
e sec suprido num curso
pode ser cruso concomitante de caJ.culo
cálculo
de várias
v3rias variáveis.
variaveis.
A. ênfase da exposir.;ao
A enCase exposição esta
está no desenvolvimento dos métodos metodos e técni-
tecni-
cas da teoria. 0O formalismo
fomlalismo e 0o rigor sao
são reduzidos aa um urn minirno,
minimo, como
convém num
convem nrun primeiro curso, para facilitar 0o aprendizado.
aprendizado, decOrTenda
decorrência
natural do que diz Arnold, eminente matematico
matemático russo da atualidade.
Insistirnos em que o
lnsistimos 0 texto eê apropriado tanto aa matemáticos aplicados,
matematicos aplicados.
fisicos
fisicos c e engenheiros, como aa estudantes que pretendam se dedicar a à
matemática
matematica enl em si, como carreira de ensino ou pesquisa. De fato, as ne-
cessidades de todos esses alunos sao são as mesmas: eles precisam adquirir
familiaridade com aa formula
f6mlUia de Cauchy ee suas conseqüências,
conseqtiencias, com as
séries de Taylor ee de Laurent, com 0o c8.lculo
series cálculo de residuos ee aplicaçoes.
aplica<;6es. Sd
56
depois eé que est.arli.o
estarão preparados para apreciar devidamente um urn tratamen-
to rigoroso do teorema de Cauchy-Goursat ou estudar t6picos tópicos especiais
da teoria.
Us cineo
Os cinco primeiros capftulos
capitulos cabem muito bem bern num curso de um unl se-
mestre. 0U Capitula
Capitulo 5, sobre
sabre singularidades isoladas
isoJadas ee cAlcuJa
cálculo de residuos,
completa 0o Queque pode
pade ser considerado conteudo
conteúdo rriinirno
minima de um unl curso
introdutório.
introdut6rio.
oO Capitulo
Capítulo 7T versa sobre dinamica
dinâmica dos fluidos
fluidos ee aerodinarnica,
aerodinâmica, ee eé in-
dependente do Capitulo
Capítulo 6,5, sobre continua<;ao
continuação analitiea.
analítica. Sem nos esten-
de-rrnos muito num
dennos nurn assunto que pode rapidamente tornar-se tomar-se bastante
têcnico, logrsrnos, todavia, chegar às
tecnieo, logramos, ~ ideias
idéias centrais da teoria de Kutta-
na .f/ Pr(ffido
viii Pzfizi.:-«Lú
Prfifdcio
Geraldo Ávila
Avila
Brasílízo,
Brnsflia, jdnefirro
Brasilia, janei'ITJ
janei1u de 2000
Sobre o0 Autor
Geraldo Severo de Souza
Gera1do Sousa Avila
Ávila foi
roi professor no Instituto
Lnstituto Tecnológico
Tecnol6gico de
Aeronautica, no lnstituto
Instituto de Fisica
Física
Fi'sica Teórica
Te6rica de São
sao Paulo (UNESP).
Sao (UNESP), nas
Universidades de Wisconsin
Wisconsin,. Georgetown (em Washington, D. C.),
Brasília.,
Brasilia., na Unicamp e na
Brasilia, Federal
oa Universidade FedpnU Goiás. Bacharel
Goms.
Fedpral de Goias. Dac harel e li-
Dacharel
cenri~do em Matematica
cenciado Matemauca pela USP , mestre e doutor pela Universidade
pela USP,
de Nova York (NYU), eé membro
membra titular da academia
Academia Brasileira de Ciên-
Cien-
cias e da Academia de Ciencias
Ciências do Estado de saoSão Paulo. Foi presidente
da Sociedade Brasileira de Matematica
Matemática por dois anos. E
par dais É autor de vários
E vanos
vArios
trabalhos dedepesquisaemonografiasespecializadasnaáreade
pesquisa e monogr-afias equações
monogrnfias especializadas na area de equac;Oes
equaJ;Oes
diferenciais parciais ee propagação
propaga~iio ondulatória, aJem
propagac;ao ondulat6rla,
ondulat6ria, além de textos
tenos universi-
tários e artigos de ensina
tArios ensino e ctivulgac;ao.
ensmo üvulgação.
divulgac;ao.
Sulnário
Sumfuio
CAPÍTULO
CAPiTULO 11
Númsaos comwxos
NUMEROSCOMPLEXOS
Necessidade dos números - . _ -
mlmeros complexos ........................................................... 1
Números complexos.
Nl1meros complexos . . . . ............. .............
..................................................... . 2
Us reals
Os reais como suhcorpo ..................................................
subcorpo dos complexos ................................................... 3
oüplano complexo_.....................................
plano compJexQ. . .
.. ..................... ............................................................... 4
Módulo e complexo conju,gado
M6duIo conjugado . .- . .
.................................................................. - 6
Exercícios
Exercfcios .............................. ..................................................................... - 7
RepresentacAo polar .......................................................................................
IIIIHIIIIIIIIIIIIIIÍÍÍÍIÚIIÚIIIIIÚIÚIÍ 'I' Í 'IÍ 'I Í ÍÍ Í Í Í ÍÍÍÍII 8
Formulas
F6nnulas do produto e do qUOCiente quociente ........................................................
- . 9$CD"'~1fl'ã|h-Calbil-I
Formula -
F6rmula de De Moivre .................................................................................... 11
Exercícios ...................................................................................................
Exercicios . 11
Respostas e sugestOes
sugestoes.................
................................................................................ 12
Propriedades do valor absoluto .....................................................................
. 13
Exercícios - - - - -
Exercicios ................................................................................................... 15
Raizes
RaIzes n-esimas.......... . .
n-~simas ............................................................................................... 15
Raízes un.idade..... . . . . . .
Ratzes da unidade....................................................................................... 16
15
Raizes primitivas
RaIzes primitivas .
.. .. ............................................ ........................................ 18
IB
Exercícios . . . .
Exercfcios ................................................................................................... 19
Respostas, sugestoes e solul,;:OE!ssoluções ...............................................................
. . 20
Aexponencial....._............................. . - - . .
A exponencial ................................................................................................. 21
Propriedades da exponencial ....................................................................
. . .. 22
Exercicios ...................................................................................................
Exercfcios . 24
Respostas, sugestOes
sugestoes e soluções - . .
soluC;OE!s ............................................................... 25
Cornjuntos de pontos no plano .......................................................................
Conjuntos . . . . . .- 26
25
Exercfcios
Exercícios ........................ ...........................................................................
- . . 31
sugestoes.....
Respostas e sugestOes .
..................................... . . .
.......................................... 33
cà.PITULo
CAPiTULO 2
FUNÇÕES .õ..N.à.Lí1¬1cas
FUNC;;O ES ANALITICAS
Funçoes variavelcomplexa.....
Func;OE!s de varilivel .. . . . . -
complexa ....................................................................... 34
Exercicios ................................................................................................... 36
35
Limite e continuidade ....................................................................................
Lintite ................................................................................... 36
35
Exercícios -
Exercfc10s ....................................................... .. ............. ....... ..................... 42
Sugestões ....................................................................................................
SugestOE!s . . . . . . . . .. . .. . 43
Propriedades do lintite
limite .....................................................
. . . . . .............. .............. 44
Exercfcios ...................................................................................................
1nn¡1-nni¡11--11-ri-1. 1- 1- 1- 1- 1- 1- 1- -I- 4- I- 'III' 47
:til I Sumário
xii Sumdrio
As equa~Oes
equações de Cauchy·Rielnann
Gauchy-Riemarm.....__..__...___._ _
....................................... _
........................... 53
Condição
Condi~no necessaria
necess!iria e suficiente .............................................................. 55
Gaucha-Riemann
Cauchy· _ _
Riemann em coordenadas polares ............................................... _ _ 57 IIÍI
Interpretação geométrica
Int.erpretacAo geom~trica ..................... .................................................... _ 59 III
A funçao exponencial...____._.............._.....
fun~Ao exponenclal................................................................................. _ G1
61 --n
Excrcfcios ...................................................................................................
Exercícios _ _ _ _ _ 62
E2 -III
as funções trigonom~tricas
As funt;Oes trlgonometricas e l1iperbõlicas
hiperb6licas ........................................ . _ ..... 63
E3 Ifill
Exercfcios
Exercicios .................................... ... ............................................................
_ __ _ 64
E4
o0 logaritmo ........ .............................................................................................
__ __ E5
65
oO logaritmo
logariuno como transformação
transfonna~o e sua inversa__.___ _ _.
inversa ........................................ 67
ET
Propriedades do logaritmologariuno ........................................................................
_ __ _ B9
69
DefiniCAo de Z"
Deflniçao si' ...........................................................................................
__ _ _ 70
As funCOes
funções trigonometricas
trigonom~tricas inversas ...... .......................... ..... .... ..... ..... ...... T2 72
Exercícios _ _
Exercfcios ................................................................................................... 73
Respostas sugestões.._.__
ResposlaS e sugestOes _ _ _ _ _
. .............................................................................. T4
74
ca.Pi'rULo 3s
CAPiTULO
Tsosta na
TEORLA DA Imsosat
INTEGRAL
Arcos e contornos ........... ............................................................................... 75
E IlII-IIiII1IlI--IitiIii-I*I'lI-viil-ÚIIÚIPI1-i'IrI1-Ii-vii-Illi
I 1 I 1 I' 1 4- -I IJII TE
Teorema de Jordan e coneclividadeconectividade simples _
simples ...................................... _ ...... 77 T7
arco
Arco regular e contornos ............................................... _ ............ _ _ ................ 78
Exercicios___.._____.____._.._.._..._._____...._._ _ _
Exercfcios .............. ............. ........................................................................ _ _ 79
'F9
lntegral de conLOnlO
Integral contorno .......................................................................................
_ _ _ _ ._ _ __ _ _ 79
T9
Integral cwvillnea
curvilínea ou de contonlO contorno ................................... _ _ ........................
_ 81
Invariancia _ _ _ __ _ _ __
InvariAncia da integral................................................................................ 81
B1
Propriedades
Propri edades da integral__..._. _ _ _
integral ............................................................................ __ __ 82
B2
Exercícios _ _
Exerdcios ....................................................................... _ ....
.... _
_............. 86
30
Respostas e sugestões
sugestOes ........ .. _ _ _
. ............................................................ _ _ 88
BB
Teorema de Cauch_v________.___
Teorenla _ _ _ _
Cauchy ........................................................................................ 89
S9
_
Teorema de Green ............................................ _
................. ..... ................... 89 E9
T eoren13 de Cauchy ....... ............................................................................ 91
ll-I-ilflll-II--II-li-II--IIIII1--Ill--II-I-Ii
-I- 1- IIÚI
Integrais de contomo
contorno e prirnitivas
primitivas ............................................................
.........................................................._ 93
Exercicios _ _
Exercfcios ................................................................................................... 99
SugestOes
Sugestões ....... ..................................................... _ _ ........................................ _ 101
Fõrxmila
F6rmula integral de Cauchy Cauchy._.._._...._. _ _ __
..........................................................................._ _ 101
Derivadas todas as ordens
Deri vadas de toclas ordens .................................................................... 103
Exercicios
Exercfcios ...................................................... ........... _ .........................
_ ._......... 10?
107
Respostas e sugestOes
sugestões___.____________.____.____.______..__.__. _ _ _ __
... ..... ..... ................................................................... 109
Funções
FuncOes hannOrticas............... ................................................ .......... _ . .. IDH
109
Função
Fun~llo harrnõnica determina funçao
hannOnica detennina analítica ........................................
funCAo anal1tica _ __ III
111
Regiões
RegiOes multiplamente __
mult.lplamente conexas ................................................................ _ _ 112
Principio
Principlo do modulo
m6dulo maximo ............................. ..... _..... _... ...........................
_ __ __ 113
Problemas de Dirichlet e de Neumann Netunann ..........................
_ __ .............. ...... ....... 11 114 4
Exercícios
Exercfcios ........... ... .. .... ... .. ............ ... .... ...... ......... _......_ ..................................
_ _ _ _ __ 11 6
110
Respostas.__... _ __ _ _ _ __
Respostas .................................................................................................... _ 117
Sumdrio xiii
Sumário .fI :oiii
oaPÍTULo
C APiTULO 44
CAPiTULO
SÉRIES DDE
SERIES DEE PoTÊNoLas
POT~NCIAS
fun~(\es complexas..
fun~aes
Séries de funções
Series complexas _____________________________________.
complexas....... ................................................
. ................................
. .. 118 1 1 r 1 r 1 ¡ i 1 i i I + I + I E + I + Ç I Ç I I I I I I ll-
Convergj:!ncia
Convergl!:ncia
Convergência simples
sitnples ou pontua1______
pontual
pontu al .................... ................. 119
Convergencia wtiforITle
unifonne ...........................................................................
Convergência uniforme .... ......................................... .._.13EI120
Exerdcios ........ ..................
Exercfcios
Exercicios ............. . ............................................................... .. ... 125
Sugestões
Sugestoes
SugestCles .................
......... ........ ............................... 12'?
... 127
Series de potências
potl!:ncias..
potencias ......__________________________________________________.
.. .......................................................
.................. 127
- ¡ ¡ ` ¡ , ¡ , ¡ . . ¡ , ¡ + + ; + 1 + n ; ç ; ; | ; ¡ 1 - 1 - ; n ¡ n an
Exercfcios .......................
Exercicios .... ............. ............................
__________________________________________________________________________________________________. .. ..... 132
Respostas ee sugestoes
sugestões _________________________________________.
sugestOes ... ................. ............................
.................. .. ..............................
.. ............... 132
- 1 1 1 1 1 1 r : ¡ 1 n r 1 r 1 ¡ + I + + 1 + I l I I I I I I I Ç I I I I-I
Series
Séries de potências,
potl!:ncias,
pote n cias, seneserie de Taylor... ............... ................ .................133
Taf.-flor _____________________________________________________________. 133
Exemplos de seriesséries de potências
potl!:ncias
potencias .......................
..______________________________________________________________
............................. .. ............... 135 136
Produto e qquociente
u ociente de series séries de potências
poti!:ncias
potencias............................................._
.............. .....................
.. ................ 138
Exercfcios
Exercícios ..............................................
.... ......................... ......................
............. ................142
................. 142
___________________________________________________________________________________________________
Sugestoes
SugestOes
Sugestões .....
.................................
................ ................. .............................................. 144
__________________________________________________________________________________________________._
Serle
Serie
Série de Lauren
Laurentt .........................................................................................
......... .. ................. 144
___________________________________________________________________________________________._
ReguJaridade infinito.........
inJInito.......
Regularidade no irLi'jr|ito ................ .. ..............147
___________________________________________________________________________._ 147
14?
fun~(\es analfticas....
fun~Oes
Zeros de funções analfLicas ................ ....................... 147
analíticas ______________________________________________________________________._ 14'?
Exerdcios ..............
Exercicios ............... ......................
.............. ................................. .....................
................. 143
___________________________________________________________________________________________________ 149
caPÍ'1¬ULO 55
CAPiTULO
sINoULa_nIDaoEs
SINGULARIDADES E
SINGULARIDADES E RESIDUOS
sEsíDUos
Singularidades isoladas
SinguJaridades isolad as .....................
.................... . ................. . .......... .. ................. .. .. 151
.' Singularidades
SinguJaridades removfveis
removíveis .......................................................................
.. . .. ......... 152
Singularidades
Síngularidades do tipo polo
SinguJaridades p610 ....................................................................
..______________________________________________________________________
.. .. ........... 153
Singularidades essenciais .......... . .. ...............
.. ...................................... ____154 154
Exercfcios
Exercícios ..........
Exercicios ... .. ....................................................................................... ..____l55
.. 156
Respostas .............................
Respostas ...........................
. ............. ........ .. ............................ ..____15'¡"
.. 157
Teorema do residua
re siduo ....._ _ _ __ ...............................................
........ _ . . .......................... .. .. 157
Exercfcios
Exercicios
Exercícios ...
.......... ....................................................
.. .............................. ..
___________________________________________________________________ .......................
_ _______________________________ .. .. 160 150
Respostas e sugestOes ......
..... . .........................................................................
sugestões_____________________________ .. .................... 161 161
151 111|-
lntegrais impr6prias
integrais impr6pnas
imprõprias de func;Oes run~Oes racionrus
nmções racionaJ.s
racionais _____________ __ ..........................
...................... 161 151
161
. ¬ . . . , . 1 + ¡ + ¡ 1 + ¡ 1 ¡ 1 1 n 1 ¡ 1 1 n 1 . 1 . 1 1 1 1 . 1 1+
Exerclcios
Exercfcios ................................................................................................
.......................................... .
11I1-II-*II-IIIIIII-II*IIIIII-IINI¡*I¡I'¡l-Jl'l'¡l'.¡.¡UJlÍlÍlUUlUlU'Il .. ......... 163 153
Respostas e sugestoes.
sugestl"les
sugestos-s______ .................. . .. .................................................. .. ....
____l54 164
Lema de Jordan .........................
......... . .................... ................
____________________________________________________________________________________________._ .. .. 164
.. ........ 154
Exerclcios
Exerdcios .........................
Exercícios ________________________________________________________________..................
_ .... 168
. ..... 153
1 ¡ ' ¡ ¡ ç ¡ + ¡ + ¿ Q + ¡ n ¡ n J ¡ ç n ¡ 1 1 - 1 - 1 r 1 r 1 1-
Respostas e sugestoes...
sugestoes
sugestões ................................... . .. ........................
______________________________________________________________________________._ .... 153 169
lntegrandos
Integrandos muitivalentes
muJtivalentes ________________________________________.
muitivaientes. ........... ................... . .. ...... 169
. ...............................
_____________________________________153
Exerdcios.................................................................................................
Exerclcios
Exercícios ............. ................ .. ......... ..
__________________________________________________________________._ . .................. 173
_______________________________173
lntegrais envolvendo funções
Integrais fun~Oes trigonometricas
trigonomêtricas .......... .......
____ . .. ...... 173
..........................
__ _____________________________________._1'?3
Exercicios
Exerclcios ....................
... ..............................................
.. ......... ..
I-Ir-IIIIIIr-II--iI1-IIIIIII1I*III1--IIII-*III1-3¡IIIÍÚJ53Í.¡¡'Jl'l'¡l'¡l-IÍIÍÍI-'I-II-I
.. ............... ... 174
.____1'?-'zl
Residuos logarfl.micos
Reslduos
Resíduos logaril.micos
logarítmicos e principio prindpio do argumento ________________________________________._l'í"5
............................. ..... 1175
75
Exerclcios... ......................
Exercfcios ........................
Exercicios ...........__ 178
______________
. .............. _............................................
___________________________________________________________________________________ ITE
ca_Pí'rULo 66
CAPiTULO
ooNT1NUaÇÃo
CONTINUAQAO
CO aNA_LÍTIca
NTINUAvAO ANALfTICA
Primeiras conseq Oencias ........ ......................
conseqUencias
conseqüências .. .. 131
. ...................................... 181
Permanencia rela~Oes funcionais
Permanência das relac;oes
relações
:dv // Suma1'io
xiv Sumário
Continuação analit
Continuac;ao analíticaica por par reflexão
reflexao ........ .........................................
... ... .. . ..... ._
...................... .... ........... 183
- - - 1 . - . - . . - - . - - - - u - - - - - zu
Exercícios
Exe rcfcios ..................................................................................................
.. ... . .. ........ ..... .............. .... ........ ... ............. . . . ........_. 185
Respostas e sugestões .....................................................
sugestoes .................. .. ... .. ...... ... ._
.................. ... .... ............ 186
n o 1 1 - 1 ¢ n I - ¢ ¡ | | | ø u Q - - - - 1 10
Continuação
Co analítica e singularidades
ntinuar;a.o analitica singularldades ....................................................... _.. 187
Singuiaridades
Sing ularidades .... ................................................................. ._ .......................
....... .... .. ........ ... .... .............................................. _. 189
....... ......
Continuação analítica por cadeias ..........................
Continuac;ao analHica .................................. _. .. .................. 192
..............
ø Q | n n ø ¡ - Q Q Q | | Q Q Q 1 Q o o n v - 'O
Exercícios
Exerc ........................................................................
fcios ...... ..... .................. .... ........................................... _. .......................
.... ........... .... ..
_. 197
Funções analiti
Funr;oes anahtícas
' cas d deñnidas
efinid as por pOl' integrais ......................... ._
.... ........... .................. ,................ 198
u o n Q › n 0 0 0 O o - - n | n l n n l n o ¡ no
CAPÍTULO 77
CAPiTULO
APLICAÇÕES
APLICAQOES À DINAMICA
A DINÂMICA DOS
Dos FLU1Dos
FLUIDOS
Os movimentos fluidos a considera considerarr ..... ................................... ._ .... ........... ... .. 204
.. .................... .. .......... I I I I I I I I I I I I I I I Ú U I l I I I I ll
Conservação cla
Conservac;ao da massa ....................................................
.. ... ..................................................... __ .... .......... .. ... 205
I I Ú U I D w - I I I i U I Q I I I I I I I I DI
As fun<yoes
funções potenciais
po tenciais ..................................................... ._
.......................... ........... .. ..... .... ................ ... ...... .... . 210
2 10
¢ - - - - - u . . ¢ - - - - . - . - › - - - - --
Exercícios ......................................
Exercicios ........................................................................
. ....... ..........._. .... ..... 2 15
215
I I I O I l l O Ç U I I 1 I I Ç I I I Í U - Í Í.
Exercícios ........................................................................
Exercfcios ....................................... ._
......... .... ... .......... .. ... ..... ........ . 220
- - - - ¢ - - - - - . . - ¬ . - . ¢ - - 1 - ¢ +.
Exercícios ............................
Exerclcios ........................................................................
,. .... ... ._ ...... .... ....... ... . 225
. ......... .....
I I I l I I I I I I I I U I I U I I I I I I I CO
A dinamica
A dinâmica do movirnento
movimento .................
.................................................. ._
.................. ....... ........ .......... .. .......... .. .. . 226
- 1 - 1 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - --
Força sobre um
FOf<ya urn ccilindro
ilindro e f6rmulafórmula de Blasius .... ............... ._
.... .... ... ............ .............. . 229
- . - - - . - - - Q . . . - . . - ¢ 1 - - - - .-
Fórmula de Kutta-Joukovsld
F6rmula Kutta-Joukovski ......... ..........................................
... .......__..... ...... .. ... 23
2311
. - - - - - - - - - - - - | | - - ‹ - - - - - --
A transformac;ao
transformação ddee Möbius Mdbius ... ............................................
....... ._
.. ........... ................. .... ..... ...... .... 232
- - › 1 - - - - - - - - - - - - - v u - - - - --
Exercícios ........
Exercfcios ........................................................................ ._
..... .... ........... .... ... ...................... .. ... .... ............ .. ...... ...... ... . 234
I O I O I I O Q I O | I n I I I I I I I O I U IO
Sugestões .........
Sugest6es ......................................................................... ._ ... ... ........... .. .. 235
...... .... .......... ........ ............... .. ...... ... .... .. .......... - ¢ - - - ¢ - - 1 - ‹ - ¢ - - - - ¢ 1 - 1 ¢ ‹ --
oO potencial complexo apropdado apropriado ao perfil perfIl de Joukovski .. ....... .. ... 238
- - - . ¢ - - - › - - - - - - . - - ¢ - - - ..
CAPÍTULO 8s
CAPiTULO
REPRESENTAÇÃO CONFORME E APLICAÇÕES
REPRESENTAQAo A.PLICAc;:OES
Considerações
Conside preliminares ............................................
rac;:oes preliminares....... ..... .... .. ...... ...... ........ __ ... .. ... ...... .. ... 245
o n u U U u - - ¢ - n 1 - u u t o u ü - I - - --
Representação ................................................ ._
Re presentac;ao conforme ......................................................... ... ... ...... ... .. 245
Q I Q ¡ Q n I u ¡ 1 r o - Ç u n Q n 1 Q o 1 o ou
Invariância da equac;:ao
hwariancia equação de Laplace ................................. ._
..... ..... .................................. .. 248
I I I | o n n Q n n n n o o n I | I D I I O I li
Exercícios
Exerc lcios ........................................................................
....... .... ............................ .......... .... ................. ........_ ...... ... .. ...... .... . 248
u 1 1 n 0 o - a n ú n ¡ n - l 1 0 0 0 t t 1 - 1-
Exercicios ............................................................
Exercfcios ......... __.... ... .... ......... ..... 253
,..................................... .... ............ ,....... .......... o n | o u u - - Q 1 n 1 1 o u o I i | i o 0 o ni
A
A transformação
transformac;:ao de Mõbius Mobius ............................................... ._ ...... .
... ...... ................ .. .................. ......... ..253
253
Q o 1 Q n n r - - I - H H - - H À 4 u o Q 1 - :-
A razão cruzada
A razao Cf1.1Zada ............................................................... _.
.... ........... ... .................. . .............. . ..... ... ........... ..... ....... . . .... . 256
n n ¡ ¡ Q n Q n Q ¡ n n Q n 1 1 Q ¡ U Q Q Q Q qq
Exercícios ........................................................................
Exercfcios ................................................................. _.
.. ............ .... ................ 259
o D 0 0 0 a - n Q 0 o n n Q - | 0 | i ¢ u ü - 11
Sumário // xv
Sumo:rio
Potencial eletrostatico ............ .. ............ ............ .. ....... ... .......... ........ ... ........... _... 260
eletrostátíco ..................................................................................
Os potenciais escalares ........ ............................................................................
.. ... ..... ... ..... ... .... ..... ..... .. .. ................................_ 261
transforrnaGao w == zz + ez .................
A transformação .. ....... ................................. .. ..... .... 262
...................................................................._.
oO condensador de placas paralelas ......... ...........................................................
....... .. .. ..... ....................... ...... ... .. 263
Exercícios .................................................................................................
Exercfcios .............. ... ....... ......................... ........... ......................................... 265
Referências
Referencias e Bibliografia
Bíbliografia .....................
............................................................................
....................................... ....... ...... ....._. 267
fndice Alfabetico
Índice Alfabético ....................... ......... ... ........ ........................... ....... ................._ 269
...........................................................................................
Capítulo 1
Capitulo 1
NÚMEROS COMPLEXOS
NUMEROS COMPLEXOS
NÚMEROS COMPLEXOS
NECESSIDADE DOS NUMEROS
Os numeros
números complexos sao são comumente estudados nos cursos de Algebra,
Álgebra, ou
em cursos que tratam das construr;6es
construções numericas,
numéricas, aí incluídos os numeros
ai incluidos números in-
teiros, racionais e reais. Vamos fazer aqui uma apresentar;ao
apresentação desses numeros,
números,
mais do ponto de vista pnitico,
prático, sem maiores preocupações
preocupar;6es com os detalhes
da teoria.
Como se sabe, as raizes
raízes de uma equar;ao
equação do 22.
29 grau,
aa:22 + bx + c == 0,
ax O,
são dadas pela conhecida formula:
sao fórmula:
b ± Vb
w _ --b:|: \/b22 --4ac
4ac
x =
2a
raizes , quando 0o discriminante bb22 -- 4ac eé
Obtemos, efetivamente, duas raízes,
positivo e apenas uma se ele for nulo.
Quando o0 discriminante eé negativo, a formula
fórmula acima não
nao conduz a ne-
nhuma raiz real. Neste caso, 0o trinômio
trinomio a:c2 ba: + c e
ax 2 + bx é sempre diferente
x. Por exemplo, se
de zero, qualquer que seja 0o valor real que se atribua a Lv.
tentarmos resolver a equar;ao
equação
zz;x 22 -- 6x
õz + 13
13 =z 0,0,
somos levados a
x_õ¢\/36-4-1-13_õ¿¬/-16
6 ± V36 - 4 . 1 . 13 6±V-I6
x =
22 _ 22 ”
2 Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números
$_
x = 6õâz,/;õ(-1) õàzzi;/-1 = 3±2H
± J I6(-I) = 6±4A gfl ,__1,
22 · ,
Xl == 3 +
ou seja, as' +2 A e 11:''
2\/T1 x" == 3 -- 2A.
2\/Íl. Vamos substituir esses "numeros"
“números”
equação original para verificar
na equac;ao verificar se eles sao
são realmente raizes.
raízes. Ao fazermos
isto, devemos tratar 0o simbolo A como se ele fosse mesmo urn
símbolo \/-_1 um numero;
número;
particular,, seu quadrado deve ser --1:
em particular 1: (A)2 = = --1.
1. Teremos:
(x l)2 -- 6Xl
(zz')2 õzzz' + 13
13 z= (3
(3 + 2H)2
2\/T1)2 -- 6(3
ô(3 + 2H)
2\/T1) 13
+ 13
= 99 + 12H
= 12\/-1 + 4(
4(-1)
- 1) --13
18 -- 12H
12\/-1 + 13
13 = 0.
0.
Do mesmo modo, verificamos que 9:”
x" tambem
também ée raiz.
Números
N umeros complexos
operaçoes pos-
priedades associativa, comutativa e distributiva que essas opera<;;oes
suem quando referidas aos números
mimeros reais. Assim, os mimeros
números complexos
ficam determinados pelas seguintes regras:
ficam
é2=-1; az
aézéa;
= W;
+ bi = e + di significa aa=c,
aa+bi=c+di = e, b=d;
b = d;
+ bi) + (e + di) = (a + e) + (b + d)i ;
(a+bi)+(c-l-di)=(a+c)+(b+d)i;
(a
+ bi)(e + di) = (ac
(a+bi)(c+di)=
(a - bd) + (ad + bc)i .
(ac-bd)+(ad+bc)i.
o leitor deve notar que a defini<;;ao
O multiplicação e
definição de multiplica<;;ao é motivada pelo que
obteríamos formahnente, assim:
obteriamos operando formalmente,
(a + bi)(e
bi)(c + di) == ac
ae + adi + bie (ac -- bd) + (ad + bc)i
bio + bidi == (ae bc)i..
vI2(_l_
1
2 ---'
v'I8
- iJ50)
50 =
ix/_) !31 - iv'loO
=--
3
i'\/1 00 = !31 - Wi.i
=--10'.
3
A subtração números complexos e
subtra9ao de mimeros é definida
definida em termos da adi<;;ao
adição e do
oposto de um número. Ooposto
urn mimero. x+iy ée0o mimero
O oposto de z = sc+iy número --zz = (-ar)-I-i(-y).
(- x)+i( - V).
Dados então
entao Zl :U1 +
zl == Xl +iy1
iYI e zz
Z2 == :tz
x2 + iY2,
iyz, definimos:
definimos:
oO plano complexo
 zz=x+iy
= x + iy
_1+2¿ F ''''''''''' "
__-J
'''''' _2_-
2 - 2z'
2i
Fig. 1.1
Fig. 1.1
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 5
N fa)
Z2
\
'
\ \
\ \", I
"
\
I\`
`
I
II
:
\ I_
I
T
/I I Y 2
“<í>|
ÍJ
II
I
.v,..- ___-”____ __ N
\
Z I "__
\
/ I
I ___ _ 1 _
:I l
_x2_,|
Y
X,-->‹_-.
Fig. 1.2
Z,
Zl
I `
`
Í
`
ff "`
1 Z
zl-z 2,'
1 2
Í
Í
| }
Í
I
I
Fig. 1.3
6 Capitulo Numeros complexos
Ca.p1'tulo 1: Números
Definimos o0 modulo,
Definimos módulo, valor absoluto ou norma de um número complexo z =
urn numero =
x + iy como sendo 0o número nao-negativo Izl
numero não-negativo \/:B2 + yë.
|z| = vx 2 vê, ele
y2. Como se ve,
eé a distancia
distância do ponto z ità origem.
oO complexo conjugado de z = xx ++ iy eé definido
definido como sendo E z = x -- iy.
A Fig. 1.4 ilustra exemplos de complexos conjugados.
 z _= x+iy
x + iy
Z-
az-3+2z° -----
-uma-__;
-_ ›-ú z-_ -p
ä=-3-2|' _
Z x - on.iy
NI = N *<
Fig. 1.4
módulo e do conjugado, temos:
Em termos do modulo
zz
22 = (22 +
= (x +13/)(fv
iy)(x -- iy) (2122 + y2)
iy) == (x y2) + i( - xy + yx)
'¿(--ru x 2 + 1/2,
vw) == 222 y2,
isto e, zš == Iz12.
é, zz |z|2. Esta propriedade permite calcular 0o quociente z == z1/zz zI/ Z2
de dois números
numeros complexos Zlz1 e Z2,
zz, Z2 76 0, que e
zz =I- definido pela condi~ao
é definido condição
zzz = Zl·
ZZ2 z1. Para isso, basta multiplicar 0o numerador e 0o denominador pelo
complexo conjugado do denominador. Exemplos:
3 + i _ (-3
--3+i + i)(l + 2i) _ - 5 - 5i _ -11 _ iZ,
(-3+i)(1+2i)_-5-5i_,
11 -- 2i - (1 -- 2i)(1 +
+ 2i) - 12 +
+ 22 - .`
Em geral, com Zl x1 +
z1 == Xl +iy1 X2 + iY2,
zz == xz
iYI e Z2 iyz, temos:
21 _ ZlZ2
Zl 2122 XIX2 + YIY2
1v1:vz+ i/13/2 + i(YIX2
i(y1f1=2 -- fviyz)
XIY2)
=
22
Z2 2252
Z2Z2 x~ + yš
rã y~ '
leitor
Deixamos ao lei tor a tarefa de provar as seguintes propriedades:
z+z
+2 Z-z
z-E
Izi
|z| = Izl;
|z| ez 2 ,
Rez=--·
2 '
Imz=
mz -2z_
_ .,
2i '
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 7
(~~) ;~Z2
_____ _ __ __ Z1 Z1
21 + 22 = 21 + 22; 2122 = 2122; _ = = :-
Z2
Esta última
ultima segue da penúltima
pen ultima e da definic;ao
definição de quociente:
_ zZl
ZZ2 = z1;
zzz Z Z2 = E1,
Zl; logo, 222 de EZ =
donde
Zl, don - .
Z22
Exnncíclos
EXER CICIOS
Reduza àa forma a +
+ bi cada uma das expressoes
expressões dadas nos Exercs. 11 a 11.
1. (3+5i)+(
1. (3+ sé) + (-2 + z').
- 2+i). 2. (-
2. (-3+4z')
3 + 4i) -- (1
(1 -- 2z').
2i) . 3. (v'3
3. 5/3-- 2i)
2z') -- i[2
z'[2 -- i(
z'(\/3+ 4
v'3 + 4)].
4. (3
4. (3-51;)(-2-41;).
- 5i)( -2 - 4i). 5. (1
5. + ~)( - ~ + 3i).
(1+š)(-§+3é). 6.
6. (3i - 1)(~+~) .
(3é-1)(%+š)
7. - 22. (2 -"5'
7. 77-2é(2-%Í). 2i) s. (2+3z')2.
8. (2 + 3i)2. 9. (4
9. (4-2z')2.
- 2i)2.
10. (1
10. (1 + i)3
¿)3 11. 11 ++ 2z'
11. 2i + 4z'33 ++ 5i
3z:22 ++ 4i
+ 3i sr*4 ++ 6i
õzi.5 .
N
Lin
12. Mostre que Z i" == 1, 11 +
+ i, i ou zero, con
conforme
forme 0o resto da divisão N por 4 seja
divisao de N
n=O
n O
zero, 1, 2 ou 3, respectivamente.
+ iy)2 == x:U22 _
13. Mostre que (x + y2 +
- 3/2 + 2ixy.
(x22 +y
(x + iy)" (x -- iy)" = (X
16. Mostre que (x+iyt(x 2t·
+ y2)":.
Reduza a
à forma a +
+ bi cada uma das expressoes
expressões dadas nos Exercs. 17 a 27.
11 1
_1_ 1+i
l+i 33-i
- i
17. -í. 18. . 19. 20.
2 + 3i
2+3i 4 - 3i
4-3i 33-2z"
- 2i ' 2i - 1
2i-1°
11-i
- i 11+i
+ i 44-37;
- 3i 11-i
- i
21. --. 22 . í.
22. 1 _z, 23.
23 . 24.
l+i
1+i 1- i z'-1'
i-I v'2 -i
¬/2-z'
25. +-
(1
11
+ iF
(1 + 1)* .
26..
26 e+it·
l+i)30
(Ê
1- 2
. 27
(1 -z')(×/§+iz')
27. (1 - i)(v'3 i). +
8 Capitulo
Capítulo 1: Numeros
Números complexos
11-'
- i 11 + iV3
'3 , zz_l/-P2i'-_
3 °
V3+i
23.
28. z1=3+4f¿,
Zj = zz=_í.
3 + 4i, Z2 5V2' 29.
29. z1=%/_-,
Zj = Z2 = - -2-'
=
5»/5 2
l + i
30. Z j= - - ,
Z1=-'E-2-, Z2 = 1 + iV3.
Z2=l.+'Il\/š. 31. Z j = 1 + 2i ,
2121-P271, Z2 = 2 - i.
Z2=2-'i.
2×/2
2V2
32.
32. z1=3-1,
Zj =3 - i, zz=3-fé/2.
Z2 = 3 - i/2.
1-z:\/2__¿
1- iV2 .
34. Mostre que
34. = -2
\/§+¿
V2+i .'
(1-zx/3)2
(1 -. iV3)2] _2(1+2\/3)
2(1 + 2V3)
35. Mostre que 1m
Iml[ i_2 1 5 .
2 - 2 5
1 + i tg9 .
36. Mostre que 9 == cos 26 + 2isen
29 + 26.
sen 29.
11 -- itg
itgd
37. Dados do
37. is numeros
dois números complexos aa e {3,
5, prove que
REPRESENTAÇÃO POLAR
REPRESENTAQAO
ângulos sao
1.5). Como em Trigonometria, os angulos são aqui orientados: consideramos
positivo o0 sentido de percurso oposto ao dos ponteiros do relógio.
relogio.
o
O argumento de z so definido quando z i74 0; mesmo nesta
só pode ser definido
hipotese, o0 argumento
hipótese, argmnento so fica determinado a menos de multiplos
só fica múltiplos inteiros de
27r. Como x == Izl
2rr. = Izl
|z| cos ()(9 e gy : |z| sen (),
(9, temos a seguinte representação
representa<;ao de z,
conhecida como representac;ao
representação polar ou representac;ao trigonometrica:
representação trigonométrica:
r(cos9 +
z = r(cos() + isen()),
isen 9), r
l' = Izl;
|z|;
r
l' são designados as coordenadas polares de z.
e ()9 sao
4
, z
Z
. IZI
>
Fig. 1.5
Formulas
Fórmulas do produto e do quociente
De posse da representação
representa<;ao polar, vamos deduzir uma regra muito conve-
niente para a multiplica<;ao.
multiplicação. Sejam
dois numeros
números complexos quaisquer. Entao,
Então,
21
Zl zz
Z2 = r1 rg (cos ()1
1'11'2 (91 +
+ i sen ()1)
(91)(cos 92 +
(cos ()2 + i sen ()2)
92)
: r1r2[(cos
1'11'2 [( cos 61 (92 -- sen óllsen
()1 cos ()2 92) + ii (sen ()1
()1 sen ()2) (92 +
(91 cos ()2 -|- cos ()1 (92)],l,
61 sen ()2)
isto e,
é, -
zlz, _ _ _ _ . - - -- ___-- z 2
\Z1
01+ 02 \`
\
1
\
5'
\
\
\
4Q ''-_.'.
Fig. 1.6
resultado
Vamos deduzir result análogo para a divisao.
ado analogo divisão. Como
11 cosól-isenól
cos () - i sen () _c0S9_¿Sen6
() . ()
= cos - ~sen ,
cos () + i sen ()
cos9+isen6l () + i sen ()) (cos () - i sen ()) O
(cos6l+isen0)(cos0-isenól)
(cos '
temos:
temos:
z1 r1
rl 91 + ii sen 91
cos ()l ()l r1
rl _ _
- - - () ._ () =- - ((cos 91 + ii sen ()1)
cos ()1 91 ) ((cos 92 -- i1, sen ()2)
cos ()2 (92)
Zz T2
r2 cos 922 +
COS + ~Z sen
SGII 622 'F2
r2
= -;%[(cos
rl [(cos ()l 92 + sen Hlsen
61 cos ()2 02) + i (sen ()1
()1 sen ()2) 91 cos ()2
02 -- cos ()l
61 sen ()2)
l9z)].] .
r2
Portanto,
, --
_.:-HU*
Z
-z-šflk'í í í í í í-Í ...__ 2
z /Z,
Q
J
%
U-l
91- i_l
bà
Q '.-Z.__-._-_š____-Iinflv-nnxu-n
Fig. 1.7
Fórmula
Formula de De Moivre
A formula
fórmula de multiplica<;ao
multiplicação acima
acíma estende-se para um numero
-número qualquer de
fatores. Sendo
teremos:
z1z2...zn = 'r'1rz...'rn[cos(01+ 02 + . . . + 0n)+isen(01+ 92 + . . . +
EXERCÍCIOS
EXERCICIOS
1.
1. z=-2+2é.
Z = -2 + 2i. 2.
2. z=1+é\/š.
Z = 1 +iJ3. 3.
3. z=-\/š+z:.
Z = -J3+i.
ii - ) 55 11 _
4 . zz -=
4. ( -i
- (1+¿)
1 +i ._ ==-í.
5. 2:z = _1_z_\/ã 6. zZ =
=-1-.
-1 - i.
z
- 1 - iJ3'
-3+3i - 4
-4 .
=-i.
7. z = 1+z_`/š 8. z = -\/š_z_
=-_-. - - . 9. zZ =
=1+2. z
1 + 2i.
1 +iJ3' J3 - i
10. Z = -1 + 3i.
10.21:-1+3¶Í. 11. Z = - 3 - 2i.
11.z=-3-2¿. 12. Z = 4 - i.
12.z=4-11.
3 - iJ3
= vM
Z1=\/š+3¿,
13. Zl
'
Z2 =
3 + 3z, Z2= 2 -. 14.
14- Zl
Z1=1-I-Í, Z2 = J3 + i.
= 1 + i, Z2=\/š-I-'À
15.
15. z1=1-z',
Zl= 1 - i, zzz-1+¿\/š.
Z2 = -1 + iJ3. 16.
16. z1=-1-é,
Zl= -1 - i, zzz-1-é×/š.
Z2 = -1 - iJ3.
IZII == |zz|
19. Prove que se |z1| IZ21 = IZ31
|z3| = 11 e Zl
zi +
+ Z2
zz +
+ zg então Zl,
Z3 = 0, entao z1, zz z3 sao
Z2 e Z3 são os vertices
vértices
de um triângulo equilatero
urn triiingulo eqüilátero inscrito no círculo
clrculo unitário
unitario de centro na origem. Fa<;a
Faça urn
um
gráfico.
grafico.
20. Prove que
2
cos 39
3B = cos 3 9B -- 3 cos 9Bsen
= cosa' seng 9B e 39 =
sen 3B -sen 3 9B +
= -sen3 cos22 9BsenB.
+ 3 cos sen 9.
n D n(n --11) n- 2 D 2 D
cosn9
cosnB = cos"'9u-
cos - É?-?'5-)cos"`29sen29+
2 cos usen u + ...
= P(cos 9, sen9),
B, sen B),
_
n-11l D n(n-1)(n-2)
- -2 _
n-3 3D
sennB
senn9 = ncos" 19sen9
ncos usenu - nm 1â(n
6 )cos"'3sen39+...
cos sen u + ...
= Q(cosB, B),
Q(c0s9, sen 9),
onde PP eQ Q sao
são polinômios convenientes, homogeneos
polin6mios convenientes, homogêneos e de grau n nas duas variaveis
variáveis
cosB
cos 9 e senB.
sen 9.
RESPOSTAS E SUGESTÕES
SUGESTOES
1. z=2\/§'(cos3l+isen3l).
4 4
2. i
= 2 (cos 3 + isen 3
2. Zz=2(cosÍ+isenÍ). i)'
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 13
5
57r .. 5
57r) 11 ( 57r . 57r)
z = 2 ( cos 6 + ~ sen 6 .
3. z=2(coSíW+isen%). 4. z=Ê(cos%+isen%).
Z = In cos - + ~sen -4 .
4v2 4
12. zz=\/fi(cos9+isen9),
=V17(cos8 +isen8), onde 9=arccos(4/\/Í), -fr/2<9<0.
8=arccos(4/ V17) , -7r/ 2<8<O.
IZIZO,
/Z/ 2 0, /z/ = 0 {::} z = 0;
|2|=0<=>2=0;
/z/ = /I -
|z| - z|;
z/; /Rez/:s:É |z|,
|Rez| /z/, /Imz/:S:Ê
|Imz| /4
A propriedade
|Z1Z21=|Z1|l22|
segue da seguinte observac;ao: /ZlZ2/2 = (ZlZ2)(ZlZ2)
observação: |z1z2|2 (z1Z2)(ÉZ'2) = (z1š1)(zzšz) =
|z1|2|z2|2.
/Zl/2/Z2 /2. Menos trivial ée a desigualdade do triangulo,
triângulo,
2 =
|Z1 +
/Zl + Z2|2
Z2/ (Zl
(Z1 ++ Z2)(Zl + Z2) = ZlZl
Z2)('Í1-I-3.72): Z1Ê1 + + Z2Z2
2252 ++ (ZlZ2 + E122)
(2152 ~|- ZlZ2)
2
= 2f1|2 +
/Zl/2 /Z2/ 2 +
+122 ZlZ2 + 2'1_Í2
+ 2152 /Zl/2 + |Z2|2
ZlZ2 = |21|2 /Z2/2 + 2Re(zlz2)
2Re(Z1Ê2)
Z1|2 +
2 2|Z1Ê2|
<
É /Zl/2 + /Z2
222 + 2/Z1Z2/
/ +
2
= /Zl/2
Z1|2++ /Z2/ + 2/Z1 I/z2/
Z22+2|Z1||Z2|
= (|z1| +
(/Zl/ -|~ /Z2/)2.
]zz )2.
14 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos
/
/
z, + 22
Z»
/. _ _
Z]
Fig. 1.8
Como I| -- z2
22]1== I|z2|,
z21 , vale tambem
também a desigualdade
Para demonstni-la,
demonstra-la, basta observar que
|lZ1I~Iz2IISIZ1+22|-
C`ap1'rul‹_' 1:
Capiruk I: Nzinieros
jYoimeros complexos 15
Exsncícros
EXERCiclOS
2+
2 i` , 2 5 5 (/3 3.+ ;.1 ' 1-311
1-3” 1
1. ~Islostrequel---'_-2
I ostre que 1~ ==-,-?- = -7 eE' (l/.J_I.I__ I- =f 2v2.
2¬»..‹'..-1.
22 - zx/ã
- 1V3 "t ..3z
2. Demolls
Demonstre, indução, a d~
tre , por inclu\B.o, j!ll aldade seguinte
desigualdade ~eguintf' e~ inte:-prete
interprete 0o resultado grafiea·
grafica-
mente.
1)-:1'1 + z, + . .. + Zn I::;S '-:[11 J! - I', _..."'|-2;-gl.
- ... - I,. I·
3. Supondo
:3upondo ser |zz| > 1
seT IZ21 ':31. prove ql.:e
|:z1. que
1_'
l 211_ 1
1,:
< =1|
,J! •E 2;- .
1- 2 - - :
<, I21|
22
22 -::3
.¿
*s
_
_
-_
- 12Iz~
_-_
_
_»
123
|2:*›l1 I: 1
*.
na
1-. I
.
-_-
`°|
-"
í
|-°-'sl
4-
4. Prove que
que Izl::;
|z| 5 Ixl.,.
Im] + Iylly] ::; /21' . ond.
5 \/2|.:. x~
onde ,: = :r -=- I)
fz.
5. P rO\'e
Prove que Itll-l z2 1 :5 1.::\ - 221. quaisq ue: sej
|z¡ | - |.z;›| 5 |::1 - zzl. quaisquer que se_i'-_:1
qUE' :....::. as c. -imeros complexos z¡
os ctimeros z\ e ':2.
ez.
6. Prove qque,
ue, se vale a desigualdari-? exercício ani
desigualdade do exerdcio ante-::~:-r. ec...~. ao It!
~:-.')r. emão |z¡ ±
:tz %21 :5 ltd
zzl 5 + It21
¶z1| + |zzI..
'Sejam os numero~
quaisquer que sejam números ':\:¡ e zz: k-r o e.
%2 : isto :-=siguaJdade do triangulo
é. a8 '-:esigualldade 1.1 ) e
triângulo ((1.1) ê
;-quiv.i.nl• a• (1.2) ou (1.3).
equivalente [1.3).
7. = =1
:Sendo z -:j76:. 0, mostre que Re z = :I se e somente se ;: .>
some nte Sf > O.
U.
8-
8. 'Utilize
'L tilize 0o resultado
resu ltaclo anterior com : =
ante rior com.: = = !z:! para pr:¬.r
:;Ez pr :.........r qt:~.
que. seudo %, I;¿ 0 e Z2
sendo z| f:. O.
zz 96 0.
~ntao
então a igualdade vale son:~ nte Sf'
\'ale em (1.1 se e somente se ::": '5 ".!\ =
'z:g:1 arg zz, a menos de um
= argz2,
:nultip!o
múltiplo illteiro
inteiro de 2:7 Interpreta- este resultado
2:." Interpret.;- gf:' :-=e tr k:~e n te.
resu:t ado ge:-:etric::-Jnente.
aâízss n-Ésiivms
RAiZES n-ESIMAS
p"(eos
p" n<p +
(cos mp n<,::) = ,.r(cosF
+ isen 11<,:') (e05 f - j SE:O 0).
- isen 9).
numervs complexos r~:'ler
Como a igualdade de números re:_'1er "-e. igualdade das partes
reais- e das partes imaginarias:
reais imaginárias, :.eparadament
separadamente.e. 'Iievernos
: -:-\'em·.J:S ter
pn =
p" = r. np =
n.,:> =0
9++ 2/.-;'.
21:.-_
16 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos
onde klc ée um
urn inteiro. Daqui segue-se que ppea n-esima positiva de rr,,
é a raiz n-ésima
donde
= Va
() + 2k7r
9+2k1r () + 2k7r)
9+2l~::1r
z=
Z Q/d: = ifi ( cos nn + i sen nn
{'/r<cosí-+isen-í). · (1.4)
fórmula produz n raízes
Esta formula raizes distintas, quando a lck se atribuem os valores
k == 0, n -- 1. Como eé facil
1, . ._ ._ ,,n
0,1,. fácil ver, qualquer outro valor atribuido atribuído a klc
conduz a uma raiz já ja obtida com um urn dos valores acima, precisamente aquele
que eé 0o resto da divisao divisão de k por n. Vemos, assim, que um número complexo
urn numero
a i-
# 0O possui n raizes n-ésimas zo,
raízes n-esimas 20, 2:1, . . ·,
Z l , ·· . , Zn -l, todas com 0
z,,__1, o mesmo modulo
módulo
\IfaT (Fig. 1.9) e com argumentos
p = Q/ÍÊ|
i.pk
9() 2k7r
ek:-+_”. 2¡«
= - + --, k k=0,1,...,n-1.
= 0, 1, . . . , n - 1.
'
Z:
‹‹v›› Z” g ›-
Fig. 1.9
Raizes da unidade
Raízes
Luz W
m3 D-
1
u.›4 M5
Fig. 1.10
z=
Z = '\IT
(Ô () + i sen ;;;:()) (2k'IT
Q/'F ( ;;;:
.
-+isen-
Ô)( 2lí37l'
cosi+isení
2k'IT)
_
cos --:;;: + i sen --:;;: ,,
2Í<57l')
n n n n
ouseja,
ou seja,
= '\IT(Cos~+isen~) ·wk,
9 _ 9 k
aa={/rcosš+isen- -w, k=0,1,...,n-1.
k = O, l , . .. , n-1.
n
Como exemplo,
exemplo, seja determinar as raízes
raizes cubic as do numero
cúbicas número a -=
= 8. Uma
2
delas ée Zzgo == 2. As raizes
raízes cubicas
cúbicas da unidade sao
são dadas por 1, ww,, w
tag,, sendo
que
qllô agora
8zgOI`E:`t
2
27f . 227f 1
1 . .J3
3
w=cosí7r+isení7r
w = cos - +1,sen - = =-§+i%.
- - +1, - .
3 3 2 2
nv
Logo,, as raizes
Logo raízes cubicas
cúbicas de 8 sao (Fig. 1.11):
20 = 2;
Zo 2:1 = 22<-5
Zl
11 . 3
( - "2 + 1,2 = --11 +
.J3)
.
+i\/Ê,
1,.j3,
.
4
z2=2w2=2(cosí¶+isení¶)=2( 2
_ 4 1 .×/š .
i 2)--1-i\/š.
ZI
Ud
I za =2
Z!
Fig. 1.11
Fig. 1.11
Raízes
Raizes primitivas
Observação.
Observa<;iio. 0O processo de calculo
cálculo de raízes,
raizes, utilizando a repre-
senta~ao trigonométrica,
sentação trigonometrica, eé de carater
caráter geral; mas nem sempre eé 0o mais con-
veniente. Por exemplo, no cruculo
cálculo da raiz quadrada do número
nlimero --77 -
- 24i
24i,, eé
mais flicil
fácil proceder assim:
\/-7
J - 7 -- 24é
24i =z zzx + iy,
ty, donde x 2 -- y2
donde zzz2 3,2 + zézy
2ixy == -7
-7 -- 24i.
2-zu.
Mas isto equivale a
x 2 -«
3:2 _y2y2 = -7,
_ 7, xy=-12.
:ty = -12.
\/-7
J-7 -- 24›¿
24i -z úz(3
±(3 - zu)..
- 4i)
Exnnoíoros
EXERCicIOS
Calcule as raízes
raizes dos números
numeros complexos clados Exercs. 11 a 8 e fac;a
dados nos Exercs- representa<;B.o
faça a representação
gráfica correspondente.
gnifica
1.1. vcr.
$/-1. 2. (1+z\/§)“2. 3.
3. \/íâ.
-/2i. 4.
4. ¬/-2z'.
F2I.
5.
5. w. 6.
6. M.
3/Ii. 7. (-
7. 1 + iV3)1 / 4.
(-1+r\/š)”'*. s. (-1-rt/š)1/2.
8. (- 1 - iV3)1 / 2.
9. ';-5
9. ¬./‹-5 -- 12i.
iu. 10. ¬./3
10. zií.
';3 + 4i. 11. J
11. ¬./11+
+ 2-.›:,/Ê.
2iv'6
12. Decomponha
D ecomponha 0o polinomio
polinômio P(r) x" +
P(x) == 2:4 + 11 em fatores do 29
2Q. grau com coeficientes reais.
coeficientes reais
13. Faça
Pac;a 00 mesma
mesmo com 0o polinômio P (x) == :tl
polinomio P(:r) X4 ++ 9.
Nos Exercs. 14 a 21
21,, decomponha cada.
cada polinômio
polinomio dado em um
urn produto de fatores
19. grau.
do 12
20 Capítulo
Capit ulo 1: Números
N umeros complexos
14. P(z)
14. P (z) =
= zfi
z· -- 64.
64. 15. P(z)
15. P (z) == zfi +64.
z· + 64. 16.
16. P(z) 3z2 -- i.â.
P (z) = 3z'
17.
17. P(.z)
P (z) = 5z=" + 8.8.
= 5z' 18. P(z)
18. = .z2
P (z) = z , -- zz
2z + 2.
2. 19. P(z)
19. = 2.z2
P (z) = 2z' + .zz +
+ 1.1.
20. P(z)
20. P (z ) =
= z2
z' - (1 + i)z
- (1 z°)z+ 51.
+ 5i.
P (z) =
21. P(z) - (1
z" -
= z4 - i)z'
(1 - - i.
i)z2 _
22.
22. Prove que w = (2k7r / n) + isen (2k1f/
cos(2k1r/n)
= cos n) ée raiz n-esima
(2lcfr/n.) n-ésima primitiva da unidade se e
somente se k ene 11. forem
fOfem primos entre si. Em consequencia,
consequência, senda
sendo n 11. > 2, raízes
2, as raizes
primitivas sao
são sempre em númeronumero maior do que 1; n-
1; e exatamente n - 1l se n11. for número
numero
primo.
23. Prove que se w == cos(2k1f / n) + isen
cos(2k1r/n) isen (2k1l" / n) e
(2k1r/T1.) é raiz n-ésima
n-esima primitiva da unidade,
2 1
então as n
entao n. raizes
raízes n-esimas
n-ésimas da unidade sao
são dadas por 1, W w,, w
wz, , .. . "w
. , w""1.
7l
-
_' nur
1 ± iV3
1.
1.
2
efz -1.
- --
- 1. 3.1+â.
3. 1 + i. 4.1-é.
4. 1- i.
5_
5.
±V3 + i ee _¿_
- i. 7_ ± - 1+
7. i
iV3 eE É
± V3+i
2
2 vã
\18 .vê
V's'
12. P = (1 +
ondo w =
Pondo + i)/ ..I2, temos:
Í)/\/2,
P (x)
P(:1:) = x' -i' = (x' - i)(x' +i) =(:r2
3:4-í2=(:r2-í)(;'1:2+i = (x' -w')(x' -w')
-w2)(:r2-E2)
= [( x - w)(x + w)[[ (x - w)(x i-5)]
[(I-w)(1‹'+w)][(fl-'-5) + w)[
= [(x -~ w)(x w)[[(x + w)(x + w)[
É X H --U)][(1'1+°~') _
Ê..
"£;"""ä"*-._.f'
A EXPONENCIAL
com = Ê, 2 (2n.)! ea
F3
1 2! + 4! 6! + ' ( 1. 6)
oo (-1)"'a:2 ll +1 :Ir 3 fc 5 J: 7
= - ~ - - -
sem 2, (2n+1)1
É-3
5° 3! + 51 7! + . . . . ( 1.7l
A constante de Euler e, que eé um urn número
numero irracional compreendido entre
2 e 3 (e ""
M 2, 71828 ...
. _ .),
), eé dada pela serie
série
00 11 11 11
OO
e=2%ã=1+1+š+ä+...,
e= I:,=1+1 + + + ... ,
2i. 3i.
n=O
fl,:':. n.
que se obtém
obtem de (l.5)
(1.5) corn x =- l.
com fz: 1.
Vamos tomar 0o desenvolvimento (l.5) (Lã) como base para definir eZ corn
definir ez com z
complexo. Se eez já
Z
signjficado para z complexo, e 00 desenvolvimento
ja tivesse significado
(l.5)
(1.5) fosse válido
valido neste caso, entao teriamos, com yy real
então teríamos, real,,
_ ._ yz
y2 _y3
.y3 y4
y4 _y5
.y5 yõ
y6 .yr
.y7
_ 11+zy-E-z¶+š+15!
+ 'y - - - , - + - + ,- - -6! - ,z.7!~+...
- + ...
2! 3! 3! 5! 6! ·7!
drnitindo
'tindo ainda que seja possivel
possível rearrumar os termos desta serie,
série, pondo
os os termos reais e separadamente os termos imaginarios,
tos imaginários, obtemos:
e
iy
ei” + iseny.
= cosy + isen y. (1.8)
(l.8)
Essas considera~6es,
considerações, que sao
são puramente formais, não nao estabelecem a
rela~iio (1.8)
relaçäo motiva~ao para definirmos
(LS),, mas servem como motivação definirmos a fun~ao
função ex-
re l a~ao (1.8) como ponto de partida;
ponencial. Fazemos isso tomando a relaçäo
ela e
é aqui usada para definir
definir a exponencial no caso de expoente puramente
imagimirio outro lado, aa. defini~ao
imaginário iy. Por Dutro definição da exponencial no caso de um urn
expoente qualquer z == acx + ty e
+ iy é feita de maneira a manter a propriedade
aditiva da exponencial real:
Z
Definimos, entaD,
Definimos, então, a exponencial eez,, para um
urn número
numero complexo qualquer
z = x113 +
+ iy
iy,, mediante a expressao
expressão
ez'
e = x iy
= eefily
+ = = ee“*(cos
X (cos y + iseny).
+ isen y). (1.9)
Propriedades da exponencial
Da defini~ao
definição que acabamos de dar da exponencial, e das propriedades das
fun~6es reais sen 1:,
funções x, cos :cx e eX
em,, decorrem as seguintes propriedades da expo-
nencial complexa:
ezlezi = ez1+z2; (1.10)
(110)
eezZ #
75 0
O para todo
todD z; 111.13)
(113)
lexi I= eem”,
Iezl Rex
; 11.14]
(114)
ezX
e = 11 <=>›
= ¢} Z 2=
= 2k1ri,
2lcmÍ, klc inteiro. Í1.15]
(115)
defini~iio (1.9),
obtemos, em vista da definição
ezlezi = eX!
em (COSYI
(cos y1 +
+ iisen yJ) -. eX'
sen yl) ex* (cos Y2 sen Y2
+ i'isen
2/2 + yg))
= eX!
ef1+*”2[(cos yl cos Y2
+x, [(cos Yl yg -- sen yl yz)
Yl sen Y2)
+¿ (senYl
+i (senyl cos
COSY2yz ++ cosy]
cos y1 senY2)]
sen yz)]
= eX!
€$1+x” lC0S(1fJ1 ++ Y2)
+x, [COS(YI 3/2) ++ 'iS€I1(y1 + Y2)].
i sen (Yl + Loll-
defini~ao (1.9) concluimos
Daqui e da definição concluímos que
621822 : 6211 +212 ¿,¿í(y1+y2) = ¿,I1+I2+í(y1-I-ya) _: e21+22,
Demonstração (l.11).
Demonstra9G.o de (1. ll ). Temos, com z =
= fc
x + iy,
íy,
-.. _ _-.. 1
1 .
e “ = e- xe- 'WY == -[(cos(-
e fe y) +isen(-y)] ==
ã[(cos(-y)+zsen(-y)]
eX
_ 1 1 (cosy-zseny _ _
. ) = e,,,(c0Sy+¿Seny)
1 1 H 1
1 _11
_ -eÊ(cosy-isen!/l :e_,,.+¿y 8,,
eX eX(cosy+iseny) eZ
Demonstra9G.o de (1.12).
Demonstração formula (1.12) e
(1.12). A fórmula é imediata nos casos n = 0 Oe
n= Para n
= 1. Para. = 2, ela segue facilmente de (1.10);
11. = geral, para n > 0,
(1.10), e em geral, 0,
ela e
é estabelecida par indu~ao.
por indução. Para isso,
isso, como ela e
é válida
valida para n = 0,
= 0,
basta mostrar que do fato de ser valida válida para n = = lck segue-se que e vaJida
é válida
tambem para n =
também = klc + 1, k;:>:
+ 1, lc 2 O.
0. Supomos, entao,
então, que
(ez)k : ekz.
conseqüência,
Em conseqiiencia,
(ez)k-I-1 : (ez)k(ez) :_ ekzez : ekz:+z : e(k+l);z.
(1.13), (l.14)
Deixamos ao leitor a tarefa de demonstrar as propriedades (l.13), (1.14)
e (1.15).
(1.15).
(6-i19)n : einãll
tambem que e
Observamos também é costume usar a notação
nota<;ao exp z em lugar de
Z
eez, principalrnente quando 0o expoente ée muito carregado. Por exemplo,
, principalmente
costuma-se
cost uma-se escrever
Exnncícros
EXERCicIOS
Reduza it.
à forma rete
re” cada urn
um dos números
numeros complexos clados Exercs. 11 a 6 e faça
dados nos Exercs. facta os
gnificos
gráficos corresponcientes
correspondentes..
1.1+é.
l. 1 +i. 2.1-zt.
2. 1 - i. 3.
3. -1+¿.
~ 1 + i. 4. --1-é.
4. I-i.
5.1+é\/š.
5. 1 + i V3. 6.1-fa/š.
6. 1 ~ iV3. 7. ,13
7. ./š+é.
+ i. s. ,13
8. «./ã-â.
~ i.
9. ,13 - i._
9. --\/š-4. 10. -1-4./š
10.
.
~ 1 ~ i V3 11.
1l.
`
_”-_. 12.
12.
11 + iV3
`
-Jfl/Ê.
1+1i
l+ ¢§-1
,13 - i
Volte it
à. p. 12 e refaça
refa<;a os Exercs. 1l a 12 lá
Ii propostos, utilizando agora a nota<;ao
notação
Você ha
exponencial. Voce há. de ver que representação geometrica,
que,) juntamente com sua represcntar;ao geométrica, essa
notação
nota<;ao facilita muito 0o trabalho de extrair raízes.
raizes.
Estabeleça as fórmulas
15. Estabele<;a f ormulas de Euler.
Euler:
ei 9 _e- iO
cos6l _ em + 8-” e send -_ em _2i6-” .
senB=
2 21 '
Capitulo 1: Números
C'ap1'tulo Numeros complexos 25
RESPOSTAS, SUGESTOES
RESPOSTAS, SUGESTÕES EE SOLUC:OES
SQLUÇÕES
_ _ _ e 1ri l <l
iríƒá
1. \/še*"/4. 2. \/ie-F*/4. 6. 2.‹z"“ff". 11.
11. E
v0.
18. Utilize a formula
fórmula de De Moivre e a soma dos termos de uma PG, assim:
n:3 11 _
_ eez'(ú+11v E-fa/2
i 9/ 2 __ eez(fl+1/219
M»L
n.. i(n+ l )9 e- i(n+ I / 2 )9
\..›.Ína
l16
cosyél + zsengól] =
+ isenj9]
Í
L [cosj8Fi' = e
mi;
=ff 11 __ *eia
eiB = e
E-i'ã}2 _ e
i6/ 2 _ iB / 2
em/2 _ etc.
Etc'
\j=O
¬. Q j =O
uz. C:
_ . .z _ d -i
-é _e3 '1t i / 4
-gar”
i+jz+/(iz)= O,
z+jz+_7 (tz)-0, onde
clonde z = j+¿-7,2
se -,- ,-"
J + 1.) = 22Sen(fl¿/12).
sen (/12)'
7r
Dados os numeros
números r > 0O e Zo abcrto22 de
zg complexo qualquer, chama-se disco aberlo
zo e raio rr ao conjunto Dr(zo)
centro 2:0 D,z(z0) de todos os números
numeros complexos que
estao
estão a uma distancia
distância menor do que r do ponto zg,Zo, isto e,
é,
Dr(zo) = {z: Iz
Dr(zg) = I2: -- zg|
zol < r},
Fig, 1.12. 0
como ilustra a Fig. O disco fechado eé 0o conjunto {z {z:: Iz
|z -- zol :S r},
z0| É
que inclui a fronteira, isto e,
é, 00 circulo {2:: Iz
círculo {z: - zol
|z - zg| == r}.
;¬..=_ .
.,
z:-5 ,ví-:É . -ri' -'.
__ __? _,'
`z_ '_r= ' -El:
1-. .-'_-?: '¡: Jú
z¡z_,i¡É~; _ r -_:,z¡z‹_I
'-.=_=_zj-L:-fmz. .' _- 5'
" s¡E.E:E.EE.§7-":
.sz
'~ _.=- z-
I '
...
1:/
D,- (2,,).
Fig.
Fig. 1.12
Chama-se vizinhan9a
vizinhança de urn um ponto zgzo a todo conjunto V V que contem
contém urn um
disco de centro 2:0. zoo Em particular, qualquer disco D,.(zg) vizinhan~a
Dr(zo) eé uma vizinhança
de Zozg,, que freqiienternente denotaremos por Vr(zo).
freqüentemente denotarernos Usarernos V;(zo)
l/Ç.(z0). Usaremos l/Ç,'(zU) para
vizinhan~a V,.(z0),
denotar a vizinhança v,.(zo), da qual excluimos
excluímos o0 ponto Zo,zg, isto e,
é, V:(zo)
V,.' (zg) =
=
Vr (zo) -- {zo}·
V,.(zg) {zg}. Costuma-se chamar V,f(zg) (zo) de vizinhan9a V:
perfurada.
vizinhança perfurado.
Dizemos que Zo
Dizernos zg eé ponto interior de urn vizinhan~a de
um conjunto C se C eé vizinhança
Zo,
2:0, isto e,
é, se existe umurn disco de centro Zo zg todo contido em C. Dizemos que
Oe
C é aberlo
aberto se todos os seus pontos SaD são interiores, ou seja, se C e é vizinhan~a
vizinhança
de cada urn um de seus pontos.
ilustra~ao , vamos dernonstrar
A titulo de ilristração, Dr (zo) e
demonstrar que todo disco D,.(zg) é aberto.
Para isto, seja w um Dr(zo). Ternos
urn ponto qualquer de D,.(z0). Temos de rnostrar
mostrar que existe
29. grau ée costume distinguir entre “círculo”
2No 22 "circulo" e "circunferencia".
“circunfi-zrência”. Mas na uni-
“círculo” costuma ter 0o mesmo significado de "circunferencia",
versidade, "circuld' “circunferência”, dai
daí a palavra
"disco"
“disco” ser usada para designar 0o interior do circulo.
círculo.
Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos 27
Dizemos que um
urn conjunto F eé fechado quando 0o seu complementar eé
Lembramos que 0o compiementar
aberto. Lembrarnos complementar de urn
um conjunto C Ceo
é o conjunto
C' dos ponto que nao
não pertencem a C C.. E
É claro que 0o complementar do
complementar de Ceo proprio C
C é o próprio C..
Fig. 1.13
fronteira de um
Chama-se fronteira urn conjunto C ao conjunto dos pontos 2z tais que
qualquer vizinhan<;a
vizinhança de z contem
contém pontos de C e pontos do seu complementar
C' (Fig. 1.14)
1.14).. Desta defini<;ao
definição segue-se que a fronteira de C eé tarnbem
também a
fronteira de C'-
C'. Urn
Um ponto da fronteira pode ou nao
não pertencer ao conjunto
questão. Por exemplo, no conjunto
em questao.
A = {z: 3:0;
A={z: Izl < 5} ,
3§|z|<5},
a fronteira e
é a união
uniao do conj unto dos pontos 2;z tais que Izl
conjunto |z| := 3 (que per-
tencem ao conjunto) com 0o conjunto dos pontos z tais que Izl = 5 (que nao
|z| = não
28 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos
C I'
.'.“"=*=.*:`
se, H ~ _. - - .
" -rj "+â
. ÍÃ'Ê'¡Í`ÊÊÉÊf'zÊeÊà:ÍÊz.šI”ä=fi' =
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3.. * 1 ` '- .7'
E-Í. :;_
-*ÍL '._ 5'.v ._ -_
_ :Ê .-1;'--_,-¬_:_' ; .z:f¡-¡-__¡§i_zš¿ 5;-f_`
=---.z-¿ - -'\i'¬ '-š
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ZÉ. =' ¡ 1` '- Í:-'f -:ga zê›'-°- _¡
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-|1-=i.'l*'\''W‹f.;,¿_-_,ah'° .=.'z gl;
=_'5É'f:'-'5
fronteira '.“_'-_'
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‹...J›‹HM
_|,|`-`--f;
-I”¬ _ 2,
""` :lr,-zè'-I.\'«E*_|,,.I.¡I
",-ã".'"_.'1
g. " \_-_M"'.lr_._ _"
¬"'!-::'I'
.._li
i:" Lv `
Fig. 1.14
Fig. 1.14
E
É fácil
facil ver
veT que nenhum
nenbum ponto interior a um conjunto
conj unto pode ser ponto
de sua fronteira,
fronteira , e nenhum ponto da fronteira pode ser ponto interior. Em
conseqüência, um conjunto Iié aberto se e somente se ele niio
conseqiiemcia, não contem
contém pontos
de sua fronteira. defini~ao de conjunto fechado segue-se que
jronteira. Daqui e da definição
um conjunto Iié fechado se e somente se ele contém
contem todos os pontos de sua
jronteira.
fronteira.
Dizemos que Zozg eé ponto de acumula9iio
acumulação de um
urn conjunto C se qualquer
vizinhan~a
vizinhança de zg contém infinitos pontos de C. E
Zo contem É facil
fácil ver que um
urn ponto
interior a um
urn conjunto, bem
bern como todo ponto da fronteira que não
nao per-
tence ao conj
conjunto, acumula~ao do conjunto; todo ponto de
são pontos de acumulação
unto, sao
acumulação que nao
acumulagao não pertence ao conjunto eé ponto da fronteira; em con-
seqüência, um conjunto Iie' fechado se e somente se ele contem todos os seus
seqiiencia,
pontos de acumula9iio.
acumulação.
um conjunto aberto eé conexo
Dizemos que urn conerro se quaisquer dais
dois de seus
pontos podem ser ligados porpar umurn arco todo contido no conjunto. (Veja a
defini~ao
definição de arco no inicio
início do Capitulo
Capítulo 3.) Chama-se regiiio
região a todo conjunto
aberto e conexo. EÉ freqüente,
freqiiente , na literatura, ao uso
usa do vocábulo “domínio”
vocabulo "dominio"
com ao mesmo significado
corn significado de "regiiio",
“região”, caso em que se deve tomar
tamar cuidado
para não confimdir "dominio"
mio confundir “domínio” com "dominio fun~aolJ; por
“domínio de função”; par isso mesmo
mesma
usaremos sempre o
usarernos vocábulo "regiao"
a vocabulo “região” com ao significado
significado que lhe
the damos aqui,
e não “domínio”.
naD "dominio".
Diz-se que um C eé limitado se existe um
urn conjunto C urn número
numero positivo K
K
tal que Izl
|z| ::;
5 K K para todo z em C. Chama-se conjunto compacto
compacta a todo
conjunto limitado e fechado.
Chama-se ponto isolado de um
urn conjunto C a todo ponto de C que não
nao
eé ponto de acumulagao
acumulação desse conjunto. Por
Par exemplo, todos os
as pontos do
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 29
conjunto infinito
0 == {O,
C {o, 1/2,
1/2, 2/3,
2/3, os/4, . . .,, n/(n
3/4, ... fz./(n++ 1),
1), ...
. . .}}
pertence a ele.
Todas essas noções no~6es sao
são as mesmas do plano euclidiano. Elas se baseiam
apenas na no~aonoção de distiincia
distância de dais Z2, dada por d(
2:1 e 2:2,
dois pontos Zl d(z1, 22) ==
Zl, Z2)
IZI -2:g|,1, que e
|z1 -Z2 é 0o mesmo que a distancia
distância euclidiana \/(.r1 X2)2 + (Yl
J(XI -- r2)2 (yl -- Y2J2,
y2)2,
onde z1Zl = = 1121 +iy1 e zg
Xl +iYI Z2 = X2 +iY2.
= :rg Alias, mesmo do ponto de vista algebrico,
+iy2. Aliás, algébrico,
o plano complexo e 0o plano euclidianoeuclidíano sosó diferem urn
um do outro devido ao
fato de termos definidodefinido a multiplica~ao
multiplicação de numeros
números (ou pontos) complexos,
enquanto no plano euclidiano opera~iio.
nao temos tal operação.
euclidíano não
Muitas vezes eé conveniente considerar vizinhan~as
vizinhanças do infinito
infinito,, assim de-
nominados os conjuntos da forma VI( {z :
VK : {z: [z|
= Izl > K}.
K Isto corresponde a
incorporar ao plano complexo um urn novo elemento -- 0o ponto no infinito,
infinito, como
costumamos dizer -- para 0o qual usamos a conhecida notação nota~ao 00 ficar
oo.. Deve ficar
bem claro que essa adjun~ao
adjunção do infinito
infinito ao plano complexo niio tern caniter
não tem caráter
algebrico.
algébrico. Sao
São bern
bem conhecidas as dificuldades que surgemSurgem quando procu~procu-
ramos envolver 0o infinito na estrutura algebrica opera~6es de
algébrica por meio das operações
adi~ao e multiplicação.
adição multiplica~ao. A adjun~iio
adjunção do infinito ao plano complexo resulta
no plano estendido, que eé formado por todos os pontos finitos, juntamente
com 0o ponto infinito.
infinito. Este ponto eé único,
unico, em contraste com areta, a reta, onde
temos dois infinitos, +00 e --oo.
infinitos, -|›oo estendido , qualquer semi-reta de
00 . No plano estendido,
origem z liga z2: ao ponto infinito.
z=a +re iO
Z=a+r€¿6
Í
Fig. 1.15
Fig. 1.15
A reta que passa pelos pontos aoz e {3 ,6 eé dada pela equação pararnétríca
equa<;ao parametrica
z = aoz + ([3 -- a)t,
+ ({3 parâmetro t variando no conjunto dos números
o:)t, 00 parametro numeros reais
(Fig. 1.16).
A B
a Z=a+(B-a)t
1+
Fig. 1.16
Qual eé 0o conjrmto
conjunto dos pontos zz tais que Re 2:2 z2 < O? iB ,
0? Pondo zz = rerem,
2iB
temos: z2 = rrgem,
2 e , portanto, a transformação
transformagao que leva z em w == Z2
2:2 trans-
região angular 0 < arg z < aoz na região
forma uma regiao regiao 0O < arg w < 2a,
argw 20:, como
ilustra a Fig. 1.17.
l.17.
z_ W = Z2
Z?-h›W=z2
- fê
Fig. 1.17
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 31
C'1={z:{ 7r
C 1 = z: Í<argz<31}
"44 < arg z < 44 37r} e Cz={z:-31<argz<-Í}.
4 4
|- ih..
Fig. 1.18
Fig. 1.18
De modo análogo,
anaJogo, verifica-se
verifica-se que 0o conjunto dos pontos z tais que
1m
Imara Oe
z2 > 0 é a uniiio
união dos conjuntos
S1 = {z: O < argz < fr/2} e S2 ={z:1r < argz < 311'/2},
Fig. 1.19
Exsncíoros
EXERCicIOS
2.
2- Prove que 0o conjunto e
Conjunto vazio é aberto. (Portanto, complemental', que é 0o plano
(Portanto, 0o seu Complementar, e
todo , e
todo, é fechado.)
3-
3. uniao de conjuntos abertos e
Prove que qualquer união é urn
um conjunto aberto.
4. De um
Dê urn contra-exemplo para mostrar que uma união nao
de. conjuntos fechados pode não
uniao de
ser um
urn conjunto fechado. ---~
5. Prove que a interse<;ao
interseção de um número finita de conjuntos abertos ée um conjunto
numero finito
aberto.
6. Verifique que y > 2:.:
2x -- 3 é um e x É
urn semiplano aberto; e que 11: 33;/ 2 +
::::: 3y/ + 1 é um e
urn semiplano
fechado-
fechado.
Represellte graficamente os conjuntos dados nos Exercs. 7 a 20.
Represente
7.
7- Re z < - 3.
Rez<-3. 8. 1m z 2": 1.
8.Imz21. 9. Iz - 2il > 2.
9. |z-2zÍ|>2.
10. Iz + 11 S; 2.
[z+1|§2. 11. Iz - 1 + il < 3.
|_z:-1-I-á|<3. z t 0 , 0 S; argz < 7f/3.
12. z%O,(]ííargz<'fr/3.
Re(~)
z <~.
. 1 1
13. Iz l > 2, l|argz|<1r.
|z|>2, argz l <7f. < Iz + 1 - 2il < 2.
14. 11<|z+1-2z|<2. 15. Re(-)<E.
16.
16. 1|3z
3z - 2é| 3S; 5.
- 2il 5. 17. Im
17. Im z2 < 0.
z 2 <0. 1s. Ref
18. 0.
Re 'z2 > O.
|z-2|=|z-3i|.
21. Iz - 21 = Iz - 3il · 22. Iz + 51 = Iz - 1 - i l·
[z+5|=j2:-1-ij. 23. Iz
23. - 1 + i l = 13 + i - zI.
|z-1+i[=|3+i.-2:|.
24. Iz|z+3-z-;|=|z-z1é|.
24. + 3 - il = Iz - 4il· 25. Iz|z-1+›¿|=|1-é\/š+z|.
25. - 1 + il = 11 - iv'3 + zl·
26. I(z
26. |(z -_- i)(
oul -- iz:«/š)|
v'3J I z
= 1|2z1.
2zl·
Identifique
Identifique cada um conjuntos
urn dos conj Fa~ os
untos de pontos dados nos Exercs. 27 a 30. Faça
respectivos gr81icos.
grãficos.
Iz - il + Iz + 21 = 3.
27. |z--i|+|z+2|=3. - 2 + il + Izl S; 4.
|z-2+i|+|z[§4.
28. Iz - 2 1 = 2Iz + 2i l·
|z'-2|=2|.z+2ij.
29. Iz
Re (1 -- zJ
30. Re(1 z) =
= 121.
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 33
.nn
RESPOSTAS E SUGESTÕES
SUGESTOES
2. proposição
Observe que a proposic;ao
x E¢
:rt (Í) .=>
::::}e
:::::} J:x é ponto interior do conjunto
conjunt o ¢
oi
equivale a
não e
x1' nao é ponto interior do conjunto ¢
qo ::::}
=> :ic rt§É ¢415
x ¢
4. uniao
uniao dos discos fechados Izi
Observe que a união |z| ::;:
5 1- n e
- l1/11
iIn é 0o disco aberto Izi
|z| < L
1.
15. Observe que Re(l
Re(1/z)
Re(1/2:) ~ Re(E/[z|2).
/z) : Re (z
(E/lzl'
/Izl'))..
22. Mediatriz do segmento [- + i].
5, 1 +
[-5, i] .
i ].
[Ú, i].
26. Mediatriz do segmento [0,
27- Elipse de faeas
27. 2, excentricidade V5/
focos iz' e --2,
facas .../5/ 3.
3.
Capitulo 2
Capítulo
FUNÇÕES
FUNQOES ANALÍTICAS
ANALITICAS
JU Q
FUNQOES
FUNÇOES DE VARIAVEL
VARIAVEL COMPLEXA
fun~6es definidas
Vamos considerar funções definidas em conjuntos complexos, assumindo
valores complexos. Mais precisamente, seja D um urn conjunto de números
ntimeros
complexos e seja J ƒ uma lei que faz corresponder, a cada elemento czz do
conjunto D, um único ntimero complexo, que denotamos por J(z).
tinico número ƒ(z). Nestas
condições, diz-se que J
condi~6es, fun~ao com dominio
ƒ eé uma função domínio D. 0O conjunto II dos
valores w == ƒJ(z),
(z), correspondentes a todos os valores de z em D, eé chamado
fun~ao f
a imagem de D pela função J (Fig. 2.1); z eé chamada variavel
variável independente,
independente,
eww,, a variavel
variável dependente.
Fig. 2.1
Capítulo
Capitulo 2: Funçoes analíticas
Fuw;:oes analiticas 35
analítica
analitica ƒ Por exemplo, quando falamos "seja
J(z ). Par “seja a fun9iio
função
,w_
32-51
3z - 5i ,,"
W =
(z-i)(z+ 7) ,`
(2>'»¿)(Z+7)
estamos usando esta relação
rela9iio para especificar
especificar a lei que faz corresponder um urn
valor 'w
w a cada valor z;Z; ao mesmo tempo, ficafica subentendido que o0 dominiodomínio
função e
desta fun9iiO é 0o plano complexo, excetuados os pontos z = = i71 e z =
= -7, já
ja
que nestes pontos 0o denominador se anula.
anula.
fun9iio Jl
Diz-se que uma função ƒ1 com dominic
dominio D1 restrição de uma fun~iio
D j é restrir;iio função fg
12 e
domínio D2
com dominio D2 se D D1j estiver contido em D2 e h ƒ1(z)
(z) I ƒg(z) para todo 2:z
= 12(z)
em DD1j (Fig. 2.2). Nestas mesmas condi90es,
condições, diz-se que fz 12 e
é uma extensão
extensiio
de JI.
f-1. Por exemplo
exemplo,, a expressiio
expressão
Z
= eez,
w : 1 z2 complexo,
funçao
fun9iio
eX,, :c
y == ex x real.
Z, _ _ ¬>
_ , fz ( Z: j
2 ,_ 41.
.= fia-
._ .zzz ,zu--L - : 1 ¬= -.
_
'-'IE'-‹'.¬. ._ ' _-:- if f _ ^ -Í - - - ¬.
.-.fz
..-as- §\'...7f.~..
-J --¬ ` - .,¬;=.
"==-==E=?E:EE=E=E=E=E=5'E=E=E'E-E=ã-' = " --1==-z=='="'...-. "'z"'E5E5I;5E5.=E;E5.gZ;.-zz.35-;z_Ef\_ ":i:-. . ;.;z5z§;5-5=;=5z¡515'.¡5 _
. __5;;ezzzzzz-55:,-,=,:,:ç===-z- _,¿›. “_-_;_:z:,:,=_z_==:z:z_:z:z:z:_:F§,, ~ --=-z:=.=z=z'z=z-.qav:;a›f:.. `*-'-I _' 't;===.=:=:=z=..-:sz-z+¿.-.-.
"¬¡'=`F`=I$Ei;=E=¡'==¡=*f¢TC: -:-:--===E=E-E=E=E=-=I=¡=E=E=E=E="I - - =..="='-'-*PI-52';-“I-` _' =:'._r_`Ez§:I_*5E==fE=E;11I1¡=-:zE'š
' 951€?
.i 'sz
'*"' . *Í-.=íâ*-af¿1:111:1'.-=*-T3!
-.'-=¬.1"-.- ~
-~I=.=.=' ='e-,-'¬
'_ ..
I~"}=Ez
. _;-zz' 7; É "- Y ' --112:* 51:- :¡`^ `i._'=,¡- ',-z-`^' "
._
-_'=:=z=z=z=z=z==.z=z'z=z=z'z=:ê=-- T... z¬'z= .=.'f-=.=.=' --=z=-=z==z=z=z=-=z--z;zz-'5¬-' _.¡.35:;.;z=.5-=-=z¡-5.;.5z5:z¬-.-:'
'ê.?-.:â.e:`zúz.á'.:;,_-~-
f '
' ._4- .;:;1;!;:-:;:;:;:_:;:-:;:;:;:-3;.-¡‹_:;
' v-\ og ”`
Fig. 2.2
Uma função variável complexa z pode assumir valores puramente
fun9iio da variavel
reais. Por exemplo
exemplo,,
f(1-U)
J(x ) = lzl
IZI =
= \/az +1/2, z=fl=+iy,
jx2+y2, z = x+iy,
eé uma função
fun9iio real da variavel complexa z2:..
função w
A cada fun9iio *ui = J(z) de uma variável
= ƒ(z) variavel complexa z = x+
= :r iy estiio
+1§y estão
funções reais das variaveis reais x e y, dadas por
associadas duas fun90es
u = u(x,
u= 'u(:1:, y) = Reƒ(z)
ReJ(z) e = v(x, y) :Imƒ(z).
v'v:v(x, = ImJ (z) .
36 Capitulo FUnyoes analiticas
Capítulo 2: Funções a.nalÍt1`cas
= x 2 - y2 + 3x - 5 e
u'u=:r2-'y2+3.:c-5 = 2xy + 3y .
v11:23:11;-1-3y.
Exnnoíoros
EXERCicIOS
_ 33 _ . z+22
1. w = Z2 - 5z + 3.
w=2:2-5z+3. 2. w=
2. 'w=¶. 3. w= --.
'w=-i.
z-
z-5 5 z-2
z - 4i z - 3iZ-
4_-wz-i-Z_4l.
4. w = zz+3z
+ 3i" 5- W
5. w=fl-
= --. . 6.. w
6 = e'{z - i).
w=e'°`(z-1).
z-,
s-1:
z y 3,2
z, + (z __ 1)33
7. f(z)
7. J {z) z
= z
(z - i)seny
8s.. ƒ(z)
J{z) z
= -É -
x
- -.
z
9. ƒ(z) =- Ee,+_(Í)CO1Sly.
9. J( z) (e' _ 1) cosy ·
LIMITE E CONTINUIDADE
A defini~ao
definição de limite que daremos agora eé formalmente a mesma dos cursos
de Calculo e Analise na reta. E, E , como veremos, sua importância
importancia eé de na-
tureza teórica,
teorica, pois ela permite provar
pravar todos os resultados que sao
são essenciais
il.
ã constru~ao
construção da teoria do limite.
Seja ƒJ uma fun~ao
função com dominio D. Desejamos atribuir significado pre» pre-
ciso il. expressão "J
a expressao “f tem zo". Isto devera
tern limite L com z tendendo a zu”. deverá significar
significar
distância IJ
que a distancia (z) -_ LI
I ƒ(z) L| entre J(z)
ƒ(z) e L pode ser feita arbitrariamente pe-
quena, it
quena) ã custa de restringir z a uma vizinhan~a conveniente de Zo.
Ullla vizinhança 2:0. Mas
a variavel z apenas aproxima ZO, zg, 8em nunea assumir este valor. E claro
sem nunca
tambem que 2:z deve pertencer ao dominio
também domínio da fun~ao
função e Zo
zg deve ser ponto de
acumula~ao
acumulação desse dominio. Essas observaçõesobserva~6es ajudam a bembern compreender
Capitulo 2: Funqi5es
Capítulo Funções analí`t1`cas
analfticas 37
a definigao
definição que damos a seguir. (Veja a Fig. 2.3.)
_
-- -›;.'f'r:'-r.-â--'^
-1:-¬+ - _ ›"p~_."-`~` 3'
"f'äz_ -
.:%¿:¡r;¿.,1 -z.¬¬.-›'~.:-«.,¬>»;~z=-°.‹
_ ul:-.¡_._.--_:-` -._-i I'
Fig. 2.3
2.1. Definição.
Defini<;iio. Seja Zo 2:0 um ponto de acumulaqiio
acumulação do domínio
dominio D de
lunqiio I·
uma função ƒ. Diz-se que 1 f tem limite L com z tendendo a Zo
2:0 se dado
qualquer €e > 0O existe 86 > 0O tal que
ZED,
z€D, 0
0<< Iz - zol <
|z-zg| 8 =0> I/(z)
<Õ=.“› - LI <
|_f(z)-L| <e;
1':;
EDn
zzE F1 vt(zo)
V¿'(zg) =0> I(z) E Vc(L).
à ƒ(z) E-(L).
Escreve-se:
lim I(z) = L.
z-›zg
Z-Zo
lim senx == 1.
lim Ê 1.
x_Q
:D-›U X
:B
Este eé um
urn exemplo típico função que tem
tipico de fungao tern limite num ponto sem estar
definida
definida neste ponto; bern 0o fato de que 0o limite L nada tern
ponto ; ele evidencia bem tem
fun gao no ponto zo.
a ver com o0 valor da função
Quando 0o ponto Zo domínio de 1
zg pertence ao dominio ƒ e L == 1
ƒ(zg),
(zo), dizemos que
1ƒ e
é continua
contínua no ponto Zozg e escrevemos:
lim I(z)
z-tzo fe) == fez).
I(zo)·
38 Capitulo Func;oes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas
I(z) = z+31I
z + 3i
f(›"°'l=.§_
2
eé continua zg == 2 -- i. Temos:
contínua no ponto Zo
~ 3i _ (1+ =
|f‹z›-f<zz››|== Izígfi-‹1+z'›
I/(z) - l(zo)1 ill
- ~ - i)l.
az Iz'z"(§`”'.
Daqui segue-se que, dado qualquer ~e > 0, = 25
O, basta tomar 86 = 2~ para termos
_ { 0O para
para z:z =
= 22 -- i,
i,
g(z) -
9(z): z + 3i
z+3é
T z # 2 - i,
- 2 - para 2722-2°,
fato,, temos:
De fato
|(z2 ++ 3z)
I(Z2 sz) -- (-4
(-4 ++ 6i)1
õú)| ::;S 81z
s|z z- 2i
2é|.l.
Esta última sera menor do que c,
expressão será.
ultima expressao 2il < c/8.
e, desde que Iz -- 211] e/8. Isto
e > 0,
parece indicar que, dado qualquer c O, basta tomar {;
Õ == 0/8; nao
E/8; mas não
podemos nos esquecer de que z deve satisfazer a restrição |z| < 3. Obser-
restri<;ao Izl
vando a Fig. 2.4, vemos que esta condi<;ao
condição £lcara
ficará. satisfeita se tomarmos
{;6 < 1. Para provar isto, usamos a desigualdade do triângulo,
triangulo, assim:
4
'L
Fig. 2.4
Concluimos que {;6 deve ser o0 menor dos numeros
Concluímos 1 e c/8,
números 1 e/8, garantindo-nos
o resultado desejado:
|z-2z'|
Iz "* l(z2
- 2il < {;õ=> |(z2 +3z)
+3z) -- (-4
(-4+ôz)|
+ 6i) 1< c.
E.
A.
fun~oes de variável
Como no caso de funções Defini~ao 2.1 pode ser facil-
variavel real, a Definição
mente adaptada ao caso em que z ou ƒ(z)
I(z) tende a infinito, resultando nas
defini~oes que damos a seguir.
definições
2.4. Defini~oes.
Definições. Diz:-se função I(z) com dominio
Diz-se que uma lun9iio domínio D tem
limite finito L com z -+ 00 > 0, existe M
oo se, dado qualquer c:E `> M > 0O tal que
LI <
I/(z) ---L| <ec para todo zzE GD, |z| >
D , Izl >M.M.
Diz-se que 1 ƒ(z) infinito com z2: tendendo a Zo
(z) tende a lnfintto .zg se, dado qualquer
K
K> > O, eztste 8Õ > 0O tal que I/(z)1
0, existe |f(z)| > K K para todo zzEEDn Oi/;.,f(z0).
V!(zo).
Diz-se que 1 f tnfintto se, dado qual-
(z) tende a infinito com z tendendo a infinito
quer KK > 0, existe M > 0D tal que lI(z)1
ezmlste M |ƒ(z)| > K E D, Izl > M.
K para todo zzED,
K > 0,
Daqui segue-se que, dado qualquer K 0, I/(z)1
I sera K se
será. maior do que K
57"
51' 5r
-í
2|Z_4¿| > K
K, *
ou seja, 0 < lê: - 4'z| < _.
2K
21z - 4,'1> '
condição deve ser satisfeita juntamente com a condi<;ao
Esta condi<;ao |z| > T.
condição Izl r.
então 0O < Iz
Tomando entao 4i| < 8,
|z -- 4il 6, onde 8Õ : min{5r 12K , 4 -- r}, obtemos
= min{5r/2K,
logo,
0< Iz - 4i l < 0 => 1/(z)1 >
|z-4t|<ö=>|ƒ(z)| >K.
K.
0(;4 -1'
•sair/ZK
.;; 5r/2K
Fig. 2.5
/(z) == 3iz
ƒ(z) +5 -›
--> 3i/
3i/22 com zz -› oo.
---+ 00.
2z - ,
De fato,
sé l = 13iz
/(z)_ 3i 3éz+5 sé l = 77 <
+5_3i 7
7 .
im)
1 27
2 í2z-z*
2z - i 2
2 2|2z~â|52(2|z|-1)'
212z - il - 2(21zl - 1)
Observe que esta última só e
ultima desigualdade so é correta no pressuposto
de que
|z| > 1/
Izl 1 /2,
2, como admitimos a partir de agora. Observe também
tambem que
31 1 m
3i
.___ 77 1 (_
_1 77
/( z)
ifizl
1
-"2 :S 2(21zl _ 1) < e se Izl
2 52(2|z|-1)<E se |Z|>2(2â+) > 2 2e + 11_
)
.
Assim, com
Assim,
maxg, ~(;e + I)}
M-max{§,
M =
1 1 7
Poderiamos também
Poderíamos tambem ter simplificado mrus, tomando Izl
urn pouco mais,
simplificado um |z| > 1,
1,
donde 21z1
2|z| -- 1
1 > Izl;
|z|; portanto,
~I 77 77
Ilf<ff>“íÉnWT›<a?r
I (z ) - 2 :S 2(21zl - 1) < 21zl '
que eé <Z '*
< ce <=“.› Izl
|z| > 7/ 20,
7/25, de forma que, pondo M max(l , 7/
M = max{1, 2c} ,
7/2e},
teriamos , como antes,
teriamos, antes,
Z2 - i
I (zZ ) =1-mit)
ƒ() ~-
z2_i ---> 00 com z ---> 00 ._
oocomz-*oo
3z +5
3z+5
restri"ao I|2:|
Com a restrição z l > 5,
5, teremos:
I/(z)1
z
=
_*
Iz2 - ilff >> Izl2
iZ2_il -1>
lZl2i1 > Izl2- 1 > Izl2
> - lzl2/ 2 =
lZl2_lzl2/2
-mí Z
l:.l
lzl
í_
13z -|- 51
|3z + 5| _- 31z1
3lz] + 5
5 41z1
412:] 41z1
4|z| 8
Izl
|z| > M =? I/
:> M:> (z)1 :›K.
|ƒ(z)| > K.
Exsncícros
EXERCicIOS
_
1. z_l1n13'_(z
l.
,_
5z)--
lim (z' - 5z)
__ _
+ 15i. 2. zlí:ql_(2:.1:+y
= -99+15z. lim (2x + y'))-4.
= 4.
_ 2 _ _ 4z+â_
lim4z + i =~
3. jin::T+1
3.
sé
_--1+¿..
:--3i z - 21 z-i z+ 1 l +t
.
rlm-, 7 _ 5 _ zz2 - 11_ 6 1im6z+7__3
6z + 7 = 3.
-7 -
21;
- 3z + 1
2
. z + 11 = O. _ za-3z2+1 6z+7
7..1lim iz. 8._ z-_--_-= = 00 .. 9.. lim
° -Zz.
Z3
lim 6z + 7 = 3.
7 :-00
.fã zfl-77 0
z2- 8 '- z2+5z-3
00 z2+ 5z -3 °° 9 líflzz-3
:-i 2z -3 3
10. Sendo a c b
1D. Senda m'lmeros complexos constantes, prove que
b números
(az-I-b)
lim (az+ =azD +b
b) =azo e lim (az'
(azg +bz+c)
+bz:+c) =
=azã -I-bzg
az5+ bzo +c.
:-:0
Z_*-"20 :-:0
Z-*'20
tendee a zero
tend zero,, a am
am /bn
I bn ou a 00,
oo, com z -› sej a m < n, in
oo, conforme seja
--+ 00, m == n ou m
rn > nn,,
respectivamente.
14. Prove que a fun~ao
função w = Vz
ui = \/E e
é continua
contínua em todo ponto zz..
15. Prove que a func;ao /z e
função w == lim l1/z ¥- O.
contínua em todo ponto z 76
é continua D.
16. Prove que a fun~ao
função w == lim 1/(z oz) e
l /{z -- Cl:') contínua em todo ponto z I-
é continua 76 Cl:'.
or.
17. Prove que lim,_.z,, J(z) =
lim,_" ƒ(z) = L =>
=:› lirn_.,...z,,
lim,_" |ƒ(z)| IJ (z)1 =
= IL
|L|.l.
SUGESTOES
2.
2. Lembre-se de que IRezl|Rez| S
_'~§ Izi
|z| e IIm
|Imz|
zl É início, Iz
S Izl. Supondo, de inicio, zg| < 1,
|z -- zol 1, prove
que Ix |y| < 3. Então,
|:r|l < 11 e Iyl Ent iio,
1(2x y') -- 41
l(21= + 1112) 41 2x + (y
= 1|21f (iu -- 2)(y
2)(1J + 2)1
2)!
S 21xl
2|=1=I++ Iy 21(lyl + 2)
ly -- 2|(|:‹:I
É
S 51x l + 51Y - 21
5|;t:| + 5|y - 2| S É 10
10|¿'
lz -- 2il
2i|.·
12. Observe:
Fa~a 0o ultimo
Faça parentese menor do que Ian
último parêntese Ia» 1/2.
2.
i8
14. Sendo Zo
20 == roe iBo 56
rg eia" =/:- 0
Oe z = funções Vz
rei”,, as funlt0es
= re \/E e Fo
,/zg devem ser entendidas como
\/šzrã/2Bí9g/2 E `/šzrl/2e:`I9]2,
JE-¢š= ¬
I1./E+
JZ + ./ar
v'Zol' == (JZ
wi-- ./afã-./Tt)
v'Zo)( JZ - v'Zo) =
=T+
+‹-z ++ 2./at‹=‹›si‹õ=
2vrro cos[(9 -- 9az)/21>
T TO )/2[ > 0 TO ,
PROPRIEDADES DO LIl\/[ITE
LIMITE
As propriedades do limite,
limite, relativas aos limites da soma,
soma, do produto,
produto, do quo-
etc., já
ciente etc., ja conhecidas no caso de funções
fun<;6es de variáveis
variaveis reais,
reais, permanecem
vruidas
válidas para fun<;6es
funções de variável
variavel complexa, e sao
são estabelecidas como no caso
variavel real. E 0o que veremos agora.
de variável
ema. Se J
Teorema.
2.8. Teor tem limites finitos
f e g têm jinitos com z -> ZO (digamos,
-› zg
limJ = Feelimg=G),
limƒ=F limg = G), entiio
então
,1i_Iglf(2)
z-- zo 9(2)l = 311,lim190 f(Z)
lim IJ(z) + g(z)] J(z) + Zljglçl
z~zo
9(-2);
lim g(z);
Z~Zo
(2-1)
(2. 1)
,1lim
2:-+%0
[f(2)9(2)l == Zljgfl
i1,1_;_,1u [J(z)g(z)] lim J(z) _g11_;0 g(z);
f(-2) ,l'lim
2:----Zo %-Zo
y(2); (2.2)
(2-2)
se · g(z)
IIm t - Iim -J(z)-=_- limz~zo J(z) .
() ...L 0 então
gz Iaê 0,,enao (2.3)
z~ zo z~zo g(z) limz ~ zo g(z)
NN
Capitulo 2: Funr;oes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 45
Demonstração (2.1).
Demonstrar;ao de {2. 1}. Observe que
zeD,nv,',(z,,)
z E D f n V;,(zo) =»|ƒ(z)-1‹¬| < ~,
=> lJ(z) - FI <
z EE D¡nD,, nV_,'(z0),
D f n Dg n V£(zo) ,
onde 156 = min { If, If'
= min{6', 6"},}, pois 156 ::;É Iflí e 156 ::;
5 If'.
6”. Assim,
D f n Dg n V';(zo) =:›
z Ee D,‹nD_,nI×Ç,*'(zD) IJ (z) + g(z) - (F
=> |ƒ(z)+g(z)- + e)1 < ›z-:to,,
(F+G)|
demonstra~ao.
o que completa a demonstração.
z E Df n =>~ IJ(z)1
V¿'(zg) =>
F1 V';(zo) |ƒ(z)| > ILI/2.
|L|/2.
Demonstrar;ao. Da hipótese
Demonstração. hipotese segue-se que, dado to5 > 0, existe 15Õ > 0 tal
que
IJ(z) - LI < o.
z E Df n Vl(zo) => |ƒ(z)-L|<s.
z€D¡fil/ǧ'(z0)=>
Então,
Entao, com as mesmas restrições
restric;;6es em 2:,
z,
IJ(z)1 IL + [j(z)
|f(f'‹')| = IL [f(-*fl -- Lll S ILl
L )] ::; ILI + Iƒ(-2)
IJ(z) - < ILl
L)I <
- L)| ILI +
+5-
£.
46 Capítulo Fungoes anaJiticas
Capitulo 2: Funções analíticas
fun~ao e
Isto prova que a fimção |L| +
é limitada pela constante ILl + c.
e.
Para provar a segunda parte, tomemos ce = ILI/2. |L| /2. Teremos,
Teremos, com as
mesmas restri~oes
restrições em zz::
If(z)1 = IL + [/(z) - L)] >2 ILI-If(z)
|f(2)I=I13+lf(2)-Lll - L)I
|L|-|f(‹'=')-Lll
> ILl
|L| -_ cE == ILl
|L| -- ILI/2
|L|/2 == ILI/2,
|L|/2.
o que completa a demonstração.
demonstra~ao.
Iv
fa- U =Re(ƒ-L)
Como u- 'U-V=In1(ƒ-L),
= Re(f -L) e v- V =Im(f -L), temos:
lu - UI S.:s |f-LI
|'f-fl~U| If - LI e
6 Iv - VI :sÉ |f~LI-
Iv-VI If - L I
EDn
Daqui e de (2.6) segue-se que zzE O V6(ZO)
T/ͧ(z0) implica
|u(:r,y) --
lu(x,y) U| < 10e e
- UI |'u(a:,y) V| < 10,
Iv(x,y) -- VI E,
|'a(:r,y)
lu(x, y) -- UI < 10/2
5/2 e |'u(:1.r,y) V]I < 10/2.
Iv(x, y) -- V e/2. (2.7)
(2 .7)
desigualdade do triângulo,
Combinando estas desigualdades com a desiguaJdade obtemos:
triangulo, obtemos:
If- LI == I(u
|f'“L| - U) +i(v- V)I:sii lu
|(“U›-U)+'¿('U*-V)| - UI + Iv - VI
IU-U|+|'v_V|
Daqui e de (2
(2.7) GDn
.7) segue-se que zzE O V,(zo)
Í/Ç5(zg) implica
10 10
Iflo~M<š+š=a
If(z) - LI < "2 + "2 = 10,
que e
é a condigao
condição (2.4). Isto completa a demonstragao.
demonstração.
EXERCÍCIOS
EXERCICIOS
1. func;6es fez)
Prove que se as funções ƒ[z) e g(z) têm :finitos com z -›
tern limites finitos zg (OU
-----+ 20 (ou Zz ---t
-› 00),
oo), entaD
então
lim]/ (z) - g(z)] lim/(z) -limg (z).
1ífl1[f(-2) - 9(2)l = lim fíz) - 1i1I19(2)-
=
2. fez) tem limite finito corn
Prove que se ƒ(z) com z.z -› zu (ou 2:Z -›
---+ Zo oo), entaD
---t 00), então 1imcƒ(z)
lim cf(z) ==
I(z), qualquer que seja a constante c.
c lim ƒ(z),
clim
3. Prove
Prove,, por indução,
indu<;ao , que
E-EQ
L
fiázwmzzemsm
,l~o Cj!;(z) = L
Cj ,~o /;(z), 2.'-*Zg
j=1
j=l jzi
j= i
onde as
oude os coeficientes
coeficientes Cj
cj sao
são constantes quaisquer.
48 Fuw;:oes ana1iticas
Capitulo 2: Funções analíticas
4. Prove a propriedade
propriedade (2.2) do Teorema 2.8.
2.8.
5. P r:ove a propriedade (2.
Prove 3) do Teorema 2.8.
(2.3)
6. Prove que se ƒ(z) fez) ---t
-› 0 O com 2:z -› zu e g
-----t Zo g(z) e
(z) é limitada numa
Duma vizinhan<;a
vizinhança de Zo,
ag, entaD
entao
-..
um
. ((1+z)1f4-1
13. hm
I+ Z)I / 4_ 1
.
14 um (1
(1+z)1/3-(1-z)1f3
14 . lim
+ Z)I / 3 - (1 - Z)I / 3 .
z-.-00
.;:- zZ ' ' .;:z-z-o
.... 0 z
Z '
15. Prove 0o Teorema 2.11.
A-
SUGESTOES E
E SOLU<;OES
SOLUÇOES
I/(z) g(z) - FG I =
Íf(2)9(2)-FG! I/ (z)(g(z) - G) + G(f(z) -F)|
|ƒ(2=)(s(2)-G')+G'(f(2 - F) I
5
'S I/(z)ll g(z) - GI + IGII/(z) --FI-
|f(2)I|9(Zl-G'|+lGl|f( Fl.
(\.Q*-.-~"
"-_/
zzED n Vi,
E DO (zo) =:›
V,;2(zg) =? |ƒ(:a)
I/ (z) - F|I <
- F €/2IGI;
<í E/2|G|;
zzEE D n
f`| Vi,
Vá., (zo)
(zu) => - GI
=c} Ig(z) - GI < €/
E/2M.
2M.
= min{õ1,
Tome fJ6 = min {01 , 62
62,, 03}
63} para obter:
2:zED n vi (zo) =?
E DOI/Han) I/ (z) + g(z) -- (F
=› |ƒ(.:-)+g(z) + G)I <.f-:_
(F+G)| < e.
Capitulo 2: FUngoes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 49
5. f Cz ) E
Considere primeiro 0o caso ƒ(z) == 1. Observe que
|1 1 11' |g<z›~G|
Ig(·)
I - GI
1uz) - GG = IGlIg(z)1
g(.) ¡c=||g‹z›|
vizinhan~a Vzç,
e que numa vizinhança v", ('(zu), |g(z)| > IGII2.
0), Ig(')1 IGI/2.
12. Use a'
az --b2 (a + b)(a - b) com aa=
b' ==(a+b)(a-b) = vT+/l,
\/1+h, b
b== 1.
13. Use
13. fr* -b'
Use a" _ sf* z (a-b)(a
= (fz - z›)(zz33 +a'b+ab'
+zz2b+zzb2 +b
+ô3)
3
com zz =z (l+z
) coma (1 +z)1/-1. zz -.= 1.1.
)" ', b=
= u + iv,
16. Escreva fƒ='a+i'v, = U + i Y,
9g=U+iV, = Uo + ivo e G
F=u0+i'u0
F = Uo + iVo. Então,
G=Un+iVfl. Entao,
- ø
FUNQAO ANALITICA
FUNÇAO
ou, 0o que e
é equivalente,
equivalente, se existe
um f‹w› - fiz)
lim I(w) - I (z).
w -- z
w-*=
w _ z
À
W W
...N
..\_/
- /»»- ...
Fig. 2.6
À
_ z + rem
Í'
I
Z _..-
.L . _ *-
Fig. 2.7
Fig.
Passando ao limite com rfr -->
-› 0O e denotando este limite com 18(z)
Ĥ(z),, obte-
mos: _
I~(z)
ƒ§(z:) = ze- 2iO + fã.
= ze"2z9 z.
e
Esta é a expressao
expressão da derivada direcional de ƒ I no ponto z. Ela depende
do angulo
ângulo ()9 para to
todo ¥ 0, de forma que If não
do z aê nao possui derivada ordinária
ordinaria
nesses pontos. A derivada de If s6só existe para z == 0: f' (0) == O.
ƒ'(0)
expressoes fun~iio
As expressões função holomorfa e função fun~iio regular sao
são usadas como
sinonirnas
sinônimas de "fun<;ao
“função analftica".
analítica”.
De acordo corncom essa defini<;ao,
definição, uma função que só
urna fun<;ao so possua derivadas ernem
certos pontos isolados não nao eé analitica;
analítica; assirn função ffez)
assim,, a fun<;ao = Izl2
(z) = |z|2 conside-
rada háha pouco não nao eé analftica, rnesrno em
analítica, mesmo ern z =- 0, onde ela eé derivavel.
derivável.
oO conceito de analiticidade requer a existEmcia
existência da derivada ern em todos
os pontos de urn um conjunto aberto. Sem dúvida, duvida, essa condi<;ao
condição irnpoe
impõe fortes
restrições it
restri<;oes à. fun<;ao
fimção ƒ f e tem
tern como conseqiii"mcia
conseqüência urna
uma serie
série de resultados SUf-
sur-
preendentes, como veremos
verernos gradualmente no decorrer do nosso estudo.
derivaçao
Regras de derivac;;ii.o
verernos progressivamente
Como veremos progressivarnente ern
em nosso estudo, todas as fun<;oes corn
funções com
que 0o leitor se familiarizou em seu curso de CaJculo
farniliarizou ern Cálculo são analíticas, quando
sao analfticas,
convenienternente estendidas ao plano cornplexo.
convenientemente complexo. De verificação
verifica<;ao imediata eé
o fato de que uma urna fun<;ao
função constante eé analítica
analitica e sua derivada eé zero. A
fun<;ao fez ) =
fimção ƒ(z) = zn,
z", onde n ée um
urn inteiro positivo, eé analítica
analitica e sua derivada
f'(z) == nzn-\
eé ƒ'(z) nz“`1; isto se demonstra
dernonstra exatarnente
exatamente como no caso real; por
exemplo, usando a fórmula binornio de Newton, segundo a qual
formula do binômio
fez + Az)
ƒ(z 6.z) -- fez) (z+6.z)
(z + Az)"n -_zn
2:",
6.z
Az _ 6.z
Az
n(n -~11) J
= nzn- J + il-(l2_lz"`2
nz"'1+ zn- 2 6.z
Az ++ ...
...++ (6. zt - .
(Az)"_1.
2
Fazendo Az6.z ~+
---> 0,
O, obternos
obtemos 0o resultado desejado.
mesmo modo, a soma e 0o produto de um
Do rnesrno urn número
nUmero finito
finito de fun<;oes
funções
analiticas
analíticas sao fun<;oes analfticas
são funções analíticas e as derivadas se calcularn
calculam de acordo corn
com as
regras conhecidas; 0o quociente de funções
fun<;oes analiticas
analíticas é função analítica nos
e fun<;ao analitica
pontos onde 0o denorninador
denominador naonão se anula e a derivada eé dada pela conhecida
regra de deriva<;ao
derivação de urnum quociente. Vale também
tarnbern a regra de derivação
deriva<;ao da
52 Capitulo 2: Funções
Capítulo Fun,i5es anaiiticas
analíticas
%ƒ(9(2))
:zJ(g(z)) == f'(9(2))9'(z)-
J'(g(z))g'(z).
Todos esses teoremas e outros mais se demonstram como no caso de
variaveis reais. A título
variáveis ilustra~ao , vamos demonstrar que se uma função
titulo de ilustração, fun,iio
Jƒ ée deriváuel
derivavel num ponto zo, então J
zg, entiio fe é continua nesse ponto.
Como J derivãvel no ponto zo,
f eé derivavel zg, a expressao
expressão
~ zo
tende a zero com z -› zg.. Em conseqiiencia, ultimo termo da expressao
conseqüência, o0 último expressão
J(z) =
f(-'fl = f(2o) + (z
J(ZO) + 2-'o)f'(2o) +
(2 -- zo)J'(zo) (2 -~ zo)g
+ (z 2o)9'
tende a zero com z -›
~ zoo
zg. Como o0 penúltimo
penultimo termo também
tambem tende a zero,
limz ~ zo f
passando ao limite obtemos 0o resultado desejado: limz_.z,, J(z) = Jƒ(z0).
(z) = (zo) .
nxnncíoros
EXERCICIOS
(fg)
(fall{n))=f“'9+fl›ƒ“
n- I)g' + n(n
n = /n1 )g+nf{n- n ln* _
“9'+--(¡%f( 2
1 f {n
-1) ri-- 2)g"
219
H + ... +fg{n)1;, )=
+...+ƒ9( = t (n)t'n1 -_. i)' g(j)
M, G')f(` “om
;= 0
Lu Ê J
-'
Capítulo 2: Full/toes
Capitulo Funções analiticas
analíticas 53
z E âfoizn =~ f'‹g‹z››g'‹z›.
z e :J(9(Z}} /(9(Z}}9'(z).
5. f(z)
5. f(z} = 1 - z*
~ 1- z, +az5;
+ 4iz'; õ. f(z)
6. f(z} = (zfi -- i}'(iz
~ (z' traz + I)';
1)2; 7. f(z)
7. ~ z - 3i.
f(z} =
z + 3t
8. Prove, por indução, (z" )' =
induc;ao, que (zn), nz“`1,
= nzn - l, para todo inteiro positivo
positivQ n.
9. (z" )' = nz"-l
Prove que (Zll), nz"`l vale também
tambem para os inteiros negativos
negativQs n.
z 75 0, prove que (l/z),
10. Sendo z'" ~ -l
(1/z)' = /z' .
-1/z2.
11. Prove, por indução,
induc,;ao, que
~2c ~ (-Ifn!
d” 1 __ (‹-1)"n!
dz n Z
dz”. z zn+l 7'
suonsrõns
SUGESTOES
11(1
m _ 11) , _1_1_
z + h - ~z + z,
hli 'z-i-lt ~ z, (z + h)
z2_z2(z+h.)
hh
teuüe 'a 'Lero CCt\\
\.enc.e a'Lel:\;) com h h. -» \J. Dano
---'t K). \)aQ.() E.e "">
`:> \), ~ preciso
B, ie \)!e6~o e:m:.on\'ro.t
encontrar & E '> \) e\.c.
3- Q etc. \)\)<&e!,\,e
Ubsewe que ~'\le
|z +
Iz + hi ::>:
2 Izl - Ihl
|z| - [hi > Izl/2,
|z|/2, desde que se tome Ihl ln] < Izl/2.
]z|/2.
EQUAQOES DE CAUCHY-RIEMANN
AS EQUAÇOES
Seja ff == u ++ iv
iu uma fun~ao derivavel
urna fimção derivável num ponto z = x+
= :rf Entao, 0o
+ iy. Então,
quociente
fez + ~z) -v f(z)
ƒ(2+A2) fez)
~z
Az
tem limite f'
tern f'(z) ~z -›
(z) com Az --> O,
0, independentemente do modo como Az ~ z tende
a zero. Em particular,
particular, podemos fazer Az ~z tender a zero por valores reais
~z
Az = k e, separadamente, por valores imaginários ~ z = it (Fig. 2.8).
imaginarios Az 2.8).
Obtemos, respectivamente,
¡(z)_¿%v
j'(z)
f =
_ lim
- u(x + k, ify))_u($=
($`|`k= - u(x, 'yy) +kwflf + k, y)
i[v(x +13: zu )_U($= zu
- vex, y)]
k~O k
54 Capitulo Funções anaJiticas
Capítulo 2: Fun<;oes a.na1.í1;icas
e
E Hz) Z Hà zz<z=, fi + f) - uz, za +ttâivrz,
J'(z) = lim u(x, y + t) - u(x, y) i[v(x, zy.¿ +
+ at) -- v(x
~<zz,, wi,
y)].
t- O zt
À (x, y+
Í-13)* + t)
fl .
I
I
I
I
I
I
II IIIII o
E* y)
(x, -o ~..‹I--- -- (~:..
0--N:
f'_\. (Jc + k, y)
lc, y)
í i
Fig. 2.8
Fig. 2.8
De acordo com 0o Teorema 2.9 (p. 45) 45),, a existencia
existência desses limites im-
plica a existencia,
existência, separadamente, dos limites das partes reais e das partes
imagimirias das expressoes
imaginárias expressões sob limites, e,
jimites, isto é,
'()
I u(x + k,
l'- u(x ki y) _u(x:
- u(x, y) + %'j' v_'U($-l-ki
(' x---'+_k-'-,-.e,y):---_
-----'v('-x'-',
v($= y,-,-)
z _
= k~O
ff(Z)"zÍ1i›'Ê›
1m
- -
1m
klz ' +“iz'f'iz
k~O fzk
eE
'() l' v(x, Y + t) - v(x , y) 'j' u(x, y + t) - u(x, y) .
f Z=lffi
t~O t
-'l I m
t~O t
conseqüência, as fun~6es
Em conseqiiencia, funções u e v possuem derivadas parciais no ponto
(x,
(zr, y), e valem nesse ponto as seguintes rela<;6es:
relações:
¡ õu
__ ih õfu
.ig ¡
!'(z) ov _ i OU
81;
I aí _ aí
=
Bu
oy oy
19ualando
Igualando as partes reais e as partes imaginárias,
imaginarias , obtemos daqui as chama-
das eJIua<;oes
equações dade Cauchy-Riemann:
au
Õu av
31;
e
Bu
ou ölv
ov
(2 .8)
ox oy oy ox'
A analise
análise acima mostra que as equa.;6es
equações de Cauchy-Riemann saosão uma
condi<;iio necessaria
condição necessária para a existencia
existência da derivada de uma função f. Mas
fun<;ao
Capitulo 2: Punqoes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 55
f‹z› vfx;I,
J(z) == M.
= I· u(k, 0) - u(O, 0) = 0
U x (0 ) 0) 1m k .
k~O
'u.y(0, 0) =
Analogamente, uy(O, = O.
0. Vemos entiio
então que as equagoes
equações de Cauchy-
Riemann estão
estao satisfeitas no ponto z = = O. Nao obstante isto, J
0. Não ƒ não
nao eé
derivavel = O.0. De
derivável em z = D e fato, pondo Az =
pondo!:!..z = re iB = r(cos
rei” r(cos6 + i sen 6),, obtemos:
O+isenll) obtemos:
Condiçao necessária
Condit;;ii.o suficiente
necessaria e suficiente
v, = {(x+k+i(y+t):
V¿ : + l<:+2l(y+t): +152 < 6
k2+t2
kg 2
õ2}} estejatodacontidaemR, comoilustra
esteja toda contida em R, como ilustra
a Fig. 2.9; em particular,
particular, os segmentos zz1 ZjZ2, onde Zj
ZZj e z1z2, = (x
21 = + k, y) e
(at +
= (x
2:2 =
Z2 lc, y + t), tambem
(sc + k, estão contidos em R. lsto
também estao Isto nos permite aplicar
o conhecido teorema da média,
media, segundo 0o qual,
“(37 +
u(x + k
ka, y)
y) -_ u(x, y)
u($i y) =
: kux(x +
+ Ojk,
91k: y)
+ k, y+t)-'u.(a:-|~k,
u(a_:+k,
u(x y + t) - u(x + k, y) = tuy(x + k, y+92t)
y):tu¿,,($+k, y + 02t)
onde OJ
91 e O
922 sao numeros convenientes do intervalo (0, 1). Somando essas
são números
duas igualdades membro a membro,
membro, obtemos:
.6.u
Au : u(x + k, y+t)
u(a:+k, y + t) --u(m,
- u(x, y)
= ka.z(:v ak,, y)
kux(x + elk y) + tuy(x
rfazífr + If,k, yy + 02t)
021%) (2-9)
(2.9)
z,
2,:= (x + k, _vy + t)r)
f'_\
Z=G"~vJ \
Z = (x'_3Â)__
',=(x+
1:-tn-II L1
Z] =(I+lf,)P)
k,y)
\
_ I í í'_."'
Fig. 2.9
Como as funções
func;6es U'a,_,x e uuyy sao
são contfnuas,
contínuas, podemos escrever:
e
uy(x + k, 'yy + 02t)
fu.,,(:c + Hgt) == uy(x, + 662,2 ,
u¿,,(:1:, y) +
com kkg2 +
onde 661j e 6622 tendem a zero corn t 2 --->
+ t2 -› O. Substituindo (2.10) em (2.9),
obtemos:
obtemos:
Au =
.6.u + k, y+t)
u(:r+k,
= u(x y + t) --u(:r:,
u(x, y)
= kumx + tag
= ku tuy + kÕ1 + t6
k6 j + tõz.
2· (210)
(2 .10)
De modo inteirarnente
inteiramente amilogo,
análogo, deduzimos
dednzimos::
Av v(a: +
: v(x
.6.v = + t) -- v(x,
-|- k, y + v(:c, y) = kv x + tv
: ka, + k6
toyy + kõg3 + t64,
1554, (2.11)
(2.1l)
Capitulo 2: Funções
Capítulo Fun(oes anaiiticas
analíticas 57
f(z + tl.z)
ƒ(z Az) -- ƒ(z;)
j(z) _ Au + itl.v
tl.u iA'z.› (kumx + itv
(ku y ) + ii(ku,_z
ituy) (kv x - itu,,)
- itu y)
tl.z
Az hh -_ h
h.
k t
+
+ H(Õ1 + i(3)
-,;,(01 'ZÍÕI-3) + EÍÕ2 + i(4
-,;, (02 + ¿Õ4l-
).
2.16. Corolário.
Corohirio. Uma jun~iio região e
/'
função com derivada zero em toda uma regiiio e
constante; e e
é também
tambem constante uma função
funriio que só
s6 assume valores reais em
toda uma região;
regiiio; ou ainda,
ainda, uma função
funriio cujo m6dulo
módulo seja constante numa
região.
regiiio.
uma
au
ar
Õr
av , u:-i@_fl,
ao
1 av
ar
rr 39
au
e
r ao ' Õr
1
r 69
(za
(2.13)
que e
é uma forma muito util útil em várias aplica~iies .
varias aplicações. -
Urn justificar essa forma das equa~iies
Um modo de justificar equações de Cauchy-Riemann
baseia-se no fato seguinte: em cada ponto P = = (x, y) de coordenadas polares
58 Capitulo Fun~oes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas
y
Y
A x
X
ras
P = (X. if)
as
,.
I P*
Fig. 2.10
Para a demonstra~ao
demonstração analitica equa~6es (2.13),
analítica das equações (213), utilizamos as
fórmulas de transforma~ao
formulas transformação,,
x = rcos!J
:r=rcos9 e y = rsen!J,
y-=rsen9, (2.14)
ar
Õr ao
89 sen I}9
_=
ax 9 _:-í.
ax
8:1: = cosO
COS ee Õr rr
Capitulo
Capítulo 2: Funções analiticas
Fun,oes analíticas 59
análogo, derivando (2
De modo anaJogo, (214) rela~ao a y, e resolvendo em rela~ao
.14) em relação relação
8r/83;
a Or / oy e 00/
89/ oy,
8y, encontramos:
8r
or
É-3;=sen9
89
00 cos
cos9 e
oy = sen 0 ee íyzi,
oy r
de sorte que
o ora
í:8_rí+8_9í:C0S98aoa a sene
sen98a
Ox
8:1: = ax ar
8:1: 8r + ax ao
8:1: 89 = cose or
8r - -r-ao
r 89''
í_8r8+898_
a aro aoo 68+cos98
a coso a
oy = ay ar + ay 00 = sen 0 ar + -r- ao .
ay ayaf õyae " Se” ar ‹z~ sa'
Substituindo em (2.8), obtemos:
cosaõu
cos sen98u
0 ou _ sen 0 ou =_ sen eGQ + cos9
ov _|_ cos 0 Éov
af-
~ r1- 00
as *Sen az- ~ r~z~ 00
ae
e
sen + cos e ou =I -cos9@
Oau +
sen9@ _ cosOav + +Ésen 0 av
8r
ar r ao89 8r
ar 89
r ae
Multiplicando a primeira destas equa~6es e
equações por cos 9 e a segunda por
par sen 9 e e
somanda-as, equa~ao em (2.
somando-as, obtemos a primeira equação (213).
13). Analogamente, mul-
tiplicando a primeira equa~ao
equação acima por sen90 e a segunda por
par sen - cos 0,
par -cos 9, e
equa~ao em (2.
somando-as, obtemos a segunda equação (2.13).
13).
Interpreta~ao
Interpretação geométrica
geornetrica
As equa~6es
equações de Cauchy-Riemann têm tern um geométrico interes-
urn significado geometrico
sante, expresso no teorema seguinte.
tearema seguinte.
Teorema. Se f=u+iv e
2.17. Teorerna. e' analitica
analítica numa regiao
região R, então as curvas
R , entao CUTVas
das familias
fam.?ias
u(:r:, y) = const
U(x, const.. e v(x,v(.r, y) = const.
cruzam em angulo
se crvzam ângulo reto em todo ponto Zo xo + iyo
zg = .rg iyg onde !,(zo) % o.
f'(z9) # 0.
Demonstração.
Demonstm,ao. De fato, como o0 vetor grad gradu = (u
u = (um,x , uuy) é normal it
y) e ã
u(:c, y) =
curva u(x, I u(xo,
u(:cg, YO)
yg) no ponto (xo,
(zrg, yg),
yo), 00 vetor (uy,
vetar (u y , -um)
-ux ) eé tangente,
pois esses dois vetores sao
são ortogonais (Fig. 2.11):
2.11):
(um,
(u x , uuy)
y ) .- (u
(uy,
y , --um)
u x ) == uxu
uxuyy - = o.
uyuzx =
- Uyu U.
60 Capitulo Fun90es analfticas
Capítulo 2: Funções a.na11'ticas
graduu
grad (“y*_ HI)
Mtv. y) =
u(x, JI) =
= u(x0, Yo)
=u(xo' yo) =const.
= Const.
(Ã-Q*-vn)
Fig.
Fig. 2.11
2.11
De modo awilogo,
análogo, (Vy, vx ) e
(vy, --vz) v(:1::, y) = const., como
ã curva v(x,
é tangente it
ilustra a Fig. 2.12. Fazendo o0 produto escalar desses dois vetores e usando
as equa~oes
equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Riemann,, obtemos:
U = CÚTISI.
(uv: _ Hx)
Li = COIISI.
Fig. 2.12
Fig. 2.12
Observe que 0o resultado anterior se refere a famílias
familias de curvas do plano
z2; que sao fun~ao w
são levadas pela função ui = fƒ(2:)
(z) nas familias de retas do plano w ui
paralelas ao eixo dos v e ao eixo dos u respectivamente (faça (fa~a uma figura).
análogo e
Um resultado analogo é verdadeiro para familias de curvas do plano w vu que
sao
são imagens das familias z, isto e,
famílias de retas coordenadas do plano .jõ, é, as famílias
familias
de retas paralelas ao eixo dos :r x e ao eixo dos y respectivamente.
respectivamente . (Veja 00
Exerc. 13 adiante.)
Capitulo 2: Funções analíticas
Fun yoes analiticas 61
A função
fum,ao exponencial
fun~ao w
A função I eezZ eé analitica
'w = analítica em to
todo
do 0o plano. Para vermos isso, lembramos
x + iy, a exponencial se escreve
que, sendo z = :rt
e eXeiy = eX
ezZ = efeiy ex cosy + ieXseny,
iefsen y,
y 2"
A mais
p = 1
/I
Í ,r- zw/3 u
s 1 .- o -.z
x §=.%9
Fig. 2.13
permane~a constante e y
Suponhamos agora que x permaneça y varie no intervalo
62 Capitulo Fun,oes analíticas
Capítulo 2: Funções analiticas
[0, 27r).
2rr). Entao,
Então, p permanecera
permanecerá fixo fixo e 0o ponto w 'w descrevera
descreverá um circulo de
raio p, centrado na origem.
origem. Para x
:c = = 0 esse drculo
círculo tem raio unitário;
unitario; para
x > 0,
:r 0, ele eé exterior ao clrculo unitario, e para :c
círculo unitário, x < 0, ele eé interior.
observa~6es comprovam, no caso da fun~ao
Essas observações função exponencial, o0 que dis-
semos ao finalfinal da subse~ao
Subseção anterior (veja o0 Exerc. 13 adiante): as imagens irnagens
familias
das farnilias de retas coordenadas :rf = const.
x = const . e y =
= const. são
sao ortogonais.
tambem que toda a faixa do plano complexo 2:,
Vemos também Ê y < 27r,
z, dada por 0 :0; 211-,
ée levada, de maneira biunívoca
biunfvoca (Exerc. 14 adiante) sobre 0o plano complexo
excluída a origem deste plano. Como eezZ ée periódica
w, excIuida peri6dica de periodo
período 27ri,
2rri,
qualquer outra faixa 2k7r <::: y < 2(k + 1)7r
21:11' É 1)1r eé transformada exatamente como
a faixa 0 :0;É y < 21r,
27r, no plano w ui com a origem excluida. excluída.
Exnnoíoros
EXERCicIOS
1. Prove o0 Corolário
Corohirio 2.16.
2. Mostre que as equac;oes
equações de Cauchy-Riemann são
sao equivalentes a carla
cada uma das formas
fafmas
seguintes:
af ._. _,-211
Êi
- = -1.-
.af e., QI. 2,211
8:1:
Bx 83;
By 83; 8a:`
Use as equações Cauchy-Rieinann para verificar,
equac;oes de Cauchy-Riemann cada uma das funções
verificar, no caso de eada func;oes
dadas nos Exercs. 3 a 10, qual e
é analitica
analítica e em que dominio. Ern caso positivo, calcule aa.
domínio- Em
ƒ' (z). (Observe que esta derivada, quando existe, e
derivada l' é dada por 8J /ax.)
8f/81:-)
3 -- _
3. w = z3.
vw:-z. = eZ
w=e:'f
4. W 5. w=z
:w=z
6. w
w=1/z
= liz (e V +e- il )senx+(eY -e- lI ) cosx.
w=(e*"+e`”)sen:r+(e!'~e`")cos:r.
7. W=
8. w = eY(cosx + isenx).
w=ey(cos:I:+iSen:¿f). e- lI (cosx + isenx).
9. w ==e"”(cos.1:+isen..1:).
:w =.fi
10. w = \/E = \/F[(cos(9/2) / 2)J. 0 < 89 < h.
+ isen(9/2)),
vr[(cos(8/ 2) +isen(8 2rr.
11. Dada a função sf == Uu + iv, faça
fuo.;ao w == Z2 fac;a 0o grafico
gráfico das curvas das 'famflias
famflias u(x,
u(a, y) == Cl
c1 e
vex
v(:r,, y) = cz ,, para diferentes valores das constantes cl
= C2 Cl e C2,
cz, e observe que essas curvas
se cruzam em cingulo
ângulo reto.
Faça 0o mesmo para w =
12. Fac;a = l1/z.
i z.
fun~ao w
13. Dada uma função ur == fez ), analítica
ƒ(z), analitica numa região R , considere as seguintes famflias
regiao R, famílias
Fl
F1 e F2 de curvas do plano W w,J parametrizadas por
par 3:
x e por yy,, respectivamente:
F1: u = u(x
PI: U u(:f:,, yu), = v(x
yo) , v = yo)
v(:r,. yu) e p,: Uu = u(xo
F2: y) . v = v(xo.
u(:1:g,. y), v(:r:g, y).
em cada ponto f(zo),
Prove que ern ƒ(zg), onde t(zo)
ƒ'(z¡¡) :f:.
56 0, essas curvas se cruzam ortogonal-
ortogonai-
mente. Faça um grafico.
Fa~a urn gráfico.
C'a.p1'tu1o 2: Funções
Capitulo analíticas
Fun9i5es analiticas 63
funr.;ao eO:
14. Mostre que a função ez eé injetiva em qualquer faixa horizontal do plano, dada por
a$y<o:+27r.
oz 5 y < oz + 211".
15. Vimos que a exponencial e é uma função
func;ao w == ƒ(z)
fez) == u+it"
u +i1;, analitica
analítica em todo 0o plano
e ta.l
tal que!, (z) == ƒ(z)
que ƒ'(z) I(z) e 1(0)
ƒ(O) == 1. Prove que existe uma e uma so fun~iio satisfazendo
só função
condições, de forma que a função
estas condic;6es, func;ao exponencial pode ser por elas definida.
definida. (Su-
gestão: Uuzx =
gestiio: u e Vx
= 1£ *uz =
= v'U sao
são equac;6es
equações dife
diferenciais ordinárias de lã
renciais ordinarias I!!: ordem em x,2:, cujas
solu<;Oes são
soluções sao u = ge X e 'Uv =
= ge* he%: I code
= he”, onde 9g e hh, sao
são constantes
eonstantw em relação
relac;ao a zr,
XI portanto,
pod em depender de y. Use as equac;oes
podem equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Ríemann e obtenha gil 9" ++ 9g == 0O e
h" ++ h = 0.O. Daqui e de 1(0) ƒ(0) = 1, segue-se que g(y) = cosy e h(y) h.(y) = seny.)
sen y.)
-Iv :
As FUNÇOES
AS TRIGONOMETRICAS
FUNQOES TRIGONOMETRICAS
EE HIPERBÓLICAS
HIPERBOLICAS
fun~6es trigonometricas
Vamos introduzir agora as fuuções hiperbolicas. Come~a
trigonométricas e hiperbólicas. Começa-
relações
mos observando que das rela~6es
iy iy
eem == cosy + iseny e e-
cosy+'iseny e`¿Í” = cosy
= cosy-- iseny
eu _ E-zz eu + E-zz
sen z=
seuz=-_-_-- cosz
cosz=í.
=
2:
2i ' 22
senz cosz
CDSZ 11 11
tgz
tgzz-,
= - -, cotz= - - ,
cotz=--, secz = - - ,
secz=í, cscz = - -.
csczr---_
cosz
cos z senzz
sen cosz
cos z senz
sen z
As conhecidas fórmulas deriva~ao,
formulas de derivação,
z)' = cosz,
(sen 2)' cos z, (cos 2)' = -seuz
(cosz)' -sen z etc.,
sen (- z) = -seu
(-2) -sen z, cos( -z) = cos z,
cos(-z)
64 Capítulo 2: Fun~oes
Capitulo Funções analiticas
analíticas
sen 2 z + cosg
senzz cos2 z = 1,
= 1,
sen(z1 +
sen(zl -l- zz)
2:2) : zz + COSZl
zl cos Zz
= sen Zl cos 2:1 sen Zz,
zz,
cos(z1
COS(ZI + Z2)
2:2) = COSZl
= cos 2:1 cos zz -- seu
COSZ2 2:1 sen
sen Zl 22,
senZ2,
senz=cos(~-z) cosz=sen
COSZ=-'”-SGI1 (~-z).
'TI' 'II'
SBIIZT-COS
§'_.Z e6 E-Z .
variaveis
variáveis reais, pelas seguintes expressoes:
eeaZ _ e- z
_e-z e2+6-z
senhz =
= 15-~,
2 ' coshzz T-.
COll10 se vê,
Como Ve , seus valores são
sao reais para valores reais de zz.. Elos
Elas surgcm
surgem natu¬
natu-
ralmente quando se procura separar as partes real e imaginária fun~6es
imaginaria das funções
sen z e cosz (Exercs. 9 e 10 adiante). It fácil
senz faeil Ver
ver que (senhz)' =
= coshz e
= senhz.
(cosh z)' = senh z.
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
fuoc;oes tg
funçoes tgz,z, cotz,
cot 2:, secz e cscz.
csc z.
2. seu z e cos z sao
Mostre que sen são funções periódicas de período
func;oes peri6dicas Zfr,, como no caso reaL
perfodo 211 real.
3. seuh zz sao
Prove que cosh z e senh são fuw;oes
funções peri6dkas
periódicas de período 21rz'.
perfodo 21Ti.
4. sen 2 zz +
sen: cosg2 Zz == 1.
+ cos
5. sen(z1 + sz)
sen(zl + = sen 2,
Z2) = 22 + cos
21 cos zz z1 sen 22.
COS ZI zz. Sugestão: pelo 22
Sugestiio: comece peiD membro.
22. membra.
7. senz=cos(Í--2:)
senz=cos(i--z) e cosz=sen(Í-2).
cosz = sen(i--z).
2 2
Capitulo Fun,8es analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 65
8. sen iz iz = cosh
i senh z e cos iz:
fiz ==2lsenl1z coshz.
z.
9-
9. (x +
sen(:r
sen -|- iy) =
= sen x cosh y + iicosmsenhy.
senrcoshy cos x senh y.
10. cos(-3:
cos (x ++ iy) = cosrcoshy -- i senxsenhy.
=cosxcoshy senrrsenhy.
13. cosb(x +
I|cosh(:t + iy)I' |senh[:c +
ig) [2 -- Isenh(x ~ cos2y.
+ iy)I' = cos 23;.
15. cosh(z1
COSh(Zl + Z2)
ez) = 2:1 cosh Z2
= cosh Zt zz + senh ZI
21 seuh
senh Z2.
ez.
17. |senh:c|
Prove que Isenh xl É cosh(x + iy)l :S
:S I|cosh(.r É coshx.
coshzr.
o
O LOGARITMO
oO logaritmo
logo/ritmo de um número complexo z =
urn numero = re iB '"
Teia 56 0,
O, eé definido
definido assim:
logz + i2149,
log z = logr + I) ,
2 .18. Observa~ao.
2.18. fun~ao tem
Observação. E claro que 0o valor de uma função tern de ser de-
univocamente, de forma que a expressao
terminado univocamente, expressão «func:;ao
“função multivalente)1,
multivalente”,
rigor,1 e
a rigor impropria, mas e
é imprópria, é usada por ser conveniente: sabemos do que esta-
contraposi~ao, para enfatizar, ou evitar qualquer dllvida,
mos falando. Em contraposição, dúvida,
as
às vezes usa-se tambeID expressão "fun<;ao
também a expressao “função univalente”.
univalente". Em breve en-
“fmições multivalentes”
contraremos outros exemplos de "func;:oes multivalentes" e veremos como
torna-las univalentes.
univalentes .
66 Capitulo
Capítulo 2: Funções
Funqoes anaJiticas
analíticas
Voltando ao logaritmo
logaritmo,, para fazë-lo
faze-Io mlivalente,
univalente, lembramos que 0o argu-
mento de um numero complexo z çš
urn número cf 0O s6
só eé determinado a menos de mUltiplos
múltiplos
inteiros de 271".
2'rr. Seja, pois, 80
dg 0o valor particular do argumento que esteja no
[0, 271"),
intervalo [0, 2fr), isto e, :::; 80
é, O0 zí 271". Então,
90 < 2fr. Entao, 0o argumento generico
genérico ée dado
por
8=8 0 +2k7l" ,
6'=9g+2kvr, k=O,
k=D, ±1,
:l:1, i2,...
±2, ...
Assim,
Assim, temos de restringir ao argumento de z a um
urn intervalo do tipo
2m-g9<2(1‹;+1)z‹-r,
2k7r :::; 8 < 2(k + 1)71" , k1‹z=0,úz1,a2,...
= 0, ±l, ±2, ...
Costuma-se
Costruína-se dizer também
tambem que 0o logaritmo ficafica "especificado"
“especificado” com um urn de-
terminado k. 0
terrninado valor de ls. O ponto z = = 0 eé chamado ponto de ramificação
ramifica,iio de
log 2:,
z, justamente porque,
porque, quando umurn ponto z descreve um círculo centrado
urn circulo
na origem e volta ao ponto inicial, fun~ao log z retorna aumentada de 271"i,
inicial, a função 2:fri,
isto e,
é, passa de urn
um de seus ramos ao ramo seguinte.
Com 0o valor k = 0O obtemos ao que chamamos valor 'valor principal, ramo prin-
cipal, ou determina,iio
cipal, determinação principal do logaritmo. Mas convem convém observar que
nada há. hii de especial na escolha do intervalo 0O Ê 6 < 27f
:::; 8 21-r para especificar
especificar ao
valor principal. Podemos tomar 0 O<8 H :::;
É 27f
2ir,, -fr É8
- 7f :::; H < 71"fr,, ou qualquer outro
intervalo de comprimento 271", 211”, como acr < 8 9 Ê :::; aoz + 27f2'Ir (au
(ou Ci cr :::;
É 8 9 < Ci of + 2'rr)
27f)
(Fig. 2.14).
2.14) . Em qualquer desses casos, a restrição restri~ao do argumento a um urn inter-
valo
vain de comprimento 27f 211' introduz descontinuidades na fun<;ao função log z ao longo
do raio pela origem e de argumento Ci cr.. Esse raio eé freqiientemente
freqüentemente designado
um corte do plano complexo.
urn complexo . Ao considerarmos as restrições restri~6es Ci (1 < 8 9 :::;
í Ci+oé+2rr,
27f,
os É
Ci + 27f
9 < aoc +
:::; 8 cr < 8
2'rr,, ou Ci 9 < Ci + 27f
oz + 21r,, dizemos que 0o plano foi cortado ao
ia
longo do raio z = I rerem. .
Capitulo 2: Fum,i5es
Capítulo Funções analiticas
analíticas 67
21v
Fig. 2.14
Fig. 2.14
equações de Cauchy-Riemann na forma polar, e
Usando as equa~6es é fácil verificar
facil verificar
que qualquer ramo do logaritmo ée urnauma fun~ao
função analitica
analítica em seu dominio
domínio (do
qual se exclui 0o raio que produz 0o corte, para que o0 dominio
domínio seja urn
um conjunto
aberto). Vamos calcular sua derivada:
aberto).
ddlogz
log z 8Õ . ôr 8
(8T Õ 66
8e 83 ) .
---;J;- = 8x (log r + ,e) = 8x 8r + 8x 8e (log r + ,e).
Substituindo os valores 8r / 8x =
õr/Õa: 8e/ 8x =
cos 9 e 649/Õsc
= cose = --sen
sene/
19 /rr (ja
(já obtidos na p.
p.
58), efetuando os calculos
cálculos e simplificando, obtemos:
obtemos:
dlogzz _ 11
dlog
dz z
E facil
É fácil ver que qualquer ramo do logaritmo é uma fun~aoe
função univalente e inje-
definida em todo 0o plano z, exceto z =
tiva, definida = 0,
O, e tendo como imagem toda
uma faixa horizontal do plano ww;; e a totalidade dos ramos,
z = re iO ,
z=re“9, = u + iv = log z = log r + i(} ,
w:u+i'u:-logz=logr+i6,
w
curvas u (x , y) =const. e v(
u(.:c, y) =const. era de se esperar
x , y)
'u(:r, esperar,, de acordo com
a interpreta~ao
interpretação geometrica equa~oes de Cauchy-Riemann (p. 59).
geométrica das equações 59).
Yy
e=2v&
v
'U_2'rr
.T
\~:;-sr,d
"uz-¬ 211'/3
/às o u
Fig. 2.15
eG
Isso prova
prava o0 resultado desejado.
Propriedades do logaritmo
A formula
fórmula
log(z1zz) = log zl + log zz (2.15)
permanece valida,
valida, desde que corretamente interpretada. Com efeito
efeito,, sendo
ZJ i fh e
= rl
Z1 = T1 e
6191 8 Z2 = temos:
T'28“92, 13611105:
= r2eiB2,
log Zj + log Z2
21 + 2:2 : [log rl + ii(191
[Iogr\ (lI\ + 2k\7f)
2l:1'fr) + log rg +
logr2 i(1I2 + 2k27f)]
-1-i(‹92 2k21r)]
= log(r1r2) + i[(I1\
log(rJr2) + i[(6l1 + 1102) + 2(k\
2) + 2(k1 + k2)7f],
kg)rr], (2.16)
onde k
oude k1j e k2
kz sao
são inteiros arbitrãrios. Esta última
inteiras arbitrarios. expressão e
ultima expressao é a forma geral
de log(zj z2), se kklj e k2
log(z1.z2), kg forem independentes um do outro. Neste caso, a Eq.
2.15 eé valida
válida com 0o seguinte significado:
significado: a o canjunto
conjunto dos valores possiveis
passiveis de
log(z1z2)) coincide com ao conjunto dos valores
log(zjz2 'valores possíveis z] + log Z2.
possiveis de log Zl zz.
Se k\kl e kz niio forem independentes, como e
k2 não é 0o caso em que Z\zl : zg =
= Z2 :
iB
z=
Z rem e a (2.15) se reduz a
= re
zf = 2log
log z2 2logz,
z, (2.17)
105 T2 + i[(211)
logr2 é[(26) + 2(2k)7fJ
2(21‹z)zfr]
onde lck e
é arbitrario.
arbitrãrio. Neste caBO,
caso, qualquer valor do segundo
segimdo membro
membra de (2.17)
eé urn
um valor do primeiro membro,
membro, mas naG reciprocamente, como e
não reciprocamente, é facil
fácil ver.
Observações analogas
Observa<;6es anãlogas se aplicam nos casos
log(.z1....z,,) log Z\ +
IOg(Zl ... zn) ==logz1 + ... + log Zn
_ . . -|- 23, e loga"
log zn == nnlogz,
log z,
demonstrações ficam
cujas demonstra<;6es ficam a cargo do leileitor
tor nos exercfcios.
exercícios. Esta última
ultima
relação,
rela<;ao, por exemplo logzZ e
exemplo,, significa que todo valor de n log é um possível
urn valor possivel
de log zn nao reciprocamente.
2”,, mas não recipracamente.
70 Fungoes analíticas
Capitulo 2: Funções
Capítulo analiticas
Defini~ao de za
1
Definiçao
2° = e°“'g*°'. (2.18)
(2 .18)
za :
log z“ = a + 2k1ri
oz log z + 2k1ri,, (2.19)
(2.19)
que,
que, para z > 0,0, aoz real e k =
-= 0, 0, eé uma fórmula
formula familiar do logaritmo real.
defini~ao (2.18)
A definição (2.18) eé entao
então uma extensao
extensão natural da noção no~ao de potência
potencia real
de números
nlimeros positivos.
positivos.
Como 0o logaritmo eé uma função fun~ao multivalente,
multi valente, 2:”z" e,
é, em geral, multiva-
multi va-
lente, com 0o mesmo ponto de ramificação
ramificagao z = = 0O que log z. Para evidenciar
= re
este fato, seja z = iB = re i (Bo+2b ) , com 0
raia re`“9°+2““), :s eo
O í 09 << 21fr,
27r, lck = 0, ± 1, i2,
0, :l:1, ±2, . ..
Substituindo log z = + ie
= (log r + iôg)
o) +
+ 2k7ri
2k1ri em (2.18),
(2. 18), teremos:
za = eoz(logr+it9g)621r(kcr)i :___ P(Za)e2n(ko~)i,
(2.20)
Em particular,
(v'Z)'I =_ ~l Z-__1/2
1 /2 __
= 1
_1_.
2 2ft
2.20. Observac;ao.
Observação. Nesse mesmo caso aoz = = l1/n,
i n , com n inteiro positivo,
positivo,
a formula 2krri, e deve ser escrita assim:
fórmula (2.19) dispensa 0o termo 2k'rri,
1
log zl /n == -- log z.
logzl/T*
n
Com efeito, de (2.21) obtemos:
logzl/'“°
log
1
zl/n == -logr +
~n log r -l-ii [-
[~+
6
n
(~+
+ {g
n
k) 21f] ,
+ lc) 2'z-fl,
As fungoes
funçoes trigonometricas
trigonornétricas inversas
As fun~6es
funções inversas das fun~6es trigonometricas exprimem-se facilmente em
funções trigonométrícas
fun~ao
termos do logaritmo. Consideremos, por exemplo, a função
z,
w == arc cos z,
(e¿w)2 - 2z(e¿"") + 1 = 0,
donde
em =z+ \/z2 - 1,
e, finalmente,
= arccosz
w = arc cosz == -ilog(z + i~).
-i log(z + i\/1 - z2).
, . (z + i/f=Z2), -1
(farccoszlƒ-i
arccosz ) = -,i(z+i ~ 1_Z2)l-s -1
+ iy 1 - z2
z2:-l-í\/1-z2 /f=Z2'
\/1-2:5
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
aode Bo e
onde 6,; é uma das determina<;Oes
determinações de arctg(yJx).
arctg(y/11:). Se :r
x == 0, ent
então
ao y 76
'" 0O e 90
(Jo pode
pade ser
tomado ±7T / 2, con
tornado igual a ifr/ forme seja y > 0 ou y < 0,
conforme O, respectivamente.
Determi ne todas
Determine tadas as raízes
raizes das equações
equac;oes dadas nos Exercs. 5 ala.
a 10.
5. e. z =
ez = -1; 6. 2
eeg: = -e.
:. = 7. e'
ez = V3 + 3i.
= --\/š+3i.
s. ez +õz-z'= = 5. 9. e.‹z3=r*
3z 4
- = --1.1.
= 10. leg.-z
10. log z == ".i/
-.wi/2.
2.
#- 0O e a.a e b sao
onde z 56 são números
numeros complexos quaisquer.
13. Demonstre que Iz"l = Iz!,",
|z'| = |z|', onde ::j:. 0O ere
oud e z 75 urn mlmero
e 'r é um número real qualquer.
determinações de ii sao
14. Mostre que todas as determinac;oes são reais e dadas por
-(4k + l)rr
r'.1 z exp -_--'(4k2+
t=exp 2 1)”,, kkz
= o, zu, zâzz,
O, ±l, ±2, ldza
15. Calcule todas as determinat;Oes
determinações das seguintes potências:
potencias:
(1 + i)I;
(1+ if; (1 _- i)';
(1 é)"; + i) ' ; (I(1 -- iV3)'.
(\/š+i)*;
(v'3 a/š)*'.
1
1
16. Mostre que arcsen
arcsenzz =
= -i log(iz + \/1
-fi log(1lz J'l="ZZ),
- zã), e que (arcsenz = "==i'
)' =
(arcsen 2)' í.
Jf"=Z'. \/1 - zä
i+z
ii
i+ z f, _ 1
17. Mostre que arctgz =
_- -2Iog-.-
-ãlog Ê, (arctgz)
- , e que (arc tg z) = _ -1--'.
1 + 22.
t - z +z
18. Determine todas as raizes
raízes da equac;ao
equação cos z == 3.
19. Determine todas as raizes
raízes da equac;ao
equação senz
sen z =
= 3.
3.
74 Capitulo 2: Funções
Capítulo ana1iticas
Fun<;oes analíticas
Fun"oes analfticas
RESPOSTAS E SUGESTOES
8. Equa~ao
Equação do 22
Equac;:ao eZ •
2Q grau para e::.
ei.
is. zz == 2k1r
18. zm -- iilog(3
2k7r é1zzg(a Í 2v'2),
log(3 ± 2\/5), esse ksz == 0,
2v2), onde u, ±l,
ei, ea , ...
±1, ±2,
±2 .
Capitulo
Capítulo 3
TEORIA DA INTEGRAL
ARCOS E CONTORNOS
zeal
Z((I) c
C z(_a)
-c
__C
z,(-a)
zfb)
z(b) (-EJ)
z,(-b)
(0)
(a) W
(b)
Fig.
F ig. 3.1
arco de Jordan ou areo
Chama-se areo arco simples aquele em que eada
cada ponto
76 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
2 (a)
zeal
z(b)
. .
Ponto multiplo:
(0) == 105)
Zzeal z(b)
Pqmn mumplüi Curva fechada Z(“) = ZU1)
zeal = z(b)
2(f,)=Z(f,).t,#=r2
z(r ,) = z(r,). r, " r , Curvadelordan
Curva de Jordan
Fig. 3.2
A equa~ao
equação z = t 2 + it, -00
= t2 -oo < t < 00,
oo, representa a parábola
parabola
I : t2? y Z ta
Fig. 3.3
Fig. 3.4
o
O teorema de Jordan eé de fácil
facil compreensao,
compreensão, mas seu tratamento rigo-
roso ée delicado e esta
está fora de nossos objetivos.
objetivos.
78 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
o
O conceito de arco continuocontínuo eé muito geral e inclui objetos complicados,
que em nada se parecem com figuras figuras geometricas
geométricas simples, como um urn arco
de cfjrculo
cílrculo,, uma parabola,
parábola, uma senoidesenóíde etc. Em nossas considera<;oes,
considerações, nãonao
necessitamos senao ideia de arco regular, assim entendido 00 arco cuja
senão da idéia
representa<;ao (3.1)) eé tal que a derivada z' (t) =
representação (3.1 x' (t)+iy'
= 2:' (t)-I-iy' (t
(t)) existe, eé continua
contínua
e nao
não se anula.
anula. Tal arco possui tangente em cada ponto, cujo lingulo ângulo com
o eixo OxOa: eé dado por arg z'(tz'(t),
), 0o qual varia continuamente com t. Mesmo
um arco regular pode exibir comportamento surpreendente;
urn surpreendente; consideremos,
consideramos,
exemplo,, 0o arco regular dado por
como exemplo
1
z(O)
2:(O) =
=O,
0, z(t) =t+it3sen-E, O<t§ 1.
Á I
l ,-f'
J'
J'
I
I'
F
Í
J
Í
É
of
É
Í'
f
Í
__ I l _*
'In
'In
'N
'lu
*lu
'N
'\
\
'N
\
\
\
\
,
L `\,
Fig. 3.5
Chamaremos contomo
contorno ou caminho a todo arco continuo contínuo formado por
um número
urn finito de arcos regulares. Mais precisamente, um
numero finito urn contorno C
tem representação
tern representa<;ao paramétrica
parametrica dada por uma função fun<;ao z = = z(t),
z(t ), continua
num intervalo [a, b]'b], uniao finita de subintervalos [[o._,-,
união finita aj, bj]'
bj-], jj == 1,
1,.. , n , tais
....,n,
a1=
que al = a, bb1l == a2, bz2 = a3,""
az, b a3,..., b
b,.,_1
n- l == an, bbnn = bb (Fig. 3.6a); e em cada
um
urn dos intervalos abertos (aj,(aí, bj) a derivada z' (t) e é continua,
contínua, diferente de
tern Iimites
zero e tem limites laterais finitos e diferentes de zero com t tendendo aos
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 79
a,
al b,
bl
aa33 ' a"
an b"
bn
I| r :II - I| I|
a aaz2 b2 zeal
3 (Ú)
b bbn_1 bb zw)
2 "-, z(b)
(H)
(a) (b)
(b)
Fig. 3.6
Exaacícros
EXERCfcIOS
= 3t + 5it ,
2
= 3t + it2 ,
1. zz=3t+it2, < t < 00.
-oo<t<oo.
-00 2. zz=3t2+5it, 00 < t < 00.
--oo<t<oo.
.
3. z=r(cost+isent) -~:St
fr
::;7r ' r>O.
-Zítírr, r>0.
1
z=í+it,
4. z=t+ it ,
_
1§t<oo.
l::;:t <oo.
22i
5. z=t+?z,
5. z= t+t ' -<›e<i<0.
-00 < t < O. 6.
6. z=f+z'\/1-t2,
z =t+iv'T"=!', --15:51.
1 0' to' 1.
= t - iv'T"=!',
7. z.I»:.T=Ê-í\/1-É2, - 1 St 0' 1.
-lítfil. z = t + iv' l + t' ,
8. Z=Ú+2Í\/1-|-É2, 00 < t 0' O.
--OO<ɧ_Ú.
= v'f+t'I + t,
9. zz=\/1-I-t2+i, 0' t < 00 .
00íít<oo.
INTEGRAL DE CONTORNO
Seja F
F(t)
(t) = U (t) +
= U(t) + iV(t) func;ao contínua
il/(t) uma função continua da variável
variavel real t num
nUID inter-
b]. Sua integral ée definida
valo [a, bJ. termos das integrais das func;6es
definida em terIDOS funções reais
U e V, mediante a expressao
expressão
As propriedades de linearidade,
linearidade,
b b b
tÍ [F
(F(ú)+G(ú)]âz=
(t ) + G(t)J dt = t/ F(i)âz:+
F (t )dt + tf G(z)zzú
G(t)dt (34)
(3.4)
e
e b b
tf cF(t
‹.-1‹¬(r)zu
)dt == cC tÍ F(ú)óú,
F (t)dt , (3.5)
(3.5)
It(br-‹¬(1:)âúl 5
F (t) dt l ::; tb|1‹¬(i)|dz,
JF (t)J dt , (as)
(3.6)
evidentemente, a < b.
onde, evidentemente, Esta propriedade e é imediata se a integral que
aparece no primeiro membro for nula. Caso contrario,
contrário, seja
Ô .
tÍ F(i)dú
F (t )dt == re
1-6”iO (r
(T > 0)
0)
(1
sua representa~iio
representação polar. Daqui e de (3.5), obtemos:
obtemos:
. b Õ .
r == e- i8 J. b F (t )dt = J. b e- i8 F (t) dt ;
e*'”9/ F(t)dt=] e"*9F(t)dt;
ou ainda,
ainda , usando (3.3),
b _ b _
r= Re]
= Re e- i8 F (t )dt ==]
J. b e`*9F(t)dt i8 F (t)1dt.
J.b Re (e`“9F(t)] [e-
cont a que Je-
Portanto, tendo em conta i8 J=
|e`i9| = 1,
b b _9 b _9
It F(ú)âú
F(t )dt l =
= r‹z~ Re [e-
= t as
= (t )1
[evi8FF(i)] se [[.‹z¬'
di ::;5 tÁ iRe
dt F (t) II| dt
e-~i8 1‹¬(â)] za
_ b
</
_t
::;
G
le-
6-*Fi< ll d = t/
iO
F (t)1dtt=
(I
J|F(z:)|dt,
F(t)J dt,
donde a desigualdade (3.6).
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 81
Integral curvilinea
curvilínea ou de contorno
J(z)dz l
faLf(z)âz= ƒ(z(ú))z(i)zzi, (af)
b Í
= J(z(t))z'(t)dt, (3.7)
U(fl
U(t) = fllfivbflz y(f)lffl'(fi)
= u[x(t), y(t)Jx'(t) - vl1v(f)., :f/(f)l:‹/'(f),
- v[x(t) y(t)Jy'(t),
V(t)
VU) == u[x(t), y(t)Jy'(t) + v[x(t),
'UlfU(í)› y(f)l1v'(fl y(t)x'(t).
vl$(fl› y(f)ffi'(f)-
oO integrando em (3.7), ƒ(z(t))z"(t) = U(t) +
J(z(t))z'(t) = + iV(t), pode nao
não ser uma
fun~iio
função continua
contínua em to do 0o intervalo [a,
todo [a, b), z'(t).
b], devido ao fator 2:' (t). Mas, como
seção anterior, esse intervalo ée constituido de um
vimos na se~iio urn número finito
numero finito
de subintervalos I,Ij = [ag-, bb_,-],
= [aj, j )' em cada um dos quais z' (t) e
z'(t) é continua;
contínua; e a
integral em (3.7) deve ser interpretada como a soma das integrais nesses
subintervalos IIj.
j.
Invariância da integral
Invarifulcia
l
== ff<z‹f››z'‹r›‹a
J(z(t))z'(t)dt . ea
(3.8)
82 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
E
E devido a essa ínvaríãncia
invariancia que se toma
torna desnecessario
desnecessário explicitar a repre-
senta~ao
sentação parametrica do contomo
paramétrica nota~ao do primeiro membro de
contorno C: a notação
(37) tem significado único
(3.7) unico e preciso.
Convem
Convém observar tambem
também que as integrais curvilineas
curvilíneas tratadas na teoria .
fun~6es reais das variaveis
das funções variáveis reais :rf
x e y podem ser definidas
definidas de modo
analogo
análogo a (3.7). Assim, temos:
8e,, geral,,
em geral
Vemos entao
então que a integral definida
definida em (3.7) pode ser escrita em termos de
curvilíneas, assim:
integrais curvilineas,
r
lc
.C
J( zl dz =
[ƒ(z)dz=}
lcC
udxr- vdy + i
udr-ody+i/
.k
.C
+ udy.
'cdr-l-udy.
vdx r
Propriedades da integral
kfClf1(z> +fz(z>1‹fz
rJt (zl + h(z)Jdz == /C f1<z›dz+ k
Jt(z)dz + /C h(zldz,
fzradz. k (3-9)
(3.9)
eG
k cJ (z) dz =
/Ccƒ(a)dz =cÀ?ƒ(z)dz,
C J(z)dz, k (3.l0)
(3.10)
/{
JCIUC2
Ú1 Ucg
f<z›‹1z=ff(z>dz=f
J(z)dz = { J(z)dz = {
lc C } C2UC
Gg UG11
fízldz.
J(z)dz,
31
c,
Z-1
c,
C1
F ig. 3.7
Fig.
A propriedade
j-c ƒ(z)dz
Í J(z)dz = -Í
C
- {
Jc C
J (z) dz
ƒ(z)d2:
eé dernonstrada
demonstrada assirn:
assim: comec;amos
começamos observando que .
C = {2;
--C {z = z1(t)
Zl (t ) = ._-.^f(-t) <:: t É
z( - t) :: -b É <:: --a},
a} ,
donde obtemos:
z; (t) =
Zibfl I --2"(-É);
z'( - t);
portanto,
portanto,
. J(z)dz = j-a
fjHc
-c f<z›dz = /
_t
Jf<z1e>›zl<f›df z -_j-a
(zl(t))z;( t )dt =
-b
fa
-à
frzc-o>z*<-na
J( z( -t ))z'(-t )dt.
- b
Finalmente, pondo Tr :
Finalmente, t, teremos:
= --t,
j-c ftznz
/_C z Jff{ a f<z(f››z*(f>df
J (z) dz =
b
z -_ J{b5f<z(f>›z*<f›âf
J (z( r ))z'(T)dr = J (Z(T))z'(T)dr z
a
=-- { fúznz.
Jc
J(z )dz ,
84 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
b
onde a integral do segundo membro significa 1bIf (z(t ))llz'(t)ldt.
significa Í |ƒ(.z(t))||z'(t)|dt. (Note que
CL
a < b.) Essa propriedade segue de (3.6)
(3.6),, pois
lfa f‹z>dz
f(z)dz l Il
== /ff<z‹t››z'‹f›dé .é/ab|f<z‹z››z'<:›|df
f(Z(t))Z'(t)dt l ::;
b
llf(z(t))z'(t)ldt
b
= llf(z(t))llz'(t)ldt
= |f‹z‹t››||z'<t›|dt=llf(z)lldzl.
= |f‹z›||‹1z|.
Uma importante propriedade das fungoes funções continuas,
contínuas, cuja demonstragao
demonstração
depende de umurn argumento de compacidade, e que eé feita em cursos de
Análise, afirma que se ƒf Iie" umafun9ao
Analise, uma função continua sabre um area
contínua sobre entao exis-
arco C, então
te uma constante MM tal que If(z)1
|ƒ(z)| ::;
íM M para todo 2:z E C. Daqui e de (3.12)
(312)
obtemos a seguinte desigualdade,
desigualdade, de grande importancia
importância nas aplicagoes:
aplicações:
como constituido
constituído de dais contornos: OA, dado por
dois contornos: par z(t) = AC,
= t, seguido de AC,
por z(t)
dado par z:(t) = 1+
= 1 imt, em ambos t variando de zero a 1. Num caso au
+imt, ou no
outro a integral tem
tern 0o mesmo valor, dado por
par
l1 tdt 2
+ lol (1 1 + m 2 + 2im
1
i
f
0.40
OAC
edzzf
zdz = údt+f
loo 0
(1-z'mú)émdt_.
- imt)imdt = 1+m + zm..
0o 22
De maneira análoga,
anruoga, temos:
temos :
l1 lol1 1 +m2 2- 2im
2'zm.
i
Í
osc
OBC
zdz = Í (-
šdz :
loo imt )imdt + Í (t -- im)dt
(-1Imt)'¿'mdt
0
=
tm)dt -.
0o
1
+ m2
2
.
B
B f-----""?I C c
oO A
Fig. 3.8
Nesse exemplo obtemos um urn valor diferente para cada um
urn dos três
tres casas
casos
considerados; a integral depende nao
não somente das extremidades do contorno,
também do contorno que se considere em cada caso.
mas tambem
k zdz
[Cada =
= l
jah z(t)z'(t)dt = [xx' -
= Áb[:c:1:' l
- yy' + z'(xy' + ya:')]dt
-I- i(xy' yx')Jdt
1jb'ã(1?2 x(t)2 - y(t)2 + 2ix(t) y(t) Ib
I 1
= -52
Á d (2
a dt
bd
-
2
Y +
-312
.)d
+ 2,xy
22:03/ldtt = x( )
X
Z,(b)2 - 2(‹1)2 E 23 - Zi
z(b)2 - z(a)2
-
_
y() 2~
z§ - Z[
(
t2- t2+2'z¬l:1:t)y(t)¿'
= -'--'--''-'--'-;;---'--'-''-'-"-
2 t
a
=
" 22 " 22 °
86 Capitulo
Capítulo 3: Teor;a
Teoria da Integral
e esta expressao
expressão mostra que a integral considerada so só depende mesmo dos
pontos extremos Zlzl e Z2
zz e não
nao do contorno C C' que liga esses pontos. Em
particular, sendo C um
urn contorno fechado, teremos Zl
2:1 == Z2;
zz; portanto,
fc zdz
v/.zdz ==
C
0.
= O.
Esta propriedade e
é verdadeira nao
não somente para a fungao J{z) =
função ƒ(z) = z, mas
para toda fungao
função analítica; “teorema de Cauchy",
analitica; conhecido como "teorema Cauchy”, esse re-
sultado e,
é, como veremos, a chave de toda a teoria das funções
fungoes analíticas.
analiticas.
= z(a) z, = z(b)
Zl c
Fig. 3.9
Observação. A notação
3.3. Observa<;iio. notagao Í f (z)dz e
J{z)dz fa
é usada com freqüência
C
freqiiencia para
J{z)
denotar a integral de f (z) ao longo de urn
um contorno fechado C.
Exnncícros
EXERCicIOS
10. ƒ(z)
10. fez) =
= yy'- x 2 , ao longo do segmento da origem ao ponto (2, 0),
- 1:2, 0) , seguido do segmento
de (2, 0) a (2, 1); depois ao longo de (0, 0) a (0(0,, 1)
1),, seguido do segmento ddee (0, 1) a
(2, 1) (Fig. 3.10). Verifique são diferentes.
Verifique que os resultados sao
r-____~.------, 2+i
2 + i
Fig. 3.10
Fig. 3.10
11 .
fl-dz=zz-21;
C
dz = Z2 - z\ ;
portanto,
portant só depende dos pontos inicial e final,
o, esta integral s6 final , e não
nao do caminho de
integração que liga esses dois
integra<;ao dais pontos. Em particular,
cf
fa
ƒl-dz=0,
I·dz = 0,
l'ó õ ' . .
onde k e
oude é um
Í eudt = ,¿(eézz _ eia)
Q
urn número
Dtimero real não-nulo.
ORo-Dulo.
ib
e"dt = i(e'· - e )
e
e
l
f eu.-:dt
•
O
iktdt : %(ez'›m
e ' ( iko _ eu.-11)!
= "ke ikb)
-e I
16. Seja C
C' um arco de circulo
urn areo = z(B)
círculo parametrizado por z = z(6) = a :s:
rem,I a:
= re,8 g (J6 5 f3.s:
Ú. Prove que
1fc f(z)‹.-zzzz=z~1f(z(ø)).‹z”âs.
J(z)dz = iT
P
.3
J(z(O))e" dO.
18 Use o
18. 0 resultado anterior para provar que, se n for inteiro e C
C' um contorno fechado
urn contarno
envolvendo a origem uma vez no sentido anti-honirio,
anti-horário, entao
então
1 z" dz = 0 se n :f:. - 1 e
`¢z"dz=0sefi;£-1 1 dz = 2ni.
ƒ-dí=2m'.
~c !c
C z
Z
19. Efetuando a integração,
19 integra'18.o, estabeleC;3
estabeleça os mesn;J.Os
mesmos resultados do exercicio
exercício anterior
anterior no caso
particular em que Ceo círculo z = re
C é o circulo i9
rem, Ú5
, 0 ~ 9(J 5
~ 271".
2-ir.
une 11 a 11 + i.
22
22. Mostre que f ~:s
Jc
dz
É 5 Ê,
311'
onde Ceo
31f61 code C e o areo
. . .
arco de circulo situado no primeiro quadrante,
. .
o z +1 1
centrado na origem e de raio
raia 3.
23 Mostre que
23.
lim
e5-+
-OÚ Jc~
os
r (log z)cdz
z )"dz = 0, =
Dnde C.:e e
onde C é 0o contarno
contorno zs == €e i8
sem, , 0
U ::;
É f)9 ::; 211' e ce e
É 27l" é urn número
nurnero real qualquer.
i9
24. Crr 0o contorno z = re
24 Seja C rem, , 0 §B
Ú :$ 9 É 11" e ff uma função
:$ 2'2a contínua na origem
func;ao continua origem.. Prove
P rove
que
j ädz
lim ir = 21riƒ(0).
I( z ) dz : hi/(O).
r -O JCr Z
RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES
1. -219. 2. (i(â-i)iz-2.
2. -l )r' . 3. -21-3/3.
3. -2r' / 3. 4. zero.
4. Zero.
-4z~,/F/3.
5. -4r Jr/3 . 6õ. 4rJr/3i.
4z~,/F/ai. 7. (1
7. (1+5z-1)/ô.
+ 5i)/6. s.8. \/1_3(3i-2)/2.
v'TI(3i - 2)/ 2.
17 Pondo F == U + iV
17. il/,, observ~
observe que
F'(z)z'(t)
F,(z)z,(t) Í (U.
(UI + iV.)(x' + iy' ) = U. x' -*I/xy'
ÍUIÍÍ If"y' + i(V.x' + U. y')
= U. x' + Uyy'
Uzz' U,,y' + i(V.x' If"y') = %(U
i(V,,z' + I/§,y') (U + iV).
W). :t
21.
21 Use (3. 12).
(3.12).
22 Iz'
22. + 11 ~ Iz'l
|z2+1|2 - 1 = 8 para z E C .
|z2|-1=8pa.razEC.
23. |Iogs€ + iB
23 flog i6|[ :$
5; 2jlog
2| log €.‹:|,I, para €e suficieiitemente
suficienternente pequeno.
24. Escreva ƒ(z)
24 I(z) = ƒ(0) + I/(z)
= 1(0) [f(z) - ƒ(0)] e observe que, dado eE > 0,
- 1(0)) 0, existe 86 >
3> 0O tal que
Izl
|2=| < 8Õ =}
=> I/(z) f (O)1 < e.
|f(2) -_ f(0)| E-
Capítulo
Capitulo 3: Teoria da Integral 89
TEOREMA DE CAUCHY
Teorema de Green
Quando tratarmos de integrais sobre contornos fechados, teremos de dis-
tinguir entre as duas orientações
orienta~iies possíveis
possiveis do contorno, uma das quais eé
orienta~ao positiva.
escolhida como a orientação positiva. Não
Nao vamos nos ocupar de como a
noção orientação positiva pode ser introduzida rigorosamente,
no~ao de orienta~ao rigorosamente, sem apelo
ità. intuição geométrica. 0O importante aqui eé acentuar que isto pode ser
intui~ao geometrica.
feito, e que, em conseqiiencia,
conseqüência, dado um contorno fechado simples C, de
representa~iio parametrica z = z(t), o.a.<::
representação paramétrica 5 t .<::
5 b, a ideia
idéia de que C C' está.
esta orien-
tado positivamente corresponde exatamente ao fato intuitivo de que, para
.zg interior a C
Zo C,, 0o argumento de z(t) -- Zo 2:0 cresce de 2'rr
27r com t variando de
t = = a atat =
= b. Em linguagem sugestiva, um urn observador loca.lizado em z(t)
localizado
percorrerá
percorrera o0 contorno C de maneira a deixar 0o interior de C C' sempre it à. sua
esquerda (Fig. 3.11). _
2" C
Fig. 3.11
Fig. 3.11
90 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
ii, (~~ -
//S (Q
Ri da Õy
fa Paz.~z++ Qdy,
~;) azây :il
- 83) dxdy =
Q
Pdx Qdy ,
região interior a C.
onde R' Iie' a regiiio
Denotando com tt == (tx (tm,, ty) 0o vetor tangente a CC' num ponto (x, (m, y),
com nn == (n
(nm,
x , ny) o
0 vetor unitario
unitário normal exterior e com ds o
0 elemento
arco, entao,
de arco, então, como explicamos na Seç. Se~. 6.5 de [A3J,
[A3], (dx, dy) = = tds e
(dy, -dx) = nds (Fig. 3.12). então F =
3.12) . Pondo entao : (Q
(Q,, -P),
- P ), a formula
fórmula anterior
assume a seguinte forma:
forma: i
ii,
ff divFdxdy
R*
divFd$dy=j£
= F-nds,
F· nds, fa C
que e
é uma forma familiar do teorema da divergencia.
divergência.
_ z
R'
Hfiá
nH
Fig. 3.12
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo 91
Teorema de Cauchy
verificar a equivalencia
Vamos verificar equivalência desses dois teoremas.
teoremas. Suponhamos que 0o
Teorema 3.5 seja verdadeiro e sejam C1 C 1 e C2 dois contornos arbitrários
arbitrarios em
R, ligando Zo
2:0 a .zz (Fig. 3.13). Então,
Entao, C U (-C2) e
C11 U urn contorno fechado em
é um
R; logo,
j'r
0= //g'1U(_C2)ƒ(z)dz=
l Clu(-c ,J
r
j(z)dz = Á:1f(z)dz-/C2
j(z)dz -
l CI
j(z )dz,
f(z)dz, r
l c,
au
ou seja,
sej a,
r
jcl f(z)dz
Jel
r
j(z)dz = fc? f(z)dz.
j( z) dz.
JC2
°
Isto prova o Teorema 3.6.
__- -|- 1r
"Z
c,
c,
"
ZO
Fig. 3.13
tornos C
C11 de Zo
2:9 a Z2:1I e C
Cg2 de ZelI a zo
zg (Fig. 3.14). Pelo Teorema 3.6,
3.6,
donde
r ƒ(z)d2:
f J (z) dz + r f(2:)dz:
J(z )dz ==/r f(z)de+/ J (z) dz : o.
= 6.
.Ie
z C' JeI
C1 JC2
C2
Isto prova 0o Teorema 3.5.
3.5.
z,
in
c,
z,
Zi '---_~---~c,
C2
Fig. 3.14
Fig. 3.14
oO teorema deCauchy, formula~ao , pode
Cauchy, na primeira formulação, po de ser demonstrado
Green,, supondo que a derivada f'
facilmente com a ajuda do teorema de Green fi
seja continua
contínua em R. De fato nota<;ao z =
fato,, com a notação x+
: ri: f = Uii +
y, J
+ iig, + iv,
ip, temos:
1 J (z) dz = 1 udx
%f(z)dz:j¿ - vdy + i 1 vdx + udy
Ie iid.r:--iidy-f-id
Ie iidr+iidg=
=
.re
C C C
= -ff
= - (nm +uy)
/ r (vx + n¿,,)d:rdy
dxdY+ +i]/
i j'r (u , - ny)drdy.
- vy) dxdy.
i R'
R, JRII
R” ._
Mas Vx + unyy == Uii,-Ex --- Vnyy == 0,
'ag + O, pelas equa<;6es
equações de Cauchy-Riemann,
Caucliy-Riemann, donde o0
3.5.
Teorema 3.5.
3.7. Observa\;oes.
Observações. Foi 0o matematico
matemático frances
francês Edouard Goursat (1858-
1936) quem descobriu que 0o teorema anterior pode ser demonstrado sem a
hipotese de que f'
fi seja continua.
contmua. Neste casocaso,, a demonstra<;ao
demonstração requer um
tratamento bem mais extenso e nao
não sera [A1] ou [Lj.)
será. abordada aqui. (Veja [AI]
demonstração de Goursat,
Por causa dessa demonstra<;ao Goursat, 0o teorema eé tambem
também conhecido
como "teorema
“teorema de Cauchy-Goursat"
Cauchy-Goursat”..
Como veremos adiante
adiante,, uma fun<;ao analitica tem derivadas de todas
função analítica
as ordens; portanto,
portanto, todas essas derivadas sao
são continuas,
contínuas, em particular a
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 93
az) = JzroQf<c>‹1<
7
A.:
F (z) = j(()d( + ci
+ C, (3.13)
(3.13)
zg e
onde Zo é um
nm ponto qualquer
gnaiqner de R, porem fiaro, C' e
jixo, C é uma
ama constante arbitraria
arbitrária
integração e
e a integm9iio fe ita ao longo de qnalqner
e' feita qualquer contorno de R,
R , ligando Zo
eg a z.
z.
Demonstm9iio. Observamos
Demonstração. Observamos,, de início,
inicio, que a integral em (3.13) esta
está
bem definida
definida,, pois,
pois, de fato, ela nao integra~ao.
não depende do caminho de integração.
e
Vamos provar que F é analitica
analítica em R e que F' = = f.
ƒ. Temos (Fig. 3.15):
1-‹¬(z
F(z + h)
hà -H F(z)
F(z ) : ä/i+h[f(2)
1 (, +h + W. Oldš
h Jz [f (z) + 7J(z, ()Jd(
h nf
z
1 t+ h
= f<z›+§ Mfzrz.ode.
f(z) + h Jz 7J(z , ()d(.
Como fƒ ée contínua,
continua, dado E:e >
..`> 0, 6>
O, existe D °
2:> O tal que
|t°(-2.
1 OI =
7J (z, ()I |f(Ç)
= Ij (() - f(z)1 <
- f(z)| < E:E para IC -= zlZ-I << D.5-
para I(
94 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
então Ihl
Fazendo entao |h| < {;Õ e integrando ao longo do segmento [z, z + h], teremos:
z+h], teremos:
6
..
^"n
Fig. 3.15
3.15
Falta mostrar que toda primitiva eé da forma (3.13)
(3.13).. Para isto, se G eé
uma primitiva qualquer, teremos:
dd ( G(z )
z
-1:
,ii (Go) - fmdc)
J(()d() = Giz)
= G' (z) -- Ê
dd
z f<‹:›‹1<
J (( )d( = 1:
= f‹z›
J (z) -- f<z> = O.0.
J (z) =
fun~ao G(z) -~ /Z
Então, a função
Entao, t ƒ(Ç)dÇ,
J ((j d(, tendo derivada nula, eé constante (ef.
(cf.
J.3-'Uo
Corolario
Corolário 2.16, p. 57), donde segue-se que (3.13) eé a forma geral das prim-
itivas de f.
J. Essa diferen~a,
onde F eé uma primitiva qualquer de ƒ. diferença, F (ZI)
(z1) -
- F(eg),
F(zo ), eé a
variação de F
varia~ao F ao longo do caminho C e também
tambern costuma ser denotada com
o símbolo
simbolo [F (z )lc . Assim,
fa f(z).zzz
fc J (z) dz =z F(z,)
F( ZI) -~ 1~¬(z0)
F (zo) == [F
[1«¬(z)]¢.
(z)lc ·
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo 95
r
ƒ|z_zÚ|=T ƒ(z)dz
j(z)dz
Jlz - 'ol~r
e 1Iz _,ol _ r j(z)dz,
ƒÊz_z0|=T ƒ(z)dz,
lI,
ficando subentendido que 0o contorno tern orienta~ao positiva.
tem orientação positiva.
Vemos entao
então que o0 calculo
cálculo de uma integral curvilinea nm~ao
curvilínea de uma função
analitica e
analítica é equivalente ao calculo fun~ao. Este resul-
cálculo de uma primitiva da função.
tado e 0o teorema seguinte sao
são de importiincia
importância fundamental no calculo
cálculo das
integrais de contorno.
r j(z)dz =
]C0ƒ(z)dz=]C]
~
j(z)dz + ... +
ƒ(z)dz+...+/Cn r
j(z)dz,
ƒ(z)dz,
k,
r
J~
desde que as
os contornos tenham todos a mesma
mesmo orienta9ao.
orientação.
CU
(¡I_'¡~;._
I '-=`
1”-Eii
_. _-_
Tal
.¡`.7'--.:*J
1 .`-¬ " Í
zaiá
-se-_ _.- n
-':f¿;§=I~"
Fig. 3.16
Justifica9ao.
Justificação. UmUrn tratamento completo deste teorema requer 0o uso de
conceitos topol6gicos estão a
nao estao
topológicos que não disposi~ao . Em casos sim-
ã nossa disposição.
ples, como ilustra a Fig. 3.16, justifica-se 00 teorema introduzindo certos
cortes Ll -L 1 , Lg
L1 e -L1, L2 e -L2 , ... , L.,
--L;_›,..., Ln e -L,-,,
-Ln, ligando Co C1 , C2
C0 a C1, , ··· , Cn,
C'z,..., Cn,
96 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
r _ r _ r _ .. _ r ) J(z )dz 0,
(ll..~.l.;l..-~~~*l.)f<Z>e=°i =
Jeo Je JC2 lJe n
donde
r
J(z) dz :f
J ƒ(2:)dz
~
= r
J( z )dz +
ƒ(z:)d.z=:+/À
J~
ƒ(:¿)dz r
J(z )dz + ...
...+ J(z )dz.
+f f[2.')dz.
kC2, J~
r
Cu C1 Ca
Em particular, quando n = 1,
1, temos:
r ƒ(z)âz=
/Cn
Jeo
J (z) dz = r 1
ƒ(z)zz:.z.
J (z)dz .
Jet
Neste caso, dizemos que estamos deJormando
deƒormando a
o caminho de integra,iio
integração Co
Cg
no caminho CC1.
1 .
CQ
c ~_-_
C
zZE, = ,
z
=zl
aO
Fig.
Fig. 3.17
r ~
d
/CI â = log(z' -- a) -Iog(zo
= log(z*'
lei Z - a
- log(zg -- a).
1 _¡._
C zü = Zi.
R
Z:
F ig. 3.18
Fig.
portanto,
[21
1
Z1
dz
dz- == 211"i
---
-
,Oz-z
Zo z-z
2'rri ==
_
dz-
1-,
-
Cz-z
cz -z '
i
ƒ dz
onde CC' e
é qualquer contorno fechado envolvendo o0 ponto a uma vez no sen-
tido positivo.
cC
a
•'I
a
z'
Z
I
,z,
Fig. 3.19
r logzdz
/C
ic, log zdz = [z log z -- z]c,
[zlogz zlg,
= (- I )i arg(-I)
(-'1)ífi›1"s( 1) - (-1)
( 1) - [(ll - i)iarg(-i) - (-i)1
í)í*1fs(-'¿)- (-'ill
=
= --ii [arg( -i) + 3; + 11 -
[arg(-i) 1
arg(-i)
- arg( -i) -- i
= l-i(1+3;)
1-i(1+3í7r) -(l+i)arg(-i).
-(1+i)arg(-i).
então arg(
entao -i) ==
arg(-i) 31r/2; e assim por diante.
= 311"/2;
4
CI
C2
Fig. 3.20
Deixamos ao lei
leitor
tor a tarefa de calcular a integral da mesma função
fun~ao ao
longo de um contorno C2 ilustrado na Fig. 3.20.
referência a
3.14. Exemplo. Ainda com referencia ã Fig. 3.20, vamos calcular a
vz
integral de \/E ao longo do contorno C2. Obtemos:
Exnncíclos
EXERCICIOS
: ~~ e C e
+1 . .
1. ƒ(z)
fez) == Ê? e ao cireulo Izl = 2.
c1rculo|z:|=
2
3 , .
2. fez) =
ƒ(z) 3Z'2. C' e
eC e a0 cireulo Izl = 3/2.
c1rculo|z|=
z + ,
3zez
3.
3. fez) = ' Ceo eireula
3,ze' eECÉÚCIÍCÚID Izl = 5/ 4.
z +3
100 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
In tegral
log(z
log{z -
f{z) =_ ii 211) e Ceo quadrado de vertices ±I ± i.
- 2i)
4. ƒ(z) C' é o vértices :lzl i
z+2
5. log~z + 11) eeC'éocu'c11lo:r2+*y2-2:r=0.
l
f{z ) = %¿z_i$)-)
ƒ(z)_
.
Ceo circulo x' + y' - 2x = o.
z - 9
õ.
6. ƒ(zz. log;z + i) ee C
f{z) == __-1°Í§""_+9¿l é 0 cireulo
Ceo x' + if
camila z2 y' + 2x = o.
:az =
z - 9
7. f{z ) =_ IOg{z,
ƒ(z) - I + i) ee Ceo
1og(;_+19+ C' É o quadrado
quadrado de ±I ee ii.
vertices :l:1
de vértices ±i .
z +9
8. fez ) == 1/
ƒ(z]› z2 e C
1/22 C' e
é qualquer contarno
contorno envolvendo a origem.
, ze:
ze* . . . .
9. ƒ(z)~
f{z ) == log{2z
3) + 3) e Ceo vertrces ±I
C' e o quadrado de vertices :I:1 e ±i.
:I:i.
cosz . .
f{z) =
10. ƒfzl C e o circulo Izl
cos: e Ceo
_ -_- = 1.
|z| =
` ' sen?-'zz
sen
II. f{z ) == se~
11. ƒ(z] 8% z e Ceo círculo Izl
C é 0 circulo = 1.
|z|=1.
cos z
Nos Exercs-
Exercs. 12 a 15, calcule as integrais das fuut;oes
funções dadas sabre os contornos C
sobre as C'
dados.
fez ) =
12. ƒ(z) /z e C vai de -i a +i, passando pelo
= l1/z Res >
peiD semiplano Rez I> O.
0.
f{z ) =
13- ƒ(z)
13. /z e C vai de --ii a +i, passando pelo semiplano Res
= I1/.t Rez < O.
0.
C' ée qualquer areo
fez) == log .tz e C
14. ƒ(.e) arco que vai de -1 a ii e que, a
à. exceção extrem ~s , esta
excec;ao dos extremos,
situado no segundo quadrante. Especifique
Especifique o0 logaritmo tomando log(-1)
log(- I ) =
= -in.
-i7r.
f(z) =
15. ƒ(z) JZ+f
= \/z +1 e Ceé qualquer areo + 9i, passando aã direita
arco que vai de -1 -- 4i aa. -1 +
do ponto -1. Especifique f(O) == -1.
Especifique a raiz quadrada tomando ƒ(0) - 1.
16. Combinando asos resultados dos Exercs. 12 e 13, calcule a integral de ffez
(z)) =
= l1/.z
iz sobre
sabre
qualquer contarno
contorno fechado simples CC envolvendo a origem positivamente.
positivarnente.
17. Seja ff uma função regiao simplesmente conexa R con
analítica numa região
funr;ao analitica contendo
tendo o0 ponto
zu.. Prove que
Zo
z _
J Â-Lda
çd f {z) dz = 2"if{ zo),
2rriƒ(z0),
JcC Z-Zo
Z _ Zu
C' e
onde C é qualquer conto~no
contorno fechado que envolva a origem uma vez no sentido positivo.
SUGESTOES
FORMULA
FÓRMULA INTEGRAL DE CAUCHY
fa)
J(z) = ~
= _1 J id
,Wii ƒ(Ç)
¿_Z 4,
J(() d(,
2",le(-z
E R e C e
onde z2.' ERe é qualquer contorno fechado
Jechado simples de R,R , que envolve z
uma vez no sentido positivo e cujo interior esta
está todD
todo contido em R.
Demonstração.
Demonstra9ao. 0O resultado aqui enunciado,
enunciado, conhecido como "formula“fórmula
Cauchy", ée corolário
integral de Cauchy”, Exerc.
corolario imediato do Exerc. 17 atrás.
atras. Para vermos
isso, basta trocar a variável
isso, lá. aparece por (Ç e trocar Zo
varill.vel z que Ill. zg por z.
2;.
importância dessa fórmula,
No entanto, dada a importancia demonstra-la de-
formula, vamos demonstrll.-la
talhadamente. Seja {jÕ > 0 tal que 0o disco I( - zlz| É:S (j6 nao
|Ç - não contenha pontos
de CC,, como ilustra a Fig. 3.21. Designando por Co C¿ 0o contorno desse disco,
o Teorema 3.10 permite escrever:
J J(() d( = J J(() d( .
le ( - z le, ( - z
Vamos escrever esta última
ultima integral como soma de duas outras, de acordo
decomposição
com a decomposi~ao
assim obtemos:
1 no _ f(z) 1 Ã
ftC) d( = ~ + 1 no-f‹z)
f(O - f(z) de.
iizE`f-_zd<'f(Z)Íi¬.<-z+Íi.
Ie ( - z Ie, ( - z Ie, (c-z
- z dg'
cC
Ca
Fig. 3.21
A primeira integral do segundo membro e ja vimos; portanto,
21rt, como já.
é 27ri, portanto ,
27ri f (z) ==
2mƒ(z) 1 Ef-Êlšdç
É 1
f(O d( _- já ftC) - f(z) de.
Ie ( - z Ie, âç.(- z (314)
(3 .14)
I(
IÇ -- ZIzl <:::É {jÕ =?
=> |f(C) f (z)1 <
If(O -~ f(2)| < 6.
E-
condições,
Nestas condi~6es,
fun~ao ff estao
da função estão todos interligados e nao
não podem ser alterados
alterados,, seja numa
regiao,
região, ao longo de arcos ou mesmo em conjuntos mais restritos de pontos,
sem que isto viole a condi~ao
condição de analiticidade. Veremos, no Capitulo
Capítulo 6,
6, que
a interdependência
interdependencia dos valores de uma função analítica e
fun~ao analitica é ainda mais forte
do que, a vista, nos mostra a fórmula
à primeira vista, formula de Cauchy.
Cauchy.
Derivadas
D erivadas de todas as ordens
Demonstra~iio.
Demonstração. Sejam z2: umurn ponto qualquer de R e C um urn contorno
fechado simples todo contido em RR,, cujo interior seja simplesmente conexo,
conexo,
contenha 0o ponto z e esteja todo contido ern
em R. Vale entao
então a fórmula
formula de
Cauchy:
Cauchy:
f (z) =__
fiz) ~
_ Ê;
1 1
fc
f(Ç)
f (() de.
:Edí-
2ml e (-z
Admitindo, por um deriva~ao sob o
urn momento, a derivação integra~ao , e
0 sinal de integração,
derivando sucessivamente, obtemos:
= I(z + h) - I(z ) _
F _f(2‹'+h)-f(Z) 1 f(C)I (() d(
F` h'fz Íiz(c-z)2dÇ
Ie (( - z)2
-› O.
tende a zero com h -> 0. Para isso usamos a formula fun~ao
fórmula de Cauchy da função
I::
f
F Ii
F Z -fiã~f(Ç)(c¬i-h
21rih e
I(()
(-z-h
(1
---
cíz ((_z)2
(-z
d(
(<Íz)2)dÇ
1 h)
_ L
~1 fííl _
1(0
~ z.zrt<<-z›2‹<zz-zz›d<
21ri Ie (( - z)2(( - Z - h)
d(
Como z ¢ QÉ C e C
C' eé um
urn conjunto (topologicamente) fechado
fechado,, urn
um result
resultado
ado
elementar de topologia metrica
métrica (demonstrado como Lema 6.1 na p. 179)
gar'ante vizinhan~a de z, de raio d, que nao
garante que existe uma vizinhança não contem
contém pontos
de C, como ilustra a Fig. 3.22. Em outras palavras, I( |Ç -- zl
z| 2 d para todo
(ÇE tomando Ihl
E C; eetomando |h| < d/
cl/2, também: I(
2, teremos tambem: -z -hl 2 I(
|Ç-z-h| - zl -Ihl > d/
|Ç-z|-|h| d/2.
2.
expressão anterior de F
Daqui e da expressao F,, obtemos:
IFI ~ já
IFI <5 É 1 %ã)/-'2dc-
I/2 (()I d(.
- 21r Ie d . d/ 2
Qúf i
C
Fig. 3.22
Fig. 3.22
Finalmente, sejam L 0o comprimento de C e M maxgeg I/(()I
M = mffi«Ee |ƒ(Ç)| (este
máximo
maximo existe por ser I
ƒ função contínua
funC;ao continua sobre o
0 conjunto limitado e fechado
Então, IFI :s:
C). Entao, Ê Ih lM L / 1rd • Isto prova que F -›
|h|ML/'n°d2.2
-> 0
O com h ->
-› 0
O e condui
conclui
demonstração do teorema no que diz respeito a
a demonstra~ao ã derivada Ii
ƒ'.
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 105
3.17. Tearema.
Teorema. Sejam CumC' um caminho qualquer, lechado
fechado au
ou nao, g(z)
não, g(z:)
uma função
fun9ao definida pam 2:z E C
definida e continua para C,, en
e n um inteim
inteiro positiuo.
positivo, Então,
Entao,
função
a lun9ao
I(z) = ( y(C)
f ( z l = fC -ía
g(() d(
lc (( - z )n (c « zr
eef regular em todo ponto 2:z ¢ C, e possui de'rivada
deriuada dada por
par
, ( g (()
Iƒ*(z) ze/
(z) = n lc %âç.
.¿;‹ (( -
_ zz )n+l de ·
Demonstm9ao, Sendo F
Demonstração. F como antes, a formula
fórmula que define função If
define a fun~ao
nas
nos da:
dá.:
F:=
F fc Ggd(,
Ggeç, (ais)
(3.15)
onde
G=~[
1 1
1 _ 1
1 ]_ nn
G hzh lu:-z-hr
((- z -h )n T ((_z
(c-zrl
)n (c-zrfl' ((_z) n+l'
Vamos mostrar que podemos fazer esse G arbitrariamente pequeno,
desde que Ihl
|h| seja feito suficientemente
suficientemente pequeno. Por conveniencia, pamas
conveniência, pomos
aa=Ç-z-heb=Ç-z.
= ( - z - h e b = ( - z. Entao,
Então,
n
G _ 1 ( 11 1) n _ bbn --an an n
G_= h
h anan - bn
bn - bn+l = (b _ a )anbn
b“+1 _ (b- a)a“;b" - bn+ 1.
b"'+1'
demonstração no caso n = 1
A demonstra~ao 1 eé identica
idêntica ãit que fizemos anteriormente
para a função I'. Portanto, a partir de agora suporemas
fun~ao fi. suporemos n 2: 2 2. Então,
Entao,
G _ Ib + an - 2 b2 + ... + abn - 1 + bn _ nan
an-1b_|_an-2b2_|__H_|_abn-1_|_bn_nan.
an-
G = __ anbn+1
anb n+ 1 I
an- I(b
: an`1(b - _ a) +
+ an"2(bn f an) + . .., +
a n - 2 (b 2 _ a 2 ) + .. + a(b n- I -
a(bn_1 _ an- + (b
I) +
an_1) (bnn -
_ an)
nbn+ 1
a¿¡nbn+1 `
3.18. Observa.;ii.o.
Observação. 0 O Teorema 3.16 nos mostra que a condi~ii.o
condição de
analiticidade eé bastante restritiva, pois nos diz que uma funçãofun~iio analitica
analítica
região R
numa regiiio R tem região, as quais,
tern derivadas de todas as ordens nessa regiiio, quais ,
portanto,, siio
portanto são tambem
também analiticas.
analíticas. No fundo
fundo,, isto ée mais uma conseqiiencia
conseqüência
do Teorema 3.5 (p. 91 91), fórmula integral de Cauchy, dada no Teorema
), via a f6rmula
3.15.
R . Então
para todo contorno fechado C C R. e
Entiio ƒf É analitica
analítica em R.
Demonstração. zg um
Demonstra9iio. Seja Zo urn ponto qualquer de R, porém
porem fixo.
fixo. A ex-
pressão
pressiio
F‹z>
F (z) =
= t f‹c›d<
Jzo
f(()d(
If(z)1
| f :;;SM z . De acordo com a formula
M para todo z. fórmula integral da derivada,
II
= __1 J md
1 ff(()
(C) d ,
ff (z) = fe ((
21Ti fg
2rri (Ç -_ z)2
z)2 (,
Ç
onde z eé um
urn ponto qualquer e C urn arbitrario envolvendo z uma
um contorno arbitrário
vez no sentido positivo. Em particular, tomando para C 0o circulo I( - zl = rr,,
|Ç -z|
obtemos:
z 1 If(C)| M _M
lflzllígƒíç Irfidfiímƒ Z' Tldçl-Ír¬
-2= T IC- =
Como rr eé arbitrario,
arbitrário, fazendo r --t
-› 00 f'(z)
oo,, obtemos f' (z) =
= 0; isto sendo verdade
para todo
to do z, concluímos que ff e
z , conc1uimos é constante, como queriamos
queríamos demonstrar.
2 11 e an "I
onde n 2: 79 O. Suponhamos, por absurdo, que P não anule, de
nao se anule,
forma que
1 1
f<z›-1
f(z) - -
-1 P(z)
-~ - - - - . , .1- - - - -
P (z) - o",zn + ~ -+ ao-e
+ ... + alZ
a,,z"+a,,_1z“'1+...+a1z+a0
o",_lZn -l
eé uma fun~ao
função inteira. Como ff (z) -› 0O com z -› 00
--t oo e fƒ e
--t é continua,
contínua, portanto,
limitada em qualquer parte finita concluímos que ff ée limitada em
finita do plano, conc1uimos
então, que fƒ e
todo 0o plano. Pelo teorema de Liouville segue-se, entao, é constante,
tambem ée constante. Logo, fƒ e
P (z) também
o0 que acarreta que P(z) é identicamente mila
identícamente nula
(pois e
é igual a seu limite no infinito). Isto e
é absurdo, visto que P (z) e
P(z) é finito
finito
to do z, donde a veracidade do teorema.
para todo
Exsaoíoros
EXERCicIOS
Use a formula
fórmula integral de Cauchy para calcular as integrais descritas nos Exercs. 1 a 13
13,,
são todos percorridos no sentido anti-horario.
onde os contornos sao anti-horário.
108 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo
1. 1
,_ ff
: - 11=2 zZ'
1_z-1|=2 -2'
2
Lff_
zdz 2_ ÍÇ
2. 1 Iz+II=2
ala
zdz
z+2'
|z+i|=2 z+2
,_ ÍÇ1
3.
J;Z-
§&j,,_,_
sellZ dz
ZiI =2 Ez -_ iE .
Jz-2-z'|=2
4.
4. 1 Í;
EFE z-r
Izl=2
zcos~ dz.
dez.
Z - '1,
5.
5.
t-11 ~'
f
e;zdz
z+i
,E_ll=2 2+:
6.
6. 1
f
M 1 11-22
;;ZI=l
qi
izdz dz.
ía,-.«.
- 2z
7_ 1
7.
f'
1e;' dz
ir
8. 1
8_ if|:_1|:2 zÊ_flff*__
e' dz
.If
9_ ig1|z|:1. ;%,¿,,_
9. ,/z + 5 dz.
¡z_1|:2 'ir-2::
Iz - 11=2 7r - 2z' -4
1: - 11=2 Z2 - 4' 1;zl=1 1 + 2z
1+2z
10
10. 1 ~dz,
fe
èäds, cnde
Z + 1
onde Ceo
C é o quadrOOo
quadrado de vertices il + i.
vértices zero, 2i, e ±1
ll
11. ~dz
1 «%dz, , onde Ceo
G é o quadrado de vertices
vértices zero, -2i,
-2:1, e il±1 -
- i.
Ie zz +1
Z
12
12. 1 -ieièdz,
f c .cg
:1ze
- 2.2 - 3
z -2z-3
dz , onde Ceo
C é o losango de vértices ±i.
i2, e :I:il.
vertices ±2,
1
13. j ;Og(;.+
dz, o logaritmo e
5) 3 dz , onde 0 fixado por 1og5
é fixado log 5 > O.
0.
+
" zl=2
zi=2
(2a
+2
---_
32,, nda.
+ 3)-
2z + 3
dz.
'1
lz\ =3
. 2 _
15. Calcule % z2 dz.
+z+i
( ')3 dz.
_|:|:1
1: 1=1 (42:-1)
4z - '/,
1 ( 2 +)222) dz. Observe que esta integral
16. Calcule
 1
1 'z› 1I ~1
do logaritmo.
=1
log(z'
dz.
3z -_ 2 _
independe do ramo particular
19.1
19 ff
Ie Z2 -
v'Z'+4
“+4 + 4i azz.
2(1 + i)z
d zu il
20 iE, (2z' +
Z E
l )'/z' 4 '
(232-|-1)-flzí-|-4
dz.
+
.zzz
1 f`°'“(Ç) ~ n! 1
f (n) (() d( __ f(Ç)
f(() d(.
Ie (-z Ie (( _ z)n +1
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 109
¡|-
RESPOSTAS E SUGESTOES
1.1. zm.
47ri. 2. -47fi.
2. -zm. 3. 1[(1-
3. -zi-(1-52)/z.
e' )/e.
4. «ff(â2+1)/e.
4. 1[(e' + 1} / e. 5. 2rrie.
5. ezffaz. s.
6. if/2.
7r/2.
7. 1[.
7. ff. s. i1fe
8. az?/2.
2
/2. 9. 31ri/
9. ser/\/š.
../'i.
10. 1[.
fr. 11. -7r.
-a. 12. 1[i/ 2e.
ai/2e.
J Z2 + 4 = VZ
17. Observe que x,/2:2 da -- 2i
2i¬,/z
Jz+ + 2i
2i,, de sarte
sorte que essa função será negativa em
func;ao sera
todo 0o eixo real se pusermos
FUNÇÕES HARMÕNICAS
FUN<;:OES HARMONICAS
função u(x,
Diz-se que uma fungao y) e
a(:r, y) é harmonica
harmônica numa regiiio
região RR se nesta região
regiao ela
possui derivadas de segunda ordem e satisfaz a seguinte equagao
equação,, conhecida
como “equação
"equac;ao de Laplace)l:
Laplace”:
Õgn 62a
J (z) == u(x,
Seja ƒ(z:) y) +
'a(;r, y) + iv (x, y)
in(r, y) uma fungao
função analitica regmo R.
analítica numa região
Pelo Teorema 3.16, J ƒ possui derivadas de todas as ordens em R. Como
d/de =: a/
d/dz Õ/ ax
3:1: == a/ a(iy) , as derivadas sucessivas de J
Õ/Õ('¿y), f podem ser calculadas
derivando repetidamente em relagao relaçäo a af: relaçäo a iy.
x ou em relagiio ty. Vemos assim
fun<;oes u(x,
que as funções y) e v(x,
'u.(a:, y) y) possuem derivadas contínuas
n(:r, y) continuas de todas as
ordens em R. Podemos entao então derivar as equagoes
equações de Cauchy-Riemann,
Cauchy-Ríemann,
um í 'e í 112135
110 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
urn número
um nlimero arbitrario
arbitrário de vezes. Em particular, derivando a primeira delas
rela,iio a x:rf e a segunda em relação
em relação rela,ao a y, e somando os resultados membro
a membro, obtemos:
U xx +
uz; + U yy =
Uyy 0
= O (3.16)
l-
Il
-_
V xx + V yy = o. (3.17)
A questão
questao que se põepoe naturalmente eé a de saber se qualquer função fun<;ao
harmônica
harmonica pode ser considerada parte real ou parte imaginaria imaginária de uma
função analítica.
fun<;ao analitica. A resposta a esta questiio
questão eé afirmativa,
aíirmativa, como veremos a
partir de agora. Existe entao
então uma Jiga,ao
ligação intima
íntima entre a teo ria das fun<;oes
teoria funções
analíticas e a teoria
analiticas teo ria das funções harmõnicas.
fun<;oes harmonicas.
A titulo
título de ilustra,ao,
ilustração, seja
integrando em relação
rela<;ao a az,
x, obtemos:
vfu == 2xy+
2xy + g,
ƒ(z)
J(z) =: u(x, y) + iv(x
i'v(:r:,, ~y) x 2 + 2ixy
y) =: 3:2 21:53; - y2 + const. == (x
- zé/2 iy)2 + const.,
(zr + iy? const.,
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 111
au
ou seja,
seja,
/ (z) =
ƒ(z-:) z2 +
= :ag const .
+ const.
Função harmonica
Full(;iio harmônica determina
deterrnina func;iio
função analitica
analítica
fun~iio v
Isto nos leva a procurar a função n na forma
(Ia))
(X,y
v(x, 'ug +
'u(z, y) = vo
l
-*rf
(xo ,Yo)
(Iuzanl
,(-uyda: + uxdy),
(- ny dx -|- urdy), (3.19)
fa (-uy dx + uumdy)
j{:f(-nydzr Jk'
xdy) == //RF(ufl. + ufu,.y)dxdy
(u xx + yy)dxdy == 0,
Regioes
Regiões rnultiplamente conexas
(Wi)
(X xdy -
'Y) :rdy - ydzr
ydx
v(x,
U($: y)=vo+ j
: U0 +ƒ($ü1yU)
(XO,Yo)
m22
x
+2
:U2
+y
integra~ao 0o contorno formado pelos segmen-
Escolhendo como caminho de integração
tos retilineos ligando (xo
(arg,, YO)
fyg) a (x
(ai,, YO
yg)) e (x
(zr,, Yo
yg)) a (x, y ) ((faça
(ac, y) fa~a uma figura),
figural ,
a expressa.o
expressão acima nos dá:da:
x Xo Y Yo
v(x
o(;r,, y) = og -- arctg -E +
= vo + arctg -E ++ arctg -É - arctg -ZE.
- arctg-.
Yo
Un Yo
yo -'xB Ix
Observe agora que
:r
x yg
Yo ar
11:
+ arctg -- = --,,
arctg -- +
Yo
yg x
St' 2
2
donde 0o resultado
result ado final:
j =
f = u + iv == logr
'u.+i'n + if) + const.,
logr-I-'¿9+const.,
f = log 2z +
j(z) = -{~ const.
o situa~ao de uma
O leitor deve notar que casos como esse se reduzem ã situação a
regiao simplesmente conexa, bastando para isso introduzir um
região urn corte conve-
niente no plano.
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 113
Princípio do módulo
Principio máximo
modulo maximo
Demonstração. Sejam Zo
Demonstra~ao. zg urn R,, e r1' > 0O tal que 0o
um ponto qualquer de R
C : Iz ~
disco C: zg|I :S
- Zo Ê r'r esteja todo contido em R. Pela fórmula
formula de Cauchy,
f(Zo) =~
I(zo) = ( I(z) dz .
-ƒLg'dZ-
2 Jcc
21ft ~ Zo0
z2 -
Daqui segue-se que
II(zo)1 11
|f‹zzz›| :S5 -2 fc |f‹z›||dz|
7rrc
II(z)lldzl á11/02” |f‹z0
== -271"0
2rr
II(zo +ze”›|d@
+ re )ldB == K.
i9
K, (320)
(3.20)
Conseqiiencia
Conseqiiência imediata desse teorema eé 0o resultado que enunciamos a
seguir.
seguir.
114 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
3.23. Corohirio
Corolário (principio
(princípio do modulo maximo).
módulo máximo). Seja ƒf uma
fun,iio analitica
função analítica e niio
não constante numa regiiio
região limitada R e continua
contínua em R.
Entiio,
Então, If{z)1
|ƒ(z)| assume seu valor maximo
mdrrimo na fronteira de R e em nenhum
ponto de R.
e
Demonstra,iio. Como IIff I| é continua e
m
Av
o e corollirio
O teorema e_ corolário anteriores permitem demonstrar resultados ana-
aná-
logos para funções harmônicas.
fun<;6es harmonicas.
Demonstra,iio.
Demonstração. A cargo do leitor.
lei tor.
Au = f.
~ u= ƒ.
fun~ao u
achar a função fu. satisfazendo it condi~ao de ser igual a uma outra função
ã condição fun~ao
dada na fronteira de R. Um tal problema chama-se "problema
“problema de Dirichlet".
Dirichlet”.
As não u,
Às vezes, nao derivada. normal au/an
fu., mas sua derivada da/Õn. eé que deve igualar uma
fun~ao na fronteira; este e 0o chamado "problema
dada função “problema de Neumann”.
Neumann" .
Os problemas de Dirichlet e Neumann sao são exemplos típicos
tipicos de "proble-
“proble-
mas de contorno",
contorno”, assim chamados justamente porque a função fun~ao ua tem de
condi~ao na fronteira ou contorno da regiao
satisfazer certa condição região R. Alem
Além desses,
condi~6es impostas
ha outros problemas de contorno, conforme as condições fun~ao
impost as ita função
u na fronteira, mas aqui vamos nos limitar apenas aos dois mencionados.
Denotando com oR ÕR a frontena R, fƒ uma função
região R,
fronteira da regiao fun~ao dada em
Reg fun~iio dada em oR,
R e g uma função ÕR, os problemas de Dirichlet e Neumann,
enuncíam: achar u
respectivamente, assim se enunciam: a em R tal que
tJ.u = f
Auzƒ u = 9 em oR;
coma=ge1nÔR;
com
achar ua em R
R tal que
tJ.u = f
A'u.=ƒ com au/an = 9 em oR;
da/Ôn=gem ÕR;
Au:Au1-Auzzƒ-ƒ=0,
solu~ao da equa<;ao
é, ua eé solução
isto e, equação de Laplace em R. Alem
Além disso, em oR,
ÕR, ufa = 0,
pois tanto UI a1 como U2uz sao
são iguais a 9g na fronteira.
fronteira. Como ua se anula na
fronteira,
fronteira, pelo princípio
principio do máximo,
maximo, u a deve se anular em toda a regiiio
região R.
equa~ao de Laplace, 0o
Vamos considerar 0o problema de Dirichlet para a equação
que equivale a tomar ff = equa~ao de Poisson. Com 0o mesmo tipo de
O na equação
= 0
raciocínio
raciocinio que acabamos de fazer,
fazer , podemos provar que os valores de ua em
R nao
R não podem variar mais que seus valores na fronteira. Mais precisamente,
precisamente,
ul e U2
sejam UI uz solu<;6es
soluções dos problemas de Dirichlet em R com valores de
fronteira g
gll e g2
gg,, respectivamente. Entao,
Então, pelo princípio
principio do máximo,
maximo ,
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
1. = u +
Sendo fƒ == + iv uma func;ao
função analitica Duma regiao
analítica numa mostre que u e
região R, mastre é conjugada
harmonica
harmônica de -v.
2. Mostre que u == Jc x- ãzy e
- 5xy harmônica em todo
é harmonica todD 0o plano. Determine sua conjugada v'U e
expresse fƒ = u + iv em tefmos x + iy.
termos de z2: == :r ty.
3. Mostre que a(x
Mastre 2
a(a:2 -- y2) + bzry e
+ bxy é a forma mais geral dos polinômios
polin6mios homogêneos
homogencos e
harmonicas do segundo grau em 1'
harmônícos x e y. Determine sua fum;ao
função harmonica
harmônica conjugada
a func,;ao f = u+iv.
eeafunçãoƒ=u+iu.
4. Determine a forma geral dos polinom
polinômios homogeneos e harmonicas
ios homogêneos x e
harrnõnicos de grau 3 em 3:
y. Determine tambeID
também a func:;ao
função harmonica
harmônica conjugada e a função f == u +
fUlll1aO f + iv.
5.
5 uu=:c-4xy.
= x - 4xy. 6. uu.=sen:rcosh-y.
= senxcosh y. 7. u.=:c3-3:1:y2.
funçao harmônica
harmonica numa
Duma regiao limitada R e continua
máximo na fronteira de R.
|u| assume seu valor max.imo
lui
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo In tegral 117
RESPOSTAS
2. ƒ(z)
f(z) == zZ + 5iz' /2 + const.
5íz2/2
4. u = ax 3 -- 3bx
= uma 2
3ba:2yy -- 3axy2 + byl,
3a:ry2 + bya, vU =
= bx + 3ax
bars3 + 2
3e:c2yy - 3b:ry2 -- ay3
- 3bxy2 + c,
aya +
+ iv =
f(z) == uu+i1›
ƒ(z) (e + ib)Z3
= (a ib)z3 + C.
c.
6. 1:=cos.¶:senhy+c,
v=cosxsenhy+ c, !(z)=senz+ic.
ƒ(z)=senz+ic.
9. Para a parte a), considere a função f.
1/ƒ.
fuw;ao 1/
Sendo u a referida func;ao,
11. Seodo função, cOllsidere func;iio -u,
considere a função tam bern e
-uz, que também harmonica.
é harmônica-
QePítU1°4,
Capitulo 4 - - _ _
SÉRIES DE
DE POTENCIAS
POTÊNCIAS
, A
SERIES
I Ã
SERIES DE FUNC;OES
FUNÇOES COMPLEXAS
capítulo, oa desenvolvimento de fu
Estudaremos, neste capitulo, n~oes analiticas
funções analíticas em
séries de potencias.
series Veremos :,er
potências. Vcrcmos .uer rf.,':e urn modo natural de construir funções
.... ';"! um fun<;oes
analfticas
analíticas e urn
um dos instrumentos mais importantes no tratamento dessas
funções. Iniciamos este estudo com algumas defini~oes
fungoes. definições gerais relativas asàs
séries de func;6es
series funções..
Come~amos
Começamos observando que as defini~oes definições de limite e convergência
convergencia de
seqüências e series
seqi.iencias séries de numeIos
números complexos sao são exatamente as mesmas que ja
conhecemos do caso real. Desses conceitos seguem as mesmas propriedades
já
ja conhecidas no caso real sobre limites de soma, produto, quociente etc., e
cujas d emonstra~oes sao
demonstrações são feitas segundo as mesmas linhas de raciocinio. raciocínio.
Uma série fun r;i5es Iié uma serie
serie de ƒimções série
00
Í f..‹z›
L I,,( z) =
11=0
u=O
= faz) +f1‹z›
Io(z) + + .z ..
11 (z) +
In sao,
cujos termos fn säo, em geral, funC;6es
funções de uma variável
variavel (complexa) z, todas
com um dominio
domínio comum de definic;ao.
definição. As expressoes
expressões
00
mn
L In(z), L
Zƒn(z), I,,(z)
Zƒníz) e folz) + 11(z) + .. . + I,,(z) + ...
f.¬{z)+ƒ1(z)+...+ƒn(z)+...
n=0
n=O
são mer~s
sao meros slmbolos
símbolos com que denotamos uma série. No caso de uma serie
lima serie. série
Capítulo 4: Series
Capitulo Séries de Potências
Potencias 119
L
Z I,,(z)
ƒ,,,(z) = fU(z) + II
= lu(z) (z) + ...
ƒ1(z) . .. = s,,(z),
= lim Sn (z),
11=
71=O0
«~..‹z› == az)
rn(z) s(z) -- Sn(z)
szz‹z› == Z
L mz)
fj( z) =
j = n+ J
j=n+l
= f..¬z1‹z›
In+l(Z) + + f....z‹z>
j"+2(Z) + + .... .z
eé cha.. ··.dda 0o resto da serie
cha..-'.ada In+1 (z
série a partir do termo ƒ,,_+1 ).
(z).
\t'-
W. ~ 9'dnt~
_ flw. .flf
Seja
S(z)
s(z) = L
j,,(z)
= 2ƒ,,(z) (4.2)
(42)
uma serie
série convergente, para todo Zz nurn D. Entao,
num certo conjunto D. Então, dado
qualquer EE > 0,
O, para cada zzE
E D existe N
N tal que
n 2 N => Is(z)
N =? s,,(z)| < E,
|s(z) -- 8,,(z)1 E, (4.3)
(43)
para a ou.-f-..l
1__ n+l
.s.,_(z)=1+z+z2+...+z"=-l~%:, zqél.
120 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potências
Potencias
1
1 2,
s(z)=
s(z) =- - = 1+z +z +
-Í--E-=1-t-2+: ... , Izl
+..., |z| < l.
1-z
Por outro lado,
Izln+l
|s<z› S ,, (z›|1_- 1|11 __ zl21
Is(z) -- s,,(z) =
eé men
menor
or do que cE se e somente se Iz l < 1)
(estamos supondo |z|
n > log(cll
10s(E|1 -~ zl)
21) ,_
n> log Iz l
log|z| - 1.
Esta última expresão, por sua vez, cresce acima de qualquer valor a
ultima expresao, à me-
dida que z aproxima 0o valor 1; logo, não nao ée possível
possivel determinar N N de forma
a satisfazer (4.3) para todo z de modulo
módulo menor do que 1; 1; o0 valor de N
N de-
pende de cada z particular que se considere, por issa isso mesma
mesmo a convergencia
convergência
costuma ser chamada de convergencia
convergência _ ,.mples ou convergencia
.sunples pontual, que
convergência pontual,
eé o0 unico
único tipo de convergencia
convergência que temos de considerar quando estudamos
seqüências e series
seqiiencias séries numericas.
numéricas. No entanto, ao tratarmos seqüências séries
seqiiencias e series
de fun~6es,
funções, sejam elas reais ou complexas, ha há. um outro tipo fiuito
muito impor-
convergência, chamada corwergencia
tante de convergencia, convergência uniforme, que vamos consi-
derar em seguida. Esse tipo de convergencia
convergência eé um dos tópicos
tapicos centrais de
Análise ([A2),
qualquer curso de Analise Capítulo 9).
([A2], Capitulo
Convergência uniforme
Convergencia
\7'z€D
Vz N =? Ifn(z) - fez)! < c.
e n>N=>|ƒ,,(z)-ƒ(z)|<e.
E Den>
.':(1___-
log E( 6)
1 - 6} 1
n>
n> -logö
log 6 - 1..
zzE
E D en> N => ISn+p(z}
e n>N s,,(z}1 < E,
|sz,.,+¡,(z) --- s,,,(z)| 6, (4.4)
o
ou seja,
zzE
E D en
e n>N Ifn+I(z} +
N => |ƒ.,,+1(z) fn+2(z} +
+f,,+2(z) ... + ƒ,,+p(z)|
+...+ fn+p(z}1 < E.
E.
Demonstração.
Demonstmrao. Supondo que a serie
série convirja uniformemente em D
D,, seja
s(z}
s(z) sua sorr
soma.. Então, dado EE > 0, existe N tal que, para todo n 2
a . Entao, ~ N
N e~
zzED
E D,,
|s..‹z›
ISn(z} - s<z›| << 2;šz
- s(z}1
E
122 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências
|S~.+p(2)
ISn+p(z) -- sn(z)1
Sfl(2')| == I[sn+p(z) S(f'-'ll + l[s(z)
|[Sz›fz.+i~(-=-1) -- s(z)] S(~==) -- sn(z)]1
Sn(2)lI
~
É l5fl+P("-'fl 5(zl|1+
ISn+p(z) -" s(z) Is(z) -_ sn(z)1
'l' lsfzl 5n(Z)l .
c c
< "2
< 2 +"22 =" c.'
í+í-E
condição e
Isto prova que a condic;ao é necessaria.
necessária.
Para provar que ela eé suficiente,
suficiente, partimos da hipótese
hipotese de que (4.4) es-
fixo, s,,(z)
teja satisfeita; logo, para cada z fixo, Szzfz) eé uma sequencia numerica de
seqüência numérica
Cauchy, portanto, convergente. Seja s(z) seu limite, que eé também
tambem 00 limite
de sn+p(z) P -›
s,,+,,(z) com p --; 00.
oo. Entao,
Então,
,1¿g,[.¶.z+.z‹z›
lim [Sn+p(z) -- Sn(z)
p _oo s..‹z›1] == uz)
s(z) -- s...‹z›z
sn(z) ;
ee,, em conseqiiencia,
conseqüência, temos tambem
também que
,11_,1;¿,|s...<z>
lim ISn+p(z) -- sn(z)1
p_ oo s.<z›| =- Is(z)
uz) -- â..‹z›|.
s,,(z)l·
2:6
zE D en>
e n> Ná
N =;. |s(z)-s.,(Z)| ~ c,
Is(z) - sn(z)1 Se,
fu
Demonstração.
Demonstra9ao. Observe que
|f,z+1(z) + ...
I/n+l(Z) .-.++ f.z+,›(z)I 5 II/n+l(z)1
In+p (z)1 ::; IIfn+1(z)I + ..- - .- + |ƒ.z+,z(z)I
I/n+p( z)1
::; Mn+l + ..
É Mn+1+ . . .. +
+ Mn_+p.
Mn+p.
Como L:
E Mn eé convergente, dado qualquer eE > 0, existe N
N tal que
zE
ZEDD en> N '* Mn+l + ... + Mn+p < E;
B n>N=>Mn+1+...+Mn+p<€;
também,
logo, temos tambem,
zé e n> N=>
ZE D en> I/n+l(Z) + ... + In+p(z)1 <
N,* |ƒ,,+1(z)+...+ƒ,,+¡,(z)| <e.
E.
f‹z› = n=Í
I(z) = L fIn(z)
O
n <z›
ri-:O
ea
(4.5)
série de funções
uma serie funr;oes continuas, uniformemente convergente num conjunto
D. Entao,
Então,
1) If e
é continua em D;D;
2) no caso de a convergencia
convergência ser unilorme
uniforme ao longo de um contom.o
contorno
C, a integral de If sabre
sobre C pode ser obtida por integra,iio
integração de (4.5)
(45) termo a
termo;
tenno;
33)I je convergência e
se a convergencia é uniforme numa regiao
região simplesmente .cz. ,7'lexa
dexa R,
R,
onde as lun,oes In são
funções ƒn analíticas, entao
sao analiticas, I também
então f tambem é analitica e
analítica em R, R, e
suas derivadas podem ser obtidas derivando a seriesérie (4.5)
(45) termo a termo um. nm
124 Capitulo
Capítulo 4: Series Potimcias
Séries de Potências
numero
número conveniente de vezes.
L
s,,(z) == E fj(-Z):
5n(3) fJ(z), r,,(z)
7`fl(z) = L
/j(z),
: E fJ`(z)=
j= O
j~O j-=n+l
j=n+ l
I(z) =
resulta que ƒ(z) s,,{z) + rn{z);
= s,,(z) r«,,(z); logo,
I/{ z) -- l{
|f(-2) zo )1 <
f(2o)| S |Sn(×=') Sfz(2o)| + |rzz(2)
ISn{z) -_ sn{'Oli Irn{z) -- r,,{ zo) 1
rfz(Znll
< l3n(z)
É 3n(Z0)l +
Is,,{z) -`* s,,{'O)1 l7`n(3)l +
'l' Irn{z)1 “l” Ir,,{zo)1
l"`n(Z0)l (4.6)
(4-6)
Fixado n =
= N, usamos a continuidade de sN(z)s N (z) para determinar 0Õ > 0O tal
que
G D, Iz
zzED, z0|l < 66 =?
|z -- zo => ISN{ sN{zo)1 < E.
Z) -- sN(z0)|
lsN(z) e.
Portanto, com n =
POltanto, =NN e Iz - '01
|z - zg| < 6, a desigualdade (4.6) nos dO.
dá
donde a continuidade de 1
ƒ em D.
fc I{z)dz
]Gf(z)dz =
= fc s,,{z)dz + fc rn{z)dz
]Cs,,_(z)dz+`/Cr,,(z)dz
=
= t1
j~ O
.f= C
fJ{z)dz + l'·n{Z) dZ.
Ê;fCƒ¡(z)dz+]('r,,(z)dz.
C*
(4.7)
Tomando n :2O: N
N e observando que Ir,,{z)1
|r,,(z)| < c,
e, obtemos:
onde L Leo
é o comprimento do contorno C. Portanto, fazendo n -; oo em
-+ 00
(4.7), obtemos 0o resultado desejado:
r
fCf(z)dz=
lc j~Olc
'=0
f
I( z)dz = Ê:]Cƒ¿(z)dz.
fJ(z)dz. r (4.8)
faJ,(z)dz = 0,
fCƒ¿(z)dz=0, j = 0,1, ...
j=0,1,...
para todo contorno fechado C C' em R. Daqui e de (4.8) segue-se que a integral
Ce
de Iƒ sobre C é nula. Como If e contínua e G
é continua Ce é arbitrario,
arbitrário, conclufmos,
concluímos, pelo
teorema de Morera (p. 106), que f I ée analftica
analítica em R.
Finalmente, devemos mostrar que I' f' = ZL- I~. Dado z E R, R, seja G urn
C um
contorno fechado simples em R, envolvendo z positivamente; por exemplo,
G
C pode ser um círculo I(
urn circulo |Ç -- zl = 0.
z| = 6. Como a serie
série
ki
k! fic) _ Í k!kl
1(0 00 fm),
In(O
27fi' (( -- z)k+l
21ri'(Ç z)k+1 =_ ,~ 27fi'
É-' CD
(Ç -- z)k+1
21ri' (( z)"“+1
f<'“>‹z) = L
I(k)(z) = Í f.<..'
n=
n=0O
°l‹z›.
I~k)(z).
EXERCÍCIOS
EXERcicIOS
1
_ 1_
l -z
= "' z"
L
~
C0
z.
'
"_0
3 G
os seguintes desenvolvimentos
obtenha as válidos em Izi
desenvolvimentos,, validos )z| < 1:
~
(I z)' = ten
Í-].__1z-)2=2:[n+1)z“
"8_0G
+ I) z" e log(1-z)=-
log(l-z) =- t~-,
... , “z:s ,
ZM*
oode log(1 -- z) eo
onde log(l é o ramo do logaritmo Que
que corresponde a logl
log 1 == O.
0.
4. os seguilltes
Obtenha as seguintes descllvolvimcntos:
desenvolvimentos:
m
~ m
~
I~z
1 1: n_
= 2: (- I)"z"
m=íi(`1)z~ ;
__1_
1
rra=ÊÍ*
1- L- `›'Z2
= '\"'" 2r_
Z2u.
11 -=0
I'l= = 0S
11 ",,
:J
_I), ~(-I)"(n+l)z";
( =
$-=2[--1)"(n+1]z"; logJ(l+z)=í:%z ,
+ 2)” ,,~
(1l +z _0
u=D n=
válidos em Izi
todos validos |a| < I.
L
Usando 0o teste de Weierstrass, mostre que as series
Usanda séries dadas nos Exercs.
Exercs 5 a 16 con-
vergem uniformemente
uniformcmcnte nos dominios
domínios indicados em carla
cada. casc.
caso.
~
'I
Isea I[al
z I ::;
.Ê
2:
55. ncos3n
- - . - z" ,em
z", em qua Iquer d·
qualquer disco 5 r < 1.
I + on
"_I
00 2
3 -._
n2 3
3cosn 2n -_ 1 _.
6.
E7* z2"
2. Z disco Izi
1,, em qualquer dISCO |z| <
É rr < 1.
2: I~ + 7 -
11 _ 1
:Pø18 pu
DO
7 00 n+7Jn+T
§E:Tl+'7VTt1;1z2n-1
2n-1 .
7. disco Izi
, em qualquer diSCO |z| <
É r < ../2.
""'
L-
:I
( ) Z
n+121J
(n+ 1)2
1
- r
"Ti .. 1
L~
DO
( ITI
)" n .
~
_ I
°°
(Ti_)-íÊ(z
ki
r < 1.
g.
9. L ~n Z ll , em qualquer disco Izi
P-_z",
Éã:‹Rn
Iz] ~
É rr < R.
n 1l
n= ...|-
10271:
10. L
~
9-2", :!
,
q~e seja a constante a.
Ie) < R, qualquer que
z", em qualquer disco lzl
"_I1
a
,
TI ._"'
~
DO
11.
11. L n!
n~.~
nan , em qual~uer
Z --2" L
qualquer
.
disco Izi
|z| < R.
Zll,
>1
1!. =
=11
~
DU
ncosn -,,,
.¡,,
12.
12- É -ncosn
----e"
3 --e~ ,em
, em qua
qualquer ISCO I|z|
Iquer d·
disco Z I < R.
R..
2: n 3+1
+1
n :::l l1
Capítulo 4: Séries
Capitulo Series de Potencias
Potências 127
CX)
00
1 .
13. 'E
" __
Ê, 1_ em quaJquer
qualquer conjunto compacta
compacto que exclua.
exclua os quadrados perfeitos.
~ n2 _ z '
n=l
11 = 1
W
00 z/ n
egabi
Ê -'--2
14. "'"' É,' em Qualquer
qualquer conjunto compacto que oao
não contenha
contenha. mimeros
números da form
formaa
L...J n +z
' 1_=i1
zNZ == ±in
:bin com n natura
natural.l.
00
%
L
15. 5 n!(z
1
nT(--ii,
1_ n)' em qqualquer
. z-n
.
ualquer conjunto compacto exclua as
compacta que cxdua
,
os numeros
.
naturais..
mimeros naturais
n=l
• , 1
DC
vn+1
v'1i+1 l ' _ ", ..
16 2.:
16.. É00 -
.-1
n=l
-2-ig, qualquer
' - - 2 ' em qua
nfl -r-Zz
conjunto compacLo
quer COIlJUl1tO compacto que exc 1un as
exclua os numeros .
inteiros.
Ultea"os.
CU
00
SUGESTOES
Isen nz|2
Isennz = ~
l2 = (e2f111 + e-
š(e2”” e" 2ny ~ (sen2nx -- coi
My)) + %(seii2n:i: cos2 nx).
nz).
SÉRIES DE
SERIES DE POTENCIAS
POTÊNCIAS
series de fun~oes
Dentre as séries funções,, sao
são de interesse especial as séries
series de potências,
potencias,
ou series
séries do tipo
DO
00
f‹z›
J(z) == 2.:
2 an(z
zz.‹z -- zo)",
ze". (4-9)
(4.9)
n=O
n=O
128 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências
onde os
as coeficientes zo sao
coeficientes an e ao ponto zg são constantes complexas. Como ve-
remos brevemente, toda serie
série de potencias
potências convergente define fun~ao
define uma função
analitica, analítica num ponto z = zg
fun~ao analitica
analítica, e toda função zo pode ser desenvolvida
em serie potencias numa vizinhan~a
série de potências zoo
vizinhança de 2:0.
Ja
Já. vimos alguns exemplos dessas series fun~iies {I
séries no caso das funções - Z)-1
(1 - z)`l e
{1+Z)-I:
(l+z)`l:
1 (X) I X
fun~iio l/
4.7. Exemplo. Vamos desenvolver a função 1/zz em serie
série de potências
potencias
de z -- 3. Veja:
11_ 11 _ 1/3
1/3 ¬°°(-1)flz_
00(-I)" ,,
n
;z = (z-3)+3
(3-3)+3 = 1+{z-3
1+(.s- )/3 =~
3
= 3,,+ 1 (z - 3) ,
3""'1
válido em Iz
desenvolvimento este que eé valida |z -- 31
3| < 3.
Nesses do
dois últimos exemplos, temos a mesma fun~iio
is ultimos função ƒf{(z)
z) == l1/z
/z de-
senvolvida em duas series
séries de potencias
potências distintas, uma em rela,ao
relação ao ponto
zu = 3, a outra em rela<;ao
zo = -4.
zo =
relação ao ponto zg ~4.
fUll~iio ƒ(z)
4.9. Exemplo. Vamos desenvolver a função = (2z -- 9)
f{z) = - 1 em
9)“1
potencias de z -- 3:
potências
logo,
l1 °° -2"
Oa _2ft ,,
L z›,_~¬~'f(^'* * 3) =
ã=É
2z - 9 = 3n + l (z-3)",
n
23 = O
Ci
|z -- 31
válido em Iz
desenvolvimento este que ée valida 3| < 3/2.
2z-9
zz-9 = 2(z+4)-17=17
2(z+4)-1717 ' 11-2(z+4)/17
- 2(Z+4)/17=17~
17 3 É
r-il 17"~]
IP'-' um ;”
portanto,
11 _ _2"
-2" 4 ,,
2z - 9 L 17n+1 (z+4)".
âzífg ' É= ¬“ l ~
Este desenvolvimento e |z + 41
válido em Iz
é valido 4| < 17/2.
Gada
Cada uma das series
séries consideradas nesses quatro últimos
ultimos exemplos con-
verge nos pontos z de um fa~ll ver que elas divergem
zg. E eé facil
urn disco de centro zoo
nos pontos z2: fora desses discos. situ~ao e
discos. Esta situação é de caráter
carater geral e segue do
seguir.
teorema que consideramos a seguir.
|‹1~z..(z -- zo)"1
lan(z 2'n)"| == lan(zl
|az..(z1 -- zo),,1
2o)"I ---E
z
z - Zo
-
z In" ::;S MM I_-O z In
z - zo
Z "
- (4-10)
(4.10)
I Z] -- Zo
Zl Z0 Z1 --- Zo
Zt 210
\
6
Fig. 4.1
própria defini~iio,
Pela sua propria definição, ve-se
vê-se tambem
também que, se rr for finito,
finito, a serie
série
diverge em IIzz -- ZO
zglI > T.
r.
a convergência uniforme em qualquer disco Iz-zol
Resta provar aconvergencia lz-zg| 5 r' < T.
~ 1" r.
Fixemos ZI |z1 -- zol
21 tal que r' < IZI < rfr (Fig.
zg| <.í (Fig. 4.2). Entiio,
Então,
___ f
(z_nlí;:,<,_
-Z-ZO
- I< ,.' =q<l.
ZI - Zo
II21-Zn. - IZ I - zol
IZ1-Eni
Fig. 4.2
4.12. Teorema. 0O mio
raio de convergencia
convergência Tr da serie
série (4.9)
(49) eé dado por
po,'
. Gn
r=
T= 1m I-
lim
I. í an- I,
n-.oo
"'_".°° a n+ 1
a'n.+1
Demonstração.
Demonstm9iio. Suponhamos que exista 0o primeiro limite referido. En-
tão,
tao, pelo teste da razao,
razão, a serie L lan(z
série E Ia., (z -- zo)"1
zg)"| converge (portanto,
(portanto, converge
também a serie
tamMm série (4.9)) se
·
im
Iun I a,,(zz -- 'O)"
a,,( z0)“ I _ z 1
=
1 ,
I'lim
1m -I an
an
_-- - I
H-*OQ
n--oo aa,,+1(z
n +l {z -
- z0)"+1
ZO)n+ l Iz
|z -
- zol
zgl H-*D0
n--+ oo a
a_.,,+1
n+l
dizer, Iz
for maior do que 1, vale dizer, |z -- z0| Ia,./a,,+d == r.
zol < lim |a.,/a,,+1|
Para completar a demonstr~ao
demonstração da primeira parte, resta provar que a
série (4.9) diverge se Iz
serie |z -- zol
z0| > r. Ora, se ela convergisse em um certo z1, ZI ,
com Ilzq zo I > r,
ZI -- ag] r, entao,
então, pelo teorema anterior, convergiria absolutamente
em qualquer z' com IZI
ern zg| > Iz'
|z1 -- zol |z' - z0| > r, contradizendo 0o tteste
- zol este da razão.
razao.
A demo nstra~ao da segunda parte e
demonstração é analoga,
análoga, utilizando
ut ilizando 0o teste da raiz,
raiz,
segundo 0o qual a serie
série EL |a,,(z
Ia,.(z -- z0)"| div~rge con
'0)"1 converge ou diverge conforme
forme seja
É I/Ia,,(z
lim Ç/|a.,(z -- zo)"1
z0)"| =
= Iz
lz -- zollirn
.ZQIÉ I/la,,1
É/ |a.,|
132 Capitulo 4: Series Potimcias
Séries de Potências
ou maior do que I,
menor DU 1, respectivamente.
Exnncícios
EXERCicIOS
os raias
Determine as raios de convergencia
convergência das series
séries dadas nos Exercs. 8 a 16.
8.
B
00
L" nz . lã: L
s
~
9. Zt}nlz'l`.
n.z
I" . 1O.
10.
tB (z - i)"
n.1 .
ZM*
=0
" .. n- O
n= ,1 _ 0
n=0
00 00 00
11 log (3n' +
11.. 2log(3n2 L
+ 5)(z +
+ i)". L(senhn)z"
12. Z(senh n)z".. L (J2)'"
13. ¿Y:(\/5)” z".
2".
fI __ O
n=0 ".0
n=ü ,., 0
n=0
1/
L
00 00
L~ Z2!l,
00 " 1
14.
14. Í(,/5)".-z".
DVnJ"z" 15.
15. Íëz*-`“. 16.
16. Í%z'“”.
-z . n n
.n=O
_0 ._
n=l1 ._1
3"
n=1
00
(Ê
2n
La'lz", code
17. Zanz", 2n =
onde aaz., =22"
2 o.z,.,,.¡
e a2 11+1 = 52 •1+ 1 .
=52"""I.
n=0
.. =0
DO
00
.
Lan z", oude
18. Za., na se n e
onde an == n é primo e an
a.. =
= 0O se n não 2
é primo
DaD e primo..
•n=0
_0
RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES
É ~ _2_. _; ~(zig
1 1
1.
I. ') = etc. convergência e
0O disco de cOllvergencia Iz + il < l.
é jz 1.
z -1+ z+t
3
3. l ~ Z E i - 1 + (2 _ ~)/(l
- 1+ 1 + i) etc 0O disco
disco de
de convergencia
conver ência
' z+i
z+é 1+é+(z-1)
l+i +(z- l ) 1+z;1+(z-1)/(1+.:) = etc.
' g
eé|z-1|<\/Í.
Iz - 11< ,/2.
Capitulo 4: Series
Sérim de Potências
Pot{",cias 133
6. série de liz
Obtenha primeiro a serie 1/z,, depois derive.
= 1.
8. Tr=1. 11. r=1. 12. rr=1/e.
= l/e. 14. rr=0.
= O.
a,,z›2 = n/3n.
16. Observe que a'l
17. r =
= 1/5. 18. rr =
=1.
1.
SÉRIES DE
SERIES DE POTENCIAS,
POTÊNCIAS, SÉRIE DE TAYLOR
SERIE DE TAYLOR
caracterização das fun<;oes
Vamos estabelecer agora uma caracteriza<;iio funções analfticas
analíticas como
aquelas que podem ser desenvolvidas em series
séries de potências.
potencias.
série de potências
4.13. Teorema. Toda serie potencias
DO
00
f‹z› = L
J(z) = E a,,(z
ao -- za:
zo) '
n=O
n=ü
(4.11)
(4.11)
f'(z› = n=O
Z (fz + 1›‹z....cz ~ za":
J'(z) = L(n + i)a n+l(z - zo)"
Z-'I E
(412)
(4.12)
4.6).
4.6), resultando em (4.11)
(4.11).. Esta serie
série deve entao
então convergir pelo menos para
Iz
Íz -- Z() r”, 0o que e
zg|I < r". é uma contradi<;ao.
contradição. Fica assim provado que as series
séries
(4 .11) e (4.12) possuem 0o mesmo raio de convergencia.
(4.11) convergência. 0O resto do teorema
segue facilmente por indu<;ao
indução..
,.
"
› r
‹!\
JP
(0)
(a) (à)
(b)
Fig. 4.3
4.14. Teorema (da serie série de Taylor). Seja ƒj urna uma função analítica
jun,iio analitica
região R, Z()
numa regiiio urn ponto qualquer de R, e ro
zg um rg > 0O tal que 0o disco Iz
|z --
zg|I :S
zo É ro
rg esteja todo contido em R. R . Então,
Entiio. nesse disco aa. função
jun,ao ƒj pode ser
desenvolvida
desenvolvida, em serie potencias de z -- zg.
série de potências Zo . Conhecido como a "serie“série
de Taylor"
Taylor” da jun,iio j Telativa
função f relativa ao ponto zo,
zg, esse desenvolvirnento e
desenvolvimento é dado
univocamente por par
oO caso Zo =0
zg = O eé conhecido como serie
série de MacLaurin da função
Jun,iio f.
j.
Demonstração.
Dernonstm,iio. Sejam z um urn ponto qualquer do disco Iz |z -- zol
zg| < roo
rg,
= Iz
r = Iz -- zo
zgl,l. e rl tal que r < Tl
r1 < ro
rg (Fig. 4.4). Pela formula
fórmula de Cauchy.
Oauchy,
f‹z› = já š%l‹1c.
Capitulo 4: Series Potencias
Séries de Potências 135
on de C]
onde C1 éeo círculo I(
o circulo |Ç -- zg|
zo l == r]
1:1.. Observe agora que
11 _*,W 1
1 W _ 11 11 _Ê
00 (z - ZO)"
(Z-29)”
f(z)=~l
f(z) = 51- il
Tri C, 211"1 fe,
[f ÇmioZO (Z(Ê'(--ZO )"jd(.zig.
nz ( ---
,,=0
f(()
-- zO
(413)
(4.13)
I
Fig. 4.4
Fig. 4.4
Como f(O
ƒ(Ç) eé continua,
contínua, portanto, limitada por
par uma constante M
M sabre
sobre
círculo C"
ao circulo C1, temos:
temos:
,,=0
1
-( - ZO "I :0;-
( - zo
M 2::- (r)"
" =0 TI T]
00
F3 Ci 13 O
=]; [1
00
f(z) H: 211"i
2
1 f(()d(
fe,
1
fr)-í},l-ai.r'"›_+'l<H°>~
C (Ç_z0n1
n
_ zo)n+1 (z - zo) .
Este eé 0o desenvolvimento procurado, pais pois aa. expressao
expressão entre colchetes
aí aparece e
que at f (n)(zo)/n
é igual a ƒ(")(zg) /nl,!, como vimos na p. qq. Assim, podemos
podemas
escrever:
f‹z› = Z
f( z) =
71,=0
n=0
zo)".
n.`
(414)
( 4.14)
136 Capitulo Series de Potencias
Capítulo 4: Séries Potências
44.15.
.15. Teorema (da identidade de series potencias). Sejam
séries de potências).
00
G3 00
DO
E a,,(z - zg)"
La,,(z-zo)" e Z
L b,,(z -- zg)"
zo)n (4.15)
n=O
n=0 n=O
3 == Q
duas series
séries de potências,
potencias, convergentes numa vizinhnn9avizinhança Iz - zol
|z - < r de zg.
zg| < zoo
Seja z"
z., uma sequencia
seqüência .de
,de pontos distintos, que converge para zo, zg, e tal que
séries coincidem nos pontos dessa seque.ncia.
as duas series seqüência. Entiio,
Então, as 1"eferidas
referidas
silo identicas,
séries são
series isto ti,
idênticas, isla a., = bbz-1.n Para
é, an para todo n. Em particular, esta con-
clusão e
clusiio válida se as séries
é valida series coincidem numa vizinhan9avizinhança de zo,
zg, au
ou mesmo
num segmento au ou pequeno areoarco com extremidade em zg. zo·
f1fz+f11.z+1(2f-Zol+--- 8 l>i+bfz+1(2-2o)+---.
que convergem em Iz
|z -- zol
zgl < rr e coincidem para zz =
= z,,. Então, pelo mesmo
Zn . Entao,
argumento anterior, ak == bk,
bt, 0o que completa a demonstra<;ao.
demonstração.
Exemplos de series
séries de potências
potEmcias
.,. oozn
DO z" z2 z2
2:3 z3
e-3:
8 = L
šn!..
-=1
n.
n= O
+--+-
= 1+z + 21
+3 21. .+ -3' + ....
3!+
e Capitulo Series de Potências
Capítulo 4: Séries Potencias 137
n '-1
obtemos H
f<'=1(o)_
j (" )(O )
- --=
zz(zz ---1)...(.z¬z
a(a -zz+ Q
1) .. . (a-n+1)
n!
nl _ n!
nl '
Portanto,
(l+ z )" =
(1+z)" I+az+
=1+az+¶z2+...= a(a~l)
oz(oz - 1)
. .. = E (a) z'"
Únz",
2.
z2+ f:
n
0°
I-5 =O
,_
O n
Izl < 1,
|z| < (4.16)
onde 0o simbolo
símbolo do coeficiente binomial que aí está definido
ai aparece esta definido para
todo a
oz complexo pela expressao
expressão
(oz)
a) =_o:(o:-1)...(of-n.+1)'
a(a
- - 1) __ .(a
E - n+1)_
(n n!
o
O desenvolvimento acima da função (1 +
fun~ao (1 + z)°
z)O é conhecido como "de-
“de- e
senvolvimento
senvolvime binomial” ou “série
nto binomial" "serie binomial”. do Qoz ser urn
binomial". No caso de um inteiro
positiv~,
positivo, série termina com 0o termo em zCt
a serie z°,I pois, neste caso, 0o coeficiente
pais, oeste coeficiente
binomial se anuJa
anula para n > a. oz.
oO desenvolvimento de qualquer outro ramo g(z) fun~ao (1+
g( z ) da função (1+z)°
z )" segue
de (4.16)
(416),; basta notar que g(z) = 2ho i j( z ), onde 0o inteiro k
= ee2¡°'”°'iƒ(z), lc caracteriza 0o
ramo particular g( z ) que se considere. Portanto, 00 desenvolviment
g(z) g( z )
desenvolvimentoo de g(z)
eé obtido multiplicando cada termo de (4.16) 2hoi
Zkvai
(-4.16) por ee ' ..
138 Series de Potências
Capitulo 4: Séries Potencias
4.18. Observa«i>es.
Observações. 0O cálculo fun~a.o
ca\eulo direto das derivadas de uma função
nem sempre eé 0o modo mais rnais prático
pnitico de construir ssua
ua serie
série de Taylor. Urn
Um
procedimento muito útil uti! consiste em utilizar
uti!izar desenvolvimentos conhecidos
conhecidos,,
ja. tivemos oportunidade de ver por meio de exemplos e exercicios.
como já. exercícios.
Às vezes ée mais f"ci!
As fácil obter 0o desenvolvimento da derivada ou da integral
fun~iio original; 0
da função o desenvolvimento desta ée então integra~iio
entao obtido por integração
deriva~a.o , respectivamente. Consideremos, como exemplo ilustrativo, a
ou derivação,
fun~ao
função ƒ(z) a
arc sen z, ou melhor, a determina~iio
/(z) == arcsenz, determinação dada por ](0) = O.
ƒ(0) = U. Sua
derivada pode ser desenvolvida usando 0o desenvolvimento binon~ial.
binomial. Veja:
1'(z) -
= 11 __ (1 _ z2)
= 2-1/2
- 1/ 2
fƒlzl _ E-(1"Zl
~
11 22 1.3
1'34 4 1·2·5. 6
1.'2'5--6
I
= 11+-il +5-ãíz
+"2 z + +*-šã-31-Z
222! z + 233!z + .. .
°° 1·3
~
z 1+L..,
1+Zl 1-3...(2n~1)
. .2%!
. (2n - 1) 22".
2"
2 .
,
n= l
11:.
2nn.
Como
(mr
(2n)! ‹ nr
(2n)!
1 ' 3 - ° - W" 1) s zz. 1;<zlz);f¡<zn) ¬ 2"(n!)
1·3 . .. (2n - 1) = (2.1)(2.2) ... (2n) zf<nz›=,
escrever:
podemos escrever:
~ .._.í'__.
DO
'(
.r ) _
_ 1 (2n
lznl)!I 2n
211 _
f] (z)
Z = 1++ ZE 22n(n!)2
L.., 22n(n! )2 ZZ
rt-1
n::l
Integrando de z =
= 0O a z, encontramos 0o resultado
result ado procurado:
~
f( z ) =
ƒ(z) =arcsenz=z+L..,
oc
arcsenz = z + gl a e (2n)!
e2n(2 (277-li
22n(2n+1)(n!)2z
2,,
2 +1+1
)( 1)2z " ,, Izl 1.
|a| < l.
n~ 1 2 n +1 n.
Consideremos funções, ff e g,
Consideramos duas' fun<;6es, g, regulares num ponto zg,
zo, dadas por suas
séries de potencias
series potências relativamente a esse ponto:
00 00
flzl L
](z) =: É a,,
anlz(z -_ 30)"
zo)" e3 §(3l
g(z) =: É b,,(z L
bfl(¿' -" zot,
zülnz (4.17)
(4-17)
11 =0
n.=U =0
7l=O
'Ii' Fl-|
Capitulo 4: Series
CapItulo Séries de Potências
Potencias 139
C2 ~! [J"(zo)g(zo) ++ 2J'(ZO)g'(zo)
cz == §,~[f"‹z@›g‹zzz› 2f'‹z0›g'‹zzz› + J(2O)g"(zo
f<z0›g'*<z@›1)J
=
= 11250 + alb,
a2bo Gibi + aob2;
Gobaš
~! [J'''(zo)g(zo) + 3/,,(zo)g'(zo)
Cs == §1¡lƒ'”(2o)9(2o)
C3 3ƒ"(2o)9'(2o) + 3f'(2o)9"(2o)
3J'(ZO)g"(ZO) + J(ZO)glll(ZO)J
f(z==ú)9"'(2o)l
= E1350 +
= a3bo (1251 +
+ a2bj Giba +
+ a,b2 + aob3;
02053;
e assim por diante. Em geral, utilizando a regra de derivação
deriva<;iio de Leibniz
(Exerc. 2, p. 52),
. n
Cn. =
c" = aübn + a,
aob" 'l' b,, _ , + ...
alba-1+ + a"bu
- - - 'l' L"
: E ajb,,
anbü = _j.
Ú'jbn-j- (4.19)
(419)
jzo
;=0
'* = Co
aobo = bo =
co => bo = co/ao,
Cn/ao.
aob) + a)bo
0051 + = C1 '*
Cubo = Õ1 =
=> b) = (C1 _ albo)/ao;
0150)/00; CI (CI -
o calculo
O cálculo dos coeficientes
coeficientes de uma serie
série de potências
potencias pelo produto
prod uta au
ou
quociente de duas outras e,é, em geral, complicado. Mas e
é sempre possivel
possível
calcular os primeiros coeficientes
coeficientes da serie,
série, 0o que 1puitas
muitas vezes contero
contém as
informa.,oes
informações desejadas. Vejamos alguns exemplos.
exemplos.
e'v'l+Z
z
<- a iâúm
=
=
M8
E!
N
E n! §0(n+1)!
!;(n+1)!
Embora z/ Ce' -- 1) na~
z/(ez não tenha sentido para z = = 0, a última
ultima expressão está.
expressao esta
definida mesmo para z =
definida = 0 e coincide com JCz)
f (z) no seu domínio
dominio de defini<;ao
definição
os pontos onde e'
(que exclui as ei = 1, isto e,
é, z = 2krri,
Zkml, kIf.: = 0, ±I,
il, ...
. . ). Logo,
eé natural definir fJCO)
(0) =
= 1. Para e'
x pandir JCz)
expandir f (z) em potencias
potências de z, pomos
00
1
_L-,cnz
" n
JCz)
.f(z) =
; 00 Izn
" -; Ê cnzna,
,~ Cn:
n=O
1120
ZM2 (n-I-1).
I)! l
Capitulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências 141
donde
1= fo00 ")(00
({n=0 (n: 1)1 ]n=; C"zn
) = fo00 (00~ (n _
3 = c::› =0
Or
r + 1)1
)
z.,
rela~6es determinam as
Estas relações os coeficientes
coeficientes en
cn sucessivamente:
co
cg = 1, Cl
=1, = --1/2,
cl = 1/2, C2 = 1/12,
cz = ...
1/12,...
Então,
Entii.o,
z zz z2
2:2
I(z) - _zz-1 2 + -.H
12 + ...
o-11 = 1 -
fü) = eZ 2+u2+
e esta serie
série tern convergência. r =
tem raio de convergenCia = 21f,
21r, pois função If eé regular no
pais a fun~ii.o
disco Izl
|a| <
<í 21f, não em .zar =
2a, mas nao = ±21fi, Z
:I:21ri, onde eei -- 11 =
= O.
0.
I.,( z ) == Z:a,,¡,(z
ƒ,,(z) Landz -- zO)k
zg)k,, Iz -- zo
2:0)l < r.
k=0
k ~O
I(z) == É
f(z) E(~ant)
PS" = C3 n=0
(z -
afik) (Z `_ z0)k1 zo)\ Iz
lz -
_ zol < r
zül < T'
Demonstra~iio"
Demonstração. f analítica no disco Iz
Ieé analitica Iz -- zol
20] < T'r' (Teorema 4.6), logo,
possui desenvolvimento em serie
série de potencias
potências de z -- Zo 2:0,, cujos coeficientes .
Ap Ar == lf”°l(zg)
são dados por At
At sao (t )(ZO)/k!.
/k!. Ainda de acordo com 0o teorema citado,
A =
Ak=L -É-=
k!
°° l~k)
00
fÁ“‹z0›
= Lank...
(ZO) °° 00
n=O 71.= 0
Q
demonstra~iio.
Isto completa a demonstração.
4.22
4.22.. .Exemplo.
Exemplo . Seja desenvolver em serie fun~iio
potencias de z a função
série de potências
inteira J(z)
ƒ(z) =
= e,en'. mul tipli ca~iio e 0
ese" Z. Usando a regra de multiplicação o Teorema de Weier-
strass, obteIDos:
obtemos:
sen 22 z sen 3 z
z =
eS°“z=
esen 1 + sen z + -2!- + -3-
1+senz+Se§¡Z+Se§'z+...
1
+ •••
__1 2:3 1 z3 2 1 z3 3
= Z2
_ 1+z+-+
gv
2!
--+-
31 33: Zz + - -
3!
3
3| - t 4|
3! 4!
( 11.1)
- z4 + ...
"'*,
1) f›.(( 11.9.4.
1)
'
ouseja,
ou seja,
Z2 Z4
senz _..
= l +z+ ___
eem”-1+z+ã-í4+2 8 + ...
2 8
expressão nos mostra, em particular, que as func;oes
Esta expressao ese" ZE e eeiZ coinci-
funções esen
ate segu
dem até nda ordem com z -›
segunda --+ 0
O ::
esenz __* ez : O(g3), E ____› 0_
Exsncíclos
EXER Ci c IOS
Obten
Obtenhaha os desenvolvim entos em séries
desenvolvimentos series de potências
potentias de z dados nos Exe rcs. 1l a 4, e
Exercs.
verifique quP.
verifique que eles sao
são valid
válidos
os para to do z.
todo
1 . sen = in
seusz=
~"° (-
L- ---_
(-1):
1)"
(2n+1)!z
(2
z... .. MI 00
= ií
coszZ =
2. cos L°° -(
‹-1)")' z.
(- 1)" 2n
(2n)! z ..
1. n+ 1 )'. z 2n.
11 . 0 ,,=0
21 C3
°° 2'1 - 1 2T1
z 211-1 °°
z 211
00 ¢O
3. senh
3. senhzz == 2 if
(2:E
t*-J 33
U1.
_ 1)!' 4. cosh
4. _(Z
coshzz = Z fim. L
)1 .
2n.
"=
3 = \
4-" '~.
,,n=fl
-0
séries de potências
Desenvolva em series potencias de z as funções 7, cujos
rUl1~Oes dadas nos Exercs. 5 a 7,
ramos sao
são fixados
fixados pelas condic;oes cosU0 =
condições arc cos = 1, = 0 e VI =
1, arc tg 0 = = 1. a
7 l+z 1 +z
5. arc cos .
arccosz. 6. arcttg z.
arc 7. -,----.
. ~1 - z2'
8. Desenvolva em serie
Descllvolva potências de z -- 11 a determina<;a.o
série de potencias principa.l (log 11 =
determinação principal = 0) de
f(z) == zlogz -- z.
ƒ(z)
Capitulo 4: Series Potencias
Séries de Potências 143
9. Desenvolva em serie
série de potências
potencias de z e (z -- 2), respectivamente, as func;.Oes
funções
1 1
f‹z›=(-,,-3,,-,,,.
I(z) = (4 _ z)3 e‹-= g‹z›=,i.
g(z)= ,-
z
graficamente sellS
e represente graficamentc seus discos de cOllvergencia.
convergência.
séries de potências
10. Desenvolva em series funções
potimcias de z as fUD<;Oes
11 z
f(*>=;f1"â;m
f(z) = z' _ 3z + 2 eB W)
y( z) = ¡z+z)z(z-i>~
( z + .)'( z t •
=Z
11 . Mostre que sen z = °° ‹-1)"¬¬'
00
"'"" (-,1
( )" +i
nir) z».i
J , onde n e
)' (z -- mr)2i+l, é um . . qualquer.
urn inteiro
L.2J+l.
.i=v
j_ O `
12. Obtenha 0o desenvolvimento
desenvolvimento de cos z em potcncias
potências de (z -- mr -- 7r/2), onde n e
ir/2), cnde é um
urn
jnteiro.
inteiro.
13. Diz-se
D iz-se que uma função If e
urna fun~iio par (impar)
é por (ímpar) se J(z)
ƒ(z) = I (-z) (f(z)
= ƒ(-z) = --ƒ(-z))
(ƒ(z) = J( -z)) para todo
Deinonstre que 0o ddesenvolvimento
z. Demonstre escnvolvimento de uma func;a.o
função par (impar)
(ímpar) em potências
potimcias de z
56
só contem
contém potências (ímpares).
potencias pares (impares).
fazer 0o produto de duas series
14. Ao razer séries de'
de potências
potencias (4.17), em geral elas tern têm raios
raias de
convergência distintos. Mostre fjue
cOllvergencia que 0o raia
raio de convergência série produto (4.18) e
cOllvergencia da serie é
mínimo 0o menor
no minimo raios de convergencia.
mellor dos l'ai05 séries (4.17). De
convergência das series Dê exemp!os
exemplos de series
séries
de potências
potellcias cujo produto seja.
seja uma serie
série com raio de cOllvergencia
convergência igual
iguaJ ao menor
dos raias
das raios de convergencia
convergência das series
séries dadas
dadas;; e e..xemplas
exemplos em que 0o produto seja uma
serie
série com raio
raia de convergencia mai~r que 0
convergência maior o menor dos raios de cOllvergcncia
convergência das series
séries
dadas, auou mesmo tcnha. raio de cOllvergencia
tenha raia convergência inrinito.
infinito.
Obtenha os primeiros
15. Obteuha termos do desenvolvimento de z/(e:
primciros quatro terInos .z/(ei -- 1) em potências
potencias
de z.
2. Mostre que
z :>ez
J(z) = e' _ 1 - 1 + ~
f(zl=.z'1-í"1+§
eé função significando que a função
func;ao par, significanda func;ao dada pode ser escrita na forma
OO
00
Bn z" ,,
e' Z
e= -- 1l Ln!nl Z,o B" "
__z_ = '"' ..._--Z
m 1
0I1(l€ B
ande = 1,I, 8B1-_-'
B9o = -1/2, B2
1 = -1/2, = ]1/Õ,
B2 = / 6, B3
83 = Ú, R.
= 0, B4 == --1/30
1/30 eE B2,,'+¡ = 0
82,,'+ 1 = para n;::-:
Ú para H- 2 1.
Esses B., são as
B" sao os chamados numeros Bernoulli (Jacques Bernoulli (1654-
números de Bemoulli (1654-1705)).
1705)).
'X'
Mostre que
16. Mostre
z
et _ 1 +
que ä
Z
+ 'É2 =
Z
= 'šcoth
Z:r
2 coth E'2 ee conclua
Z
que '-šcothš
conclua que
Z
2 coth '2 =
00 82"
B . 2",,,
L .
(2n)1 z .. Substi-
= Ç És? Substl-
o
.
tuindo
tUlfldo zs par
por 2z, .
22, abtcm-se
obtém-se ~
z coth z = Z
°°
2 " B 2" 2,1
Taí?-'-22'”.
L- -(--), -z .
22nB
2
O 2n..
o
17. Mostre que, para It
|z|I < 1,
exp (
11 )
] -z ~ ["',
~.o
sí.-_-z>=f+fz+2:a[2 1
=e+ez+~n1
°° 1 "“ (¡z+2)...(¡z+f›.)
~ (k + 2) ·k! (k + n)] z",,
,,fl=2
=2 k=fl
144 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências
= LE
logcosz =
!ogcosz C"z"
cuz",,
11.
53 .. \o-I
tomando log 11 =
= O.
0.
19. Sejam fƒ uma func;ao
função anaHtica região R
analítica numa regiiio R,, zg
zo E
E R e r1" 0o raio
raia de um disco centrado
em Zo contido em R
zu e todo canticlo coeficientes a.,
R.. Mostre que os coeficientes an == ƒi`”](zn)/nl
/ (fl)(Zo)/n! da serie
série
Taylor
de Tay função ff relativa ao ponto zo
lor da fUll9ao são tais que la'll
zg sao |a,,| :s:
5 M jrl!, oude
M/r", onde M
M eoÉ o
max imo de I/(z)1
máximo |ƒ(z:)| em Iz
|z -- z0|
zol == rr..
SUGESTÕES
SUGESTOES
9. fe z) == (1/
Observe que ƒ(z) 43 )/( 1 -- Z/
(1/43)/(1 4)3 e apliq
z/4)3 d~senvolvimento binomial; au
ue 0o desenvolvimento
aplique ou
desenvolva 1/(4
dcsenvolva x) em potências
1 / (4 -- z) Quanto a 9(Z
potencias de z ce derive duas vezes. Quanta ), proceda
g(z), procecla
de modo analogo,
análogo, escrevendo z = = 2+ + (z -- 2).
10.
IU. Use decomposição
decomposic;ao em fra90es
frações simples.
°° (_
___ 1)11.n+1
+1
18. log ( L + zz)) =
18. Observe que log(l L00
= Z(-lgfz"
n cosz=
Zll e cosz 1+
= 1 + (cosz -- 1).
,, =11
11,2
SÉRIE DE
SERlE DE LAURENT
LAURENT
Vimas,
Vimos, na casa da serie
no caso série de Taylor, que eé sempre possível
passivel desenvolver em
potências de z -- Zo
sorie de potencias
série zg uma fun~iio zoo Veremos
função que seja regular em zg.
agora que o0 desenvolvimento podepade ainda ser possível,
passivel, mesma
mesmo que a função
fun<;ao
nii.o
não seja regular em zo,
zg, desde que se admitam potencias
potências com expoentes
negativos. UrnUm exemplo dessa situa~ii.o
situação 0
é dado por
ezZ
e _ 1l z1i. °° zn
z" _ 00 -3 _ 1
z"`3 1 l1 1I zz z2
212 Z2
z2
z3 = z3
N 3- bën-3
2::
M n! :; 7n
s. =_:
ÃM = z3 + z2 + 2!z + 3!
_z3+z2+2!z+3l+4!+5i+'"+ 4! + 5! + ...
1
= --
a" = 2~i fc ----d
(( !~~"+l
f(Ç)
de,, (4.21)
4.21
f(z) =- ~
f(z) 21,1l r, (-
(ffozdc.
f(C) de.
2", z
L se cancelarn
As integrais ao longo de L e ---L mutuarnente; portanto,
cancelam mutuamente;
f(z) == ~ /C2
f(z) r f(C)
2", lc, (gdç
-Z
d( _ ~
2% r Çigzzç.
/Cl ftC) de.
2", lc, (- z
(422)
(4.22)
A?
Fig. 4.5
A primeira destas integrais eé tratada exatamente como no caso da serie
série
de Taylor (Teorema 4.14) e resulta na seriesérie de potimcias
potências positivas que
146 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências
f(
~
°°
z)=~an (z-ao) -
f(Zl=šfln(Z-Go)
n= O
2'
-
_ ʃcl (( _ )d(.
ñdš-
n il
«R 1
7r 'l. Cl
f(C)
f(O
Z
((4-23)
4.23)
Quanta
Quanto aa esta ultima
última integral, notamos primeiro que
1 1 -_11 _ 1 ( ( _ .zo)n
1 _ 1 1 É _ É00
(C -Koln
(Ç-z
- Z = (( - zo) - (z - zo) = zz-zg
(Ç-zg)-(z-zg) - Zo . 1_C-20
( - Zo = - 7130 (z
1 --- n= O
- ZO)n+1 .
(z-zg)"+1' L
z --- Zo
Z Z0
E sta serie
Esta série converge uniformemente em Ç( E
6 C
C1;
J ; logo,
1 1
1 r 00 (( -Ç- zo)n"
"”âíz*§/.zz.z¿9zz'“*< = aifaflo ZM2=
27ri l CI f (O {; (z _ zo)n+1d(
__ 1 1 f‹<›
1 °° 11 . _11 1 fm
f(O d( =_ ~ f( O de .
'Tz-fz'
27ri c , c-_z”lC
( - z " ,f;;-; (z
(z -- ze" ` 27ri
se C, (Ç(( ~- zu-"+'d<”
ZO)n n+1 ZO)
infinito
Regularidade no infinito
g(1/ç) = to + ag + ôzç2 + . ..
vizinhança de (Ç =
numa vizillhanc;a = 0, 0o que equivale a
.bi
h1 ~
52
g( z ) = bo + - + 2" + ...
_q(z)=bg+?+?+...
z z
vizinhan~a de z =
numa vizinhança = 00.
oo. Podemos, entao,
então, dizer que ggeé regular no infinito
se ela for desenvolvivel
desenvolvível em serie
série de potências
potencias de 1/ z
1 /z numa vizinhan
vizinhança ~a do
fin ito, Izl
infinito,
in |z| > K.
Com essa defini~
definição fica
fica claro 0o significado
significado da serie Laurent: ela e
série de Laurent: é
soma de duas series:
a sOqla séries: uma em potencias
potências de z -- ZQ,
zg, que caracteriza uma
fun~ao regular no disco Iz
função Iz -- ZQI
z0| < R, 0o primeiro termo de (4.22); outra em
pot€mcias de (z -- ZQ)-
potências l, que define
z0)'1, define urna fun~iio regular em Iz
uma função |z -- ZQI
z0| > Tr,, 0o
segundo termo de (4.22). A soma dessas duas funções fun~iies coincide com a fun~iio
a. função
região anular r < IIzz -- ZQ
fƒ na regiiio z0|I < R.
Seja 1
f urna
uma função ZQ. Entao,
fun~ao regular num ponto zg. Então,
00
ƒ(z) L
I (z) == Ê: aa.,,(z
ri (z -
- ZQ)n
z0)” (4. 24)
(4.24)
n=O
n=0
vizillhan~a Iz
numa vizinhança fz -- z0|
zo l <
<; r.
Pode acontecer que ao ag seja zero, em cujo caso ff se anula no ponto ZOl
2:0,
pois I(zo)
ƒ(zg) =
= au·
ag. Dizemos entao Zo e
então que 2:0 ê urn fun~ao f.
um zero da função
148 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências
ao = ... = am _1 = 0 e am i' O.
a|0:¢.«ía|¶n_.l:'*0 e
Dizemos, entao, zg e
então, que Zo um zero de or'dem
é urn ordem m fun~ao f. Fatorando
ra da função
(z - 2O)m
(2: - z0)'" no desenvolvimento anterior, obtemos:
00
DO
_f(z)
I(z) == (z -- zg)m L
zo)m E am+n(z
a,,,+,,_(z -- z0)"'.
zo)".
11 = 0U
Pondo
DO
00
L am+n(z - zo)",
gai=§jasuz-ar.
g(z) = e2o
(4.25)
n= O
n.=0
concluimos 20 e
concluímos que se Zo é urn
um zero de ordem m
ra da função I, entiio,
fun~ao f, então, numa
vizinhan~a
vizinhança de Zo,
zg,
I(z) == (z
f(2) - Zslm
(2 - zo)''' Qlzl g(zo) i'
g(z) ee 9(»'‹'o) rt O.
0- ((4-25)
4.26)
Reciprocamente, Suponhamos
suponhamos que exista uma função fun~ao 9 g satisfazendo a
rela~iio
relação vizinhança Iz
(4.26) numa vizinhan~a |z -- zol
zgl < rr de zo0 fun~ao 9
zg. A função g possui, nessa
vizinhan~a, desenvolvimento de Taylor do ttipo
vizinhança, (4.25),, que, substituido
ipo (4.25) substituído em
(426),, nos dá
(4.26) da 0o desenvolvimento (4.24) com O;J ag = ...
.. _ = U,n
a,,-,_1 O, am i'
- l = 0, 96 O.
F ica assim demonstrado 0o seguinte teorema.
Fica
f e
run~ao f
Se uma função é regular no ponto z = oo, este ponto e
= 00, urn
é chamado um
zero de ordem m f(z) se (Ç == 0O e
m de I(z) é um ƒ(1/Ç). E
urn zero de ordem m de 1(1/(). E fácil
racil
ver que isto e
é equivalente a dizer que 1 ƒ possui desenvolvimento
GI.
+ 0.am+1
fm=fi+§§+m.a¢a
I( z) = a",
zm
zm+l
+ . . . , am r 0, .J.
Exaacícros
EXERCicIOS
1. A sel'
sérieie de Laurent costume.
costuma ser escrita ne.
na forma
for ma
ä
Jƒ(z)= L:
a.(z - ZQ}",
{z} = Z.a..(z-z0)", rr<|z-z0|<R.
< Iz - zol < R. ((4.2?)
4.27)
n = - oo
l'I=“X
1
4. f{ z} =: -(Z
(z __ l1)1(z
)(z __ 2) ' 20 =
Zo 1,
= 1, Iz
IE - 1' >
- 11 `.I> 1.
1.
1
5.
5. ƒ(z)-(z_¿)1(z_2), z,,=2,
f{ z) = (z- i)(z- 2) ' Zo o<|z-2|‹.:./š.
= 2, o < Iz - 21 < /5.
Za
z'
6.
6- f( z} = --1'
= É
z-
ZQ
Zi] =
= 0, Izl >
'Z' Í? 1.
7. ƒ(z) = z'e'
f( z) = z5e1(“,
(', zu
Zo = 0,
= Izl
Izl > O.
0.
sen z
8. ƒ(z)=
f(z )= { ,
}3' zo=~,
zu =1r, zi ~·
zçêrr.
z-~
eg e
19. Se z == Zo
19. é zero das func;6es s, respectivamente, prove que ele e
funções ff e g, de ordens r e 5, É
zero de ordem r + s de fg. De que ordem e função fƒ + g?
é esse zero para a func;a.o
Demonstre qu~
20. Dcmonstre que 0o inverso de um
urn polin6mio
polinômio d
dee grau
gra u m,
rn,
11
J(z)
Hz) = GmZ'" +am _ 1z'" I + ... +Gl z+aO'1
a.mz'"+em_1z""'+...+e1z+au
TH na
a '=/;0,
am íá
e
é uma função
fun<;a.o regular no infinito este ponto e
infinito e cstc é um
urn zero de ordem m
rn. dessR fun<;ao.
dessa função.
Mostre que uma função
21. Mestre func;ao racional
Capitulo 5
Capítulo _
SINGULARIDADES EE RESIDUQS
SINGULARIDADES RESÍDUOS
Diz-se que um zo e
urn ponto zg é singularidade isolada de uma fun~ao j se existe
função f
uma vizinhan~a zg na qual fj e
vizinhança de Zo é univalente e regular
regular,, exceto no proprio
próprio
ponto zoo exemplo,, a fun~iio
20. Por exemplo fimçäo
2:2 +
j(z) = z2 +11
ƒ(z) =í sen z
senz
possui singularidades isoladas nos zeros do denominador, que sao
são os pontos
z:z =
=0,:t1r, i21r,...
0, ±rr, ±2rr, a fun~ao
Jáafunção
... JIi
1
W) = _1_r
9 (z ) - --;-::-;--;-
- sen(l /z)
sen(1/z)
tem
tern singularidades isoladas em cada um urn dos zeros do denominador
denominador,, que
sao
são os pontos 2:
z = zf,
Zn = l / nrr,
1/mr, ri.n = ±1 , ±2, ...
;|:1, :l:2, . .. Observe que esses pontos
seqüência convergente. 0
formam uma seqi.i€mcia O limite z = 0 O e,
é, entao, urn ponto
então, um
de acumula~iio
acumulação de singularidades
singularídades isoladas. Como veremos mais tarde, um urn
ponto como esse também
tambem recebe o0 nome de "singularidade"
“singularidade”,, mas eé uma
nao-isolada.
singularidade não-isolada.
zo uma singularidade isolada de uma fun~ao
Seja zg j, de forma que 0o
função ƒ,
desenvolvimento de Laurent
00 s
00
Singularidades removiveis
removíveis
Po
Podede acontecer que todos os coeficientes
coeficientes da parte principal sejam nu.los,
nulos,
isto e,
é, a- = 0
a_,,n = = 1,
O para n = 2, ...
1,2, . _ _;; neste caso
00
O0
ƒ(z)
j(z) = L
= Z an(z
a,,(z -- 20)",
zot , 0O < Iz -- zol
z0| < r.
n=O
n=U
z
N
-1
- ~
COSZ -1 =
cosz 1 [fM8
zN. n~O
-1 " z2n -1] = °°
(_I)n
-#22"
(2n) !
- 1 = Z
n~l
f (_-1I )n'” z2n-l
%z2"`1
(2n)!
para todo
para todo z;
2:;
3 É ima F3 0-'
e
E 1‹›g<1+z› 1 °° ‹-lr-1 . °° <-1›fl
10g(1 + z) ___1 ~ (_ I )n-l zn _ ~ (_1)n
_ L.. í = L.. i-R zn para Izl <<1.l.
zz Zzšn~ l nn Z n~O
;n+1z
23 G n + 1 para
Demanstra,iio. Suponbamos
Demonstração. Suponhamos que fj seja limitada, digamos, por uma
constante MM,, numa vizinban<;a zoo Entao,
vizinhança de z0. Então, de acordo com a fórmula
formula
(4.21)
(421) (p. 145) que dadá os coeficientes
coeficientes da série
serie de Laurent relativa ao ponto
20, teremos, para rr suficientemente
Zo, suficientemente pequeno,
A4 ~n-1
|‹z..| â -ll»
2ff
f|c-zzz|=›~ d|<| = Mr".
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos
resíduos 153
-
_ -1/2
Z3 1+ z +z2+
2! 1 2z+z2
3 1+z+z2+
2 4
: Z, W ,.2)..(,.3)..
-1/2
-l- 1
1 1 1 1 2
1-- - - -
}
Singularidades essenciais
Além
Alern das possibilidades já série (5.1) pode conter uma in-
ja analisadas, a serie
finidade de terrnos
finidade termos com potências
potencias negativas de zz -- Zo.
2:0. Dizemos então que Zo
Dizernos entiio z0
eé urna
uma singularidade essencial da função fun<;iio f.
ƒ. Exemplo disso eé 0o ponto z == 0O
l / z , pois
fun<;iio eel/3,
no caso da função
Loo
I / z _ ml1
e61/2:2:-ãfiš)
- (l) n_L lin!
- I -
1 "'
oo
0° 1/nl
- -n + 1 '
-=Z1zT+1, < Izl.
00<|ZI.
n + O n .'
n-l-U Z n=l
= Z
tem pólo
p6lo de ordem n na origem.
Já.
la. a função ez tem singularidade essencial no infinito, visto que, pondo
func;ao e'
z = 1/Ç,
1/(, obtemos:
z ~
I f(
U3
l1 in!1
e = ~-n-+1,
n~
n=l1 (Ç
f(z) L anzn ,
J(z) == Z ana",
n.=0
11=0
donde eo
00
'\' an
= ~ ;n+ao
n= 1 ':,
Demonstração.
Demonstra9iio. Raciocinando por absurdo, suponhamos que existam
s > 0O e 6 > 0O tais que I/{z)
E - <:>1 ~
|ƒ(z) -a| 2 5E para todo z E V';(zo).
V,§'(z0). Entao
Então a função
funC;iio
11
Hfzl =
g(z) = mz
I(z) _ <:>
g- 1(z)
sua inversa g*1 (21) = J (z) -oz
= ƒ(z) -(> seria analitica zo, contradizendo a hipótese
analítica em z0, hipotese
g(zo ) =
do teorema. Se g(z0) Zo seria zero de certa ordem rn.
= 0, z0 fun~iio g, sig-
m da função
nificando isto que Zo
nificando z0 seria pólo
polo de ordem m fun~ao f(z)
m da função J(z) -
- (>. Mas isto
oz. l\/las
tambem contradiz a hipótese
também demonstra~ao.
hipotese do teorema e completa a demonstração.
EXERCÍCIOS
EXERCICIOS
Z eZ - 1 cosh 2z - 1
3_C*”m§"1_4_m_l_
4. _ 1_ _ _ 5,l_¿_
1. 2. 3. 5.- ---
'ez-1' sen2z sen2 z
sena e~ - 1
ez-1 z z sena
senz
6. 7. 1
8. 1,. 9.
11 -- e Z Z
z+4 senz
6. 7. 8. 9.
z{z' +
z(.z2 + 1)'·
1)- Z3{Z
2:3 (z -- 1r)"
rr) z sen 2 7T
.isen :fraz z'sen{l
z sen(1 + + z)
z)·
e'
ez 1 coshz
cosh 2: senhz
senh z
1.
10. í-.
z{1 - e
11.
11.
(e"
.í.
- I )' ·
12.
12. ----.
z( l-cos z)"
13.
13. mz.
z sen' {z + 1r/2)·
O ')
z(1-e"-2) (elf-1)? z(1-cosz) zsen2(z-l-ir/2)
14. Seja 20
z0 urn funções ff e g-
um zero das fun<;oes g. Supondo ainda que g'(z0)
g'(zo) 7É
-=J. 0, Zo e
mastre que 2:0
O, mostre é
removivel de ff //g
singularidade removível 9 e
/'(zo)
um fiz) = fílznl
=-'20 Qfzl 9'(ZO)
9 (2-'Dl
15. Demonstre que uma singularidade isolada z0 fUll(;iio ff eé um
Zo de uma função urn pólo
polo de ordem
(2: -- zorn
m se e somente se (z
m J(z) tiver limite finito
z0)'” f(z) finito e diferente de zero com z -+ zoo
-› z0.
16. Demonstre que Zo z0 e polo de ordem m
é pólo função fƒ se e somente se z0
m de uma fum;ao Zo for zero de
ordem m de 1/ f.
1/f.
17. Demonstre que uma singularidade isolada z0 função ff e
Zo de uma func;ao polo se e somente se
é pólo
If(z)1 tende a infinito com z2 -› 2:0.o
-+ Zo
f ez) ~ -
z(~Z-='~~i=)2
1
f(Zl-W
relativa ao pólo
polo z =
= i.
19.
19. Determine a parte principal da func;ao
função
1
fe)
fez) ~ (z
( z -_ n1r)'
nn'1,, sen
sen zz
polo z = n-lT
relativa ao pólo 'mr (n inteiro).
inteiro) .
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 157
RESPOSTAS
6. z = ~ i l de ordens 1,
= 0, i e -i, 1, 2 e 2,
2, respectivamente.
8. = 0,
z = U, de ordem 3;
3; z == :l:1,
± 1, i~2,:l:3,
± 2, ±3 , ...
. _. de ordens 2.
10. z2: =
: 0,
0, de ordem 2;
2; z = Zkiri (k inteiro çé
= 2k7ri O),, de ordens 1-
'" 0) 1.
12. zz == 0,
0, de ordem 3;
3; zz : 2k1r (k inteiro I-
= 2k1r aí 0)
0),, d
dee ordens 2.
~i
_' 1
1
Lil i.
18. -( - -)- + - -.
8 (zz-é)2
z - i 2 ¬`z-â
z-i
TEOREMA Do
TEOREMA RESÍDUO
DO RESIDUO
Seja J
ƒ uma fun<;ao
função regular e univalente numa regiao
região R, exceto numa singu-
laridade isolada Zo
zg E R. Entao, vizinhan~a de Zo
Então, numa vizinhança zg vale 0o desenvolvi-
mento de Laurent,
oo oo
~ ~-;o)n + E
00 00
f‹z›== ,Zfzv
J (z)
-4 EU
zw-zz››"z
= |_¡
(zN
/"_"\
Ú*-n
O n=0
an(z - zot,
coeficientes an
os coeficientes an senda
sendo dados por
an z= _1 fr ide.
21l'i lc
271-
f tC) d(
(( - zo)n+l '
C _ zO)n-|-1 ea
(5.3)
1
f ƒ(z:)d2: 2iri Ê (res. J)(Zj)
J (z) dz == 21l'i
o
C
ƒ)(z¡),, L
k
J-j=11
(5.4)
(54)
fafc f(z)âz
J (z )dz z 2»n(ze5. f)(zU),
f) (zo),
= 21ri(res. (õ.õ)
(5.5)
a expressiio
que Iié equivalente a expressão de a_I=(res. f) (zo ) dada em (5.3)
o._1=(res. ƒ)(zg) (5.3)..
No caso de várias
varias singularidades Z21, . . . ,z,z,,,
I , ···, Zk, utilizamos 0 Teorema 3.10
0
(p. 95), segundo 0o qual a integral sobre C Iié igual a à. soma de k integrais
Ij =
Ij: r
l CJ
ej
J (z) dz, j = 1, ... , k ,
J-:1v"*ik1
_ cC
c,
o
Fig. 5.1
Fig. 5.1
se~iies seguintes,
au
aplica~iies do teorema do
.nz-
Nas
N as seçoes seguintes, vamos considerar várias
varias aplicaçoes
residuo cálculo de certas integrais. Isto Iié feito
resíduo no caleulo feito,, corrio
como sugere a fórmula
formula
(5.4)
(5.4),, reduzindo a integração
integrac;ao a uma soma de residuos;
resíduos; estes devem
devem,, entao,
então,
ser obtidos dos desenvolvimentos de Laurent apropriados ou por processos
que deles decorrem. No caso de um pólo simples zg,
urn polo zo, por exemplo, temos
numa vizinhan~a
vizinhança de Zo
zg,, donde
(z -- zU)ƒ(z)
zo )J (z ) =: a- I + ao(z
a._1+ zo ) + al
- 20)
ag(z - zO)2 +
(z -- z0)2
a.1(z -|- ...
_ _.
Capitulo Singula.ridades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos 159
zg um
Seja agora Zo pólo duplo da fun9ao
urn p610 I , de forma que
função f,
I( z ) = a_2
G.. a-I
(I._ ()
(Z-Zo )2 + - - + aD + al z - Zo + ...
Z-Zo
numa vizinhança zg.o Daqui obtemos:
vizinhan9a de zO
(z -- z0)2ƒ(z)
zo)2/(z) == a-2 + a_I
a-z + (z -
a_1(z - zg)
zo) +
+ ao (z -- z0)2
a.0(z zO)2 +
+ ...
. . .;;
logo,
logo,
§_z[(z -z Zo)
d
d)(Z z0)2f(z)]
2
I(z)] z a-I
= .1-1 ++ 2ao
2zz0(z(z _- zo)
zo) ++ 3al(Z
szz1(z -- Zo)
zU)22 ++ ...
. _.
Vemos, entao, zg e
então, que se Zo é pólo
p610 duplo de f, residuo correspondente e
I , ao resíduo é dado
pela seguinte f6rmula:
fórmula:
. d
(res. ƒ)(zg)
f)(zo) = lim dz I(z -- z0)2ƒ(z)].
= ).!¥}o zo)2/(z)l· (5.7)
2:-› 2:0 dz
11
I(z) = -I -2- '
og zza
`ƒ(z) _ log?
e (z-
(2 -21)
1)22 lim 22(z
(2 -11 log22 2z -22(z --121
IEm _ Em
. d - 1))<›s - 4(z ) 10g
1)2 Osz/2
z/z
1m
z~1 dz (log2
z-›1dz (log z) z~1
fi¬1 log Zz
log4
: ljm2(z-1)_ümlogz-Ê+l/z
. 2(z- 1) I' log z- 1+1/z
I lID . 1m --":.......,---,;----'--
zz-›1
~1 logz
log Z z~1
z-›1 log2
log zZ
zg e
Se Zo p6lo de ordem m
é pólo funrao J,
m de uma função ƒ, entao
então
1 dm - 1
Hr.-1
(f@S-. f)(«°-'ol
(res f)(zo) == R
(
(mm -- 1
)' lim -
1)!. Z-Zo L-_-[(2
2-wo dzm
d
zm 1
- 1 [(z - 2o)mf(2-')l-
- zo)m J(z)J. (5-3)
(5.8)
Exnncícros
EXERCi cIOS
série
em serie de potências
potencias de z - fr.
- 7r.
Determine os polos
pólos,, as ordens e os resíduos
resid uos correspondentes de carla fun~6es
cada uma das funções
dadas nos Exercs. 4 a 11.
zz-senz
- senz z-senz e'
4.4. --_. 5.
5. -_. 6. coth
6. zh z.. 7.7. __.
4Z2 + 1T2 .
z*
Z4 zfi
Z6 co 3 4z2 + 1r2
3; z
e3z 1 e' log(l+z)
s.
8. aí.
z(z-I)'·
z(z - 1)”-`
9.9. -1-.
zsen z
10.
10. -E-.
zsenz
11.
II. lfigllifil.
---';:zsen
z2senzz
i
í ía* dz
i)(z2 +
C (z -- ;)(:' 4) dz,'
-I-4)
tomando para C, sucessivamente, os seguintes circulos,
círculos, todos orientados positivamen-
te:
a) de raio origem;
3, centrado na origemj
b) de raio = -3i;
3, centrado em z2: =
c) de raio 1/3,
1/ 3, centrado em z = 2i;
2i j
d) de raio 2, centrado no ponto zz = 1.
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
Capitulo residuos 161
13. j
13 . il
1;:1
~ dz.
ie.-z.
=1 sen
14.
14. Íj ig 3z
tg sz dz.
ez. 15-.
15 1
il co; Z dz .
Éez.
|.-|=1 Benzz |z-1|=1
1(%-11 =1 |z|=2
J(ZI=2 Z
RESPOSTAS E SUGESTOES
RESPOSTAS E SUGESTÕES
6. Pólos
P olos simples em z == kiri,
kr.i , kIf inteiro.
7. Pólos
Polos simples em z = ± i 1f /2.
= :bin/2.
-Ia
55.6.
.6 . Exemplo. Seja calcular
[00
J OO ~_
-_,×,
dx _ lim 1ím]R ~
x 2 + 1 -R-›<×z
00 :E2-l-1
dzjR
R z2 + 1·
- R~oo -_R_z2+1'
o
O integrando,
int egrando, Jƒ(z) _2
(z) = TH _11~ =: fi-MT),
z +1
(
1
.)1(
- iz 2:z+zi
z-
.) ' possui palos
pólos simples nos
pontos z = : ±i
ii.. Seja CR
CR 0o semicfrculo
semicírculo do semiplano 1m 2: 0,
Imzz 33 O, de raiD
raio R
origem. Supondo R > 1, 0o contorno formado pelo segmento
e centro na origem.
[-R,
[-R, RJ,Rl, seguido de CR (Fig. 5.2), contém
contem 0o pólo
polo z == ii,, onde 0o residuo
resíduo de
Jƒ eé 1/221.
1/ 2i . Pelo teorema do resíduo,
residuo ,
R dz f dz 1
1
j 1
]_Rz2+1+ƒC,,z2+1 R
__=2 '--z.
- R z 2 + 1 + ic z2 + 1 = 21fi
m . 2i
2i = 1f
W.
5.9
(5.9)
( )
outro lado,
Por Dutro lado, IJ(z)1 <; 1/(|2:|2'2 -- 1),
É 1/(lzI 1), donde
Isto
Jato mostra que
nf de l< 1 f
Iic
g,,z2+1
R
r
f ~ 1 < _1
z2 + 1 -R2-1
- R2 - l ic
CRR Idz-
I- ~
R2 - 1·
R2-1'
lim]
lim
R~ oo
R-*oo i eR
d
dz
-íçz =O,
- - =0;
z2 + 1
CR2í"-|-1
162 Capítulo Siugularidades e resíduos
Capitulo 5: SinguJaridades residuas
r oo dx
ff” da:
J--oooo í-
m2 +
x2
= fr.
+ 11 = 7f,'
A
_ CR
-z'
__ R -- ---i il D R nfiz-
-R R
I
--z'
- i
Fig. 5.2
Embora esse exemplo seja dos mais simples que se possa imaginar, ele
urn procedimento que e
apresenta um aplicavel ao cruculo
é aplicável cálculo de toda integral de
-oo a +00
-00 fun~6es racionais ƒ(z)
+00 de funções J(z) == P(z)/Q(z),
P (z)/Q(z), onde Q(z) nao
não se anula
para z real e
grauQ -- grau
grauPP = m::::
'rn 2 2.
fato,, como zm
De fato P( z) e Q(z) sao
zmP(z) zm J(z ) tern
polinomios de mesmo grau, zmƒ(z)
são polinômios tem
limite finito
finita e diferente de zero com z --->
-› 00;
oo; portanto, existem NN e K K
positivos tais que
K
K
Izl = R > N =? If(z)1 :::;
lzl =R>N:** É Rm·
conseqüência,
Em conseqiiencia,
Ilfcg
L J(Z)dz
f<z›dz l é:::; L
[CR IJ(z)lldzl :. 1n
|f‹z›||dz| 5:::; R-,,, K
/CR Idzi R~:l;
'
|‹1z|= -,,.,_,z =
Kit
2 2, a integral sobre C
como m :::: CRR tende a zero com
corn R -› oo.
---> 00.
Por lada, para R bastante grande,
Par outro lado,
rR
[-1
P( z)
dz + JO Q(z)
dz+LR
J- Q(z) dz
r
dz =
= 21d;
27ft
P (z)
(res. ƒ)(z¿),
(res. f)(Zi) ,
.
L
R R
•
Capítulo
Capitulo 5: Singularidades e residuas
resíduos 163
rooxyz-
P (z )
/flOOQ(z)d
.
rri L
1-00 Q(z) dz =_227ft Xi](res.
res .f).
f).
,
Observação. Devemos notar que 0o contorno C
5.7. Observa<;ao. CR
R pode ser tornado
tomado
no semiplano inferior 1mImz:z < O.
0. Neste caso, o0 caminho de --RR aR R,, seguido
do semicirculo CR, constitui um urn contorno fechado e com orienta~ao
orientação neg-
ativa, como ilustra a Fig. 5.3. Logo, na formula
fórmula anterior, o0 membro da
direita leva um negativo e a soma se estende aos pólos
urn sinal negative z.; do semi
palos Zi semiplano
plano
Imz < 0.O.
À
-R R
__-R 1 E Í* R ""
CR
Fig. 5.3
Fig. 5.3
Observação. 0O procedimento usado acima, que consistiu em
5.8. Observa<;ao.
integra~ao CR ao intervalo [-
incluir 0o caminho de integração [-R,
R, R],
RJ, costuma ser
chamado de "dobrar integra~ao" . Assim, 0o que fizemos
“dobrar 0o caminho de integração”. fizemos foi
integra~ao [-R,
dobrar 0o caminho de integração R] no semiplano superior
[-R, R] superior,, incluindo 0o
contorno CR observa~ao anterior, podemos também
CR.. Pela observação tambem dobrar 0o caminho
integra~ao no semiplano inferior.
de integração
EXERCÍCIOS
EXERcfcIOS
J +.
ao
OO d
ds:
1.
l.. Calcule
Cazlflfllfi `/_x .
+
- 00 x 1
DC'
2. ci,, b,
Sendo a
, _
bi'2 < 4ae,
reais,, com b
b, c numeros reais 4ac, calcule ( lO em
2 d~
da:
.
)-00
_ DE asc- +
ax -|- ba:
x+c+c
3. Mostre que
9° da: Í 'fr
O (ei + .z2)(zzz2 + E) 2.zó(.zz+ 5)*
2ab(a + b)'
164 Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos
resíduos
onde a
u2~ b > O. Considere as duas possibilidades: a =I-
75 b e a
o== b.
b-
n
oc 2
zz:-¡-9
5.
1
oc
00
-00
2
dx
_Íx_:r-..'=:+1
x- X 1 +
. 6. f
O
oc
6d
x : ].
:r+1
nEsPosTAs EE SUGESTOES
RESPOSTAS sUGEs'röEs
21r
1.
I. 7r/ ../2.
2. 2. -_í-.
"ff «mms
J4ac - b'
3. I(x) e
0O integrando ƒ(:c) é função -oo a zero e
func;ao par, logo a integral de -00 é igual a.à integral de
zero a 00.
oo.
4. %š. 7.
7. --.T/27.
-7r /2 7. s.8. 7r/4a
ff/45..
LEMA DE JORDAN
J ORDAN
I:
fi ezf*¬=ƒ(z)âz.
irz
J(z)dz.
iTZ
IR = ( e
IR:/l J(z)dz,
ei”ƒ(z)dz,
JeR
CR
onde C R e
CR é um
urn semicírculo
semicirculo de centro na origem e raio R. 0O lema de Jordan,
consideramos
que consider condi~oes suficientes para que esta
amos a seguir, estabelece condições
integral tenda a zero com R -› oo..
--> 00
zero com R
R ->
-› 00
oo.. Então
Entao IR -› O com R ->
-> 0 -› 00.
oo.
Demonstm9ao. Come~amos
Demonstração. Começamos observando que
IIR
R : jr f( R ei6 )iR ei6 dO
eirR(cos 6+isen9)ƒ(Rei9)¿Rei6d6
fo n eirR(cos6+isen6)
O
: iR fo r. 6-rR
,IR jm- e-rRsen6 f( R ei 6)ei(rRcos6+6)dO,
sen9ƒ(Rei9)ei(rR cos 9+9)d6,
O
donde
send0 2:
Como sen 2 20/
29/ir O :S
7r no intervalo 0 É0 9 :S
É 7r
'fr/21,
/ 21, temos:
11'/2
|IR|I <5 2RG(R)
IIR 2no(R) fo"
Í /2 e-
z"2fR”/me
2rR6 /" dO
-Ú
_ 7rG(R
¶G(R)) (1
(1 _ e- rR ) -›
e'TR) D com
-> 0 R ->
com R -› 00.
oo.
Tr
o lei
O leitor
tor não terá dificuldade
niio teni análogo para rr < 0
verificar resultado analogo
dificuldade em verificar O
e CR no semiplano inferior 1mImzz :S
§ O.
0.
frOO aaxsenx
DO
1
°° x.rsenzr
00 sen x
5
,,-'----odx
2
Áo aa2+:t'2 2
-
=
1 00
1
-
+ x x 2[_,,.-,a2+:c2
2 -00 a + x
2
1
°° x.rsenar
sen x
-_-ezz=-1m/
2
1
1
dx = - 1m
2
°° ze”
00
ze
-ze.
iz
a + z2 Z
2
_.¿×,a2+z2
-00
dz .
1 5.10
(5.10)
( )
Para provar isso, consideramos a fUllC;8.0
11Para função ff(B)
(9) == sen ()-28/7r
6 - 26/'ir no referido intervalo. Sua
derivada, 1'(0)
ƒ'(9) = cos cos9O -~ 2/7r,
2/11', se wula
anula para um urn certo valor a, e é positiva para 0 O < 6B < a
e negativa para a < ()9 < 1i função fƒ e
/ 2. A fum;ao
fr/2. é entiio
então crescente no intervalo 0 O < 6(J < a e
decrescente em a < 89 < ,,/2. 'fr/2. Como ƒ(0) f (O) = f(rr/2) =
= ƒ(rr/2) concluímos que f(9)
= 0, concluimos f(8) <:
2 0O em todo
o intervalo 0O ~5 ()9 .::;
É 1f fr/2;
/2; logo, sent)(J ~
logo , sen 2B/7r nesse intervalo.
2 29/11'
166 Capitulo Singularídades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos
l
R
R
_R
iz
zeiz
f ~-",dz
-Zi-dz+]`
2 + z2
a2+z2
-R a
+
Gn
zeiz
iz
%dz=2wi-L
CR aa. +
2
1
+2:z2
e--aa
dz = 27ri . -
2
e"“"'a /2 e
onde e- residuo de 9g no ponto z == ia
é resíduo ia.. Passando ao limite e usando 0o
lema de Jordan, vem:vern:
°° ze” . ._
Í -Í--šdz = me “;
-OO a + z
substituindo em (5. 10) obtemos, finalmente
(5.10) finalmente,,
°° rrsenar a
{CXJ x sen x dx =_ 7Te
'rre`“
- .
10 2 +x
Jg aa2+:r2d$ 2 2 Í'
5.11. Exemplo. Vamos agora calcular a integral da fungao
função sen za:/1:
x/x de
-oo a +00
-00 +00.. Gostariamos
Gostaríamos de escrever:
1 °° sen
00
Í -í
sena:x
-dx
_o¢, :r
-00 x
= 1m
d;r=Im]
00
-mzZ
-00
iz
°° eei:
-dz, 1 (5. ll )
(5.11)
1 -dz
]_dz
a Z
e
loo
/-dz-dz
O zZ
não existam separadamente (estamos supondo, e
nao é claro, que a < 0 < b),
existe 0o valor principal segundo Cauchy, assim definido:
definido:
v.p./
v.p.
l a
bb
-cos-z dz = lim
‹(2Êšdz=
Z 6--t O
(i-Ii + J.b)
J
a
-6
-I-Í
6
Õ
b
cos
- zdz.
giz.
-
Z
2.'
Existe igualmente
l
eiz
v.p. J -dz
aQ
=
b
b giz
= lim
Z
Z 6--tO
(i-Ii + J.b)
Í
aQ
-5
+/
6Ô
b iz
eia
e
-dz,
-dz
Z
,
Capitulo 5: Singularidades e resíduos
Capítulo residuos 167
1
oo ei:
f...OQ -dz
-dz
e iz
00
-00zZ
= R-+oo
= mn 6->U
lim um f--RR +
lim
R-+00 0-0
+/fJ6 (1- lR) -dz.
-61i R
e
iz
Biz
-dz.
Z
integra~iio, alem
Para fechar 0o caminho de integração, semicírculo C
além do semicirculo CR
R no semi-
plano superior, introduzimos tambem
também 0o semicirculo
semicírculo Cli
C5 no semiplano inferior,
de raio tiÕ e centro na origem, como se ve vê na Fig. 5.4. 0O contorno fechado
assim obtido contém pólo z == 0
contem 0o polo O da fun~iio iz / z, cujo resfdulo
função eei*/z, resídulo af
aí eé l.
1.
Então,,
Entiio
(1- lR)
-61i
U_R +
+/5 )e-dz+f
- R
-dz
e
Z Ii
R
+ C¿, -dz
Z z
iz
+ CR -dz
eE dz+/ e6-dzzzm.
Z
= 211'i. i G,
iz
ia
Z
i
GR
iz
Z
(5.12)
(5.12)
Como
iz
eu
e 1
1
-
z
= -
z
+ J(z),
Qnde J(z)
onde f (z) ée regular, portanto, limitada, vizinhan~a de z =
limitada, numa vizinhança = 0, existe
K
K>> O0 tal que IJ(z)1
|ƒ(z)| É K para Izl
~ K ~ Ii.
|z| 5 6. Portanto,
{ i;dz=¿6
Lô
J~ z
iz
e dz = (
J~ z
[! + J(z)] dzdz='fr'¿+]Caf(z)dz
11'i + { J(z)dz
J~
=
l!c,J(z)dz i ~ K !c,Idzl
zdz ÉKÍ |dz|=K1r6-+0
= K11'ti ---> 0 com ti6-›0;
Cê
--> 0;
logo,
_ e6”
iz
lim
hm
Ii6-›0
~O i0,,
G,
-dz == 11'i.
_dz
z
vrz.
.
168 Capitulo SinguJaridades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos
CR
-8 8
_ II Rj D- R Ê*
c,
CÕ
Fig. 5.4
Entao, O e R --› 00,
Então, passando ao limite em (5.12) com {j6 --› 0 oo, e tendo
tambem em conta que, pelo lema de Jordan, a integral sobre CR tende a
também
obtemos:
zero, obtemos: _
iz
e dz == 'Tri.
Í --dz Tri. tx) OC 822
_ -oo 3 i-co z
Substit uindo em (5.11), chegamos ao resultado final:
Substituindo final:
fJ-t)O
_,,¢,
._.zzz.-_
0° sen
sena:
oo :irx
x dx = 7r .
Exnncícros
EXERCICIOS
CaIcule
Calcule as integrais dadas nos Exercs. 11 a 4.
1'
I. 1
Áo
00
°° cos
cosazrd
2
x +
ax d `
4 x,
.1:2-I-4x'
a> O.
Q)
0- 2'
2.
r °°
_*
:csenx
xsen x d I
~ OO :z."2+4.:r+20$
x 2 + 4x + 20 x .
r DO
-í
cosa:
cos x
(x2+1)2dx .
(x' + I)' dx.
lim
R-+o‹:.
R-oo
1eR
CR
f(z)e”‹:lz=0,
J( z )e"dz = 0, rr<0.
< O.
R e i8 , 0 :::;
z2
6. feR e-
Prove que fm? e"*2dz -› 0
dz -+ O com R
R --+ oo, onde CR eo
_. 00, é o areo
arco z =
= Refa, :s; 1r/4.
5 (}6 íí fr/4.
7. Calcule as cham adas integrais de Fresnel,
chamadas
c=
C = J1 0
OC'
00
cosx'dx
cos :z:2d:1: e s=
S = /C1 o
EE
00
J2ii/4.
são iguais a \/21?/4.
mostrando que ambas sao
RESPOSTAS E SUGESTOES
1. 7re- 2a
/4.
~:re`2“/4. 1re`4(2
2. 11"e- 2 + sen2)/2.
cos2+sen2)/2.
' (2 cos
3. fr(1-z-Ú)/G2. 4. 11"if/48.
4. / 4e.
oo _. 9 _- - , . .
7. Lembre-se de que Jo
fuso e-
e ;r:2
I dx = y'7r/2.
dzr = 2. x == e - i“Hz
Use :ir ;r/4 z e 0
o exercicio anterior para
R -_ 2 Z1rj4
___
. I Re:Eíirf-1
;", / 4 __.'2
2 _ R _T 2
mostrar que IR
mostrarqueI = 10
R = e- U ; dx :
ff E-zzfldzz; e'“f'*
= e- IUR
10 e “Z dz == [(
e- l -i)/J2J!o
[(1-2)/\/2] IGE e-
e X 2d:r+.‹-JR,
dX+£R,
ER ---+
onde cR -> 0 com R ---t
-› 00.
oo.
OS MULTIVALENTES
INTEGRANDOS
INTEGRAND
C = [r, RJ,
C11 = R], argz == 0,
círculo C
do circulo CRR de centro na origem e raio R
R,, do segmento
Cg = [r,
C2 [13 RJ,
Rj, argz = 211'
271'
círculo C
e do circulo 0,-r de centro na origem e raio rfr,, onde r'r* < 1
1 < R (Fig.
(Fig. 5.5).
Então,
Entao , a única
unica singularidade da função
fun~ao
zs k-1
Zk - I
fl” r m
j(z) = z+ l
no interior de Ceo
C é o ponto z = -1,
~1, que eé pólo
polo simples, no qual 00 resíduo
residuo de
fjeë _
(_1)k-1 : e(k-1)log(-¬1) : e(k-1)1r-z.
170 Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos
Â.
...
Fig.
Fig. 5.5
Portanto,
fa J(z )dz =
/C ƒ(z)dz = 211"ie(k- l )rri .
21riel'l“`1)T'í. (5.13)
J ao longo de C
A integral de f CR
R tende a zero com R -->
-› 00
oo.. Com efeito,
Zi:-1
zk- l I Ilo2rr211' e(k-l
e(k-1)(logR+i6)
)(logR+iO ) . ig. I
IJ
/CR _«Z+1âz
- -dz z
CR z + 1
- /O0 Rewfl.
Re'o
izse
+1
da
Re'o de
< le(k-l)IOg
271'
lo2rr RIde e(k-1)logR
â RR /o .0
e' + 1
0 RRe¿9+1
kk-11 271' lí
RR - lo2T<
<< -
1] 211" R k
dgzfi,
- de=-~
_ R-1 U
0 R-1'
R-1
expressão esta que tende a zero com R -->
expressao -› 00,
oo, pois kkr < 1.
De modo inteiramente amilogo,
análogo, verifica-se que a integral ao longo de
0,-r tende a zero com r1° -->
C -› O. -¬› 0O e R -->
Entao, fazendo rT -->
0. Então, -¬> 00
oo em (5
(513),
.13),
obtemos:
lc-1
lim lim
.,.-›[] R_›gQ C1
+/C2 ) L
2: -[- 1
dz = 2¶ie(k_1)'“. (514)
(5 .14)
(J J)
C,
+
C,
i
- -az z
(/‹;*.+/õ.)z+1aZ
z +1
-
l r
-id +
-----c--=-- dx
:z:+1
x+1 :E+/RR
R
-R k-l
lr 1
zzz+1
x+1
.fi
dx
I
:
l
1_
[1 (if-1)2ffzt
- e(k- l )2rrij /
E l
lirr
15__ d_
_x
ÍJF1
x+ 1
1.
dx
Capitulo 5: Singularidades
F Capítulo Síngularidades e residuas
resíduos 171
.nu
logo,
roo°°
ÍO íris:
:z:k_1
k-I
fz a .;
27ri
2m'
10 ::E _|_+ 11dx = c(l k)ni _
c(1-k)m e (I k )ni'
_ ¿~(1-¡:)m
Í
roooc x k- 1
xíc-1
~ das ¬~ P
,IT
7r
.
10
0 x+
.fr + 11dx = sen[(
sen[(1l -
- k):rr]
k)7rj·
oO metodo
método que acabamos de utilizar eé aplicavel
aplicável a toda integral do tipo
OO
/ :z:k`1R(a:)d:r,
0
onde k nao inteiro, R(
não eé inteiro. x) eé uma fun«ao
R(:r) função racional sem pólos p610s no intervalo
(0, +00) x kR (x ) ->
+ 00) e :r:¡“R($) -› O
0 com x -> 0 e x
:r -› O ar -› oo.
---> 00. Nestas condições, a integral
condi«oes,
acima converge e as integrais de zk- I R ( z ) ao longo de C
zk`1R(z) C,r e C
CRR tendem
-> 0
a zero com r1' -› O e R ->--› 00,
oo, respectivamente (0 (o lei tor deve verificar
leitor verificar isso
em detalhe). Em conseqüência,
conseqiiencia, procedendo como no caso particular acima,
obtemos:
ÁrOO°° z*
10
.__ \
x 1R(z)âz~
k-
R (x )dx = 1-
2
1_e,,fÍ,,,,,,
27ri ' " k._-I1(feS.R)(z,-),
e(k 1) 2r.i Zz;
~ Zj (res.R)(zj) , (515)
(5.15)
J.Í
onde Zj
z_,- sao
são os p610s nao-nulos de R
pólos não-nulos (z) .
R(z).
oO método
metoda acima falha se k for inteiro, pois entao então 0
o denominador em
k 1
(5.15) se anula. Neste caso X - R(x ) e
caso,, 0o integrando :ck"1R(a:) é uma fun«ao racional;
função racional;
par , a integral desejada ée metade da integral de --oo
se ela for par, 00 a +oo
+00 do
mesmo integrando, e já ja sabemos como calcula-Ia.
calculá.-la.
No caso em que 0o integrando não nao ée par
par,, a situa«iio
situação pode ser contornada.
Seja, por exemplo
exemplo,, calcular a integral
°° da:
.Á 1:2 + 4:1: + 3°
172 Oapitulo 5: Singularidades e residuos
Capítulo resíduos
log( -1)
log(-1)_'rri e log( -3)
log(-3) log 3 + 1I:i
log3+'n'i
e
22 22 -2
-2 “ 22 '
Entao,
5 r
/C logz
z,+4z+3âz-
logz
J z z+4z+3
_log3
2-MT.
dz = _ 211:i loga
2
(õiõ)
(5.16)
e
-1 +1
f I'
Fig. 5.6
Fig. 5.6
Como no exemplo anterior, as integrais ao longo de Or CT e OR tendem a
C1.-,›_tendem
zero com rfr -¬›
--> 0 e R -› fato,, z2: =
oo, respectivamente. De fato
--> 00, = re
remiO s;bre
sobre Or,
C., e
tomando rT < 1/ 1/4,
4, obtemos:
r logz
1__-.â
logz <
dZ [ < rZ~
2” [ IOgr
logr-1-iól
~_E-_ _ iO
+ iO ire ,9 [ dB
da
[ic, zZ + 4z + 3 Z '"'- Jo z2+4z+3m
z2+4z+3 z2 + 4z + 3
§
:::
2 --1log r) Zrr
r(211:
](] Z
Io
2”
dB:::
dtl§21rr(|log'r|+2fr)-›0 --> o.
211:r(llogrl + 211:) --> 0 com rr-›0.
3 - 4r - r 0
<f +/
(
( lc,
0,
()
+ lc,
C2 z2
llogz
z +4z+
+4z+33 z
d
z f <z (RR (logx
l
lr1» :Ux +2
R
4x + 3 - 33
+43:-I-3 x + 2 pra
llog x + 271"i)
2 ` d
4x + 3 X
+4:c+3
= i
--2271"i'
R
í. dx
x 2 +4x+3
T"/Tr zzz2+4z+3
.
Exnacícios
EXERCicIOS
ñfx :1:\/E
rx..jX e ( )()
Í* x2 - x +3 ddx
1:2-x+3
Jo
o Xl + 1
:z:3+1 e 10n x" + 5x2 + 4 x.`
z~1+5zí'+4
2. Im Qcr !-
Mostre que, sendo 1m sé 0,
1 3°
00 dx
da: rri 1m ex
'rrilmoz
_m
_00 ..'f:(:c-or) =
x(x - ,,) F "11m "I'
a|I1ncz|'
,1 Íízí”2'
positiv~ da raiz quadrada. Sugestao:
onde tomamos 0o valor positivo Sugestão: Use 0o contarno
contorno da Fig.
5.6, facta r --+ 0 e R -+ 00.
façar-›0eR-›oo.
INTEGRAlS
INTEG_B.AIS ENVOLVENDO
FUNÇOES TRIGONOMETRICAS
FUNQOES
Urn Dutro
Um outro tipo de integrais que podem ser calculadas por resfduos
resíduos sao
são inte-
grais da forma
(2r.
2a
/.
10 ƒ(sen
f(sen 49,
B, cos 9) dói.
B) dB.
174 Capitulo residuos
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
Usando aa transforma<;ao
transformação z = eiB , obtemos:
= eig,
z_ ~1
- Z-l z + z--1' .
sent?IJ
sen == --lg
2;:
2i , cosól = -ig
coslJ +2Z
2 , dz == ie iB
iezfidfi izdô;,·
dlJ == izdlJ
Í f z ¬ z`1 zz+z-
+ z_1') dz.
dz
¡ z|=1 2¶Í l 22 'iz
2Z '
ca1cular Ír2~ í.
2” dt?
Como exemplo
exemplo,, seja calcular 2. Temos:
Jo0 cos 6 -- 2
!IJ
r2~ _d-;;-IJ--;;- _ r
/2"_E¿_6'_ 1
1 dz
.dz
Jo9 coslJ
cos9- - 2 _ Jl z l~'
=B3 + z ') / 2 - 2· iz
(zz-I-z-1)/2-2 tz
___
2 dz r
i Jlz,,|=1z2
l~' z2 --4z+1
4z + 1
2 r dz
Q. N
Z 'i Jlzl~
.z ' (z( --2¬/š)(z-2+\/š)
ím- 2 - J3)(z - 2 + J3)
|-4- ~ N
2 .H,_._¬ 1|-J
Í\:l€"¡Ifia°'°-lÍ\:_F$
= --f-21rz-í-;
. 27l"i· --_.
i
'z
-2J3
2\/É ' __
portanto,
r2~
2°” _-;d:-IJ--=-
dd _ -211'
J,Áo cosól -
coslJ - 2 ,/É '
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
['
1 fz”
l.
' O
de
dB
+ sen 2 8
22+sen29
2ff
2"
J6
2.['
2 fi”
' O
de
dB
+ acos8
11+acosE?
_, 2"zw
-..tr=a'.
,/1_a2°
2
['
3 2”
3.
' 0
da
dB
1+asen9
l+asenO
_ zff
2"
-..tr=a'.
~,/1-zzfl'
4
4.
'[ '“ oG
de
dB
a-l-bcosól
a+bcosB va'
21:
2"
¬,/(12-b2'
-b' ·
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 175
Rnsínuos LOGARITMICOS
RESIDUOS LoGAnÍ'rMIoos
E PRINciPIO
E Pn1No1PIo Do
DO ARGUMENTO
ARGUMENTO
f_*'
J'(z)(_)_
N : r(z zO),- 1g (z) + (z
r(2 -- 2o)i"`l9(Z)+ (2 -- zú)“"9"(Z)
zo)'g'(z)
f( )
J(z)N (2 - 2ú)'"§(2)
(z - zo)"g(z)
r
=íh. z_%+<a
T
--+h(z),
z - Zo
onde h = 9e
= g' //g zoo Vemos assim que 0o residuo logaritmico
é regular no ponto 29.
de uma função
Junfiio fJ num ponto que seja zero de ordem r da função e
Junfiio ef igual ã a
ordem rr desse zero.
zero.
o raciocinio anterior pode ser repetido no caso em que zo
O raciocínio zg seja pólo
polo de
ordem s, bastando substituir rr por s (Exerc. 11 adiante), 0o que permite
afirmar que 0o residuo
afirmar resíduo logaritmico de uma função
Junfiio fJ num ponto que seja pólo
polo
de ordem s da função e
funfiio é igual a -so
-s.
Juntando esses dois resultados, demonstra-se facilmente 0o teorema que
enunciamos a seguir.
Junfiio que, a
5.12. Teorema. Seja fJ uma função ã excefiio polos, Iié analitica
efrceçãor de pólos, analítica
numa regiiio coneara R. Seja C c
região simplesmente conexa C R um contorno fechado Jechado
simples, orientado positivamente, e cujo interior contenha um numero finito finito
de zeros e pólos
polos de f.
J . Então,
Entiio,
~
1 1 f'()
N
1'(z) dz _
= Z _
_ P
27ri fc J(z)
N ,
A demonstra~ao
demonstração desse teorema ée simples e fica fica a cargo do leit~r.
leitor. Basta
substituir 0o contorno C por contornos envolvendo cada zero e cada pólo p610
isoladamente (Exerc.
(Exerc. 2 adiante).
f'( z )I J(z)
Observe que ƒ'(z)/ƒ (z) == (logJ(z))'
(log ƒ(z))',, onde tomamos qualquer ramo do
logaritmo. (Lembramos que diferentes ramos tern têm a mesma derivada, já ja
que eles diferem entre si por valores constantes.) Em vista disso, podemos
escrever: 1 ƒ,( ) 1
1 1 f'(z) Z 1
Ê Ie WC”
27ri fc J(z) dz = %l108f(2-'lloz
27ri [log J(z)]c,
ou seja, a integral eé igual it variagao de log f
à variação J(z) ao longo do contorno C.
Acontece que essa variagao
variação s6
só afeta a parte imaginária
imaginaria do logaritmo, pois
a parte real log IJ
|f (z)1 volta ao valor inicial uma vez completado 0o percurso
C. Em conseqiiencia,
conseqüência, denotando com t;.e J(z) a varia~ao
Ag arg ƒ(z) variação sofrida pelo
J(z) ao longo do contorno C
argumento de ƒ(z) C,, obtemos 0o chamado principio
principia
do argumento:
argumento:
1
1
Z - P = -§;AC
Z-P= argƒ(z)..
27rt;.e argJ(z)
oO principio do argumento tem
princípio tern uma interessante interpretaçao
interpretagao
ou
geometrica.
geométrica. Suponhamos que C s6 só contenha em seu interior umurn zero Zo
zg
de ordem rr e nenhum p610. Entao, quando z percorre 0o contorno C no
pólo. Então,
sentido positiv~,
positivo, 0o ponto w = = J
f (z) percorrerá
percorrera urn
um contorno C' envolvendo
rr vezes a origem no plano w (Fig.
(Fig. 5.7). E
Ese zg for um
se Zo urn pólo
p610 de ardem
ordem s em
vez de zero, w == fJ(z) percorrerá 0 contorno C' envolvendo r vezes a origem
(z) percorrera
do plano w no sentido negativo.
c z
(Q).
Fig. 5.7
oO teorema seguinte ée uma aplicação
aplica~ao interessante do princípio
principio do argu-
Capitulo SinguJaridades e residuos
Capítulo 5: Síngularidades resíduos 177
mento.
Demonstração.
Demonstra9ao. Por causa da hipótese IJ(z)1 > Ig(z)1,
hipotese |ƒ |g(z)|, ƒ(z)
J(z) não
nao se anula
sobre C. Em conseqiiemcia,
conseqüência, podemos escrever:
escrever:
âz~zzfaf‹z›+zzz‹z›1 == llc
llc arg[J(z) + g(z)) arg [J(z) (1+ ~i:D 1
z::»‹.‹zz.fg[f‹z›
= llc arg J(z) + llc arg (1+
Az;-argƒ(z)-I-Agarg (1+ ~i:D ..
Observe agora que 0o ponto w = = 11+f (z) /g(z) não
J(z)/g(z) nao pode circundar a origem
no plano w, pois Iw
|w -- 11
1| == |ƒ(z)/g(z)|
IJ(z )/g(z)1 < 1. Portanto,
Portanto,
A g(z)) z 0
A arg ( 11 + Â- (za)
llc
“gl + f‹z›
J(z) = 0,
”
donde segue-se que,
Ac arg[J(z)
llc are[ƒ(Z) + 9(2)l
g(z)) == llc
Ae are
arg f(2)-
J(z).
Daqui e do princípio
principio do argumento segue o0 resultado desejado.
o teorema de Rouché
O Rouche permite fazer uma demonstragao
demonstração muito elegante
do Teorema Fundamental da Algebra, do qual consider amos uma versão
consideramos versao na
p. 107.
Demonstração.
Demonstra9ao. Seja
P(z)
P(z ) = ane"n -|-
= anz + an_1Z n - 1 + ... + a1z
a,,_..1z"s`1+...+ alZ +
+ ao
ag
Exnnoícros
EXERCicIOS
L
1. Prove que 0o resíduo
residue logarítrnico função ff num ponto que seja pólo.
iogaritmic() de uma func;ao polo de ordem
função e
rr da fun<;ao é igual a polo.
à ordem s desse pólo.
2. Demonstre 0o Tcorema
Teorema 5.12.
Capítulo 6
Capitulo
CONTINUAÇÃO ANALÍTICA
CONTINUAQAO ANALITICA
série
Sabemos que a serie
DO
f<z› = n=O
Z
J (z) = ~ zn
:S ca
Para a demonstra~iio
demonstração deste teorema,
teorema, n
necessitamos
ecessitamos do seguinte lema de
topologia métrica.
metrica.
Demonstmr;ao. Sejam X
Demonstração. X e Y conjuntos fechados e disjuntos, sendo X X
limitado. A distância
distancia entre eles,eles, d(X, Y),
d(X , Y ), eé definida
definida como sendo 0o infimo
üifimo
distâncias dd(:1:,
das distancias y) == Ix-
(x, y) YI, fcx variando em X
|ar-y|, X eY y variando em Y. E claro
que d(X, 2: o.
d(X , Y) Zz 0. Vamos provar que d(X d(X,, YY)) > o.
0- Se fosse d(X, = 0,
Y)) I
d(X , Y
180 Capitulo Continua,iio anaiitica
Capítulo 6: Continuação analítica
Demonstra9iio
Demonstração do teorema. Seja Zz urn um ponto qualquer da regiiio região R.
Vamos provar que ff e 9g coincidem em z2:.. Pela hipótese, hipotese, ff e 9g possuem aa.
mesma serie vizinhan~a de Zo
série de Taylor numa vizinhança 2:0 (veja 0o Teorema 4.15 na p.
136). Se z pertence a essa vizinhança,
vizinhan~a, 0o teorema esta está. demonstrado
demonstrado..
Se Z 2: estiver fora da referida vizinhan~a,
vizinhança, conectamos Zo zg a Z z por meio de
um arco C todo contido em R e denotamos com 86 a distancia distância de C it a fron-
teira de R. Como essa fronteira e C são sao conjuntos fechados,
fechados , e C eé limitado,
8>
6 í> O. Tomamos, sobre C, C , a partir de Zo, 2:0, os pontos 2:1,Zl , Z2
zz,, ...
. . . ,, 2:.,
Zn == 2:, z, tais
que Izo
|z0 -- zll
z1| < 8,5, IZI
|z1 -- z21
zz| < 6,..., IZn- l --z|
8, ... , |z,¿_1 zi < 8.Õ. Entao
Então,, Zj v.5(Zj- l),
zj E V5(z_,-_1),
jj =
= 1, ... , n (Fig. 6.1). Como ff e 9
1,...,n g coincidem em V, (zo) , e Zl
V¿(zg), 2:1 E V, (zo) , as
V¿(z0),
séries de Taylor de ff e 9g coincidem em V,(zd.
series l/Ç‹,~(z1). Como 2:2Z2 E v.5(ZI)
V¿(z1),, as series séries
de Taylor de ff e g9 coincidem em V,(Z2 ); e assim por diante, ate
V,5(z2); até concluirmos
séries de Taylor de ff e g9 coincidem em v.5(zn),
que as series %(z,,), portanto ff e 9g coin-
cidem em Zn zu =: Z,
z, como queriamos
queríamos provar.
4,; 9 Q.
Fig. 6.1
o
O teorema de unicidade que acabamos de demonstrar leva naturalmente
Capitulo Continua~a:o analítica
Capítulo 6: Continuação analitica 181
à. defini~ao
it "continua~ao analítica”
definição de “continuação analitica" que darnos
damos a seguir.
6.3. Definição.
Defini<;ao. Sejam R região e E
R uma regiiio E um subconjunto de R com um
acumulação em R. Seja fƒ uma função
ponto de acumula,iio fun,iio definida em E, E , possuindo
extensão analitica
uma extensiio analítica 9
g na região entiio, que 9g e
regiiio R. Diz-se, então, é continuação
continua,iio
analítica de ff em R; au
analitica ou ainda, prolongamento analitico.
analítico.
o
O requisito de que E tenha umurn ponto de acurnula<;ao
acumulação ernem R eé feito jus-
tamente
tarnente para garantir a unicidade da extensao
extensão g, de acordo com
corn 0o Teorerna
Teorema
6.1. Com fun~oes analiticas
Corn efeito, pode acontecer que duas fimções analíticas distintas coinci-
dam numa infinidade de pontos que se acumulam num ponto 2:9
nurna infinidade ¢ R. (Veja
Zo ric
Exerc. 1
o Exerc. 1 adiante.)
Primeiras conseqiiencias.
Prirneiras conseqüências.
Permanência
Perrnanencia das relaçoes
rela<;oes funcionais
_ eemx +1
ezZ =
e _ _ eX
+iWy =_ .. (cos y + isen
eT(cosy + - y) .j
iseny),
fun~ao analitica.
e dessa maneira obtivemos uma função analítica. Poderiamos
Poderíamos ter utilizado
outros meios; por exemplo, a serie
série de potências
potencias
00 n
eeZ=Z;)%,
z ='6"1 z '
n
n==O n .`
também
tambem define fun~ao analitica
define uma função analítica ern
em todo o0 plano, extensao
extensão da expo-
nencial real. Em vista do teorema de unicidade,
unicidade, as duas extensoes
extensões aqui
182 Capitulo
Capítulo 6: Continua9iio
Continuação analitica
ana.l1'tica
cos? z + sen2 z = 1.
P(f1(fl1).--›.fn(ffl))
P{h{x ), ... ,fn{x)) == 0,
0.
onde P e
ó um polinômio
polinomio em n variáveis.
variaveis_ Supondo ainda que essas funções
jun90es
tenham continua90es
continuações analiticas
analíticas a uma mesma
mesmo regiiio R do plano complexo,
região R
podemos afirmar
afirmar que
P {h{z), ...
P(.f1(Z)1' , fn{z)) :
' 'iffl-(3)) = 0
O
.uz
regiao.
nessa regiiio.
E
E exatamente esse o0 caso exemplificado
exemplificado anteriormente, da identidade
trigonometrica cos?2 z + sen
trigonométrica cos 2
senzz z == 1, onde h{z)
ƒ1(z) =
= cos z, h{z)
cosz, ƒz(z) =
= senz e
P{h , h)
P(f1› = fl + Ii - l.
f2l=fí'|'fã_ 1-
o mesmo raciocínio
O raciocinio pode ser aplicado a situa~oes
situações mais gerais que
polinômios. A título
polinomios. ilustra~ao , vamos provar que
titulo de ilustração,
sen{zj + Z2)
sen(z1 -|- zz) == sen
senZj cos zz + cos
zl COSZ2 21 sen zz.
COSZj Z2.
fu
ent.io
entao
sen (x +
sen(a: = senx
+ b) = cosbb +
sena: cos + cosxsen
cos ic sen b.
POl' continua~ao analítica,
Por continuação analitica,
sen(.z +
sen(z + b)
b) = cosbb +
= sen 2:z cos + cos zsen
z sen b
Continua~ao analitica
Continuação refiexao
analítica por reflexão
são tals que seus valores se refletem no eixo real quando z ée assirn
sao tais assim refletido,
isto e: I( z) =
é: f I (z) . Isto já
= f nao e
ja não é verdade no caso de fungoes
funções que não são
nao sao
reais para valores reais de 2:,z , como
iz
2:2 -
Z2 - 3iz, cos 2,
iicos z, ee” etc.
Essa propriedade e
é a versao
versão mais simples do chamado princípio reflexão,
principia de refiexiia,
que vamos considerar agora.
Demonstração. :rg um
Demonstra,iio. Seja Xo urn ponto qualquer de R Então,
R que seja real. Entao,
00
lx:
f(z)
J(z) =2 É a~z«.z(z -- nu”.
2'>n(Z xo)n,
nn=U
=O
184 Capitulo Continuação analitica
Capítulo 6: Continuaqiio analítica
F(z) =
FIZ) I(z) -
= ƒ(z) - I(z)
ƒ("f)
e analítica em R (veja 0o Exerc. 9 adiante), se anula em V,(xo);
que é analitica V¿z(a:g); por-
tanto,
tanto 1' se anula identicamente
identícamente em R por continua~iio analitica.
continuação analítica. Isto completa
demonstra~iio do teorema.
a demonstração
o
O teorema anterior permite continuar analiticamente uma função I,
fun~iio f,
dada inicialmente numa regiiioregião R contida no semiplano
semi plano superior ImzIm z > 0O
ou no semi plano inferior Irn
semiplano Im z < 0, desde que R R contenha um urn conjunto I do
eixo real, que seja aberto como subconjunto da reta, e 1 f seja continua
contínua e real
em R U I. Para isso, sendo R'
U I_ refletido de R no eixo real, basta definir
R* 0o Étido definir
1ƒ para z E R* R' mediante 1 = 1ƒ(z)
(z) =
ƒ(z) (z) (observe que zE E R) para que 1 f se
estenda analiticamente a R'. R*.
oO procedimento que acabamos de descrever eé conhecido como 0o principio
reflerão de Riemann-Schwarz. Para demonstrar sua validade, vamos
de reftexiio
supor
sup or que R esteja contido no semiplano superior Irnz Imz > O. 0. (0
(O raciocínio
raciocinio
e.é_ inteiramente anaIogo
análogo caso R esteja no semi Im z < 0.) Seja
plano inferior Irn
semiplano
C um urn disco (aberto) centrado em algum ponto de I, I , e tal que, juntamente
com sua fronteira rF,, esteja todo contido em R U R' U
U R* I . Pelo Teorema 3.17
U I_
(p. 105), a fun~iio
função
g(z) = J..., r I(() d(
912)- gícldí
211"> Jr (- z
eé analitica
analítica no interior de C.Vamos mostrar que ela coincide com f I(z)
(z) nesse
disco. Isto implicara
implicará o
0 resultado desejado, como se vii facilmente
vê facilmente. .
Sejam 'Y7 a interse~iio
interseção de C com I I (Fig. 6.2a), r+ l¬+ a parte de rI` no
semi plano superior e r-
semiplano l"` a parte de Fr no semi
semiplano Então, para
plano inferior. Entiio,
~ I, podemos escrever:
z ¢
_ 1 f(C) 1 f(C)
g(Z) _ É Ílvuv É-K + 5:5 ÍF-U(-if) Êdç
Capitulo 6: Continua,ao
Capítulo Continuação anaIitica
analítica 185
r+ 1; +
·z
_ 1,6).
0
fl
~-
I._
1.è_
(H)
(a) (s)
(b)
Fig. 6.2
Notarnos, fórmula integral de Cauchy, que, se z estiver
Notamos, em seguida, pela formula
no semiplano superior, a primeira integral sera será. igual a fJ(z)
(z) (veja também
tambem
o parágrafo
paragrafo seguinte), enquanto a segunda sera será. nula; e se 2z estiver no semi-
plano inferior, a primeira integral sera será nula, enquanto a segunda sera será igual
a J(z)
f. E, E , por continuidade, g(z) coincide com J(z) f (z) também
tambem em I.
Na verdade, estamos usando a fórmula formula integral de Cauchy nas inte-
gra~6es
grações em I`
temiio, que J
temão, f e
U,
r+ U 7 e em rI`_- u
é analitica
analítica em 7.
U (- ,), o0 que, aa. rigor, exigiria saber, de an-
(-7),
f. Mas isto pode ser facilmente contornado,
assim: seja r£ FE a parte de rI` no semiplano 1m Im z 2' e, onde c5 > 0O e
2 c, é tornado
tomado su-
ficientemente
ficientemente pequeno. Em seguida fechamos 0o contorno F5 r, com 0o segmento
horizontal 'E I ,7 + ic
7,, = (Fig. 6.2b). No contorno rF5E U
ie (Fig. ,£
U 7,, podemos aplicar
apJicar
fórmula integral de Cauchy, apos
a formula após 0o que passamos ao limite com ce -> O;
---> 0;
isto ée possível
possivel pela continuidade do integrando num conjunto compacto. 0 O
mesmo raciocício integra<;iio sobre rl¬ U
racioclcio pode ser feito na integração U (-
(-7).
,).
Exnnoiclos
EXERCicIOS
6 VI(zo).
z E tambem do Caralafio
V¿'(z0). (Observe que esta propriedade segue também Corolário 3.23 da p.
114.)
4. De fun~iio analitica
Dê exemplo de uma função analítica e nao..constante
não-constante numa regiao
região R
R,, que assum
assumee um
urn
mesrna valor uma infinidade de vezes em urn
mesmo um subconjunto fechado de R.
5. Use continua-;ao analitica para provar que, para todo z complexo,
continuação analítica
COS(ZI +
cos(z1 + Z2)
ez) =
= COSZl cos zz -- senzi
cos z1 COSZ2 seu 2:1 senz2;
sen sz;
cosh( z\ + zz)
cosh(z1 = cosh z\
Z2) = zz + senh
z1 cosh 22 z1 senh Z2.
sen h Zl zz.
00
OU
6. A serie J(z)
série ƒ (z) = L (_z)3n defin
= Z(-z)3" definee uma função analítica no disco Izi
funt;a.o analitica |z| < 1. Obtenha sua
n=O
n=[I
continuac;a.o analitica
continuação e
analítica a todo 0o plano e mostre que ela é regular e nula no infinito, que
possui apenas tres
ela passui polo, e localize esses pólos.
três singularidades do tipo pólo, polos.
CE
RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES
1. fez) == sen(1
ƒ(z) sen ( l /z) g{z ) identícamente
/ z) e g(z) seqüência infinita
identicamente nula coincidem numa seqiiencia infinita de
pontos tendend
tendendoo a zero. IIsso S50 eé passivel
possível porque zero não
nao pertence ao dominio
domínio de
analiticidade da primeira fum;ao.
função.
Capítulo 6: Continuaqao
Capitulo Continuação analftica
analítica 187
9. J (z) :
Escreva ƒ(z) u(:1:, y) + iv(x, y), donde
~ u(x,
F (z) ~
F(2f) = u(x
fl(f'1z, --zu)
y) - i'U(z›¬2z -y)
- iv(x, ~ U
-y) = U(:rz
(x, 1;)
y) ++ iV(x
Wíwz, y),
if),
e use as equae;6es
equações de Cauchy-Riemann.
.Ir ¡
CONTINUAQAO
CONTINUAÇAO ANALITICA
E SINGULARlDADES
SINGULARIDADES
Quando (j"
(fl, R 1) e (f2,
Rl) R 2) sao
(fg, Rg) cont inua~ao analitica
são a continuação analítica direta um
urn do
outr~,
outro, a fun~ao I, definida
função f, definida por
I(z) == f1(Z)
ƒ(z) j,(z) em R1 I(z) =
Rl eE ƒ(z) = h(z)
f2(Z) em R2
R2»,
continua~ao analitica,
eé a continuação j, como de h,
analítica, tanto de fl it região
fz, à. regiao R
Rll U
U R2.
) L°° f<'“‹ ›
j, (z =
oo 11(n) (Zl) ( ) n
f1(2)=š%(2~Z1l n
I
.
Z - Zl
.. (n»)
Onde 11
,› onde
.
(ZI = (
ff )(21) l
n!
-Z1n
) +1
l
n=O
Caso 0 :S
É Zl
zl < 1, 1|11 -- zl
2:l|l =
= 11 - zl e Rl C R (Fig. 6.3a);
- Zl 6.3a); neste caso,
h
fl restri~ao de ff e em nada ajuda para continuar ff analiticamente.
eé uma restrição
Mas, em qualquer outra situa~ao zl|l > 11 -
situação (Fig. 6.3b), 1|11 -- zl - I|zl
zl l,|, e 0o disco de
convergência Rl conterá.
convergencia R l contera" pontos fora de R; portanto,
R ; portanto , neste caso, h fl efetua
uma continuação analitica de ff fora do disco original R.
continua~ao analítica R . Observe que que,, em
ambos os casos, a fronteira de Rl passa pelo ponto Zz == 1, 1, que e, é, como já.ja
sabemos,, um
sabemos polo simples da continua~ao
urn pólo analítica de ff a todo 0o plano.
continuação analitica
z
R I •
R Rl ä
I
R
(HJ
(a) (b))
(b
Fig. 6.3
Singularidades
Singulariclades
49 fe
serie.
,
,
"
"
"0
"'
R R
tm
(") un
(h)
Fig. 6.<
6.-1
fcnoOlcno interessante e
Um fenômeno é que toda função definida por
fum;5.o definidl\ par uma serie
série de
potências
potEmcias de raio finito
finito tem pelo menos liuma singularidade na fronteira de
ma singularidnde
~ell
seu disco de convergencia.
convergência. EIt 0o que "eremos
veremos a seguir.
66.7.
.1. Teore ma. Seja fƒ uma fun~ao
Teorema. função definida
definida por uma série
serie de potências
potencia3
I~lativa
reiotivo um ponto ZO,
a urn convergência C, de mio
ag, centro de seu disco de coIH'ef"gencio raio R,
que supomos finito
pe supornos finito e naO-flUlo. Entao ff tern
não-nulo. Então tem pelo fneTlOS
menos llma
uma singularidade
sillgularidade
no fronteira
1;0 jamteiro F F de C.
zo , de raio R + 8.
em 2:0, 6. Em conseqiiencia,
conseqüência, 0o raio de convergencia
convergência da serie
série de
potencias de J
potências zg deveria ser R + 86 e não
f relativamente a Zo Isto contradiz
nao R. lsto
hipotese do teorema e completa eaa demonstra~ao.
a hipótese demonstração.
00
OO
convergência eé 1, como se ve
cujo raio de convergencia vê facilmente
facilmente.. Consideremos valores
de z da forma z =: re 2n (Pjq)i, onde 0
regfllp/gli, O < r'r < 1 e p e q sao inteiros, com q > O.
são inteiros, 0.
Então,
Entao,
Zn! : ?,_n.!€21r(pn!/q)i
J(z ) = L
ƒ(z) _: 92 Zn! + Z 7,111,
zn ! +L r n!,
n =O
112.0 n=q
7l'»:q
N >
donde obtemos, sendo N `> 2q um número
numero inteiro qualquer:
00
DO q-l
Q_1 N
ff
IJ(z) 12:
2 L r n! - L r n! > ZT"'!-q>(N-q+1)rN!~q.
Zrni-Zrni L r n! - q > (N - q + l ) r N ! - q.
n= q
TLZQ n=O
23 = CJ n=q
flz=Q
Continua~iio
Continuação analftica
analítica por cadeias
continua~ao
continuação analitica então (12,
analítica direta de seu antecessor imediato, entao (fz, R2) deve
ser considerado continua~iio analítica de (f-
continuação analitica I, R_1)
(ƒ_ 1, R - d em
ern algum novo sentido.
Isso nos leva a
à. no~ao
noção de continua~iio
continuação analítica
analitica por cadeias, como definimos
definimos
a seguir.
(h,
(fl, Rd (ƒn, Rn). Cada elemento (fk
R1) a (fn, Ri) da cadeia e
(fi,, Rk) É chamado uma con-
tinuação
tinua9iio analitica de qualquer outro (fj
(ft,-,, Rj)
R j ) (podendo eventualmente, mas
não necessariamente, ser
nao continuação analitica
seT' continuar;iio analítica direta).
Diz-se que uma familia
jam,1ia de elementos funcionais
juncionais (que pode ser finita
finita ou
infinita) e
infinita) é conexa
conecta se quaisquer dois de seus elementos podem ser ligados por
uma cadeia de elementos pertencentes a
periencentes ri familia.
jamz1ia.
Superficies
Superfícies de Riernann
Riemann
Vejamos como essas ideias idéias se aplicam no caso concreto do logaritmo, que
começamos a analisar no Exemplo 6.8. Os vários
come<;amos varios elementos ali considerados,
(A, Rk), com k variando no conjunto dos
(fa, R¡,,), com lc variando no conjunto dos inteiros, inteiros, sao uma família
são uma familia conexa
conexa
máxima extensao
que faz a maxima extensão possivel
possível do logaritmo. Mas surge aqui um urn novo
fenômeno:
fenomeno: partindo de um urn determinado elemento funcional (f- I, R_1),
(ƒ_1, R _ I ), que
nos da 0o logaritmo no semi semiplano
plano ReRezz > 0, voltamos a este mesmo se-
elernento funcional (/3
miplano com 0o elemento (fg,, R3
R3),), 0o qual, todavia, nao
não coincide
com 0o elemento inicial (f- (ƒ_1, R_1):
1, R-1 ): 0o logaritmo volta acrescido de 2iri. 21fi .
Por causa desse fenômeno,
fen6meno , dizemos que z = = 0O eé um
urn ponto de rami-
fica9iio; e que o0 logaritmo eé uma função
ficação; jun9iio multivalente.
multiualente. Para faze-Ia
fazê-la "univa-
“univa-
lente”,
lente" , somos levados a distinguir várias réplicas dos semiplanos, como R
varias replicas R..1
_I
eR R3.
3 . Para isso, vamos juntando os vários varios elementos funcionais (A, (fiz, Rk)
R;,.) em
seqüência, "colando"
sequencia, “colando” os semiplanos Rg, Rk uns aos outros convenientemente.
Assim, R R_1_I eé colado a R0 Ro no lQ19 quadrante, que eé comum a esses semi-
pIanos; Ro
planos; Rg eé colado a RIR1 no 29 2Q quadrante, que eé comum eles dois, RI R1 colado
Q
a R2 no 339 quadrante, R2 colado a R3 no 49 4Q quadrante etc. Mas observe que
49 quadrante que comparece em R2
o 4Q Rg deve ser distinguido do 4Q 49 quadrante
que comparece em R _ I , bem
R_1, bern assim todo 0o semiplano R3 deve ser distinguido
194 Capítulo 6: Continuar;iio
Capitulo Continuação analitica
analítica
R- l .
do semiplano R_1.
Esse procedimento
procedirnento de colagem sucessiva dos vários
varios elementos funcionais
equivale it constru~ao
à construção que descrevemos a seguir. Consideramos várias
varias
réplicas F¡, do plano complexo (k
replicas Fk (lc variando no conjunto dos numeros
números in-
números complexos z2: tais que
teiros), correspondendo aos numeros
ramos urn
um ramo do logaritmo, como
= logr + iargz,
logz = iarg z, 2k7r
2k1r É + 1)1T,
~ argz < 2(k -|- 1)1r,
mí _
_"" -___
' . - ' - . . - - - . . Q . _ _ _ _ ._
“_ .......... _- ..
{:'-`
Õiíu
...
,Õ
:1.1 -41
z
_
n
Fig. 6.5
6.11. E Exemplo. fun~ao multivalente
x emplo . Outra função rnultivalente ée a raiz quadrada. Sendo
z =
: re iB , j(z) = rl / leiB/ 2
reta, ƒ(z) : rl/leia/2. Mas o0 argumento IJ6 tern varias deterrnina~6es;
tem várias determinações;
como sabemos, sendo lJo 60 uma delas, as demais sao + 2k1T
são dadas por lJ60o + 2k'rr,,
Capitulo
Capítulo 6: Continua,ao
Continuação analitica
analítica 195
* 4.
4- I 11
O ¡& 0'
_ iq __ Zn
(ff)
(a) (b)
(b)
Fig. 6.6
observa~6es mostram que 2:
Essas observações urn ponto de ramifica~ao
z =: 0 eé um ramificação da
fun~ao
função raiz quadrada; e para formar sua superficie
superfície de Riemann bastam ape-
nas duas réplicas
replicas do plano complexo, FüFa e F1 nota~ao usada ha pouco.
Fl na notação
Colamos a 2"- Fo com a 1"-
29 aresta de F0 Fl e a 29
19 aresta de F1 Ft com a
2;; aresta de F1
19 aresta de Ft.
1"- F1. A Fig. 6.6b ilustra um
urn caminho fechado simples em volta
superfície de Riemann.
da origem nessa superficie
f (z ) = J
ƒ(z) z 2 -1
\/zg JZ+1vZ=1.
- 1 = \/Z + 1\/z- 1.
-11" <
-'n'<arg(z+1)
arg(z 1) + <
<'¡r
11" < arg(z - 1) <
e 0O<arg(z-1) <2rr.
211".
fr
.z
c
C
sf Z
z+ 1
HI Z`1 l
- 1 o + I
aeu 13
-_ I1 O + 1
(0)
(a) (b)
(bl
Fig.
Fig. 6.7
FI Fl
F,
l‹ A+
Ah -+1 -1- -- -~2
""
"
|l
I,:
"
"
F2 h F~
Fo
B, *
lIJ B É 0-1-1 -l~ ---~ 2-
(H)
(a) (fz)
(b)
Fig. 6.8
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
Nos Exercs. 11 a 7,
7, construa a.
a superficie
superfície de Riemann da função
fUD{:ao dada.
1. ƒ(z)=z1/3.
1. J(z) = ZI/3 . 2. ƒ(z):
2. (z-1)2~f3.
J (z) = (z _ 1)2/3 .
fez) = zm
3. ƒ(z) /n , on
2""/"', de men
onde m e n sao números naturais, com n > 1.
são nllmeI'OS
fez) = zo)
4. ƒ(z) zu, fr
cr irracional.
irracionaL J(z) =
5. ƒ(z) = (Z2
(22 _
- 1)1 / 3.
1)l(3. J(z) =
6. ƒ(z) = v'Z'+J.
fCz) = ¬,/z(z:9
7. ƒ(z) JZ(Z2 -- 1). Sugestão:
Sugestiio: Considere dUM replicas do plano complexo, ambas
duas réplicas
cortadas de --11 a zero ce de 11 a 00.
oo.
198 Capitulo
Capítulo 6: Continua,ao
Continuação analitica
analítica
._ ¡
FUNQOES
FUNÇOES ANALITICAS
DEFINIDAS POR INTEGRAIS
DEFINÍIÍDAS INTEGRAlS
eé analitica
analítica na regiiio R,
região R, e F'(2)
F'(z) =
= [C fc Õ8f~;. () de·
dÇ.
F (z) = J...,
2n:dc
r d( Jr f()..)..-z, () d)".
A
Utilizando as parametriza~6es
parametrizações dos contornos C e A, A, essa integral repetida
pode ser escrita como soma de integrals repetidas, envolvendo inte-
integrais reais repetidas,
contínuos. Em tals
grandos continuos. tais integrais podemos inverter a ardem
ordem das inte-
gra~6es; após recomposi~iio
grações; apos integrais complexas, chegamos a
recomposição das integrals à conclusao
conclusão
de que podemos inverter a ordem das integra~6es
integrações na última expressão acima
Ultima expressiio
e escrever:
F‹z›-Ê 1 1-,- 1
n:t /A ]Cf‹›‹.odc.
F(z) = -2' f().., ()d(,
d)"
AA - Z C
Capitulo
Capítulo 6: Continua9iio
Continuação anaJitica
analítica 199
ou seja,
seja)
1‹¬(z) ~
F(z) =- Ê1 ( F(,A)
/A F(À) d,A.
Ã-_-zzo.
2mJA,A-z
Provamos, assim, que F F satisfaz a fórmula
formula integral de Cauchy, 0o que
permite provar que F F tem
tern derivada (ou seja, eé analítica), fizemos na
analitica), como fizemos
demonstra~iio do Teorema 3.16 (p. 103).
demonstração 103).
Falta provar que a derivada de F F pode ser calculada por deriva~iio
derivação sob
integra~iio na defini~iio
o sinal de integração definição original de F. Para isso, utilizamos nova-
mente a mudança integra~iio , assim:
mudan<;a da ordem de integração,
1 (F(,A) 1 { d,A (
F'(z) `
mz) = 27ri J A (,A
211féÁ _ z)2d,A =_ 23m;
(ÀFÊ.-B)2dÀ 27ri /A
J A (,A _ z )2 fc
(À CíÀz)2 Je fo'
f(,A, ()d(
Cldç
= { d,A
za Í{ L f(Àz
f(,A, (C)) d,A Õf(×\,
8f(\ Ç)
dzx == f{ -_--. ()
JÍC
e .J A
A (,A
(À -- z)2
2:)2 JcC 8,A
Ô/\
mz) = [C
Je, f‹z, odé
Fn(z) = { f(z, ()d(
eé analitica,
analítica, e F~ (z) == Í{ 8f~, .
() de. Aplicando 0o Teorema 4.6 (p. 123)
Jen
Cn Z
como se a seqiiencia
seqüência FFnn fosse a reduzida Sn
sn de uma serie
série uniformemente
convergente, teremos:
F"(z) = limF~(z)
F'(z) = = lim
límF,,;(z) = límÁ:{ 8f~
dÇ , () d( == /C{ 8f~,
dÇ, () de
Jell z Jc z
200 Capitulo
Capítulo 6: Continuagao
Continuação anaiitica
analítica
ou
Um teorema analogo
análogo a este ultimo
último pode ser formulado, com a hipotese
hipótese
de que a integral se estenda sobre um contorno limitado C, mas o0 integrando
Ç) tenda a infinito em um ou em ambos os extremos de C. (Veja 00 Ex-
f(z, ()
ƒ(z,
1 adiante)
erc. 1 adiante).. Veremos a aplica~ao
aplicação de urn fun~iio
um tal teorema no estudo da função
garna,
gama, consider ada logo a seguir.
considerada seguir.
A fun"ao
A funçao gama
A chamada funfiio
função gama aparece em varios dominios
domínios da Matematica,
Matemática, sejam
de natureza puramente teorica, aplica~oes. Ela foi introduzida por
teórica, sejam nas aplicações.
Euler como extensiio
extensão do fatorial de um
urn numero
número inteiro positivo. Come9amos
Começamos
observando que repetidas integra90es
integrações por partes nos conduzem a
00
ix)
10
f e-'tndt
.zzreflaz =z n!
nx
Ú
ƒ(z) = ff z-fezrú,
definida
definida para todo
to do xaz > --1.
l. Generalizando, pois, 0o fatorial
fatorial,, podemos escre-
ver:
00
=
:tl :Í
x! 10 m
e-'tXdt,
e_tt”“dt, arx>-l.
u
> -1.
0
Para evitar esse aix > --1,1, basta escrever :r x-I - 1 em lugar de :13,x, 00 que nos
conduz aà fun9iio
função gama com argumento real real,, denotada por I`(:r):
r(x) :
00
rI¬(:r)
(x) =:Í 10 m
e-
e"tt”`1dt,
_
Assim, r(n + 1) = n!
I`(n + nl para todo inteiro n 2:
2 O.
0.
A nota~iio
notação z! ate
até que eé a mais logica fun~iio
lógica e natural para indicar a função
(z + 1), e alguns autores chegaram a insistir nela, mas sem sucesso; I`
r1¬(z reaé a
nota~iio
notação consagrada e niio
não ha
há mais como mudar essa situa9iio.
situação.
A última
ultima integral acima faz sentido mesmo quando substituimos
substituímos a
variável real 1:
variavel variável complexa z, desde que façamos
x pela variavel fa~arnos a restrição
restri9iio
Capitulo 6: Continuaqao
Capítulo Continuação analitica
analítica 201
Re z > O.
0. Paxa isso , primeiro separemos as duas integrais impr6prias
Para vermos isso, impróprias
que aparecem na expressão
expressao
da seguinte maneira:
1 oo
I`(z) =f e¬"tz`ldt-I-Í e_¿tz`1dt. (6.3)
0 1
A segunda destas integrais converge qualquer que seja z, por causa do fator
e- t , que decai fortemente no infinito
e"*, t z - 1 . Além
infinito e domina 0o fator ti'1. AlE~m disso,
convergência eé uniforme, desde que z fique
a converg€mcia fique restrito a qualquer região regiiio
limitada (Exerc. 2 adiante). Portanto, pelo Teorema 6.14, essa segunda
define uma fungao
integral define função inteira, ou seja, analftica
analítica em todo
to do 0o plano.
Ja
Já. a primeira integral s6só converge se Re z > 0,0, em vista do fator r 1 , que
t'1,
tende a infinito
infinito quando t se aproxima de zero. Para provar define
provax que ela define
função analitica
uma fungao analítica em todo 0o semi
semiplano
plano Re z > 0,0, basta notar que,que, dado
urn tal z,
um 2:, existe a > 0 tal que Rez a; e, como a integral e
Re z > a; é imiformemente
uniformemente
convergente nesse dominiodomínio (Exerc. 3 adiante),
adiante), conclufmos
concluímos que ela definedefine
uma fungao analítica de z em todo 0o semi
função analitica plano Re z > 0 (conforme 0o Exerc.
semiplano
conseqüência, a fungao
1 adiante). Em conseqiiencia, função gama, dada pela expressao (6.2), e
expressão (6.2), é
função analftica
uma fungao analítica no semi
semiplano
plano indicado, Rezz > O.
indicado, Re 0.
Continuação analitica
Continuac;ao analítica a todo
to do 00 plano
Observe que
00 _ TL '30 __1)11.
-tt3_1 : t2'-1 ( : ( tTl.+2z`-1
E ÊT
F3 CJ
série que, it
eé uma serie excegao do primeiro termo, converge com Re z > 0;
à. exceção 0; por-
tanto, pode ser integrada termo a termo de t = :0a t == 1:
1-e- ttZ-
l H 1dt = L°° ii/
00
<-lr
-,- 1 tn+z-
-(-l)n!ol _ 1dt== L°° --_-.
tn+z 1dt
‹-lr/fz!
(- l )n/n'
'. 00
!oo
fg 6
ttz ldt=
Z:
n
3= O
‹::›
nl
n. (1
0 nã
23 = O
<:› Z +
Z-l-'rt
n
202 Capitulo
Capítulo 6: Continuac,:ao
Continuação anaJitica
analítica
.az 1ff
r(z) +L
=
+
'.
00
1
e-ttZ-1dt
00
n~O
n=0
(- l )nlnl
Z n
...lj
(6.4)
A serie
série que ai
aí aparece converge uniformemente em qualquer região
regiao cuja
fronteira esteja a uma distancia
distiincia positiva do conjunto formado pela origem
e os inteiros negativos (Exerc. 4 adiante). Exemplo de tal regiao
região éeoo plano
todo do qual se
se eliminam discos de raios /j6 > 0, centrados nos referidos
expressão (6.4) eé a continua~ao
pontos. Portanto, a expressao continuação analitica fun~ao
analítica da função
gama a todo 0o plano complexo, exce~ao
exceção feita do zero e dos inteiros negati-
expressao nos mostra, esses pontos sao
vos. Como essa mesma expressão são polos
pólos simples
resíduos (_l)n
com residuos In!
(-1)"/nl
Exnncícros
EXERCicIOS
F {z) 1
F‹z› ~= / fe. odc
fez, ()d(
C
F (z) e
seja uniformemente convergente. Prove que F(z) é analftica
analítica na região
regiao R, e
f
F{z) =
_ r
Õf(~°-'›Çl
af(z
F(2l-ÍCTCÍÇ
i 8z
, () d(
e
,e_ft:`1dt
- 't' - Idt converge uniformemente, desde que a variável
variavcl z
fique
fique restrita a qualquer região
regiao limitada.
1
3. Prove que a integral Í ,-'to-I
integral/" e_tt*'_ldt dt converge uniformemente em qualquer semiplano
:J
Re z 2: a> O.
Rez2a>0.
4. Prove que a serie
série em (6.4) converge uuiformemente
uniformemente em qualquer regiao frOl1~
região cuja fron-
teira esteja a uma distancia
distância positiva do conjunto formado pela origem e os inteiros
negativos.
5. I`(z) =
Prove que r{z) = (z -- 1)r {z -- \1).
1)I`(z ). Mais geralmente, prove que
+ n) = (z
I`(z+n)
r{z + n - 1)(z+n-2)...(z+1)zI`(z),
(z+n- 1)(z + n - 2) ... (z + 1)zr(z),
Capitulo
Capítulo 6: Continua<;ii:o analftica
Continuação analítica 203
clande
donde
f (z) _
_ f (z + n)
ç ]Í`(z-I-n) ,_
Halo- z(.z
z(z ++1)(z 2) ..... ."(zí+}z
1)(z + 2) (z + n e 1) '
- 1)"
expressao permite fazer a cont
Observe que esta expressão inua~ao analitica
continuação analítica de r1"(z)
(z) ao semiplano
Re z >
Rez pais 0o segundo membra
I> -n, pois está definido
membro esta definido nesse semiplano,
semiplano, excec;ao
exceção feita dos
pólos 0, --1,
polos 1, -2 . . -- (n -~ 1).
-2.... 1).
6. Calcule fI`(1/2)
Caleule ,fii, lÍ`(5/2),
(1/ 2) == \/TT, r(5 / 2), I`(-9/2); urn modo geral, calcule fI`(n
r( - 9/ 2); de um + 1/
(n + 2),
1/2),
sendo n inteiro qualquer,
senda qualquer, positivo ou negativo. .S'ugestão: mostre que
Sugestiio: Primeiro rnostre
1,00
/O e- " dx
e`*'2 = ,fii/2;
da: = 2; fa,a
faça isso elevando a integral ao quadrado e transformando a
u
integral repetida numa integral dupla. (Veja [A3], Se,. 5.5. )
Seç. 5.5.)
(Ê
Capítulo 7
Capitulo
*V \ A
APLICACOES
APLICAÇOES A A DINAMICA
DOS FL UIDOS
FLUIDOS
os
OS MOVIMENTOS FLUIDOS A CONSIDERAR
Conservac;ao
Conservaçao da massa
1,b=fq-nds (7.2)
C
4 *
nv- /,S
dS-f'
ds ._____,.-..-"' -í
cC ""' C 1 n q
n
n fl
(a)
(a) (b)
(bl
Fig. 7.1
A importância
importancia deste conceito deeorre
decorre do significado fisico
físico de pit,
p..p , que
passamos a explicar. Seja S superficie cilindriea
S' a superfície cilíndrica formada pelos segmentos
206 Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações dinãnlica dos Huidos
ã diniimica fluidos
perpendieularmente ao plano
unitaxios levantados a partir dos pontos de C, perpendicularmente
unitários
:ry (Fig. 7.1b). Entao,
xy (Fig. Então, ao elemento de areoarco ds eorresponde
corresponde urnum elemento
superfície dS
de superfieie d.S' = 1 -. ds,
ds , de sorte que q .- nds eé numericamente
numerieamente igual ao
volume q. q- nds de urn um pequeno cilindro de base dS e altura q. q- n. Ora, q eé 00
deslocamento das partículas
desloeamento partieulas de fluido por unidade de tempo, de forma que
qq-nds
. nds eé 0o volume de fluido
fluido que atravessa o0 elemento de Mea área dS por unidade
de tempo. Em eonseqiieneia,
conseqüência, pq-pq. ndS eé a massa de fluidofluido que atravessa dS
por unidade de tempo no sentido do vetor q q.. Quando integramos sobre
C em (7.2) e multiplieamos
(7 .2) multiplicamos por p,
p, vemos que pi/J eé a massa de fluido
p"lj; fluido que
atravessa a superficie
superfície S S' na unidade de tempo,
tempo , no sentido indicado por n.
integra~ao em (7.2) sera
Notemos que a integração será. negativa naqueles trechos da
curva onde q·nq-n < 0, ou seja, onde 0o fluxo de massa atraves
através de S efetivamente
se processa no sentido oposto ao de n. Assim, pit» p"lj; representa,
representa, na verdade, a
soma algebrica
algébrica de toda a massa que atravessa S no sentido de n; ou ainda, ainda,
pit eé a diferen~a
p"lj; diferença entre a massa que atravessa S' S no sentido de n n e a que
atravessa S no sentido oposto ao de n.
Suponhamos agora que C seja uma curva fechada simples, que esteja
eontida,
contida, juntamente com seu interior, no dominio onde u e Vu sejam de
1 . Seja n a normal externa de C. p"lj; sera a
classe C
C1. n pi/2 será massa total que sai
do interior de S na unidade de tempo, diferen~a entre a que
tempo, ou ainda, a diferença
sai (nos trechos de Conde q. n > 0) e a que entra (nos trechos de Conde
C onde q- C onde
q. n < 0) (Fig. 7.2). Como 0o fluido
q- fluido eé incompressivel, p"lj; eé zero, pois a
incompressível, pit»
massa que efetivamente sai eé compensada pela que efetivamente entra para
o interior de C. Assim
Assim,,
fa q. nds = 0
ƒq-nâszo
C'
(7.3)
(7.3)
Jk
/Í divq dxdy
R
= 0,
dârdy =
Reo
onde R é o interior da curva C. Como divdivq fun~iio continua
q ée função contínua eRe
e R é um
urn
domínio arbitnirio,
dominio arbitrário, 0o teorema da média
media para integrais nos permite concluir
divq
que div q = O. completa a demonstra~iio
0. Isto eompleta demonstração de (7.1).
Capitulo Aplica90es a
Capítulo 7: Aplicações à. diniimica
dinâmica dos fluidos 207
)L---q
k - - - - qQ
n
Fig. 7.2
o
O campo de velocidades e, é, como se vê,
ve, solenoidal, designação
designagao esta que
eé dada aos campos vetoriais com divergente nulo. Como e facil ver, um
é fácil urn
campo vetorial qq e é solenoidal se e somente se seu fluxo e é zero para todo
contorno fechado simples que esteja contido, juntamente com seu interior,
no dominio
domínio onde div q seja continuo.
contínuo.
A lei de conservagao
conservação da massa na forma (7.3) tern
tem como conseqiiencia
conseqüência
que 0o fluro
fiuxo de q atraves
através de uma curva
cursa com origem num ponto P0 Po e extre-
midade num ponto P P nao
não depende da curva, mas somente dos pontos P9 Po e
P. De fato,
fato , se C e C' sao
são duas curvas com a mesma origem PQ Po e a mesma
extremidade P então C -- c'
P,, entao C' eé uma curva fechada (Fig. 7.3); logo,
1
jd q-nds
q.n =0,
ds=O,
lcC-C'
-c1
donde obtemos
rq. nds =
}q-nds=/
JeC'
q. nds ,
q-nds, r
l e'
C'
escrito na forma
zz›=«/›‹P›
7/J zƒppqzna
= 7/J(P) = {p q. nds
)Po
ao
(7.4)
c
cC
P,
P0
Fig. 7.3
Fig. 7.3
fun~iio 7/J
av
n
ll
PP Q
Q
P0
Fig.
Fig. 7.4
Capítulo Aplicaqoes a
Capitulo 7: Aplicações à dinBmica
dinâmica dos fluídos
Buidos 209
Escoarnentos irrotacionais
nova equa~ao
Obteremos agora uma 1l0va equação do movimento, ou escoamento fluido
fluido..
Come~amos com a seguinte integral de !inha:
Começamos linha:
r = fa q . t ds ,
rz/gia, um
(7.5 )
C'
onde C eé urn
um caminho fechado, que supomos seja simples e em cujo interior
fun~6es u e vfu sejam de classe C
as funções C11 e t éeo o vetor unitario
unitário tangente a C.
Essa integral rF eé chamada a circular;ao
circulação do campo de velocidades q ao longo
da curva C. Observe que 0o produto q. q - tt eo é o valor escalar da velocidade
circula~ao r
tangencial, de forma que a circulação l¬ é,
e, de fato, uma medida de quantaquanto
as partículas fluidas tendem a circular ao longo do circuito C. Por exemplo,
particulas fluidas
vamos supor que 0 movimento seja uma rota~ao rotação pura, a velocidade sendo
sempre perpendicular ao raio vetor rr == (x (sc,, y), como ilustra a Fig. 7.5a. It
então que a circulação
claro entao circula~ao de q sera
será positiva ao longo de cfrculos
círculos centrados
na origem e percorridos no mesmo sentido de q. Por POl' outro lado, se a veloci-
constante, a circula~ao
dade for constante, circulação sera
será zero ao longo de qualquer circuito C C,,
fácil entender por que: a contribui~ao
e eé facil contribuição it à, integral em (7.5)
(7'.5) sera
será. positiva
na parte de Conde
C onde q.q- t > 0 e negativa onde q- q . tt < 0 (Fig. 7.Sb).
7.5b).
Í _
q
__ Í
I---~q fl
+
+\-----~ ++
++ ----:+~--
+
(cz)
(a) (b)
(Ô)
Fig. 7.5
Fig. 7.5
A circula~iio fun~ao do circuito C. Considerando este circuito
circulação eé uma função
como constituido
constituído das mesmas particulas do fluido
fluido,, ele se deforma com 0o
Um teorema fundamental, devido a Lord Kelvin (e que
passar do tempo. Urn
não vamos demonstrar aqui)2, afirma que a circula~ao
nao circulação permanece constante
20
20 lei t or pode encontrar a demonstra<;ao
leitor referencias [elJ
demonstração desse teorema nas referências [C1] e [MIl.
[M1].
210 Capítulo 7: Aplicações
Capitulo à. dinamica
Aplica<;oes Ii dinâmica dos fluidos
fiuidos
fc fc
oO=/q-tds:/'u.da:+'vdy.
= q . t ds = u dx + v dy.
C C
Rea
onde R é a região
regiao interior ao circuito C. Finalmente, como 0o integrando
eé uma fun~ao contínua eeRe
função continua R é uma regiao
região arbitraria,
arbitrária, obtemos a seguinte
equa~ao
equação diferencial:
do du
-ãfãzo (rs)
(7.6)
Como ée fácil
facil ver, as equa.<;6es
equações (7.1) e (7.6) sao equa~6es de Cauchy-
são as equações
fun~6es u e -v,
Riemann para as funções -'v, de sorte que a fun~ao u-'iv e
função u-iv é analitica.
analítica. Isto
estabelece uma liga~ao
ligação muito importante e útil fun~6es
uti] entre a teoria das funções
analíticas homogêneos,
analiticas e os movimentos bidimensionais de fluidos que sejam homogeneos,
incompressíveis, estacionários e irrotacionais. De fato, uma das maneiras
incompresslveis, estacionarios
de encontrar esses movimentos consiste em determinar soluções solu~6es de (7.1) e
(7.6), satisfazendo certas condi ~6es adicionais, chamadas condi<;i5es
condições condições de con-
torno. Mas, por causa da mencionada ligação
tomo. liga~ao com as funções
fun~6es analiticas,
analíticas, a
determina~ao
determinação dos fluidos pode ser feita mais facilmente partindo de funções fun~6es
analíticas concretas, como veremos adiante.
analiticas
As funçoes
func:;6es potenciais
nda: + vdy
udx
Aliás,
Alias, estes livros apresentam os fundamentos matemáticos
apreseutam 05 Dinâmica. dos Fluidos de
matematicos da Dinamica
maneira precisa, clara e sucinta.
Capitulo Aplica90es a
Capítulo 7: Aplicações à dinâmica
dinamica dos fluidos
fluidos 211
ée exata, já
ja que sua integral ao longo de qualquer curva fechada C e é zero
([A3], p. 208). Logo, fun~ao ¢
Logo, existe uma função çb = ¢(x
‹,t›(:r:,, V)
y),, chamada potencial de
velocidade, tal que
velocidade,
8¢
Õ 8¢
6
u'u.=£~, v=-8%;
= 8x' v = 8y; ou
ou q=grad‹;5
q = grad ¢ (7.7)
(7.1),, verificamos
Substituindo (7.7) em (7.1) qb satisfaz a equa~ao
verificamos que ¢ equação de Laplace:
Õ2 Õ2
AÇÓ + ¬ Ú. (7.8)
(far)
(X'Y) (Iza)
l (X,Y)
«.1›a.;‹z) = za + l/(XO,Yo)
!/J(x , y ) = !/Jo +
(-'«Po.yn
lady
¢ xdy -
- ¢ads
ydx == !/Jo
wo + j(XO,Yo)
(ru-yo)
wi -- vdx,
udy vdz.
rpg ée uma constante arbitraria
onde !/Jo integra~iio se processa ao longo de
arbitrária e a integração
qualquer caminho C ligando (xo, (x,
(330, yo) (:r, V). Se ds designa 0o elemento de
YO) a
3eOrn hip6tese que fazemos de que 0o escoamento seja estaciomirio
3Com a hipótese estacionário,, esses dois conceitos
coincidem.. Fora dessa hipotese,
coincidem hipótese, as ttrajetórias
rajet6rias sao
são diferentes das linhas de corrente. Estas
definidas como as curvas em cada um de cujos pontos as dir
são definidas
sao e ~6es da tangente e da
direções
velocid ade coincidem. Ora, se a velocidade variaI'
velocidade variar com 0o tempo em cada ponto,
ponto , as linhas
linbas
llao coincidirao
de corrente. em geral, não coincidirão com as trajetórias.
trajetorias .
212 Capitulo Aplicaqi5es a
Capítulo 7: Aplicações à. dinâmica
din8.mica dos fluidos
areo
arco ao longo de C e n =
= (nxI' y1 ) 0o vetor normal unitario
(nl-,, nnm) unitário,, entao
então ([2], p.
201
201))
dx = -nyds e dy =
da: = = nxds
n__¬,ds,,
de sorte que
(I. y)
(X'Y)
uaw=a+[l(XO,yo)
,p(x, y) = ,po +
(Infra)
sua
q. nds
eonstante ,po,
lsto mostra que, a menos da constante
Isto 1,l› e
1/19, ,p fiuxo do campo de veloci-
é 0o flazo 'veloci-
dades qq atrapes (mg, Yo)
atraves de qualquer curva ligando (xo, (ai, y), isto e,
yg) a (x, é, a mesma
grandeza dada em (7.4).
Com a not a~iio z =
notação x+
= :B + iy fun~ao analitica
iy,, a função analítica
F(Z) =
F(z) = 1>(x, y) + i,p(x,
¢(1v. y) i1J›(flrz if)
y)
eé ehamada
chamada 0o potencial complexo do movimento. Observe que
1‹¬'(z)=
F'(z) ax
= 1>x +ézp,,,
+ ax --z;¢›,,
i,px = 1>x zau -- iv,
i1>y = az,
expressão w(z) =
de sorte que a expressao = F' (2), e
F'(z), é chamada, apropriadamente, de
velocidade
'velocidade complexa. 0 modulo da velocidade, por sua vez, resulta ser
O módulo
Iql
|<1|= vu
= \/U22 + vU22 =
= 1F'(z)l·
|F"(Z)|-
F' (z) = 0O -_ e, conseqüentemente,
Os pontos z2: onde F'(z) conseqilentemente, q = 0O -- sao
são ehamados
chamados
pontos de estagnaqiio.
estagnação.
Como mencionamos atras,atrás, um modo pratieo
prático de eneontrar possiveis es-
encontrar possíveis
eoamentos
coamentos bidimensionais de fluidos eonsiste
consiste em partir de exemplos eonere-
concre-
tos de fun~6es analíticas F (z), 0o que e
funções analiticas é muito mais faeil
fácil do que resolver as
equa~6es
equações diferenciais parciais (7.1) e (7.6) _ - ou sua equivalente (7.8). A
partir de agora, e nas se~6es
seções seguintes, desereveremos
descreveremos varios
vários exemplos de
correspondentes a potenciais eomplexos
escoamentos fluidos eorrespondentes complexos dados.
Exemplos basicos
básicos
F(z) == oz,
az,
Capitulo ApJjca~8es it
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica dos fluidos
fiuidos 213
onde c> + ib e
of = a + é uma constante. Temos:
e
e F(z)
F (z) = (ax
(aa: - by)) +
- by i(b:rr +
+ i(bx + ay),
de sorte que
desorteque
‹;5=a:1;'-by
<p = ax - by e 1/J = bx + ay,
¶,b=b:1:+ay,
u'a=a
= a e vU:-b.
= - b.
o
O escoamento fluido
fluido ocorre em todo
todD 0o plano complexo, as linhas de
corrente sendo dadas pela famnia
família de retas paralelas,
ba: + ay =
bx = const.
ax -- by == const.
Como se ve,
vê, e como já
j a sabemos, as retas de cada família
familia cruzam as retas da
familia ortogonalmente (Fig. 7.6). 0O escoamento e
outra família é uniforme ao longo
de retas paralelas, com velocidade complexa F'(z) o: = a +
F '(z) = c> + ib = u -
- iv
iv,,
por isto mesmo chamado escoamento paralelo. 0O escoamento e é paralelo ao
eixo Ox, da esquerda para a direita, quando c> a = V > 0, O, V
V sendo entao
então a
velocidade do escoamento.
ax -› by = const.
q bx + ay = COllst.
const.
Fig. 7.6
7.2. Exemplo. Vamos considerar 0o potencial complexo
F (z)=z2,
F (z) = z2,
214 Capitulo Aplica,oes a
Capítulo 7: Aplicações à diniimica
dinâmica dos iluidos
fluídos
x > 0, y >
restrito ao primeiro quadrante 11: > O. Como
vemos que
VBÍIIOS qufi
‹;ó=fv2-1/2 e 1/›=2r‹ry.
de sorte que as linhas de corrente sao
são as hipérboles
hiperboles
= const.
xy =
e as linhas eqiiipotenciais
eqüipotenciais as hipérboles
hiperboles
:E2 - y2 == const.
F'(z) = 2z = 2x
F '(z) =2z + 2iy = u - iv ,
2$+2z`y='a-ii),
1
= const.
¡ I/Jdr ::::.
g ,¿_¿L_,
- (a)
(H)
- WF _L
(b)
U1)
Fig. 7.7
Exnncícros
EXERcicIOS
onde a > 0,
ande U, indicando as linhas de corrente, linhas eqiiipotenciais,
eqüipotenciais, eventuais pontos
estagnação e velocidadc.
de estagnac;ao velocidade. Fac;a
Faça urn
um grafico.
gráfico. Considere também caso a < O.
tambem 0o case
3. Mostre que 0o campo de velocidades dado por q = = a(x, O) e
o:(:1:, 0) é irrotacionaI, nao
irrotacional, mas não
solenoidal. Explique por que ele não corresponde,, fisicamente,
nao corresponde fisicamente , ao escoamento de um urn
incompressfveL Fac;a
fluido incompressível. Faça urn
um gnifico.
gráfico.
4. Mostre que 0o campo de velocidades dado por q =- w(-y, x) e
o.:(-y, 1:) é solenoidal, mas DaD
não ir-
rotacional. Most-re ele corresponcie
Mostre que elc corresponde a um
urn movimento rigido,
rígido, como ao de urn
um solido
sólido
rotação, com velocidade angular w em volta da origem. Fac;a
em rotac;ao, Faça urn
um graJico.
gráfico.
FQNTES, SUMIDOUROS
FONTES, sulvrmounos EE VORTICES
vónfrrcns
Como vimos atras,
atrás, os escoamentos Buidos
fluidos que estamos considerando sao são
solenoidais. Para estes campos vale a Eq. 7.3, que expl'ime
exprime 0o fato de que 0o
Buxo
fluxo do campo de velocidades atraves
através de qualquer curva fechada C eé zero.
zero.
Mas isto deve sel'
ser entendido no pressuposto de que a curva C e seu interior
estejam contidos no dominio
domínio de analiticidade do potencial complexo F F(z)
(z)..
216 Capítulo Aplica90es a
Capitulo 7: Aplicações à dinamica
dinâmica dos fluidos
fluidos
fun~ao po
Esta função pode
de ter singularidades e a integral (7.3) pode não nao ser zero para
uma curva C envolvendo singularidades.
Vma singularidade Zo
Uma F (z ) chama-se fonte
zg de F(z) Jonte ou sumidouro, conforme a
integral em (7.3) seja positiva ou negativa, respectivamente, onde C eé uma
curva fechada simples envolvendo Zo zg uma vez no sentido positivo.
Jonte e sumidouro correspondem as
Os nomes fonte possíveis situa~6es
às duas possiveis situações
fisicas:
físicas: sendo positivo 00 fluxo (7.3) (7.3),, isto indica que existe massa saindo efe-
através de C
tivamente atraves C,, 0o que revela ser Zo zg uma "fonte"
“f0nte”,, onde a massa estaestá
contrário, 0o fluxo
sendo criada. Ao contrario, fluxo sendo negativo, isto indica que a massa
está sendo consumida em zo
esta 2:0,, e este ponto age como urn um "sumidouro"
“sumidouro” de
massa. 0O valor absoluto desse fluxo eé tomado como medida da intensidade
da fonte ou sumidouro.
sumídouro.
VUmm pouco atras
atrás fizemos
fizemos a hipótese
hip6tese de escoamentos irrotacionais, para
os quais a circula~ao
circulação definida
definida em (7.5), fosse zero. zero. Mas nisto estaestá implicito
implícito
que a curva fechada C e seu interior estao estão no dominio
domínio de regularidade do
movimento. Pode acontecer que parte do interior de C C' nem seja ocupado
fluido,, como veremos adiante; ou 0o interior de C
pelo fluido C' contenha uma ou mais
singularidades do potencial complexo. (Veja 0o Exemplo 7.3 adiante.) Nesses
circula~iio l¬,
casos a circulação definida em (7.5) pode não
r, definida nao ser zero; ela representa
então
entiio uma medida do que 0o escoamento tem de componente “circulatória”. "circulat6ria".
Por isso mesmo uma singularidade Zo torno da qual rI` #
zg em tome aê 0O eé chamada
oórtice de intensidade F.
vanice r.
oO fluxo e a circula~ao
circulação podem ser calculados, separadamente, efetuando-
integra~6es em (7.3) e (7.5)
se as integrações (7.5),, respectivamente. Mas ha há. um
urn jeito mais
fácil de se fazer isso, calculando uma única
facil unica integral complexa. Basta notar
que
fa
C
F'(z)dz = fa
C'
- iv)(dx + idyl
(fu. -1§'u)(d:c
(u idy)
=ƒ
= fa
udx
C
+ vdy + i udy
ud:1:+'vdy+iƒ udy-fudzr.
- vdx . faC
Mas, pelo que vimos atrás,
atras, estas duas últimas são, respectivamente,
ultimas integrais sao,
a circulação l` e o fluxo Q do campo de velocidades relativos a
circula~iio reo à curva C:
fac
rrzƒq-tds
= q. tds ee Qzƒq-ads.
Q= q. nds. fac (19)
(7.9)
Portanto,
faif 1‹¬*'(z)dz z r1¬ + éQ
C'
F'(z)dz = iQ
Capítulo Aplicaqoes a
Capitulo 7: Aplicações à. diniimica iluidos
dinâmica dos fluídos 217
ultima integral e
Observe que esta última é a própria varia~ao de F (z) em volta
propria variação
de C de forma que podemos escrever:
r1¬ + iQ
‹¿Q = fa F'(z)dz z [1‹¬(z)]C.
F'(z)dz = [F (z)lc· (mo)
(7.10)
0°(gfll se
Fig. 7.8
A velocidade complexa e
é dada por
par
,
F'(z) _ -il<
= -'i/sí = -imã _ -I«
-il<-Z = --r¿(yy+ix).
+
F (Z) 27r
21rzz _ 27rr2
2'n"r2 2'rr'r22
27rr ''
218 Capitulo ApJicaqoes àa diniimica
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
Buidos
logo,
_ -I<Y
-sy _ I<X
sa:
U=-- e v= --2'
U_É e U_É
2m· 2
27rr
nmn ponto Zo
A velocidade num = re
zg : iO
Teia eé tangente ao círculo
circulo Tr = const. e tem
tern
módulo Iql
m6dulo |q| = sz/21rr; ela está
= I</27rT; esta dirigida no sentido anti·horario ré > 0O e no
anti-horário se I<
sentido horario H: < 0.
horário se I< O. Observe que a intensidade da velocidade,
|F'<z›| == 2:r'
|q| == IF'(z)1
Iql
1‹¬'(z)
F , (z) = VV -- -52% V ((11z-_o- )
il< = V
27rz Z
(712)
(7.12)
-;=
z (z-zo)+zo
(z- zg) +20 l- =
1 - (zo z)/zo F5 /äx ~
(zg --z)/2:0 =];
8* '\___/ `
I-°
,
segue·se que
S€gLl€-SG (1116
, V (z - zo) 2 27rv2 2
F (z) =
F'(z) : Y + O[(z -- zo)
z0)2]] = - .- (z - zo) + O[(z -- z0)2].
- ag) zo) ].
Zo tl<
Vemos assim que, nas proximidades do ponto de estagna~ao
estagnação z == Zo,
zg, 0o es-
coamento aproxima-se daquele correspondente ao potencial complexo
i1rV 2
i7rV
Fo (z) =
FD(z) = --(z
:(z - - zU)2.
zO) 2
-K.
Aplica,oes a diniimica
Capitulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos 219
z ¡-
z,
-=---------
zu
jm
Fig. 7.9
Voltando it
a Eq. 7.12, vemos que 0o escoamento apresenta um vortice
vórtice na
rota~ao pura, no
origem, em cujas proximidades ele se aproxima de uma rotação
sentido anti-horario,
anti-horário, pois I<
rc < O.
0. Daí
Dai 0o aspecto das linhas de corrente nas
proximidades da origem, como ilustra a Fig. 7.9.
Observemos agora que
F'(z ) ->V
F¡(z) --+ V com zz->oo,
--+ 00,
(vx
1‹¬(z)=(vz+
F (z) = + ;:)
a +z: (v;z,z- âiogf),
+i ~ 10gr) ,
(Vy 2:
de sorte que
1/J Vy
ip == Vy -
fe
I<
logr.
2- log
~ ~
27r
fr
r.
Ora, fun~ao e
Ora, esta função é par na variavel sr:
x: .'
1/J( ~ x, I-U)
¡›b(_$=~ y) =
: 1/J(x,
w($=~ y).
Exsncícros
EXERcicIOS
F (z) = .!L
F(z) log z, q real.
älogz,
21r
Mostre que a origem e genuína se q > 0, sumidouro
é uma fonte de intensidade q (fonte genuina
se q < 0)
0);; que 0o escoamento não v6rtices; que a velocidade e
tem vórtices;
nao tern é radial e comporta-se
como l1/r.
IT. DêDe uma interpretac;ao fisica a este fata,
interpretação física fato, explicando por que, fisicamente, a
velocidade nao
não poderia variar como loglogr1' au Ira com ll'
ou l1/tr” 75 l.
cu =j:. 1.
3. Estude 0o escoamcnto
escoamento resultante da superposição rotação pura [F(z) =
superposic;ao de uma rotac;ao
(q/ 27ri) log
(q/21ri) logz)
z] com 0o escoamento radial do exercicio
exercício anterior
anterior,, isto
ista é,
€i, com potencial
qfi qQ
F (z) =
F(Z) 2 log z+ -2.logz.
= šlOg3+Êl0gZ.
1r 1r'
hipoteses de q e K.
sob as varias hipóteses ra serem positivos ou negativos.
5. Estude 0o escoamento correspondente ao potencial F(z) = a/z a/ z,, a> 0. Mostr~
a > O. Mostre ququee
nao possui fontes ou vórtices.
ele não v6rtices. Faça
Fa<;a urn
um grafico
gráfico das linhas de corrente e das linhas
eqiiipotenciais.
eqüipotenciais. Estude a varia<;ao
variação da velocidade ao longo
lango de uma linha de corrente.
tambcm 0o caso a < 0O e 0o caso a =
Considere também = ib com b real.
6. Estude 0o escoamento resultante do potencial
PQ):
F( z) = ....'L log z + 0 =
Zgílügíüí Ú 2çTlog(z+e);6log(z-E),
q log (z + 0) -log(z - 0)
47ft" Z - e 27f 2e '
onde q e cE sao
são positivos. Mastre
Mostre que este escoamento possui uma fonte ern em 2:z = -e e
= -E
um sumidouro em z = c,
urn E, ambos de mesma intensidade q. Observe queque,, quando e ---+
-› 0O,,
exercício anterior com a == q/
o potencial aqui considerado tende ao potencial do exercicio 2rr.
q/2112
Par causa disto 0o escoamenta
Por exercício anterior ée chamado de "doublet".
escoamento do exercicio “doublet”.
7. Esboce as linhas de corrente e linhas
lin has eqiiipotenciais
eqüipotenciais do escoamento associado ao po-
pa-
tencial
Fiz Z _ Z1
F(z) = ~logZ-ZI.
F(z) 2rr~ log Ez --_ Z2
Zz I
Mostre que zl
Zt e Z2
zz sao v6rtices de intensidades
são vórtices intcnsidades K, -az, respectivamente.
sz e -K.,
Capitulo Aplica<;i5es it
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica dos fluídos
Buidos 221
ESCOAMENTO EM VOLTA
DE UM CILINDRO CmCULAR
CIRCULAR
o e
O problema que vamos resolver agora é 0o de achar 0o potencial complexo de
urn escoamento fluido
um fluido em volta de um urn cilindro circular de raio R, colocado
perpendicularmente ao plano xy. Fisicamente, a situa~iio situação corresponde a
perturbar um
pertiubar urn escoamento paralelo, com a introdu~iio
introdução do cilindro. O 0 resul-
tado sera urn escoamento com linhas de corrente que se aproximam de retas
será um
paralelas, tanto mais quantaquanto mais nos afastarmos do cilindro. A veloci-
dade do fluido tambem
também sera tanto mais próxima proxima da velocidade da corrente
não-perturbada quanta
niio-perturbada quanto mais longe do cilindro estiver 0o ponto considerado.
Suponhamos 0o cilindro centrado na origem, de forma que 0o movimento
domínio Izl
se passa no dominio |z| > R. Seja Woo ww == U oo ~
oo.: - ivoo
ivo., 0o valor da velocidade
complexa do escoamento não-perturbado.
niio-perturbado. Com a inserção
insen.iio do cilindro vamos
obter urn
um escoamento regido por um urn potencial complexo F F (z) tal que a
velocidade F' (z) devera
F'(z) fun~iio regular no dominio
deverá. ser uma função domínio Izl|z| > R, apro-
ximando o0 valor V V>0 O com Izl ---> oo. Entiio
-› 00. Então 0o desenvolvimento de Laurent
de F' (z) referente a à. origem devera
deverá assumir a forma
, Cl C2
F'(z)=v+°-1+°-2+...,
F (z) = V + - + 2" + ... ,
z z22
|z|>R.
Izl > R.
F(z)
F(z) =z Vz C1 logzz ~ -C2c3z
vz + c1log c
C3
2;, .
~ - 2 ~ ...
2z
(ms)
(7.13)
C_¡'=(l._-¡'+ib¡', j=1,2,...,
teremos:
_
iO . . a2 + ib
` 2 - iO
. a3 + ib
'b3 -20
F(z) = Vre'9 +(al+2bd(logr+211)~
F(z)=Vre +(a1 + ib1)(log'r + id) - Ê7&e_*6 e ~ e_29
- 22 e ~ ..
. ...
r r
222 Capitulo 7: Aplicações a diniimica
Aplica90es à. dinamica dos fluidos
Buidos
As funções go e ,p
fun~6es cp 'gb podem agora ser obtidas facilmente. Esta última,
ultima, em
particular, sendo a parte imaginaria
imaginária de F(z), e
F (z), é dada por:
POI':
ou ainda,
au
a2 + Vr2
V2
Il: = a19+b1logT+-(%`l-send
alB + b,logr + senB
r
b
b2 a
a3 bb3
- -2cos6l+
-cosB+ - %sen26-
, sen2B - -%cos9+...
2'2 cosB+".
rr 21°
2r- P'
2pz
RZV
F(z) = Vz +ib1logz + -7.
fg
1 1‹¬'(z)âz
Jc F'(z)dz z [1‹¬(z)]C =z ibl[log
= [F(z)Jc âz›1[1‹z›g zJc
z]C == -21l'b
-2».-fa..
. l.
fluxo Q e
concluímos que 0o fluxo
Daqui e de (7.10) concluimos circula~iio tem
é zero e que a circulação
intensidade K. = 21l'b
H. = 21rb1.l . E
E mais apropriado escrever F(z) em termos deste
parâmetro K.,
parametro rf., da velocidade V no infinito e do raio R do cilindro:
F ‹z›
F(z) == Vz
V + 2,,rs: «ez
z 21l"
+ -¬l
K.
-.logz+
-|- -
í.-.
R2V
Z
z ‹ ›
(7.14)
7.14
2
Flfzl =V+'-L"
21rzz
Hz
z2
z 2_ W- z -_ R
R 2:
2 iK 2
--
gflvz =00,
27fV '
raízes sao:
cujas raizes são:
19 caso: '"
1Q ft < -41rVR.
-4fl'VR. Entao
Então as duas raizes em (7.15) sao são distintas
imaginárias. Como seu produto e
e imagmanas. é --R2,
R2 , somente uma delas estara no
fluido, Izl
dominio do fluido, |z| > R. Neste caso o0 escoamento tem
tern 0o aspecto indicado
na Fig. 7.10.
29 caso: '"rc =
2Q = -47fV R. Agora as raízes
-41rVR. raizes em (7.15) são
sao coincidentes e seu
valor comum ée Zo = iR. 0
zg = O escoamento esta
está ilustrado na Fig. 7.11.
339-Q caso: -47fV
-41rVRR < '" O. Neste caso as duas rafzes
is: < 0. raízes estao
estão simetrica-
mente dispostas em rela~ao
relação ao eixo OyOy,, portanto seus m6dulos
módulos sao
são iguais
estagna~ao sobre 00 cilindro Izl
a R. Temos assim dois pontos de estagnação = R eo
|z] = e o
escoamento apresenta 0o aspecto ilustrado na Fig. 7.12.
224 CapItulo Aplicaqaes ãa diwimica
Capitulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
Buidos
_
q-II-I-'_
mlí- m
Fig. 7.10
Fig. 7.10
Fig. 7.11
_*
In.
É
I.- Í
Fig. 7.12
Capítulo 7: Aplicações
Capitulo ApJica<;i5es itã dinamica
dinâmica dos fluidos
Buidos 225
nxnncícros
EXERCICIOS
1. Discuta 0o escoarnento
escoamento resultante do potencial (7.14
(7.1-4)) com K.
rt == O.
0. Analise a situac;ao
situação
não
DaD somente no dominio
domínio exterior aD tambem em Izi
ao cilindro, mas também |z| < R. Observe que
nas proximidades de zz == 0O 0o escoamento se aproxima daquele corresponciente
correspondente a umurn
doublet (Exerc. 5 atras ). A Fig. 7.13 ilustra as linhas de corrente externamente ao
atrás).
cilindro.
2. V > 0O e K,ra > O.
Discuta 0o Exemplo (7.14) no caso V 0.
3. Considere 0o escoamento em volta de urn um cilindro circular de raio R, cuja velocidade
ia
complexa no infinito
infinito scja
seja agora Wwo.,
oo == Ve-
Ve"° e não
DaO V. Ista
Isto signifiea
significa que a velocidade
infinito sera
vetorial no infinito será 0o vetor qm =
vetar q= = V(cas
V(cos oofii +
-+- sen oj
orj), modulo V
), de módulo V,, fazendo urn
um
ãngulo aof. com 0o eixa
angulo Ox. Mostre que esse escoamento ée dado peto
eixo Oz. pelo potencial complexo
2
K, Rw
R2 wo;
F(z) -w.,.,z+%¿1‹›gz+
F (z ) = w=
21ft
Í.
z + - . log z + - -=-.
z
(7.1s)
(7.16)
===~n
R/3:.f
--~ :::===:::-
------
:_¶\__._,_./,-_-__--___*
Fig. 7.13
Fig. 7.13
ESCOAMENTO EM VOLTA
DE UM CILINDRO QUALQUER
Na se~ao
seção anterior a hipotese
hipótese de que 0o cilindro fosse circular levou ã a deter-
minação dos coeficientes
mina<;ao coeficientes em (7.
(7.13) à. obtenção do potencial (7.
13) e aobten<;8.0 (714).
14). No caso
de um
urn cilindro qualquer, esse método
metodo já não eé aplicll.vel,
jll. nao determina~ao
aplicável, e a determinação
do potencial complexo tem
tern de ser feita de outra maneira.
Todavia,
Todavia, mesmo com a forma genérica
gen<irica (7.13), podemos calcular a cir-
cula~ao
culação e provar que ao coeficiente
coeficiente Cl
cl deve ser um urn número
numero imaginário.
imaginll.rio. De
fato, sendo CC' uma curva fechada simples envolvendo 00 perfil perfil do cilindro no
sentido positivo, de (7.13) obtemos:
[F (z))c == 27ric1'
[F(z)]g 2'rr'ic1.
226 Capitulo 7: Aplicações
Capítulo a diniimica
Aplica~Oes ã dinâmica dOB Buidos
dos fluidos
Daqui e de (7.10),
(7.l0), concluimos
concluímos que
rI' == -2:dm cl
-2rrImc1 e 27TRecl.
Q == 2rrRec1.
Estas rela~iies
relações nos mostram que 0o número
numero CI cl deve ser imaginario
imaginário para que 0o
fluxo Q seja nulo. Portanto, se rc circula~ao , entao
rt eé 0o valor da circulação, c1 = rc/
então CI K./2m'
27Ti
e 0o potencial tern
tem a seguinte forma
forma::
rcfr
_ Vz -l- 2% _2
OO
00 en
ea
F(z) -
F (z) =Vz+-. logz
log z- " _?
( _ 1)Zn_1,
) I ' (7.17)
27r'Z L n - l z1t
n=2
:S na
A DIN.AMICA
DINAIVIICA DO MOVIIVIENTO
MOVIMENTO
sS
n
ll
Fig. 7.14
Fig. 7.14
superfície fechada S, seja n 0o vetor normal unitário
Dada uma superficie unitario externo,
isto e,
é, dirigido para fora de SS (Fig. 7.14). Entao,
Então, num elemento de superficie
superfície
dS, a for~a
força de pressão
pressao que 0o fluido
fluído no interior de S exerce sobre 0o exterior
eé (pds) n , enquanto que -(pds)
(pds)n, -(pd.s)n for~a, de fora para dentl·o,
n eé a força, dentro, no mesmo
Aplicac;iies a
Capitulo 7: Aplicações diniimica dos fluidos
à. dinâmica tluidos 227
-J h
-/Lpnâs. pndS.
--/Cpnds= J
ic pnds = --/p(n_›,;,
p(nx , ny)ds.
/Cpnrds =
icpnxds = Ji ~:ôp
ãšdxdy
dxdy ee Lpnyds =
icpnydS Ji ~~õp
: //R íydxdy;
dxdy ;
-]pnd.s=-[/
- ic pnds = -
C'
Vpdady.Jk
\lpdxdy.
- R
Como se vê,
ve, a expressao
expressão --Vp
\lp tem
tern 0o significado
significado de força
jor9a por unidade de
volume, pois produz a for~a
força resultante sobre R quando integrada sobre esta
regiiio
região (ou melhor, sobre uma regiao cilíndrica, correspondente it
região cilindrica, ã superficie
cilindrica 5' referida acima).
cilíndrica S
Vamos, em seguida, obter a equa9iio
equação de conserva9iio
conservação do db momento linear,
linear,
segunda lei de Newton (for~a
correspondente ita seguuda (força: = massa x>< acelera~ao).
aceleração). Uma
dedução dessa equagao,
dedugao equação, numa situagao
situação geral
geral,, esta Se~. 7.2.2,
está feita em [A3], Seç.
Exemplo 3. Faremos aqui uma dedu~iio dedução apropriada às as hipoteses
hipóteses em que
estamos trabalhando.
Come~amos
Começamos por observar que ppea é a massa por unidade
uuidade de volume e --Vp \lp
for~a de pressão,
a força pressiio, tambem
também porpar unidade de volume. Entao, Então, desprezando
equa~ao
forgas, a equação
quaisquer outras forças,
dq- =
dq
dt =
Pp_
dt
-VP
-\lp (7.18)
( 7.18 )
228 Aplica!foes a.
Capitulo 7: Aplicações à dinarnica
dinâmica dos fluidos
Buidos
dq/dt
exprime a segunda lei de Newton, pois dq/ acelera~ao. Notando que
dt eé a aceleração.
equa~oes escalares:
Com isto, a Eq. 7.18 se desdobra nas seguintes equações
estagnagao
estagnação em P P e Q no referido perfil.
perfil. 0O eseoamento
escoamento come<;a
começa com veloei-
veloci-
dade V V no infinito it
à esquerda, bifurea-se
bifurca-se em P
P,, voltando a reunificar-se
reunificar-se em
Q, para, finalmente, velocidade V
finalmente, reassumir a veloeidade infinito it
V no infinito à. direita. lnvo-
Invo-
quemos agora a Eq. 7.20. 7.20. Ela nos diz que a velocidade aumenta quando
a pressão pressao aumenta.
pressao diminui e diminui se a pressão aumenta. Portanto,
Portanto, se os pontos
de estagnagao
estagnação forem tais que o0 areoarco superior PAQ
P AQ seja mais longo que 0o
arco P EQ, aa. velocidade
areo inferior PBQ, veloeidade do fluido
fluido ao longo do primeiro desses ar-
terá de ser maior que a velocidade ao longo do segundo areo,
cos tera arco, pois as
particulas que se bifuream
bifurcam simultaneamente em P P devem ehegar
chegar no mesmo
instante em Q. Assim
Assim,, a pressão
pressao sera
será maior na parte de baixo da asa do
que na parte de cima,
eima, e, eonseqiientemente,
conseqüentemente, as forgas
forças de pressão
pressao terão
terao uma
resultante dirigida de baixo para eima,cima, que ée a força
forga de levantamento ou
sustenta<;ao.
sustentação.
conseguir esse resultado e
Evidentemente, para se eonseguir neeessario produzir o0
é necessário
eseoamento
escoamento deserito
descrito aeima, estagnação P e Q
acima, com os pontos de estagnac;ao Q convenien-
conseguir isto ée uma questao
temente posicionados. Como eonseguir questão ãit parte, sobre a
qual voltaremos a comentar mais adiante.
A
.
_.. _. Q
“W ,Je
_/
Fig. 7.15
f=Xi+Yj:-jgpnds.
f=Xi+Yj= - kpnds .
230 Capítulo Aplica9i5es ità diwimica
Capitulo 7: Aplicações fluidos
dinâmica dos fluidos
Introduzindo aa forma
Introduzindo complexa fƒ =
forma complexa =XX -- iY,
iY, ee levando em conta
levando em conta que
que
'n._,,ds =
nxds = dy e nyds =
= -dx,
expressiio anterior e
a expressão é equivalente a
ff z X
X -- iz1Y
Y == kÃ? -p(nx
-p(n,, -- iny)ds == -/Cp(dy
- kP(d Y + idas)
idx)
= kp(dx -idy)
-if p(d:c
-i
C
- idyl = Paz
-if pdf
= -i k
C
ip Jr (
. =2 2A) az. 2A
ff=X-éY=Í/
= X - ,y ww + p
(w>zõ+-)dê.
2 ec P
Ora, 2A/pP ée constante e a integral de az
Ora, 2A/ dê e
é zero, como se verifica
verifica facilmente;
logo,
logo ,
ff = X-éyzä/wma
. = iPJ
X -,y -
2 e
-
wwaz
2 c
ip
ÍP
= 2
r
-2-Á:[w
?2
Je [w -dz
_
+ w(waz
dz+w(wd§-wdz)].
- wdz)].
waz-wdz
Édš - wdz = 2ilm(waz)
2é Ir11(Wdš)
= + iv)(dx
22' In1[(u +
2ilm[(u - idyll
i'u)(da: - '¿dy)]
=
= -2i(-udy+vdx)
-21l(-udy + vdx)
=
= -21I(unI = -2i(q·
-2i(unx + vny)ds = -2i(q - n)ds.
n )ds .
ff =
= XX -_ af
. z
,y = -ig. J
ip L ‹w(z)2az.
2 e
w(z) 2 dz. (121)
(7.21 )
Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações à diniirnica
dinâmica dos fluidos
fluidos 231
Fórmula
F ormula de Kutta-Joukovski
= iP
Í/ 1 (V2 + v", + ...)
22 Izl
|z|=R
~R
(V2+l̀-+...)dz,
'frtz
7rZ Z
dz,
ff = X - iY = V
X - Vnpi.
"'pi.
Y == -Vfizp,
= -V",pL.
Y= -V;-f.pL.
Mais_
Mais geralmente,
geralmente, suponhamos
Suponhamos que
'
a Velocldade
que 3' velocidade co~ple,xa,
1 xa no infinito
Confpe, , no _ infinito
.
.
Seja W
w oo _ V
- Vz-34°-it> e nao
- V. Entao como no Exerc.
e não V. Então,, como no Exerc. 3 atras, e facJl
3 atras, ed faënl venficar
v‹-Išr1fiCäI
seJa OU -1 e_ .r (7 17)
caso e
que esmo dee 7.17
. ,z com00111
que a0 potencial
potencial complexo
complexo adequado
adequado aa este
este caso mesmo
o 00 111
wa, em lugar de V
Woo V,, isto e,
é,
en
<7.22))
DO
HiK, . log z -__
F (z ) = woo z + -2 L (n _ l )zn
00
1· (7.22
7r'l. n= 2
232 Capitulo ApJicaryoes a
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos iluidos
à. dinamica fluidos
A expressiio
expressão da fon,a,
força, por sua vez,
vez , passa a ser
ff z
= X
X - of == Ve
- iY Ve-i“zzpLà
- ia",pLi = zé '¿°(Vz‹z¡›L).
= ie-ia (V",pL).
Portanto,
Portanto , __ |
1ƒ = X
X +
+ iY = -ieia (V",pL),
-2`.e“'(V:-f.pL), (7.23)
o que significa que a força = Xi +
for~a ff = + Yj eé perpendicular ità velocidade qqoo oo
no infinito
infinito (Fig. 7.16). Além dire~iio de f
Alem disso, a direção rota~iio da
f eé obtida por rotação
velocidade de um urn iingulo
ãngulo de 90
0
90°,, no sentido positivo se '" < 0O e no sentido
rf. <
negativo se '" 11: > 0.
O.
expressão (7.23) da for~a
A expressiio força eé conhecida como fórmulaformula de Kutta-
Joukovski, obtida independentemente por W. Kutta em 1902 IQO2 e por N.
Joukovski em 1906. O 0 lingulo
ângulo c>, a, que supomos estar compreendido entre
zero e 90 0
90°, e chamado ilngulo
, é ângulo de ataque.
A analise feita ate até aqui deixa em aberto varias questoes,
questões, dentre elas a
determina~iio do potencial complexo (7.22) e do perfil
determinação a~iio
perfil da asa que sofre ação
força (7.23). Estas questoes
da for9a questões seriio
serão resolvidas adiante, para 00 que temos
transforma~oes especiais nas se90es
de estudar algumas transformações seções seguintes.
f
¬ ___ _. /
q~
flw
Lylf
aí - -› - -- .I .Zir-
-----------------------
Fig. 7.16
A transformao;;iio
A transformação de Mobius
Möbius
o
O objetivo desta se9iio
seção eé provar que toda fun9iio
função do tipo ·
w_ az-I-b
az +b
w---
cz +d '
--cz-l-dl
chamada
cham transformar;iio de Möbius,
ada transformação M iibius, tern
tem a propriedade de levar qualquer
reta numa reta ou circulo
círculo e tambem
também qualquer circulo
círculo numa reta ou circulo.
círculo.
CapitUlo ApJica<;oes a
Capitulo 7: Aplicações à. diniimica
dinâmica dos fluidos 233
az`Z+b(L;LZ)
azz (Z+Z)
+ b - 2- + c 2i +
+c(í-Záz) +d:0;(Z-Z)
d = 0;
~ ~ w ww
a
+
b 1
+
ww w22 w
w
1
(2. 1)
+ ..': + d = 0;
T_+'"(_+:)+-_.(--:)+d:05
c
22
2t
(2.w
1
_w1)
ui w
1
b
b _ c _ ___
.e +2
<11- (w +
š(3.u +119)
w) ~ 2-Z_-,Íw
- 2i (w - - ug)
w) rdufaf =.O,=
+dwv) = D,:
d(u22 + v2)
d(u U2) +bu
-|- bu - eu + a = O.
-cv+a 0. (725)
(7.25)
A função 1/
funfiio w = 1/2:z transforma qualquer reta e qualquer circulo
círculo numa
reia ou num circulo.
reta au círculo.
az+b
az +b
zm
W= - --. 7.26
(7,26)
w cz+d
cz +d ( )
234 Capitulo ApJiea"oes a
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos iluidos
ã diniimiea fluidos
a ..
Se ec =
= 0, teremos w = ~z +
= as b, e esta transforma~ao
+ b, transformação leva retas em retas e
círculos em círculos
circulos circulos (Exercs
(Exercs.. 1 a 3 adiante). Se colO,
c 72 0, podemos escrever:
w =
a(ez + d) + be - ad = -a + be - ad . -11-Í
a(cz+d)+bc-ad_a+bc-ad_
--'---,--'---~o--
w_ e(ez+d)
c(cz+d) -ce ec ez+d
cz-I-d
transforma~ao (7.26) e
Escrita nesta forma, visivel que a transformação composi~ao de
é a composição
transforma~5es, L1,
tres transformações,
três L\ , Lg,
L 2 , L3:
w = L3L2L1(Z),
onde
L1: c--> z \ = ez + d;
L\ : Zz+_~›z1=cz+d;
L2: Z1i%`*Z2:l/E1;
Lg! z\ c--> Z2 = l /z\;
L3: Z2 c--> w = aZ2 + (3,
2:21-+w:azz+f'l,
sendo a : = (be
(bc -- ad)/c e (3[3 =
: a/ c. Ora, como já.
a/c. jli vimos, cada uma das
transforma~5es L
transformações L1, L 2, L3, tem
J, Lg, tern a propriedade de levar retas e cireulos
círculos em
retas eJo u circulos.
e/ ou conseqüência, 0o mesmo e
círculos. Em conseqiiencia, transforma~iio
é verdade da transformação
transforma~iio (7.26).
-w
Exniaoícros
EXERCicIOS
qr
SUGESTOES
5. transforma<;oes e
Para lidar com 0o produto de transformações é convenicnte
conveniente introduzir a notat;ao
notação
.. a transformação
, -., w az +
+ bb _ _
A SSlln
Assim translorma<;ao iu =
= -Í-E- passa a seT representad a na fforma
ser representada orma matricial:
cz
cz+d
A TRANSFORMAÇÃO DE
A TRANSFORMAQAO JoUi<ovsKi
DE JOUKOVSKI
nu-
1 ¿,22 2+a22
wJ(z)§(Z+
w +a ,
= J (z) = -1 ( z + -aZ)) =-Zz2 2Z (7.27)
2 z 2z
22-2wz+a2 :0.
2
Como estas raízes
raizes satisfazem a relac;ao
relação 2122
Z lZ2 =
= aa2,, vemos que, ou ambas
estão no circulo
estao |z] = aag,) ou uma e
círculo Izi 2 é interna e a Dutra
outra externa a esse circulo.
círculo.
Somente os pontos w iu =
= a ew ui =
= -a provêm
provern de raizes duplas, z = =aez= = -a
respectivamente. Os pontos do segmento [-a, +a] +aJsao
são imagens de pontos
conjugados z = = ae±iO circulo Izl =
aeillg do círculo = a,
a, pois JJ(ae±iO)
(aeim) = : cosO.
cos 9. Vemos
então que JJ transforma, bijetivamente, tanto 0o interior quanta
entiio quanto 0o exterior
círculo Izl
do circulo |zI == a, em todo
to do 0o plano w ui,, excetuado 0o segmento [-a,[-a, aJ
a]..
Esta propriedade de JJ se generaliza quando consideramos um circulo U
passando pelos pontos z = ±a, nao
: :|:a, círculo Izl
não necessariamente 0o circulo = a.
[z| : a. Para
236 Capitulo Aplical.'oes a
Capítulo 7: Aplicações à. diniimica
dinamica dos iluidos
fluidos
= J(z)
w: J (z) =
=S - lTS(z)
S"1T.S'(z)
de w
°
Imw > 0 (Fig. 7.17). Observe que este arco faz com o0 eixo dos :irx no plano
porito w = a, 0o mesmo angulo R 2o.
ui,, no ponto to = ângulo 2()
26 que o0 raio Rzg.
transforma~6es S, T, SS4,
Voltando a cada uma das transformações - I , vemos que S S' leva 0o
círculo Unum
exterior do circulo U num dos semisemiplanos
pIanos da reta TU;
rg; TT leva este semiplano
Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações à dinâmica
dinamica dos fluidos
Buidos 237
R 2B; e S`1
num plano cortado que exclui 0o raio R2,-gi; S-1 leva este plano cortado no
plano w, excluindo 0o area
arco L, eujos
cujos extremos w ui =
= aew = = -a sao
são imagens de
w1 =
WI O e WI
= 0 url = respeetivamente. Portanto,
oo, respectivamente.
= 00, transforma~ao de Joukovski
Portanto , a transformação
JJ = S -ITS transforma, bijetívamente,
= S`1TS' círculo U no plano w
bijetivamente, o0 exterior do cireulo iu
arco circular L. Esta eé a anuneiada
sem 00 areo generaliza~ao do easo
anunciada generalização caso em que U
eo cireulo Izl =
é o círculo = a e 0o areo
arco L
Leoé o segmento [-a, a].
(2)
(z)
f
'= -5*
-u' :H-"'
-í -- =.- - ._:r.. _
1 1 ziii-‹T-ar ' ; f_.:-.J
-` "
_ 3555555555555E5E555E5=5E5=' `
-:;z,:;z,':;EÊE5:5E5E5E;E5E;E;§i=z==`
¡:z_-:_:¿.-__|;
' z ._ . 1
.EE-F_~_
zêãiáiszêêê iͧÍÊl="'-H .í
rlšil-E§ÊÍÊ;' Í
'i-*Ê
'll "-
=='§:,:§j.;§ê;§ê§â;¿;§;§_ .z *
`-Í'-_'-`:'>.i.šíi'âÊ;:z:= H "
1---1vê" ¬-fz
--z-z.=‹-.z-_ .
.-_‹§:_eã '1;.- '
...tz--z -,__
,.=:.:zi-i-irzrzê-1=z¿=z1'
.. ·
·
"'
.. ...ei-.'=ÍE'=.f.`
T, -'-"-,;*-ri-?,:;z,*.,:'z5:'z:z;zz=z5.¡z5z;z=z;z;zjz,
==-- '-.ze-*-:fz-:.-.;.;.-+_;.-.;.;.-.;.;.-
-.==zter-5:5:5=a=a=i;-â=a.5=z=5=zz.z.-.-- -
-'
=I'*I'
_--_,ø
.Ú
.' /
(Zi )
(Z,) (w,)
(Wi l
rU
ru Rza
_z-:gz-:-:-zgzgzz_z¿z_zz¡zz¿z_zz¡,¡ - _
-5`Ê`Ê5Ê5Ê=ÊIÊ`Ê-Ê5ÊlÊIÊ.Ê`ÊÊ`Ê=Ê*ÊZ5 :l :-z :ii :Í-É É-Í=Í 'É -É
¬ 'iT_f.z
*' àz '
Fig. 7.17
Fig. 7.17
238 Capitulo Aplica~oes it
Capit ulo 7: Aplicações ã diniimica
dinâmica dos fluidos
fluidos
(z)
(2J
- ',
z.
- 'z _
_ lã='~à_.'. Q
-.¡'_'-.¡.¡.¡.`Í `Ê5';›_i§:ã§j§ÃÊÍz Ef" _¬..'.. _ _
-*'*r;ÊêÍi'.;:-'*>'-T " f.
' l ~. : l' `4¬'- -..-,-
Vi _' §EÍ=i.z-z'¿.-Ê._
.- +-ar _ -;z;
-l '.i`?Ei¡¿~.
(w)
-._ _ _- ._ _.__i'--..¿~¿¡_::¡,_:;_?:_.__ ,..__zz§-_._,_,¡.:;.\3:.
_
I ' _-:=.' .-
ä. -
.,..*' _; .-
" ‹*Iâiš¿í;._-lifiíë - - == ..._ -à..
pm _
.-z .=.-r"z'..i
'a:1"'-'= - '_ =. ._
.-
_¿. ã :.._¿<_z...- .__
-¬-¬:-“-*-šmãesszer
- =-~- - +~- -fi --f - -
'
-" : '-
'
.
_.. " f7
"`“=i?"""-i5*¿'=Ê,Ê.§ ' -£- -"_f-Íf*_3 '
5
Fig. 7.18
Vamos considerar agora, alem além do circulo U ,, urn círculo U' ,, de cen-
um outro circulo
Zo e raio rr,, tangenciando U no ponto 2:z =I a.
tro 2:0 a. A transforrna~iio
transformação JJ leva U'
numa curva fechada C C' (Fig. 7.18); como U e U' se tangenciam em z : = a,
pode-se mostrar que C tem tern uma cuspide
cúspide no ponto z = a. J transforrna
a. J transforma
círculo U' no exterior da curva C. Esta curva
bijetivamente o0 exterior do circulo
perfil de JJoukouslti.
C eé chamada perfil oukovski. Observe que há. hi toda uma
urna familia
família de tais
perfis, a, Zo
paramet ros a,
perfis , dependendo dos parâmetros 2:9 e 8.
6.
oO potencial complexo
perfil de J
apropriado ao perfil oukovski
Joukovski
z= Zo + r(,
: .ag rÇ ,
7.18). Entao,
Então,
2
w = J (zo + r( ) =
'l.U=‹](Z[1+T'Ç)=ä
2
!
(zo + r( + _a__ )
(ZQ+TÇ+
. Zo + r(
) (7.29)
unitario 1(1
transforma 0o exterior do circulo unitário |Ç| = 1 no exterior do perfil
perfil C,
levando (Ç = oo em w
= 00 oo e tal que
ui == 00
dw r
É-Ê:-E
d( 2
em (çzoe
- em = 00 (130)
(7.30)
De (7.29) obtemos:
1
c - foi
( = f(w) == --}‹w
r
(w -- zo +
+ \/ze
Jw - «ze
Zo 2 - a2) (wi
(7.31 )
como a transform~ao
transformação que leva o0 exterior do perfil C no exterior do círculo
perfil C' circulo
unitário 1(1
unitario IÇ I == 1. Evidentemente, temos de escolher 0o ramo da raiz quadrada
de forma que f(oo) = 00 oo e J'(w)
f'(ui) > O0 em w ui = 00oo,, em virtude de (7.30).
Assim, para valores grandes de Iwl, |ui|, teremos:
~
/ a2 aag2 3a22
3a
Jw 2 - a2 =
\/w2-a2=w wv
11 - ~
w2-ui 2w-l-8w3
= w - 2w + 8w 3 ._
- ...
Em vista de (7.32),
1-‹¬' ‹<›‹›i -= Fo
F' (oo) Fó‹‹z›‹››f' ‹‹›‹›› == ~ve-iO,
(oo)J'(oo)
r
240 Capitulo Aplicaqaes ãa diDlimica
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
fluidos
F (w) _ _e_
F(ui) 2(ui Zo + J w 2 - a2 )
(w _ zg+\/ui2-a2)
2
- Zo + Jw 2 --aga2
+ -I<ic 1 w ui-z0+\/ui?
og --::.....:.--'-----
2m
27ri rr
r2Vei“
+
+ s -
+
2(w - Zo Jw 2 - a 2 )'
2(w--Zi)-l-\/wz-ag)
. (7.33)
(
7.33
)
× (lt./sz_"Jf_.;zrl
x
Observamos agora que a Eq. 7.20 (p. 228) não nao permite que a velocidade
cresça sem limites, pois A e
cres<;a pressao p e
é constante e a pressão é niio
não negativa.
negativa. Assim,
quando w iu aproxima 0o valor w ui = a, a derivada F' (w (ui)) deve permanecer
só e
limitada. Mas isto s6 possível, como e
é possivel, facil ver, se a expressao
é fácil expressão em colchetes
acima for zero para wiu = a, isto e,
é,
Ve`l“` + ic rgl/ei” ç O
2 21r'¿(a - zg) 2(a - zg)2
fc
I< = -27rrV
-21rrrV sene£> + 0).
sen(oz + «9).
Esta eé a relação
rela<;ao que procurãvamos,
procuravamos, entre a circula<;ao
circulação ft,
1<, a velocidade no
infinito Ve-
infinito Ve'“*ia e os parâmetros
parametros reO.
r e 6. Geometricamente ela significa
significa que um
urn
Capitulo 7: Aplicações
Capítulo Aplica,8es ità. dinamica
dinâmica dos iJuidos
fluidos 241
@___à___*
'I¬______í
"'*íII-
_ I 3 J."
nn-U-'---__*'
'~___________¬.
.fffƒøí-__.
/V
DID'-'I
-11-P
¬_”_¡_-_"..______
“_
.------.J_.. ~.
Fig. 7.19
242 Capitulo Aplica,oes a
Capítulo 7: Aplicações dinamica dos fluidos
à. dinâmica iluidos
TV-j__
**"¬;.s"-i:í; -.fa
“_- J ;¿;-,zãzš-_.:¿iz:z¡.¡¡
~.==- " 11.'... -
Ê*--.`
_ ' '_ zz.z.z.z-..¬.,....z..z›z-.=z;z=z=¿z==.fÉ=Ê¿
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“_
. - rf' -_ -Êz
__
_-í
mí.
Fig. 7.20
OS PARADOXOS DA TEORIA
REPREsEN'r_'AÇAo CONFORME
coN1z¬oR1\/IE
í
REPRESEN,-!:AQAO
EE APLICAQOES
APLICAÇOES -
Considerações
Considerac;oes preliminares
Vimos, no Capitulo
Capítulo 3 (pp. 110 e seguintes), que as partes real e ima-
ginária
ginaria fun~iio analitica
de uma função analítica satisfazem a equa~iio
equação de Laplace; e que,
se uma fun~iio variáveis reais satisfaz a equa~iio
função de duas variaveis equação de Laplace, essa
fun~iio
função pode fun~iio analitica.
po de ser interpretada como a parte real de uma função analítica.
Isso permite utilizar a teoria das funções
fun~6es analíticas
analiticas para tratar problemas
que envoi vern a equaqiio
envolvem equação de Laplace no plano.
Como dissemos no finalfinal do Capitulo
Capítulo 3, problemas de contorno, como
Neumann,, ocorrem freqüentemente
os de Dirichlet e Neumann Física Matemática.
freqiientemente em Fisica Matematica.
E uma das dificuldades
dificuldades que esses problemas of erecern se deve ao tipo de
oferecem
região Ronde
regiiio R onde siio
são considerados. Assim, conquanto seja relativamente faeil fácil
resolver explicitamente certos problemas num disco ou semiplano, a situa~iio
situação
complica-se enormemente em regiões Um procedimento para
regi6es mais gerais. Urn
contornar tal dificuldade consiste em transformar a região regiiio R em regiões
regi6es
mais simples, como discos au fun~iio que faz uma tal
ou semiplanos. Quando a função
transformação e
transforma~ao analitica, 0o problema torna-se perfeitamente tratável,
é analítica, tratavel, pois,
como veremos, a equa~iio
equação de Laplace permanece invariante par por esse tipo de
transforma~iio.
transformação.
Representac;ao
Representação conforme
ƒ'(z0) i=
J'(zo) gé 0, e seja cy urna
seja. 'Y uma curva regular passando pelo ponto zg, zo, dada por par
= ¿(t)
zZ ._= z(O) = zo.
z(t), com z({)) zo o Essa curva transforma-se numa curva rI` do plano
w,
w, dada
dada parametricamente
parametricamente por por w(t)
w(t) =
= fJ(z(t)), que Wo
tal que
(z(t)), tal 'wo = J(zo) =-'_-` w(O)
= f(2f0l 'wfol
(Fig. 8.1).
8.1). Observe que
w'(t) J'(z)z'(t) ,
w'(i) == f'(2)Z'(¢)z
de sorte
de sorte que
que ao ângulo e
anguJo 9 que
que as tangente
a tangente aa WIY.'> r Il9
.curva I no posto wg .fas
p9nt9 1Y9 fl3.Z ÇOHI
com 00
eixo real assim se expressa:
89 = argw'(O)
arg w"(0) = argJ'(zo)
arg ƒ'(zg) + arg z"(O).
+argz'(O).
89 == (J6 +
+ arg ƒ'(z0).
J'(zo) .
rF
yT'
____ w=
z--"""" !(z) --....
w:f(z)_`“L
89 e6
W
zo
Zu 0
Fig. 8.1
·'9'
8' == 9'
(J' +
+ ara
arg f'(zú)-
J'(zo).
8' 8 =
9' -- O = (J'
6' -- (J6,,
isto e,
é, 00 iingulo
ângulo (J'
19' --(9(J entre as curvas 'Y' e cy Iié preservado pela transJorma9iio
fy' e'Y transformação
Capítulo
Capit ulo 8: Representa,ao
Representação conforme e aplica,oes
aplicações 247
I,
ƒ, tanto em valor como em sentido de orienta,iio
orientação (Fig. 8.2).
Y'
y' F'
'Y / rI¬
9: 9
/ 9:9
z0
Zo
wo
Fig. 8.2
Invariiincia
Invariância da equação
equa<;ao de Laplace
w J(z) == u(x
w == ƒ(z) v›(f1=,, y)
:ul + iv(x,
ivífz U)
y)
uma fun~iio
uma função analitica
analítica que regiiio R
transforma aa região
que transforma R do plano zz numa
do plano regiiio D
numa região D
ar. Seji£
do plano '([f. Seja
<Í)(v¬
1' v) == <p(x,
(u, v) y)
<í>(f›'2. if)
isto e, í> e
é, l' transformação f.
çó pela transforma~iio
é a imagem de <p f. Calculando as derivadas
de <p
qb pela regra da cadeia, obtemos:
CPxx tl>uu{u
= ëuu
¢':r:r : x )2
furl? +
+ tPuvuxv
Ôurrurva: x+ (Douro: +
`l' <Puuxx tl>vv(v
+ fino x? +
(vx)2 + tl>vuvxux + <I>vvxx;
(I)*uu'U:r'U':c 'l' (I)*u'U-zzri
¢yy =
<Pyy <I>.,,,,,_(uy)2 +
= 1'uu(uyf ¢I>,,_,,uy'v¿,¡ +
+ 1'uvUyVy 1'uuyy +
+ <I>,_,uyy + <I>,,,.(vy)2
1'vv(vy f + + <I>,,,,t›¡,,.u,,
1'vuVyUy + + <I>,,,tf¿,¿,,.
1'vvyy .
Somando estas duas últimas
U1timas express6es
expressões membro a membro, levando ern em
equa~6es de Cauchy-Biemann
conta as equações Cauchy-Riemann e 0o fato de que u e v'u sao fun~oes
são funções
harmonicas, obtemos:
harmônicas,
<Pxx + <Pyy
šàzm + (Úyy = (Qiru +
: (1'uu Õvvlfuä +
'l' 1'vv)(u;, 'l' v;);
“gli
As = |f'‹z)|'2A¢.
E
É claro, entiio, = 0 {o}
t::.<p :
então, que A415 <=> A<I> 0, isto e,
t::.1' = 0, equa~iio de Laplace ée
é, a equação
transformações conformes J
invariante por transforma~6es ƒ nas vizinhan~as
vizinhanças de pontos onde
f'(z) /0
f'(2) as O.0›
Exnncíclos
EXERCicIOS _
1. transform~ao w =
A transformação = z2
2:2 tern
tem derivada diferente de zero)
zero, exceto na origem
origem;j portanto,
e
ela é conforme, exceto nesse ponto. Prove que ela duplica asos augulos
ângulos de retas que se
cruzam na origem.
2. Generalize 0o resultado do exercicio
exercício anterior para urw == ao + (z -- zo)n,
Zo + ista e,
z@)", isto é, prove
que essa transformação
t ransformac;a.o leva retas pelo ponto Zo,
zu, que fazem entre si um
urn ângulo
angula (xof,, em
retas pelo ponto wo,
wn, que fazem entre si si um ângulo
urn angu noz.
la net.
Capitulo Representação conforme e aplica9i5es
Capítulo 8: Representa9ao aplicações 249
'.
.1 Ã
8.2. Coroiario.
Corolário. Uma função
fun9ao analitica
analítica nao-constante
não-constante transJorma
transforma con-
juntos abertos em conjuntos abertos.
250 Capitulo Representaqiio conforme e apJicaqoes
Capítulo 8: Representação aplicações
De fato, se A e é um
urn conjunto aberto no dominio de f, J, devemos provar
pravar
que qualquer Woum E
6 ƒ (A) pertence a uma vizinhança
J(A) vizinhan<;a contida em ƒ(A).J(A). Para
isto,
isto, basta tomar zgzo E J(zo) = Wo
G A tal que ƒ(zg) 'wg e observar,
observar, pelo teorema ante-
%(wg) c
rior, que existem E:e e {j6 positivos tais que Va(wo) J(Vc(zo)) c
C ƒ(VÍ__.;(zg)) C f
J(A).
8.3. Coroi<irio.
Corolário. Uma função analítica não-constante
Junqao analitica nao-constante transforma
transJorma re-
gioes em regiaes.
giões regiões.
Com a mesma
mesrna notação
nota<;ao que vimos
virnos usando,
usando, resta provar
pravar que f (A) e
J(A) é
conexo. Sejam Wo'wg e w' em f(A), wg = ƒ(zg)
J(A), de sorte que Wo J(zo) e w' =
: ƒ(z'),
J(z'),
com zg A . Mas A e
zo e z' em A. é conexo, de sorte que Zo
2:0 e 2:'
z' podem ser ligados
por uma curva C toda contida em A. Entao,
Então, C' = ƒ(C) e
= J(C) é uma curva em
ƒ(A) wo e w'.
J(A) ligando Wo
8.4. Coroiario.
Corolário. Seja f J uma função
Junqao analítica
analitica num ponto zg zo e
'wg =
Wo := ƒ(z:0).
J(zo). Suponhamos que zg zo seja zero simples de fJ (z) - fwg, vale dizer,
- wo,
f' (zg) '"
J'(zo) 56 0.
O. Então,
Entao, w = f (z) transJorma
J(z) transforma uma vizinhança l/(zg) de :ag
vizinhanqa V(zo) zo numa
vizinhança V6(WO)
vizinhanqa V¿(w0) de maneira conforme, biunívoca e bicontinua, isto e,
conJorme, biunivoca é, ƒ
J
eé uma uaplicar;;iio
“aplicação topologica" au "homeomorfismo
topológica” ou “homeomorfismo”" de uma vizinhanr;.a
uizinhança na
outra.
Quando n = = 11 no Teorerna
Teorema 8.1, existe uma correspondência
correspondencia biunívoca
biunivoca
entre uma vizinhan<;a
vizinhança VaV¿('wg)
(wo) e sua imagem
irnagem pela fun<;ao J, de-
função inversa de f,
J - 1 = g. Claramente, essa imagem V(zo)
notada por ƒ_1 V(zg) - g(V¿(w0)) e
= 9(V8(WO)) é um
urn
V,}(z0), e 9g e
subconjunto aberto de Vc(zo), é continua
contínua (pela própria
propria maneira como 00
Õ foi obtido a partir de 0).
{j 5).
8.5. Coroiario.
Cürolário. Seja f J uma função analítica num ponto eg,
Junqao analitica Zo, e
f' (zo) '" o. Entao,
ƒ'(z0) 7É 0. Então, a inversa g
9 de f
J e'
Ii analítica
analitica em wg
Wo = ƒ(z0)
J(zo) e
9'('wo)
g'(WO) == 1/
1/f'(2›'u)-
J'(ZO).
Como 9g e
é contínua,
continua, w -- Wo
wg = ƒ(z)
J (z) -- ƒ(zg)
J (zo) tende a zera
zero se e somente se
z2: ------t
-› zg. Zoo Assim,
Assim )
- Zo
z - 2:0 1
1
w-wg
W - Wo _- (w --wg)/(2:-zg)
wo)/(z - zo)
Capítulo 8: Representação
Capitulo conforme e aplicações
Representaqiio conforrne aplicaqi5es 251
tern -› wo,
tem limite com w -> um, 00 qual eé dado por
. Zz -_ Zo
Zu = lim
_ 11
11m -l-- =
lim 11m .
w-*wo 'w - wg z~zo
2-+2=u (w
(iu -- wo)/(z - 2:0)
wg)/(z - zo)'
Inversao global
8.6. Definic;ao.
Definição. Diz·se
Diz-se que uma função J ée simples numa regiiio
fun<;iio ƒ região R
se ela e analítica e injetiva em R.
é analitica
E
É facil provar,
provar, como corolário
corolario do Teorema 8.1, que a derivada de uma
fun~ao
função simples eé diferente de zero em todos os pontos de seu dominio
dominio.. (Veja
o Exerc. 6 adiante.) Entao, fun~ao simples e
Então, uma função transforma~ao con-
é uma transformação
Além isso,
forme. Alem isso, ela ée invertivel, tambem eé uma fun~ao
invertível, e sua inversa também função sim-
ples. 0
O teorema seguinte da condi~ao suficiente para que uma função
dá. uma condição fun~ao
seja simples.
Demonstra<;iio. A fun~ao
Demonstração. função w = J (z) transforma 0o contorno C num con-
: ƒ(z)
torno fechado simples C' do plano w. Seja Wo urn ponto qualquer deste
um um
wg rt.
plano, Wo d C'.
C”. Como vimos na p. 175,
175, 0o número J(z) -- Wo
numero de zeros de ƒ(z) um em
R eé dado pela expressão
expressao
1
_1_ f ƒ'(z)
J'(z) dz =_ 1
_1_ f dwdu) dw .
211"i lc ƒ(z)
J(z) --wgdz
Wo 2rri lc
211"i fg w --wgdw'
Wo
252 Capitulo Representa~iio conforme e aplicações
Capítulo 8: Representação aplica~oes
membra e
f
Este
Este segundo
segundo membro é zero se wo
zero se wg estiver no exterior
estiver no exterior de C' •. Se
de C Se 'wg estiver
Wo estiver
no interior de C f
, 0 valor do referido segundo membra e + 1 se C
no interior de C' , o valor do referido segundo membro é +1 Se C" tiver orien-
f
tiver orien-
ta~ao positiva se aa orient~ao f
tação positiva ee -1 -1 se orientação dede C for negativa.
C' for negativa. MasMas este valor -1
este valor -1
tern
tem de ser descartada, fun~ao ƒ(z)
numera de zeros da função
descartado, pois 0o número fez) -- wo em8111 R eÉ
urn número
um mimero inteiro 2 o.
inteiro :::: Concluimos, pois,
0. Concluímos, pois, que
que ffez) wg efetivamente
(z) -- Wo efetivamente tem tern
apenas um zero em R quando wo esta em R. Isto conclui
apenas um zero em R quando wo está em R. Isto conclui a demonstração. a demonstra~ao.
S.S. T
8.8. earema (da aplica
Teorema ,.aa de Riemann). Dada uma regiao
aplicação região sim-
plesmente conexa
conema R, que nao
não seja 0o plano todo, existe uma função
fun9ao simples
unitário Izl <I
J que transforma R no disco unittirio
f Alem disso, ff e
< 1. Além é unica
única se
especijicarmos,
especificarmos, para um ponto qualquer Zozg E R, que ƒ(zg) f'(zo) > O.
J(zo) == 0O e f"(2:g)
Não
Nao faremos uma demonstração
demonstra~ao deste teorema, apenas alguns co-
mentários. Como uma função
mentarios. fun~ao simples e invertivel e a inversa tarnbem
é invertível também eé
fun~ao simples, a
uma função o teorema garante que qualquer regiãoregiao simplesmente
conexa que não nao coincide com 0o plano todo pode ser transformada em qual-
quer outra região
regiao do mesmo tipo por uma função Então, o0 fato de
fungao simples. Entao,
sabermos resolver 0o problema de Dirichlet em certos dominios
domínios particulares,
como urnum disco ou semi
semiplano,
plano, nos permite saber, por esse teorema, que 0o
problema de Dirichlet eé soluvel
solúvel para qualquer regiiio
região do tipo descrito. AsÀs
vezes podemos também solução explicitamente, desde que tenhamos
tambem achar a solu~ao
uma fórmula transforma~ao que não
formula de transformação nao seja muito complicada.
Mas eé bom
born lembrar que 00 teorema de Riemann nao não nos oferece qualquer
formula transforma~ao de uma regiao
fórmula de transformação região em outra. Existe uma fórmula,
formula,
transformação de Schwarz-Christoffel,
chamada transforma9iio Schwarz-Christofifel, que leva semiplanos em
regiões
regiiies poligonais; mas, na pratica, ela eé de aplicabilidade muito Iimitada,
limitada,
por isso mesmo nao não vamos tratar dela aqui.
aqui. Mais proveitoso num primeiro
curso e é estudar varios transforma~iies. Ja
vários exemplos particulares de transformações. Já. fizemos
fizemos
isso ern
em alguns casos no capitulo
capítulo anterior, no estudo de escoamentos ftui- flui-
dos. Analisaremos aqui outras transformações
transforma~iies interessantes e praticas, a
começar, na próxima
come~ar, seção, com a transformação
proxima se~iio, transforma~ao de Möbius.
Mobius.
Capitulo 8: Representação
Capítulo conforme e apliea<;oes
Representa<;ao eonforme aplicações 253
EXERCÍCIOS
EXERCicIOS
regioes
regiões que conten ham 0o ponto z = -1/2.
contenham -1 / 2. Sugestiio:
Sugestão: Tocla regiao que contenha 00
Toda região
ponto z == -1/2 content
conterá uma vizinhal1 ya dcsse
vizinhança desse ponto.
3. Mostre que /(z)
f (z) == (1 iz)2 e
(1 -- iZ)2 é fun
função Imzz > -i, mas não
c;ao simples no semiplano 1m nao em
pont o 2:z = -i.
regiões que contenham 0o ponto
regioes
4. /(z) = (1
Mostre que ƒ(z) (1 -- iZ)3 llaO eé função
iz)3 não Im z > O.
func;ao simples no semiplano 1m 0.
5. Mostre que
/(z) = ~ (z + D
1 1
fiz) ' 5 ”' 2)
e em 0O < Izi
fUll<:ao simples em
é função Izj < 1 e em Izi
|z| > 1, mas não rcgiocs que contenham 0
nao em regiões o
ponto z = = 1. (Veja a transformac;ao
transformação de Joukovski na p. 235.
235.))
6. Prove que uma função
func;ao simples tern
tem derivada nao-uuIa
não-nula em todo
todD 0o seu dominic
dommio de
definição.
definir;ao.
7. fu nc:;6es simples e
Prove que a composta de funções é uma
um a função
func:;ao simples.
8. Mostre que ww =u+ iu = sen
+ iv seusz =-~ sen + iy) eé fum;ao
(x +
sen(:t regiao Ixl
função simples na região |:r| < 11"/2,
ir/2,
Yy > região e
> 0; e que a imagem desta regiao é 00 semiplano vu >> O. Fac;a gnHicos
D. Faça gráficos e estude as
imagens do segmento Ixl < 1f
|r| < / 2 do eixo dos 1:
fr/2 x =
x e dos raios J: = ±1f
:tir/2, y >
/ 2, Y O.
I> D.
L* IO
A TRANSFORMAQ.AO
TRANSFORMAÇAO DE MOBIUS
Vimos, no Capitulo
Capítulo 7 (pp. 232-34), algumas propriedades da transformação
transforma<;iio
de M iibius, assim definida:
Möbius, definida:
b,
az
w == Mo)
M(z) z
= az+bd,
ez+d
(ai)
(8. 1)
ad-bc i'
onde ad-be # O. (0(O caso ad-be = 0O éetrivial
ad-bc = trivial,, pois M(z) fica constantemente
M (z) fica
igual a al
a/bb =: c/cl.
e/d. Para vermos isso, basta notar que dw dw/dz
/ dz == (ad-be)/(ez+
(ad-be) /(cz+
d)2 )
d)2.)
No caso que estamos eonsiderando,
considerando, M M(z( z)) e fun<;ao simples que
é uma função
transforma 0o plano todo, exceto z = --d/c,
transforma d/ e, em todo 0o plano, tendo por
inversa a fun,ao
função
z = M -1(w) = du:
dw -- bb .
z z M-1(w) = -___.
-ew+a
-c'w+a
254 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representa<;iio eonforme apliea<;oes
conforme e aplicações
2:1=«1›-›'w1=-i;
Zl = -1 f----------7 WI = -i ; = 0 ~ W2 = 1;
2:-;¿=O1_›w2=1;
Z2 =11----------"7 W3 = i .
2:3=1f_›fw3=i.
Z3
._ -a+b - ai d + bi d
-a/d+b/d b .. a+b al d+bld
a/d+b/d
__.--
- 1. = =
~_ 1 =-' zZ :mim
= -c+-d = -'-c/7-:-+--"l:- .
E --c+d
c+d d+1 '
-c/d+1
-cl d'
d c-I-d d
c/d+.1
_ 2: - i
z-z
w_-í,
w =---.
2:-I-i
z+i
Observe que Iz |2: +
|z -- i l e Iz + i l siio distancias de z2: a i e -i,
são as distãncias -i, respectiva-
respect iva-
mente. Assim, sendo hnz Im z > 0, O, teremos Iwl |w[ < 1 (veja 0o Exerc. 6 adiante),
transforma~ao reaimente
ou seja, a transformação realmente leva 0o semiplano
semi plano superior no interior do
disco unitário
unitario de centro na origem. Vê-se Ve-se também
tambem que 0o semi plano inferior
semiplano
eé levado no exterior do disco.
1 _~ 1 21,
=1; 1 afllzl,
::~ 1 = 1; 1 E~c 1 :L
c+d =l.
Substituindo em (8.1)
(81),, obtemos:
a z+b/a =e€,C,z+fi
wo;_z+b/a
W= - ·
;az+(3
--
z+d/e
c z+d/c z+, '
z-I-'y'
or, (3
onde a, [3 e ,'Y sao
são panimetros
parâmetros complexos,
complexos, com oz
a real; além disso,
alem disso,
l‹;+dd
e+
I':' .
a+b l = ·1+(3 1= I ~ I = 1,
a+b|_ a,_1+fi`_I1+fl|
eC 1+
1+»y, 1+~y _”
1+,
1
|,Õ' +
de sorte que 1(3 1| = I,
+ 11 |'y +
+ 11, significando que (3
1|, signilicando 5 e ,'y estao
estão num mesmo
circulo centrado em -l.-1. Observe ainda que
II fwâââ z zé:
~, I = Ib/a
d/e
l = Ib/dl = 1,
a/e
w:eioZ+Ê;o z+(3
w = e -------= 1
z+(3
z-f-[37
y'Y
-1 o
5
Fig.
Fig. 8.3
A razao cruzada
Vimos, no Exemplo 8.9, que 0o conhecimento das imagens de três tres pontos
levou 11à completa determina<;ao
determinação da correspondente transformação de Mobius.
transforma<;ao Möbius.
Esse fato e é de caniter
caráter geral, como veremos agora. Tomemos a transforma<;ao
transformação
de Mobius
Möbius (8. 1) na decomposi<;ao
(8.1) decomposição que dela fizemos
fizemos na p. 234:
a be-ad
bc_ad 1
1
w=
w= - +
+ ~. _ -
ec ec cz:+d
ez+d
Suponhamos que très
tres pontos distintos Zl, zz e Z3
21, Z2 23 sejam levados em WI,
w1, W2
'Luz
wg, respectivamente. Entao,
e W3, Então,
a be-ad
bc - ad 11 _
W i =-+
'LU¡"c"|'° C 'cz£+d, = 1} 2, 3.
i?z:l,2,3.
e e cZi +d'
Daqui obtemos,
obtemos, por simples manipula<;ao
manipulação algebrica:
algébrica:
(W
(w -- Wl)(W2
'w1)(w2 -- W3)
wa) (Z
(2 -- Z1)(Z2
ZI)(Z2 _
- Z3)
ZS) .
(w - W2)(WI --1.03)
('LU¬-'lU2)('¿U1 W3) (z - Z2)(ZI -2í3)
(Z-Z2)(.Z1 - Z3)·
(az)
(8.2)
última expressao
Esta ultima expressão envolvendo os Z zeé chamada a raziio
razão cruzada dos
números
numeros z, zl,, Z2
z , ZI zg e Z3.
z3. Como se vê,ve, ela permanece a mesma quando pas-
samos dos z2: para os w w,, vale dizer, razão cruzada e
dizer, a raziio é invariante por uma
transforma~iio
transformação de Möbius.
Mobius. Essa invariancia
invariãncia prova, de urn
um modo geral, que
uma transforma~iio
transƒorvnaçâo de Möbius
Mobius fica
fica completamente determinada pelo conhe-
cz`m.entr.= nn
cim.ento das três pontos distintos, bastando resolver (8
imagens de tres
... imn.gens .2) para
(8.2)
se obter W w em fun<;ao z.
função de z.
Capítulo 8: Representa~ao
Capitulo Representação conforme e apljca~i5es
aplicações 257
transforma~iio de Möbius
8.11. Exemplo. Vamos achar a transformação Mobius que leva -1,
-i e i11 em zero, 2 e 11 +
+11,
i , respectivamente.
Antes mesmo de fazer os caJculos, círculo Izl
cálculos, observe que 0o circulo |z| =
= 11 (onde
estão os valores dados de z)
estao 2:) sera círculo Iw -
será levado no circulo = 11 (onde estao
ll =:
- 11 estão os
valores dados de w). (0
(O leitor
lei tor deve desenhar os dois discos para acompanhar
acompanbar
raciocinio.) Substituindo os dados em (8.2) e fazendo os cálculos,
o raciocínio.) obtemos:
calculos, obtemos:
4z+4
w--~---.-~~---c
4Z+4 .
w=
(1-é)z+(3-1)'
(1 - i)z + (3 - i) .
A<I>=0
b.if> = 0 em Iwl < 1,
|w|<1,
if>
<I› sendo igual a 1 no semicirculo
semicírculo superior 1m
Imww > 0 O e igual a zero no
semicírculo inferior 1m
semicirculo Im w < 0.
O.
A‹;ó(a:, y) em coordenadas polares r, e
Ora, b.¢(x, 9 de z =
= re iO (Exerc. 9 adian-
rei”
te) se escreve:
za- + Ér + 9%.
r
de sorte que e
9 = arg z e
é solu,"ao
solução da equa,"ao
equação de Laplace no semi plano superior
semiplano
Imz>
Imz 0, onde e
> U, 9 varia de zero a 7r. ¢ == el
rr. Portanto, qt 7r eé a solu~iio
0/rf solução que eé
igual a zero para e9 = 0 O e igual a 11 para e
9 = 7r.
fr. Isto sugere que façamos
fa,"amos
unitario Iwl
transforma,"ao do semiplano no disco unitário
uma transformação |w| < 1, 1, de forma que
x > 0O seja levado no semicirculo
o semi-eixo positivo sc semicírculo do semi plano inferior
semiplano
258 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representa9iio conforme e aplica90es
aplicações
1m W < 0
Im w O e 0o semi-eixo negativo a'x < 0O no semicirculo
semicírculo do semiplano superior
1m w > O. Por exemplo, uma transformação
Im W transforma~iio que leve
oo,,
00 -1,) 0,
-1 O, 11 em 1,
I , iÉ,, -1,
~1, -i,
{oo, --1,
{oo, 1, O} t----7 {1, i
0} |_-> i,, --1),
1} ,
(W
(TJ) -_ Wl) (W2 _
”LU1)(?.U2 - W3)
'w3) : -22
Z2 _ .Z3
- Z3
(W - W2 )(WI -
(TU _ 'w2)('w1 _ wa) W3) ZZ -_ 22'
Z2
substituições numericas
Fazendo as substitui~iies numéricas e 0o ca1culo
cálculo algebrico,
algébrico, encontrarnos
encontramos a
transforma~ao procurada:
transformação
- z
Z _ Z
W =-- (8.3)
z+i '
_ ._
.
cuja lnversa
cUJa
, iw +i
tw-I-i
lllversa e zz =: -l.
- - .
1-w
1 -w
z = arx +
nota~iio Z
Com a notação -|- iy, = arctg(y/
ty, ()tl : x) e w = u + iv,
arctg(y/zr) ru, um
urn pouco de
manipula~iio algebrica
manipulação algébrica nos conduz a
-2v
-2o 1 ~ u2 - 'U2
:frx == u----:1')2;;-:-+-v-,,2 ',
'((fu.-1)2+'u2 if = (fa-1)2-l-122
e,
e, conseqiientemente,
conseqüentemente,
ç.=Í›_
¢> 11 9_<D_
= -()
'fr
1f
1
= <I> = -1 arctg
2 + 2 -1
arctgki +U - 1)
fr
1f
),, (u 2vv 2
211
2
Capitulo Representa<;iio conforme e aplica<;oes
Capítulo 8: Representação aplicações 259
que e
é 0o resultado
result ado procurado.
EXERCÍCIOS
EXERCICIOS
.· ,- .. M () az + b
az b .. , -..
1. V 1lllOS
Vimos que a transformação
tranSlorm w =
ac;ao W = M(z) = ---d
Z = -É tem
tern como mversa
lllversa a transformação
translorrnac;ao
cz
cz+
z = M- 1(w) == dw - b . Multiplique as matrizes de .M
= M`1(w) M e N[
M"1- l (conforme notação
notac;ao
cw a
- cw+a
sugerida no Exerc.
Exerc. 5 da p. 235) e observe que se obteffi
obtém uma matriz diagonal com
elemento ad -~ be
bc na diagonal. Explique por que tal elemento
clemento não
nao precisa ser 1.
2. Dadas as transformações
transformac;6es
z+ 2 - 3z
11-3
M 1 (z) = - - e IvI,(z) = - - ,
3z-1 z+2
zsimrie M1
caleuic M2, .MzM,,
MJM'l1 M2lvI1 1 ar,-1
M ; l eE M,-1.
M;l,
3. transformac;ao z 1--------+
Verifique que a transformação ›_› E Z leva retas em retas e circulos
círculos em dreulos,
círculos, mas
nao é uma transformação
não e transformac;ao de Mobius.
Möbius.
5.
5. Prove que uma transformação
transforrnac;ao de Möbius
Mobius que leva 0o eixo real em si mesmo
mesma pode ser
coeficientes reais.
escrita com coeficientes
z- ~ < z- ~ >
z-É z-i
66.. Prove
Proveque I
que í, I
z+i
z+~
<1seImz>0; I
1 se 1m z > 0; e i_
z+z
Z +i
I se 1m z < O.
1> 11seImz<0.
7. Ache a transformação
transforma<;ao de Mõbius
Mobius que leva os pontos --1, I , -i
- i e i em zero, 11 + i e 2,
verifique que ela leva o0 interior do disco JzJ
respectivamente e verifique |z| =
= 11 no exterior do disco
IzI2: -11
- 1| == 1.
1-
8. Ache a transformação
transforma<;ao de Mobius - i, 11 e i, respecti-
Möbius que leva os pontos I1,, zero e --11 em -i,
vamente. Antes mesmo de fazer qualquer calculo,
cálculo, explique por que essa transformação
transforma<;ao
leva 0o semiplano 1m O no interior do disco Jzl
Imzz < 0 = 1.
|z| =
9.
9- Obtenha a expressao
expressão do laplaciano
lapiaciano ern
em coordenadas polares dada no Exemplo 8.12.
10. Obtenha a transformação
transforma<;ao do Exemplo 8.12 valendo-se de qualquer outra tripla de
pares de pontos correspondentes.
11. Faça
Fa<;a uma interpretação
interpretac;ao geometrica
geométrica da transformac;ao
transformação (8. 3), representando grafica-
(83),
mente z + + i, Zz --z'i e 0o quociente nela indicado, a x varia de -oo
ã medida que z =_ ar - 00 a - I1,,
-I-1 e -1-oo.
zero, +1 +00. Construa as imagens dos semi-eixos imaginários
imagimirios positivo e negativo.
12. Ache a transforma<;3.o
transformação de Möbius
Mobius que leva os pontos Zl 2:1 = --i, zz == 0O e Z;I
i, Z2 2;; =
= ifi em
w1 == i,
Wt z, W2wzz =_ -il w3 =
-i e W3 = I1,, respectivamente. Verifique que eiaela leva 0o semiplano
Re Z <
Res <.í 0 unitario lzl
O no disco unitário lzl <
<í 1.
13. Ache a transformação
transforma<;ao linear que leva 11 em 1,1, ii em -1 e -1 em 00,
oo, respectivamente.
ela leva 0o disco lzl
Verifique que eia |z| < 1 no semiplano inferior Im
1m Zz < O.
14. Ache a transformac;ao
transformação conforme que leva 0o lQ 19. quadrante no disco unitário
ullitario centrado
na origem, de forma que os pontos 21 = i, Z2
Zt = zz == 0O e zzz
Z3 =: 11 sao
são levados em WIw1 =: -1,
= -i
wz =
W2 -fi e W 1, respectivamente. (Lembre-se de que z ~
wg3 =: 1, Z2 leva 0
›_› 32 lQ quadrante
o 19
no semiplano superior.)
260 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representac;iio conforme e aplicac;oes
aplicações
15. Use 0
o exercicio
exercício anterior para achar a fUll(;ao harmonica no 19.
função harmônica lQ quadrante, que assume
o valor zero no semi-eixo real positivo e 0o valor 11 no semi-eixo imaginario
imaginário positivo.
POTENCIAL ELE'rn.os'rÁr1co
POTENCIAL ELETROSTATICO
distribui~iio estdtica
Vamos considerar uma distribuição estática de cargas el<ltricas
elétricas numa certa
região do espa~o
regiao espaço,, isto e,
é, uma configura~iio
configuração de cargas que permanece a mesma
com 0o correr do tempo. Como eé sabido, cargas eletricas for~as
elétricas exercem forças
umas sobre as outras, de forma que uma tal distribui~ao
distribuição de cargas origina
urn campo de vetores, 0o chamado campo eletrico,
um elétrico, que consiste no seguinte:
se colocarmos uma carga de valor unitário espa~o, ela
unitario em qualquer ponto do espaço,
sofrera a~ao
sofrerá ação de uma for~a,
força, que e
é a resultante das for~as
forças sobre ela exercidas
por todas as cargas da distribui~ao
distribuição original; essa força é, por definigao,
forga e, definição, 0o
campo elétrico distribui~ao de cargas. Esse campo tambem
eletrico da referida distribuição também seraserá
estatico, isto e,
estático, é, sera
será uma fun gao vetorial apenas do ponto do espaço
função espa~o onde
ele eé considerado, e não
nao do tempo.
tempo .
Particularizando ainda mais, supomos que 00 campo seja paralelo a um urn
plano, que podepo de ser tomado
tornado como o0 plano ay. xy. Isto acontece apenas em
situagiies
situações idealizadas; por exemplo, quando temos uma distribuigao distribuição de car-
gas cuja densidade permanece constante ao longo de retas paralelas a uma
dire~ao , digamos, a direção
dada direção, dire~ao do eixo Oz. condi~iies , 0o campo
Oz . Nessas condições,
elétrico ée representado por um
eletrico urn vetor E
E de duas componentes E1, E x e EH.
Ey.
O campo eletrico
Ocampo elétrico satisfaz as duas equagiies
equações seguintes:
. E : 8E
ÕEarx 8E
ÔE.3,1 _ _ .
divE=--+--Y
div Tm + ay = O'
0, (84)
(8 4)
8x 8y ,
eE
as,
8E
ax y _ ae,
8E
ayx __ 00
=
(sô)
(8.5)
8x 8y
equa~iies correspondem exatamente as
Estas duas equações às Eqs. 7.1 e 7.6 para fluidos
210).. E como se substituissemos
(pp. 205 e 210) substituíssemos 0o vetor velocidade qq pelo vetor
elétrico E. Assim, (84)
campo eletrico (8.4) significa
significa que 0o campo eletrico
elétrico eé solenoidal,
vale dizer, seu fluxo
fluxo atraves
através de qualquer curva fechada eé zero, 0o que eé verdade
desde que no interior dessa curva não nao haja cargas eletricas.
elétricas. A Eq. 8.5, por
sua vez, significa que 0o trabalho do campo elétrico
eletrico ao longo de um urn contorno
fechado eé zero.
Capitulo R epresentaqao conforme e aplicaqijes
Capítulo 8: Representação aplicações 261
Os potenciais escalares
» f(z)=«/›+i¢
J (z) = "1/;+ iq,
eé analitica. fun~ao , obtemos não
analítica. Do conhecimento dessa função, nao somente os poten-
ciais escalares e 0o campo eletrico, vista
elétrico, visto que
Ex +
E2, + iE
íE,,y =I -q,x
-gb, -- i'IjJx
ira, = = -i('ljJx
-'¿(1p,,, -- iq,x) == iJ'(z).
2Íf'(z). (8.6)
distribui~ao de cargas na superfície
Lembremos que uma distribuiçao superficie de urn
um corpo
metálico da
metalico dá. origem a um elétrico que, nos pontos dessa superficie,
urn campo eletrico superfície, eé
perpendicular a ela.
ela. Como estamos lidando apenas com problemas pianos, planos,
corpo eé cilindrico,
o carpo cilíndrico, e sua superficie
superfície eé substituida interse~ao com
substituída pela sua interseção
o plano :ry cilindro).. Essa interse~ao
(tomado perpendicular ao eixo do cilindro)
xy (tornado interseção eé
Luna
uma curva equipotencial, já ja que 0o campo eletrico
elétrico eé perpendicular a ela.
transforma~ao, que nos permi-
Estudaremos, a seguir, uma importante transformação,
tirá for~a do campo eletrico
tira descrever detalhadamente as linhas de força elétrico originado
262 Capítulo 8: Representa9iio
Capitulo Representação conforme e aplica90es
aplicações
A transformação
A w=
transforma<;;3.o W = Zz +
+ eezZ
Escrevendo a transforma~iio
transformação na forma
_ l' _ IT
u=x+eXcosy,
fu.-:t+ei cosy, v=y+exseny,
fo-y-l-eseny, (8.7)
U y=1r/2
-n - b _ b
_? 1 x
nx 7 ; ""
II
(a)
(Ui (b)
(b)
Fig. 8.4
Quando y == 7r/
'fr/2,
2, podemos eliminar :r equa~iio da
x em (8.7), obtendo a equação
curva na forma v'U = 1C /2 +
rr/2 U
+ eeu,, que pode ser facilmente esbo~ada
esboçada (Fig.
(Fig. 8.4b).
Para estudarmos a imagem de qualquer outra reta y : = const., e
é conve-
niente considerar 0o declive do vetor tangente, dado por
mente
UI, ei”sen y
fa,-,C 1+e*~" cosy'
Capítulo 8: RepresentaqiIo
Capitulo Representação conforme e aplicaqr5es
aplicações 263
Observe que
. 'U . U
lim -ir
Vx =
= O0 e lim -'15
Vx =
= tg
tgyy
x_-oo
:r-›-oo U
ug:x x_+oo
:r-++oo U
um x
Quando 0O < y ::; É 11"/2,
rr/2, a imagem da reta y = = const. eé uma curva com declive
positivo,, 0o qual cresce do valor nulo em :rx =
positivo -oo ao valor tgy
= -00 tg y em .fc
X = +oo
= +00
(calcule e estude a derivada do declive); e, para cada ac, x, esse declive vai
crescendo itã medida que y vai-se aproximando de 11"/2. 'fr/ 2.
Quando y ultrapassa 0o valor 11"/2, 'fr/2, isto é, fr/22 < Y
e, 11"/ y < 11",fr, 0o declive começa
comec;a
com 0o valor nulo em as x =: --oo
00 e vai crescendo e tendendo a +oo +00 ità medida
que 1:
x se aproxima do valor a:x === - log(-
-log( y) , onde a derivada uumx se anula.
- cos y),
Neste valor de as x a curva tern
tem tangente vertical; e, para :c x > - - log(-
log( - cos y),
o declive eé negativo.
Qua ndo y = 11",
Quando ir, a curva eé simplesmente 0o raio v'U = fr 11" percorrido mna uma vez
.de
deu:u = -00 au = --11 quando
-ooa'u.= quandoarvariade - 00 a x = 0 (note que
x varia de -ooaa:=0 u = x - eX) ,
queu=a:-ef),
e outra vez de u = -1 au au= = -00
-oo quando 11: x varia de z x = 0O a arx = +00.
+oo.
Como vfu ée func;ao impar
função ímpar de y
y,, para obtermos as imagens das retas com
y negativo, basta refletir no eixo dos u as imagens obtidas com y positivo.
o
O condensador de placas paralelas
Eletrostática, 0o primeiro
Vamos considerar dois exemplos interessantes da Eletrostatica,
um condensador de placas planas e paralelas, infinitas
deles ilustrando urn infinitas em
todas as direC;6es;
direções; e 0o segundo, um são semi
urn condensador cujas placas sao semiplanos
pianos
paralelos.
isto e,
é,
Ex = 0 e E y = -a.
Além disso, 1/J
Alem aa: e q,
1/1 = ax qb = ay, de sorte que as linhas de forc;a
força sao
são as retas
verticais as
x == const., enquanto as retas horizontais y == const. sao
são as curvas
(no presente caso, retas) equipotenciais.
264 Capitulo 8: R
Capítulo epresenta y8.0 can
Representação forme e apJicayoes
conforme aplicações
W t--+ Z =
g(w) = É
wi-_-›z=g(fw) =~ (7r; +e~wiV) ,
_¡_errw/'V),
X
h.
= -h (7rU
- +
:E:;r__($_|_ei"l'l£/I/rCOS%),
e1!"U
I V cos -7rV) Y = -; V
h
h (7rV + e~u I VsenV
y:;(?TVU+efiU/l/Sen_7ríU). 7rV) .
7r V V '
Estas sao
são as equagoes
equações paramétricas for~a u
parametricas das linhas de força 'u. =
= const. e das
curvas equipotenciais v'U == const. 0O campo eletrico, representa~ao
elétrico, em sua representação
complexa, eé dado por
_ _-
í - -i V
V 11
E = E x + iEy = i f' (z) = = = - i - ' ----=~=
dz/ dw h 1 + e~w l v'
Capítulo 8: RepreseIlta({aO
Capitulo Representação cOIliorme
conforme e apJica({oes
aplicações 265
.V
ë I? /«
to r- -Í , f ~››
mi
u
M 777 7
x
X
I-v
(a)
(0) U1)
(b)
Fig. 8.5
EXERCÍCIOS
EXERcICIOS
REFERENCIAS
A Corte. 66
Corte,
Curva de Jordan,
Jordan., 76
Ângulo de ataque, 232
Angulo fechada,76
fechada- 75
Aplicação topol6gica,
Aplica'iilo topológica, 250 regular, 78
ffigflla-T; 73 _ _
A,-cu
MeO eqüipotenctats. 261
Curvas eqilipotenciais.
continuo,
contínuo. 75
Jordan. 75
de Jordan, D
D
regular.
regular, 78
SimP1°S~ 75
simples. 75 na-âvzóz, 4955
Derivada,495s
direcional, 50
direcionaJ,
B Desenvolvimento
binomial, 137
13?
Boundary layer, 243 de Laurent, 14446
de I-'3“f°m¬ 144-46
de MacLaurin,
MacLaurin. 134
Taylor, 134
de Taylor.
cC naiguudmz do zúângulo.
Desigualdade do 13-14
triiingulo. 13- 14
Disco,26
Disco. 26
Calculo
Cá1°“¡° de
dfi integrais
ÍUÍCEIÉÍS de convergencia.
convergência, 129
de funções
de uigonométricas, 173-74
fun~Oes trigonometricas. ]3¡5¡,§¡¡¢¡¡
Distfulcia de¿¢ dois
dois ¡,0m°5_ 29
ponlos, 29
impróprias
impr6prias oi‹zi5âú
Divi~o de 5éz¡z5 de
de series az p‹›zên¢iz5,
potencias. 13940
139-40
funções multivalentes.
de fun~Oes multivalentcs, 169-73 ])¡,u|,1e¡, 220
Doublet, 220
resíduos, lólss
por resfduos, 161s5
contorno, 243
Camada de coniomn, E
Caminho. 78
Caminho.78 E
elétrico, 260--61
Campo clttrico, 260-61 _
5..1zz.5âziz1.zóo
solenoidal, 260 _§;§:§¿°
Elemento f“fl°1°flfl1-
'Equa~iio
187
funcionaJ, 187
C
Campo ' ` nal, 210
irrolacional, _
ciimäo lgotâää)
Circulayao, 209 de Bernoull1,.228
Bernoulli, 228
Ctlii-I(i1plae":çmlii1tar de um
Complementar conjunto 27
urn conjunto. de
de Cauchy-Riemann.
cauch-'f'R¡°ma""' 53-54 5354
C
Complexo 1 '
conjugado, '
6 ' na fonna
[la fOflfla polar.
PO l af. 57
conserv~ao da massa, 205
cgziãiãifaäuiliãa-gi
Condensador,
C - -
263-64 6 d° °°“?°"'?*?ã°
de
conuutndade. 205
de continuidade.
da massa' 2°5
Conectividade
°“°°f,'¡"Ídf:°77
multipla, 77 az capim,
de Laplace. 109 109
$m:¡gs.`77
simples. 77 d Pinvariângñ
invariancia por representação conforme. 248
representar;ao confonne.
C -
Conjunto dee Poisson.
oisson. 114
W112; a
abeno, 26
o, 26 Escoamento
. _ paralelo,
paraJelo. 213 _ _
compactgšzs
compacte, 28 Estabilidade do dgofiroblema
problema de Dmchlel. 1177
Dirichlet. 11
conexo.28 EstacionArio, 204
°°"°*°'
fechado.27
szpzmeneiâl
Exponencial. 2155, 61. 68
2 1ss. 61. 63
,f_¡°;Ê;%%',
limitado. 28
Exponenciallzfl
Exponencial t', 70
Constante de Euler, 21. 21, 137
continuação analftica.
Continu~ao miíúzz. 179-si
179-8 1 F
ao longo de caminhos,
caminhos. 188
da função
fu~i'io gama, 201-02 Fluido
Auido
direta de elementos funcionais, 188 J 88 homogêneo,
homogeneo, 204
por cadeias.
cadeias, 192-93 incompressível,
incompressfve l, 204
reflexão, 183
por reflexao. perfeito.
perfeito, 204
unicidade da, da. 179 Fluxo,
Fluxo. 205, 212
Continuidade.37
Continuidade, 37 Fonte,
Fonte. 2215-16
15- 16
Contorno. 78 Força
F~ de levantamento. 228
Converg~ncia
Convergência Fonnula(s)
F6nnuJa(s)
pontual.
pontua1. 120 de Blasius, 229-30
simples, 120 de Euler, 24, 63
uniforme, l20ss
uniforme. 120ss integral da derivada enésima.
enesima, 103
avo Indue
270 Imtiez Arƒaeéseú
Alfabet-ico
integral de C....:hy.
.n"'pdc Cuuchy. 101 N
II<
de 0.
De Moi,· ... II.
Moi-an:-. N
ll. 24
,-,
....... .
-'......
II<
de Kuna-inidtovski. 231-32
Ku ... ·' DllkoVllli. 211-32 Norma. 6
Fronteira. 27
Ff"O<l1.1no. IT Número """'pic_
N!Imm> complexo» 2231
..
""'ural.
natural. 191 adição, 3
F...,.-I<>(.x.). J4.3'
Funçioíãcsl. 34-35 urgummm.
...-~ B
mnllticn. dim
.-Jltico. 490s modulo. 6
......
comiam. n 37 multiplicação. 3. 4
mulLi~1.4
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de corrente. 212 °P°~“.=~ 3' - .
-
dcfirudo
definida por
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1=Ifl= Imemifll- 2
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gama, lmss
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harmônica. Id?
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II
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representação
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P
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.......... 250
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regular. 51
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simples. 251
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trlgcnomtitzicas. 63-64
Iri~cao;n.c
153-64
u-igzooomerricu invenu.
univalente. 65
"';,"&ic1Kt.6'
..... 71
...
P6Io. IS)
Pólo.
Paulo
153
"de ncumidneio. 23
1Ie"""",~ 28
de eua;-mein. 212
""~212
G de~M.I")
de ranliñmlçio. dd. 193
...m.:.. 26
Gerard:-lhnçãomaflücmllfl ........ "
is'-nlldn. E
mlllliiplo.
mdltipk>. 76'Tú
Pluurznciallisi
PoIcn<iol(is)
H enmpl-em. 212
~.w. 2 12
de ,'clocidadc:. 211
do velocidade.
Homeomm-fisrno, 150 elenostãüco. 260
elmoo!.llH:<:>. 161]
escalares, 210-
eKoiores. l 1. 261
210 1l.
PrirmLi .... 93
Primitive.
Principio
/'nI'C11""
_ _ lie otric:i do pOIirociaI. 136 Iefleliu. 111
de reflrxiG. 18.3
Identidade de séries de potências. B6
Integnltisi
1""'",,1(;') du nrgumcmo. 176
do.........,.,w,J76
.,...;,,-81 ..
ctlI'\fiIl-IIH. Elsa do rnhimo.
máximo. 117ll?
de_""",-Il ..
dll! fllilltlflh. Illu do mIDimI>. 116
60 II6
dem-LIM
de Fresucl. 163 do m6duIo mhimo. LII4
módulo IIlLWoo. I.
Iuvcnio .Iobo.i.
\.II,-,;n.io global. 2'
251I do medido minimo.
lI<>m6dulomf.,; I IG
...... 116
~. E0
local. "" Problema
-~ de Dirichlet.
de: 1144
])iri<:hk~ 11
do N.u.... nn. 114
de Nemnmm. II4
L Produto
Produ.o
de "números
de complexos. 3. 4. 9
..... «>$ C<I<IlPIOxoo.
Lemad: Jordan. IM-65
LemodoJO<tIao.IM-M de séries do
do.tria ih potencia. 138-39
poIfn<1aI. 1.18-39
......
limite.
Linha:
36-37.40'
Limi~ 36-37.-10
de oonmm. II!
do~212
Prolougunemo mdfiieo. I??-Bl
~....utico.179-I1
uuieidnie <Ill.
....i<:idtde do. U9
179
do força. 251
de~261
Q
Q
...
lnguñuuo. ~SI
LopritalO. Eis:
~",""ipil66
ramo.
~ GE Quociente
vainrpri.n~=ip.|1. do
VI"'" priI'C'pal, 66
"'""'""
de números cmnplmtol. 6. Ill
"""".......,.""""'~oo.6,
séries de po!f""lu.
de st6e$
10
po1Bnciu.l3B-39
lJa·l9
M
R
Müdnllfl. E
M6ciIaID.6
"",-,,,,,,
minimo. 1I II4. Raiodeomvuzimiallâ.
RoIode«lll' <qh>oi&. 129. 131
minimo. 111
mini"", 1 I? Raiz
Ivlovimeun esucioulrio. 104
M~~l().] "" dnmiidadelfi
do YIIidaok. 16
Hfllllvliflcifl
Multlpl~ cabima. 15
c:£¡i:|1:¡,15
...
Ú: n.m.c-
n1i:|!|:I.'.'l'I1s complu .... l3,••-Il.• 9
cuutplltxnl. pri:niIivl.lIl
JII'I""bV", U
de idrieo de potluciu.
60stnelde l3!-39
po<tDciM. IlI·)9 Ila|no.l5ü
Ran"oO.i>6
ínâwz A1ƒzz1›‹.z1:z‹z‹›
tndice Alfabetico 271 271
Razão cruzada,
Rwlo cmzada, 256 Green, 89-90
de Green.
Regi1io,28
Região. 28 de Jordan,
Jordan. 77
mullipiamente conexa, 77
multiplamente T? de Liouville, 106. 150
simplesmente conexa, 77 de Morera, 106
Regra da cadeia, 52 de Rouché,
Rouchi, 177
Regularidade no infinito,
infmito, 147 resíduo, 157
do resIdua,
Representação
Representa(:1io fimaamzzúzi
fundamental da Álgebra 107.
da A1iehra. 107. 177
177
conforme, 245ss
24555 Teste M de Weierstrass. 122
paramétrifla. 75
parametrica, Transformação
Transfonna~ao
Resfduos, 157
Resíduos, conforme, 245ss
confonne, 24555
Rotação pura. 218
Rota~iio purn, de Joukovski, 235
Möbius, 232-34, 25355
de Mobius, 25335
Ss de Schwarz-Christoffel, 252
Série
Serie u
U
binomial, 137
binomial,137
de fun~Oes.
funções, 97ss Unicidade
de Laurent, 144 da continuação analítica. 179
continu~ao analitica,
MacLa1I1:iI1. 134
de MacLaurin, do problema de Dirichlet.
Dirichlet, 155
de potências,
poll!ncias, 10355
103ss do problema de Neumann,
Neumann. 117
de Taylor, 134 do prolongamento analftico,
analítico, 179
Wcierstrass, 141
dupla de Weierstrass, '' 2
Unidade imaginiria,
i1:|1agmana.'
Singularidade, 189
do tipo pólo,
p610. 153
essencial, 154 v
V
isolada,
isolada. 151
na fronteira do disco de convergencia,
convergência, 190 Valor
removfvel, 152
removível, absoluto. 6
absoluto,6
Sumidouro, 215-16
215-1 6 propriedades do.
do, 13
Superfície de Riemann, 19355
Superffcie 193s5 principal, 66, 70
Velocidade complexa, 212
Viscosidade. 242
T Vizinhança,
Vizinhan\a, 26
infinito. 29
do infinito,
Teorema perfurada.
perfurada, 26
aplica~ao de Riemann.
da aplicação Riemann, 252 Vórtice. 215-16
V6rtice.215-16
divergência, 90
da divergencia,
série dupla de Weie1¬strass.
da serie Weierstrass, 141
da unicidade da cxtcru;ao
extensão anaUtica.
allalítica, 179 zZ
de Casorati-Weierstrass. 155
ISS
(Cauchy-Gonrsafl. 91-92
de Cauchy (Caucby-Goursat), Zero de ordem m, 143
148
Serviços de impressão
Servi,<os impressao e acabamento
executados, a partir de filmes fornecidos,
execUiados, fomecidos,
nas oficinas
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Fone: (OXXI2)
(OXXIZ) 3104-2000
3104-20(1).- Fax (ÚXXIZ)
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6 7 8 9 ID
10 ll
11 12 13 I4
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