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GERALDQ Áv|LA

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Vafiáveis Complexas
Varidveis Compiexas e
Aplicações
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Variáveis Complexas e
Variaveis
Aplicações
AplicaQoes
edição
Terceira edi<;iio

Geraldo Avila
Ávila

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(5,
~ LTC
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empenharatn-se para cilar
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Silvana
Capa: Si Mattievich
lvana Mallievich

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CLP·BRASlL. c.‹rrALooAÇÃo-NA-Fome
••' ONTE
SlNDl CATO NACIONAL DOS EDITORES
SINDICÀTO LlVROS. RJ.
EDiTORES DE LIVROS.
A972v
A9':'2v
led.
3.00.

Ávila.
Avila. ea-alas.
Geraldo, 1933-
1933-
Variáveis aplicações If Geraldo Avila.
Variaveis complexas e aplica.;iks Ávila. - 3.ed. - Rio de Janeiro:
Janeiro : LTC,
LTC. 2008.
2024;..
2024p.

bibliografia e indice
Inclui bibliogrnfia índice
9?8-85-216-1217-9
ISBN 978-85-2 16-1217-9

II.. Fun~Oes
Funções de vari6veis
variáveis complellas.
complexas. I.
I. Titulo.
Título.

U8-3559.
08-3559. CDD: 5515.9
COD: 15.9
CDU:
COU; 517.55
Para rneu filho Geraldo, rninha
meu filho minha nora
Regina e rneus
meus netos Felipe e Carnila
Camila
Prefacio
Prefácio

Maitas das aluais


Muitas atuais leorias
teorias matemriticas
:mateanritieas surgiram da CiiJncia,
surgirom do Ciência
Aplicada, e s6
só depois adqui,"iram
adquiriram aqll.ele
aquele aspecto axiomdtico
arimadtieo e
difimslta 0o seu apnm.dizado.
abstrato que tanto dijicuUa aprendizado.
V. I. Arnold

A teoria
A teona das funções
funr.;6es de uma variavel
variável complexa é uma e
extensão natural
wna extensao
da. teoria
da fuw;:oes reais, e e
teona das funções é de irnportãrrcia
importiincia frmdarnental,
fundamental, tanto em
matemática pura como nas aplicaçoes.
matematica Trata-se, pois, de disciplina
aplicar,;oes. Teata-se,
mandat6ria
mandatário nos curriculos de matemática, fisica e diversos call1OS
matematica, física ramos da
engerthaiia, sobretudo eletronica
engenharia, eletrêrnics ee aeronautica.
aeronáutica.
oO presente livro
Livro foi
roi escrito com vistas a:a atender às~ necessidades dos
estudantes desses vários
v3rlos cursos. Os pre-requisitos
pré-requisitos sao
são minimos:
mínimos: apenas
um curso de catculo,
tun seqüências ee series
cálculo, cobrindo derivadas ee integrais, seqtiencias séries
infinitas. 0O pouco
POllCO que se requer de derivadas parciais, integrais de linha
E integrais duplas pade
e sec suprido num curso
pode ser cruso concomitante de caJ.culo
cálculo
de várias
v3rias variáveis.
variaveis.
A. ênfase da exposir.;ao
A enCase exposição esta
está no desenvolvimento dos métodos metodos e técni-
tecni-
cas da teoria. 0O formalismo
fomlalismo e 0o rigor sao
são reduzidos aa um urn minirno,
minimo, como
convém num
convem nrun primeiro curso, para facilitar 0o aprendizado.
aprendizado, decOrTenda
decorrência
natural do que diz Arnold, eminente matematico
matemático russo da atualidade.
Insistirnos em que o
lnsistimos 0 texto eê apropriado tanto aa matemáticos aplicados,
matematicos aplicados.
fisicos
fisicos c e engenheiros, como aa estudantes que pretendam se dedicar a à
matemática
matematica enl em si, como carreira de ensino ou pesquisa. De fato, as ne-
cessidades de todos esses alunos sao são as mesmas: eles precisam adquirir
familiaridade com aa formula
f6mlUia de Cauchy ee suas conseqüências,
conseqtiencias, com as
séries de Taylor ee de Laurent, com 0o c8.lculo
series cálculo de residuos ee aplicaçoes.
aplica<;6es. Sd
56
depois eé que est.arli.o
estarão preparados para apreciar devidamente um urn tratamen-
to rigoroso do teorema de Cauchy-Goursat ou estudar t6picos tópicos especiais
da teoria.
Us cineo
Os cinco primeiros capftulos
capitulos cabem muito bem bern num curso de um unl se-
mestre. 0U Capitula
Capitulo 5, sobre
sabre singularidades isoladas
isoJadas ee cAlcuJa
cálculo de residuos,
completa 0o Queque pode
pade ser considerado conteudo
conteúdo rriinirno
minima de um unl curso
introdutório.
introdut6rio.
oO Capitulo
Capítulo 7T versa sobre dinamica
dinâmica dos fluidos
fluidos ee aerodinarnica,
aerodinâmica, ee eé in-
dependente do Capitulo
Capítulo 6,5, sobre continua<;ao
continuação analitiea.
analítica. Sem nos esten-
de-rrnos muito num
dennos nurn assunto que pode rapidamente tornar-se tomar-se bastante
têcnico, logrsrnos, todavia, chegar às
tecnieo, logramos, ~ ideias
idéias centrais da teoria de Kutta-
na .f/ Pr(ffido
viii Pzfizi.:-«Lú
Prfifdcio

Joukovski, inciusive. 0o cAlculo


Joukovsld, apresentando, inclusive, for~a de levantamento
cálculo da força
for(:a levanta.mento
que se exerce numanwna asa de avião.
avU\o. 0
aviao. O tratanlento razemos e
tratamento que fazemos é~ direto
dlreto e
abordando uma aplica<;ao
completo, abordwldo aplicação
aplica~ao de largo aJcance
alcance
alc wlce e que certamente
há de interessar ao leitor curioso.
hA
No Capitulo
Capítulo 6 apresentamos os resultados mais importantes sobre
continuação analítica,
continua<;Ao
continuacao analftica, noções
analitica, no<;Oes superfícies de Riemann
n~Oes elementares das superficies Riemwm
e propriedades
propnedades da funçãofWl~ao gama
fun<;ao Capítulo 8 e
gama. 0O Capitulo é~ dedicado
d edicado ãa representa-
represent.a-
ção
<;30 conforme,
cAo confonne. aplica~Oes a
conforme. com algumas aplica<;Oes
aplicações teona do potencial e a
aã teoria aã eletros-
tatica.
tiitica. Aqui 0o lei
tática. tor vern
leitor vera que vArlas
verá várias passagens do Capitulo
v<irias Capítulo 7T sao
são exem
exem--
excm-
representa~ao confonne;
plos de representação
representacao conforme; e que esses tópicos
confonl1e; t6picos puderam ser apre-
capítulo sem necessidade de desenvolver toda a teoria
sentados nesse capitulo teona
leona
da representação
representa<;Ao conforme.
representa~a.o confonne. .
Escrito
Escnto primeiramente
pnmeiramente em 1974. 1974, 0o livro teve uma segunda edit;aoedi~30 em
edição
1990, e agora esta terceira edição.
Lerceira edi<;ao,
edi~3o, com a a maior revtsao
revisão feita..
revisao feita, 0o maior
feita.
acr~scimo
acréscimo ma~na nova, tanto exemplos e exerdcios
acr~imo de matéria
ma~ria exercícios como os t6pi-
exerclcios tópi-
Capítulos 6E e 8.
cos dos CapftuJos
Capitu]os
Queremos, por fim, f1m , agradecer aos dirigentes e aos dedicados funcio-
fim, fWlcio-
narios daL'I`C
nArios da
nanos LTC Editora
Edilora pelo continuado interesse e apoloao
Editor.:! apoio ao nosso trabalho.
apoioao traballio.

Geraldo Ávila
Avila
Brasílízo,
Brnsflia, jdnefirro
Brasilia, janei'ITJ
janei1u de 2000
 

 
Sobre o0 Autor
Geraldo Severo de Souza
Gera1do Sousa Avila
Ávila foi
roi professor no Instituto
Lnstituto Tecnológico
Tecnol6gico de
Aeronautica, no lnstituto
Instituto de Fisica
Física
Fi'sica Teórica
Te6rica de São
sao Paulo (UNESP).
Sao (UNESP), nas
Universidades de Wisconsin
Wisconsin,. Georgetown (em Washington, D. C.),
Brasília.,
Brasilia., na Unicamp e na
Brasilia, Federal
oa Universidade FedpnU Goiás. Bacharel
Goms.
Fedpral de Goias. Dac harel e li-
Dacharel
cenri~do em Matematica
cenciado Matemauca pela USP , mestre e doutor pela Universidade
pela USP,
de Nova York (NYU), eé membro
membra titular da academia
Academia Brasileira de Ciên-
Cien-
cias e da Academia de Ciencias
Ciências do Estado de saoSão Paulo. Foi presidente
da Sociedade Brasileira de Matematica
Matemática por dois anos. E
par dais É autor de vários
E vanos
vArios
trabalhos dedepesquisaemonografiasespecializadasnaáreade
pesquisa e monogr-afias equações
monogrnfias especializadas na area de equac;Oes
equaJ;Oes
diferenciais parciais ee propagação
propaga~iio ondulatória, aJem
propagac;ao ondulat6rla,
ondulat6ria, além de textos
tenos universi-
tários e artigos de ensina
tArios ensino e ctivulgac;ao.
ensmo üvulgação.
divulgac;ao.
 
Sulnário
Sumfuio

CAPÍTULO
CAPiTULO 11
Númsaos comwxos
NUMEROSCOMPLEXOS
Necessidade dos números - . _ -
mlmeros complexos ........................................................... 1
Números complexos.
Nl1meros complexos . . . . ............. .............
..................................................... . 2
Us reals
Os reais como suhcorpo ..................................................
subcorpo dos complexos ................................................... 3
oüplano complexo_.....................................
plano compJexQ. . .
.. ..................... ............................................................... 4
Módulo e complexo conju,gado
M6duIo conjugado . .- . .
.................................................................. - 6
Exercícios
Exercfcios .............................. ..................................................................... - 7
RepresentacAo polar .......................................................................................
IIIIHIIIIIIIIIIIIIIÍÍÍÍIÚIIÚIIIIIÚIÚIÍ 'I' Í 'IÍ 'I Í ÍÍ Í Í Í ÍÍÍÍII 8
Formulas
F6nnulas do produto e do qUOCiente quociente ........................................................
- . 9$CD"'~1fl'ã|h-Calbil-I
Formula -
F6rmula de De Moivre .................................................................................... 11
Exercícios ...................................................................................................
Exercicios . 11
Respostas e sugestOes
sugestoes.................
................................................................................ 12
Propriedades do valor absoluto .....................................................................
. 13
Exercícios - - - - -
Exercicios ................................................................................................... 15
Raizes
RaIzes n-esimas.......... . .
n-~simas ............................................................................................... 15
Raízes un.idade..... . . . . . .
Ratzes da unidade....................................................................................... 16
15
Raizes primitivas
RaIzes primitivas .
.. .. ............................................ ........................................ 18
IB
Exercícios . . . .
Exercfcios ................................................................................................... 19
Respostas, sugestoes e solul,;:OE!ssoluções ...............................................................
. . 20
Aexponencial....._............................. . - - . .
A exponencial ................................................................................................. 21
Propriedades da exponencial ....................................................................
. . .. 22
Exercicios ...................................................................................................
Exercfcios . 24
Respostas, sugestOes
sugestoes e soluções - . .
soluC;OE!s ............................................................... 25
Cornjuntos de pontos no plano .......................................................................
Conjuntos . . . . . .- 26
25
Exercfcios
Exercícios ........................ ...........................................................................
- . . 31
sugestoes.....
Respostas e sugestOes .
..................................... . . .
.......................................... 33

cà.PITULo
CAPiTULO 2
FUNÇÕES .õ..N.à.Lí1¬1cas
FUNC;;O ES ANALITICAS
Funçoes variavelcomplexa.....
Func;OE!s de varilivel .. . . . . -
complexa ....................................................................... 34
Exercicios ................................................................................................... 36
35
Limite e continuidade ....................................................................................
Lintite ................................................................................... 36
35
Exercícios -
Exercfc10s ....................................................... .. ............. ....... ..................... 42
Sugestões ....................................................................................................
SugestOE!s . . . . . . . . .. . .. . 43
Propriedades do lintite
limite .....................................................
. . . . . .............. .............. 44
Exercfcios ...................................................................................................
1nn¡1-nni¡11--11-ri-1. 1- 1- 1- 1- 1- 1- 1- -I- 4- I- 'III' 47
:til I Sumário
xii Sumdrio

SugestOes solu~Oes ..................................................................................


Sugestoes e soluções _ 43
48
Fun~l!.o analitica
Função ..............................................................................................
anaIitica__.____.____.._ _ › - -_ 49
Regras de deriva~o
derivação ...............................................
_ _ _ ... ................................. 51
Exercícios _ _
Exercfcios ................................................................................................... 52
SugestOes .................................................................................................... 53
1.111-1.1-111111-1nú-1-i--Ii-1-II-flu-1--||||-lulu:-|-Iulnnan.1. -n. 1 1:-

As equa~Oes
equações de Cauchy·Rielnann
Gauchy-Riemarm.....__..__...___._ _
....................................... _
........................... 53
Condição
Condi~no necessaria
necess!iria e suficiente .............................................................. 55
Gaucha-Riemann
Cauchy· _ _
Riemann em coordenadas polares ............................................... _ _ 57 IIÍI

Interpretação geométrica
Int.erpretacAo geom~trica ..................... .................................................... _ 59 III

A funçao exponencial...____._.............._.....
fun~Ao exponenclal................................................................................. _ G1
61 --n

Excrcfcios ...................................................................................................
Exercícios _ _ _ _ _ 62
E2 -III

as funções trigonom~tricas
As funt;Oes trlgonometricas e l1iperbõlicas
hiperb6licas ........................................ . _ ..... 63
E3 Ifill

Exercfcios
Exercicios .................................... ... ............................................................
_ __ _ 64
E4
o0 logaritmo ........ .............................................................................................
__ __ E5
65
oO logaritmo
logariuno como transformação
transfonna~o e sua inversa__.___ _ _.
inversa ........................................ 67
ET
Propriedades do logaritmologariuno ........................................................................
_ __ _ B9
69
DefiniCAo de Z"
Deflniçao si' ...........................................................................................
__ _ _ 70
As funCOes
funções trigonometricas
trigonom~tricas inversas ...... .......................... ..... .... ..... ..... ...... T2 72
Exercícios _ _
Exercfcios ................................................................................................... 73
Respostas sugestões.._.__
ResposlaS e sugestOes _ _ _ _ _
. .............................................................................. T4
74

ca.Pi'rULo 3s
CAPiTULO

Tsosta na
TEORLA DA Imsosat
INTEGRAL
Arcos e contornos ........... ............................................................................... 75
E IlII-IIiII1IlI--IitiIii-I*I'lI-viil-ÚIIÚIPI1-i'IrI1-Ii-vii-Illi
I 1 I 1 I' 1 4- -I IJII TE
Teorema de Jordan e coneclividadeconectividade simples _
simples ...................................... _ ...... 77 T7
arco
Arco regular e contornos ............................................... _ ............ _ _ ................ 78
Exercicios___.._____.____._.._.._..._._____...._._ _ _
Exercfcios .............. ............. ........................................................................ _ _ 79
'F9
lntegral de conLOnlO
Integral contorno .......................................................................................
_ _ _ _ ._ _ __ _ _ 79
T9
Integral cwvillnea
curvilínea ou de contonlO contorno ................................... _ _ ........................
_ 81
Invariancia _ _ _ __ _ _ __
InvariAncia da integral................................................................................ 81
B1
Propriedades
Propri edades da integral__..._. _ _ _
integral ............................................................................ __ __ 82
B2
Exercícios _ _
Exerdcios ....................................................................... _ ....
.... _
_............. 86
30
Respostas e sugestões
sugestOes ........ .. _ _ _
. ............................................................ _ _ 88
BB
Teorema de Cauch_v________.___
Teorenla _ _ _ _
Cauchy ........................................................................................ 89
S9
_
Teorema de Green ............................................ _
................. ..... ................... 89 E9
T eoren13 de Cauchy ....... ............................................................................ 91
ll-I-ilflll-II--II-li-II--IIIII1--Ill--II-I-Ii
-I- 1- IIÚI

Integrais de contomo
contorno e prirnitivas
primitivas ............................................................
.........................................................._ 93
Exercicios _ _
Exercfcios ................................................................................................... 99
SugestOes
Sugestões ....... ..................................................... _ _ ........................................ _ 101
Fõrxmila
F6rmula integral de Cauchy Cauchy._.._._...._. _ _ __
..........................................................................._ _ 101
Derivadas todas as ordens
Deri vadas de toclas ordens .................................................................... 103
Exercicios
Exercfcios ...................................................... ........... _ .........................
_ ._......... 10?
107
Respostas e sugestOes
sugestões___.____________.____.____.______..__.__. _ _ _ __
... ..... ..... ................................................................... 109
Funções
FuncOes hannOrticas............... ................................................ .......... _ . .. IDH
109
Função
Fun~llo harrnõnica determina funçao
hannOnica detennina analítica ........................................
funCAo anal1tica _ __ III
111
Regiões
RegiOes multiplamente __
mult.lplamente conexas ................................................................ _ _ 112
Principio
Principlo do modulo
m6dulo maximo ............................. ..... _..... _... ...........................
_ __ __ 113
Problemas de Dirichlet e de Neumann Netunann ..........................
_ __ .............. ...... ....... 11 114 4
Exercícios
Exercfcios ........... ... .. .... ... .. ............ ... .... ...... ......... _......_ ..................................
_ _ _ _ __ 11 6
110
Respostas.__... _ __ _ _ _ __
Respostas .................................................................................................... _ 117
Sumdrio xiii
Sumário .fI :oiii

oaPÍTULo
C APiTULO 44
CAPiTULO
SÉRIES DDE
SERIES DEE PoTÊNoLas
POT~NCIAS
fun~(\es complexas..
fun~aes
Séries de funções
Series complexas _____________________________________.
complexas....... ................................................
. ................................
. .. 118 1 1 r 1 r 1 ¡ i 1 i i I + I + I E + I + Ç I Ç I I I I I I ll-

Convergj:!ncia
Convergl!:ncia
Convergência simples
sitnples ou pontua1______
pontual
pontu al .................... ................. 119
Convergencia wtiforITle
unifonne ...........................................................................
Convergência uniforme .... ......................................... .._.13EI120
Exerdcios ........ ..................
Exercfcios
Exercicios ............. . ............................................................... .. ... 125
Sugestões
Sugestoes
SugestCles .................
......... ........ ............................... 12'?
... 127
Series de potências
potl!:ncias..
potencias ......__________________________________________________.
.. .......................................................
.................. 127
- ¡ ¡ ` ¡ , ¡ , ¡ . . ¡ , ¡ + + ; + 1 + n ; ç ; ; | ; ¡ 1 - 1 - ; n ¡ n an

Exercfcios .......................
Exercicios .... ............. ............................
__________________________________________________________________________________________________. .. ..... 132
Respostas ee sugestoes
sugestões _________________________________________.
sugestOes ... ................. ............................
.................. .. ..............................
.. ............... 132
- 1 1 1 1 1 1 r : ¡ 1 n r 1 r 1 ¡ + I + + 1 + I l I I I I I I I Ç I I I I-I

Series
Séries de potências,
potl!:ncias,
pote n cias, seneserie de Taylor... ............... ................ .................133
Taf.-flor _____________________________________________________________. 133
Exemplos de seriesséries de potências
potl!:ncias
potencias .......................
..______________________________________________________________
............................. .. ............... 135 136
Produto e qquociente
u ociente de series séries de potências
poti!:ncias
potencias............................................._
.............. .....................
.. ................ 138
Exercfcios
Exercícios ..............................................
.... ......................... ......................
............. ................142
................. 142
___________________________________________________________________________________________________
Sugestoes
SugestOes
Sugestões .....
.................................
................ ................. .............................................. 144
__________________________________________________________________________________________________._
Serle
Serie
Série de Lauren
Laurentt .........................................................................................
......... .. ................. 144
___________________________________________________________________________________________._
ReguJaridade infinito.........
inJInito.......
Regularidade no irLi'jr|ito ................ .. ..............147
___________________________________________________________________________._ 147
14?
fun~(\es analfticas....
fun~Oes
Zeros de funções analfLicas ................ ....................... 147
analíticas ______________________________________________________________________._ 14'?
Exerdcios ..............
Exercicios ............... ......................
.............. ................................. .....................
................. 143
___________________________________________________________________________________________________ 149

caPÍ'1¬ULO 55
CAPiTULO
sINoULa_nIDaoEs
SINGULARIDADES E
SINGULARIDADES E RESIDUOS
sEsíDUos
Singularidades isoladas
SinguJaridades isolad as .....................
.................... . ................. . .......... .. ................. .. .. 151
.' Singularidades
SinguJaridades removfveis
removíveis .......................................................................
.. . .. ......... 152
Singularidades
Síngularidades do tipo polo
SinguJaridades p610 ....................................................................
..______________________________________________________________________
.. .. ........... 153
Singularidades essenciais .......... . .. ...............
.. ...................................... ____154 154
Exercfcios
Exercícios ..........
Exercicios ... .. ....................................................................................... ..____l55
.. 156
Respostas .............................
Respostas ...........................
. ............. ........ .. ............................ ..____15'¡"
.. 157
Teorema do residua
re siduo ....._ _ _ __ ...............................................
........ _ . . .......................... .. .. 157
Exercfcios
Exercicios
Exercícios ...
.......... ....................................................
.. .............................. ..
___________________________________________________________________ .......................
_ _______________________________ .. .. 160 150
Respostas e sugestOes ......
..... . .........................................................................
sugestões_____________________________ .. .................... 161 161
151 111|-

lntegrais impr6prias
integrais impr6pnas
imprõprias de func;Oes run~Oes racionrus
nmções racionaJ.s
racionais _____________ __ ..........................
...................... 161 151
161
. ¬ . . . , . 1 + ¡ + ¡ 1 + ¡ 1 ¡ 1 1 n 1 ¡ 1 1 n 1 . 1 . 1 1 1 1 . 1 1+

Exerclcios
Exercfcios ................................................................................................
.......................................... .
11I1-II-*II-IIIIIII-II*IIIIII-IINI¡*I¡I'¡l-Jl'l'¡l'.¡.¡UJlÍlÍlUUlUlU'Il .. ......... 163 153
Respostas e sugestoes.
sugestl"les
sugestos-s______ .................. . .. .................................................. .. ....
____l54 164
Lema de Jordan .........................
......... . .................... ................
____________________________________________________________________________________________._ .. .. 164
.. ........ 154
Exerclcios
Exerdcios .........................
Exercícios ________________________________________________________________..................
_ .... 168
. ..... 153
1 ¡ ' ¡ ¡ ç ¡ + ¡ + ¿ Q + ¡ n ¡ n J ¡ ç n ¡ 1 1 - 1 - 1 r 1 r 1 1-

Respostas e sugestoes...
sugestoes
sugestões ................................... . .. ........................
______________________________________________________________________________._ .... 153 169
lntegrandos
Integrandos muitivalentes
muJtivalentes ________________________________________.
muitivaientes. ........... ................... . .. ...... 169
. ...............................
_____________________________________153
Exerdcios.................................................................................................
Exerclcios
Exercícios ............. ................ .. ......... ..
__________________________________________________________________._ . .................. 173
_______________________________173
lntegrais envolvendo funções
Integrais fun~Oes trigonometricas
trigonomêtricas .......... .......
____ . .. ...... 173
..........................
__ _____________________________________._1'?3
Exercicios
Exerclcios ....................
... ..............................................
.. ......... ..
I-Ir-IIIIIIr-II--iI1-IIIIIII1I*III1--IIII-*III1-3¡IIIÍÚJ53Í.¡¡'Jl'l'¡l'¡l-IÍIÍÍI-'I-II-I
.. ............... ... 174
.____1'?-'zl
Residuos logarfl.micos
Reslduos
Resíduos logaril.micos
logarítmicos e principio prindpio do argumento ________________________________________._l'í"5
............................. ..... 1175
75
Exerclcios... ......................
Exercfcios ........................
Exercicios ...........__ 178
______________
. .............. _............................................
___________________________________________________________________________________ ITE

ca_Pí'rULo 66
CAPiTULO
ooNT1NUaÇÃo
CONTINUAQAO
CO aNA_LÍTIca
NTINUAvAO ANALfTICA
Primeiras conseq Oencias ........ ......................
conseqUencias
conseqüências .. .. 131
. ...................................... 181
Permanencia rela~Oes funcionais
Permanência das relac;oes
relações
 
:dv // Suma1'io
xiv Sumário

Continuação analit
Continuac;ao analíticaica por par reflexão
reflexao ........ .........................................
... ... .. . ..... ._
...................... .... ........... 183
- - - 1 . - . - . . - - . - - - - u - - - - - zu

Exercícios
Exe rcfcios ..................................................................................................
.. ... . .. ........ ..... .............. .... ........ ... ............. . . . ........_. 185
Respostas e sugestões .....................................................
sugestoes .................. .. ... .. ...... ... ._
.................. ... .... ............ 186
n o 1 1 - 1 ¢ n I - ¢ ¡ | | | ø u Q - - - - 1 10

Continuação
Co analítica e singularidades
ntinuar;a.o analitica singularldades ....................................................... _.. 187
Singuiaridades
Sing ularidades .... ................................................................. ._ .......................
....... .... .. ........ ... .... .............................................. _. 189
....... ......
Continuação analítica por cadeias ..........................
Continuac;ao analHica .................................. _. .. .................. 192
..............
ø Q | n n ø ¡ - Q Q Q | | Q Q Q 1 Q o o n v - 'O

Superfícies de Riemann ....................................................


Superficies ... ................. ...................... ..... ....... ._ .. ... ........... .. .. 193
o 1 ¡ o - - - o n n 1 n | o o ¡ o u : o U - - -1

Exercícios
Exerc ........................................................................
fcios ...... ..... .................. .... ........................................... _. .......................
.... ........... .... ..
_. 197
Funções analiti
Funr;oes anahtícas
' cas d deñnidas
efinid as por pOl' integrais ......................... ._
.... ........... .................. ,................ 198
u o n Q › n 0 0 0 O o - - n | n l n n l n o ¡ no

A função gama ..........................................................................................


fW19ao garna ..... ........................... .. .... ..... ..... ................. ........ ...__. 200
Continuação aanalítica
Continua<;ao nalitica a todo 0o pplano ......................................................
lano ...................... ............. ...................._ 201
Exercícios .................................................................................................
Exercicios ........ .. ...... ................... . .. ................................ .. ........... ....._.. 202

CAPÍTULO 77
CAPiTULO
APLICAÇÕES
APLICAQOES À DINAMICA
A DINÂMICA DOS
Dos FLU1Dos
FLUIDOS
Os movimentos fluidos a considera considerarr ..... ................................... ._ .... ........... ... .. 204
.. .................... .. .......... I I I I I I I I I I I I I I I Ú U I l I I I I ll

Conservação cla
Conservac;ao da massa ....................................................
.. ... ..................................................... __ .... .......... .. ... 205
I I Ú U I D w - I I I i U I Q I I I I I I I I DI

Escoamentos irrotacionais ............. .............................................. _.


............... .... .. ......... .. ....... ... .. . .. .. 209
I I I I O U I Q I 0 l I I I Ç 1 I I I Ç I I I IO

As fun<yoes
funções potenciais
po tenciais ..................................................... ._
.......................... ........... .. ..... .... ................ ... ...... .... . 210
2 10
¢ - - - - - u . . ¢ - - - - . - . - › - - - - --

Exemplos básicos ............................................................


basic os ............. .. ...................... ........ ........ .......... __ ... .......... .. ......... 2212 12
o o 1 - - u - . - - 1 - . . - - 1 - - 1 - Q - --

Exercícios ......................................
Exercicios ........................................................................
. ....... ..........._. .... ..... 2 15
215
I I I O I l l O Ç U I I 1 I I Ç I I I Í U - Í Í.

Fontes, sumidouros vórtices ...........................


surn..id ouros e v6rtices ............................................
........ ........._..... ....... .... .... ..... . 215
2 15
- - - ¢ - - . - . . - . . . . . . . . . . . . ..

Exercícios ........................................................................
Exercfcios ....................................... ._
......... .... ... .......... .. ... ..... ........ . 220
- - - - ¢ - - - - - . . - ¬ . - . ¢ - - 1 - ¢ +.

Escoamento em volta de um ................... __ .... ... ... .......... 22


lUll cilindro circular ......................... 2211
- - - - - - - - o - - - - - - - - - o ‹ u - - -.

Exercícios ............................
Exerclcios ........................................................................
,. .... ... ._ ...... .... ....... ... . 225
. ......... .....
I I I l I I I I I I I I U I I U I I I I I I I CO

Escoamento em volta de urn


Escoarnento um ccilindro
jlindro qualq qualquer uer ................. ._
.. .... ................... .......... ........ . 225
- ú - o - - - - ¢ - - - - - - - - . 1 - ¢ + - --

A dinamica
A dinâmica do movirnento
movimento .................
.................................................. ._
.................. ....... ........ .......... .. .......... .. .. . 226
- 1 - 1 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - --

Força sobre um
FOf<ya urn ccilindro
ilindro e f6rmulafórmula de Blasius .... ............... ._
.... .... ... ............ .............. . 229
- . - - - . - - - Q . . . - . . - ¢ 1 - - - - .-

Fórmula de Kutta-Joukovsld
F6rmula Kutta-Joukovski ......... ..........................................
... .......__..... ...... .. ... 23
2311
. - - - - - - - - - - - - | | - - ‹ - - - - - --

A transformac;ao
transformação ddee Möbius Mdbius ... ............................................
....... ._
.. ........... ................. .... ..... ...... .... 232
- - › 1 - - - - - - - - - - - - - v u - - - - --

Exercícios ........
Exercfcios ........................................................................ ._
..... .... ........... .... ... ...................... .. ... .... ............ .. ...... ...... ... . 234
I O I O I I O Q I O | I n I I I I I I I O I U IO

Sugestões .........
Sugest6es ......................................................................... ._ ... ... ........... .. .. 235
...... .... .......... ........ ............... .. ...... ... .... .. .......... - ¢ - - - ¢ - - 1 - ‹ - ¢ - - - - ¢ 1 - 1 ¢ ‹ --

A tl'ansfo rmac;ao de Joukovski .............................


transformação ..... ......... .......
____________________________________________ _. .... .. ........ ... .. 235
- - - - - - - - › o I ~ I - ~ n n o o u o n - --

oO potencial complexo apropdado apropriado ao perfil perfIl de Joukovski .. ....... .. ... 238
- - - . ¢ - - - › - - - - - - . - - ¢ - - - ..

Os paradoxos da leona teoria ............................................................ _.


....... .................. ................... ...... ................ ........ ... .. 242
O I I I I I I I I I I I D I O I I I I I I I I U0

CAPÍTULO 8s
CAPiTULO
REPRESENTAÇÃO CONFORME E APLICAÇÕES
REPRESENTAQAo A.PLICAc;:OES
Considerações
Conside preliminares ............................................
rac;:oes preliminares....... ..... .... .. ...... ...... ........ __ ... .. ... ...... .. ... 245
o n u U U u - - ¢ - n 1 - u u t o u ü - I - - --

Representação ................................................ ._
Re presentac;ao conforme ......................................................... ... ... ...... ... .. 245
Q I Q ¡ Q n I u ¡ 1 r o - Ç u n Q n 1 Q o 1 o ou

Invariância da equac;:ao
hwariancia equação de Laplace ................................. ._
..... ..... .................................. .. 248
I I I | o n n Q n n n n o o n I | I D I I O I li

Exercícios
Exerc lcios ........................................................................
....... .... ............................ .......... .... ................. ........_ ...... ... .. ...... .... . 248
u 1 1 n 0 o - a n ú n ¡ n - l 1 0 0 0 t t 1 - 1-

Inversão local e inversão


Inversao invers:ao global ..__________________________________________ ._
.................................. .................... ............. 249
Q n n Ç I n 1 o 4 u I ¡ u - u n 0 o Q o u U U ou

Inversão global .................................................................


lnversao ... .................................................................... _. .... ............ ..... 25 2511
Q ¡ Q o Q n n Q a n n a I I I n Q u › o ø n ¢ na

Exercicios ............................................................
Exercfcios ......... __.... ... .... ......... ..... 253
,..................................... .... ............ ,....... .......... o n | o u u - - Q 1 n 1 1 o u o I i | i o 0 o ni

A
A transformação
transformac;:ao de Mõbius Mobius ............................................... ._ ...... .
... ...... ................ .. .................. ......... ..253
253
Q o 1 Q n n r - - I - H H - - H À 4 u o Q 1 - :-

A razão cruzada
A razao Cf1.1Zada ............................................................... _.
.... ........... ... .................. . .............. . ..... ... ........... ..... ....... . . .... . 256
n n ¡ ¡ Q n Q n Q ¡ n n Q n 1 1 Q ¡ U Q Q Q Q qq

Exercícios ........................................................................
Exercfcios ................................................................. _.
.. ............ .... ................ 259
o D 0 0 0 a - n Q 0 o n n Q - | 0 | i ¢ u ü - 11

 
Sumário // xv
Sumo:rio

Potencial eletrostatico ............ .. ............ ............ .. ....... ... .......... ........ ... ........... _... 260
eletrostátíco ..................................................................................
Os potenciais escalares ........ ............................................................................
.. ... ..... ... ..... ... .... ..... ..... .. .. ................................_ 261
transforrnaGao w == zz + ez .................
A transformação .. ....... ................................. .. ..... .... 262
...................................................................._.
oO condensador de placas paralelas ......... ...........................................................
....... .. .. ..... ....................... ...... ... .. 263
Exercícios .................................................................................................
Exercfcios .............. ... ....... ......................... ........... ......................................... 265
Referências
Referencias e Bibliografia
Bíbliografia .....................
............................................................................
....................................... ....... ...... ....._. 267
fndice Alfabetico
Índice Alfabético ....................... ......... ... ........ ........................... ....... ................._ 269
...........................................................................................
Capítulo 1
Capitulo 1

NÚMEROS COMPLEXOS
NUMEROS COMPLEXOS

NÚMEROS COMPLEXOS
NECESSIDADE DOS NUMEROS

Os numeros
números complexos sao são comumente estudados nos cursos de Algebra,
Álgebra, ou
em cursos que tratam das construr;6es
construções numericas,
numéricas, aí incluídos os numeros
ai incluidos números in-
teiros, racionais e reais. Vamos fazer aqui uma apresentar;ao
apresentação desses numeros,
números,
mais do ponto de vista pnitico,
prático, sem maiores preocupações
preocupar;6es com os detalhes
da teoria.
Como se sabe, as raizes
raízes de uma equar;ao
equação do 22.
29 grau,

aa:22 + bx + c == 0,
ax O,
são dadas pela conhecida formula:
sao fórmula:
b ± Vb
w _ --b:|: \/b22 --4ac
4ac
x =
2a
raizes , quando 0o discriminante bb22 -- 4ac eé
Obtemos, efetivamente, duas raízes,
positivo e apenas uma se ele for nulo.
Quando o0 discriminante eé negativo, a formula
fórmula acima não
nao conduz a ne-
nhuma raiz real. Neste caso, 0o trinômio
trinomio a:c2 ba: + c e
ax 2 + bx é sempre diferente
x. Por exemplo, se
de zero, qualquer que seja 0o valor real que se atribua a Lv.
tentarmos resolver a equar;ao
equação
zz;x 22 -- 6x
õz + 13
13 =z 0,0,
somos levados a
x_õ¢\/36-4-1-13_õ¿¬/-16
6 ± V36 - 4 . 1 . 13 6±V-I6
x =
22 _ 22 ”
2 Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números

que não representaa número


nao represent numero real algum. No entanto, se operarmos formal-
A fosse um
mente, como se \/-1 urn número,
numero, obteremos:

$_
x = 6õâz,/;õ(-1) õàzzi;/-1 = 3±2H
± J I6(-I) = 6±4A gfl ,__1,
22 · ,
Xl == 3 +
ou seja, as' +2 A e 11:''
2\/T1 x" == 3 -- 2A.
2\/Íl. Vamos substituir esses "numeros"
“números”
equação original para verificar
na equac;ao verificar se eles sao
são realmente raizes.
raízes. Ao fazermos
isto, devemos tratar 0o simbolo A como se ele fosse mesmo urn
símbolo \/-_1 um numero;
número;
particular,, seu quadrado deve ser --1:
em particular 1: (A)2 = = --1.
1. Teremos:

(x l)2 -- 6Xl
(zz')2 õzzz' + 13
13 z= (3
(3 + 2H)2
2\/T1)2 -- 6(3
ô(3 + 2H)
2\/T1) 13
+ 13
= 99 + 12H
= 12\/-1 + 4(
4(-1)
- 1) --13
18 -- 12H
12\/-1 + 13
13 = 0.
0.
Do mesmo modo, verificamos que 9:”
x" tambem
também ée raiz.

Números
N umeros complexos

considerações segue-se que eé possível


Dessas considerac;oes equação do 29
possivel resolver a equac;ao 22 grau
mesmo no caso em que bb22 -
- 4ac < O, A
símbolo = \/T1
0, se operarmos com 0o simbolo i
2
como se fosse urn númerol. Ele deve ter a propriedade de que iig =
um numerol. : -1
- 1 e
deve operar ao lado dos numeros
números reais com as mesmas leis formais que regem
estes números. números complexos
numeros. Somos assim levados a introduzir os numeros
números da forma a + bi, como
como sendo os numeros
22 . 5 2
33 + 5i
5'z,, ---2'
3 - 22z, 2 -'
×/_+2z, - 3 --1
\/šz
3 '
o A eé chamado unidade imaginaria;
O novo elemento i = \/-1 imaginária; a eé chamado de
parte real e b de parte imaginaria numero complexo a +
imaginária do número -I- bi.
1Na
INa verdade, a motivação
motiva<;ao maior para a aceita<;ao
aceitação dos numeros
números complexos ocorreu no
século XVI, quando os matematicos
seculo matemáticos descobriram a fórmula
formula geral de resolução equações
resolu<;ao de equa<;6es
39 grau. Aplicada a
do 32 à equação x3 -
equa<;ao 1:3 153: -- 4 == 0, essa formula
- 15x fórmula se reduz a

zz; = Ê/2 + 11\/-1 - i/-2 + 11\/-1.


Sabendo que x:r == 4 eé raiz
raiz,, percebeu-se que as raizes
raízes cubicas
cúbicas ai
aí indicadas devem ser
(2 + A\/T1)) e (-2 + \/T1),
A) , respectivamente
respectivamente,, 0o que se comprova elevando-as ao cubacubo e
operando formalmente. Como tal procedimentos permitia obter a raiz sc x =
= 4 pela formula,
fórmula,
ficou evidente que tal interpretação
ficou números complexos
interpreta<;ao deveria ser aceita. Portanto, os numeros
entraram na Matematica
Matemática pela equa<;ao
equação do 32
39 grau, naonão do 22.
29.
Capitulo 1: Números
Capítulo Numeros complexos 3

Vemos assim que, ao introduzirmos os mimeros


números complexos, devemos
definir adição e multiplica<;;ao
definir adi<;;ao multiplicação de maneira que permaneçam válidas as pro-
permane<;;am vaIidas
Av

operaçoes pos-
priedades associativa, comutativa e distributiva que essas opera<;;oes
suem quando referidas aos números
mimeros reais. Assim, os mimeros
números complexos
ficam determinados pelas seguintes regras:
ficam

é2=-1; az
aézéa;
= W;
+ bi = e + di significa aa=c,
aa+bi=c+di = e, b=d;
b = d;
+ bi) + (e + di) = (a + e) + (b + d)i ;
(a+bi)+(c-l-di)=(a+c)+(b+d)i;
(a
+ bi)(e + di) = (ac
(a+bi)(c+di)=
(a - bd) + (ad + bc)i .
(ac-bd)+(ad+bc)i.
o leitor deve notar que a defini<;;ao
O multiplicação e
definição de multiplica<;;ao é motivada pelo que
obteríamos formahnente, assim:
obteriamos operando formalmente,

(a + bi)(e
bi)(c + di) == ac
ae + adi + bie (ac -- bd) + (ad + bc)i
bio + bidi == (ae bc)i..

operações com mimeros


Vejamos alguns exemplos de opera<;;6es números complexos:

(-5 + 7i) + (3 --12i)


12i) = -2 -- 5i;
5i;

(1 -- 5i)(3 + 2i) = (3 + 10) + (2 -- 15)i = 13 --13i=13(l


13i = 13(1 -- i);

vI2(_l_
1
2 ---'
v'I8
- iJ50)
50 =
ix/_) !31 - iv'loO
=--
3
i'\/1 00 = !31 - Wi.i
=--10'.
3
A subtração números complexos e
subtra9ao de mimeros é definida
definida em termos da adi<;;ao
adição e do
oposto de um número. Ooposto
urn mimero. x+iy ée0o mimero
O oposto de z = sc+iy número --zz = (-ar)-I-i(-y).
(- x)+i( - V).
Dados então
entao Zl :U1 +
zl == Xl +iy1
iYI e zz
Z2 == :tz
x2 + iY2,
iyz, definimos:
definimos:

21 _ 22 = (221 - 222) + '¿(y1 - y2)-

Os reais como subcorpo dos complexos

Observe que os mimerosnúmeros complexos da forma a + iO i0 se comportam,


comportam, com
rela<;;ao a
relação adição e à.a multiplica<;;ao,
à. adi<;;ao multiplicação, do mesmo modo que os números mimeros reais
a; em outras palavras, fazendo corresponder 0o mimero número complexo a + iO i0 ao
número
mimero real a, entao a
a, então à. soma a+b correspondeni (a+b) +iO,
a + b corresponderá (a + b) + i0, que e0
é o mesmo
que (a + iO) 210) + (b +
+110); corresponderá ab + iO, que e
iO); e ao produto ab correspondeni é 0o
4 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos

mesmo que (a+iO)(b+iO).


(a + i0)(b+ i0). Isso quer dizer que somar e multiplicar numeros
números
reais equivale, pela correspondencia
correspondência a I--------t
1-› a + + iO,
iO`, a somar e multiplicar,
respectivamente, os números
numeros complexos correspondentes, 0o que nos permite
identificar
identificar 0o numero número complexo a +
número real a com 00 numero + iO, ja que, do ponto
i0, já
de vista da adição multiplicação, seu comportamento eé o0 mesmo. Deste
adi<;ao e da multiplica<;ao,
modo, os numeros
modo, números complexos se apresentam como uma extensao extensão natural dos
números reais.
numeros

oO plano complexo

número complexo z == Ltx +


Dado o0 numero -1-ig,
iy, sua parte real sc
x eé denotada por
Re z, e sua parte imaginaria
imaginária y, por 1m Im z. 0O plano complexo eé 00 conjunto
representações de todos os numeros
das representa<;oes números complexos z == 3:x + iyig pelos pontos
P (sc,, y) do plano. E conveniente identificar
p = (x número complexo z = a3+iy
identificar o0 numero x+iy
com 0o ponto P P = (x
(:r:,, y), 0o que eé possível através das seguintes defini<;oes:
possivel atraves definições:
(a,, b) == (c, d) significa
(a significa a =
= c, bb =
= d;
(a,
(a,b)+ (c,
b) = (a + c, b + d);
d))=(a+c,b+d);
5: Sl.
(a, b)( .9d))=
b)(c,_|_Q = (ac -- bd,
/_""\ bd, ad
ad++ bc).
E
É fácil então que a = (a, 0)
facil ver entao O) e i = (0,
(O, 1).

 zz=x+iy
= x + iy
_1+2¿ F ''''''''''' "

__-J

'''''' _2_-
2 - 2z'
2i

Fig. 1.1
Fig. 1.1
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 5

A representac;ao números complexos por pontos do plano e


representação dos numeros é muito
útil
util e de uso freqiiente.
freqüente. Por meio dela, 0o numero
número complexo z = x + iy e
= as é
identificado
identificado com 00 ponto (x,
(sc, y), ou com 0o vetor Oz de componentes a:x e y
(Fig. 1.1). As conhecidas regras do paralelogramo para a soma e subtrac;ao
subtração
então, no caso de soma e subtrac;ao
de vetores se aplicam, entao, subtração de numeros
números
complexos (Figs. 1.2 e 1.3).

N fa)
Z2
\
'
\ \
\ \", I
"
\

I\`
`

I
II
:
\ I_
I
T
/I I Y 2
“<í>|
ÍJ
II
I

.v,..- ___-”____ __ N
\
Z I "__
\
/ I
I ___ _ 1 _
:I l

_x2_,|
Y
X,-->‹_-.

Fig. 1.2

Z,
Zl
I `
`
Í
`

ff "`
1 Z
zl-z 2,'
1 2

Í
Í
| }
Í
I
I

Fig. 1.3
6 Capitulo Numeros complexos
Ca.p1'tulo 1: Números

Modulo e complexo conjugado


Módulo

Definimos o0 modulo,
Definimos módulo, valor absoluto ou norma de um número complexo z =
urn numero =
x + iy como sendo 0o número nao-negativo Izl
numero não-negativo \/:B2 + yë.
|z| = vx 2 vê, ele
y2. Como se ve,
eé a distancia
distância do ponto z ità origem.
oO complexo conjugado de z = xx ++ iy eé definido
definido como sendo E z = x -- iy.
A Fig. 1.4 ilustra exemplos de complexos conjugados.

 z _= x+iy
x + iy
Z-

az-3+2z° -----
-uma-__;

-_ ›-ú z-_ -p

ä=-3-2|' _
Z x - on.iy
NI = N *<

Fig. 1.4
módulo e do conjugado, temos:
Em termos do modulo
zz
22 = (22 +
= (x +13/)(fv
iy)(x -- iy) (2122 + y2)
iy) == (x y2) + i( - xy + yx)
'¿(--ru x 2 + 1/2,
vw) == 222 y2,

isto e, zš == Iz12.
é, zz |z|2. Esta propriedade permite calcular 0o quociente z == z1/zz zI/ Z2
de dois números
numeros complexos Zlz1 e Z2,
zz, Z2 76 0, que e
zz =I- definido pela condi~ao
é definido condição
zzz = Zl·
ZZ2 z1. Para isso, basta multiplicar 0o numerador e 0o denominador pelo
complexo conjugado do denominador. Exemplos:
3 + i _ (-3
--3+i + i)(l + 2i) _ - 5 - 5i _ -11 _ iZ,
(-3+i)(1+2i)_-5-5i_,
11 -- 2i - (1 -- 2i)(1 +
+ 2i) - 12 +
+ 22 - .`
Em geral, com Zl x1 +
z1 == Xl +iy1 X2 + iY2,
zz == xz
iYI e Z2 iyz, temos:
21 _ ZlZ2
Zl 2122 XIX2 + YIY2
1v1:vz+ i/13/2 + i(YIX2
i(y1f1=2 -- fviyz)
XIY2)
=
22
Z2 2252
Z2Z2 x~ + yš
rã y~ '
leitor
Deixamos ao lei tor a tarefa de provar as seguintes propriedades:
z+z
+2 Z-z
z-E
Izi
|z| = Izl;
|z| ez 2 ,
Rez=--·
2 '
Imz=
mz -2z_
_ .,
2i '
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 7

(~~) ;~Z2
_____ _ __ __ Z1 Z1
21 + 22 = 21 + 22; 2122 = 2122; _ = = :-
Z2
Esta última
ultima segue da penúltima
pen ultima e da definic;ao
definição de quociente:
_ zZl
ZZ2 = z1;
zzz Z Z2 = E1,
Zl; logo, 222 de EZ =
donde
Zl, don - .
Z22

Exnncíclos
EXER CICIOS

Reduza àa forma a +
+ bi cada uma das expressoes
expressões dadas nos Exercs. 11 a 11.

1. (3+5i)+(
1. (3+ sé) + (-2 + z').
- 2+i). 2. (-
2. (-3+4z')
3 + 4i) -- (1
(1 -- 2z').
2i) . 3. (v'3
3. 5/3-- 2i)
2z') -- i[2
z'[2 -- i(
z'(\/3+ 4
v'3 + 4)].

4. (3
4. (3-51;)(-2-41;).
- 5i)( -2 - 4i). 5. (1
5. + ~)( - ~ + 3i).
(1+š)(-§+3é). 6.
6. (3i - 1)(~+~) .
(3é-1)(%+š)

7. - 22. (2 -"5'
7. 77-2é(2-%Í). 2i) s. (2+3z')2.
8. (2 + 3i)2. 9. (4
9. (4-2z')2.
- 2i)2.

10. (1
10. (1 + i)3
¿)3 11. 11 ++ 2z'
11. 2i + 4z'33 ++ 5i
3z:22 ++ 4i
+ 3i sr*4 ++ 6i
õzi.5 .
N
Lin
12. Mostre que Z i" == 1, 11 +
+ i, i ou zero, con
conforme
forme 0o resto da divisão N por 4 seja
divisao de N
n=O
n O
zero, 1, 2 ou 3, respectivamente.

+ iy)2 == x:U22 _
13. Mostre que (x + y2 +
- 3/2 + 2ixy.

14. Mostre que (x - x2 -


- iy)2 == :v2 _ y2 -
- 2ixy.

15. Mostre que (X+iy)2(X (11122 +y2)2.


(x + iy)2(x -- iy)2 == (x + y2)2.

(x22 +y
(x + iy)" (x -- iy)" = (X
16. Mostre que (x+iyt(x 2t·
+ y2)":.

Reduza a
à forma a +
+ bi cada uma das expressoes
expressões dadas nos Exercs. 17 a 27.
11 1
_1_ 1+i
l+i 33-i
- i
17. -í. 18. . 19. 20.
2 + 3i
2+3i 4 - 3i
4-3i 33-2z"
- 2i ' 2i - 1
2i-1°

11-i
- i 11+i
+ i 44-37;
- 3i 11-i
- i
21. --. 22 . í.
22. 1 _z, 23.
23 . 24.
l+i
1+i 1- i z'-1'
i-I v'2 -i
¬/2-z'
25. +-
(1
11
+ iF
(1 + 1)* .
26..
26 e+it·
l+i)30

1- 2
. 27
(1 -z')(×/§+iz')
27. (1 - i)(v'3 i). +
8 Capitulo
Capítulo 1: Numeros
Números complexos

Nos Exercs. 28 a 32, represente graficamente os numeros


números complexos Zj,
z1, zz, j Z2 e
z1zz
Z2, Z
Z 2 '.
Z1 /Z2
ZI/

11-'
- i 11 + iV3
'3 , zz_l/-P2i'-_
3 °
V3+i
23.
28. z1=3+4f¿,
Zj = zz=_í.
3 + 4i, Z2 5V2' 29.
29. z1=%/_-,
Zj = Z2 = - -2-'
=
5»/5 2

l + i
30. Z j= - - ,
Z1=-'E-2-, Z2 = 1 + iV3.
Z2=l.+'Il\/š. 31. Z j = 1 + 2i ,
2121-P271, Z2 = 2 - i.
Z2=2-'i.
2×/2
2V2

32.
32. z1=3-1,
Zj =3 - i, zz=3-fé/2.
Z2 = 3 - i/2.

33. Mostre que R e[-i(2 -- 3i)2] =


Re[-i(2 = -12.

1-z:\/2__¿
1- iV2 .
34. Mostre que
34. = -2
\/§+¿
V2+i .'

(1-zx/3)2
(1 -. iV3)2] _2(1+2\/3)
2(1 + 2V3)
35. Mostre que 1m
Iml[ i_2 1 5 .
2 - 2 5
1 + i tg9 .
36. Mostre que 9 == cos 26 + 2isen
29 + 26.
sen 29.
11 -- itg
itgd

37. Dados do
37. is numeros
dois números complexos aa e {3,
5, prove que

IC» + BIQ + Ia - ÚI2 = 2|0¢I2 + 2|flI2-


Fa<;a
Faça um gráfico
grafico e obtenha a seguinte interpretação
interpreta<;ao geometrica:
geométrica: a soma dos quadrados
dos lados de um paralelogramo eé igual a à. soma dos quadrados das diagonais.

38. Dados três


tres vertices
vértices de um paralelogramo pelos numeros
números complexos Zj, Z2 e z;›,,
z1, zz Z3, deter-
mine 00 vértice 24 oposto a Z2
vertice Z4 zz.. Fa<;a
Faça um grafico.
gráfico.
39. Prove que 00 produto de do is numeros
dois números complexos eé zero se e somente se um dos fat ores
fatores
se anula.
0 Teorema Fundamental da Álgebra
40. O afirma que todo polinômio
Algebra afirma coeficientes com-
polin6mio com coeficientes
plexos possui uma raiz (real ou complexa). Prove, como corolario,corolário, que todo polinômio
polin6mio
P(x)
P (x) de grau n possui n raizes
raízes,, contadas as multiplicidades
multiplicidades;; e sendo aj . . ,,an
a1,, .... an essas
entao P(x) se escreve P(x) == a(x -- aj)
raízes,, então
raizes . . .. (x -
al) .. - an). Prove também
tambem que se o0
polinômio reais,, e se a eé uma raiz complexa, entao
coeficientes reais
polin6mio tem coeficientes a tambem
então 'a' também eé raiz.

REPRESENTAÇÃO POLAR
REPRESENTAQAO

Considerando a representa<;ao geometric a de um número


representação geométrica i= 0,
numero complexo z % O,
chama-se argumento de z 00 angulo e
ângulo (9 formado pelo eixo Ox e 0o vetor Oz (Fig.
Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos 9

ângulos sao
1.5). Como em Trigonometria, os angulos são aqui orientados: consideramos
positivo o0 sentido de percurso oposto ao dos ponteiros do relógio.
relogio.
o
O argumento de z so definido quando z i74 0; mesmo nesta
só pode ser definido
hipotese, o0 argumento
hipótese, argmnento so fica determinado a menos de multiplos
só fica múltiplos inteiros de
27r. Como x == Izl
2rr. = Izl
|z| cos ()(9 e gy : |z| sen (),
(9, temos a seguinte representação
representa<;ao de z,
conhecida como representac;ao
representação polar ou representac;ao trigonometrica:
representação trigonométrica:

r(cos9 +
z = r(cos() + isen()),
isen 9), r
l' = Izl;
|z|;

r
l' são designados as coordenadas polares de z.
e ()9 sao

4
, z
Z

. IZI

>

Fig. 1.5

Formulas
Fórmulas do produto e do quociente

De posse da representação
representa<;ao polar, vamos deduzir uma regra muito conve-
niente para a multiplica<;ao.
multiplicação. Sejam

2:1 = r1 (cos 61 + i sen (91) e zg = rz(cos (92 -|- i sen 92)

dois numeros
números complexos quaisquer. Entao,
Então,

21
Zl zz
Z2 = r1 rg (cos ()1
1'11'2 (91 +
+ i sen ()1)
(91)(cos 92 +
(cos ()2 + i sen ()2)
92)
: r1r2[(cos
1'11'2 [( cos 61 (92 -- sen óllsen
()1 cos ()2 92) + ii (sen ()1
()1 sen ()2) (92 +
(91 cos ()2 -|- cos ()1 (92)],l,
61 sen ()2)

isto e,
é, -

Z1Z2 = 'T'1T'2[COS(Ú1 -|- 92) + 'l (S€I1(91 -|-

Vemos assim que 0o produto de do


dois números complexos e
is numeros é 0o numero
número cujo
módulo ée 0o produto dos m6dulos
m6dulo fatoroes e cujo argumento e
módulos dos fatores é a soma dos
10 Capítulo 1: Numeros
Capitulo Números complexos

argumentos dos fatores


Jatores (Fig. 1.6). Observe que os triangulos
triângulos de vertices
vértices 0,
z1 e 0,
1, Zl O, Z2,
zz, ZlZ2
z1 zg sao
são semelhantes,
semelhantes, 0o que facilita a constru<;ao
construção do produto
z1zz
ZlZ2 a partir dos dados 0, 1, e Z2.
zz.

zlz, _ _ _ _ . - - -- ___-- z 2

\Z1
01+ 02 \`
\
1
\

5'
\

\
\
4Q ''-_.'.

Fig. 1.6

resultado
Vamos deduzir result análogo para a divisao.
ado analogo divisão. Como

11 cosól-isenól
cos () - i sen () _c0S9_¿Sen6
() . ()
= cos - ~sen ,
cos () + i sen ()
cos9+isen6l () + i sen ()) (cos () - i sen ()) O
(cos6l+isen0)(cos0-isenól)
(cos '

temos:
temos:

z1 r1
rl 91 + ii sen 91
cos ()l ()l r1
rl _ _
- - - () ._ () =- - ((cos 91 + ii sen ()1)
cos ()1 91 ) ((cos 92 -- i1, sen ()2)
cos ()2 (92)
Zz T2
r2 cos 922 +
COS + ~Z sen
SGII 622 'F2
r2

= -;%[(cos
rl [(cos ()l 92 + sen Hlsen
61 cos ()2 02) + i (sen ()1
()1 sen ()2) 91 cos ()2
02 -- cos ()l
61 sen ()2)
l9z)].] .
r2

Portanto,

É = T-1[cos(91 - 62) + sen(91 - 62)],


22 T2

é, para dividir numeros


isto e, números complexos basta fazer
Jazer 0o quociente dos m6dulos
módulos e
a diJerenr;;a
diferença dos argumentos (Fig. 1. 1.7). Também aqui, como no caso do pro-
7). Tambem
construção do quociente eé facilitada pela semelhan<;a
duto, a constru<;ao semelhança dos triangulos
triângulos
vértices 0, 1, zI/z2
de vertices z1/zz eO,
e 0, Z2,
zz, Zl
z1..
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 11

, --
_.:-HU*
Z
-z-šflk'í í í í í í-Í ...__ 2

z /Z,

Q
J

%
U-l

91- i_l

Q '.-Z.__-._-_š____-Iinflv-nnxu-n

Fig. 1.7

Fórmula
Formula de De Moivre

A formula
fórmula de multiplica<;ao
multiplicação acima
acíma estende-se para um numero
-número qualquer de
fatores. Sendo

zj = fr¿(cos0¡ +'¿sen0]-), j = 1,2,...,n,

teremos:
z1z2...zn = 'r'1rz...'rn[cos(01+ 02 + . . . + 0n)+isen(01+ 92 + . . . +

demonstração deste fato e


A demonstra<;ao é simples e fica
fica a cargo do leitor. Em particular,
quando todos os fatores sao
são iguais e de modulo unitario,
` ' ` obtemos a formula
módulo un1tar1o, fórmula
segumte,
`
seguinte, chamada formula
' de De Moz"ure:
M oivre:

(cos 0() + sen ()t


+ i'isen = cos
0)" = n9 + iz' sen n().
co s n() 11,0.
Esta formula e
é valida
válida tambem
também para expoentes negativos. De fato,
1 1
(cos ()9 + sen ())-n
+ iisen 9)_" = 1 1
(cos ()0 + iisen
sen ())n n9 + iisen
9)" _ cos n() 11,6
sen n()
= cos n()
11,9 -- iisen nã = cos(
sen n() -n()) + iisen
cos(-m9) (-116).
sen (-n()).

EXERCÍCIOS
EXERCICIOS

Nos Exercs. 1 a 12, determine 0o argumento dos numeros


números complexos dados, escreva esses
números
numeros na forma polar e represente-os geometricamente.
12 Capitulo 1: Números
Capítulo Nlimeros complexos

1.
1. z=-2+2é.
Z = -2 + 2i. 2.
2. z=1+é\/š.
Z = 1 +iJ3. 3.
3. z=-\/š+z:.
Z = -J3+i.

ii - ) 55 11 _
4 . zz -=
4. ( -i
- (1+¿)
1 +i ._ ==-í.
5. 2:z = _1_z_\/ã 6. zZ =
=-1-.
-1 - i.
z
- 1 - iJ3'

-3+3i - 4
-4 .
=-i.
7. z = 1+z_`/š 8. z = -\/š_z_
=-_-. - - . 9. zZ =
=1+2. z
1 + 2i.
1 +iJ3' J3 - i

10. Z = -1 + 3i.
10.21:-1+3¶Í. 11. Z = - 3 - 2i.
11.z=-3-2¿. 12. Z = 4 - i.
12.z=4-11.

Nos Exercs. 13 a 18, reduza os numeros


números Zl
z1 e zz a forma polar e determine as formas
Z2 à
polares de z1zz
ZlZ2 e 2:1/zz. números num gnifico.
Zl/Z2. Represente esses quatro numeros gráfico.

3 - iJ3
= vM
Z1=\/š+3¿,
13. Zl
'
Z2 =
3 + 3z, Z2= 2 -. 14.
14- Zl
Z1=1-I-Í, Z2 = J3 + i.
= 1 + i, Z2=\/š-I-'À

15.
15. z1=1-z',
Zl= 1 - i, zzz-1+¿\/š.
Z2 = -1 + iJ3. 16.
16. z1=-1-é,
Zl= -1 - i, zzz-1-é×/š.
Z2 = -1 - iJ3.

17. z1=1+2é, zz=2+é. 1s.z1=1-é,zz=-1+2é.


18. Zl = 1 - i, Z2 = -1 + 2i.

IZII == |zz|
19. Prove que se |z1| IZ21 = IZ31
|z3| = 11 e Zl
zi +
+ Z2
zz +
+ zg então Zl,
Z3 = 0, entao z1, zz z3 sao
Z2 e Z3 são os vertices
vértices
de um triângulo equilatero
urn triiingulo eqüilátero inscrito no círculo
clrculo unitário
unitario de centro na origem. Fa<;a
Faça urn
um
gráfico.
grafico.
20. Prove que
2
cos 39
3B = cos 3 9B -- 3 cos 9Bsen
= cosa' seng 9B e 39 =
sen 3B -sen 3 9B +
= -sen3 cos22 9BsenB.
+ 3 cos sen 9.

21. Obtenha formulas análogas as


fórmulas anruogas exercício anterior para cos 4B
às do exercicio 4B.
49 e sen 49.
22. Prove, de urn
um modo geral, que

n D n(n --11) n- 2 D 2 D
cosn9
cosnB = cos"'9u-
cos - É?-?'5-)cos"`29sen29+
2 cos usen u + ...
= P(cos 9, sen9),
B, sen B),
_
n-11l D n(n-1)(n-2)
- -2 _
n-3 3D
sennB
senn9 = ncos" 19sen9
ncos usenu - nm 1â(n
6 )cos"'3sen39+...
cos sen u + ...
= Q(cosB, B),
Q(c0s9, sen 9),

onde PP eQ Q sao
são polinômios convenientes, homogeneos
polin6mios convenientes, homogêneos e de grau n nas duas variaveis
variáveis
cosB
cos 9 e senB.
sen 9.

RESPOSTAS E SUGESTÕES
SUGESTOES

1. z=2\/§'(cos3l+isen3l).
4 4
2. i
= 2 (cos 3 + isen 3
2. Zz=2(cosÍ+isenÍ). i)'
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 13

5
57r .. 5
57r) 11 ( 57r . 57r)
z = 2 ( cos 6 + ~ sen 6 .
3. z=2(coSíW+isen%). 4. z=Ê(cos%+isen%).
Z = In cos - + ~sen -4 .
4v2 4

Z = v'5( cos 8 + i sen 8), onde 8


9. z=\/Ê(cos9+isen9), = arc cos(1/ v'5) , 0O<9<1r/2.
9=arccos(1/z/Ê), < 8 < 7r / 2.

12. zz=\/fi(cos9+isen9),
=V17(cos8 +isen8), onde 9=arccos(4/\/Í), -fr/2<9<0.
8=arccos(4/ V17) , -7r/ 2<8<O.

20. Desenvolva (cos 98 + 9)3 pela formula


+ isen 8)3 fórmula do binômio
binomio e pela formula
fórmula de De Moivre.

PROPRIEDADES DO VALOR ABSOLUTO

As seguintes propriedades sao


são de verificac;ao
verificação imediata:

IZIZO,
/Z/ 2 0, /z/ = 0 {::} z = 0;
|2|=0<=>2=0;

/z/ = /I -
|z| - z|;
z/; /Rez/:s:É |z|,
|Rez| /z/, /Imz/:S:Ê
|Imz| /4
A propriedade
|Z1Z21=|Z1|l22|
segue da seguinte observac;ao: /ZlZ2/2 = (ZlZ2)(ZlZ2)
observação: |z1z2|2 (z1Z2)(ÉZ'2) = (z1š1)(zzšz) =
|z1|2|z2|2.
/Zl/2/Z2 /2. Menos trivial ée a desigualdade do triangulo,
triângulo,

|z1 + zzl É |z1| + \zz|, (1.1)

assim chamada por exprimir propriedade geometric


geométricaa bem
bern conhecida: a soma
triangulo e
dos comprimentos de dois lados de um triângulo e' maior ou igual ao com-
primento do terceiro lado (Fig. 1.8). Para demonstra-la, observemos que

2 =
|Z1 +
/Zl + Z2|2
Z2/ (Zl
(Z1 ++ Z2)(Zl + Z2) = ZlZl
Z2)('Í1-I-3.72): Z1Ê1 + + Z2Z2
2252 ++ (ZlZ2 + E122)
(2152 ~|- ZlZ2)
2
= 2f1|2 +
/Zl/2 /Z2/ 2 +
+122 ZlZ2 + 2'1_Í2
+ 2152 /Zl/2 + |Z2|2
ZlZ2 = |21|2 /Z2/2 + 2Re(zlz2)
2Re(Z1Ê2)
Z1|2 +
2 2|Z1Ê2|
<
É /Zl/2 + /Z2
222 + 2/Z1Z2/
/ +
2
= /Zl/2
Z1|2++ /Z2/ + 2/Z1 I/z2/
Z22+2|Z1||Z2|
= (|z1| +
(/Zl/ -|~ /Z2/)2.
]zz )2.
14 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos

Daqui segue a desigualdade desejada por uma simples extrac;iio


extração de raiz.

/
/
z, + 22

/. _ _
Z]

Fig. 1.8
Como I| -- z2
22]1== I|z2|,
z21 , vale tambem
também a desigualdade

IZ1 - Zzl S |z1| + Izzl,


pois
I21- Zzl = I21 + (-z2)I S |21| + I - 22I = IZ1| + |22I~
Uma terceira desigualdade muito importante ée a seguinte:

|z1|-|z2| í |z1+ z2|. (1.2)

Para demonstni-la,
demonstra-la, basta observar que

|Z1| = |(Z1 + 22 - Z2| S |Z1 + 22| + |Z2|-

Obtém-se daqui 0o resultado desejado subtraindo IZ


Obtem-se 21 do primeiro e último
|z2| ultimo
membros.
z1 com zg
Trocando Zl Z2 em (1.2)
(1.2),, obtemos tambem
também a desigualdade

|z2| - |z1| Ê |z1+ z2|. (1.3)

Pondo agora IZ II-lz21


|z1| -|z2| == a,a, as desigualdades (1.2) e (1.3) podem ser escritas,
respectivamente, a :s: Ê IZ|z1I + z21 |z1I + z2|,
í IZ
zz| e --aa:S: z21, donde segue-se que
|a| :s:
lal § IZ|z1I + z21
zz|,, ou seja,

|lZ1I~Iz2IISIZ1+22|-
C`ap1'rul‹_' 1:
Capiruk I: Nzinieros
jYoimeros complexos 15

Exsncícros
EXERCiclOS

2+
2 i` , 2 5 5 (/3 3.+ ;.1 ' 1-311
1-3” 1
1. ~Islostrequel---'_-2
I ostre que 1~ ==-,-?- = -7 eE' (l/.J_I.I__ I- =f 2v2.
2¬»..‹'..-1.
22 - zx/ã
- 1V3 "t ..3z
2. Demolls
Demonstre, indução, a d~
tre , por inclu\B.o, j!ll aldade seguinte
desigualdade ~eguintf' e~ inte:-prete
interprete 0o resultado grafiea·
grafica-
mente.
1)-:1'1 + z, + . .. + Zn I::;S '-:[11 J! - I', _..."'|-2;-gl.
- ... - I,. I·
3. Supondo
:3upondo ser |zz| > 1
seT IZ21 ':31. prove ql.:e
|:z1. que

1_'
l 211_ 1
1,:
< =1|
,J! •E 2;- .
1- 2 - - :
<, I21|
22
22 -::3
.¿
*s
_
_
-_

- 12Iz~
_-_
_

123
|2:*›l1 I: 1
*.
na
1-. I
.
-_-

`°|
-"
í
|-°-'sl
4-
4. Prove que
que Izl::;
|z| 5 Ixl.,.
Im] + Iylly] ::; /21' . ond.
5 \/2|.:. x~
onde ,: = :r -=- I)
fz.
5. P rO\'e
Prove que Itll-l z2 1 :5 1.::\ - 221. quaisq ue: sej
|z¡ | - |.z;›| 5 |::1 - zzl. quaisquer que se_i'-_:1
qUE' :....::. as c. -imeros complexos z¡
os ctimeros z\ e ':2.
ez.
6. Prove qque,
ue, se vale a desigualdari-? exercício ani
desigualdade do exerdcio ante-::~:-r. ec...~. ao It!
~:-.')r. emão |z¡ ±
:tz %21 :5 ltd
zzl 5 + It21
¶z1| + |zzI..
'Sejam os numero~
quaisquer que sejam números ':\:¡ e zz: k-r o e.
%2 : isto :-=siguaJdade do triangulo
é. a8 '-:esigualldade 1.1 ) e
triângulo ((1.1) ê
;-quiv.i.nl• a• (1.2) ou (1.3).
equivalente [1.3).
7. = =1
:Sendo z -:j76:. 0, mostre que Re z = :I se e somente se ;: .>
some nte Sf > O.
U.
8-
8. 'Utilize
'L tilize 0o resultado
resu ltaclo anterior com : =
ante rior com.: = = !z:! para pr:¬.r
:;Ez pr :.........r qt:~.
que. seudo %, I;¿ 0 e Z2
sendo z| f:. O.
zz 96 0.
~ntao
então a igualdade vale son:~ nte Sf'
\'ale em (1.1 se e somente se ::": '5 ".!\ =
'z:g:1 arg zz, a menos de um
= argz2,
:nultip!o
múltiplo illteiro
inteiro de 2:7 Interpreta- este resultado
2:." Interpret.;- gf:' :-=e tr k:~e n te.
resu:t ado ge:-:etric::-Jnente.

aâízss n-Ésiivms
RAiZES n-ESIMAS

Diz-se que urn numero z e


um número é raiz
mi.: nri-e'sima
-esima de um :ado :zumero
urn :.:.do número complexo a se
z"
zn == a. Como veremos logo a ;eguir.
seguir. um númêrzz complexo ('"
mime:> cooplexo (76 0) possui 11n
raízes distintas. Para i5S0,
raizes isso, consideremos
consideramos 0o númêramime: " dado
dac.o a '"96 0O em sua forma
r(cos9 + isenO);
polar: a = r(cosO
pola: isen 9); e :epresente
represememos. mos. :.,mb-'...:m em forma
form a polar, a
raiz que desejamos eneontrar:
encontrar: : = p(cosp(eo; .,:p -- iiss: .,:). Utilizando a fórmula
"~ ,,). formula
de De Moivre, z71 = C
equação 2"
fvloiv re1 a equa~ao c ass
assume
ume a forms.
fOT IL;' seguinte:
segt:..inte:

p"(eos
p" n<p +
(cos mp n<,::) = ,.r(cosF
+ isen 11<,:') (e05 f - j SE:O 0).
- isen 9).
numervs complexos r~:'ler
Como a igualdade de números re:_'1er "-e. igualdade das partes
reais- e das partes imaginarias:
reais imaginárias, :.eparadament
separadamente.e. 'Iievernos
: -:-\'em·.J:S ter

l. cos n.p = r cosO


lp"cosn,9=rcos9 e pfl sen 71 _" = r sene.
p"senn.;=rs.en9.
Estas equac;oes,
EstC.-:5 equações, por sua vez, equh'alem
equivalem a

pn =
p" = r. np =
n.,:> =0
9++ 2/.-;'.
21:.-_
 
16 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos

onde klc ée um
urn inteiro. Daqui segue-se que ppea n-esima positiva de rr,,
é a raiz n-ésima
donde
= Va
() + 2k7r
9+2k1r () + 2k7r)
9+2l~::1r
z=
Z Q/d: = ifi ( cos nn + i sen nn
{'/r<cosí-+isen-í). · (1.4)
fórmula produz n raízes
Esta formula raizes distintas, quando a lck se atribuem os valores
k == 0, n -- 1. Como eé facil
1, . ._ ._ ,,n
0,1,. fácil ver, qualquer outro valor atribuido atribuído a klc
conduz a uma raiz já ja obtida com um urn dos valores acima, precisamente aquele
que eé 0o resto da divisao divisão de k por n. Vemos, assim, que um número complexo
urn numero
a i-
# 0O possui n raizes n-ésimas zo,
raízes n-esimas 20, 2:1, . . ·,
Z l , ·· . , Zn -l, todas com 0
z,,__1, o mesmo modulo
módulo
\IfaT (Fig. 1.9) e com argumentos
p = Q/ÍÊ|

i.pk
9() 2k7r
ek:-+_”. 2¡«
= - + --, k k=0,1,...,n-1.
= 0, 1, . . . , n - 1.
'

n'll n'nz J'

Z:

‹‹v›› Z” g ›-

Fig. 1.9
Raizes da unidade
Raízes

No caso particular a = = 1, 0o angulo


ângulo 9() assume o0 valor zero e a formula
fórmula (1.4)
se reduz a
2kn
2k1f _ 2kn
2k1f)
z=
Z = ((cosí + i sen --;;;:
cos --;;;: +isenl
n n
que são n-ésimas da unidade. Pondo
sao as raizes n-esimas
21r
21f ._ 211'
21f
w
W cos - +
= cos- -1-isen-,
~ sen - ,
n nn
e utilizando a formula
fórmula de De Moivre, vemos que as raizes
raízes n-esimas
n-ésimas da
unidade são
sao dadas por
2 n-1
n -1
1,w,w,...,w
1 , W , W , ... , W ._
Capitulo NTimeros complexos
Capítulo 1: Números 17

Observe que, representadas no plano complexo, essas raízes são os


raizes sao
vértices de um
vertices polígono regular de n lados. A Fig. 1.10 ilustra as raízes
urn poHgono raizes da
unidade no caso n = = 6. Aqui,

'IT _. 'IT 11 .. .J3


3
w=cos%+isen%=š+z§,
w = cos - + '/, sen - = - + '/, -
3 3 2 2 '

w2=-E, wa:-1, w4=-tú, w5=õ.

Luz W

m3 D-
1

u.›4 M5

Fig. 1.10

fórmula (1.4) pode ser escrita assim:


A formula

z=
Z = '\IT
(Ô () + i sen ;;;:()) (2k'IT
Q/'F ( ;;;:
.
-+isen-
Ô)( 2lí37l'
cosi+isení
2k'IT)
_
cos --:;;: + i sen --:;;: ,,
2Í<57l')
n n n n

ouseja,
ou seja,

= '\IT(Cos~+isen~) ·wk,
9 _ 9 k
aa={/rcosš+isen- -w, k=0,1,...,n-1.
k = O, l , . .. , n-1.
n

expressão nos diz que as razzes


Esta expressao raizes n
n-ésimas
-esimas de um número
numero complexo
nao
não nulo podem ser obtidas como 0o produto de uma de suas razzes
raizes particu-
lares,
9 _ 9
zg = {'/r(cos- +isen-
n n
pelas razzes
raizes n-esimas
n-ésimas da unidade,
unidade, 1, w,
w, .... ..,, w n - 1.
w”"1.
18 Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números

Como exemplo,
exemplo, seja determinar as raízes
raizes cubic as do numero
cúbicas número a -=
= 8. Uma
2
delas ée Zzgo == 2. As raizes
raízes cubicas
cúbicas da unidade sao
são dadas por 1, ww,, w
tag,, sendo
que
qllô agora
8zgOI`E:`t
2
27f . 227f 1
1 . .J3
3
w=cosí7r+isení7r
w = cos - +1,sen - = =-§+i%.
- - +1, - .
3 3 2 2
nv

Logo,, as raizes
Logo raízes cubicas
cúbicas de 8 sao (Fig. 1.11):

20 = 2;
Zo 2:1 = 22<-5
Zl
11 . 3
( - "2 + 1,2 = --11 +
.J3)
.
+i\/Ê,
1,.j3,
.
4
z2=2w2=2(cosí¶+isení¶)=2( 2
_ 4 1 .×/š .
i 2)--1-i\/š.

ZI

Ud

I za =2

Z!

Fig. 1.11
Fig. 1.11
Raízes
Raizes primitivas

Chama-se raiz nn-ésima n-ésima z =F


-esima primitiva da unidade qualquer raiz n-esima 7É 1
1
tal que n eé 0o menor inteiro positivo tal que zn = 1. E
Z" = E claro que, qualquer
que seja n
n,,
21r
27f ._ 21r
27f
W =
w=cos_+isen-
cos - +1,sen -
n n
eé raiz primitiva. Ela eé a primeira raiz primitiva que ocorre quando percorre-
mos 0o Clrculo
círculo unitário
unitario no sentido anti-horario
anti-horário a partir da unidade real. Mas
pode nao
não ser a única
unica raiz primitiva; por exemplo, no caso das raízes
raizes triplas
unidade, como vimos ha
da unidade, pouco, w ée raiz primitiva,
há. pouco, primitiva, mas wm22 tambem
também é.e.
5 2
Já.
J a no caso das rafzes
raízes sextuplas,
sêxtuplas, w e ww5 sao
são raizes
raízes primitivas, enquanto w w2,,
Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos 19

of4 nao 0o sao.


m33 e w caracteriza~ao das
np- na

w são. Veja o0 Exerc. 22 adiante para uma caracterizaçao


raizes primitivas.
raízes

Observação.
Observa<;iio. 0O processo de calculo
cálculo de raízes,
raizes, utilizando a repre-
senta~ao trigonométrica,
sentação trigonometrica, eé de carater
caráter geral; mas nem sempre eé 0o mais con-
veniente. Por exemplo, no cruculo
cálculo da raiz quadrada do número
nlimero --77 -
- 24i
24i,, eé
mais flicil
fácil proceder assim:

\/-7
J - 7 -- 24é
24i =z zzx + iy,
ty, donde x 2 -- y2
donde zzz2 3,2 + zézy
2ixy == -7
-7 -- 24i.
2-zu.
Mas isto equivale a
x 2 -«
3:2 _y2y2 = -7,
_ 7, xy=-12.
:ty = -12.

Resolvendo esta última


ultima equação
equa~ao em relação
rela~ao a J:
x e substituindo na primeira,
equa~ao quadratica
obtemos uma equação quadrática para yz, solu~ao e
y2 , cuja solução é y2
312 =
= 16 (como y
0). Logo, y = 14
eé real, y2 > 0). = IF3.
±4 e srx = =r=3. Finalmente,

\/-7
J-7 -- 24›¿
24i -z úz(3
±(3 - zu)..
- 4i)

Exnnoíoros
EXERCicIOS

Calcule as raízes
raizes dos números
numeros complexos clados Exercs. 11 a 8 e fac;a
dados nos Exercs- representa<;B.o
faça a representação
gráfica correspondente.
gnifica

1.1. vcr.
$/-1. 2. (1+z\/§)“2. 3.
3. \/íâ.
-/2i. 4.
4. ¬/-2z'.
F2I.
5.
5. w. 6.
6. M.
3/Ii. 7. (-
7. 1 + iV3)1 / 4.
(-1+r\/š)”'*. s. (-1-rt/š)1/2.
8. (- 1 - iV3)1 / 2.

Usanda Observac;ao acima, calcule as raizes


Usando 0o procedimento descrito na Observação raízes indicadas nos
Exercs. 9 a 11.

9. ';-5
9. ¬./‹-5 -- 12i.
iu. 10. ¬./3
10. zií.
';3 + 4i. 11. J
11. ¬./11+
+ 2-.›:,/Ê.
2iv'6

12. Decomponha
D ecomponha 0o polinomio
polinômio P(r) x" +
P(x) == 2:4 + 11 em fatores do 29
2Q. grau com coeficientes reais.
coeficientes reais
13. Faça
Pac;a 00 mesma
mesmo com 0o polinômio P (x) == :tl
polinomio P(:r) X4 ++ 9.

Nos Exercs. 14 a 21
21,, decomponha cada.
cada polinômio
polinomio dado em um
urn produto de fatores
19. grau.
do 12
20 Capítulo
Capit ulo 1: Números
N umeros complexos

14. P(z)
14. P (z) =
= zfi
z· -- 64.
64. 15. P(z)
15. P (z) == zfi +64.
z· + 64. 16.
16. P(z) 3z2 -- i.â.
P (z) = 3z'

17.
17. P(.z)
P (z) = 5z=" + 8.8.
= 5z' 18. P(z)
18. = .z2
P (z) = z , -- zz
2z + 2.
2. 19. P(z)
19. = 2.z2
P (z) = 2z' + .zz +
+ 1.1.
20. P(z)
20. P (z ) =
= z2
z' - (1 + i)z
- (1 z°)z+ 51.
+ 5i.
P (z) =
21. P(z) - (1
z" -
= z4 - i)z'
(1 - - i.
i)z2 _

22.
22. Prove que w = (2k7r / n) + isen (2k1f/
cos(2k1r/n)
= cos n) ée raiz n-esima
(2lcfr/n.) n-ésima primitiva da unidade se e
somente se k ene 11. forem
fOfem primos entre si. Em consequencia,
consequência, senda
sendo n 11. > 2, raízes
2, as raizes
primitivas sao
são sempre em númeronumero maior do que 1; n-
1; e exatamente n - 1l se n11. for número
numero
primo.
23. Prove que se w == cos(2k1f / n) + isen
cos(2k1r/n) isen (2k1l" / n) e
(2k1r/T1.) é raiz n-ésima
n-esima primitiva da unidade,
2 1
então as n
entao n. raizes
raízes n-esimas
n-ésimas da unidade sao
são dadas por 1, W w,, w
wz, , .. . "w
. , w""1.
7l
-

24. Prove que 11 + w + w


wg2 + ...
. . . + w"`1 = U,
w n -I = to e
onde w
0, aude é qualquer raiz n-esima
n-ésima da unidade,
diferente de 1.
25. Prove que
1 +2w+3w2 + ... +nw"- l = _ n_ ,
1+2w+3‹.›2+...+nw"'1=-Â-,
w -1
w-1
onde w e
aude é qualquer raiz n-esima
n-ésima da unidade, diferente de 1.

_' nur

RESPOSTAS, SUGESTOES E SOLU<;:OES


SOLUÇOES

1 ± iV3
1.
1.
2
efz -1.
- --
- 1. 3.1+â.
3. 1 + i. 4.1-é.
4. 1- i.

5_
5.
±V3 + i ee _¿_
- i. 7_ ± - 1+
7. i
iV3 eE É
± V3+i
2
2 vã
\18 .vê
V's'
12. P = (1 +
ondo w =
Pondo + i)/ ..I2, temos:
Í)/\/2,

P (x)
P(:1:) = x' -i' = (x' - i)(x' +i) =(:r2
3:4-í2=(:r2-í)(;'1:2+i = (x' -w')(x' -w')
-w2)(:r2-E2)
= [( x - w)(x + w)[[ (x - w)(x i-5)]
[(I-w)(1‹'+w)][(fl-'-5) + w)[
= [(x -~ w)(x w)[[(x + w)(x + w)[
É X H --U)][(1'1+°~') _
Ê..
"£;"""ä"*-._.f'

.= (,,',._.,'§-` ..12 + l )(x' + ..12 + 1).


(zzz-4/ã+1)(z2+\/§+1 ".""+

25. Seja S a referid


referidaa soma.
soma. Então,
Entao,

S = +w +w' + .. . + w"- I) +w [1 + 2w+ 3w' + ... + (n_ l )w n - ')]


(1+‹.›.›+w2+...+w"`1)+w[1+2‹.u+3w2-1--..+(n-1)w"`2)1
(1
= w(S - nw" - ') .
w(S-nw""1).
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 21

A EXPONENCIAL

Admitimos que 0o leileitor


tor tenha famili
familiaridade fun~oes trigonométricas,
aridade com as funções trigonometricas,
a constante de Euler e e a fun~ao
fiinçäo exponencial ei”,
eX, conceitos estes que são
sao
estudados nos cursos de C,ilculo.
Cálculo. Lembramos, em particular,
particular , os desenvolvi-
fun~oes em series
mentos dessas funções séries de MacLaurin, válidos
vaJidos para todos os valores
reais da variável
variavel x3:::
GU
00 mn
xn x2
:B2 :B3
x3
.‹z=“=zšH=1+zz:+¡+¡+...;
eX= ]; n! = 1 + x + 2T + 3! + ... ; (15)
(l.5)
TL:

X (_1)n$2n :E2 3:4 :E6

com = Ê, 2 (2n.)! ea
F3
1 2! + 4! 6! + ' ( 1. 6)
oo (-1)"'a:2 ll +1 :Ir 3 fc 5 J: 7
= - ~ - - -
sem 2, (2n+1)1
É-3
5° 3! + 51 7! + . . . . ( 1.7l
A constante de Euler e, que eé um urn número
numero irracional compreendido entre
2 e 3 (e ""
M 2, 71828 ...
. _ .),
), eé dada pela serie
série

00 11 11 11
OO

e=2%ã=1+1+š+ä+...,
e= I:,=1+1 + + + ... ,
2i. 3i.
n=O
fl,:':. n.

que se obtém
obtem de (l.5)
(1.5) corn x =- l.
com fz: 1.
Vamos tomar 0o desenvolvimento (l.5) (Lã) como base para definir eZ corn
definir ez com z
complexo. Se eez já
Z
signjficado para z complexo, e 00 desenvolvimento
ja tivesse significado
(l.5)
(1.5) fosse válido
valido neste caso, entao teriamos, com yy real
então teríamos, real,,

emz _ . (M2 + (is/)3 + (i:u)4 (1105 (is/)“ (i:u)?


1 i (iy)2 (iy )3 (iy)4 (i y)5 (iy)6 (iyj7
- l+@y+ 2, +
+ y + 2! 3, +
3! 4, +
4! 5, +
+ 5! 6, +
+ 6! +_7,-+...
7! + ...
I n O n n I

_ ._ yz
y2 _y3
.y3 y4
y4 _y5
.y5 yõ
y6 .yr
.y7
_ 11+zy-E-z¶+š+15!
+ 'y - - - , - + - + ,- - -6! - ,z.7!~+...
- + ...
2! 3! 3! 5! 6! ·7!

drnitindo
'tindo ainda que seja possivel
possível rearrumar os termos desta serie,
série, pondo
os os termos reais e separadamente os termos imaginarios,
tos imaginários, obtemos:

.-__ :U2 1/4 116 . :U3 1/5 :ul


ey“(121+4! 61+"')+'(y 3!+5171+"'“
22 Capitulo Nllineros complexos
Capítulo 1: Niímeros

ou seja, em vista de (1.6)


(Lô) e (1.7),

e
iy
ei” + iseny.
= cosy + isen y. (1.8)
(l.8)

Essas considera~6es,
considerações, que sao
são puramente formais, não nao estabelecem a
rela~iio (1.8)
relaçäo motiva~ao para definirmos
(LS),, mas servem como motivação definirmos a fun~ao
função ex-
re l a~ao (1.8) como ponto de partida;
ponencial. Fazemos isso tomando a relaçäo
ela e
é aqui usada para definir
definir a exponencial no caso de expoente puramente
imagimirio outro lado, aa. defini~ao
imaginário iy. Por Dutro definição da exponencial no caso de um urn
expoente qualquer z == acx + ty e
+ iy é feita de maneira a manter a propriedade
aditiva da exponencial real:

6.171 -I-1132 : 6318172.

Z
Definimos, entaD,
Definimos, então, a exponencial eez,, para um
urn número
numero complexo qualquer
z = x113 +
+ iy
iy,, mediante a expressao
expressão

ez'
e = x iy
= eefily
+ = = ee“*(cos
X (cos y + iseny).
+ isen y). (1.9)

Propriedades da exponencial

Da defini~ao
definição que acabamos de dar da exponencial, e das propriedades das
fun~6es reais sen 1:,
funções x, cos :cx e eX
em,, decorrem as seguintes propriedades da expo-
nencial complexa:
ezlezi = ez1+z2; (1.10)
(110)

e`z :_ 1/ez; {1.1l)


(1.11)
nz
(eZ)U
(ez)" = e
em, , n inteiro; '[112]
(112)

eezZ #
75 0
O para todo
todD z; 111.13)
(113)

lexi I= eem”,
Iezl Rex
; 11.14]
(114)

ezX
e = 11 <=>›
= ¢} Z 2=
= 2k1ri,
2lcmÍ, klc inteiro. Í1.15]
(115)

Demonstração nota~ao usual,


Demonstra9iio de (1.10). Com a notação

21 =rc1 +i'y1-H 22 =$2+iy2.


Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Nrimeros 23

defini~iio (1.9),
obtemos, em vista da definição

ezlezi = eX!
em (COSYI
(cos y1 +
+ iisen yJ) -. eX'
sen yl) ex* (cos Y2 sen Y2
+ i'isen
2/2 + yg))
= eX!
ef1+*”2[(cos yl cos Y2
+x, [(cos Yl yg -- sen yl yz)
Yl sen Y2)
+¿ (senYl
+i (senyl cos
COSY2yz ++ cosy]
cos y1 senY2)]
sen yz)]
= eX!
€$1+x” lC0S(1fJ1 ++ Y2)
+x, [COS(YI 3/2) ++ 'iS€I1(y1 + Y2)].
i sen (Yl + Loll-
defini~ao (1.9) concluimos
Daqui e da definição concluímos que
621822 : 6211 +212 ¿,¿í(y1+y2) = ¿,I1+I2+í(y1-I-ya) _: e21+22,

o que completa a demonstra~iio.


demonstração.

Demonstração (l.11).
Demonstra9G.o de (1. ll ). Temos, com z =
= fc
x + iy,
íy,
-.. _ _-.. 1
1 .
e “ = e- xe- 'WY == -[(cos(-
e fe y) +isen(-y)] ==
ã[(cos(-y)+zsen(-y)]
eX
_ 1 1 (cosy-zseny _ _
. ) = e,,,(c0Sy+¿Seny)
1 1 H 1
1 _11
_ -eÊ(cosy-isen!/l :e_,,.+¿y 8,,
eX eX(cosy+iseny) eZ
Demonstra9G.o de (1.12).
Demonstração formula (1.12) e
(1.12). A fórmula é imediata nos casos n = 0 Oe
n= Para n
= 1. Para. = 2, ela segue facilmente de (1.10);
11. = geral, para n > 0,
(1.10), e em geral, 0,
ela e
é estabelecida par indu~ao.
por indução. Para isso,
isso, como ela e
é válida
valida para n = 0,
= 0,
basta mostrar que do fato de ser valida válida para n = = lck segue-se que e vaJida
é válida
tambem para n =
também = klc + 1, k;:>:
+ 1, lc 2 O.
0. Supomos, entao,
então, que
(ez)k : ekz.

conseqüência,
Em conseqiiencia,
(ez)k-I-1 : (ez)k(ez) :_ ekzez : ekz:+z : e(k+l);z.

oO caso nn. < 0O reduz-se facilmente ao caso n > O.0. De fato


fato,, supondo
n < 0,
D, temos
_ - 11- '
eZ)n =
(Ífizln - if;
(ez)
(Bi) - n'
"
-'n > 0,
mas -n 0, logo (e Z)-n =
(e^°*)""' = e- nz
e_"z,, portanto,
portanto,
.
(eZ)TI. __:
1
FÉ :___ 8113.
24 Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números

Isto completa a demonstra~ao


Ist-o demonstração de (l.12)
(1.12)..

(1.13), (l.14)
Deixamos ao leitor a tarefa de demonstrar as propriedades (l.13), (1.14)
e (1.15).
(1.15).

nota~ao exponencial, a representação


Com a notação representa~ao polar de um numero
mimero com-
plexo assume a forma compacta z = re row,, onde 1°r = Izl
iO
|z| e ()9 = arg z; por
exemplo, i11 = ei~ / 2 , -2 =
= ei”/2, 2ei~ , ~4i
= 2e¿", -4i = 4e~i~/2 etc. A mesma notação
= 4e`¿"(2 nota~ao per-
mite escrever a fórmula
formula de De Moivre assim:

(6-i19)n : einãll

tambem que e
Observamos também é costume usar a notação
nota<;ao exp z em lugar de
Z
eez, principalrnente quando 0o expoente ée muito carregado. Por exemplo,
, principalmente

costuma-se
cost uma-se escrever

exp [Ht -D]


(É -
1
em vez de eHt~
z
t)
ef->`(t_i7).

Exnncícros
EXERCicIOS

Reduza it.
à forma rete
re” cada urn
um dos números
numeros complexos clados Exercs. 11 a 6 e faça
dados nos Exercs. facta os
gnificos
gráficos corresponcientes
correspondentes..

1.1+é.
l. 1 +i. 2.1-zt.
2. 1 - i. 3.
3. -1+¿.
~ 1 + i. 4. --1-é.
4. I-i.

5.1+é\/š.
5. 1 + i V3. 6.1-fa/š.
6. 1 ~ iV3. 7. ,13
7. ./š+é.
+ i. s. ,13
8. «./ã-â.
~ i.

9. ,13 - i._
9. --\/š-4. 10. -1-4./š
10.
.
~ 1 ~ i V3 11.
1l.
`
_”-_. 12.
12.
11 + iV3
`
-Jfl/Ê.
1+1i
l+ ¢§-1
,13 - i
Volte it
à. p. 12 e refaça
refa<;a os Exercs. 1l a 12 lá
Ii propostos, utilizando agora a nota<;ao
notação
Você ha
exponencial. Voce há. de ver que representação geometrica,
que,) juntamente com sua represcntar;ao geométrica, essa
notação
nota<;ao facilita muito 0o trabalho de extrair raízes.
raizes.

13. Mostre que exp(3 +


+h i) =
Tai) ~e3 .
= -e3.
M 3 - hi Je(l - i V3)
14. l\/Iostre
ostre que exp -
3-_627Tz
6 - =o l/Eu ;
2 .

Estabeleça as fórmulas
15. Estabele<;a f ormulas de Euler.
Euler:

ei 9 _e- iO
cos6l _ em + 8-” e send -_ em _2i6-” .
senB=
2 21 '
Capitulo 1: Números
C'ap1'tulo Numeros complexos 25

16. Sendo z = re i8 ! prove que Ie' :: I = e- r se n 9.


re*-9, |e**| = e"'5°“ 3.
l/ +
i 1 i 81 = T3ei83: onde
17. Prove que Tle
aneis* + r2e
nem” = mem” ,
01-l-T2SE119;z
»z~3 = \/z~2+«~f-'+2
1 2
0 -a2)
Tlm cOS( 1 E
za
g 3
“eli
n cosflz +r2 cosüz
.
Faça
Fa<;a um gráfico.
urn grafico.
Estabele~a as duas identidades seguintes:
18. Estabeleça
1 sen[(n + 1/ 2)0]
11 +cosO+cos20+
+ coslšl + cos 29 + ... + cos 119 S* -+
. . . +cosnO= Ê + Selggzntgl/ÉÊ)61;
(0/);
2 2scn 2

+ ,en 20 + ... + ,en nO = í--*Sente/2)


Sen9+Sen2H+...+senn6=
senO 2 [cos-É -- cos
[cos sen~0/2)
[ (n +
cos[(n+ ~ ~)Ol l
19. Prove que a condi~ao
condição para que três
tres números
numel"OS complexos u, a., bee
b e c sejam vertices
vértices de um
urn
triangulo eqiiilátero e
triângulo eqiiilatero é que a ++ jb + onde jj = eeh'/3.
j 2 c == 0, oude
+ j2c 211i 3
/ . Prove que esta condi<;ao
condição
+ jc + l a == 0O e a cc+ja+j2b=
equivale a bb+_7`c+j2a + ja + l b = O.

20. Determine z de forma que 0o triângulo vertices i, Zz e iz seja eqiiilatero.


triangulo de vértices
21. Prove que eezZ = 1 {:?
‹='› z = Zkrri, klc inteiro. Isto prova, em particular, que eezZ e
= 2k7fi, func;ao
é função
peri6dica
periódica de periodo
período 27ri.
2-rri.

RESPOSTAS, SUGESTOES
RESPOSTAS, SUGESTÕES EE SOLUC:OES
SQLUÇÕES
_ _ _ e 1ri l <l
iríƒá
1. \/še*"/4. 2. \/ie-F*/4. 6. 2.‹z"“ff". 11.
11. E
v0.
18. Utilize a formula
fórmula de De Moivre e a soma dos termos de uma PG, assim:
n:3 11 _
_ eez'(ú+11v E-fa/2
i 9/ 2 __ eez(fl+1/219

M»L
n.. i(n+ l )9 e- i(n+ I / 2 )9
\..›.Ína
l16
cosyél + zsengól] =
+ isenj9]
Í

L [cosj8Fi' = e
mi;
=ff 11 __ *eia
eiB = e
E-i'ã}2 _ e
i6/ 2 _ iB / 2
em/2 _ etc.
Etc'
\j=O
¬. Q j =O
uz. C:

19. Observe que as raízes


raizes clibicas
cúbicas da unidade sao I, w e w
são 1, 2
wa, 1+
, e que 1 + jj = Fa<;a uma
= -j2. Faça -l.
figura e note que a condição rnencionada equivale a a = b
condi<;ao mencionada b+ b)( -l).
+ (c -- b)(-jg).
20. Como z e iz têm
tern 0o mesrno modulo, eles jazem na mesma circunferência
mesmo módulo, circunferencia de centro
na origemj
origem; e como 0o terceiro vértice triângulo ée i, vemos que urn
vertice do triangulo um de seus lados
vértices z e iz) ée paralelo ao eixo Ox.
(de vertices Orc. Então vertices z e iz
Entao esses vértices is jazem nas
retas y = x :B e y = -x
‹-:1: (ja
(já que eles estão
estao simetricamellte
Simetrícamente posicion ados em relação
posicionados rela<;3.0 ao
eixo Oy e fazem
cixo fazem entre si um ângulo de 1r
urn angulo fr// 2 radianos). Eles podem estar ambos no
semiplano superior ou ambos no semiplano inferior. (Faça ( Fa~a uma figura
figura em cada caso.
caso.))
No primeiro caso, z, i11 e iz estao
estão posicionados no sentido anti-honirio
anti-horário,, portanto, de
acorclo
acordo com
corn o0 exercicio
exercício anterior, devemos ter
___,¿
.. .2 . _ _ -ij“_ ffeEai/4
1ri 4
/ ipi W
z+_7z+J (tz)-0,
z+ji+i'(iz) =0, donde
clonde z 1+iJ,2 2Sen(5fl_/12).
z = 1 + ij' = 2 sen (5"/ 12)'
26 Capitulo
Capítulo 1: Numeros
Números complexos

No segundo caso, ii,, z e iz e


é que estarao
estarão posicionados no sentido anti-horario,
anti-horário, portanto,

_ . .z _ d -i
-é _e3 '1t i / 4
-gar”
i+jz+/(iz)= O,
z+jz+_7 (tz)-0, onde
clonde z = j+¿-7,2
se -,- ,-"
J + 1.) = 22Sen(fl¿/12).
sen (/12)'
7r

CONJUNTOS DE PONTOS NO PLANO

Dados os numeros
números r > 0O e Zo abcrto22 de
zg complexo qualquer, chama-se disco aberlo
zo e raio rr ao conjunto Dr(zo)
centro 2:0 D,z(z0) de todos os números
numeros complexos que
estao
estão a uma distancia
distância menor do que r do ponto zg,Zo, isto e,
é,

Dr(zo) = {z: Iz
Dr(zg) = I2: -- zg|
zol < r},
Fig, 1.12. 0
como ilustra a Fig. O disco fechado eé 0o conjunto {z {z:: Iz
|z -- zol :S r},
z0| É
que inclui a fronteira, isto e,
é, 00 circulo {2:: Iz
círculo {z: - zol
|z - zg| == r}.

;¬..=_ .
.,
z:-5 ,ví-:É . -ri' -'.
__ __? _,'
`z_ '_r= ' -El:
1-. .-'_-?: '¡: Jú
z¡z_,i¡É~; _ r -_:,z¡z‹_I
'-.=_=_zj-L:-fmz. .' _- 5'
" s¡E.E:E.EE.§7-":
.sz
'~ _.=- z-
I '
...
1:/

D,- (2,,).

Fig.
Fig. 1.12
Chama-se vizinhan9a
vizinhança de urn um ponto zgzo a todo conjunto V V que contem
contém urn um
disco de centro 2:0. zoo Em particular, qualquer disco D,.(zg) vizinhan~a
Dr(zo) eé uma vizinhança
de Zozg,, que freqiienternente denotaremos por Vr(zo).
freqüentemente denotarernos Usarernos V;(zo)
l/Ç.(z0). Usaremos l/Ç,'(zU) para
vizinhan~a V,.(z0),
denotar a vizinhança v,.(zo), da qual excluimos
excluímos o0 ponto Zo,zg, isto e,
é, V:(zo)
V,.' (zg) =
=
Vr (zo) -- {zo}·
V,.(zg) {zg}. Costuma-se chamar V,f(zg) (zo) de vizinhan9a V:
perfurada.
vizinhança perfurado.
Dizemos que Zo
Dizernos zg eé ponto interior de urn vizinhan~a de
um conjunto C se C eé vizinhança
Zo,
2:0, isto e,
é, se existe umurn disco de centro Zo zg todo contido em C. Dizemos que
Oe
C é aberlo
aberto se todos os seus pontos SaD são interiores, ou seja, se C e é vizinhan~a
vizinhança
de cada urn um de seus pontos.
ilustra~ao , vamos dernonstrar
A titulo de ilristração, Dr (zo) e
demonstrar que todo disco D,.(zg) é aberto.
Para isto, seja w um Dr(zo). Ternos
urn ponto qualquer de D,.(z0). Temos de rnostrar
mostrar que existe
29. grau ée costume distinguir entre “círculo”
2No 22 "circulo" e "circunferencia".
“circunfi-zrência”. Mas na uni-
“círculo” costuma ter 0o mesmo significado de "circunferencia",
versidade, "circuld' “circunferência”, dai
daí a palavra
"disco"
“disco” ser usada para designar 0o interior do circulo.
círculo.
Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos 27

urn disco D.(w)


um D,«(w) contido em DT(zo) = Iw
D,(z0) (Fig. 1.13). Seja 86 = |w --- zol;
z0|; entao,
então,
68 < rr.. Seja c:e < r -- 86 e z um
urn ponto qualquer de D.
DE (w). Pela desigualdade
do triangulo,
triângulo,

- zol = I(z - w) + (w - zo)1 :0; Iz|z-'w|+]w-z0|.


Iz|z-zg|=|(z-'w)+(w~.zU)|§ - wi + Iw - zol·

Como Iz - wi < c:6 <r-ôe


|z-wl < r - 8 e Iw - zol =
|'w-z0| =õ, Iz - zol < (r
8, obtemos |z-zg| - 8) + 8 = r.
(r-6)+õ=r.
D,«(z:0). Mas zz ée arbitrario
Logo, z E DT(ZO)' arbitrário em D.(w),
DE (w), 0o que nos leva a concluir
que D,(w)
D_.¡('w) C DT(ZO)
D,.(zg),, e isto completa a demonstra<;ao
demonstração..

Dizemos que um
urn conjunto F eé fechado quando 0o seu complementar eé
Lembramos que 0o compiementar
aberto. Lembrarnos complementar de urn
um conjunto C Ceo
é o conjunto
C' dos ponto que nao
não pertencem a C C.. E
É claro que 0o complementar do
complementar de Ceo proprio C
C é o próprio C..

Fig. 1.13

fronteira de um
Chama-se fronteira urn conjunto C ao conjunto dos pontos 2z tais que
qualquer vizinhan<;a
vizinhança de z contem
contém pontos de C e pontos do seu complementar
C' (Fig. 1.14)
1.14).. Desta defini<;ao
definição segue-se que a fronteira de C eé tarnbem
também a
fronteira de C'-
C'. Urn
Um ponto da fronteira pode ou nao
não pertencer ao conjunto
questão. Por exemplo, no conjunto
em questao.

A = {z: 3:0;
A={z: Izl < 5} ,
3§|z|<5},

a fronteira e
é a união
uniao do conj unto dos pontos 2;z tais que Izl
conjunto |z| := 3 (que per-
tencem ao conjunto) com 0o conjunto dos pontos z tais que Izl = 5 (que nao
|z| = não
28 Capítulo 1: Números
Capitulo Numeros complexos

pertencem ao conjunto). Esse conjunto não


nao eé aberto nem fechado.
fechado .

C I'

.'.“"=*=.*:`
se, H ~ _. - - .
" -rj "+â
. ÍÃ'Ê'¡Í`ÊÊÉÊf'zÊeÊà:ÍÊz.šI”ä=fi' =

3.. * 1 ` '- .7'
E-Í. :;_
-*ÍL '._ 5'.v ._ -_
_ :Ê .-1;'--_,-¬_:_' ; .z:f¡-¡-__¡§i_zš¿ 5;-f_`
=---.z-¿ - -'\i'¬ '-š
"ru
_ .z __, _ z; =- ::.¡:=_ .z
ZÉ. =' ¡ 1` '- Í:-'f -:ga zê›'-°- _¡

LE
=-_'ã.-âg .'
¬. I
=-- hi-.¬-__
5-; *== Í J*
1:-¡_
«z - -I == =._-_ "
1 .¡ is 1 É
-aii”,
= O-
'¬. _,4:
-|1-=i.'l*'\''W‹f.;,¿_-_,ah'° .=.'z gl;
=_'5É'f:'-'5
fronteira '.“_'-_'
'iu'
IPQ*.-'^"-"_'‹
‹...J›‹HM
_|,|`-`--f;
-I”¬ _ 2,
""` :lr,-zè'-I.\'«E*_|,,.I.¡I
",-ã".'"_.'1
g. " \_-_M"'.lr_._ _"
¬"'!-::'I'
.._li
i:" Lv `

Fig. 1.14
Fig. 1.14
E
É fácil
facil ver
veT que nenhum
nenbum ponto interior a um conjunto
conj unto pode ser ponto
de sua fronteira,
fronteira , e nenhum ponto da fronteira pode ser ponto interior. Em
conseqüência, um conjunto Iié aberto se e somente se ele niio
conseqiiemcia, não contem
contém pontos
de sua fronteira. defini~ao de conjunto fechado segue-se que
jronteira. Daqui e da definição
um conjunto Iié fechado se e somente se ele contém
contem todos os pontos de sua
jronteira.
fronteira.
Dizemos que Zozg eé ponto de acumula9iio
acumulação de um
urn conjunto C se qualquer
vizinhan~a
vizinhança de zg contém infinitos pontos de C. E
Zo contem É facil
fácil ver que um
urn ponto
interior a um
urn conjunto, bem
bern como todo ponto da fronteira que não
nao per-
tence ao conj
conjunto, acumula~ao do conjunto; todo ponto de
são pontos de acumulação
unto, sao
acumulação que nao
acumulagao não pertence ao conjunto eé ponto da fronteira; em con-
seqüência, um conjunto Iie' fechado se e somente se ele contem todos os seus
seqiiencia,
pontos de acumula9iio.
acumulação.
um conjunto aberto eé conexo
Dizemos que urn conerro se quaisquer dais
dois de seus
pontos podem ser ligados porpar umurn arco todo contido no conjunto. (Veja a
defini~ao
definição de arco no inicio
início do Capitulo
Capítulo 3.) Chama-se regiiio
região a todo conjunto
aberto e conexo. EÉ freqüente,
freqiiente , na literatura, ao uso
usa do vocábulo “domínio”
vocabulo "dominio"
com ao mesmo significado
corn significado de "regiiio",
“região”, caso em que se deve tomar
tamar cuidado
para não confimdir "dominio"
mio confundir “domínio” com "dominio fun~aolJ; por
“domínio de função”; par isso mesmo
mesma
usaremos sempre o
usarernos vocábulo "regiao"
a vocabulo “região” com ao significado
significado que lhe
the damos aqui,
e não “domínio”.
naD "dominio".
Diz-se que um C eé limitado se existe um
urn conjunto C urn número
numero positivo K
K
tal que Izl
|z| ::;
5 K K para todo z em C. Chama-se conjunto compacto
compacta a todo
conjunto limitado e fechado.
Chama-se ponto isolado de um
urn conjunto C a todo ponto de C que não
nao
eé ponto de acumulagao
acumulação desse conjunto. Por
Par exemplo, todos os
as pontos do
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 29

conjunto infinito

0 == {O,
C {o, 1/2,
1/2, 2/3,
2/3, os/4, . . .,, n/(n
3/4, ... fz./(n++ 1),
1), ...
. . .}}

sao pontos isolados; 11 e


é o0 único acumula~ao desse conjunto e nao
unico ponto de acumulação
nv 1.. -Iu-

pertence a ele.
Todas essas noções no~6es sao
são as mesmas do plano euclidiano. Elas se baseiam
apenas na no~aonoção de distiincia
distância de dais Z2, dada por d(
2:1 e 2:2,
dois pontos Zl d(z1, 22) ==
Zl, Z2)
IZI -2:g|,1, que e
|z1 -Z2 é 0o mesmo que a distancia
distância euclidiana \/(.r1 X2)2 + (Yl
J(XI -- r2)2 (yl -- Y2J2,
y2)2,
onde z1Zl = = 1121 +iy1 e zg
Xl +iYI Z2 = X2 +iY2.
= :rg Alias, mesmo do ponto de vista algebrico,
+iy2. Aliás, algébrico,
o plano complexo e 0o plano euclidianoeuclidíano sosó diferem urn
um do outro devido ao
fato de termos definidodefinido a multiplica~ao
multiplicação de numeros
números (ou pontos) complexos,
enquanto no plano euclidiano opera~iio.
nao temos tal operação.
euclidíano não
Muitas vezes eé conveniente considerar vizinhan~as
vizinhanças do infinito
infinito,, assim de-
nominados os conjuntos da forma VI( {z :
VK : {z: [z|
= Izl > K}.
K Isto corresponde a
incorporar ao plano complexo um urn novo elemento -- 0o ponto no infinito,
infinito, como
costumamos dizer -- para 0o qual usamos a conhecida notação nota~ao 00 ficar
oo.. Deve ficar
bem claro que essa adjun~ao
adjunção do infinito
infinito ao plano complexo niio tern caniter
não tem caráter
algebrico.
algébrico. Sao
São bern
bem conhecidas as dificuldades que surgemSurgem quando procu~procu-
ramos envolver 0o infinito na estrutura algebrica opera~6es de
algébrica por meio das operações
adi~ao e multiplicação.
adição multiplica~ao. A adjun~iio
adjunção do infinito ao plano complexo resulta
no plano estendido, que eé formado por todos os pontos finitos, juntamente
com 0o ponto infinito.
infinito. Este ponto eé único,
unico, em contraste com areta, a reta, onde
temos dois infinitos, +00 e --oo.
infinitos, -|›oo estendido , qualquer semi-reta de
00 . No plano estendido,
origem z liga z2: ao ponto infinito.

Vejamos alguns exemplos de conjuntos de pontos no plano complexo.


descri~iio deles, deixando ao leitor
Faremos a descrição lei tor a tarefa de fazer os respectivos
grificos.
grãficos. O 0 conjunto dos pontos z
2: tais que Iz|2: -- 3i
3i|l < 5 eé 0o disco de centro
29 =
Zo : 3i e raio 5; Iz lz +
-|- 31
3] > 7 eé 0o complementar, ou exterior exterior,, do disco
fechado Iz|z -- (- 3)1 :S
(-3)| Ê 7 de centro -3 e raio 7; 7; 0o conjunto dos pontos Z2: tais
que Iz 1/22 +
|z -- 1/ + il É :S 22 eé 0o disco fechado de centro Zo 20 : = 1/
1/22 -i
- i e raio 2;
2z + 4 -
|2z
1 - 3i 2': 5 eé o0 mesmo que Iz
3ill 2 Iz + 2 2 -- 3i/21
3i/2| 2 2': 5/ 2, que eé 0o exterior do
5/2,
disco de centro zg zo =: -2 + + 3i/
32]/22 e raio 5/5/2.2.
A equação = Qou +
equa~ao zZ = + re
remiB descreve 0o disco de centro Qa e raio r, e
6 variando
30 Capítulo 1: Numeros
Capitulo Números complexos

no intervalo 0O :S < 2'/T


5 ()9 < 27f (Fig.
(Fig. l.15).
1.15).

z=a +re iO
Z=a+r€¿6

Í
Fig. 1.15
Fig. 1.15
A reta que passa pelos pontos aoz e {3 ,6 eé dada pela equação pararnétríca
equa<;ao parametrica
z = aoz + ([3 -- a)t,
+ ({3 parâmetro t variando no conjunto dos números
o:)t, 00 parametro numeros reais
(Fig. 1.16).
A B

a Z=a+(B-a)t

1+

Fig. 1.16

Qual eé 0o conjrmto
conjunto dos pontos zz tais que Re 2:2 z2 < O? iB ,
0? Pondo zz = rerem,
2iB
temos: z2 = rrgem,
2 e , portanto, a transformação
transformagao que leva z em w == Z2
2:2 trans-
região angular 0 < arg z < aoz na região
forma uma regiao regiao 0O < arg w < 2a,
argw 20:, como
ilustra a Fig. 1.17.
l.17.

z_ W = Z2
Z?-h›W=z2

- fê

_ ' --›.- 1- .-:__ .1

Fig. 1.17
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 31

Feita esta observação, z2 < 0 e


observa~iio, vemos que 0o conjunto dos pontos Re z2 éa
reunião
reuniiio dos dois conjuntos ilustrados na Fig. l.18:
1.18:

C'1={z:{ 7r
C 1 = z: Í<argz<31}
"44 < arg z < 44 37r} e Cz={z:-31<argz<-Í}.
4 4

|- ih..

Fig. 1.18
Fig. 1.18
De modo análogo,
anaJogo, verifica-se
verifica-se que 0o conjunto dos pontos z tais que
1m
Imara Oe
z2 > 0 é a uniiio
união dos conjuntos

S1 = {z: O < argz < fr/2} e S2 ={z:1r < argz < 311'/2},

mostrados na Fig. l.19.


1.19.

Fig. 1.19
Exsncíoros
EXERCicIOS

1. Mostre que 0o plano complexo e é um


urn conjunto aberto. (Portanto, seu complementar, 0o
t/J, e
conjunto vazio gt, é fechado.)
32 Capitulo
Capítulo 1: Números
Numeros complexos

2.
2- Prove que 0o conjunto e
Conjunto vazio é aberto. (Portanto, complemental', que é 0o plano
(Portanto, 0o seu Complementar, e
todo , e
todo, é fechado.)
3-
3. uniao de conjuntos abertos e
Prove que qualquer união é urn
um conjunto aberto.
4. De um
Dê urn contra-exemplo para mostrar que uma união nao
de. conjuntos fechados pode não
uniao de
ser um
urn conjunto fechado. ---~
5. Prove que a interse<;ao
interseção de um número finita de conjuntos abertos ée um conjunto
numero finito
aberto.
6. Verifique que y > 2:.:
2x -- 3 é um e x É
urn semiplano aberto; e que 11: 33;/ 2 +
::::: 3y/ + 1 é um e
urn semiplano
fechado-
fechado.
Represellte graficamente os conjuntos dados nos Exercs. 7 a 20.
Represente

7.
7- Re z < - 3.
Rez<-3. 8. 1m z 2": 1.
8.Imz21. 9. Iz - 2il > 2.
9. |z-2zÍ|>2.

10. Iz + 11 S; 2.
[z+1|§2. 11. Iz - 1 + il < 3.
|_z:-1-I-á|<3. z t 0 , 0 S; argz < 7f/3.
12. z%O,(]ííargz<'fr/3.

Re(~)
z <~.
. 1 1
13. Iz l > 2, l|argz|<1r.
|z|>2, argz l <7f. < Iz + 1 - 2il < 2.
14. 11<|z+1-2z|<2. 15. Re(-)<E.

16.
16. 1|3z
3z - 2é| 3S; 5.
- 2il 5. 17. Im
17. Im z2 < 0.
z 2 <0. 1s. Ref
18. 0.
Re 'z2 > O.

19. zz tse 00,, I1s1~gz3|


19. arg z 3 1 <
< 2›zf/3. 20. 1mz~">
27f/ 3. 20. Im z 3 < 0.
<0.

Mostre que cada um dados nos Exercs. 21 a 26 é uma reta.


urn dos conjuntos dadus e
Fa~a os
reta. Faça
respectivos gnificos.
gráficos.

|z-2|=|z-3i|.
21. Iz - 21 = Iz - 3il · 22. Iz + 51 = Iz - 1 - i l·
[z+5|=j2:-1-ij. 23. Iz
23. - 1 + i l = 13 + i - zI.
|z-1+i[=|3+i.-2:|.

24. Iz|z+3-z-;|=|z-z1é|.
24. + 3 - il = Iz - 4il· 25. Iz|z-1+›¿|=|1-é\/š+z|.
25. - 1 + il = 11 - iv'3 + zl·

26. I(z
26. |(z -_- i)(
oul -- iz:«/š)|
v'3J I z
= 1|2z1.
2zl·

Identifique
Identifique cada um conjuntos
urn dos conj Fa~ os
untos de pontos dados nos Exercs. 27 a 30. Faça
respectivos gr81icos.
grãficos.

Iz - il + Iz + 21 = 3.
27. |z--i|+|z+2|=3. - 2 + il + Izl S; 4.
|z-2+i|+|z[§4.
28. Iz - 2 1 = 2Iz + 2i l·
|z'-2|=2|.z+2ij.
29. Iz

Re (1 -- zJ
30. Re(1 z) =
= 121.
Capitulo Numeros complexos
Capítulo 1: Números 33

.nn

RESPOSTAS E SUGESTÕES
SUGESTOES

2. proposição
Observe que a proposic;ao

x E¢
:rt (Í) .=>
::::}e
:::::} J:x é ponto interior do conjunto
conjunt o ¢
oi

equivale a
não e
x1' nao é ponto interior do conjunto ¢
qo ::::}
=> :ic rt§É ¢415
x ¢
4. uniao
uniao dos discos fechados Izi
Observe que a união |z| ::;:
5 1- n e
- l1/11
iIn é 0o disco aberto Izi
|z| < L
1.
15. Observe que Re(l
Re(1/z)
Re(1/2:) ~ Re(E/[z|2).
/z) : Re (z
(E/lzl'
/Izl'))..
22. Mediatriz do segmento [- + i].
5, 1 +
[-5, i] .
i ].
[Ú, i].
26. Mediatriz do segmento [0,
27- Elipse de faeas
27. 2, excentricidade V5/
focos iz' e --2,
facas .../5/ 3.
3.
 
Capitulo 2
Capítulo

FUNÇÕES
FUNQOES ANALÍTICAS
ANALITICAS

JU Q

FUNQOES
FUNÇOES DE VARIAVEL
VARIAVEL COMPLEXA

fun~6es definidas
Vamos considerar funções definidas em conjuntos complexos, assumindo
valores complexos. Mais precisamente, seja D um urn conjunto de números
ntimeros
complexos e seja J ƒ uma lei que faz corresponder, a cada elemento czz do
conjunto D, um único ntimero complexo, que denotamos por J(z).
tinico número ƒ(z). Nestas
condições, diz-se que J
condi~6es, fun~ao com dominio
ƒ eé uma função domínio D. 0O conjunto II dos
valores w == ƒJ(z),
(z), correspondentes a todos os valores de z em D, eé chamado
fun~ao f
a imagem de D pela função J (Fig. 2.1); z eé chamada variavel
variável independente,
independente,
eww,, a variavel
variável dependente.

Fig. 2.1

oO leitor deve notar que para caracterizar uma função


fun~ao não
nao basta dar a lei
de correspond
correspondência J; ée preciso especificar
en cia f; especificar também
tambem 0o domínio
dominio de definição
defini~ao
D. Entretanto, freqüentemente
freqiientemente consideramos funções
fun~6es dadas em termos de
relações analíticas bem
rela~6es analiticas bern definidas
definidas w = J(z) , sem especificar
= ƒ(z), especificar 0o dominio de
defini~iio.
definição. Nestes casos, fica então subentendido que 0o dominio
fica entao fun~ao
domínio da função
eé o0 conjunto de todos os valores z para os quais faz sentido a expressao
expressão
.nz-

Capítulo
Capitulo 2: Funçoes analíticas
Fuw;:oes analiticas 35

analítica
analitica ƒ Por exemplo, quando falamos "seja
J(z ). Par “seja a fun9iio
função

,w_
32-51
3z - 5i ,,"
W =
(z-i)(z+ 7) ,`
(2>'»¿)(Z+7)
estamos usando esta relação
rela9iio para especificar
especificar a lei que faz corresponder um urn
valor 'w
w a cada valor z;Z; ao mesmo tempo, ficafica subentendido que o0 dominiodomínio
função e
desta fun9iiO é 0o plano complexo, excetuados os pontos z = = i71 e z =
= -7, já
ja
que nestes pontos 0o denominador se anula.
anula.
fun9iio Jl
Diz-se que uma função ƒ1 com dominic
dominio D1 restrição de uma fun~iio
D j é restrir;iio função fg
12 e
domínio D2
com dominio D2 se D D1j estiver contido em D2 e h ƒ1(z)
(z) I ƒg(z) para todo 2:z
= 12(z)
em DD1j (Fig. 2.2). Nestas mesmas condi90es,
condições, diz-se que fz 12 e
é uma extensão
extensiio
de JI.
f-1. Por exemplo
exemplo,, a expressiio
expressão
Z
= eez,
w : 1 z2 complexo,

define uma fun9iio


define complexo,, a qual e
função em todo 0o plano complexo é uma extensiio
extensão da
4;..

funçao
fun9iio
eX,, :c
y == ex x real.

Z, _ _ ¬>
_ , fz ( Z: j

2 ,_ 41.
.= fia-
._ .zzz ,zu--L - : 1 ¬= -.
_
'-'IE'-‹'.¬. ._ ' _-:- if f _ ^ -Í - - - ¬.

.-.fz
..-as- §\'...7f.~..
-J --¬ ` - .,¬;=.
"==-==E=?E:EE=E=E=E=E=5'E=E=E'E-E=ã-' = " --1==-z=='="'...-. "'z"'E5E5I;5E5.=E;E5.gZ;.-zz.35-;z_Ef\_ ":i:-. . ;.;z5z§;5-5=;=5z¡515'.¡5 _
. __5;;ezzzzzz-55:,-,=,:,:ç===-z- _,¿›. “_-_;_:z:,:,=_z_==:z:z_:z:z:z:_:F§,, ~ --=-z:=.=z=z'z=z-.qav:;a›f:.. `*-'-I _' 't;===.=:=:=z=..-:sz-z+¿.-.-.
"¬¡'=`F`=I$Ei;=E=¡'==¡=*f¢TC: -:-:--===E=E-E=E=E=-=I=¡=E=E=E=E="I - - =..="='-'-*PI-52';-“I-` _' =:'._r_`Ez§:I_*5E==fE=E;11I1¡=-:zE'š
' 951€?
.i 'sz
'*"' . *Í-.=íâ*-af¿1:111:1'.-=*-T3!
-.'-=¬.1"-.- ~
-~I=.=.=' ='e-,-'¬
'_ ..
I~"}=Ez
. _;-zz' 7; É "- Y ' --112:* 51:- :¡`^ `i._'=,¡- ',-z-`^' "

._
-_'=:=z=z=z=z=z==.z=z'z=z=z'z=:ê=-- T... z¬'z= .=.'f-=.=.=' --=z=-=z==z=z=z=-=z--z;zz-'5¬-' _.¡.35:;.;z=.5-=-=z¡-5.;.5z5:z¬-.-:'
'ê.?-.:â.e:`zúz.á'.:;,_-~-
f '
' ._4- .;:;1;!;:-:;:;:;:_:;:-:;:;:;:-3;.-¡‹_:;
' v-\ og ”`

Fig. 2.2
Uma função variável complexa z pode assumir valores puramente
fun9iio da variavel
reais. Por exemplo
exemplo,,

f(1-U)
J(x ) = lzl
IZI =
= \/az +1/2, z=fl=+iy,
jx2+y2, z = x+iy,

eé uma função
fun9iio real da variavel complexa z2:..
função w
A cada fun9iio *ui = J(z) de uma variável
= ƒ(z) variavel complexa z = x+
= :r iy estiio
+1§y estão
funções reais das variaveis reais x e y, dadas por
associadas duas fun90es

u = u(x,
u= 'u(:1:, y) = Reƒ(z)
ReJ(z) e = v(x, y) :Imƒ(z).
v'v:v(x, = ImJ (z) .
36 Capitulo FUnyoes analiticas
Capítulo 2: Funções a.nalÍt1`cas

Por exemplo, sendo J(z)


Par f = = 22 + 3z
z2 + 3.2 -- 5, temos:

= x 2 - y2 + 3x - 5 e
u'u=:r2-'y2+3.:c-5 = 2xy + 3y .
v11:23:11;-1-3y.

Outra por J(z) =


Outro exemplo eé dado par exp (z2 +
= exp(2:2 -|- 4z), em cujo caso,
, , 4
cos(2:r:y + sen (2xy +
v1: = x ' - y' +4x
ufu = X -y + X cos(2xy
= eef2`y2+4f'“" + 4y)
-fly) e = ee”72_y2+4f”sen(2a:y -I~ 4y).
éiy).

Exnnoíoros
EXERCicIOS

cada uma das fungoes


Determine as partes real e imaginaria de carla funções dadas nos Exercs. 11 a 6.

_ 33 _ . z+22
1. w = Z2 - 5z + 3.
w=2:2-5z+3. 2. w=
2. 'w=¶. 3. w= --.
'w=-i.
z-
z-5 5 z-2

z - 4i z - 3iZ-
4_-wz-i-Z_4l.
4. w = zz+3z
+ 3i" 5- W
5. w=fl-
= --. . 6.. w
6 = e'{z - i).
w=e'°`(z-1).
z-,
s-1:

Determine 0o dominio m:iximo de definic;ao


domínio maximo funções dadas nos Exercs. 7 a 9.
definição das fungoes

z y 3,2
z, + (z __ 1)33
7. f(z)
7. J {z) z
= z
(z - i)seny
8s.. ƒ(z)
J{z) z
= -É -
x
- -.
z
9. ƒ(z) =- Ee,+_(Í)CO1Sly.
9. J( z) (e' _ 1) cosy ·

LIMITE E CONTINUIDADE

A defini~ao
definição de limite que daremos agora eé formalmente a mesma dos cursos
de Calculo e Analise na reta. E, E , como veremos, sua importância
importancia eé de na-
tureza teórica,
teorica, pois ela permite provar
pravar todos os resultados que sao
são essenciais
il.
ã constru~ao
construção da teoria do limite.
Seja ƒJ uma fun~ao
função com dominio D. Desejamos atribuir significado pre» pre-
ciso il. expressão "J
a expressao “f tem zo". Isto devera
tern limite L com z tendendo a zu”. deverá significar
significar
distância IJ
que a distancia (z) -_ LI
I ƒ(z) L| entre J(z)
ƒ(z) e L pode ser feita arbitrariamente pe-
quena, it
quena) ã custa de restringir z a uma vizinhan~a conveniente de Zo.
Ullla vizinhança 2:0. Mas
a variavel z apenas aproxima ZO, zg, 8em nunea assumir este valor. E claro
sem nunca
tambem que 2:z deve pertencer ao dominio
também domínio da fun~ao
função e Zo
zg deve ser ponto de
acumula~ao
acumulação desse dominio. Essas observaçõesobserva~6es ajudam a bembern compreender
Capitulo 2: Funqi5es
Capítulo Funções analí`t1`cas
analfticas 37

a definigao
definição que damos a seguir. (Veja a Fig. 2.3.)

_
-- -›;.'f'r:'-r.-â--'^
-1:-¬+ - _ ›"p~_."-`~` 3'
"f'äz_ -
.:%¿:¡r;¿.,1 -z.¬¬.-›'~.:-«.,¬>»;~z=-°.‹
_ ul:-.¡_._.--_:-` -._-i I'

¬ Ç' " -'_..


,-1 J"?¬ 1-.-Íí¬=L'-.'¡_¿;`
..'==- __- _ -_-z-
' - '"€_"-
%=.'~'- * i*-É-:-=ff*'
-f` |
- ›¬.';- --›

Fig. 2.3
2.1. Definição.
Defini<;iio. Seja Zo 2:0 um ponto de acumulaqiio
acumulação do domínio
dominio D de
lunqiio I·
uma função ƒ. Diz-se que 1 f tem limite L com z tendendo a Zo
2:0 se dado
qualquer €e > 0O existe 86 > 0O tal que

ZED,
z€D, 0
0<< Iz - zol <
|z-zg| 8 =0> I/(z)
<Õ=.“› - LI <
|_f(z)-L| <e;
1':;

ou ainda, de maneira equ1I1.=alente.'


equivalente:

EDn
zzE F1 vt(zo)
V¿'(zg) =0> I(z) E Vc(L).
à ƒ(z) E-(L).

Escreve-se:
lim I(z) = L.
z-›zg
Z-Zo

definição formalmente a mesma que damos para fungoes


Sendo essa definigao funções reais,
ela se reduz a este caso quando todos os números são reais.
nfuneros envolvidos sao reais . Por
exemplo, a fungao
função f I(x) = (senx)/x esta definida
(senzr)/fr está definida para todo número
numero real
9:: # 0; e, como 0o leitor
x =;É lei tor deve se lembrar do seu curso de Calculo,

lim senx == 1.
lim Ê 1.
x_Q
:D-›U X
:B

Este eé um
urn exemplo típico função que tem
tipico de fungao tern limite num ponto sem estar
definida
definida neste ponto; bern 0o fato de que 0o limite L nada tern
ponto ; ele evidencia bem tem
fun gao no ponto zo.
a ver com o0 valor da função
Quando 0o ponto Zo domínio de 1
zg pertence ao dominio ƒ e L == 1
ƒ(zg),
(zo), dizemos que
1ƒ e
é continua
contínua no ponto Zozg e escrevemos:

lim I(z)
z-tzo fe) == fez).
I(zo)·
38 Capitulo Func;oes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas

Neste caso não h6. por que excluir 0o ponto z =


nao há zg na defini~ao
= Zo definição de limite.
defini~ao de continuidade, a função
Com essa definição fun~ao que consideramos ha há
pOlleo}
pouco,
fe)
I(x) == senx
x '
seria continua
contínua no ponto azx == 0O se ela fosse
Fosse definida
definida nesse ponto com valor
ƒ(0) = 1. E
1(0) = função 1
E por isso que se costuma estender a fun<;ao f aqui considerada,
atribuindo-Ihe
atribuindo-lhe 0o valor 1 na origem.
origem.

Defini~ao 2.1, vamos mostrar que a função


2.2. Exemplos. Usando a Definição fun<;ao

I(z) = z+31I
z + 3i
f(›"°'l=.§_
2

eé continua zg == 2 -- i. Temos:
contínua no ponto Zo

~ 3i _ (1+ =
|f‹z›-f<zz››|== Izígfi-‹1+z'›
I/(z) - l(zo)1 ill
- ~ - i)l.
az Iz'z"(§`”'.
Daqui segue-se que, dado qualquer ~e > 0, = 25
O, basta tomar 86 = 2~ para termos

Iz ~- (2 ill << 8Õ =>


(2 -- i)1 => I/(z) ƒ(zo)| << c.fz
|ƒ(Z) -- l(zo)1
implicação vale também
(Observe que esta implica<;ao tambem no sentido inverso, mas nem
sempre eé assim, como veremos no Exemplo 2.3 adiante.)
Se, ao inves fun~ao 1
invés da função ƒ anterior, considerarmos a função
fun<;ao

_ { 0O para
para z:z =
= 22 -- i,
i,
g(z) -
9(z): z + 3i
z+3é
T z # 2 - i,
- 2 - para 2722-2°,

..... 2 --ii sera


o limite com z -› será. 0o mesmo que no caso da fun<;ao I, porém
função f, porem difer-
ente do valor de 9g no ponto 2 - 15.
- i.

Defini~ao 2.1, vamos mostrar que


2.3. Exemplo. Ainda usando a Definição

31% (zfl + sz)


lim (z2
Z_21
3z) z
= -4 sz".
-4 + 6i.
Capitulo Funqoes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 39

fato,, temos:
De fato

I(Z2 + 3z) -(-4-l-6i)|


|(z2+3z) - (-4 + 6i)1 = I(Z2
|(z2+4)+3(z-2'i)|
+ 4) + 3(z - 2i)1
= I(z - 2i )(z + 2i) + 3(z - 2i)1
|(z-~2z')(z+2i)+3(z-2i)|
= Iz
Iz:-2i||z+3+2i| Ê Iz
- 2illz + 3 + 2il ::; |z-2i|(|z|+|3|+
- 2il(lzl + 131+ 12i l)
= Iz
|z-2'i|(|z| +5).
- 2il (lz l + 5).

Como z ficará. vizinhan~a de 2i,


£leani restrito a uma vizinhança 2'l, podemos, desde agora, supor
|z| < 3, portanto,
Izl

|(z2 ++ 3z)
I(Z2 sz) -- (-4
(-4 ++ 6i)1
õú)| ::;S 81z
s|z z- 2i
2é|.l.
Esta última sera menor do que c,
expressão será.
ultima expressao 2il < c/8.
e, desde que Iz -- 211] e/8. Isto
e > 0,
parece indicar que, dado qualquer c O, basta tomar {;
Õ == 0/8; nao
E/8; mas não
podemos nos esquecer de que z deve satisfazer a restrição |z| < 3. Obser-
restri<;ao Izl
vando a Fig. 2.4, vemos que esta condi<;ao
condição £lcara
ficará. satisfeita se tomarmos
{;6 < 1. Para provar isto, usamos a desigualdade do triângulo,
triangulo, assim:

= I(z - 2i) + 2il ::; Iz - 2il + 2::; {; + 2 < 1 + 2 = 3.


|z|=|(z-2'¿)+2i|§|z-2i|+2§Õ+2<1+2=3.
Izl

4
'L
Fig. 2.4
Concluimos que {;6 deve ser o0 menor dos numeros
Concluímos 1 e c/8,
números 1 e/8, garantindo-nos
o resultado desejado:

|z-2z'|
Iz "* l(z2
- 2il < {;õ=> |(z2 +3z)
+3z) -- (-4
(-4+ôz)|
+ 6i) 1< c.
E.
A.

40 Capitulo Funo,i5es analiticas


Capítulo 2: Funçoes analíticas

(Observe que esta última implica~ao não


ultima implicação nao vale no sentido inverso, da direita
para a esquerda. E não nao tem de valer mesmo, pois, para chegarmos a ela
|z| < 3. Por exemplo,
triangulo e a estimativa Izl
utilizamos a desigualdade do triângulo
tomando cE =
- 8, 8 =
6: 1, e z = 0, a ultima
9t, última
9i, desigualdade fica satisfeita, mas
fica
nao a primeira.)
não primeira. )

fun~oes de variável
Como no caso de funções Defini~ao 2.1 pode ser facil-
variavel real, a Definição
mente adaptada ao caso em que z ou ƒ(z)
I(z) tende a infinito, resultando nas
defini~oes que damos a seguir.
definições

2.4. Defini~oes.
Definições. Diz:-se função I(z) com dominio
Diz-se que uma lun9iio domínio D tem
limite finito L com z -+ 00 > 0, existe M
oo se, dado qualquer c:E `> M > 0O tal que
LI <
I/(z) ---L| <ec para todo zzE GD, |z| >
D , Izl >M.M.
Diz-se que 1 ƒ(z) infinito com z2: tendendo a Zo
(z) tende a lnfintto .zg se, dado qualquer
K
K> > O, eztste 8Õ > 0O tal que I/(z)1
0, existe |f(z)| > K K para todo zzEEDn Oi/;.,f(z0).
V!(zo).
Diz-se que 1 f tnfintto se, dado qual-
(z) tende a infinito com z tendendo a infinito
quer KK > 0, existe M > 0D tal que lI(z)1
ezmlste M |ƒ(z)| > K E D, Izl > M.
K para todo zzED,

2.5. Exemplo. A fun~ao


função
5z 5z
I(z ) =_ 22.-Í
flzl 8, _ 2(z5Í
z - sé za)
2(z - 4i)
-+ 4i.
tende a infinito com z -> 42'. Vemos que deve ser assim porque o0 denomi-
nador estara se aproximando de zero. Mas temos de nos certificar de que 0o
numerador permanecerá.
permanecera afastado de zero, dai |z| > r, onde
daí exigirmos que Izl
r e
é qualquer número
numero positivo, porém
porem menor do que 4, para que 2:z possa se
vizinhan~a 6
acomodar numa vizinhança 8 de 4i
4t (Fig. 2.5). Fixado esse 1',
r, teremos:
5lz|
51z1 5r
|f(Zll -
I/(z)1 m
> 21z - 4il '
= 21z - 4il > -.¡__ Í

K > 0,
Daqui segue-se que, dado qualquer K 0, I/(z)1
I sera K se
será. maior do que K
57"
51' 5r

2|Z_4¿| > K
K, *
ou seja, 0 < lê: - 4'z| < _.
2K
21z - 4,'1> '
condição deve ser satisfeita juntamente com a condi<;ao
Esta condi<;ao |z| > T.
condição Izl r.
então 0O < Iz
Tomando entao 4i| < 8,
|z -- 4il 6, onde 8Õ : min{5r 12K , 4 -- r}, obtemos
= min{5r/2K,

= 14i + (z - 4i)1 ;:0: 4 - Iz - 4i l > 4 - 8 > 4 - (4 - r) = r,


lz[=|4t+(2:-4t)|24-|z-4i|>4-Õ>4-(4-r)=r,
Izl
Capitulo Fun~c5es analíticas
Capítulo 2: Funções analiticas 41

logo,
0< Iz - 4i l < 0 => 1/(z)1 >
|z-4t|<ö=>|ƒ(z)| >K.
K.

0(;4 -1'
•sair/ZK
.;; 5r/2K

Fig. 2.5

2.6. Exemplo. Vamos provar que

/(z) == 3iz
ƒ(z) +5 -›
--> 3i/
3i/22 com zz -› oo.
---+ 00.
2z - ,

De fato,
sé l = 13iz
/(z)_ 3i 3éz+5 sé l = 77 <
+5_3i 7
7 .
im)
1 27
2 í2z-z*
2z - i 2
2 2|2z~â|52(2|z|-1)'
212z - il - 2(21zl - 1)
Observe que esta última só e
ultima desigualdade so é correta no pressuposto
de que
|z| > 1/
Izl 1 /2,
2, como admitimos a partir de agora. Observe também
tambem que
31 1 m
3i
.___ 77 1 (_
_1 77
/( z)
ifizl
1
-"2 :S 2(21zl _ 1) < e se Izl
2 52(2|z|-1)<E se |Z|>2(2â+) > 2 2e + 11_
)
.

Assim, com
Assim,
maxg, ~(;e + I)}
M-max{§,
M =
1 1 7

obtemos 0o resultado desejado: l

Izl > M => jJ(z) _ ~i l <e


|z|>_M=>|ƒ(z)-ig; < e.
42
42 Capítulo 2: Funções
Capitulo Func;i5es analíticas
analiticas

Poderiamos também
Poderíamos tambem ter simplificado mrus, tomando Izl
urn pouco mais,
simplificado um |z| > 1,
1,
donde 21z1
2|z| -- 1
1 > Izl;
|z|; portanto,

~I 77 77
Ilf<ff>“íÉnWT›<a?r
I (z ) - 2 :S 2(21zl - 1) < 21zl '
que eé <Z '*
< ce <=“.› Izl
|z| > 7/ 20,
7/25, de forma que, pondo M max(l , 7/
M = max{1, 2c} ,
7/2e},
teriamos , como antes,
teriamos, antes,

> M =? \t(z ) - ~i l < c.


3
m>Meb@-š<z
Izl

2.7. Exemplo. Vamos provar agora que

Z2 - i
I (zZ ) =1-mit)
ƒ() ~-
z2_i ---> 00 com z ---> 00 ._
oocomz-*oo
3z +5
3z+5

restri"ao I|2:|
Com a restrição z l > 5,
5, teremos:

I/(z)1
z
=
_*
Iz2 - ilff >> Izl2
iZ2_il -1>
lZl2i1 > Izl2- 1 > Izl2
> - lzl2/ 2 =
lZl2_lzl2/2
-mí Z
l:.l
lzl
í_
13z -|- 51
|3z + 5| _- 31z1
3lz] + 5
5 41z1
412:] 41z1
4|z| 8

Dado K K > 0, então fazer Izl


O, basta entao SK e Izl
)z| > 8K ]z| > 5
5 para termos I/ (z)1 >> K,
K,
isto e, M 0o maior dos números
é, sendo llzf numeros 5 e 8K
SK,, teremos:

Izl
|z| > M =? I/
:> M:> (z)1 :›K.
|ƒ(z)| > K.

Como ilustram esses exemplos, para demonstrar demonstrar,, diretamente da defini-


defini-
I (z) --->
ção de limite, que ƒ(z)
"ao -› LL com 2:z -› zo, temos de obter uma desigualdade
---> zg,
do tipo lJ|ƒ(z ) -LI <K
- L] <í K lz
jz -- zg|.
zol. Conseguimos isto por meio de simplifica,,6es,
simplificações,
aã custa de desigualdades triangulares do tipo la |a +
+ bl :S lal
b| É + Ibl
|a| -|- |b| em nume-
radores , e do tipo la
radores, + bl
|a + bl 2~ lal[a| -- Ibl
|b| em denominadores. Evidentemente,
Evidentemente,
ultimo caso eé preciso que lal
neste último |a| seja maior do que Ibl. Para obter uma
desigualdade do tipo I/(z)1 |ƒ > K K,, devemos inverter 0o uso desigualdades
usa das desigurudades
triangulares.

Exsncícros
EXERCicIOS

Estabeleça, diretamente da definic;ao


Estabelec;a, definição,, os limites indicados nos Exercs.
Exercs. 11 a 9.
Capítulo 2: Funções
Ca.pitulo analíticas
Punc;i5es ana.liticas 43

_
1. z_l1n13'_(z
l.
,_
5z)--
lim (z' - 5z)
__ _
+ 15i. 2. zlí:ql_(2:.1:+y
= -99+15z. lim (2x + y'))-4.
= 4.
_ 2 _ _ 4z+â_
lim4z + i =~
3. jin::T+1
3.

_--1+¿..
:--3i z - 21 z-i z+ 1 l +t

.
rlm-, 7 _ 5 _ zz2 - 11_ 6 1im6z+7__3
6z + 7 = 3.
-7 -
21;

4. = 00. 5. lim - - = 00. 6. lim


4. z-i Z +1 l zZ-3
zlírgzz
: - 00 -3 -lool l 2z -3
z-+oo2Z¬-3-
:_00 l

- 3z + 1
2
. z + 11 = O. _ za-3z2+1 6z+7
7..1lim iz. 8._ z-_--_-= = 00 .. 9.. lim
° -Zz.
Z3
lim 6z + 7 = 3.
7 :-00
.fã zfl-77 0
z2- 8 '- z2+5z-3
00 z2+ 5z -3 °° 9 líflzz-3
:-i 2z -3 3
10. Sendo a c b
1D. Senda m'lmeros complexos constantes, prove que
b números

(az-I-b)
lim (az+ =azD +b
b) =azo e lim (az'
(azg +bz+c)
+bz:+c) =
=azã -I-bzg
az5+ bzo +c.
:-:0
Z_*-"20 :-:0
Z-*'20

11. Prove que limz_..,, = azo


limz_zo az" = onde a ée uma constante complexa e n
azlf,1 aude n um
urn inteiro
positivo.
posit ivo.
12. Prove que um polinomio ddee grau n,
urn polinômio
+
P (z) = anz" a,,_l z ,,-l ao,
P(¿')=Úfn-Zn'l'an-lz"ül'l"""l"a-01 + ... + aann =F
#010,
tende aa 00
oo corn
com z -+
-› 00.
oo.
13. Prove que 00 quociente
quocient e de dais
dois polinõmios,
polinomios t
m m- I
- amZ
amzm + am-lz
'l'fl‹m-lzm ···+ ao
l""l'Ú‹U b 4
J(z) -
+ .. . + bo , “'am *É 0,
W) 1›.z~+õ..-zzfl~1+---+bz
b"zn + bn _ 1z,,-1
v “""1 mbnII ;- 0;

tendee a zero
tend zero,, a am
am /bn
I bn ou a 00,
oo, com z -› sej a m < n, in
oo, conforme seja
--+ 00, m == n ou m
rn > nn,,
respectivamente.
14. Prove que a fun~ao
função w = Vz
ui = \/E e
é continua
contínua em todo ponto zz..
15. Prove que a func;ao /z e
função w == lim l1/z ¥- O.
contínua em todo ponto z 76
é continua D.
16. Prove que a fun~ao
função w == lim 1/(z oz) e
l /{z -- Cl:') contínua em todo ponto z I-
é continua 76 Cl:'.
or.
17. Prove que lim,_.z,, J(z) =
lim,_" ƒ(z) = L =>
=:› lirn_.,...z,,
lim,_" |ƒ(z)| IJ (z)1 =
= IL
|L|.l.

SUGESTOES

2.
2. Lembre-se de que IRezl|Rez| S
_'~§ Izi
|z| e IIm
|Imz|
zl É início, Iz
S Izl. Supondo, de inicio, zg| < 1,
|z -- zol 1, prove
que Ix |y| < 3. Então,
|:r|l < 11 e Iyl Ent iio,
1(2x y') -- 41
l(21= + 1112) 41 2x + (y
= 1|21f (iu -- 2)(y
2)(1J + 2)1
2)!
S 21xl
2|=1=I++ Iy 21(lyl + 2)
ly -- 2|(|:‹:I
É
S 51x l + 51Y - 21
5|;t:| + 5|y - 2| S É 10
10|¿'
lz -- 2il
2i|.·

8. Observe que, sendo, digamos, Izl


sendo, digamos, |z| 2::
Zz 5, entao,
então,
3_ 2
3.7: +
`zz 3 _ 3z' +1|>|z|
1 s__
Izl3 - 1|3z 2 + 11 Izl3a_- 31zl'
3z' +1|>|z| 3|z| 2_ > Izl 3:1__
- 11>|z| z133 / 5 -_ Iz1
3|z|"/5
- 31
33
|z|2/5 /5 = H
.
I z, 52.' -- 3 I 2:
2:2 + 5z |z|2 + 51z1
' Izl' 5|z| + 3 _ |z|2 + 51z1
2: Izl' 5jz| + 3 -_ |z|2 + 51
Izl' z l' + Iz
5[z|2 |z|l'
44 Capitulo Fum;bes analiticas
Capítulo 2: Funções anal1't1'cas

11. Lembre-se de que z" -- zfi*


z{j == (z - z0)(z"`1 +
- zo)(zn-l zn-2 Zo +
+ z"`2zn + ...
---++ z,§"`l).
Z~-l).

12. Observe:

|P‹z›|:z|z|“ |‹z..|- "?+«-«+2-,i z|z|"[l‹z..1-(\"Tl+›--+


(1 -1 (10 Il _1 04]

Fa~a 0o ultimo
Faça parentese menor do que Ian
último parêntese Ia» 1/2.
2.
i8
14. Sendo Zo
20 == roe iBo 56
rg eia" =/:- 0
Oe z = funções Vz
rei”,, as funlt0es
= re \/E e Fo
,/zg devem ser entendidas como

\/šzrã/2Bí9g/2 E `/šzrl/2e:`I9]2,

6() variando numa vizinhança


vizinhanc;a de 199;
80 ; por
par exemplo, 1[198 -
- 09@|
0 << 7r/
17/ 2. Observe que
1

JE-¢š= ¬

I1./E+
JZ + ./ar
v'Zol' == (JZ
wi-- ./afã-./Tt)
v'Zo)( JZ - v'Zo) =
=T+
+‹-z ++ 2./at‹=‹›si‹õ=
2vrro cos[(9 -- 9az)/21>
T TO )/2[ > 0 TO ,

desde que se tome Iz


|z -- zU|
zol < 65 == rg. Fac:;a
= TO. Faça uma figura para entender 0o que se passa.

15. Observe que


~
`1 - ~
1|I - Iz - zo 1< 21z - Zo 1
|z-zg|<2|z-z0|
Iz zo
zu - [zzol
|zz0| Izol"
[z0|2 '
desde que Izl
|z| > [ZoI/2.
|z¡1|/2. Prove que isto acontece tomando Iz - zol
|z - z9| < 6
Õ== IZoI/2.
|zu|/2.

PROPRIEDADES DO LIl\/[ITE
LIMITE

As propriedades do limite,
limite, relativas aos limites da soma,
soma, do produto,
produto, do quo-
etc., já
ciente etc., ja conhecidas no caso de funções
fun<;6es de variáveis
variaveis reais,
reais, permanecem
vruidas
válidas para fun<;6es
funções de variável
variavel complexa, e sao
são estabelecidas como no caso
variavel real. E 0o que veremos agora.
de variável

ema. Se J
Teorema.
2.8. Teor tem limites finitos
f e g têm jinitos com z -> ZO (digamos,
-› zg
limJ = Feelimg=G),
limƒ=F limg = G), entiio
então

,1i_Iglf(2)
z-- zo 9(2)l = 311,lim190 f(Z)
lim IJ(z) + g(z)] J(z) + Zljglçl
z~zo
9(-2);
lim g(z);
Z~Zo
(2-1)
(2. 1)

,1lim
2:-+%0
[f(2)9(2)l == Zljgfl
i1,1_;_,1u [J(z)g(z)] lim J(z) _g11_;0 g(z);
f(-2) ,l'lim
2:----Zo %-Zo
y(2); (2.2)
(2-2)

se · g(z)
IIm t - Iim -J(z)-=_- limz~zo J(z) .
() ...L 0 então
gz Iaê 0,,enao (2.3)
z~ zo z~zo g(z) limz ~ zo g(z)
NN
Capitulo 2: Funr;oes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 45

Demonstração (2.1).
Demonstrar;ao de {2. 1}. Observe que

IJ(z) + g(z) - (F + e)1 = |(f(Z)-F)+(9(z)-G)|


|f(2)+s(2)-(F+G)| IU(z) - F) + (g(z) - e)1
S< |f(2) - FI + |9(2=)
IJ(z) - Ig(z) _- el,
GI.
IJ(z) + g(z) -
de sorte que, dado eto > 0, |ƒ(z) - (F + e)1 será. < £e se fizermos
G)| sera
|ƒ(z) -
lJ(z) - FI
F| < £/2 Ig(z) -- el
e/2 e |g(z:) GI < £/2.
e/2. Ora,
Orla, sendo Df e Dg domínios de fJ
Dg os dominios
6' > 0 e If'
e g, respectivamente, existem {j' Õ > O0 tais que

zeD,nv,',(z,,)
z E D f n V;,(zo) =»|ƒ(z)-1‹¬| < ~,
=> lJ(z) - FI <

zZ E Dg n V;" (zo) =>


É Dgnl/šPf:(Zfl) => Ig(z) - el < ~,
< Ê,

Entao, valem essas desigualdades se tomarmos


A.-

z EE D¡nD,, nV_,'(z0),
D f n Dg n V£(zo) ,
onde 156 = min { If, If'
= min{6', 6"},}, pois 156 ::;É Iflí e 156 ::;
5 If'.
6”. Assim,

D f n Dg n V';(zo) =:›
z Ee D,‹nD_,nI×Ç,*'(zD) IJ (z) + g(z) - (F
=> |ƒ(z)+g(z)- + e)1 < ›z-:to,,
(F+G)|
demonstra~ao.
o que completa a demonstração.

demonstra~6es das propriedades (2.2) e (2.3) para os exer-


Deixamos as demonstrações
cícios. 0
cicios. O leit~r
leitor poderá.
podera demonstra-las com a ajuda dos resultados do teorema
seguinte.

2.9. Teorema. 1) Se lim_._,_.z,,


limz_zo ƒ (z) = L # 0, entao
J(z) então existe uma vizi-
nhança V';(zo)
nhanr;a (z) e
V¿'(zg) na qual fJ(z) é limitada.
hipotese, existe 156 > 0 tal que
2) com a mesma hipótese,
2}

z E Df n =>~ IJ(z)1
V¿'(zg) =>
F1 V';(zo) |ƒ(z)| > ILI/2.
|L|/2.

Demonstrar;ao. Da hipótese
Demonstração. hipotese segue-se que, dado to5 > 0, existe 15Õ > 0 tal
que
IJ(z) - LI < o.
z E Df n Vl(zo) => |ƒ(z)-L|<s.
z€D¡fil/ǧ'(z0)=>
Então,
Entao, com as mesmas restrições
restric;;6es em 2:,
z,

IJ(z)1 IL + [j(z)
|f(f'‹')| = IL [f(-*fl -- Lll S ILl
L )] ::; ILI + Iƒ(-2)
IJ(z) - < ILl
L)I <
- L)| ILI +
+5-
£.
46 Capítulo Fungoes anaJiticas
Capitulo 2: Funções analíticas

fun~ao e
Isto prova que a fimção |L| +
é limitada pela constante ILl + c.
e.
Para provar a segunda parte, tomemos ce = ILI/2. |L| /2. Teremos,
Teremos, com as
mesmas restri~oes
restrições em zz::
If(z)1 = IL + [/(z) - L)] >2 ILI-If(z)
|f(2)I=I13+lf(2)-Lll - L)I
|L|-|f(‹'=')-Lll
> ILl
|L| -_ cE == ILl
|L| -- ILI/2
|L|/2 == ILI/2,
|L|/2.
o que completa a demonstração.
demonstra~ao.

Iv

Conseqiii'mcia imediata dos teoremas anteriores sao as propriedades das


Conseqiiência
funções contínuas enunciadas a seguir.
fun~oes continuas

2.10. Teorema. A soma e 00 produto de funções


fungoes continuas siio funções
contínuas são fungoes
continuas.
o
O quociente de duas funções
fungoes leg,
f e g, continuas num ponto zg, zo, IEé uma
fungiio continua em ZQ,
função zg, desde que g(z¿¡)
g(zo) niio
não se anule.

Vale também fun~ao composta, enunciada a seguir e


tambem a propriedade da função
demonstração deixamos para os exercicios.
cuja demonstra~iio exercícios.

2.11. Teorema. Seja g9 uma funçãofungiio cujo dominio contenha um ponto


zg e cuja imagem esteja contida no dominio de uma função
Zo fungiio ƒ.
I. Nestas
N estas
condiçoes, se 9
condigoes, g lor
for continua em zg
zo e f contínua em g(z@),
I continua g(zo), então funçao
entiio a lungiio
composta ƒ(g(z))
I(g(z)) será
sera continua no ponto zg.
zo o

uma importante relação


Existe urna rel~o entre 0o limite de uma função
fun~ao complexa
e os limites de suas partes real e imaginária,
imaginaria, que consideramos a seguir.

2.12. Teorema. Seja ƒ = u + iv uma função


I = fungiio com domínio
dominio D, e seja
=U+
L= + iV.
il/. Então
Entiio
lirn =L
lim I(z) =z-› rg
2--+20
(2.4)
se e somente se
,l;né1D
lim u(x
2-20
u(:r,, y)
y) = U e *lima u(:r, y) = V.
lim v(x,
2-20
v. (2.5)
Demonstração. condi~ao (2.4)
Demonstragiio. Suponhamos satisfeita a condição (2.4).. Entao,
Então, dado
ce > 0,
O, existe 6 > 0 tal que
zeD
zE D nn V,,(zo)
V,;(z,,) '* I/(z)
=> |f(z) -- LI
L| << c.E. (2.ô)
(2.6)
Capitulo Fun~oes anaJiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 47

fa- U =Re(ƒ-L)
Como u- 'U-V=In1(ƒ-L),
= Re(f -L) e v- V =Im(f -L), temos:

lu - UI S.:s |f-LI
|'f-fl~U| If - LI e
6 Iv - VI :sÉ |f~LI-
Iv-VI If - L I
EDn
Daqui e de (2.6) segue-se que zzE O V6(ZO)
T/ͧ(z0) implica

|u(:r,y) --
lu(x,y) U| < 10e e
- UI |'u(a:,y) V| < 10,
Iv(x,y) -- VI E,

o que estabelece a condigii.o


condição (2.5).

condigao (2.5), dado 10E > 0, existe


Reciprocamente, supondo satisfeita a condição
GDn
86 > O0 tal que zzE H V6(ZO)
%(z0) implica

|'a(:r,y)
lu(x, y) -- UI < 10/2
5/2 e |'u(:1.r,y) V]I < 10/2.
Iv(x, y) -- V e/2. (2.7)
(2 .7)

desigualdade do triângulo,
Combinando estas desigualdades com a desiguaJdade obtemos:
triangulo, obtemos:

If- LI == I(u
|f'“L| - U) +i(v- V)I:sii lu
|(“U›-U)+'¿('U*-V)| - UI + Iv - VI
IU-U|+|'v_V|
Daqui e de (2
(2.7) GDn
.7) segue-se que zzE O V,(zo)
Í/Ç5(zg) implica
10 10
Iflo~M<š+š=a
If(z) - LI < "2 + "2 = 10,

que e
é a condigao
condição (2.4). Isto completa a demonstragao.
demonstração.

Corolário. Uma fun~iio


2.13. Corolario. função ƒ(:.>:) i'u(:z:, y) e
fez) = u(x, y) + iv(x, é contínua
continua
aum ponto zg
num Zo = :cgxo + iyo
iyg se e somente se suas partes real e imagintiria
imaginária
forem continuas
forem. co'atfz.'n'u,as nesse ponto.

EXERCÍCIOS
EXERCICIOS

1. func;6es fez)
Prove que se as funções ƒ[z) e g(z) têm :finitos com z -›
tern limites finitos zg (OU
-----+ 20 (ou Zz ---t
-› 00),
oo), entaD
então
lim]/ (z) - g(z)] lim/(z) -limg (z).
1ífl1[f(-2) - 9(2)l = lim fíz) - 1i1I19(2)-
=
2. fez) tem limite finito corn
Prove que se ƒ(z) com z.z -› zu (ou 2:Z -›
---+ Zo oo), entaD
---t 00), então 1imcƒ(z)
lim cf(z) ==
I(z), qualquer que seja a constante c.
c lim ƒ(z),
clim
3. Prove
Prove,, por indução,
indu<;ao , que

E-EQ
L
fiázwmzzemsm
,l~o Cj!;(z) = L
Cj ,~o /;(z), 2.'-*Zg
j=1
j=l jzi
j= i

onde as
oude os coeficientes
coeficientes Cj
cj sao
são constantes quaisquer.
48 Fuw;:oes ana1iticas
Capitulo 2: Funções analíticas

4. Prove a propriedade
propriedade (2.2) do Teorema 2.8.
2.8.
5. P r:ove a propriedade (2.
Prove 3) do Teorema 2.8.
(2.3)
6. Prove que se ƒ(z) fez) ---t
-› 0 O com 2:z -› zu e g
-----t Zo g(z) e
(z) é limitada numa
Duma vizinhan<;a
vizinhança de Zo,
ag, entaD
entao
-..

J (z) g(z) ---t


ƒ(2:)_g(z) -› 0 O com z2: -~›
-----t Zo_
zg. Enuncie e prove proposição análoga no caso 2z -›
proposi<;ao analoga oo em
-----+ 00
vez de z -› sn.-
--+ Zo

fez) -› oo com 2z -----t zg e Ig(z)1 2:0, entao


zw

7. Prove que se ƒ(z) --+ 00 -+ Zo |g(z)| > c>


c > 0
O numa vizinhauc;a de 20,
Duma vizinhança
J(z)g(z)
ƒ(.z)g(z) ---+
-› 00 oo com z -› zD__ Enuncie
--+ Zo Enuncíe e prove proposição
proposi<;ao amiloga
análoga no caso z ---t
-.-› 00
oo em
vez de z -›
-----jo zo
2:0.o
8. Construa dois contra-exemplos,
contra-exemplos, em ambos dos quais ƒ(z) fez) -› /(z) g(z) ¬›
oo e ƒ(z)g(z)
---+ 00 oo com
---+ 00
z -›
---t zo
zg,, porém
porem Dum g(z ) ---t
num dos quais g(:ê:) -› 0 g(z) não
O e no outro g[z) tern limite com 2:z -----t
mio tem -› Zooeg.
Fac;a mesma com z -›
Faça 0o mesmo oo em vez de z -=~
---t 00 --+ za.
Zo .

9. Prove que um polinomio e


urn polinômio é uma func;ao
função continua
contínua em todos os pontos; e que uma
fUll(;ao
função racional (quociente de dois polinömios) tambem e
polinomios) também é continua,
contínua, exceto nos zeros
do denominador.
Calcule os limites indicados nos Exercs. 10 a 14.
s_ 3s_ 8'- /í_
lim z3 - 27.
10. 11111-4": 27. 11.
11 . um
lim __z~ Sl. 12. h~
12. lim v'f+h
,. -í-IM*
h
- 1
1..
z-›-â Z - 3
z - i z-3 z- -2 i z +2z
z-›-2-¿ z+2z h-›o h

um
. ((1+z)1f4-1
13. hm
I+ Z)I / 4_ 1
.
14 um (1
(1+z)1/3-(1-z)1f3
14 . lim
+ Z)I / 3 - (1 - Z)I / 3 .
z-.-00
.;:- zZ ' ' .;:z-z-o
.... 0 z
Z '
15. Prove 0o Teorema 2.11.
A-

16. Prove 00 Teorema 2.8, valendo-se de propriedades análogas


analogas para funçoes
fum;oes reais de duas
variaveis
variáveis reais e do Teorema 2.12.

SUGESTOES E
E SOLU<;OES
SOLUÇOES

44. Observe que

I/(z) g(z) - FG I =
Íf(2)9(2)-FG! I/ (z)(g(z) - G) + G(f(z) -F)|
|ƒ(2=)(s(2)-G')+G'(f(2 - F) I
5
'S I/(z)ll g(z) - GI + IGII/(z) --FI-
|f(2)I|9(Zl-G'|+lGl|f( Fl.
(\.Q*-.-~"
"-_/

domínio comum de fƒ e 9g,, ou D = D;


Seja D 0o dominio D/ n
O D9.
Dg . Existem números positiv~s
numeros positivos
M , 01,
M, 61, 02
62 e 63 tais
t ais que

2:zE D n viI (Zo) =>


EDfiV¿',(zg) =? I/ (z)1 < M;
[ƒ(z)|

zzED n Vi,
E DO (zo) =:›
V,;2(zg) =? |ƒ(:a)
I/ (z) - F|I <
- F €/2IGI;
<í E/2|G|;
zzEE D n
f`| Vi,
Vá., (zo)
(zu) => - GI
=c} Ig(z) - GI < €/
E/2M.
2M.
= min{õ1,
Tome fJ6 = min {01 , 62
62,, 03}
63} para obter:

2:zED n vi (zo) =?
E DOI/Han) I/ (z) + g(z) -- (F
=› |ƒ(.:-)+g(z) + G)I <.f-:_
(F+G)| < e.
Capitulo 2: FUngoes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 49

5. f Cz ) E
Considere primeiro 0o caso ƒ(z) == 1. Observe que

|1 1 11' |g<z›~G|
Ig(·)
I - GI
1uz) - GG = IGlIg(z)1
g(.) ¡c=||g‹z›|
vizinhan~a Vzç,
e que numa vizinhança v", ('(zu), |g(z)| > IGII2.
0), Ig(')1 IGI/2.
12. Use a'
az --b2 (a + b)(a - b) com aa=
b' ==(a+b)(a-b) = vT+/l,
\/1+h, b
b== 1.

13. Use
13. fr* -b'
Use a" _ sf* z (a-b)(a
= (fz - z›)(zz33 +a'b+ab'
+zz2b+zzb2 +b
+ô3)
3
com zz =z (l+z
) coma (1 +z)1/-1. zz -.= 1.1.
)" ', b=

= u + iv,
16. Escreva fƒ='a+i'v, = U + i Y,
9g=U+iV, = Uo + ivo e G
F=u0+i'u0
F = Uo + iVo. Então,
G=Un+iVfl. Entao,

J + 9 - (F + G) = u + U - (UD+ Uo ) + i ]v + V - (vo + Vol],


f+g-(F+G)=u+U-(-ug+Ug)+i[n+V-(vg+VI;)], Jg - FG = etc.
fg-FG=etc.

- ø
FUNQAO ANALITICA
FUNÇAO

defini~ao de derivada de uma função


A definição fun~ao de variavel complexa. e
variável complexa é formalmente
fun~ao de variável
a mesma que no caso de função real. Seja Iƒ uma função
variavel real. fun~ao cujo
domínio e
dominio é uma região
regiao R (conjunto aberto e conexo) e seja z um urn ponto de
R. Diz-se que If e deriwível no ponto z se existe 0o limite
é derivavel

.. I(z + tl.z ) --f(2=)


f(2+Â2) I(z)
I1m ,
Align
A z ~O tl.z
Àz '

ou, 0o que e
é equivalente,
equivalente, se existe

um f‹w› - fiz)
lim I(w) - I (z).
w -- z
w-*=
w _ z

Quando esse limite existe, ele define fun~ao de z,


define uma nova função z, a derivada ou
I , denotada por ƒ'.
fun~ao f,
fun,iio derivada da fimção
função I'. Assim,
Hz,
j'(z) == AÉÊO
lim f‹z + tl.z) -- f‹z›_
I(z + I(z) .
6 2--t0 tl.z

Observe que, para a existencia


existência da derivada,
derivada, 0o limite acima não
nao pode
depender do modo como tl.z Az tende a zero ou w tende a z. Em particular, W
w
pode tender a z ao longo de diferentes raios, todos com origem no ponto z
(Fig. 2.6) e 0o limite deve ser o0 mesmo.
50 Capitulo Flmqaes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas

Como exemplo, vamos mostrar que a função I(z) == Izl2


fun~ao ƒ(z) |z|2 = x 2 + yg
= 1:2 só e
y2 s6 é
= O.
derivavel em z = iO (Fig.
derivável 0. Com efeito, pondo D.z
Az == re
Teia 2.7), temos:

I(z + D.z) - I(z)


ƒ(z+Az)-ƒ(z) (z + D.z)(z + fu) - zz
(z+A.z)(E+E)-zš
D.z
Az __ D.z
Az __
fu + zzâz
zzAz D.z + Az
D.z fu
Az _ ze_2,9
- 2.0 + _É + T_e_.,-9.
-,0
= D.z
z
= ze + z + re

À
W W

...N
..\_/
- /»»- ...
Fig. 2.6

À
_ z + rem
Í'
I

Z _..-

.L . _ *-

Fig. 2.7
Fig.
Passando ao limite com rfr -->
-› 0O e denotando este limite com 18(z)
Ĥ(z),, obte-
mos: _
I~(z)
ƒ§(z:) = ze- 2iO + fã.
= ze"2z9 z.
e
Esta é a expressao
expressão da derivada direcional de ƒ I no ponto z. Ela depende
do angulo
ângulo ()9 para to
todo ¥ 0, de forma que If não
do z aê nao possui derivada ordinária
ordinaria
nesses pontos. A derivada de If s6só existe para z == 0: f' (0) == O.
ƒ'(0)

Defini~ao. Diz-se que uma lunqiio


2.14. Definição. função ƒ I eé analitica
analítica numa regiiio
'região R
se ela Iié derivavel I e I e
I
deriváuel em cada ponto de R; f ef analz'tz'ca
analaica num ponto Zo zg se ƒ e
Capitulo Fun~oes anaJiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 51

analitica regido contendo Zo


analítica numa regiiio vizinhan~a V.(zo).
zg,, por exemplo, numa vizinhança V,;(z0).

expressoes fun~iio
As expressões função holomorfa e função fun~iio regular sao
são usadas como
sinonirnas
sinônimas de "fun<;ao
“função analftica".
analítica”.
De acordo corncom essa defini<;ao,
definição, uma função que só
urna fun<;ao so possua derivadas ernem
certos pontos isolados não nao eé analitica;
analítica; assirn função ffez)
assim,, a fun<;ao = Izl2
(z) = |z|2 conside-
rada háha pouco não nao eé analftica, rnesrno em
analítica, mesmo ern z =- 0, onde ela eé derivavel.
derivável.
oO conceito de analiticidade requer a existEmcia
existência da derivada ern em todos
os pontos de urn um conjunto aberto. Sem dúvida, duvida, essa condi<;ao
condição irnpoe
impõe fortes
restrições it
restri<;oes à. fun<;ao
fimção ƒ f e tem
tern como conseqiii"mcia
conseqüência urna
uma serie
série de resultados SUf-
sur-
preendentes, como veremos
verernos gradualmente no decorrer do nosso estudo.

derivaçao
Regras de derivac;;ii.o

verernos progressivamente
Como veremos progressivarnente ern
em nosso estudo, todas as fun<;oes corn
funções com
que 0o leitor se familiarizou em seu curso de CaJculo
farniliarizou ern Cálculo são analíticas, quando
sao analfticas,
convenienternente estendidas ao plano cornplexo.
convenientemente complexo. De verificação
verifica<;ao imediata eé
o fato de que uma urna fun<;ao
função constante eé analítica
analitica e sua derivada eé zero. A
fun<;ao fez ) =
fimção ƒ(z) = zn,
z", onde n ée um
urn inteiro positivo, eé analítica
analitica e sua derivada
f'(z) == nzn-\
eé ƒ'(z) nz“`1; isto se demonstra
dernonstra exatarnente
exatamente como no caso real; por
exemplo, usando a fórmula binornio de Newton, segundo a qual
formula do binômio

f(z-I-Az) = (2:-I-Az)"í = z" -I-nznfl Az+ z"`2 (Az)2+. . .+(Az)".

Daqui segue-se que

fez + Az)
ƒ(z 6.z) -- fez) (z+6.z)
(z + Az)"n -_zn
2:",
6.z
Az _ 6.z
Az
n(n -~11) J
= nzn- J + il-(l2_lz"`2
nz"'1+ zn- 2 6.z
Az ++ ...
...++ (6. zt - .
(Az)"_1.
2
Fazendo Az6.z ~+
---> 0,
O, obternos
obtemos 0o resultado desejado.
mesmo modo, a soma e 0o produto de um
Do rnesrno urn número
nUmero finito
finito de fun<;oes
funções
analiticas
analíticas sao fun<;oes analfticas
são funções analíticas e as derivadas se calcularn
calculam de acordo corn
com as
regras conhecidas; 0o quociente de funções
fun<;oes analiticas
analíticas é função analítica nos
e fun<;ao analitica
pontos onde 0o denorninador
denominador naonão se anula e a derivada eé dada pela conhecida
regra de deriva<;ao
derivação de urnum quociente. Vale também
tarnbern a regra de derivação
deriva<;ao da
52 Capitulo 2: Funções
Capítulo Fun,i5es anaiiticas
analíticas

fun~ao composta ou derivação


função ge
deriva~ao em cadeia: se 9 é derivavel fe
derivável no ponto z e J é
derivável no ponto g(z), entao
derivavel então J(g(z))
ƒ(g(z)) eé derivavel
derivável no ponto z e

%ƒ(9(2))
:zJ(g(z)) == f'(9(2))9'(z)-
J'(g(z))g'(z).
Todos esses teoremas e outros mais se demonstram como no caso de
variaveis reais. A título
variáveis ilustra~ao , vamos demonstrar que se uma função
titulo de ilustração, fun,iio
Jƒ ée deriváuel
derivavel num ponto zo, então J
zg, entiio fe é continua nesse ponto.
Como J derivãvel no ponto zo,
f eé derivavel zg, a expressao
expressão

J(z) - J (zo)) _ J'(zo)


.f(z)_`f( f ___ 9
=
o zZ_zoz0
-Zo f(20)-9

~ zo
tende a zero com z -› zg.. Em conseqiiencia, ultimo termo da expressao
conseqüência, o0 último expressão

J(z) =
f(-'fl = f(2o) + (z
J(ZO) + 2-'o)f'(2o) +
(2 -- zo)J'(zo) (2 -~ zo)g
+ (z 2o)9'
tende a zero com z -›
~ zoo
zg. Como o0 penúltimo
penultimo termo também
tambem tende a zero,
limz ~ zo f
passando ao limite obtemos 0o resultado desejado: limz_.z,, J(z) = Jƒ(z0).
(z) = (zo) .

fun,iio inteira a toda fun~ao


Chama-se função função que ée analítica
analit ica em todo 0o plano.
Os polínômios fun~i5es analiticas.
são os exemplos mais simples de funções
polin6mios sao analíticas. Eles
sao fun~iies inteiras. A seguir vêm
são funções fun~iies racionais, definidas
vern as funções definidas como 0o
quociente de dois polinômios.
polin6mios. Estas sao
são analit
analíticas
icas em todos os pontos que
nao
não anulam o
0 denominador. Por exemplo , a fun~ao
exemplo, função
(z +
J(z) = (z + 2)(3z - 1)2
- 1)2
f(Z) _ z(z -- 3)(z +
+ i)2
eé analitica
analítica em todo 0o plano, excetuados os zeros do denominador, isto e,
é,
z = 0, 3, --i.
O. 3,
i
i.

nxnncíoros
EXERCICIOS

1. Prove que a soma de um número finito


urn numero finito de funções analíticas e
fun<;oes analiticas é analítica
analitica e a derivada
da soma e
cia é a soma das derivadas das parcelas.
2. Prove que 0o produto de dUMduas funções analíticas ff e 9g e
funr;oes analiticas funr;ao analitica,
é função analítica, com derivada
( fg)'
(f = l'
g)' = f'g9 + fƒg'.
g'. Prove, por
pOl' indução, derivação de Leibniz:
indu<,;ao, a regra de derivalf8.0

(fg)
(fall{n))=f“'9+fl›ƒ“
n- I)g' + n(n
n = /n1 )g+nf{n- n ln* _
“9'+--(¡%f( 2
1 f {n
-1) ri-- 2)g"
219
H + ... +fg{n)1;, )=
+...+ƒ9( = t (n)t'n1 -_. i)' g(j)
M, G')f(` “om
;= 0
Lu Ê J
-'
Capítulo 2: Full/toes
Capitulo Funções analiticas
analíticas 53

3. Prove que 0o quociente de duas funções analíticas ff e 9g num ponto z, cude


fun~Oes analiticas onde g(z) =F
95 0,
ee funçao
fun~ii.o analftica
analítica e (f
(f/g)" ~ (gI'
/ g)' = (gƒ' -- ƒg')/92.
fg'} /9'.
4. Estabeleça
Estabelec;a a regra de derivac;ao
derivação da função
func;ao composta, ou regra da cadeia: se 9g e' e
derivave.l e
derivduel no ponto z e ff é deriucí-vel
derivavel no ponto 9g(z), então ƒ(g(z))
(Z), entao / (g(z» é derivavel e
deriuáuel no ponto

z E âfoizn =~ f'‹g‹z››g'‹z›.
z e :J(9(Z}} /(9(Z}}9'(z).

Calcule as derivadas das funções


fum;6es dadas nos
DOS Exercs. 5 a 7.

5. f(z)
5. f(z} = 1 - z*
~ 1- z, +az5;
+ 4iz'; õ. f(z)
6. f(z} = (zfi -- i}'(iz
~ (z' traz + I)';
1)2; 7. f(z)
7. ~ z - 3i.
f(z} =
z + 3t
8. Prove, por indução, (z" )' =
induc;ao, que (zn), nz“`1,
= nzn - l, para todo inteiro positivo
positivQ n.
9. (z" )' = nz"-l
Prove que (Zll), nz"`l vale também
tambem para os inteiros negativos
negativQs n.
z 75 0, prove que (l/z),
10. Sendo z'" ~ -l
(1/z)' = /z' .
-1/z2.
11. Prove, por indução,
induc,;ao, que
~2c ~ (-Ifn!
d” 1 __ (‹-1)"n!
dz n Z
dz”. z zn+l 7'

suonsrõns
SUGESTOES

E preciso provar que a expressao


10. É expressão

11(1
m _ 11) , _1_1_
z + h - ~z + z,
hli 'z-i-lt ~ z, (z + h)
z2_z2(z+h.)
hh
teuüe 'a 'Lero CCt\\
\.enc.e a'Lel:\;) com h h. -» \J. Dano
---'t K). \)aQ.() E.e "">
`:> \), ~ preciso
B, ie \)!e6~o e:m:.on\'ro.t
encontrar & E '> \) e\.c.
3- Q etc. \)\)<&e!,\,e
Ubsewe que ~'\le
|z +
Iz + hi ::>:
2 Izl - Ihl
|z| - [hi > Izl/2,
|z|/2, desde que se tome Ihl ln] < Izl/2.
]z|/2.

EQUAQOES DE CAUCHY-RIEMANN
AS EQUAÇOES

Seja ff == u ++ iv
iu uma fun~ao derivavel
urna fimção derivável num ponto z = x+
= :rf Entao, 0o
+ iy. Então,
quociente
fez + ~z) -v f(z)
ƒ(2+A2) fez)
~z
Az
tem limite f'
tern f'(z) ~z -›
(z) com Az --> O,
0, independentemente do modo como Az ~ z tende
a zero. Em particular,
particular, podemos fazer Az ~z tender a zero por valores reais
~z
Az = k e, separadamente, por valores imaginários ~ z = it (Fig. 2.8).
imaginarios Az 2.8).
Obtemos, respectivamente,

¡(z)_¿%v
j'(z)
f =
_ lim
- u(x + k, ify))_u($=
($`|`k= - u(x, 'yy) +kwflf + k, y)
i[v(x +13: zu )_U($= zu
- vex, y)]
k~O k
54 Capitulo Funções anaJiticas
Capítulo 2: Fun<;oes a.na1.í1;icas

e
E Hz) Z Hà zz<z=, fi + f) - uz, za +ttâivrz,
J'(z) = lim u(x, y + t) - u(x, y) i[v(x, zy.¿ +
+ at) -- v(x
~<zz,, wi,
y)].
t- O zt

À (x, y+
Í-13)* + t)
fl .
I
I
I
I
I
I
II IIIII o
E* y)
(x, -o ~..‹I--- -- (~:..
0--N:
f'_\. (Jc + k, y)
lc, y)

í i

Fig. 2.8
Fig. 2.8
De acordo com 0o Teorema 2.9 (p. 45) 45),, a existencia
existência desses limites im-
plica a existencia,
existência, separadamente, dos limites das partes reais e das partes
imagimirias das expressoes
imaginárias expressões sob limites, e,
jimites, isto é,

'()
I u(x + k,
l'- u(x ki y) _u(x:
- u(x, y) + %'j' v_'U($-l-ki
(' x---'+_k-'-,-.e,y):---_
-----'v('-x'-',
v($= y,-,-)
z _
= k~O
ff(Z)"zÍ1i›'Ê›
1m
- -
1m
klz ' +“iz'f'iz
k~O fzk
eE
'() l' v(x, Y + t) - v(x , y) 'j' u(x, y + t) - u(x, y) .
f Z=lffi
t~O t
-'l I m
t~O t
conseqüência, as fun~6es
Em conseqiiencia, funções u e v possuem derivadas parciais no ponto
(x,
(zr, y), e valem nesse ponto as seguintes rela<;6es:
relações:

¡ õu
__ ih õfu
.ig ¡
!'(z) ov _ i OU
81;
I aí _ aí
=
Bu
oy oy
19ualando
Igualando as partes reais e as partes imaginárias,
imaginarias , obtemos daqui as chama-
das eJIua<;oes
equações dade Cauchy-Riemann:

au
Õu av
31;
e
Bu
ou ölv
ov
(2 .8)
ox oy oy ox'

A analise
análise acima mostra que as equa.;6es
equações de Cauchy-Riemann saosão uma
condi<;iio necessaria
condição necessária para a existencia
existência da derivada de uma função f. Mas
fun<;ao
Capitulo 2: Punqoes
Capítulo Funções analiticas
analíticas 55

elas não são suficientes para garantir


nao sao garantir a existencia
existência dessa derivada. Como
exemplo disto, consideremos
consideramos a fungiio
função

f‹z› vfx;I,
J(z) == M.

onde, como sempre, zz = x x + y. Temos aqui vv = 0, portanto, Vx


+ ity. 'uy = o.
vz, = Vy 0.
JlXYI, donde u(k
Por outro lado, u = \/|:z:y|, u(0, 0) = 0, logo,
u(k,, 0) = u(O,

= I· u(k, 0) - u(O, 0) = 0
U x (0 ) 0) 1m k .
k~O

'u.y(0, 0) =
Analogamente, uy(O, = O.
0. Vemos entiio
então que as equagoes
equações de Cauchy-
Riemann estão
estao satisfeitas no ponto z = = O. Nao obstante isto, J
0. Não ƒ não
nao eé
derivavel = O.0. De
derivável em z = D e fato, pondo Az =
pondo!:!..z = re iB = r(cos
rei” r(cos6 + i sen 6),, obtemos:
O+isenll) obtemos:

um f(AZl _ fm) _ V |C05f9Se119l _ Ksenge)/211/28-ie.


az-›0 Az em

expressão da derivada de fJ na dire~ao


Esta eé a expressao direção (cos e6,, senll).
senö). Como se vê,
ve,
9; logo, f'
ela depende de 0; (0) não
f'(0) nao existe.

Condiçao necessária
Condit;;ii.o suficiente
necessaria e suficiente

Como acabamos de ver, as equagoes


equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Ríemann saosão uma condição
condigao
necessária,
necessaria, porém
porem não função J
suficiente, para que uma fungiio
nao suficiente, f tenha derivada.
condição de que as derivadas de u e v'U
Entretanto, se a elas juntarmos a condigao
continuas numa região
sejam contfnuas R , obtemos uma caracterizagao
regiiio R, caracterização muito impor-
tante das fun~oes
funções analíticas equações. E
analfticas em termos dessas equagoes. É o0 que vamos
considerar no teorema
teorema seguinte.

2.15.. Teorema. Sejam u(x,


2.15 'u.(:1:, y) e v(x, junt;oes reais com derivadas
v(:c, y) funções
parciais continuas
contínuas numa regiiio
região R. Então,Entiio, uma condição condi~iio necessaria
necessária e su-
+ iv(x analztilca em R e
/ I
ficiente para que a função
ficiente Junt;iio ƒ(z)
J(z) = = u(x
'u.(:c,, y) -|- i'v(:z:,, y) seja analitica e
que as equat;oes
equações de Cauchy-Riemann estejam at satisJeitas.
az' satisfeitas.

condi~iio foi demonstrada acima, de


Demonstrat;iio. A necessidade da condição
Demonstração.
forma que só condi~iio é
s6 nos resta provar que a condição suficiente. Para isto vamos
e suficiente. vanlOS
urn ponto z2: =
considerar um x+iy ERe
= 2:-i-ty E R e um nlimero {j6 > 0O tal que a vizinhanga
urn número vizinhança
56 Capítulo 2: Pun~oes
Capitulo Funções ana1iticas
analíticas

v, = {(x+k+i(y+t):
V¿ : + l<:+2l(y+t): +152 < 6
k2+t2
kg 2
õ2}} estejatodacontidaemR, comoilustra
esteja toda contida em R, como ilustra
a Fig. 2.9; em particular,
particular, os segmentos zz1 ZjZ2, onde Zj
ZZj e z1z2, = (x
21 = + k, y) e
(at +
= (x
2:2 =
Z2 lc, y + t), tambem
(sc + k, estão contidos em R. lsto
também estao Isto nos permite aplicar
o conhecido teorema da média,
media, segundo 0o qual,

“(37 +
u(x + k
ka, y)
y) -_ u(x, y)
u($i y) =
: kux(x +
+ Ojk,
91k: y)

+ k, y+t)-'u.(a:-|~k,
u(a_:+k,
u(x y + t) - u(x + k, y) = tuy(x + k, y+92t)
y):tu¿,,($+k, y + 02t)
onde OJ
91 e O
922 sao numeros convenientes do intervalo (0, 1). Somando essas
são números
duas igualdades membro a membro,
membro, obtemos:

.6.u
Au : u(x + k, y+t)
u(a:+k, y + t) --u(m,
- u(x, y)
= ka.z(:v ak,, y)
kux(x + elk y) + tuy(x
rfazífr + If,k, yy + 02t)
021%) (2-9)
(2.9)

z,
2,:= (x + k, _vy + t)r)
f'_\

Z=G"~vJ \
Z = (x'_3Â)__
',=(x+
1:-tn-II L1

Z] =(I+lf,)P)
k,y)
\

_ I í í'_."'

Fig. 2.9
Como as funções
func;6es U'a,_,x e uuyy sao
são contfnuas,
contínuas, podemos escrever:

?,t$(.íI3' + 91k, y) = '¿L$($, y) + (51

e
uy(x + k, 'yy + 02t)
fu.,,(:c + Hgt) == uy(x, + 662,2 ,
u¿,,(:1:, y) +
com kkg2 +
onde 661j e 6622 tendem a zero corn t 2 --->
+ t2 -› O. Substituindo (2.10) em (2.9),
obtemos:
obtemos:
Au =
.6.u + k, y+t)
u(:r+k,
= u(x y + t) --u(:r:,
u(x, y)
= kumx + tag
= ku tuy + kÕ1 + t6
k6 j + tõz.
2· (210)
(2 .10)
De modo inteirarnente
inteiramente amilogo,
análogo, deduzimos
dednzimos::

Av v(a: +
: v(x
.6.v = + t) -- v(x,
-|- k, y + v(:c, y) = kv x + tv
: ka, + k6
toyy + kõg3 + t64,
1554, (2.11)
(2.1l)
Capitulo 2: Funções
Capítulo Fun(oes anaiiticas
analíticas 57

onde 03 64 tendem a zero com kkf2 +


63 e 04 -|- ttf2 -+
-› 0.
O.
nota~ao tl.z
Introduzindo a notação Az = : h = + it e usando (2.10) e (2.11)
= k -|- (2.11),,
obtemos:

f(z + tl.z)
ƒ(z Az) -- ƒ(z;)
j(z) _ Au + itl.v
tl.u iA'z.› (kumx + itv
(ku y ) + ii(ku,_z
ituy) (kv x - itu,,)
- itu y)
tl.z
Az hh -_ h
h.
k t
+
+ H(Õ1 + i(3)
-,;,(01 'ZÍÕI-3) + EÍÕ2 + i(4
-,;, (02 + ¿Õ4l-
).

Usamos agora as equa~iies


equações de Cauchy-Riemann para substituir Vuyy e uuyy por
par
u,_.-x
U eeo Vum,
X1 respectivamente. Assim,
Assim ,

ƒ(z + AÃQ _ f(Z) _ (Um +iuzz:l+%(Õ1+1ÃÕ3)+%(52 + í¿Õ4)~ (2.12)


(2-12)

Finalmente, observamos que Ik/hl


Ik/hj ::;
É 1 e It/hi
|t/h| ::;
5 1, enquanto 01,
61, 02
62,, 03
63 e 04
64
tendem a zero com tl.z
Az == h -› O, de forma que, passando ao limite em (2.12)
-+ 0, (2.l2)
-› U,
com h -+ f'( z) existe e e
concluímos que a derivada ƒ'(z)
0, conciuimos + iv
é dada por Uug;x + x.
iu,,.
demonstra~ao.
Isto completa a demonstração.
lsto

Deixamos para os exercicios


exercícios a tarefa de demonstrar 00 corolario
corolário seguinte.
(Exerc. 1 adiante.)

2.16. Corolário.
Corohirio. Uma jun~iio região e
/'
função com derivada zero em toda uma regiiio e
constante; e e
é também
tambem constante uma função
funriio que só
s6 assume valores reais em
toda uma região;
regiiio; ou ainda,
ainda, uma função
funriio cujo m6dulo
módulo seja constante numa
região.
regiiio.

Cauchy-Riemann em coordenadas polares

equa~iies de Cauchy-Riemann, quando escritas ern


Veremos agora que as equações em
coordenadas polares,
polares , assumem a seguinte forma:

uma
au
ar
Õr
av , u:-i@_fl,
ao
1 av
ar
rr 39
au
e
r ao ' Õr
1
r 69
(za
(2.13)

que e
é uma forma muito util útil em várias aplica~iies .
varias aplicações. -
Urn justificar essa forma das equa~iies
Um modo de justificar equações de Cauchy-Riemann
baseia-se no fato seguinte: em cada ponto P = = (x, y) de coordenadas polares
58 Capitulo Fun~oes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas

(r, !J) urn sistema cartesiano P


9) introduzimos um XY , de eixos P
PXY, PXX e PY como
indica a Fig. 2.10. Neste novo sistema, equa~oes de Cauchy-Riemann
sistema, as equações
assim se escrevem:
au av e, Õ_“
5.1 _ Ê au _ -Ê
av
ox _ ay
ax or' ay _ -ax'
ax'
vii, ax
Como se vê, ÔX = ar
Õr e ay = ra!J.
ÔY = rÔ9. Substituindo acima, vem:
vern:
au 1 av eE l@__Ê'£i
Õ_'“-lÊ 1 au
ar
Ôr r a!J
39 r a!J
Õ9 Õr

y
Y
A x
X

ras
P = (X. if)
as
,.

I P*

Fig. 2.10

Para a demonstra~ao
demonstração analitica equa~6es (2.13),
analítica das equações (213), utilizamos as
fórmulas de transforma~ao
formulas transformação,,

x = rcos!J
:r=rcos9 e y = rsen!J,
y-=rsen9, (2.14)

que definem implicitamente r e !J9 como funções


fun~6es de :ir
x e y. Derivando-as com
rela~ao a ac,
relação x , aobtemos:
btemos: -
ar
õr
11 =_ äcos9
- cosO -
a!J
89
- rsen!J-
rsen9~äš
ax ax
ar
Ôr ao
99
O_
0= ax sen 0 + rrcos9ä;.
ãsen9+ cos I} ax'
Daqui segue-se que

ar
Õr ao
89 sen I}9
_=
ax 9 _:-í.
ax
8:1: = cosO
COS ee Õr rr
Capitulo
Capítulo 2: Funções analiticas
Fun,oes analíticas 59

análogo, derivando (2
De modo anaJogo, (214) rela~ao a y, e resolvendo em rela~ao
.14) em relação relação
8r/83;
a Or / oy e 00/
89/ oy,
8y, encontramos:
8r
or
É-3;=sen9
89
00 cos
cos9 e
oy = sen 0 ee íyzi,
oy r
de sorte que
o ora
í:8_rí+8_9í:C0S98aoa a sene
sen98a
Ox
8:1: = ax ar
8:1: 8r + ax ao
8:1: 89 = cose or
8r - -r-ao
r 89''
í_8r8+898_
a aro aoo 68+cos98
a coso a
oy = ay ar + ay 00 = sen 0 ar + -r- ao .
ay ayaf õyae " Se” ar ‹z~ sa'
Substituindo em (2.8), obtemos:
cosaõu
cos sen98u
0 ou _ sen 0 ou =_ sen eGQ + cos9
ov _|_ cos 0 Éov
af-
~ r1- 00
as *Sen az- ~ r~z~ 00
ae
e
sen + cos e ou =I -cos9@
Oau +
sen9@ _ cosOav + +Ésen 0 av
8r
ar r ao89 8r
ar 89
r ae
Multiplicando a primeira destas equa~6es e
equações por cos 9 e a segunda por
par sen 9 e e
somanda-as, equa~ao em (2.
somando-as, obtemos a primeira equação (213).
13). Analogamente, mul-
tiplicando a primeira equa~ao
equação acima por sen90 e a segunda por
par sen - cos 0,
par -cos 9, e
equa~ao em (2.
somando-as, obtemos a segunda equação (2.13).
13).

Interpreta~ao
Interpretação geométrica
geornetrica

As equa~6es
equações de Cauchy-Riemann têm tern um geométrico interes-
urn significado geometrico
sante, expresso no teorema seguinte.
tearema seguinte.

Teorema. Se f=u+iv e
2.17. Teorerna. e' analitica
analítica numa regiao
região R, então as curvas
R , entao CUTVas
das familias
fam.?ias
u(:r:, y) = const
U(x, const.. e v(x,v(.r, y) = const.
cruzam em angulo
se crvzam ângulo reto em todo ponto Zo xo + iyo
zg = .rg iyg onde !,(zo) % o.
f'(z9) # 0.

Demonstração.
Demonstm,ao. De fato, como o0 vetor grad gradu = (u
u = (um,x , uuy) é normal it
y) e ã
u(:c, y) =
curva u(x, I u(xo,
u(:cg, YO)
yg) no ponto (xo,
(zrg, yg),
yo), 00 vetor (uy,
vetar (u y , -um)
-ux ) eé tangente,
pois esses dois vetores sao
são ortogonais (Fig. 2.11):
2.11):

(um,
(u x , uuy)
y ) .- (u
(uy,
y , --um)
u x ) == uxu
uxuyy - = o.
uyuzx =
- Uyu U.
60 Capitulo Fun90es analfticas
Capítulo 2: Funções a.na11'ticas

graduu
grad (“y*_ HI)

Mtv. y) =
u(x, JI) =
= u(x0, Yo)
=u(xo' yo) =const.
= Const.
(Ã-Q*-vn)

Fig.
Fig. 2.11
2.11
De modo awilogo,
análogo, (Vy, vx ) e
(vy, --vz) v(:1::, y) = const., como
ã curva v(x,
é tangente it
ilustra a Fig. 2.12. Fazendo o0 produto escalar desses dois vetores e usando
as equa~oes
equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Riemann,, obtemos:

que estabelece 0o resultado desejado.

U = CÚTISI.
(uv: _ Hx)

Li = COIISI.

(vyw " Ux)

Fig. 2.12
Fig. 2.12
Observe que 0o resultado anterior se refere a famílias
familias de curvas do plano
z2; que sao fun~ao w
são levadas pela função ui = fƒ(2:)
(z) nas familias de retas do plano w ui
paralelas ao eixo dos v e ao eixo dos u respectivamente (faça (fa~a uma figura).
análogo e
Um resultado analogo é verdadeiro para familias de curvas do plano w vu que
sao
são imagens das familias z, isto e,
famílias de retas coordenadas do plano .jõ, é, as famílias
familias
de retas paralelas ao eixo dos :r x e ao eixo dos y respectivamente.
respectivamente . (Veja 00
Exerc. 13 adiante.)
Capitulo 2: Funções analíticas
Fun yoes analiticas 61

A função
fum,ao exponencial

fun~ao w
A função I eezZ eé analitica
'w = analítica em to
todo
do 0o plano. Para vermos isso, lembramos
x + iy, a exponencial se escreve
que, sendo z = :rt

e eXeiy = eX
ezZ = efeiy ex cosy + ieXseny,
iefsen y,

verificar a validade das equa~6es


o que permite verificar equações de Cauchy-Riemann para
to do z2:.. Verifica-se
todo Verifica-se tambem
também que as derivadas parciais das partes real e ima-
ginária. de eefZ sao
ginaria são continuas
contínuas em todoto do 0o plano. Portanto, eeiZ eé analitica,
analítica, isto
e, tern
é, tem derivada para todo z. Essa derivada eé simplesmente 8ef ae z lax,
/8:12, que
propria fun~ao
resulta ser a própria função e',
ez, como segue facilmente da expressao
expressão acima.
Assim,
d .
_e z == ee*Z para todo z.
EZ-ez z.
dz
transformação do plano z = 3:
Vamos estudar a transforma~ao x+iy
+ iy no plano w I = u+iv
u +iv
pela fun~ao
função exponencial w ui == eez.
Z
• Para isso, eé conveniente escrever w em
forma polar:

w=efefy =pe`”**°, isto é, p=ef, go=y.


x, w permanece num raio pela origem.
Mantendo y constante e variando :12,
Quando ac +oo, p varia de 11 a +oo
x varia de zero a +00, +00 ao longo desse raio;
raio; e
x varia de zero a -00,
quando :r -oo, p varia de 1
1 a zero (Fig. 2.13).
v
qo = 21?/3 lv
y

y 2"

A mais
p = 1

/I
Í ,r- zw/3 u

s 1 .- o -.z
x §=.%9
Fig. 2.13
permane~a constante e y
Suponhamos agora que x permaneça y varie no intervalo
62 Capitulo Fun,oes analíticas
Capítulo 2: Funções analiticas

[0, 27r).
2rr). Entao,
Então, p permanecera
permanecerá fixo fixo e 0o ponto w 'w descrevera
descreverá um circulo de
raio p, centrado na origem.
origem. Para x
:c = = 0 esse drculo
círculo tem raio unitário;
unitario; para
x > 0,
:r 0, ele eé exterior ao clrculo unitario, e para :c
círculo unitário, x < 0, ele eé interior.
observa~6es comprovam, no caso da fun~ao
Essas observações função exponencial, o0 que dis-
semos ao finalfinal da subse~ao
Subseção anterior (veja o0 Exerc. 13 adiante): as imagens irnagens
familias
das farnilias de retas coordenadas :rf = const.
x = const . e y =
= const. são
sao ortogonais.
tambem que toda a faixa do plano complexo 2:,
Vemos também Ê y < 27r,
z, dada por 0 :0; 211-,
ée levada, de maneira biunívoca
biunfvoca (Exerc. 14 adiante) sobre 0o plano complexo
excluída a origem deste plano. Como eezZ ée periódica
w, excIuida peri6dica de periodo
período 27ri,
2rri,
qualquer outra faixa 2k7r <::: y < 2(k + 1)7r
21:11' É 1)1r eé transformada exatamente como
a faixa 0 :0;É y < 21r,
27r, no plano w ui com a origem excluida. excluída.

Exnnoíoros
EXERCicIOS

1. Prove o0 Corolário
Corohirio 2.16.
2. Mostre que as equac;oes
equações de Cauchy-Riemann são
sao equivalentes a carla
cada uma das formas
fafmas
seguintes:
af ._. _,-211
Êi
- = -1.-
.af e., QI. 2,211
8:1:
Bx 83;
By 83; 8a:`
Use as equações Cauchy-Rieinann para verificar,
equac;oes de Cauchy-Riemann cada uma das funções
verificar, no caso de eada func;oes
dadas nos Exercs. 3 a 10, qual e
é analitica
analítica e em que dominio. Ern caso positivo, calcule aa.
domínio- Em
ƒ' (z). (Observe que esta derivada, quando existe, e
derivada l' é dada por 8J /ax.)
8f/81:-)
3 -- _
3. w = z3.
vw:-z. = eZ
w=e:'f
4. W 5. w=z
:w=z

6. w
w=1/z
= liz (e V +e- il )senx+(eY -e- lI ) cosx.
w=(e*"+e`”)sen:r+(e!'~e`")cos:r.
7. W=

8. w = eY(cosx + isenx).
w=ey(cos:I:+iSen:¿f). e- lI (cosx + isenx).
9. w ==e"”(cos.1:+isen..1:).

:w =.fi
10. w = \/E = \/F[(cos(9/2) / 2)J. 0 < 89 < h.
+ isen(9/2)),
vr[(cos(8/ 2) +isen(8 2rr.
11. Dada a função sf == Uu + iv, faça
fuo.;ao w == Z2 fac;a 0o grafico
gráfico das curvas das 'famflias
famflias u(x,
u(a, y) == Cl
c1 e
vex
v(:r,, y) = cz ,, para diferentes valores das constantes cl
= C2 Cl e C2,
cz, e observe que essas curvas
se cruzam em cingulo
ângulo reto.
Faça 0o mesmo para w =
12. Fac;a = l1/z.
i z.
fun~ao w
13. Dada uma função ur == fez ), analítica
ƒ(z), analitica numa região R , considere as seguintes famflias
regiao R, famílias
Fl
F1 e F2 de curvas do plano W w,J parametrizadas por
par 3:
x e por yy,, respectivamente:
F1: u = u(x
PI: U u(:f:,, yu), = v(x
yo) , v = yo)
v(:r,. yu) e p,: Uu = u(xo
F2: y) . v = v(xo.
u(:1:g,. y), v(:r:g, y).
em cada ponto f(zo),
Prove que ern ƒ(zg), onde t(zo)
ƒ'(z¡¡) :f:.
56 0, essas curvas se cruzam ortogonal-
ortogonai-
mente. Faça um grafico.
Fa~a urn gráfico.
C'a.p1'tu1o 2: Funções
Capitulo analíticas
Fun9i5es analiticas 63

funr.;ao eO:
14. Mostre que a função ez eé injetiva em qualquer faixa horizontal do plano, dada por
a$y<o:+27r.
oz 5 y < oz + 211".
15. Vimos que a exponencial e é uma função
func;ao w == ƒ(z)
fez) == u+it"
u +i1;, analitica
analítica em todo 0o plano
e ta.l
tal que!, (z) == ƒ(z)
que ƒ'(z) I(z) e 1(0)
ƒ(O) == 1. Prove que existe uma e uma so fun~iio satisfazendo
só função
condições, de forma que a função
estas condic;6es, func;ao exponencial pode ser por elas definida.
definida. (Su-
gestão: Uuzx =
gestiio: u e Vx
= 1£ *uz =
= v'U sao
são equac;6es
equações dife
diferenciais ordinárias de lã
renciais ordinarias I!!: ordem em x,2:, cujas
solu<;Oes são
soluções sao u = ge X e 'Uv =
= ge* he%: I code
= he”, onde 9g e hh, sao
são constantes
eonstantw em relação
relac;ao a zr,
XI portanto,
pod em depender de y. Use as equac;oes
podem equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Ríemann e obtenha gil 9" ++ 9g == 0O e
h" ++ h = 0.O. Daqui e de 1(0) ƒ(0) = 1, segue-se que g(y) = cosy e h(y) h.(y) = seny.)
sen y.)

-Iv :

As FUNÇOES
AS TRIGONOMETRICAS
FUNQOES TRIGONOMETRICAS
EE HIPERBÓLICAS
HIPERBOLICAS

fun~6es trigonometricas
Vamos introduzir agora as fuuções hiperbolicas. Come~a­
trigonométricas e hiperbólicas. Começa-
relações
mos observando que das rela~6es
iy iy
eem == cosy + iseny e e-
cosy+'iseny e`¿Í” = cosy
= cosy-- iseny

decorrem as seguintes fórmulas


f6rmulas de Euler:

ei'-V - e"'¡¡*f ei” + e"i¡**'


seny =
= e cosy =
=

Elas sao fun~6es trigouométricas


são usadas para estender as funções trigonometricas a todo o0 plano
complexo. Assim, definimos:
n. ó - ¡

eu _ E-zz eu + E-zz
sen z=
seuz=-_-_-- cosz
cosz=í.
=
2:
2i ' 22
senz cosz
CDSZ 11 11
tgz
tgzz-,
= - -, cotz= - - ,
cotz=--, secz = - - ,
secz=í, cscz = - -.
csczr---_
cosz
cos z senzz
sen cosz
cos z senz
sen z
As conhecidas fórmulas deriva~ao,
formulas de derivação,

z)' = cosz,
(sen 2)' cos z, (cos 2)' = -seuz
(cosz)' -sen z etc.,

defi ni~6es acima e de (e


seguem das definições z )' =
(eZ)' _ eZ •
As identidades trigonometricas familiares permanecem todas validas
vaJidas no
campo complexo. Assim,

sen (- z) = -seu
(-2) -sen z, cos( -z) = cos z,
cos(-z)
64 Capítulo 2: Fun~oes
Capitulo Funções analiticas
analíticas

sen 2 z + cosg
senzz cos2 z = 1,
= 1,
sen(z1 +
sen(zl -l- zz)
2:2) : zz + COSZl
zl cos Zz
= sen Zl cos 2:1 sen Zz,
zz,
cos(z1
COS(ZI + Z2)
2:2) = COSZl
= cos 2:1 cos zz -- seu
COSZ2 2:1 sen
sen Zl 22,
senZ2,

senz=cos(~-z) cosz=sen
COSZ=-'”-SGI1 (~-z).
'TI' 'II'
SBIIZT-COS
§'_.Z e6 E-Z .

As duas primeiras dessas identidades são sao conseqüências


conseqiiencias imediatas das
defini~oes
definições de seno e co-seno, e as demais seguem dessas defini~oes
definições e das
fun~ao exponencial (Exercs. 4 a 7 adiante).
propriedades da função
fun~oes hiperbólicas,
As funções hiperb6licas, seno e co-seno, sao
são definidas, como no caso de
-Ilu-

variaveis
variáveis reais, pelas seguintes expressoes:
eeaZ _ e- z
_e-z e2+6-z
senhz =
= 15-~,
2 ' coshzz T-.

COll10 se vê,
Como Ve , seus valores são
sao reais para valores reais de zz.. Elos
Elas surgcm
surgem natu¬
natu-
ralmente quando se procura separar as partes real e imaginária fun~6es
imaginaria das funções
sen z e cosz (Exercs. 9 e 10 adiante). It fácil
senz faeil Ver
ver que (senhz)' =
= coshz e
= senhz.
(cosh z)' = senh z.

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

1. Mostre que os zeros de sen senzz e cos


coszz sao
são clados,
dados, respectivamente, pelas expressões
express6es
z == n7r
Z (tn +
mr e 2:z == (n + 1/ 2)1l", n inteiro. Determine os dominios
1/2)1r, domínios maxirnos
máximos de defini't3.o
definição das
nz

fuoc;oes tg
funçoes tgz,z, cotz,
cot 2:, secz e cscz.
csc z.
2. seu z e cos z sao
Mostre que sen são funções periódicas de período
func;oes peri6dicas Zfr,, como no caso reaL
perfodo 211 real.
3. seuh zz sao
Prove que cosh z e senh são fuw;oes
funções peri6dkas
periódicas de período 21rz'.
perfodo 21Ti.

Estabeleça as identidades dadas nos Exercs. 4 a 16.


Estabelec;a 16.

4. sen 2 zz +
sen: cosg2 Zz == 1.
+ cos
5. sen(z1 + sz)
sen(zl + = sen 2,
Z2) = 22 + cos
21 cos zz z1 sen 22.
COS ZI zz. Sugestão: pelo 22
Sugestiio: comece peiD membro.
22. membra.

6. cos(z1 + Z2) == cos Z\


cos( Zl +22) 21 cos Z:z
az - seu Zl
- sen 2:1 sen Z2.
zz.

7. senz=cos(Í--2:)
senz=cos(i--z) e cosz=sen(Í-2).
cosz = sen(i--z).
2 2
Capitulo Fun,8es analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 65

8. sen iz iz = cosh
i senh z e cos iz:
fiz ==2lsenl1z coshz.
z.

9-
9. (x +
sen(:r
sen -|- iy) =
= sen x cosh y + iicosmsenhy.
senrcoshy cos x senh y.

10. cos(-3:
cos (x ++ iy) = cosrcoshy -- i senxsenhy.
=cosxcoshy senrrsenhy.

11. coshg2 Z2: -- senh


cosh senhg2 zz == 1.

12. |senl1(:c + iY)I'


Isenh(x ~ seDb'
iy)|2 = + sen'
senh2 :xrx + seng yy e I[cosh(:r ~ senh'
cosb(x + iy)I' = senhg rx + cos'
cosg y.
y.

13. cosb(x +
I|cosh(:t + iy)I' |senh[:c +
ig) [2 -- Isenh(x ~ cos2y.
+ iy)I' = cos 23;.

14. senh(zl + ez)


senl1(z1 + = senh 21
Z2) = Z2 + cosh Zt
ZI cosh az 21 senh 2:2.
Z2.

15. cosh(z1
COSh(Zl + Z2)
ez) = 2:1 cosh Z2
= cosh Zt zz + senh ZI
21 seuh
senh Z2.
ez.

senl1(z -|- in) = -senha; cosh(z+irr)=-coshzj


16. senh(z+i7l")=-senhzj cosh(z + in) = - cosh Z; tgh(z+i1T)=tghz.
tgl1(z + tir) = tgh 2:.

17. |senh:c|
Prove que Isenh xl É cosh(x + iy)l :S
:S I|cosh(.r É coshx.
coshzr.

o
O LOGARITMO

oO logaritmo
logo/ritmo de um número complexo z =
urn numero = re iB '"
Teia 56 0,
O, eé definido
definido assim:
logz + i2149,
log z = logr + I) ,

onde log r denota 0o logaritmo real do número


nlimero rfr > O. 0 O logaritmo esta
está
definido para todo numero
definido número complexo z '"76 0,
U, e se reduz ao logaritmo real
- o.
quando I)(9 = 0. Usa-se tambem nota~ao In
também a notação lu z.
z.
Na realidade, a fórmula
formula acima permite atribuir ao logaritmo varios valo-
res distintos, dependendo do argumento usado para 00 número z. Por causa
numero 2:.
disso costuma-se dizer que 0o logaritmo eé uma função multivolente.
funr;iio multivalente.

2 .18. Observa~ao.
2.18. fun~ao tem
Observação. E claro que 0o valor de uma função tern de ser de-
univocamente, de forma que a expressao
terminado univocamente, expressão «func:;ao
“função multivalente)1,
multivalente”,
rigor,1 e
a rigor impropria, mas e
é imprópria, é usada por ser conveniente: sabemos do que esta-
contraposi~ao, para enfatizar, ou evitar qualquer dllvida,
mos falando. Em contraposição, dúvida,
as
às vezes usa-se tambeID expressão "fun<;ao
também a expressao “função univalente”.
univalente". Em breve en-
“fmições multivalentes”
contraremos outros exemplos de "func;:oes multivalentes" e veremos como
torna-las univalentes.
univalentes .
66 Capitulo
Capítulo 2: Funções
Funqoes anaJiticas
analíticas

Voltando ao logaritmo
logaritmo,, para fazë-lo
faze-Io mlivalente,
univalente, lembramos que 0o argu-
mento de um numero complexo z çš
urn número cf 0O s6
só eé determinado a menos de mUltiplos
múltiplos
inteiros de 271".
2'rr. Seja, pois, 80
dg 0o valor particular do argumento que esteja no
[0, 271"),
intervalo [0, 2fr), isto e, :::; 80
é, O0 zí 271". Então,
90 < 2fr. Entao, 0o argumento generico
genérico ée dado
por

8=8 0 +2k7l" ,
6'=9g+2kvr, k=O,
k=D, ±1,
:l:1, i2,...
±2, ...

Assim,
Assim, temos de restringir ao argumento de z a um
urn intervalo do tipo

2m-g9<2(1‹;+1)z‹-r,
2k7r :::; 8 < 2(k + 1)71" , k1‹z=0,úz1,a2,...
= 0, ±l, ±2, ...

para que ao logaritmo fique bern definido


fique bem "fun~ao univalente”.
definido como “função univalente" . Cada
valor de klc conduz ao que chamamos uma determina,iio
determinação ou
au ramo do logarit-
mo. Denotando com logk logk 2z tal ramo,
ramo , teremos:

log), 2:z = logr + ii9,


logk 8, 2k7r:::; 9 < 2(k +
2l<:'n' í 8 +1)1fr.
1)71" .

Costuma-se
Costruína-se dizer também
tambem que 0o logaritmo ficafica "especificado"
“especificado” com um urn de-
terminado k. 0
terrninado valor de ls. O ponto z = = 0 eé chamado ponto de ramificação
ramifica,iio de
log 2:,
z, justamente porque,
porque, quando umurn ponto z descreve um círculo centrado
urn circulo
na origem e volta ao ponto inicial, fun~ao log z retorna aumentada de 271"i,
inicial, a função 2:fri,
isto e,
é, passa de urn
um de seus ramos ao ramo seguinte.
Com 0o valor k = 0O obtemos ao que chamamos valor 'valor principal, ramo prin-
cipal, ou determina,iio
cipal, determinação principal do logaritmo. Mas convem convém observar que
nada há. hii de especial na escolha do intervalo 0O Ê 6 < 27f
:::; 8 21-r para especificar
especificar ao
valor principal. Podemos tomar 0 O<8 H :::;
É 27f
2ir,, -fr É8
- 7f :::; H < 71"fr,, ou qualquer outro
intervalo de comprimento 271", 211”, como acr < 8 9 Ê :::; aoz + 27f2'Ir (au
(ou Ci cr :::;
É 8 9 < Ci of + 2'rr)
27f)
(Fig. 2.14).
2.14) . Em qualquer desses casos, a restrição restri~ao do argumento a um urn inter-
valo
vain de comprimento 27f 211' introduz descontinuidades na fun<;ao função log z ao longo
do raio pela origem e de argumento Ci cr.. Esse raio eé freqiientemente
freqüentemente designado
um corte do plano complexo.
urn complexo . Ao considerarmos as restrições restri~6es Ci (1 < 8 9 :::;
í Ci+oé+2rr,
27f,
os É
Ci + 27f
9 < aoc +
:::; 8 cr < 8
2'rr,, ou Ci 9 < Ci + 27f
oz + 21r,, dizemos que 0o plano foi cortado ao
ia
longo do raio z = I rerem. .
Capitulo 2: Fum,i5es
Capítulo Funções analiticas
analíticas 67

21v

Fig. 2.14
Fig. 2.14
equações de Cauchy-Riemann na forma polar, e
Usando as equa~6es é fácil verificar
facil verificar
que qualquer ramo do logaritmo ée urnauma fun~ao
função analitica
analítica em seu dominio
domínio (do
qual se exclui 0o raio que produz 0o corte, para que o0 dominio
domínio seja urn
um conjunto
aberto). Vamos calcular sua derivada:
aberto).

ddlogz
log z 8Õ . ôr 8
(8T Õ 66
8e 83 ) .
---;J;- = 8x (log r + ,e) = 8x 8r + 8x 8e (log r + ,e).

Substituindo os valores 8r / 8x =
õr/Õa: 8e/ 8x =
cos 9 e 649/Õsc
= cose = --sen
sene/
19 /rr (ja
(já obtidos na p.
p.
58), efetuando os calculos
cálculos e simplificando, obtemos:
obtemos:

dlogzz _ 11
dlog
dz z

oO logaritmo como transforma~iio


transformação e sua inversa

E facil
É fácil ver que qualquer ramo do logaritmo é uma fun~aoe
função univalente e inje-
definida em todo 0o plano z, exceto z =
tiva, definida = 0,
O, e tendo como imagem toda
uma faixa horizontal do plano ww;; e a totalidade dos ramos,

z = re iO ,
z=re“9, = u + iv = log z = log r + i(} ,
w:u+i'u:-logz=logr+i6,
w

cobre todo 0o plano w. Os raios 9 =const e


=const.. do plano z vão
vao nas retas. hori-
zontais v'U =const. do plano w; e os circulos
zontaís círculos r =const. sao
são levados nas retas
verticais u ==const. 2.15).. (Compare esta figura
const. (Fig. 2.15) figura com a Fig. 2.13, p.
61.) 0O circulo
círculo rr =
= 1 tern por imagem 0o eixo imaginario
1 tem imaginário u = = 0; os circulos
círculos
com r < 11 vao círculos com r > 1
vão nas verticais ità. esquerda desse eixo, e os circulos
vão nas verticais it
vao ã direita do mesmo eixo. Note que a ortogonalidade das
68 Capitulo Funqoes analiticas
Capítulo 2: Funções analíticas

curvas u (x , y) =const. e v(
u(.:c, y) =const. era de se esperar
x , y)
'u(:r, esperar,, de acordo com
a interpreta~ao
interpretação geometrica equa~oes de Cauchy-Riemann (p. 59).
geométrica das equações 59).

Yy
e=2v&
v

'U_2'rr

.T

\~:;-sr,d
"uz-¬ 211'/3

/às o u

Fig. 2.15

Observe que ao ramo principal leva 0o plano complexo 2:z Ie 7É 0 na faixa


oO :SÉ v
< 27r
21'r do plano w
w;; e, em geral,
geral, 0o ramo lc-ésimo Ie 0O na
k-esimo leva 0o plano z 75
faixa 2krr É v < 2(k +
2k7r :S + 1)7r
1)'rr do plano w.
ru. Assim, qualquer ramo do logaritmo
eé uma fungao
função uuivalente
univalente e injetiva, definida plano , exceto z2: =
definida em todo ao plano, = 0,
e tendo como imagem uma faixa horizontal do plano w w..

Mostramos, fun~ao exponencial e qualquer ramo do


finahnente, que a função
Mostremos, finahnente,
logaritmo sao
são funções
fungoes inversas uma da outra, desde que 0o dominio
domínio da ex-
27v que e
ponencial seja a faixa horizontal de largura 27r é imagem do logaritmo.
(Veja 0o que dissernos p. 62 e a Fig. 2.13.
dissemos na p. 2.13.)) Para isso
isso,, consideremos ao
ramo
= logkz
w = = logr +
logk Z = i(1I + 2k7r ),
+i(t9+2k1r), O:S
O É II9 < 27r.
2rr.
iB
Pondo z =
= re
re““i , teremos:
teremos :
7

Blog* z : em : elog-r-+i(l9+2kfr) : Teu? : Z'

eG

log), el” = + i(1I


logk exp[log r +
logk i(|9 + 2k7r) ]
+ 2/<:1r)]
= logk(re i6
log¿,(re'“9)) = = logr + i(1I
logk fz:z =
= logk i(9 + 2k7r)
2krr) :
= w.
Capitulo Fuu90es auaiiticas
Capítulo 2: Funções analíticas 69

Isso prova
prava o0 resultado desejado.

Propriedades do logaritmo

A formula
fórmula
log(z1zz) = log zl + log zz (2.15)

permanece valida,
valida, desde que corretamente interpretada. Com efeito
efeito,, sendo
ZJ i fh e
= rl
Z1 = T1 e
6191 8 Z2 = temos:
T'28“92, 13611105:
= r2eiB2,

log Zj + log Z2
21 + 2:2 : [log rl + ii(191
[Iogr\ (lI\ + 2k\7f)
2l:1'fr) + log rg +
logr2 i(1I2 + 2k27f)]
-1-i(‹92 2k21r)]
= log(r1r2) + i[(I1\
log(rJr2) + i[(6l1 + 1102) + 2(k\
2) + 2(k1 + k2)7f],
kg)rr], (2.16)

onde k
oude k1j e k2
kz sao
são inteiros arbitrãrios. Esta última
inteiras arbitrarios. expressão e
ultima expressao é a forma geral
de log(zj z2), se kklj e k2
log(z1.z2), kg forem independentes um do outro. Neste caso, a Eq.
2.15 eé valida
válida com 0o seguinte significado:
significado: a o canjunto
conjunto dos valores possiveis
passiveis de
log(z1z2)) coincide com ao conjunto dos valores
log(zjz2 'valores possíveis z] + log Z2.
possiveis de log Zl zz.
Se k\kl e kz niio forem independentes, como e
k2 não é 0o caso em que Z\zl : zg =
= Z2 :
iB
z=
Z rem e a (2.15) se reduz a
= re

zf = 2log
log z2 2logz,
z, (2.17)

então 0o segundo membra


entao membro de (2.17) se reduz a

105 T2 + i[(211)
logr2 é[(26) + 2(2k)7fJ
2(21‹z)zfr]
onde lck e
é arbitrario.
arbitrãrio. Neste caBO,
caso, qualquer valor do segundo
segimdo membro
membra de (2.17)
eé urn
um valor do primeiro membro,
membro, mas naG reciprocamente, como e
não reciprocamente, é facil
fácil ver.
Observações analogas
Observa<;6es anãlogas se aplicam nos casos

log(.z1....z,,) log Z\ +
IOg(Zl ... zn) ==logz1 + ... + log Zn
_ . . -|- 23, e loga"
log zn == nnlogz,
log z,

demonstrações ficam
cujas demonstra<;6es ficam a cargo do leileitor
tor nos exercfcios.
exercícios. Esta última
ultima
relação,
rela<;ao, por exemplo logzZ e
exemplo,, significa que todo valor de n log é um possível
urn valor possivel
de log zn nao reciprocamente.
2”,, mas não recipracamente.
70 Fungoes analíticas
Capitulo 2: Funções
Capítulo analiticas

Defini~ao de za
1

Definiçao

numeros complexos z e aoz,, sendo z #


Dados os números 0, definimos za pela equa~ao
çé 0, equação

2° = e°“'g*°'. (2.18)
(2 .18)

Isto significa z", de sorte que


significa que aa log eé um dos logaritmos de za,

za :
log z“ = a + 2k1ri
oz log z + 2k1ri,, (2.19)
(2.19)

que,
que, para z > 0,0, aoz real e k =
-= 0, 0, eé uma fórmula
formula familiar do logaritmo real.
defini~ao (2.18)
A definição (2.18) eé entao
então uma extensao
extensão natural da noção no~ao de potência
potencia real
de números
nlimeros positivos.
positivos.
Como 0o logaritmo eé uma função fun~ao multivalente,
multi valente, 2:”z" e,
é, em geral, multiva-
multi va-
lente, com 0o mesmo ponto de ramificação
ramificagao z = = 0O que log z. Para evidenciar
= re
este fato, seja z = iB = re i (Bo+2b ) , com 0
raia re`“9°+2““), :s eo
O í 09 << 21fr,
27r, lck = 0, ± 1, i2,
0, :l:1, ±2, . ..
Substituindo log z = + ie
= (log r + iôg)
o) +
+ 2k7ri
2k1ri em (2.18),
(2. 18), teremos:
za = eoz(logr+it9g)621r(kcr)i :___ P(Za)e2n(ko~)i,
(2.20)

p (za) denota 0o assim chamado valor principal da fungao


onde P(z“) função za, obtido
com 0o valor principal de logz log z em (2. 18). A Eq. 2.20 nos mostra que os
(2.18).
possíveis val ores za
possiveis valores 2:” sao p (za))
são obtidos multiplicando-se 0o valor principal P(z“'
2rr (ka)i.
pelo fator ee2“(“““)i.
Procuremos
Procuramos determinar diferentes valores de lc, k , digamos, lck e k' ,, que
resultem no mesmo valor desse fator; fator:
e2«(¡za)é = e2z(1z'zz)é_
2rr (k-k') a i = 1, ou
Isto eé equivalente a ee2”ii“'i“)““ = 1, seja, (k - k')a deve ser inteiro;
(ls: - inteiro; ou
ainda, aoz deve ser racional. Vemos
Vernos entao então qque,
ue, sendo aou um número (real ou
urn numero
complexo) não-racional, fungao za admite infinitos
nao-racional, a função infinitos ramos.
Suponhamos agora que aof seja racional, racional, digamos of a == p/q,
p / q, com p e q
primos entre si e q > O. 2rr (kp/ q)i assume apenas q
Entao 0o fator ee2“("°p/“li
0. Então valores
distintos,, dados por klc =
distintos = 0,0, 1,. . . ,,qq -
1, ... 1; e, em conseqiiencia,
- 1; conseqüência, a função
fungao
za/Q : p(¿a/v)e2r(kP/eli

também urn mesmo z #


tambem assume apenas q valores distintos para mn 76 O.
0.
Capitulo Fun~oes anaJiticas
Capítulo 2: Funções analÍt1`cas 71

Quando fixamos urn ramo do logaritmo em (2.18)


fixarnos um z'" torna-se uma
(2.18),, za
fun~ao
função analítica. Ca1culamos
univalente e analitica. Calculamos sua derivada pela regra da cadeia,
cadeia,
assim:
alog
of log z
(za)!
(z"')' __: (ealogz)I
(e", log z)' =
: e",
ea1ogz(a10g z)I =
IOgZ(alogz)' : L
_a_e_ _
z
alogz
ereCt log z
__ _ =-:-
(13 ae(a _ 1)logz
_ ae(",- l)logz
1 , Í = azoz _ 1
_: az",-l
=
eogzz
e10g

Em particular,
(v'Z)'I =_ ~l Z-__1/2
1 /2 __
= 1
_1_.
2 2ft

Observação. Quando aa == lin


2.19. Observac;ao. 1/11,,, com n inteiro positivo, a fórmula
formula
(2.18) nos da
dá as raizes n-esimas
n-ésimas do numero
número z = = re iO
reza,, como era de se esperar.
Com efeito, fazendo aof = l i n em (2
= 1/n .18), obtemos:
(2.18),
Z1/'ri ____ e(1/n)[logr+i(6+2qrr)] : ,rl/nei(l9+2q1r)/ni (221)
(2.21)

onde q varia no conjunto dos inteiros.


inteiros. Mas isto nao
não eé necessário;
necessario ; basta q
variar de zero a n -
- 1 para obtermos todas as determinac;oes possiveis de
determinações possíveis
zl/"*,
zl /n, como em (1.4),
(1.4) , p. 16, as quais são precisamente
sao precisarnente as raízes n-ésimas
raizes n-esimas de
z.
z.

2.20. Observac;ao.
Observação. Nesse mesmo caso aoz = = l1/n,
i n , com n inteiro positivo,
positivo,
a formula 2krri, e deve ser escrita assim:
fórmula (2.19) dispensa 0o termo 2k'rri,

1
log zl /n == -- log z.
logzl/T*
n
Com efeito, de (2.21) obtemos:

logzl/'“°
log
1
zl/n == -logr +
~n log r -l-ii [-
[~+
6
n
(~+
+ {g
n
k) 21f] ,
+ lc) 2'z-fl,

onde q varia de zero a n -- 1 e k varia no conjunto dos inteiros. Mas entao


então
o numero nl: +
número nk -I- q =
= k'lc' tambem
também estara
estará variando no conjunto dos inteiros.
Assim,
Assim)
11 11
log z21/"
l/n = [logr + iz'(I9
= -Ellogr (O + 21rk')]
21fk' )] =
= -logz.
E log z.
n n
72 Capítulo 2: Funções
Capitulo Flmqi5es ana1iticas
ana.l1'tica.s

As fungoes
funçoes trigonometricas
trigonornétricas inversas

As fun~6es
funções inversas das fun~6es trigonometricas exprimem-se facilmente em
funções trigonométrícas
fun~ao
termos do logaritmo. Consideremos, por exemplo, a função

z,
w == arc cos z,

definida por 2:z == cos w, ou seja


definida

eiin _|_ 8-tw


z=
2.' = í-_.
2

eiw , reduzimos esta equa~ao


Multiplicando por em”, equação it
à forma

(e¿w)2 - 2z(e¿"") + 1 = 0,

donde
em =z+ \/z2 - 1,

e, finalmente,
= arccosz
w = arc cosz == -ilog(z + i~).
-i log(z + i\/1 - z2).

fun~ao multivalente, cujos ramos particulares sao


Temos aqui uma função são obti-
dos considerando ramos particulares de ~ \/z2 - 1 e do logaritmo que ai aí
aparece.
fun~ao arc cos z pode ser ca1culada
A derivada da função calculada facilmente a partir da
expressao
expressão acima, com a ajuda da regra da cadeia. Temos:

, . (z + i/f=Z2), -1
(farccoszlƒ-i
arccosz ) = -,i(z+i ~ 1_Z2)l-s -1
+ iy 1 - z2
z2:-l-í\/1-z2 /f=Z2'
\/1-2:5

fun~6es inversas, trigonométricas


As demais funções trigonometricas e hiperb6licas,
hiperbólicas, sao
são obtidas
de maneira analoga.
análoga.
nota~6es COS
Observamos que as notações sen"11 z etc. sao
- I z, sen-
cos'1 são freqiientemente
freqüentemente
usadas em lugar de arc cos z, arc sen 2:z etc. Elas não
nao devem ser confundidas
com (cos z)-l,
z)`1, (sen Z) - l etc.
z)`1
Capitulo Func;i5es analiticas
Capítulo 2: Funções anal1't1`cas 73

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

1. Demonstre que log .:!.


:-1 == log 2:1
21 -- log Z2
sz,, DO
no sentido de igualdade de conj
conjuntos
untos de va-
2 z,
lares, como em (2.15).
lores,
2. Defina os ramos
[amos do logaritmo
iogaritmo a partir de um semi-eixo
urn corte ao longo do sem i-eixo real negativo,
-'fr
- 'If 5 9 < II
~ () fr,I e identifique
identifique as imagens do plano z pelos vários
varios ramos obtidos.

3. Mostre que log(-1)


log( -1 ) = (21: +
= (2k + 1)".i
1)1ri e logi = 4k: l 1ri, k =
= fiiai, = 0, ± 1, :l:2,
:|:1, ±2, .. ..
4.
4. sendo :cx =I
Mostre que, seuda aé 0,
O,
. 1 _ _
log(x +
log(:t' + iy
ty)) = ~ log(x'
= -2- log($° +
+ y2) + (9
y') + (900 +
+ 2krr
2k1r)z,
)i,

aode Bo e
onde 6,; é uma das determina<;Oes
determinações de arctg(yJx).
arctg(y/11:). Se :r
x == 0, ent
então
ao y 76
'" 0O e 90
(Jo pode
pade ser
tomado ±7T / 2, con
tornado igual a ifr/ forme seja y > 0 ou y < 0,
conforme O, respectivamente.
Determi ne todas
Determine tadas as raízes
raizes das equações
equac;oes dadas nos Exercs. 5 ala.
a 10.

5. e. z =
ez = -1; 6. 2
eeg: = -e.
:. = 7. e'
ez = V3 + 3i.
= --\/š+3i.

s. ez +õz-z'= = 5. 9. e.‹z3=r*
3z 4
- = --1.1.
= 10. leg.-z
10. log z == ".i/
-.wi/2.
2.

11. Mostre que


que,, uma vez fixado
fixado 0o argum
argumento i=- O,
ento da constante c 7% fruição w = CciZ e
0, a func;ao é
analítica,
analit Z
y Z
(c=)' == Cci log c.
ica, com derivada (C
Estabeleça as seguintes propriedades das potencias:
12. Estabelec;a potências:
zazb:zo+b1 Z - a =__,
1 (za)b=z ,, B,
zfl

#- 0O e a.a e b sao
onde z 56 são números
numeros complexos quaisquer.
13. Demonstre que Iz"l = Iz!,",
|z'| = |z|', onde ::j:. 0O ere
oud e z 75 urn mlmero
e 'r é um número real qualquer.
determinações de ii sao
14. Mostre que todas as determinac;oes são reais e dadas por

-(4k + l)rr
r'.1 z exp -_--'(4k2+
t=exp 2 1)”,, kkz
= o, zu, zâzz,
O, ±l, ±2, ldza
15. Calcule todas as determinat;Oes
determinações das seguintes potências:
potencias:

(1 + i)I;
(1+ if; (1 _- i)';
(1 é)"; + i) ' ; (I(1 -- iV3)'.
(\/š+i)*;
(v'3 a/š)*'.
1
1
16. Mostre que arcsen
arcsenzz =
= -i log(iz + \/1
-fi log(1lz J'l="ZZ),
- zã), e que (arcsenz = "==i'
)' =
(arcsen 2)' í.
Jf"=Z'. \/1 - zä
i+z
ii
i+ z f, _ 1
17. Mostre que arctgz =
_- -2Iog-.-
-ãlog Ê, (arctgz)
- , e que (arc tg z) = _ -1--'.
1 + 22.
t - z +z
18. Determine todas as raizes
raízes da equac;ao
equação cos z == 3.
19. Determine todas as raizes
raízes da equac;ao
equação senz
sen z =
= 3.
3.
74 Capitulo 2: Funções
Capítulo ana1iticas
Fun<;oes analíticas
Fun"oes analfticas

RESPOSTAS E SUGESTOES

1. zZz=z¡/zz <=> ZI = ZZ2·


Zl/Z2 ¢-¬*›z1=zzz.
= Zt/Z2 Zl = ZZ2.

8. Equa~ao
Equação do 22
Equac;:ao eZ •
2Q grau para e::.
ei.
is. zz == 2k1r
18. zm -- iilog(3
2k7r é1zzg(a Í 2v'2),
log(3 ± 2\/5), esse ksz == 0,
2v2), onde u, ±l,
ei, ea , ...
±1, ±2,
±2 .
 
Capitulo
Capítulo 3

TEORIA DA INTEGRAL

ARCOS E CONTORNOS

Definimos arco continuo


Definimos contínuo ou simplesmente arco como um
urn conjunto C de pon-
tos, dado parametricamente assim:
= {z(t) =
C= x(t) +
= :c(t) + iy(t)
2`y(t):: a:S
a É t:S
t É b}
b},, (3.1)
onde z(t) eé uma função contínua de t -- ou, 0o que eé equivalente, :r(t)
fungao continua x(t) e y(t)
são fungoes
sao funções continuas bJ.
contínuas de t, t variando no intervalo [a, b].
A representagao
representação parametrica
paramétrica z = = z(t) ordena ·os
os pontos de C de acordo
com os valores crescentes de t, de forma que C eé um urn conjunto ordenado ou
3.1a).. 0
orientado (Fig. 3.1a) O mesmo eonjunto
conjunto com orientagao
orientação oposta eé o0 area
arco
que designamos por -C (Fig. 3.1b)
3.lb),, e que possui representação
representagao paramétrica
parametriea
z1(t)
Zl (t) = z(-t),
z( -t) , -b :S
Ê t :S
5 -a.
-a..

zeal
Z((I) c
C z(_a)
-c
__C
z,(-a)
zfb)
z(b) (-EJ)
z,(-b)

(0)
(a) W
(b)

Fig.
F ig. 3.1
arco de Jordan ou areo
Chama-se areo arco simples aquele em que eada
cada ponto
76 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

z(t) corresponde a um único


unico valor de tt.. Intuitivamente, isto significa que, à.it
significa que,
medida que t varia de a ate
até b, 0o ponto z(t) percorre a curva C, passando uma
só mn de seus pontos. Quando 0o arco nao
s6 vez por cada urn não eé simples, ele contem
contém
ao menos um ponto multiplo,
múltiplo, assim designado todo ponto proveniente de dois
ou mais valores distintos do parâmetro
parametro t: tz z(t1)
z(td == z(tz), t1 "I
Z( t2 ), com tl 75 t2.
tz. Chama-
se curva fechada a todo arco cujas extremidades z(a) e z(b) coincidem; e
curva fechada simples ou curva de Jordan a toda curva fechada cujos pontos,
ã exce~ao
it exceção das extremidades, sejam todos simples (Fig. 3.2).

2 (a)
zeal
z(b)

. .
Ponto multiplo:
(0) == 105)
Zzeal z(b)
Pqmn mumplüi Curva fechada Z(“) = ZU1)
zeal = z(b)
2(f,)=Z(f,).t,#=r2
z(r ,) = z(r,). r, " r , Curvadelordan
Curva de Jordan

Fig. 3.2

As vezes teremos necessidade de considerar um arco ou curva como con-


junto fechado do plano, no sentido da defini~ao
definição (topologica)
(topológica) que demos it
à.
p. 27. Isto não
nao deve ser confundido com o0 conceito "arco
“arco fechado”
fechado" que
acabamos de introduzir.

Vejamos alguns equ~ao z =


alglms exemplos: a equação = 1 - it, para 0 ::;
1 - É t ::;
5 2,
representa um arco simples, que ée 00 segmento [1, 11 -
- 2'i],
2i), orientado de 11
2i. (Fa~a
para 11 -- 2i. (Faça uma figura.)
figura. )

A equa~ao
equação z = t 2 + it, -00
= t2 -oo < t < 00,
oo, representa a parábola
parabola

I : t2? y Z ta

ou seja, x:1.2 = y2, orientada como indica a Fig. 3.3.


Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 77

Fig. 3.3

Teorema de Jordan e conectividade simples

De acordo com o0 chamado teorema de Jordan, toda curva fechada sim-


ples C divide 0o plano em duas regi6es,
regiões, tendo C como fronteira comum comum,,
uma das quais,
quais , chamada o0 interior de C,
C , eé limitada.
lirnitada. 0O teorema afirma
também que 0o interior de C possui uma propriedade adicional, chamada
tamb€m
conectividade simples. Intuitivamente, diz-se que uma regiãoregiao R ée simples-
mente coneza
conexa se qualquer curva fechada simples contida em R pode po de ser
deformada continuamente ate até reduzir-se a um
urn ponto, sem sair de R. A
regi6es conexas A e B, das quais A eé simplesmente
Fig. 3.4 ilustra duas regiões
conexa, mas não
nao B; esta possui um “buraco” que destroi
urn "buraco" destrói a conectividade
conerra toda região
simples. Chamaremos de multiplamente conexa regiiio conexa que nao
não
for simplesmente conexa.

Fig. 3.4

o
O teorema de Jordan eé de fácil
facil compreensao,
compreensão, mas seu tratamento rigo-
roso ée delicado e esta
está fora de nossos objetivos.
objetivos.
78 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

Areo regular e eontornos


Arco contornos

o
O conceito de arco continuocontínuo eé muito geral e inclui objetos complicados,
que em nada se parecem com figuras figuras geometricas
geométricas simples, como um urn arco
de cfjrculo
cílrculo,, uma parabola,
parábola, uma senoidesenóíde etc. Em nossas considera<;oes,
considerações, nãonao
necessitamos senao ideia de arco regular, assim entendido 00 arco cuja
senão da idéia
representa<;ao (3.1)) eé tal que a derivada z' (t) =
representação (3.1 x' (t)+iy'
= 2:' (t)-I-iy' (t
(t)) existe, eé continua
contínua
e nao
não se anula.
anula. Tal arco possui tangente em cada ponto, cujo lingulo ângulo com
o eixo OxOa: eé dado por arg z'(tz'(t),
), 0o qual varia continuamente com t. Mesmo
um arco regular pode exibir comportamento surpreendente;
urn surpreendente; consideremos,
consideramos,
exemplo,, 0o arco regular dado por
como exemplo
1
z(O)
2:(O) =
=O,
0, z(t) =t+it3sen-E, O<t§ 1.

Este arco secciona 0o eixo Ox


0.1: numa infinidade de pontos tendo a origem
como ponto de acumula<;ao
acumulação (Fig.
(Fig. 3.5).

Á I

l ,-f'
J'
J'
I
I'
F
Í
J
Í
É
of
É
Í'

f
Í
__ I l _*

'In

'In
'N
'lu
*lu
'N
'\

\
'N
\
\
\
\
,
L `\,
Fig. 3.5
Chamaremos contomo
contorno ou caminho a todo arco continuo contínuo formado por
um número
urn finito de arcos regulares. Mais precisamente, um
numero finito urn contorno C
tem representação
tern representa<;ao paramétrica
parametrica dada por uma função fun<;ao z = = z(t),
z(t ), continua
num intervalo [a, b]'b], uniao finita de subintervalos [[o._,-,
união finita aj, bj]'
bj-], jj == 1,
1,.. , n , tais
....,n,
a1=
que al = a, bb1l == a2, bz2 = a3,""
az, b a3,..., b
b,.,_1
n- l == an, bbnn = bb (Fig. 3.6a); e em cada
um
urn dos intervalos abertos (aj,(aí, bj) a derivada z' (t) e é continua,
contínua, diferente de
tern Iimites
zero e tem limites laterais finitos e diferentes de zero com t tendendo aos
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 79

extremos de cada intervalo por valores interiores a ele, !imites


limites esses que co-
incidem com z' (aj
(a,-+) z' (b j - ), respectivamente.
+) e z'(b¿¡-), respectivamente. Isto significa que z' (t) e
z'(t) é
contínua no intervalo [a, b
função seccionalmente continua
func;ao b]J (Fig. 3.6b).

a,
al b,
bl
aa33 ' a"
an b"
bn
I| r :II - I| I|
a aaz2 b2 zeal
3 (Ú)
b bbn_1 bb zw)
2 "-, z(b)

(H)
(a) (b)
(b)

Fig. 3.6

Exaacícros
EXERCfcIOS

Identifique as curvas ou arcos de equ~oes


Identifique equações dadas nos exercicios
exercícios seguintes.
seguintes.

= 3t + 5it ,
2
= 3t + it2 ,
1. zz=3t+it2, < t < 00.
-oo<t<oo.
-00 2. zz=3t2+5it, 00 < t < 00.
--oo<t<oo.

.
3. z=r(cost+isent) -~:St
fr
::;7r ' r>O.
-Zítírr, r>0.
1
z=í+it,
4. z=t+ it ,
_
1§t<oo.
l::;:t <oo.

22i
5. z=t+?z,
5. z= t+t ' -<›e<i<0.
-00 < t < O. 6.
6. z=f+z'\/1-t2,
z =t+iv'T"=!', --15:51.
1 0' to' 1.

= t - iv'T"=!',
7. z.I»:.T=Ê-í\/1-É2, - 1 St 0' 1.
-lítfil. z = t + iv' l + t' ,
8. Z=Ú+2Í\/1-|-É2, 00 < t 0' O.
--OO<ɧ_Ú.

= v'f+t'I + t,
9. zz=\/1-I-t2+i, 0' t < 00 .
00íít<oo.

INTEGRAL DE CONTORNO

Seja F
F(t)
(t) = U (t) +
= U(t) + iV(t) func;ao contínua
il/(t) uma função continua da variável
variavel real t num
nUID inter-
b]. Sua integral ée definida
valo [a, bJ. termos das integrais das func;6es
definida em terIDOS funções reais
U e V, mediante a expressao
expressão

l/b F(ú)a z l/lb U(ú)ai ++é l/b v(zz)âú.


F (t)dt = U(t)dt i V(t)dt. (az)
(3.2)
80 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

deBni~iio seguem imediatamente as seguintes propriedades:


Desta definição propriedades:
b b b b
ne/
Re t F 1-›¬(z:)zzú=
(t )dt = tf Re
ae1‹¬(i)âz; rm/O
F (t )dt; lm t 1‹¬(ú)dz:=
F (t )dt = tf lmF
1m1‹¬(z)a.
(t) dt. (3.3)
(3 .3)
G (1 G CE

As propriedades de linearidade,
linearidade,
b b b
tÍ [F
(F(ú)+G(ú)]âz=
(t ) + G(t)J dt = t/ F(i)âz:+
F (t )dt + tf G(z)zzú
G(t)dt (34)
(3.4)
e
e b b
tf cF(t
‹.-1‹¬(r)zu
)dt == cC tÍ F(ú)óú,
F (t)dt , (3.5)
(3.5)

onde c eé uma constante (complexa, em geral), sao


são também
tambem de fácil
facil veri-
Bca~ao e Beam
ficação ficam a cargo do leitor.
A integral (3.2) goza tambem
também da seguinte propriedade:
propriedade:

It(br-‹¬(1:)âúl 5
F (t) dt l ::; tb|1‹¬(i)|dz,
JF (t)J dt , (as)
(3.6)

evidentemente, a < b.
onde, evidentemente, Esta propriedade e é imediata se a integral que
aparece no primeiro membro for nula. Caso contrario,
contrário, seja
Ô .
tÍ F(i)dú
F (t )dt == re
1-6”iO (r
(T > 0)
0)
(1

sua representa~iio
representação polar. Daqui e de (3.5), obtemos:
obtemos:
. b Õ .
r == e- i8 J. b F (t )dt = J. b e- i8 F (t) dt ;
e*'”9/ F(t)dt=] e"*9F(t)dt;

ou ainda,
ainda , usando (3.3),
b _ b _
r= Re]
= Re e- i8 F (t )dt ==]
J. b e`*9F(t)dt i8 F (t)1dt.
J.b Re (e`“9F(t)] [e-
cont a que Je-
Portanto, tendo em conta i8 J=
|e`i9| = 1,
b b _9 b _9
It F(ú)âú
F(t )dt l =
= r‹z~ Re [e-
= t as
= (t )1
[evi8FF(i)] se [[.‹z¬'
di ::;5 tÁ iRe
dt F (t) II| dt
e-~i8 1‹¬(â)] za
_ b

</
_t
::;
G
le-
6-*Fi< ll d = t/
iO
F (t)1dtt=
(I
J|F(z:)|dt,
F(t)J dt,
donde a desigualdade (3.6).
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 81

Integral curvilinea
curvilínea ou de contorno

Estamos agora em condi~6es definir a integral curoilinea


condições de definir curvilinea ou integral
de contorno
faf f<z›‹1z.
C
J(z)dz ,

onde C e urn contorno qualquer e J


é um f== u + iv eé uma função
it + fun~iio continua
contínua em C.
representa~iio do contorno C, 2:
Usando a representação z == z(t), aa::::::
5 t :5: : b, definimos
definimos

J(z)dz l
faLf(z)âz= ƒ(z(ú))z(i)zzi, (af)
b Í
= J(z(t))z'(t)dt, (3.7)

onde 0o segundo membro e


é uma integral do tipo (3.2), com

U(fl
U(t) = fllfivbflz y(f)lffl'(fi)
= u[x(t), y(t)Jx'(t) - vl1v(f)., :f/(f)l:‹/'(f),
- v[x(t) y(t)Jy'(t),

V(t)
VU) == u[x(t), y(t)Jy'(t) + v[x(t),
'UlfU(í)› y(f)l1v'(fl y(t)x'(t).
vl$(fl› y(f)ffi'(f)-
oO integrando em (3.7), ƒ(z(t))z"(t) = U(t) +
J(z(t))z'(t) = + iV(t), pode nao
não ser uma
fun~iio
função continua
contínua em to do 0o intervalo [a,
todo [a, b), z'(t).
b], devido ao fator 2:' (t). Mas, como
seção anterior, esse intervalo ée constituido de um
vimos na se~iio urn número finito
numero finito
de subintervalos I,Ij = [ag-, bb_,-],
= [aj, j )' em cada um dos quais z' (t) e
z'(t) é continua;
contínua; e a
integral em (3.7) deve ser interpretada como a soma das integrais nesses
subintervalos IIj.
j.

Invariância da integral
Invarifulcia

A integral (3.7) e é invariante com uma mudan~a


mudança de parâmetro
parametro dada por
uma fun~iio
função crescente t == t(r), que transforme um urn intervalo a í f3
oz :5: : rfr :::::: Ii no
intervalo a :gi: : t ::::::
5 b e cuja derivada t'(r) contínua. De
t' (r) seja seccionalmente continua.
fato, pondo z1(r)zl (r) = mudan~a de variavel de
-= z(t(r)), e usando a regra de mudança
integração
integra~iio nas integrais reais, obtemos: obtemos:

1:/Q f‹z.<f››z;‹f›df = 1: f‹z‹f‹f›››z'<¢‹»›-››f'‹ff›‹1»f


5
J(zl(r))z;(r)dr =
Ii
J(z(t(r)))z'(t(r))t'(r)dr

l
== ff<z‹f››z'‹r›‹a
J(z(t))z'(t)dt . ea
(3.8)
82 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

E
E devido a essa ínvaríãncia
invariancia que se toma
torna desnecessario
desnecessário explicitar a repre-
senta~ao
sentação parametrica do contomo
paramétrica nota~ao do primeiro membro de
contorno C: a notação
(37) tem significado único
(3.7) unico e preciso.
Convem
Convém observar tambem
também que as integrais curvilineas
curvilíneas tratadas na teoria .
fun~6es reais das variaveis
das funções variáveis reais :rf
x e y podem ser definidas
definidas de modo
analogo
análogo a (3.7). Assim, temos:

k/ Pe. zzzidz z f Pac). t(f››zz*‹f›‹a


C
P (x , y )dx = l
a
b
P (x(t ), y (t)) x'(t)dt ,

kf oe. zzndzzz = fi orar). zz.‹c›rzf(f›‹i.


C
Q (x, y )dy = l
a
Q (x(t ), y (tll y'(t)dt,

8e,, geral,,
em geral

k/C Piz ++ os == /bl~P(z‹i››. z‹ze>›zz*‹a ++ otro). t<r›)z‹.‹*e>1‹za


Pdx Qdy l rp (x(t)) , y (t ))x'(t ) Q (x( t l, y(t))y'(t)Jdt,

Vemos entao
então que a integral definida
definida em (3.7) pode ser escrita em termos de
curvilíneas, assim:
integrais curvilineas,

r
lc
.C
J( zl dz =
[ƒ(z)dz=}
lcC
udxr- vdy + i
udr-ody+i/
.k
.C
+ udy.
'cdr-l-udy.
vdx r
Propriedades da integral

A linearidade da integral, expressa por

kfClf1(z> +fz(z>1‹fz
rJt (zl + h(z)Jdz == /C f1<z›dz+ k
Jt(z)dz + /C h(zldz,
fzradz. k (3-9)
(3.9)
eG
k cJ (z) dz =
/Ccƒ(a)dz =cÀ?ƒ(z)dz,
C J(z)dz, k (3.l0)
(3.10)

onde c eé uma constante (complexa, em geral), eé de facil veri.fica~ao e fica


fácil verificação fica a
cargo do lei tor.
leitor.
E facil verificar
E fãcíl verificar tambem
também que se um contomo
contorno C eé formado por um con-
torno C
tomo C11 seguido de um contorno C Cg2 -_ escrevemos C = C C11 U
UCC22 -
-, então
, entao
C11 e C
a integral sobre C eé a soma das integrais sobre C 2 . Esta propriedade
Cg.
nUm.ero finito de contornos:
se generaliza facilmente para um número

klU.UC,J(z)dz = kl J (z) dz + ... + k,J (zl dz.


/CIUHMCT ƒ(z)dz = /CI f(z)dz+... Jrjsr ƒ(z)d.2:. (3.11)
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 83

Daqui segue-se que a integral ao longo de um urn contorno fechado é in- e


variante por ttranslação
ranslac;ao do parâmetro.
parametro. De fato , uma tal translac;ao
fato, translação apenas
muda 0o ponto inicial (e final
final)) de uma
urna posição 2:1 para uma posição
posic;ao ZI posic;ao zg,
Z2, como
se vê
ve na Fig.
F ig. 3.7; designando por C C1I 0o trecho de C que vai de ZI Z2 e por
2:1 a 2:2
C
Cg2 0o trecho restante, teremos:

/{
JCIUC2
Ú1 Ucg
f<z›‹1z=ff(z>dz=f
J(z)dz = { J(z)dz = {
lc C } C2UC
Gg UG11
fízldz.
J(z)dz,

que prova a invariancia


invaríãncia da integral.

31
c,

Z-1

c,
C1

F ig. 3.7
Fig.

A propriedade

j-c ƒ(z)dz
Í J(z)dz = -Í
C
- {
Jc C
J (z) dz
ƒ(z)d2:

eé dernonstrada
demonstrada assirn:
assim: comec;amos
começamos observando que .

C = {2;
--C {z = z1(t)
Zl (t ) = ._-.^f(-t) <:: t É
z( - t) :: -b É <:: --a},
a} ,

donde obtemos:
z; (t) =
Zibfl I --2"(-É);
z'( - t);
portanto,
portanto,

. J(z)dz = j-a
fjHc
-c f<z›dz = /
_t
Jf<z1e>›zl<f›df z -_j-a
(zl(t))z;( t )dt =
-b
fa

frzc-o>z*<-na
J( z( -t ))z'(-t )dt.
- b

Finalmente, pondo Tr :
Finalmente, t, teremos:
= --t,

j-c ftznz
/_C z Jff{ a f<z(f››z*(f>df
J (z) dz =
b
z -_ J{b5f<z(f>›z*<f›âf
J (z( r ))z'(T)dr = J (Z(T))z'(T)dr z
a
=-- { fúznz.
Jc
J(z )dz ,
84 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

que eé 0o resultado desejado.

Outra propriedade de importancia


importância fundamental eé a desigualdade

lfa f<z›âz é /Cfa If(z)lldzl,


f(z)dz l ::; |f‹z›||dz|. (312)
(3.12)

b
onde a integral do segundo membro significa 1bIf (z(t ))llz'(t)ldt.
significa Í |ƒ(.z(t))||z'(t)|dt. (Note que
CL
a < b.) Essa propriedade segue de (3.6)
(3.6),, pois

lfa f‹z>dz
f(z)dz l Il
== /ff<z‹t››z'‹f›dé .é/ab|f<z‹z››z'<:›|df
f(Z(t))Z'(t)dt l ::;
b
llf(z(t))z'(t)ldt
b
= llf(z(t))llz'(t)ldt
= |f‹z‹t››||z'<t›|dt=llf(z)lldzl.
= |f‹z›||‹1z|.
Uma importante propriedade das fungoes funções continuas,
contínuas, cuja demonstragao
demonstração
depende de umurn argumento de compacidade, e que eé feita em cursos de
Análise, afirma que se ƒf Iie" umafun9ao
Analise, uma função continua sabre um area
contínua sobre entao exis-
arco C, então
te uma constante MM tal que If(z)1
|ƒ(z)| ::;
íM M para todo 2:z E C. Daqui e de (3.12)
(312)
obtemos a seguinte desigualdade,
desigualdade, de grande importancia
importância nas aplicagoes:
aplicações:

lfa f (z) dz l ::; JIdzl


I/Cƒ(2:)dz §M]|dz|=ML,
M = ML ,

onde L ée o comprimento do contorno C, isto e,


é,

Lz/C |âz| = b|z'(ú)|âú= b,/zf(z:)2+y'(ú)2zzz.


3.1. Exemplo. Vamos calcular a integral de ƒ(z) f (z) == 'Ez ao longo dos
tres contornos indicados na Fig. 3.8: OC, OAC
três OAC' e OBC, onde on de 0O == (0, O),0) ,
A = (1, 0),
0) , B = (0, m), C = (1, m), e meum m é um numero
número real qualquer,
qualquer,
digamos, m > O. 0. 0O contorno OCOC' eé dado por z(t) = t + imt, 0
z(t ) = OÉ::; t ::;
5 1,1, de
forma que
11 22
r zdz =
Í 'Zdz=f
Joe
r
Joo
(t _ imt)( 1 + im)dt = 1 + m
(t-z'mt)(1+2Im)dt=-LF-E.
oo 2
oO contorno OAC pode ser representado por z(t) = = t, com 0 É t 51
O ::; ::; 11 e
= 1 + im(t -
z(t) = - 1), com 1 É
:S t ::; ou,, ainda, podemos considerar OAC
í 2; ou OAC'
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 85

como constituido
constituído de dais contornos: OA, dado por
dois contornos: par z(t) = AC,
= t, seguido de AC,
por z(t)
dado par z:(t) = 1+
= 1 imt, em ambos t variando de zero a 1. Num caso au
+imt, ou no
outro a integral tem
tern 0o mesmo valor, dado por
par
l1 tdt 2
+ lol (1 1 + m 2 + 2im
1

i
f
0.40
OAC
edzzf
zdz = údt+f
loo 0
(1-z'mú)émdt_.
- imt)imdt = 1+m + zm..
0o 22
De maneira análoga,
anruoga, temos:
temos :
l1 lol1 1 +m2 2- 2im
2'zm.
i
Í
osc
OBC
zdz = Í (-
šdz :
loo imt )imdt + Í (t -- im)dt
(-1Imt)'¿'mdt
0
=
tm)dt -.
0o
1
+ m2
2
.

B
B f-----""?I C c

oO A

Fig. 3.8
Nesse exemplo obtemos um urn valor diferente para cada um
urn dos três
tres casas
casos
considerados; a integral depende nao
não somente das extremidades do contorno,
também do contorno que se considere em cada caso.
mas tambem

3.2. Exemplo. Em contraste com esse fen6meno,


fenômeno, vamos mostrar agora
que a integral curvilinea fun~ao fƒ (z) = z s6
curvilínea da função só depende das extremidades
do contorno e niio
não do contorno particular que se considere. Para isso, isso, seja
C um
urn contorno qualquer, ligando ao ponto Zl zl an Z2, de forma que em
ao ponto zz,
represent~ao paramétrica
qualquer representação parametrica de C (z == = z(t)
z(t),, a É:s: t É:s: b) valem as
rela~6es z(a) =
relações = Zl
zl e z(b) =
= Z2
zg (Fig. 3.9).
3.9). Temos,
Temos, entiio,
então,

k zdz
[Cada =
= l
jah z(t)z'(t)dt = [xx' -
= Áb[:c:1:' l
- yy' + z'(xy' + ya:')]dt
-I- i(xy' yx')Jdt
1jb'ã(1?2 x(t)2 - y(t)2 + 2ix(t) y(t) Ib
I 1
= -52
Á d (2
a dt
bd
-
2
Y +
-312
.)d
+ 2,xy
22:03/ldtt = x( )
X

Z,(b)2 - 2(‹1)2 E 23 - Zi
z(b)2 - z(a)2
-
_
y() 2~
z§ - Z[
(
t2- t2+2'z¬l:1:t)y(t)¿'
= -'--'--''-'--'-;;---'--'-''-'-"-
2 t
a

=
" 22 " 22 °
86 Capitulo
Capítulo 3: Teor;a
Teoria da Integral

e esta expressao
expressão mostra que a integral considerada so só depende mesmo dos
pontos extremos Zlzl e Z2
zz e não
nao do contorno C C' que liga esses pontos. Em
particular, sendo C um
urn contorno fechado, teremos Zl
2:1 == Z2;
zz; portanto,

fc zdz
v/.zdz ==
C
0.
= O.

Esta propriedade e
é verdadeira nao
não somente para a fungao J{z) =
função ƒ(z) = z, mas
para toda fungao
função analítica; “teorema de Cauchy",
analitica; conhecido como "teorema Cauchy”, esse re-
sultado e,
é, como veremos, a chave de toda a teoria das funções
fungoes analíticas.
analiticas.

= z(a) z, = z(b)
Zl c

Fig. 3.9

Observação. A notação
3.3. Observa<;iio. notagao Í f (z)dz e
J{z)dz fa
é usada com freqüência
C
freqiiencia para
J{z)
denotar a integral de f (z) ao longo de urn
um contorno fechado C.

Exnncícros
EXERCicIOS

Nos Exercs. 11 a 10, calcule a integral de f ao longo do contorno C, cnde


onde fee
ƒ e C' são
sao
especificados em cada caso.
especificados

1. J(z) ==[z|,C={z=re“9: <: e <: tr}.


Izl, C = {z = re": 0Oí9§1r}.
2. J(z) Izl, C = {z = re" : -tr/
'¬='“:¬ ==|z|,C={z=*re¡5: 2 <: e <: tr}.
-'fr/2§|951r}.
3. o<:e<:tr}.
J(z)=z', C={z=re" : 0_í6'§fr}.
ƒ{z]|=z2,C={z=re¡9:
4. J(z ) = z', C = {z = re": -tr
ƒ|[e]›=z2,C={z=reí6: <: e <: tr}.
-1r5I_9§1r}.
5. <: e <: 2tr}.
J(z) = .,fZ, C = {z = re;' : 0O§6§2rr}.
f|[z}=\/E,C={z=rei9:
õ.
6. =,/E,o={z=rz*”z
J(z) =.,fZ, <: e <: IT}.
-›.-fgsg-,-f}.
C = {z = re;': -tr
?.
7. J(z) = 23:
2x -- y + ix 2
i;z:2, retilineo de zero a 11 + i.
, ao longo do segmento retilíneo 22.
8. J(z) = |a|, ao longo do segmento retilineo
= Izl, retilíneo de zero a -2 + 3i.
321.
9. J(z} x2 -- y2
"31'ta*'2- == :E2
'*:- ya + i(x
i(:r -- y2), retilíneo de zero a 3 + 2i.
3/2), ao longo do segmento retilineo
Capítulo 3: Teoria da Integral
Capitulo 87

10. ƒ(z)
10. fez) =
= yy'- x 2 , ao longo do segmento da origem ao ponto (2, 0),
- 1:2, 0) , seguido do segmento
de (2, 0) a (2, 1); depois ao longo de (0, 0) a (0(0,, 1)
1),, seguido do segmento ddee (0, 1) a
(2, 1) (Fig. 3.10). Verifique são diferentes.
Verifique que os resultados sao

r-____~.------, 2+i
2 + i

Fig. 3.10
Fig. 3.10

11. Prove as propriedades (3.4) e (3.5).


12. Prove as propriedades (3.9) e (3.10).
(3-10)-
13. Prove a propriedade (3.11).
C' um
14. Seja C urn contorno qualquer, ligando os pontos 21 a Zz.
pon tos Zl az. Mostre que

11 .
fl-dz=zz-21;
C
dz = Z2 - z\ ;

portanto,
portant só depende dos pontos inicial e final,
o, esta integral s6 final , e não
nao do caminho de
integração que liga esses dois
integra<;ao dais pontos. Em particular,

cf
fa
ƒl-dz=0,
I·dz = 0,

qualquer que seja 0o contorno fechado C.


Utilizando
15. UtiJ defini~ao (3.2), mostre que
izando a definição

l'ó õ ' . .
onde k e
oude é um
Í eudt = ,¿(eézz _ eia)
Q

urn número
Dtimero real não-nulo.
ORo-Dulo.
ib
e"dt = i(e'· - e )
e
e
l
f eu.-:dt

O
iktdt : %(ez'›m
e ' ( iko _ eu.-11)!
= "ke ikb)
-e I

16. Seja C
C' um arco de circulo
urn areo = z(B)
círculo parametrizado por z = z(6) = a :s:
rem,I a:
= re,8 g (J6 5 f3.s:
Ú. Prove que

1fc f(z)‹.-zzzz=z~1f(z(ø)).‹z”âs.
J(z)dz = iT
P
.3
J(z(O))e" dO.

17. Sejam F F e fƒ fun<,;oes


funções analiticas
analíticas numa região
regiao simplesmente conexa contendo um
urn con-
tOrDO C, e tais que fƒ =
torno = F'. Use as equ~Oes
equações de Cauchy-Riemann
Cauchy-Riemann e as definic;oes
definições (3.2)
e (3.7) para provar que
1Í ƒ(.z)dz
J(z)dz == F(z,)
F(zz) -
- F(z1),
F (z!),
21 e Z2
onde Zl são os pontos inicial e final do contorno G.
zz sao ve que a integral
C, por onde se ve
só depende dos pontos inicial e final,
s6 final ) e não
nao de C.
88 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

18 Use o
18. 0 resultado anterior para provar que, se n for inteiro e C
C' um contorno fechado
urn contarno
envolvendo a origem uma vez no sentido anti-honirio,
anti-horário, entao
então

1 z" dz = 0 se n :f:. - 1 e
`¢z"dz=0sefi;£-1 1 dz = 2ni.
ƒ-dí=2m'.
~c !c
C z
Z
19. Efetuando a integração,
19 integra'18.o, estabeleC;3
estabeleça os mesn;J.Os
mesmos resultados do exercicio
exercício anterior
anterior no caso
particular em que Ceo círculo z = re
C é o circulo i9
rem, Ú5
, 0 ~ 9(J 5
~ 271".
2-ir.

Mostre que % log


20 Mastre
20.
c
Ie
logzz dz == 2ni
2rriI,, code C' e
onde C é urn
um contarno
contorno fechado envolvendo a origem
uma vez no sentido positivD.
positivo.

21 Sem efetuar a integraçao,


21.
-
integrac;a.o, mostre que j `/1 dz I :::;
C z
C
11 fi
onde Ce
É 1, code C e o segmento retilineo que
. ..

une 11 a 11 + i.
22
22. Mostre que f ~:s
Jc
dz
É 5 Ê,
311'
onde Ceo
31f61 code C e o areo
. . .
arco de circulo situado no primeiro quadrante,
. .
o z +1 1
centrado na origem e de raio
raia 3.
23 Mostre que
23.
lim
e5-+
-OÚ Jc~
os
r (log z)cdz
z )"dz = 0, =

Dnde C.:e e
onde C é 0o contarno
contorno zs == €e i8
sem, , 0
U ::;
É f)9 ::; 211' e ce e
É 27l" é urn número
nurnero real qualquer.
i9
24. Crr 0o contorno z = re
24 Seja C rem, , 0 §B
Ú :$ 9 É 11" e ff uma função
:$ 2'2a contínua na origem
func;ao continua origem.. Prove
P rove
que
j ädz
lim ir = 21riƒ(0).
I( z ) dz : hi/(O).
r -O JCr Z

RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES

1. -219. 2. (i(â-i)iz-2.
2. -l )r' . 3. -21-3/3.
3. -2r' / 3. 4. zero.
4. Zero.

-4z~,/F/3.
5. -4r Jr/3 . 6õ. 4rJr/3i.
4z~,/F/ai. 7. (1
7. (1+5z-1)/ô.
+ 5i)/6. s.8. \/1_3(3i-2)/2.
v'TI(3i - 2)/ 2.

17 Pondo F == U + iV
17. il/,, observ~
observe que
F'(z)z'(t)
F,(z)z,(t) Í (U.
(UI + iV.)(x' + iy' ) = U. x' -*I/xy'
ÍUIÍÍ If"y' + i(V.x' + U. y')
= U. x' + Uyy'
Uzz' U,,y' + i(V.x' If"y') = %(U
i(V,,z' + I/§,y') (U + iV).
W). :t
21.
21 Use (3. 12).
(3.12).
22 Iz'
22. + 11 ~ Iz'l
|z2+1|2 - 1 = 8 para z E C .
|z2|-1=8pa.razEC.
23. |Iogs€ + iB
23 flog i6|[ :$
5; 2jlog
2| log €.‹:|,I, para €e suficieiitemente
suficienternente pequeno.
24. Escreva ƒ(z)
24 I(z) = ƒ(0) + I/(z)
= 1(0) [f(z) - ƒ(0)] e observe que, dado eE > 0,
- 1(0)) 0, existe 86 >
3> 0O tal que
Izl
|2=| < 8Õ =}
=> I/(z) f (O)1 < e.
|f(2) -_ f(0)| E-
Capítulo
Capitulo 3: Teoria da Integral 89

TEOREMA DE CAUCHY

se~ao anterior, a integral de urna


Como vimos na seção uma fun~ao Zo
função entre dois pontos zu
e z pode ou nao integra~ao. Se 0o integrando
não depender do contorno usado na integração.
eé uma função analítica, a integral não
fun~ao analitica, nao depende do contorno, mas apenas dos
pontos inicial e final. Este eé 0o teorema de Cauchy, que estudarernos
estudaremos nesta
se~ao. Para isso come~aremos
seção. recorda~ao do teorema de Green
começaremos com uma recordação
ou teorema da divergencia
divergência no plano.
Doravante, freqiientemente fun~iies definidas
freqüentemente estaremos considerando funções definidas em
regiões simplesmente conexas. Isto não
regiiies nao quer dizer que os domínios
dominios originais
de nossas fun~iies fun~iies podem
funções tenham de ser assim; basta notar que as funções
sempre ser restritas a subdominios
subdomínios que sejam regiões
regiiies simplesmente conexas,
considera~iies .
e eé nelas que estaremos fazendo nossas considerações.

Teorema de Green
Quando tratarmos de integrais sobre contornos fechados, teremos de dis-
tinguir entre as duas orientações
orienta~iies possíveis
possiveis do contorno, uma das quais eé
orienta~ao positiva.
escolhida como a orientação positiva. Não
Nao vamos nos ocupar de como a
noção orientação positiva pode ser introduzida rigorosamente,
no~ao de orienta~ao rigorosamente, sem apelo
ità. intuição geométrica. 0O importante aqui eé acentuar que isto pode ser
intui~ao geometrica.
feito, e que, em conseqiiencia,
conseqüência, dado um contorno fechado simples C, de
representa~iio parametrica z = z(t), o.a.<::
representação paramétrica 5 t .<::
5 b, a ideia
idéia de que C C' está.
esta orien-
tado positivamente corresponde exatamente ao fato intuitivo de que, para
.zg interior a C
Zo C,, 0o argumento de z(t) -- Zo 2:0 cresce de 2'rr
27r com t variando de
t = = a atat =
= b. Em linguagem sugestiva, um urn observador loca.lizado em z(t)
localizado
percorrerá
percorrera o0 contorno C de maneira a deixar 0o interior de C C' sempre it à. sua
esquerda (Fig. 3.11). _

zu) Ela) = z(b)


z(a) zw)

2" C

Fig. 3.11
Fig. 3.11
90 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

3.4. Teorema de Green. Sejam P(a', P (x, y) e Q (x, y) funções


Q(.i:, junfoes definidas
definidas
numa
nnma regiiio
regido simplesmente conexa R , com derivadas primeiras continuas.
conesra R,
jechado simples C em R
Entiio, para qualquer contorno fechado
Então, R,,

ii, (~~ -
//S (Q
Ri da Õy
fa Paz.~z++ Qdy,
~;) azây :il
- 83) dxdy =
Q
Pdx Qdy ,

região interior a C.
onde R' Iie' a regiiio

oO lei tor encontrani


leitor encontrará a demonstrac;ao
demonstração desse teorema em livras
livros de calculo
de varias variaveis (veja,
várias variáveis (veja, por exemplo Se~. 6.5 de [A3])
exemplo,, a Seç. [A3]).. Note que a
integra~ao do segundo membra
integração integra~ao no sentido positivo de
membro significa integração
percurso sobre C. 9

Denotando com tt == (tx (tm,, ty) 0o vetor tangente a CC' num ponto (x, (m, y),
com nn == (n
(nm,
x , ny) o
0 vetor unitario
unitário normal exterior e com ds o
0 elemento
arco, entao,
de arco, então, como explicamos na Seç. Se~. 6.5 de [A3J,
[A3], (dx, dy) = = tds e
(dy, -dx) = nds (Fig. 3.12). então F =
3.12) . Pondo entao : (Q
(Q,, -P),
- P ), a formula
fórmula anterior
assume a seguinte forma:
forma: i

ii,
ff divFdxdy
R*
divFd$dy=j£
= F-nds,
F· nds, fa C

que e
é uma forma familiar do teorema da divergencia.
divergência.

_ z
R'

Hfiá

nH

Fig. 3.12
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo 91

Teorema de Cauchy

Vamos considerar agora 0o teorema de Cauchy, que apresentamos sob as


seguintes formula~6es
formulações equivalentes:

3.5.. Teorema. Seja fj uma função


3.5 jun9ao analítica região simplesmente
analitica numa regiao
conexa R
conezra R.. Entao,
Então,
fa
fc ƒ(z)dz = O0
j(z )dz =

para todo contorno


contomo fechado C' contida
jechado C contido em R
R..

3.6. Teorema. Seja ƒj uma função


jun9ao analítica região simplesmente
analitica numa regiao
canexa
conezra R. Entao,
Então, a integral de j
f ao longo de um contorno ligando Zo
zg a z
s6 nao do cantorno
só depende destes pontos, ce não contorno de integra9aa.
integração.

verificar a equivalencia
Vamos verificar equivalência desses dois teoremas.
teoremas. Suponhamos que 0o
Teorema 3.5 seja verdadeiro e sejam C1 C 1 e C2 dois contornos arbitrários
arbitrarios em
R, ligando Zo
2:0 a .zz (Fig. 3.13). Então,
Entao, C U (-C2) e
C11 U urn contorno fechado em
é um
R; logo,
j'r
0= //g'1U(_C2)ƒ(z)dz=
l Clu(-c ,J
r
j(z)dz = Á:1f(z)dz-/C2
j(z)dz -
l CI
j(z )dz,
f(z)dz, r
l c,
au
ou seja,
sej a,
r
jcl f(z)dz
Jel
r
j(z)dz = fc? f(z)dz.
j( z) dz.
JC2
°
Isto prova o Teorema 3.6.

__- -|- 1r
"Z

c,

c,

"
ZO

Fig. 3.13

Suponliamos agora que 0o Teorema 3.6 seja verdadeiro e seja C um


Suponhamos urn con-
torno fechado em R
R.. Tomando dois pontos Zo 21 em C,
zg e Zj C , obtemos os con-
92 Capitulo 3: Teoria da Integral

tornos C
C11 de Zo
2:9 a Z2:1I e C
Cg2 de ZelI a zo
zg (Fig. 3.14). Pelo Teorema 3.6,
3.6,

/ ffizidz = - JfrC2 f<z›dz.


r J (z )dz = -
JeI
Ci
J (z )dz ,
C2

donde
r ƒ(z)d2:
f J (z) dz + r f(2:)dz:
J(z )dz ==/r f(z)de+/ J (z) dz : o.
= 6.
.Ie
z C' JeI
C1 JC2
C2
Isto prova 0o Teorema 3.5.
3.5.

z,
in
c,

z,
Zi '---_~---~c,
C2

Fig. 3.14
Fig. 3.14
oO teorema deCauchy, formula~ao , pode
Cauchy, na primeira formulação, po de ser demonstrado
Green,, supondo que a derivada f'
facilmente com a ajuda do teorema de Green fi
seja continua
contínua em R. De fato nota<;ao z =
fato,, com a notação x+
: ri: f = Uii +
y, J
+ iig, + iv,
ip, temos:

1 J (z) dz = 1 udx
%f(z)dz:j¿ - vdy + i 1 vdx + udy
Ie iid.r:--iidy-f-id
Ie iidr+iidg=
=
.re
C C C

= -ff
= - (nm +uy)
/ r (vx + n¿,,)d:rdy
dxdY+ +i]/
i j'r (u , - ny)drdy.
- vy) dxdy.
i R'
R, JRII
R” ._
Mas Vx + unyy == Uii,-Ex --- Vnyy == 0,
'ag + O, pelas equa<;6es
equações de Cauchy-Riemann,
Caucliy-Riemann, donde o0
3.5.
Teorema 3.5.

3.7. Observa\;oes.
Observações. Foi 0o matematico
matemático frances
francês Edouard Goursat (1858-
1936) quem descobriu que 0o teorema anterior pode ser demonstrado sem a
hipotese de que f'
fi seja continua.
contmua. Neste casocaso,, a demonstra<;ao
demonstração requer um
tratamento bem mais extenso e nao
não sera [A1] ou [Lj.)
será. abordada aqui. (Veja [AI]
demonstração de Goursat,
Por causa dessa demonstra<;ao Goursat, 0o teorema eé tambem
também conhecido
como "teorema
“teorema de Cauchy-Goursat"
Cauchy-Goursat”..
Como veremos adiante
adiante,, uma fun<;ao analitica tem derivadas de todas
função analítica
as ordens; portanto,
portanto, todas essas derivadas sao
são continuas,
contínuas, em particular a
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 93

primeira delas. Assim, demonstra~ao de Goursat tern


Assim, a demonstraçao tem interesse apenas
teorico.
teórico.

Integrais de contorno e primitivas

Como ja tivemos oportunidade de assinalar, 0o teorema de Cauchy-Goursat


eé 0o
teorema fundamental fun~6es analiticas.
fulldamental da teoria das funções analíticas. Os resultados
mais relevantes que obteremos daqui por diante sao
são conseqiiencias
conseqüências diretas
dire~ao , vamos
ou indiretas desse teorema. Como primeiro passo nessa direção,
fun~ao analitica.
estudar agora a forma geral da primitiva de uma função analítica.
função F e
Dizemos que uma fun~ao é uma primitiva de f pI == f.
j se F*

3.8. Teorema. Seja fj uma jun9iio analitica


ama ƒnnçdo analítica numa
nnma regiiio
regido simplesmente
conexa geml da primitiva de ƒj e
Entiio, a forma geral
conesta R. Então, É dada por

az) = JzroQf<c>‹1<
7
A.:

F (z) = j(()d( + ci
+ C, (3.13)
(3.13)

zg e
onde Zo é um
nm ponto qualquer
gnaiqner de R, porem fiaro, C' e
jixo, C é uma
ama constante arbitraria
arbitrária
integração e
e a integm9iio fe ita ao longo de qnalqner
e' feita qualquer contorno de R,
R , ligando Zo
eg a z.
z.

Demonstm9iio. Observamos
Demonstração. Observamos,, de início,
inicio, que a integral em (3.13) esta
está
bem definida
definida,, pois,
pois, de fato, ela nao integra~ao.
não depende do caminho de integração.
e
Vamos provar que F é analitica
analítica em R e que F' = = f.
ƒ. Temos (Fig. 3.15):

Fcz + h)fz) -- Hz)


F (z + F (z) = Jz(,+h -- Jzr) fama
= ((fi
(,+h
j(()d( =z JzHi fj(()d(
ranc
o o
ftC ) =
Pondo ƒ(Ç) j(z) +
= ƒ(z) + 7J(z
'r;(z,, ()
Ç),, obtemos:

1-‹¬(z
F(z + h)
hà -H F(z)
F(z ) : ä/i+h[f(2)
1 (, +h + W. Oldš
h Jz [f (z) + 7J(z, ()Jd(
h nf
z

1 t+ h
= f<z›+§ Mfzrz.ode.
f(z) + h Jz 7J(z , ()d(.

Como fƒ ée contínua,
continua, dado E:e >
..`> 0, 6>
O, existe D °
2:> O tal que

|t°(-2.
1 OI =
7J (z, ()I |f(Ç)
= Ij (() - f(z)1 <
- f(z)| < E:E para IC -= zlZ-I << D.5-
para I(
94 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

então Ihl
Fazendo entao |h| < {;Õ e integrando ao longo do segmento [z, z + h], teremos:
z+h], teremos:

Ii F(z fz)-1-‹¬(z) J (z) 1= 1~11


+ h~h - F (z) i _ ÍÍZ)
F (z +
z+f= 1)(z, Od(1
1[+h .
fl(2'›OdC|
1
t z+h
+h c:5 t+
z+h.
h
:s:SW
ThT Jz 1|»›z<z.o||â‹:|<,¡, ¡d<|=z-
1
1)(z, ()lld(1 < ThT J. Id(1 = c.

Isto prova que F' J; logo


F ' == ƒ; F eé uma primitiva de f.
logo,, F ƒ.

6
..
^"n

Fig. 3.15
3.15
Falta mostrar que toda primitiva eé da forma (3.13)
(3.13).. Para isto, se G eé
uma primitiva qualquer, teremos:

dd ( G(z )
z
-1:
,ii (Go) - fmdc)
J(()d() = Giz)
= G' (z) -- Ê
dd
z f<‹:›‹1<
J (( )d( = 1:
= f‹z›
J (z) -- f<z> = O.0.
J (z) =

fun~ao G(z) -~ /Z
Então, a função
Entao, t ƒ(Ç)dÇ,
J ((j d(, tendo derivada nula, eé constante (ef.
(cf.
J.3-'Uo
Corolario
Corolário 2.16, p. 57), donde segue-se que (3.13) eé a forma geral das prim-
itivas de f.

Observações. Deste teorema segue imediatamente que a integral


3.9. Observa!;6es.
de J
f ao longo de um
urn caminho ligando Zo
2:0 a Zl
21 eé dada por
ZI

lfizo f<z›dz = F‹z1›


J (z )dz = F (zJ) -
- F‹z0›,
F (zo),

J. Essa diferen~a,
onde F eé uma primitiva qualquer de ƒ. diferença, F (ZI)
(z1) -
- F(eg),
F(zo ), eé a
variação de F
varia~ao F ao longo do caminho C e também
tambern costuma ser denotada com
o símbolo
simbolo [F (z )lc . Assim,

fa f(z).zzz
fc J (z) dz =z F(z,)
F( ZI) -~ 1~¬(z0)
F (zo) == [F
[1«¬(z)]¢.
(z)lc ·
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo 95

Em se tratando de urn um contorno fecha/do


fechado que seja um círculo de centro
urn circulo
zu e raio r, a integral sobre C'
Zo símbolos
C costuma ser denotada com os simbolos

r
ƒ|z_zÚ|=T ƒ(z)dz
j(z)dz
Jlz - 'ol~r
e 1Iz _,ol _ r j(z)dz,
ƒÊz_z0|=T ƒ(z)dz,
lI,
ficando subentendido que 0o contorno tern orienta~ao positiva.
tem orientação positiva.
Vemos entao
então que o0 calculo
cálculo de uma integral curvilinea nm~ao
curvilínea de uma função
analitica e
analítica é equivalente ao calculo fun~ao. Este resul-
cálculo de uma primitiva da função.
tado e 0o teorema seguinte sao
são de importiincia
importância fundamental no calculo
cálculo das
integrais de contorno.

.10. Teorema. Sejam Co,


33.10. C}, ... , C
Cg, C1,..., Cnn contornos jechados simples,
contamos fechados simples,
tais que C1, . . . ,, C
C l , ... Cnn jazem no interior de Co
Cg e são
sao dais
dois a dais
dois exteriores um
ao outro (Fig. 3.16). Suponhamos que a regiao região compreendida entre Co Cg e
Cl,
C1, ...
. . . , Cn
Cn,, juntamente com esses contornos, esteja contida numa regiao região de
analiticidade de uma função jun9ao ƒ.
j . Então,
Entao,

r j(z)dz =
]C0ƒ(z)dz=]C]
~
j(z)dz + ... +
ƒ(z)dz+...+/Cn r
j(z)dz,
ƒ(z)dz,
k,
r
J~
desde que as
os contornos tenham todos a mesma
mesmo orienta9ao.
orientação.

CU

(¡I_'¡~;._
I '-=`

1”-Eii
_. _-_
Tal
.¡`.7'--.:*J
1 .`-¬ " Í
zaiá
-se-_ _.- n
-':f¿;§=I~"

Fig. 3.16
Justifica9ao.
Justificação. UmUrn tratamento completo deste teorema requer 0o uso de
conceitos topol6gicos estão a
nao estao
topológicos que não disposi~ao . Em casos sim-
ã nossa disposição.
ples, como ilustra a Fig. 3.16, justifica-se 00 teorema introduzindo certos
cortes Ll -L 1 , Lg
L1 e -L1, L2 e -L2 , ... , L.,
--L;_›,..., Ln e -L,-,,
-Ln, ligando Co C1 , C2
C0 a C1, , ··· , Cn,
C'z,..., Cn,
96 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

respectivamente, todos contidos em R. 0 O contorno que assim obtemos,


Co
Cg U LJ (-C
U L1 U 1) U
[-C1) U (-L
(-L1)tJ U
LJ ...
._.U Ln U
U L,, U (-C
(-Cn) U (-Ln
n) U ), envolve uma regiao
(-L,.,), região
simplesmente conexa, de forma que a integral de J ƒ ao longo dele deve ser
nula. Observando que as integrais ao longo
nula. L 1 e -Ll
lange de L1 -L1,, Lg
L2 e -Lg,
- L2 , "" L"
. . . , L,,,
Ln cancelam aos pares,
e --L,-,_ pares , obtemos:

r _ r _ r _ .. _ r ) J(z )dz 0,
(ll..~.l.;l..-~~~*l.)f<Z>e=°i =
Jeo Je JC2 lJe n

donde

r
J(z) dz :f
J ƒ(2:)dz
~
= r
J( z )dz +
ƒ(z:)d.z=:+/À
J~
ƒ(:¿)dz r
J(z )dz + ...
...+ J(z )dz.
+f f[2.')dz.
kC2, J~
r
Cu C1 Ca

Em particular, quando n = 1,
1, temos:

r ƒ(z)âz=
/Cn
Jeo
J (z) dz = r 1
ƒ(z)zz:.z.
J (z)dz .
Jet
Neste caso, dizemos que estamos deJormando
deƒormando a
o caminho de integra,iio
integração Co
Cg
no caminho CC1.
1 .

3.11. Exemplo. A func;ao


função ƒ(z) zn, onde n e
J(z ) = 2", é um inteiro não-negativo,
nao-negativo ,
eé analitica to do 0o plano e F (z
analítica em todo (2)) =
= zn+ l / (n+ 1) e
z"+1/(n+ é uma de suas primitivas.
Entao
Então,,
r
fzl
lzo
1
zndz = _ 1_ (zn+l
ZH zfldz = il
TL +
n _|_ 1
1 11
_ z"+1)
(z"+1 - zn+l)
Ú
0 )i

quaisquer que sejam os números zg e 21


numeros complexos Zo Zl e qualquer que seja 0o
integração que liga Zo
contorno de integrac;ao zü a z1.
ZI.

3.12. Exemplo. A func;iio J(z ) =


função ƒ(.=;:) (2:-a)"11 e
= (z-a)- é analftica
analítica em to do 0o plano,
todo
exceto no ponto 2'z =
: a, e tem por primitiva a func;ao
função F F (z ) = log(z -- a).
a).
Port anto,
Portanto,
/21
ZI dz
de
;,
-
-í- = 1log(2:1
0g(ZI -- a) -
-log(zo
log(z0 -- a)
a),,
Zo
zfl zE -__ aaa

desde que a integrac;ao


integração seja feita ao longo de qualquer contorno C ligando
2:9 a 2:1
Zo ZI e todo contido numa região
regiiio simplesmente conexa que exclua 0o ponto
z2: = a. Em particular, e fa.cil ver que se 0o contorno voltar ao ponto inicial
e facil
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 97

sem circundar 0o ponto 2:z = a,


a, entao Zo -
então eg - a e 2:1
ZI -- a coincidem em modulo
módulo e
argumento e ao valor da integral acima eé zero (Fig. 3.17).
3.17).

CQ
c ~_-_
C
zZE, = ,
z
=zl

aO

Fig.
Fig. 3.17

Suponhamos que C envolva 0o ponto Z.z = = a uma vez no sentido positivo,


positivo,
como mostra a Fig. 3.18.3.18. Entao,
Então, qualquer regiao
região simplesmente conexa que
conterá. 0o ponto 2:z =
contenha C conteni a, onde fƒ nao
= a, não e analitica
analítica e nao
não podemos
conduir
concluir que a integral se anula.
anula. Mas, mesmo neste caso, a formula anterior
se aplica, desde que propriamente interpretada. Urn Um modo de justificá-
justifica-
la consiste em considerar primeiro a integração
integra<;ao ao tonga
longo de um
urn contorno
parcia l C',
parcial Zo a um
C”, unindo :zg urn ponto z', ilustrado na Fig.
Fig. 3.18. Tal contorno
esta to do contido numa região
todo regiao simplesmente conexa R que não nao contem
contém 0o
pont o z
ponto = a,= a, de forma que

r ~
d
/CI â = log(z' -- a) -Iog(zo
= log(z*'
lei Z - a
- log(zg -- a).

1 _¡._

C zü = Zi.

R
Z:

F ig. 3.18
Fig.

Passando ao limite com (z' (..-z' -- a) -› (ZI


a) ---> (zl -- a) :
= (zo a)e2~i , obtemos 27ri
(eg -- a)e2“i, 2:.-ri
para 0o valor da integral. Este raciocinio
raciocínio e equivalente a considerar Zl 2:; como
Zo (Fig. 3.19), devido a que arg(zl
se fosse distinto de zg -a) =
arg(.z1 -a) arg(zU -a)+27r.
: arg(zo -a)+2rr.
Assim,
Assim,
log(zl - a)
log(.-2:1 - a) = log(z:U -
= log(zo - a) ++ 21ri;
27ri;
98 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

portanto,
[21
1
Z1
dz
dz- == 211"i
---
-
,Oz-z
Zo z-z
2'rri ==
_
dz-
1-,
-
Cz-z
cz -z '
i
ƒ dz

onde CC' e
é qualquer contorno fechado envolvendo o0 ponto a uma vez no sen-
tido positivo.

cC
a
•'I
a
z'
Z
I

,z,

Fig. 3.19

3.13. Exemplo. Vamos calcular a integral da função fun~iio log


logzz ao longo
de um
urn contorno C1C J contido nos 49"
49-, 19,
19 e 29
29, quadrantes, com ponto inicial
z = final z =
= -i e ponto final = -1, como ilustra a Fig. 3.20. Lembramos que
(z log z -- z)' =
(zlogz = log z, e que, qualquer que seja 0o ramo escolhido para 0o
logaritmo, arg(
arg(-1) arg (-i) + 37r
- 1) == arg(-i) / 2. Assim,
3'rr/2.

r logzdz
/C
ic, log zdz = [z log z -- z]c,
[zlogz zlg,

= (- I )i arg(-I)
(-'1)ífi›1"s( 1) - (-1)
( 1) - [(ll - i)iarg(-i) - (-i)1
í)í*1fs(-'¿)- (-'ill
=
= --ii [arg( -i) + 3; + 11 -
[arg(-i) 1
arg(-i)
- arg( -i) -- i

= l-i(1+3;)
1-i(1+3í7r) -(l+i)arg(-i).
-(1+i)arg(-i).

expressão nos mostra que 0o resultado depende de arg(


Esta expressiio arg(-i),
-i) , ou seja,
depende do ramo escolhido para 0o logaritmo. Costuma-se fazer essa escolha
dizendo, simplesmente, como deve ser log logzz para certo valor de z. Por
exemplo, basta dizer que log z ée real quando z for positivo (ou que log 11 = 0)
para lixar
fixar o0 argumento de -i em -11"/2;
-1r/2; ou, se dissermos que log 11 = 21-ri,
= 27ri,
Capitulo 3: Teoria da Integral 99

então arg(
entao -i) ==
arg(-i) 31r/2; e assim por diante.
= 311"/2;

4
CI

C2

Fig. 3.20
Deixamos ao lei
leitor
tor a tarefa de calcular a integral da mesma função
fun~ao ao
longo de um contorno C2 ilustrado na Fig. 3.20.

referência a
3.14. Exemplo. Ainda com referencia ã Fig. 3.20, vamos calcular a
vz
integral de \/E ao longo do contorno C2. Obtemos:

ÍC2 ./azz = ~Ê3 [zVzJc


{ VZdz
lc,
= É~ (-R
[z,/ac,' 3 (__,/T1+z./Ti).
+iR).
Para efetuar 0o calculo
cálculo desta ultima expressão e
última expressao é preciso especificar
especificar um ramo
da raiz quadrada. Se tomarmos R \/T1 = = i, teremos R = = (-1 + i) //\/2,
v'2, ao
A == -i,
passo que se tomarmos \/-_1 - i, teremos R I (1 - i)/v'2.
= (1- /O 0 resultado
integra~ao sent
da integração será

-%-5 1 + t(l + V2) 1 e +-3`/Ê[1+f¿(1+\/2)),


[1+i(1+×/2)]
v'2[.
-""3
respectivamente.
respectivamente.

Exnncíclos
EXERCICIOS

Nos Exercs. 11 a 11, mostre que sao


são nulas as integrais das func;5es
funções dadas sabre
sobre as
os contornos
C clados. orientação de C e
dados. Observe que a orient~a.o é irrelevante.

: ~~ e C e
+1 . .
1. ƒ(z)
fez) == Ê? e ao cireulo Izl = 2.
c1rculo|z:|=
2
3 , .
2. fez) =
ƒ(z) 3Z'2. C' e
eC e a0 cireulo Izl = 3/2.
c1rculo|z|=
z + ,
3zez
3.
3. fez) = ' Ceo eireula
3,ze' eECÉÚCIÍCÚID Izl = 5/ 4.
z +3
100 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral
In tegral

log(z
log{z -
f{z) =_ ii 211) e Ceo quadrado de vertices ±I ± i.
- 2i)
4. ƒ(z) C' é o vértices :lzl i
z+2
5. log~z + 11) eeC'éocu'c11lo:r2+*y2-2:r=0.
l
f{z ) = %¿z_i$)-)
ƒ(z)_
.
Ceo circulo x' + y' - 2x = o.
z - 9
õ.
6. ƒ(zz. log;z + i) ee C
f{z) == __-1°Í§""_+9¿l é 0 cireulo
Ceo x' + if
camila z2 y' + 2x = o.
:az =
z - 9
7. f{z ) =_ IOg{z,
ƒ(z) - I + i) ee Ceo
1og(;_+19+ C' É o quadrado
quadrado de ±I ee ii.
vertices :l:1
de vértices ±i .
z +9
8. fez ) == 1/
ƒ(z]› z2 e C
1/22 C' e
é qualquer contarno
contorno envolvendo a origem.
, ze:
ze* . . . .
9. ƒ(z)~
f{z ) == log{2z
3) + 3) e Ceo vertrces ±I
C' e o quadrado de vertices :I:1 e ±i.
:I:i.
cosz . .
f{z) =
10. ƒfzl C e o circulo Izl
cos: e Ceo
_ -_- = 1.
|z| =
` ' sen?-'zz
sen
II. f{z ) == se~
11. ƒ(z] 8% z e Ceo círculo Izl
C é 0 circulo = 1.
|z|=1.
cos z
Nos Exercs-
Exercs. 12 a 15, calcule as integrais das fuut;oes
funções dadas sabre os contornos C
sobre as C'
dados.
fez ) =
12. ƒ(z) /z e C vai de -i a +i, passando pelo
= l1/z Res >
peiD semiplano Rez I> O.
0.
f{z ) =
13- ƒ(z)
13. /z e C vai de --ii a +i, passando pelo semiplano Res
= I1/.t Rez < O.
0.
C' ée qualquer areo
fez) == log .tz e C
14. ƒ(.e) arco que vai de -1 a ii e que, a
à. exceção extrem ~s , esta
excec;ao dos extremos,
situado no segundo quadrante. Especifique
Especifique o0 logaritmo tomando log(-1)
log(- I ) =
= -in.
-i7r.
f(z) =
15. ƒ(z) JZ+f
= \/z +1 e Ceé qualquer areo + 9i, passando aã direita
arco que vai de -1 -- 4i aa. -1 +
do ponto -1. Especifique f(O) == -1.
Especifique a raiz quadrada tomando ƒ(0) - 1.
16. Combinando asos resultados dos Exercs. 12 e 13, calcule a integral de ffez
(z)) =
= l1/.z
iz sobre
sabre
qualquer contarno
contorno fechado simples CC envolvendo a origem positivamente.
positivarnente.
17. Seja ff uma função regiao simplesmente conexa R con
analítica numa região
funr;ao analitica contendo
tendo o0 ponto
zu.. Prove que
Zo
z _
J Â-Lda
çd f {z) dz = 2"if{ zo),
2rriƒ(z0),
JcC Z-Zo
Z _ Zu

C' e
onde C é qualquer conto~no
contorno fechado que envolva a origem uma vez no sentido positivo.

18. Mostre que 1


"=l:|:2
-/=-
-iii =
z2 -- 11
1=2 Z
= o.
0.

19. Mostre que ƒ


i -Ez
dz
_ o.
-,- -- =
1::1, =2hi z2+1
z +1
0.

20. Mostre que í


i
1¡E:_
32 dz ._
Z + tz - 1
.z --z+zz~i
=1=2O Z
dz
:. = o.
0.
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 101

SUGESTOES

4. Para especificar logaritrno, e


especificar 0o logaritmo, é necessário
necessaria introduzir algum corte; por exemplo,
-3rr /2 < arg(z -- 2i)
-31r/2 211) < 1r
fr//2.
2. Verifique
Verifique que qualquer outro ramo conduz ao mesma
mesmo
resultado.
5. Veja: log(z +
+ 1) == log[z -- (-
(-1)].
I )J. Especifique um ramo adequado do logaritmo e
Especifique urn
verifique que 0o resultado independe dessa escolha.
verifique
9. 1og(2z +
log(2z + 3) ==1og2 + log(z + 3/
log 2 + 3/2).
2).
17. Utilize 0o Teorema 3.10 e adapte 0o resultado do Exerc. 24 cia
da p. 88.
+1
z-
-21 z - - _1_),
_ š (~I
18. Como 12 1_ 1 = (Z í 1
Zi 1), a integral decompoe-se
z+l
decompõe-se em duas. Outro modo:
Outra

utilize 0o Teorema 3.10 e interprete 0o integrando como 5% fez) j 0o que e


fez ) e como ;%)1; é
z- I z+ I
J(z)
ƒ(z) em cada caso?

FORMULA
FÓRMULA INTEGRAL DE CAUCHY

3.15. Teorema. SejafumaJun9ao


Seja f uma função analitica
analítica numa regiao
'região simplesmente
conezca R. Entao,
conexa Então,

fa)
J(z) = ~
= _1 J id
,Wii ƒ(Ç)
¿_Z 4,
J(() d(,
2",le(-z
E R e C e
onde z2.' ERe é qualquer contorno fechado
Jechado simples de R,R , que envolve z
uma vez no sentido positivo e cujo interior esta
está todD
todo contido em R.

Demonstração.
Demonstra9ao. 0O resultado aqui enunciado,
enunciado, conhecido como "formula“fórmula
Cauchy", ée corolário
integral de Cauchy”, Exerc.
corolario imediato do Exerc. 17 atrás.
atras. Para vermos
isso, basta trocar a variável
isso, lá. aparece por (Ç e trocar Zo
varill.vel z que Ill. zg por z.
2;.
importância dessa fórmula,
No entanto, dada a importancia demonstra-la de-
formula, vamos demonstrll.-la
talhadamente. Seja {jÕ > 0 tal que 0o disco I( - zlz| É:S (j6 nao
|Ç - não contenha pontos
de CC,, como ilustra a Fig. 3.21. Designando por Co C¿ 0o contorno desse disco,
o Teorema 3.10 permite escrever:

J J(() d( = J J(() d( .
le ( - z le, ( - z
Vamos escrever esta última
ultima integral como soma de duas outras, de acordo
decomposição
com a decomposi~ao

f(C) J(z) + [J(()


J(() == f(2~') lf(C) -_ f(2)l;
J( z)J;
102 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

assim obtemos:

1 no _ f(z) 1 Ã
ftC) d( = ~ + 1 no-f‹z)
f(O - f(z) de.
iizE`f-_zd<'f(Z)Íi¬.<-z+Íi.
Ie ( - z Ie, ( - z Ie, (c-z
- z dg'

cC
Ca

Fig. 3.21
A primeira integral do segundo membro e ja vimos; portanto,
21rt, como já.
é 27ri, portanto ,

27ri f (z) ==
2mƒ(z) 1 Ef-Êlšdç
É 1
f(O d( _- já ftC) - f(z) de.
Ie ( - z Ie, âç.(- z (314)
(3 .14)

Esta última também e


ultima integral tambem fe
é zero. De fato, como f contínua, dado 65 > 0,
é continua,
podemos tomar {j6 tao
tão pequeno que

I(
IÇ -- ZIzl <:::É {jÕ =?
=> |f(C) f (z)1 <
If(O -~ f(2)| < 6.
E-
condições,
Nestas condi~6es,

[À 1 11(0 - f(z) lld(1 <:::é É~ ƒ¿,


1 f tC) - f(z) d( 1<:::s já 1¿ ldcl
Id(1 =
1Ie, f-Kšäøgídcl
(- z Ie, 'f(Í2:í¡(Z)'|dc|
I( - zl {j Ie,
= 27r6.
2?-fa.
Portanto, a integral sobre Cli
C5 em (3.14) tem
tern limite zero com {j6 -› O, limite
_ 0,
este que e
é 0o próprio
proprio valor da integral. Isto completa a demonstr%ao
demonstração do
teorema.

fórmula integral de Cauchy e


A formula é instrumento básico
basico no estudo das funções
fun~6es
analíticas.
analiticas. Ela revela,
revela, de imediato, alguns resultados surpreendentes e
de importância fundamental. Por exemplo, uma simples inspeção
importancia fundamentaL inspe~ao dessa
fórmula nos mostra que basta 0o conhecimento de fƒ nos pontos (Ç do con-
formula
torno C para que possamos calcular f f em qualquer ponto z do interior de C C..
ja nos diz que a condi~ao
Isto já condição de analiticidade eé muito restritiva: os valores
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 103

fun~ao ff estao
da função estão todos interligados e nao
não podem ser alterados
alterados,, seja numa
regiao,
região, ao longo de arcos ou mesmo em conjuntos mais restritos de pontos,
sem que isto viole a condi~ao
condição de analiticidade. Veremos, no Capitulo
Capítulo 6,
6, que
a interdependência
interdependencia dos valores de uma função analítica e
fun~ao analitica é ainda mais forte
do que, a vista, nos mostra a fórmula
à primeira vista, formula de Cauchy.
Cauchy.

Derivadas
D erivadas de todas as ordens

Como importante conseqiiencia


conseqüência da fórmula
formula de Cauchy, vamos provar agora
que uma fun~ao
função analitica
analítica possui deriVadas
derivadas de todas as ordens.

3.16. Teorema. Uma fun~iio analitica. numa regiiio


função analítica região R possui derivadas
de todas as ordens, as quais, por sua vez, são
siio também
tambem analitica.s
analíticas em R e
podem ser obtidas da fórmula deriva~iio sob 0o sinal de inte-
formula de Cauchy por derivação
gração.
gra~iio.

Demonstra~iio.
Demonstração. Sejam z2: umurn ponto qualquer de R e C um urn contorno
fechado simples todo contido em RR,, cujo interior seja simplesmente conexo,
conexo,
contenha 0o ponto z e esteja todo contido ern
em R. Vale entao
então a fórmula
formula de
Cauchy:
Cauchy:
f (z) =__
fiz) ~
_ Ê;
1 1
fc
f(Ç)
f (() de.
:Edí-
2ml e (-z
Admitindo, por um deriva~ao sob o
urn momento, a derivação integra~ao , e
0 sinal de integração,
derivando sucessivamente, obtemos:

1 f (() J" (z) == ~ já


f'‹z› == 27Ti1 já
I
f (z) Ie ¡¿%z),,-dc.
(( _ z)2 de, f"‹z› 1 ,ff-%d<.
27Ti Ie ((
f (() de·
- z)3 '
e, em geral,

f<")‹z› = li. jl -f-(Q-dc,


2'ff'fz c (Ç - 2-')"+1
onde n e urn inteiro positivo qualquer.
é um
Essas fórmulas,
formulas , depois de demonstradas, não só estabelecerao
nao so estabelecerão 0o resul-
expressões para as derivadas de fƒ em
darão ainda express6es
tado desejado como nos darao
termos de seus valores sobre C C..
104 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

formula da primeira derivada f'


Para demonstrar a fórmula ƒ',, devemos mostrar
que
que

= I(z + h) - I(z ) _
F _f(2‹'+h)-f(Z) 1 f(C)I (() d(
F` h'fz Íiz(c-z)2dÇ
Ie (( - z)2
-› O.
tende a zero com h -> 0. Para isso usamos a formula fun~ao
fórmula de Cauchy da função
I::
f

F Ii
F Z -fiã~f(Ç)(c¬i-h
21rih e
I(()
(-z-h
(1
---
cíz ((_z)2
(-z
d(
(<Íz)2)dÇ
1 h)
_ L
~1 fííl _
1(0
~ z.zrt<<-z›2‹<zz-zz›d<
21ri Ie (( - z)2(( - Z - h)
d(

Como z ¢ QÉ C e C
C' eé um
urn conjunto (topologicamente) fechado
fechado,, urn
um result
resultado
ado
elementar de topologia metrica
métrica (demonstrado como Lema 6.1 na p. 179)
gar'ante vizinhan~a de z, de raio d, que nao
garante que existe uma vizinhança não contem
contém pontos
de C, como ilustra a Fig. 3.22. Em outras palavras, I( |Ç -- zl
z| 2 d para todo
(ÇE tomando Ihl
E C; eetomando |h| < d/
cl/2, também: I(
2, teremos tambem: -z -hl 2 I(
|Ç-z-h| - zl -Ihl > d/
|Ç-z|-|h| d/2.
2.
expressão anterior de F
Daqui e da expressao F,, obtemos:

IFI ~ já
IFI <5 É 1 %ã)/-'2dc-
I/2 (()I d(.
- 21r Ie d . d/ 2

Qúf i
C

Fig. 3.22
Fig. 3.22
Finalmente, sejam L 0o comprimento de C e M maxgeg I/(()I
M = mffi«Ee |ƒ(Ç)| (este
máximo
maximo existe por ser I
ƒ função contínua
funC;ao continua sobre o
0 conjunto limitado e fechado
Então, IFI :s:
C). Entao, Ê Ih lM L / 1rd • Isto prova que F -›
|h|ML/'n°d2.2
-> 0
O com h ->
-› 0
O e condui
conclui
demonstração do teorema no que diz respeito a
a demonstra~ao ã derivada Ii
ƒ'.
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 105

segunda parte do teorema, referente as


Resta provar a segimda às derivadas fin),
I (n),
cam
com n > 1. Faremos isto provando um resultado mais geral, objeto do teo-
contém, como corolario,
rema seguinte, que contem, corolário, 0o teorema anterior.

3.17. Tearema.
Teorema. Sejam CumC' um caminho qualquer, lechado
fechado au
ou nao, g(z)
não, g(z:)
uma função
fun9ao definida pam 2:z E C
definida e continua para C,, en
e n um inteim
inteiro positiuo.
positivo, Então,
Entao,
função
a lun9ao
I(z) = ( y(C)
f ( z l = fC -ía
g(() d(
lc (( - z )n (c « zr
eef regular em todo ponto 2:z ¢ C, e possui de'rivada
deriuada dada por
par
, ( g (()
Iƒ*(z) ze/
(z) = n lc %âç.
.¿;‹ (( -
_ zz )n+l de ·
Demonstm9ao, Sendo F
Demonstração. F como antes, a formula
fórmula que define função If
define a fun~ao
nas
nos da:
dá.:
F:=
F fc Ggd(,
Ggeç, (ais)
(3.15)

onde
G=~[
1 1
1 _ 1
1 ]_ nn
G hzh lu:-z-hr
((- z -h )n T ((_z
(c-zrl
)n (c-zrfl' ((_z) n+l'
Vamos mostrar que podemos fazer esse G arbitrariamente pequeno,
desde que Ihl
|h| seja feito suficientemente
suficientemente pequeno. Por conveniencia, pamas
conveniência, pomos
aa=Ç-z-heb=Ç-z.
= ( - z - h e b = ( - z. Entao,
Então,
n
G _ 1 ( 11 1) n _ bbn --an an n
G_= h
h anan - bn
bn - bn+l = (b _ a )anbn
b“+1 _ (b- a)a“;b" - bn+ 1.
b"'+1'
demonstração no caso n = 1
A demonstra~ao 1 eé identica
idêntica ãit que fizemos anteriormente
para a função I'. Portanto, a partir de agora suporemas
fun~ao fi. suporemos n 2: 2 2. Então,
Entao,
G _ Ib + an - 2 b2 + ... + abn - 1 + bn _ nan
an-1b_|_an-2b2_|__H_|_abn-1_|_bn_nan.
an-
G = __ anbn+1
anb n+ 1 I
an- I(b
: an`1(b - _ a) +
+ an"2(bn f an) + . .., +
a n - 2 (b 2 _ a 2 ) + .. + a(b n- I -
a(bn_1 _ an- + (b
I) +
an_1) (bnn -
_ an)
nbn+ 1
a¿¡nbn+1 `

Camo demonstra~ao anterior, existe uma vizinhança


Como na demonstração vizinhan~a de 2:,
z , de raia
raio d,
d,
que nao contém pontos de C (Fig. 3.22). E tomando Ihl
não contem |h| < d/2
d/2,, teremos
I(IÇ --2:1zl 22: de
d e I( - z -- hi
|Ç-z h| >
`;> d/
d/2.
2. Daqui e da expressão
expressao anterior de G, obtemos:

¢G|sW[|zz lo-‹z>|+|‹z W-zz2›|+...1<b"-r›|].


2% T1- *11.-
106 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

oO importante a observar agora eé que a expressiio


expressão entre colchetes que
ai contém como fator comum Ib
aí aparece contem |b -- al
a| = Ihl;
|h|; o0 outro fator eé limi-
tado por uma constante K K que niio
não depende de (Ç E C e de h. Assim,
Cede Assim,
IGI n 1 2
5 22"'+1|h|K/d2(”+1).
IGI :0:: + IhIK/d (n+ l ) . Agora e
é s6
só levar esta estimativa em (3.15) e ter-
minar a demonstra~iio
demonstração como no caso já ja tratado anteriormente.

3.18. Observa.;ii.o.
Observação. 0 O Teorema 3.16 nos mostra que a condi~ii.o
condição de
analiticidade eé bastante restritiva, pois nos diz que uma funçãofun~iio analitica
analítica
região R
numa regiiio R tem região, as quais,
tern derivadas de todas as ordens nessa regiiio, quais ,
portanto,, siio
portanto são tambem
também analiticas.
analíticas. No fundo
fundo,, isto ée mais uma conseqiiencia
conseqüência
do Teorema 3.5 (p. 91 91), fórmula integral de Cauchy, dada no Teorema
), via a f6rmula
3.15.

3.19, Teorema de Morera. Seja ff umafun9iio


uma função continua numa regiiio
região
R, tal que
fa J(z)dz
Á' ƒ(z)dz =
=0

R . Então
para todo contorno fechado C C R. e
Entiio ƒf É analitica
analítica em R.

Demonstração. zg um
Demonstra9iio. Seja Zo urn ponto qualquer de R, porém
porem fixo.
fixo. A ex-
pressão
pressiio
F‹z>
F (z) =
= t f‹c›d<
Jzo
f(()d(

integra~iio. Como na demonstra~iio


independe do caminho de integração. demonstração do Teorema
3.8, F fun~iio analitica
Feé uma função fun~iio F' =
analítica em R e sua derivada eé a função = f. Pelo
Teorema 3.16, F' também
tambem eé analitica
analítica em R, é, fƒ eé analítica
R , isto e, analitica em R,
R , 0o
demonstra~iio.
que completa a demonstração.

Einteressante observar que esta demonstração


É demonstra~iio baseia-se inteiramente no
teorema de Cauchy. Em outras palavras, a recíproca
reciproca do teorema de Cauchy
eé conseqiiencia
conseqüência dele mesmo!

.20. Teorema de Liouville. Uma função


33.20. fun9iio inteira (isto e,
é, analitica
analítica
todo 0o plano) e limitada e
em todD é necessa1"iamente
necessariamente constante.

Demonstração. Seja ƒf a referida função,


Demonstra9iio. fun~iio, e M
M uma constante tal que
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo 107

If(z)1
| f :;;SM z . De acordo com a formula
M para todo z. fórmula integral da derivada,

II
= __1 J md
1 ff(()
(C) d ,
ff (z) = fe ((
21Ti fg
2rri (Ç -_ z)2
z)2 (,
Ç

onde z eé um
urn ponto qualquer e C urn arbitrario envolvendo z uma
um contorno arbitrário
vez no sentido positivo. Em particular, tomando para C 0o circulo I( - zl = rr,,
|Ç -z|
obtemos:

z 1 If(C)| M _M
lflzllígƒíç Irfidfiímƒ Z' Tldçl-Ír¬
-2= T IC- =
Como rr eé arbitrario,
arbitrário, fazendo r --t
-› 00 f'(z)
oo,, obtemos f' (z) =
= 0; isto sendo verdade
para todo
to do z, concluímos que ff e
z , conc1uimos é constante, como queriamos
queríamos demonstrar.

3.21. Teorema flmdamental Algebra. 0


fundamental da Álgebra. Liou-
O teorema de Lion-
ville permite fazer uma demonstra~ao
demonstração simples do teorema fundamental da
Algebra, polinomio de grau n 2:
Álgebra, que diz: todo polinômio 2 11 possui ao menos uma raiz.
raiz.
De fato, seja

P(z) =_ o",znn + an_ lz nn-1


P(z)~an2r'+a,,,_1z -1 + ... + alz + aO,
+...+a1z+a0,

2 11 e an "I
onde n 2: 79 O. Suponhamos, por absurdo, que P não anule, de
nao se anule,
forma que

1 1
f<z›-1
f(z) - -
-1 P(z)
-~ - - - - . , .1- - - - -
P (z) - o",zn + ~ -+ ao-e
+ ... + alZ
a,,z"+a,,_1z“'1+...+a1z+a0
o",_lZn -l

eé uma fun~ao
função inteira. Como ff (z) -› 0O com z -› 00
--t oo e fƒ e
--t é continua,
contínua, portanto,
limitada em qualquer parte finita concluímos que ff ée limitada em
finita do plano, conc1uimos
então, que fƒ e
todo 0o plano. Pelo teorema de Liouville segue-se, entao, é constante,
tambem ée constante. Logo, fƒ e
P (z) também
o0 que acarreta que P(z) é identicamente mila
identícamente nula
(pois e
é igual a seu limite no infinito). Isto e
é absurdo, visto que P (z) e
P(z) é finito
finito
to do z, donde a veracidade do teorema.
para todo

Exsaoíoros
EXERCicIOS

Use a formula
fórmula integral de Cauchy para calcular as integrais descritas nos Exercs. 1 a 13
13,,
são todos percorridos no sentido anti-horario.
onde os contornos sao anti-horário.
108 Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo

1. 1
,_ ff
: - 11=2 zZ'
1_z-1|=2 -2'
2
Lff_
zdz 2_ ÍÇ
2. 1 Iz+II=2
ala
zdz
z+2'
|z+i|=2 z+2
,_ ÍÇ1
3.
J;Z-
§&j,,_,_
sellZ dz
ZiI =2 Ez -_ iE .
Jz-2-z'|=2

4.
4. 1 Í;
EFE z-r
Izl=2
zcos~ dz.
dez.
Z - '1,
5.
5.
t-11 ~'
f
e;zdz
z+i
,E_ll=2 2+:
6.
6. 1
f
M 1 11-22
;;ZI=l
qi
izdz dz.
ía,-.«.
- 2z

7_ 1
7.
f'
1e;' dz
ir
8. 1
8_ if|:_1|:2 zÊ_flff*__
e' dz
.If
9_ ig1|z|:1. ;%,¿,,_
9. ,/z + 5 dz.
¡z_1|:2 'ir-2::
Iz - 11=2 7r - 2z' -4
1: - 11=2 Z2 - 4' 1;zl=1 1 + 2z
1+2z

10
10. 1 ~dz,
fe
èäds, cnde
Z + 1
onde Ceo
C é o quadrOOo
quadrado de vertices il + i.
vértices zero, 2i, e ±1

ll
11. ~dz
1 «%dz, , onde Ceo
G é o quadrado de vertices
vértices zero, -2i,
-2:1, e il±1 -
- i.
Ie zz +1
Z

12
12. 1 -ieièdz,
f c .cg
:1ze
- 2.2 - 3
z -2z-3
dz , onde Ceo
C é o losango de vértices ±i.
i2, e :I:il.
vertices ±2,

1
13. j ;Og(;.+
dz, o logaritmo e
5) 3 dz , onde 0 fixado por 1og5
é fixado log 5 > O.
0.
+
" zl=2
zi=2

14. Use a fórmula


. Z -
_ 'lZ

formula da derivada para calcular


1
'E |:3
c08(z' +3z-1 )
cost?
()
2

(2a
+2
---_

32,, nda.
+ 3)-
2z + 3
dz.

'1
lz\ =3
. 2 _
15. Calcule % z2 dz.
+z+i
( ')3 dz.
_|:|:1
1: 1=1 (42:-1)
4z - '/,
1 ( 2 +)222) dz. Observe que esta integral
16. Calcule
 1
1 'z› 1I ~1
do logaritmo.
=1
log(z'
dz.
3z -_ 2 _
independe do ramo particular

Calcule as integrais dos Exercs. 171? a 20,


20, fixando função J
fixando 0o ramo da func;ao Z2 + 4 pela
V' 32
condic;ao J4 == -2 e tomando para CC' 0o quadrado de vértices
condição \/Ã il ±
vertices ±1 i i.

17. 1 v'Z'+4 dz.


17 ' f e¿¬4z:2+4z-3
Iíí”cz2+4az
4Z2 + 4z - 3 `
13
18.
'
1 íí”E2+4az
v'Z'+4 dz.
f e042:?-aiz-1'
4Z2 - 4iz - 1

19.1
19 ff
Ie Z2 -
v'Z'+4
“+4 + 4i azz.
2(1 + i)z
d zu il
20 iE, (2z' +
Z E
l )'/z' 4 '
(232-|-1)-flzí-|-4
dz.
+
.zzz

21. Seja fƒ uma fun~ao


função analitica
analítica numa região simplesmente conexa R,
regiao simplesrnente C' urn
R, e seja C um con-
torno fechado simples contido em R. Prove que, para z interior a C,

Prove, mais geralmente, que


l1C É
!'(()d( ~l
Ç -zdš Z Í(§¬(c~z)2”K'
I e (-z
.ll f(()
I e (( - z)'
d(.

1 f`°'“(Ç) ~ n! 1
f (n) (() d( __ f(Ç)
f(() d(.
Ie (-z Ie (( _ z)n +1
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 109

¡|-

RESPOSTAS E SUGESTOES

1.1. zm.
47ri. 2. -47fi.
2. -zm. 3. 1[(1-
3. -zi-(1-52)/z.
e' )/e.

4. «ff(â2+1)/e.
4. 1[(e' + 1} / e. 5. 2rrie.
5. ezffaz. s.
6. if/2.
7r/2.
7. 1[.
7. ff. s. i1fe
8. az?/2.
2
/2. 9. 31ri/
9. ser/\/š.
../'i.

10. 1[.
fr. 11. -7r.
-a. 12. 1[i/ 2e.
ai/2e.

J Z2 + 4 = VZ
17. Observe que x,/2:2 da -- 2i
2i¬,/z
Jz+ + 2i
2i,, de sarte
sorte que essa função será negativa em
func;ao sera
todo 0o eixo real se pusermos

~ < arg (z - 2i) < %+21r


%<arg(z-211) ~ + 21r e 1[ <arg(z+2i)
- -š
- < arg ( z + 2') < 31r
~ <-.
2 2
Isto corresponde a fazer daisdois cortes ao longo do eixo imaginario,
imaginário, urn
um de +2i
-I-2i a +ioo
+'¿oo e
outro de --21.*
o autro 2i a ---ioo. (Faça uma figura
i oo. (Fw;a figura para entender bem
bern 0o que se passa.)
passa. ) Escreva
o integrando na forma
v'Z'+4/
vga? 2(2z + 3)
+ 4/2Í(g2z
z -- 1/
1/22
e aplique a formula de Cauchy.

FUNÇÕES HARMÕNICAS
FUN<;:OES HARMONICAS

função u(x,
Diz-se que uma fungao y) e
a(:r, y) é harmonica
harmônica numa regiiio
região RR se nesta região
regiao ela
possui derivadas de segunda ordem e satisfaz a seguinte equagao
equação,, conhecida
como “equação
"equac;ao de Laplace)l:
Laplace”:

Õgn 62a

J (z) == u(x,
Seja ƒ(z:) y) +
'a(;r, y) + iv (x, y)
in(r, y) uma fungao
função analitica regmo R.
analítica numa região
Pelo Teorema 3.16, J ƒ possui derivadas de todas as ordens em R. Como
d/de =: a/
d/dz Õ/ ax
3:1: == a/ a(iy) , as derivadas sucessivas de J
Õ/Õ('¿y), f podem ser calculadas
derivando repetidamente em relagao relaçäo a af: relaçäo a iy.
x ou em relagiio ty. Vemos assim
fun<;oes u(x,
que as funções y) e v(x,
'u.(a:, y) y) possuem derivadas contínuas
n(:r, y) continuas de todas as
ordens em R. Podemos entao então derivar as equagoes
equações de Cauchy-Riemann,
Cauchy-Ríemann,

um í 'e í 112135
110 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

urn número
um nlimero arbitrario
arbitrário de vezes. Em particular, derivando a primeira delas
rela,iio a x:rf e a segunda em relação
em relação rela,ao a y, e somando os resultados membro
a membro, obtemos:
U xx +
uz; + U yy =
Uyy 0
= O (3.16)
l-
Il
-_

Com 0o mesmo procedimento, porém


pon§m derivando a primeira em rela<;ao
relação aaye
y e
a segunda em relação
rela,ao a :13, vern:
x, vem:

V xx + V yy = o. (3.17)

Podemos ver também, derivações sucessivas de (3


tambem , por deriva<;6es (3.16) (3.17),, que
.16) e (3.17)
om+nu op+qv
Ô”""'"'u Ôpflv
quaisquer derivadas parciais de u e v -- digamos ô¿Bm_ ay”, ôxpôyq - sao são
oxmoyn' oxPoyq
também harmônicas em R.
tambem harmonicas

A questão
questao que se põepoe naturalmente eé a de saber se qualquer função fun<;ao
harmônica
harmonica pode ser considerada parte real ou parte imaginaria imaginária de uma
função analítica.
fun<;ao analitica. A resposta a esta questiio
questão eé afirmativa,
aíirmativa, como veremos a
partir de agora. Existe entao
então uma Jiga,ao
ligação intima
íntima entre a teo ria das fun<;oes
teoria funções
analíticas e a teoria
analiticas teo ria das funções harmõnicas.
fun<;oes harmonicas.
A titulo
título de ilustra,ao,
ilustração, seja

u(a:, y) = 9:2 - y2, (3.l8)


(3 .18)

que e harmonica em todo 00 plano,


é harmônica plano, como se verifica
verifica prontamente. Vamos
determinar a fun<;iio
função v correspondente, usando as equa<;oes
equações de Cauchy-
Riemann. Temos:
umx =
V = --uy = 2y;
Uy =

integrando em relação
rela<;ao a az,
x, obtemos:

vfu == 2xy+
2xy + g,

onde 9g e é uma fun<;ao


função arbitraria
arbitrária de y -- a "constante
“constante da integra<;iio"
integração” em
relaçäo a xzc.. Derivando esta última
rela<;iio ultima equação
equa<;ao em relação a y e usando Vy
rela<;ao aye ny =
umx =
U 2.1, obtemos g'(y) == 0; logo,
= 2x, logo, 9g eé uma constante arbitraria
arbitrária e vfu = 2:z:y+g.
= 2xy+g.
Daqui e de (3.18) segue-se que

ƒ(z)
J(z) =: u(x, y) + iv(x
i'v(:r:,, ~y) x 2 + 2ixy
y) =: 3:2 21:53; - y2 + const. == (x
- zé/2 iy)2 + const.,
(zr + iy? const.,
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 111

au
ou seja,
seja,
/ (z) =
ƒ(z-:) z2 +
= :ag const .
+ const.

Função harmonica
Full(;iio harmônica determina
deterrnina func;iio
função analitica
analítica

Vamos considerar 0o problema na sua generalidade.


generalidade. Seja u(x,
u($, y) fun~ao
y) uma função
harmônica numa região
harmonica R , que supomos, por enquanto, ser simplesmente
regiao R,
conexa. Vamos deterrninar
determinar v(x,
u(x, y) de forma que /f = u-I-io seja analitica
= u+iv analítica ern
em
fun~ao v
R. A função -'U assim deterrninada e fun~ao harmonica
determinada é chamada a função harmônica conjugada
da função fu ée determinada pelas equa~iies
fun~ao u. Como no exemplo acima, v equações de
Cauchy-Riemann. Devemos ter:

de = aids + oydy = -uyds: -|- uídy.

fun~iio v
Isto nos leva a procurar a função n na forma

(Ia))
(X,y
v(x, 'ug +
'u(z, y) = vo
l
-*rf
(xo ,Yo)
(Iuzanl
,(-uyda: + uxdy),
(- ny dx -|- urdy), (3.19)

onde voog = o(rU, YO)


= v(xo, yg) e (xo, yg) e
(rg, YO) é urn
um ponto de R R fixado arbitrariamente
arbitrariamente..
caminho de integra~iio
Se a integral acima for independente do carninho integração,, a função
fun~ao
v'U que ela define
define possui derivadas continuas em R, R , satisfazendo
satisfazendo,, juntamente
com u, n, as equações Cauchy-Ríemann; logo, /f =
equa~iies de Cauchy-Riemann; : u + ivto e
é analitica
analítica ern
em R.
oO problema se reduz, entiio,
então, a provar que a expressiio
expressão -uydz um dy e
-uydx + uxdy é uma
exata; mas isto equivale a verificar
diferencial exata; verificar que a integral desta expressiio
expressão
ao longo de qualquer contorno fechado C em R ée nula. Designando por par R'
o interior de C C' e tendo em conta 0o Teorema 3.4 (teorema de Green, p. p . 90),
obtemos:

fa (-uy dx + uumdy)
j{:f(-nydzr Jk'
xdy) == //RF(ufl. + ufu,.y)dxdy
(u xx + yy)dxdy == 0,

onde usamos 0o fato de que uu. e harmonica . Isto conclui a demonstra~ao


é harmônica. demonstração da
existência da função
existencia U, a qual e
fun~ao v, fun~iio u, a menos de uma
é determinada pela função
constante aditiva arbitniria ug, como mostra a expressão
arbitrária vo, expressiio (3.19).
112 Capítulo 3: Teoria da Integral
Capitulo

Regioes
Regiões rnultiplamente conexas

No caso de uma regiao fun~ao conjugada v


região multiplamente conexa, a função po de ser
'U pode
multivalente.
multivalente. Exemplo típico é dado por u = log J
situação e
tipico desta situa~ao x2 +
¬,/.rg + y2.
Por simples deriva~6es , verifica-se
derivações, verifica-se prontamente que essa fun~ao e harmonica
fimção é harmônica
em todo 0o plano,
plano , excluída
excluida a origem. Substituindo-a em (3.19), obtemos:

(Wi)
(X xdy -
'Y) :rdy - ydzr
ydx
v(x,
U($: y)=vo+ j
: U0 +ƒ($ü1yU)
(XO,Yo)
m22
x
+2
:U2
+y
integra~ao 0o contorno formado pelos segmen-
Escolhendo como caminho de integração
tos retilineos ligando (xo
(arg,, YO)
fyg) a (x
(ai,, YO
yg)) e (x
(zr,, Yo
yg)) a (x, y ) ((faça
(ac, y) fa~a uma figura),
figural ,
a expressa.o
expressão acima nos dá:da:

x Xo Y Yo
v(x
o(;r,, y) = og -- arctg -E +
= vo + arctg -E ++ arctg -É - arctg -ZE.
- arctg-.
Yo
Un Yo
yo -'xB Ix
Observe agora que
:r
x yg
Yo ar
11:
+ arctg -- = --,,
arctg -- +
Yo
yg x
St' 2
2

donde 0o resultado
result ado final:

vo(:r, __ arctg 1!..


(x , y) =_ 'Q' + const.,
E +
x

que eé uma fun~ao


função multi valente na regiao
multivalente região considerada. Em coordenadas
polares, r = Jx 2 +
= ¬,/3:2 + y2 e f)É =
= arctg (y j x ), obtemos:
(y/zr),

j =
f = u + iv == logr
'u.+i'n + if) + const.,
logr-I-'¿9+const.,

ou ainda) reif == rx + iYI


ainda, com z = reiD ty,

f = log 2z +
j(z) = -{~ const.

o situa~ao de uma
O leitor deve notar que casos como esse se reduzem ã situação a
regiao simplesmente conexa, bastando para isso introduzir um
região urn corte conve-
niente no plano.
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 113

Princípio do módulo
Principio máximo
modulo maximo

formula integral de Cauchy permite deduzir alguns resultados importantes


A fórmula
sobre valores máximo fun~oes analiticas
mínimo de funções
maximo e minimo fun~oes harmônicas,
analíticas e funções harmonicas,
como veremos agora.

3.22. Teorema. SejaSeja. Iƒ uma lun~ao


função analitica
analítica numa regiao Entao,
região R. Então,
I| Iƒ(z)|
(z) I nao 'valor maximo em R, a menos que Iƒ seja constante.
não pode assumir valor

Demonstração. Sejam Zo
Demonstra~ao. zg urn R,, e r1' > 0O tal que 0o
um ponto qualquer de R
C : Iz ~
disco C: zg|I :S
- Zo Ê r'r esteja todo contido em R. Pela fórmula
formula de Cauchy,

f(Zo) =~
I(zo) = ( I(z) dz .
-ƒLg'dZ-
2 Jcc
21ft ~ Zo0
z2 -
Daqui segue-se que

II(zo)1 11
|f‹zzz›| :S5 -2 fc |f‹z›||dz|
7rrc
II(z)lldzl á11/02” |f‹z0
== -271"0
2rr
II(zo +ze”›|d@
+ re )ldB == K.
i9
K, (320)
(3.20)

onde K, como se ve, vê, ée a média aritmetica dos valores de III


media aritmética | fl sobre C. Vemos,
assim, que o0 valor de Iƒ em qualquer ponto Zo 20 6 E R e, é, em modulo,
módulo, menor ou
igual aà media
média aritmetica 'valores de III
aritmética dos valores |ƒ| sobre qualquer circulocírculo C centrado
em Zozg e tal que C e seu interior estejam contidos em R R..
Suponhamos agora que lJ(z)1 |ƒ(z)| assuma valor máximo maximo M M num ponto
2:0 E R: II(zo)1
Zo |ƒ(z0)| == M. Continuando com a mesma notação nota~iio acima, teremos
II(zo +rei9 )1 :S
|ƒ(z0 +rei9)| e se, para algum valor de 9B tivermos II(zo
5 M; ese, |ƒ(z0 +re i9
+rei6)|)1 < .M,
M,
pela continuidade de II(zo | ƒ(z0 +reiO)1 fun~ao de B,
-|-rei9)| como função fun~ao será.
9, esta função seni menor
do que M M em todo um urn intervalo de valores de 9; B; daqui e de (3.20) deduzi-
mos prontamente que K K < M. Isto contradiz a própria propria desigualdade (3.20).
Somos, pois, for~ados concluir que lJ(zo
forçados a conduir |ƒ(zg + re i9 )1 :
rei9)| = M para todo B; 9; isto e,
é,
II(z)1
If eé constantemente igual a M M em qualquer círculo circulo C centrado em zo zg e
que esteja, juntamente com seu interior, todo to do contido na região regiao R. Assim,
II(z)1
If eé constante em todo to do 0o disco Iz~zol
Iz - zg| É:S r;
'rg portanto, 00 mesmo eé verdade
de I(z).
f Mas, como provaremos adiante (Teorema 6.1 da p. 179), ƒ I tera
terá de
ser constante em toda a regiao região R R.. Isto condui demonstra~ao.
conclui a demonstração.

Conseqiiencia
Conseqiiência imediata desse teorema eé 0o resultado que enunciamos a
seguir.
seguir.
114 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

3.23. Corohirio
Corolário (principio
(princípio do modulo maximo).
módulo máximo). Seja ƒf uma
fun,iio analitica
função analítica e niio
não constante numa regiiio
região limitada R e continua
contínua em R.
Entiio,
Então, If{z)1
|ƒ(z)| assume seu valor maximo
mdrrimo na fronteira de R e em nenhum
ponto de R.

e
Demonstra,iio. Como IIff I| é continua e
m
Av

Demonstração. R , e este é um conjunto com-


contínua em R,
pacto, If{z)1
pacta, |ƒ assume valor máximo
m3ximo em R. Pelo teorema anterior, If{z )1
anterior, |ƒ
nao maximo em R; portanto,
não tem máximo portanto , seu máximo
m3ximo ocorre em algum ponto z da
fronteira de R
R..

o e corollirio
O teorema e_ corolário anteriores permitem demonstrar resultados ana-
aná-
logos para funções harmônicas.
fun<;6es harmonicas.

3.24. Teorema. Seja u uma função


fun,iio harmonica
harmônica numa regiiio
região R. Entiio,
Então,
u{x,
u(s:, y) niio
não pode assumir valor maximo
máximo em R , a
R, o. menos que seja constante.

Demonstração. função ff = u + iv,


Demonstra,iio. Considere a fun<;ao e
iu, onde vu é uma conj u-
conju-
harmônica de u. fƒ e
gada harmonica analitica em R, e 0o mesmo ée verdade da função
é analítica fun<;ao
F{z) =
F(z) f(z) . Agora e
= eeflfl. é so ap/icar 0o Teorema 3.22 a esta função,
só aplicar fun<;ao, lembrando
que IF{z) 1:
= eUelulf' 9) e que a exponencial e
(x,y) é uma função
fun<;ao crescente.

3.25. Teorema (principio máximo). Seja u uma função


(princípio do maximo). fun, iio har-
monica e niio
mônico. não constante numa regiiio
região limitada R,
R , e continua
contínua em R R.. Então,
Entiio,
u(x,
u(a:, y) assume seu valor
'valor maximo
máximo na fronteira de R, R , aa. menos que u seja
constante.

Demonstra,iio.
Demonstração. A cargo do leitor.
lei tor.

Problemas de Dirichlet e de Neumann

o teorema anterior tem aplicações


O aplica<;6es importantes em problemas de Fisica
Física
Matemática, quando se faz necessário
Matematica, necessario resolver a equa<;ao
equação de Laplace,
Laplace, ou
equação, chamada equa,iio
mesmo a seguinte equa<;ao, equação de Poisson:
Poisson:

Au = f.
~ u= ƒ.

função ff seja dada numa certa região


Entende-se que essa fun<;ao regiao R, onde deseja-se
desej a-se
Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral 115

fun~ao u
achar a função fu. satisfazendo it condi~ao de ser igual a uma outra função
ã condição fun~ao
dada na fronteira de R. Um tal problema chama-se "problema
“problema de Dirichlet".
Dirichlet”.
As não u,
Às vezes, nao derivada. normal au/an
fu., mas sua derivada da/Õn. eé que deve igualar uma
fun~ao na fronteira; este e 0o chamado "problema
dada função “problema de Neumann”.
Neumann" .
Os problemas de Dirichlet e Neumann sao são exemplos típicos
tipicos de "proble-
“proble-
mas de contorno",
contorno”, assim chamados justamente porque a função fun~ao ua tem de
condi~ao na fronteira ou contorno da regiao
satisfazer certa condição região R. Alem
Além desses,
condi~6es impostas
ha outros problemas de contorno, conforme as condições fun~ao
impost as ita função
u na fronteira, mas aqui vamos nos limitar apenas aos dois mencionados.
Denotando com oR ÕR a frontena R, fƒ uma função
região R,
fronteira da regiao fun~ao dada em
Reg fun~iio dada em oR,
R e g uma função ÕR, os problemas de Dirichlet e Neumann,
enuncíam: achar u
respectivamente, assim se enunciam: a em R tal que

tJ.u = f
Auzƒ u = 9 em oR;
coma=ge1nÔR;
com

achar ua em R
R tal que

tJ.u = f
A'u.=ƒ com au/an = 9 em oR;
da/Ôn=gem ÕR;

Vamos mostrar que 0o problema de Dirichlet, solu~ao , essa solução


Dirichlet, se tem solução, solu~ao
e única.
unica. De fato,
fato , suponhamos que UI
a1 e U2 solu~6es; entao,
'az sejam soluções; então, pondo
fa =
U al -
= Ul ug, teremos,
- U21

Au:Au1-Auzzƒ-ƒ=0,

solu~ao da equa<;ao
é, ua eé solução
isto e, equação de Laplace em R. Alem
Além disso, em oR,
ÕR, ufa = 0,
pois tanto UI a1 como U2uz sao
são iguais a 9g na fronteira.
fronteira. Como ua se anula na
fronteira,
fronteira, pelo princípio
principio do máximo,
maximo, u a deve se anular em toda a regiiio
região R.

equa~ao de Laplace, 0o
Vamos considerar 0o problema de Dirichlet para a equação
que equivale a tomar ff = equa~ao de Poisson. Com 0o mesmo tipo de
O na equação
= 0
raciocínio
raciocinio que acabamos de fazer,
fazer , podemos provar que os valores de ua em
R nao
R não podem variar mais que seus valores na fronteira. Mais precisamente,
precisamente,
ul e U2
sejam UI uz solu<;6es
soluções dos problemas de Dirichlet em R com valores de
fronteira g
gll e g2
gg,, respectivamente. Entao,
Então, pelo princípio
principio do máximo,
maximo ,

ll-¿1($:‹ _ E203: É (6: _.g2(€1›


116 Capitulo
Capítulo 3: Teoria da Integral

Isto significa estabilidade do problema de Dirichlet, isto fl, é, "pequenas"


“pequenas”
~
variaçoes
variagoes s6f podem acarretar
nos valores de 9g so acarret ar "pequenas"
Lc
pequenas n variaçoes
- ~
variagoes nos
valores de u.
Resultados anaJogos
análogos a esses valem para 0o problema de Neumann e ficam ficam
exercícios.
para os exercicios.

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

1. = u +
Sendo fƒ == + iv uma func;ao
função analitica Duma regiao
analítica numa mostre que u e
região R, mastre é conjugada
harmonica
harmônica de -v.
2. Mostre que u == Jc x- ãzy e
- 5xy harmônica em todo
é harmonica todD 0o plano. Determine sua conjugada v'U e
expresse fƒ = u + iv em tefmos x + iy.
termos de z2: == :r ty.
3. Mostre que a(x
Mastre 2
a(a:2 -- y2) + bzry e
+ bxy é a forma mais geral dos polinômios
polin6mios homogêneos
homogencos e
harmonicas do segundo grau em 1'
harmônícos x e y. Determine sua fum;ao
função harmonica
harmônica conjugada
a func,;ao f = u+iv.
eeafunçãoƒ=u+iu.
4. Determine a forma geral dos polinom
polinômios homogeneos e harmonicas
ios homogêneos x e
harrnõnicos de grau 3 em 3:
y. Determine tambeID
também a func:;ao
função harmonica
harmônica conjugada e a função f == u +
fUlll1aO f + iv.

Mostre que as fum;oes


Mestre funções 'U
u dos Exercs. 5 a 7 são
sao harmônicas
harmonicas em todo 0o plano. Determine
a func;ao
função harmônica função ff =
harmonica conjugada e aa funC;ao = u + iv em cada caso:

5.
5 uu=:c-4xy.
= x - 4xy. 6. uu.=sen:rcosh-y.
= senxcosh y. 7. u.=:c3-3:1:y2.

8. Sejam ff uma função


fun~ao analitica
analítica e nao regiao R e zg
não constante numa região Zo um
urn ponto qualquer
de R. Mostre que em qualquer vizinhan~a
vizinhança de Zo emtem pontos z tais que If(z)1
zg existem |ƒ(z)| >
If(Zo)I·
|f(2o)l-
9. Seja ff uma fun~ao
função analitica
analítica nnuma R , não
região R,
uma regiaa nao constante e que não
nao se anula nessa
região. a) Mostre que If(z)1
regiao. |ƒ não tem valor mínimo
nao tern minimo em R. R.
b) Princípio
Principia ddo minimo: Mostre que se R e
módulo mínimo:
o modulo regiao limitada, fƒ e
é uma região é
analítica não constante em R,
analitica e nao nw se anula e e
R , não é continua H, entao
contínua em R, então lJ{z)J
|ƒ assume
seu valor mínimo
minimo na fronteira de R. R.
De exemplo de uma função
c) Dê fun~ao f f que se anula em algum ponto Zo zg de uma região
regiao
|ƒ(z0)| = 0 e
R, tal que lJ(zo)1 minimo de If(z)l·
É o0 valor mínimo |ƒ(z)|.
fun~ao harmônica
10. Mostre que uma função região R não
harmonica numa regiao 0110 pode ser constante em qualquer
R , a menos que seja constante em toda a região
subconjunto aberto de R, regiao R.
11. Mostre que uma fun~ao
função harmonica
harmônica e nB.<>
não constante numa região
regiao R não
nao pode assumir
valor mínimo. Princípio do mínimo:
minimo. Principia minima: No caso de R ser uma regiãoregiao limitada e a
fun~ao harmonica
função contínua em H,
harmônica continua R, seu mínimo
minima ocorre na fronteira de R.
12. Seja u uma fun~ao contínua em R. Mostre que
.-- nz-

funçao harmônica
harmonica numa
Duma regiao limitada R e continua
máximo na fronteira de R.
|u| assume seu valor max.imo
lui
Capitulo 3: Teoria da Integral
Capítulo In tegral 117

solução do problema de Neumann, quando existe, e


13. Prove que a solu~ao é única
unica a menos de
uma constante aditiva.
14. Seja gn uma seqiiencia
seqüência de funções
func;;i5es definidas
definidas na fronteira de uma regiao
região R e convergindo
convergíndo
fum;ao f.
uniformemente para uma função ƒ. Prove que as correspondentes soluções
solw;oes un
'Un do
problema de Dirichlet para a equa.y3.0
equação de Laplace em R, R , quando existem, formam
uma seqiiencia solção da equ~ao
seqüência uniformemente convergente para aa 501<;iio equação do problema de
Dirichlet com dado de fronteira g.

RESPOSTAS

2. ƒ(z)
f(z) == zZ + 5iz' /2 + const.
5íz2/2
4. u = ax 3 -- 3bx
= uma 2
3ba:2yy -- 3axy2 + byl,
3a:ry2 + bya, vU =
= bx + 3ax
bars3 + 2
3e:c2yy - 3b:ry2 -- ay3
- 3bxy2 + c,
aya +
+ iv =
f(z) == uu+i1›
ƒ(z) (e + ib)Z3
= (a ib)z3 + C.
c.
6. 1:=cos.¶:senhy+c,
v=cosxsenhy+ c, !(z)=senz+ic.
ƒ(z)=senz+ic.
9. Para a parte a), considere a função f.
1/ƒ.
fuw;ao 1/
Sendo u a referida func;ao,
11. Seodo função, cOllsidere func;iio -u,
considere a função tam bern e
-uz, que também harmonica.
é harmônica-
 
QePítU1°4,
Capitulo 4 - - _ _
SÉRIES DE
DE POTENCIAS
POTÊNCIAS
, A

SERIES

I Ã

SERIES DE FUNC;OES
FUNÇOES COMPLEXAS

capítulo, oa desenvolvimento de fu
Estudaremos, neste capitulo, n~oes analiticas
funções analíticas em
séries de potencias.
series Veremos :,er
potências. Vcrcmos .uer rf.,':e urn modo natural de construir funções
.... ';"! um fun<;oes
analfticas
analíticas e urn
um dos instrumentos mais importantes no tratamento dessas
funções. Iniciamos este estudo com algumas defini~oes
fungoes. definições gerais relativas asàs
séries de func;6es
series funções..
Come~amos
Começamos observando que as defini~oes definições de limite e convergência
convergencia de
seqüências e series
seqi.iencias séries de numeIos
números complexos sao são exatamente as mesmas que ja
conhecemos do caso real. Desses conceitos seguem as mesmas propriedades

ja conhecidas no caso real sobre limites de soma, produto, quociente etc., e
cujas d emonstra~oes sao
demonstrações são feitas segundo as mesmas linhas de raciocinio. raciocínio.
Uma série fun r;i5es Iié uma serie
serie de ƒimções série

00

Í f..‹z›
L I,,( z) =
11=0
u=O
= faz) +f1‹z›
Io(z) + + .z ..
11 (z) +

In sao,
cujos termos fn säo, em geral, funC;6es
funções de uma variável
variavel (complexa) z, todas
com um dominio
domínio comum de definic;ao.
definição. As expressoes
expressões

00
mn

L In(z), L
Zƒn(z), I,,(z)
Zƒníz) e folz) + 11(z) + .. . + I,,(z) + ...
f.¬{z)+ƒ1(z)+...+ƒn(z)+...
n=0
n=O

são mer~s
sao meros slmbolos
símbolos com que denotamos uma série. No caso de uma serie
lima serie. série
Capítulo 4: Series
Capitulo Séries de Potências
Potencias 119

convergente, eles assumem 0o significado série, isto e,


significado de soma da serie, é,
00
OD

L
Z I,,(z)
ƒ,,,(z) = fU(z) + II
= lu(z) (z) + ...
ƒ1(z) . .. = s,,(z),
= lim Sn (z),
11=
71=O0

onde Sn (z) eé a soma parcial ou reduzida de ordem n:


s,,(z) nz
n'II
sn(z) =
s,,_(z) L fJ( z).
= Z ƒ¡(z). ((-4.1)
4.1)
j=0
j =O

Em se tratando de uma série


serie convergente, ée claro que sua soma s(z) ==-
2:,ln(z)
E ƒ,,,(z) e, fun~ito de z. Neste caso a expressiio
é, em geral, uma função expressão
00
DO

«~..‹z› == az)
rn(z) s(z) -- Sn(z)
szz‹z› == Z
L mz)
fj( z) =
j = n+ J
j=n+l
= f..¬z1‹z›
In+l(Z) + + f....z‹z>
j"+2(Z) + + .... .z
eé cha.. ··.dda 0o resto da serie
cha..-'.ada In+1 (z
série a partir do termo ƒ,,_+1 ).
(z).
\t'-
W. ~ 9'dnt~
_ flw. .flf

Convergencia simples ou pontual


Convergência C,I;,,',
s E'

Seja
S(z)
s(z) = L
j,,(z)
= 2ƒ,,(z) (4.2)
(42)
uma serie
série convergente, para todo Zz nurn D. Entao,
num certo conjunto D. Então, dado
qualquer EE > 0,
O, para cada zzE
E D existe N
N tal que

n 2 N => Is(z)
N =? s,,(z)| < E,
|s(z) -- 8,,(z)1 E, (4.3)
(43)

onde s,,(z) eé a reduzida de ordem n ra. dada em (4.1).


E
É importante observar que, em geral, N N depende não
nito somente de 5E
mas tambem
também do valor zz considerado.
consider ado. Por exemplo, consideremos a serie
série
geométrica
geometrica
1+ z+z 2 +z3 + ... ,
1+Z+Z2+z3+---1

para a ou.-f-..l
1__ n+l
.s.,_(z)=1+z+z2+...+z"=-l~%:, zqél.
120 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potências
Potencias

E |z|l < 11 a serie


É claro que para Iz série acima converge e sua soma eé (i
(1. -- z)-L
z) 1:

1
1 2,
s(z)=
s(z) =- - = 1+z +z +
-Í--E-=1-t-2+: ... , Izl
+..., |z| < l.
1-z
Por outro lado,
Izln+l
|s<z› S ,, (z›|1_- 1|11 __ zl21
Is(z) -- s,,(z) =

eé men
menor
or do que cE se e somente se Iz l < 1)
(estamos supondo |z|

n > log(cll
10s(E|1 -~ zl)
21) ,_
n> log Iz l
log|z| - 1.

Esta última expresão, por sua vez, cresce acima de qualquer valor a
ultima expresao, à me-
dida que z aproxima 0o valor 1; logo, não nao ée possível
possivel determinar N N de forma
a satisfazer (4.3) para todo z de modulo
módulo menor do que 1; 1; o0 valor de N
N de-
pende de cada z particular que se considere, por issa isso mesma
mesmo a convergencia
convergência
costuma ser chamada de convergencia
convergência _ ,.mples ou convergencia
.sunples pontual, que
convergência pontual,
eé o0 unico
único tipo de convergencia
convergência que temos de considerar quando estudamos
seqüências e series
seqiiencias séries numericas.
numéricas. No entanto, ao tratarmos seqüências séries
seqiiencias e series
de fun~6es,
funções, sejam elas reais ou complexas, ha há. um outro tipo fiuito
muito impor-
convergência, chamada corwergencia
tante de convergencia, convergência uniforme, que vamos consi-
derar em seguida. Esse tipo de convergencia
convergência eé um dos tópicos
tapicos centrais de
Análise ([A2),
qualquer curso de Analise Capítulo 9).
([A2], Capitulo

Convergência uniforme
Convergencia

4.1. Defini ..oes. 1) Diz-se que uma sequência


Definições. fun90es (In(Z)),
sequencia de funções (ƒn(z)),
definidas num mesmo dominio D,
definidas conuerge uniformemente para uma função
D , converge fun9iio
ƒ(z)
f ez) se for sempre possível
possivel determinar um indice N correspondência a
N em correspondencia ci
cado. cE > 0, tal que
cada

\7'z€D
Vz N =? Ifn(z) - fez)! < c.
e n>N=>|ƒ,,(z)-ƒ(z)|<e.
E Den>

2) Diz-se que aa. serie


série (4.2)
(42) converge
conuerge uniformemente em D se for sempre
possivel determinar urnum indice N espondêncio. a
N em cor. espondiincia cado. ce > 0,
o. cada O, tal que
a condição (4.3)
a condi9iio (43) fique satisfeita
satisfeito para todo zzE
E D.
Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências 121

4.2. Exemplos. I} 1) A seqüência fn( z} =


seqiiencia ƒ,,,(z) = nze- n, converge para zero,
nzea"`""°“ zero,
qualquer que seja z = rem no setor circular rr ~
= reiO 2 0 e 101 |6| < 1r 12, mas não
1r/2, nao
uniformemente. Para vermos isso, observamos que

inze-nz' __: ,mrle-nr(cos9+isen9)| :_ nre-nrcos9_

Ora, esta ultima expressao tende a zero em todo ponto z fum.


última expressão fixo. Mas nao
não
uniformemente. Por exemplo, basta imaginar 0 = l1 in;
9 fixo e rr = /n; ou, ainda, rr
fixo e
fixo e 9 aproximando-se de 1r/2
ir/2 de tal modo que cosO
cos 6 = 1 /nr.
= 11m'.

2) A serie geométrica, considerada anteriormente, e


série geometrica, é urn
um exemplo tfpico
típico
série que converge no disco Izl
de serie |z| < 1, mas não
nao uniformemente. A meSIlla
mesma
série converge uniformemente em qualqucr
serie qualquer disco
d isco fechado :S 6 < 1. Com
|z|l 51
fcchado Iz
efeito, temos:
efeito,
Izln+1
|z|n.+1 {)"+1
ôn.+1 6,,+1
ön-H
mz;
- -< --< < -_.- -
11 - zl- 1 -lzl- 11-6'
Il-z|`“'1-~|z|"' - 6'
que e
é menor do que c,
E, desde que tomemos

.':(1___-
log E( 6)
1 - 6} 1
n>
n> -logö
log 6 - 1..

Assim, a cond i~ao (4.3) fica


condição |z| :S
fica satisfeita para todo 2:z no disco fechado Izl É 6.

4.3. Teorema. Umu Uma condiyao


condição necessaria
necessária e suficiente para que a série
serie
(41) conuirja
(4-1) convirja uniformemente em D é e
que, dado e
E > 0, seja possivel
passlvel deter-
minar NN tal que, para todo inteiro positivo
positiva p, tenhumas:
tenhamos:

zzE
E D en> N => ISn+p(z}
e n>N s,,(z}1 < E,
|sz,.,+¡,(z) --- s,,,(z)| 6, (4.4)
o

ou seja,

zzE
E D en
e n>N Ifn+I(z} +
N => |ƒ.,,+1(z) fn+2(z} +
+f,,+2(z) ... + ƒ,,+p(z)|
+...+ fn+p(z}1 < E.
E.

Demonstração.
Demonstmrao. Supondo que a serie
série convirja uniformemente em D
D,, seja
s(z}
s(z) sua sorr
soma.. Então, dado EE > 0, existe N tal que, para todo n 2
a . Entao, ~ N
N e~
zzED
E D,,
|s..‹z›
ISn(z} - s<z›| << 2;šz
- s(z}1
E
122 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências

eé claro que vale também


tambem a desigualdade
E
|s,,+,,(z) -~ s(z)| <

Então, usando a desigualdade do triangulo,


Entao, triângulo,

|S~.+p(2)
ISn+p(z) -- sn(z)1
Sfl(2')| == I[sn+p(z) S(f'-'ll + l[s(z)
|[Sz›fz.+i~(-=-1) -- s(z)] S(~==) -- sn(z)]1
Sn(2)lI
~
É l5fl+P("-'fl 5(zl|1+
ISn+p(z) -" s(z) Is(z) -_ sn(z)1
'l' lsfzl 5n(Z)l .
c c
< "2
< 2 +"22 =" c.'
í+í-E

condição e
Isto prova que a condic;ao é necessaria.
necessária.
Para provar que ela eé suficiente,
suficiente, partimos da hipótese
hipotese de que (4.4) es-
fixo, s,,(z)
teja satisfeita; logo, para cada z fixo, Szzfz) eé uma sequencia numerica de
seqüência numérica
Cauchy, portanto, convergente. Seja s(z) seu limite, que eé também
tambem 00 limite
de sn+p(z) P -›
s,,+,,(z) com p --; 00.
oo. Entao,
Então,

,1¿g,[.¶.z+.z‹z›
lim [Sn+p(z) -- Sn(z)
p _oo s..‹z›1] == uz)
s(z) -- s...‹z›z
sn(z) ;

ee,, em conseqiiencia,
conseqüência, temos tambem
também que

,11_,1;¿,|s...<z>
lim ISn+p(z) -- sn(z)1
p_ oo s.<z›| =- Is(z)
uz) -- â..‹z›|.
s,,(z)l·

limite em (4.4) com p --;


Finalmente, passando ao lim.ite -› 00,
oo, vem:
vern:

2:6
zE D en>
e n> Ná
N =;. |s(z)-s.,(Z)| ~ c,
Is(z) - sn(z)1 Se,
fu

provando que a condic;ao


condiçao eé suficiente.
suficiente.

conseqüência importante do teorema acima eé 0o chamado teste de


Uma conseqiiencia
Vma
Weierstrass, que consideramos a seguir. Ele ée freqüentemente
freqiientemente usado para
série e
testar se uma serie é ou nao
não uniformemente convergente.

4.4. Teorema (teste M M de Weierstrass). Sejam ZM., L;Mn uma série


sene
numerica convergente e ƒ,,(z)
numérica fn (z) uma seqiiencia
seqüência de funções
funyoes definidas
definidas num
num. con-
condição Ifai2'.)l
junto D, satisfazendo a condi,ao J,,"(z) I ~
É M"
M., para todo
todD n ee todo
todD zzED.
6 D.
Então, a serie
EntaD, série Z ƒ,,(z) converge uniformemente em D.
L;fn(z)
Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Fotimcias
Potências 123

Demonstração.
Demonstra9ao. Observe que

|f,z+1(z) + ...
I/n+l(Z) .-.++ f.z+,›(z)I 5 II/n+l(z)1
In+p (z)1 ::; IIfn+1(z)I + ..- - .- + |ƒ.z+,z(z)I
I/n+p( z)1
::; Mn+l + ..
É Mn+1+ . . .. +
+ Mn_+p.
Mn+p.

Como L:
E Mn eé convergente, dado qualquer eE > 0, existe N
N tal que

zE
ZEDD en> N '* Mn+l + ... + Mn+p < E;
B n>N=>Mn+1+...+Mn+p<€;

também,
logo, temos tambem,

zé e n> N=>
ZE D en> I/n+l(Z) + ... + In+p(z)1 <
N,* |ƒ,,+1(z)+...+ƒ,,+¡,(z)| <e.
E.

Daqui e do Teorema 4.3 segue a convergeucia L: ƒn(z)


convergência uniforme de E In(z) ern
em D.

Exemplo. Para vermos que a serie


4.5. Exemplo. geométrica 1 + z + z2
série geometrica 2:2 + ...
. _ . ,,
anteriormente, converge uniformemente em qualquer disco Izi
considerada anterionnente, |z| 51::;
Ii6 < 1,
Í, basta aplicar 0o teste de Weierstrass, notando que a refe refr. ;š ;a
Fa serie
série eé
dominada pela serie -|- Ii6 + 62
numerica 11 +
série numérica li2 + .. .... ,, a qual eé convergente, visto
< 1.
que Ii5 <I

oO teorema seguinte revela a importância convergência uniforme das


importancia da convergencia
series fun~6es analiticas;
séries de funções analíticas; seu alcance sera
será mais bem compreendido
bern com preen dido logo
adiante, quando tratarmos das series
séries de potências.
potencias.

4.6. Teorema. Seja


00

f‹z› = n=Í
I(z) = L fIn(z)
O
n <z›
ri-:O
ea
(4.5)

série de funções
uma serie funr;oes continuas, uniformemente convergente num conjunto
D. Entao,
Então,
1) If e
é continua em D;D;
2) no caso de a convergencia
convergência ser unilorme
uniforme ao longo de um contom.o
contorno
C, a integral de If sabre
sobre C pode ser obtida por integra,iio
integração de (4.5)
(45) termo a
termo;
tenno;
33)I je convergência e
se a convergencia é uniforme numa regiao
região simplesmente .cz. ,7'lexa
dexa R,
R,
onde as lun,oes In são
funções ƒn analíticas, entao
sao analiticas, I também
então f tambem é analitica e
analítica em R, R, e
suas derivadas podem ser obtidas derivando a seriesérie (4.5)
(45) termo a termo um. nm
124 Capitulo
Capítulo 4: Series Potimcias
Séries de Potências

numero
número conveniente de vezes.

Demonstração. 1) Seja E'E > 0


Demonstra,iio. arbitrário e Zo
O arbitrario zg um
urn ponto qualquer de D.
Com a notação
nota.c;ao
n
71. co
CX) -

L
s,,(z) == E fj(-Z):
5n(3) fJ(z), r,,(z)
7`fl(z) = L
/j(z),
: E fJ`(z)=
j= O
j~O j-=n+l
j=n+ l

I(z) =
resulta que ƒ(z) s,,{z) + rn{z);
= s,,(z) r«,,(z); logo,

I/{ z) -- l{
|f(-2) zo )1 <
f(2o)| S |Sn(×=') Sfz(2o)| + |rzz(2)
ISn{z) -_ sn{'Oli Irn{z) -- r,,{ zo) 1
rfz(Znll
< l3n(z)
É 3n(Z0)l +
Is,,{z) -`* s,,{'O)1 l7`n(3)l +
'l' Irn{z)1 “l” Ir,,{zo)1
l"`n(Z0)l (4.6)
(4-6)

convergência uniforme da serie


Da convergi'mcia série (4.5), segue-se que existe um índice
urn (ndice
N
N tal que
ZE D , n::O:
zED. N =? Ir,,{zll < E.
n_2N=>|r,,_(z)|<e.

Fixado n =
= N, usamos a continuidade de sN(z)s N (z) para determinar 0Õ > 0O tal
que
G D, Iz
zzED, z0|l < 66 =?
|z -- zo => ISN{ sN{zo)1 < E.
Z) -- sN(z0)|
lsN(z) e.

Portanto, com n =
POltanto, =NN e Iz - '01
|z - zg| < 6, a desigualdade (4.6) nos dO.

|ƒ(z) l{zo)1 <


I/{z) --ƒ(z0)| E+E+E =
<e+s+e =3e,
3E',

donde a continuidade de 1
ƒ em D.

2) Quanto it integragao ao longo de C,


à integração

fc I{z)dz
]Gf(z)dz =
= fc s,,{z)dz + fc rn{z)dz
]Cs,,_(z)dz+`/Cr,,(z)dz

=
= t1
j~ O
.f= C
fJ{z)dz + l'·n{Z) dZ.
Ê;fCƒ¡(z)dz+]('r,,(z)dz.
C*
(4.7)

Tomando n :2O: N
N e observando que Ir,,{z)1
|r,,(z)| < c,
e, obtemos:

Ifc rn{z) dzl-S fc Ir,,{z)lldzl -S cL ,


I/Cr,.,(z)dz É/C|r,,(z)I|dz| ÊEL,
Capitulo 4: Series
Capítulo Potencias
Séries de Potências 125

onde L Leo
é o comprimento do contorno C. Portanto, fazendo n -; oo em
-+ 00
(4.7), obtemos 0o resultado desejado:

r
fCf(z)dz=
lc j~Olc
'=0
f
I( z)dz = Ê:]Cƒ¿(z)dz.
fJ(z)dz. r (4.8)

3) Vamos supor agora que as funções In sejam analiticas


fun~6es ƒ,, analíticas em R.
R. Entiio
Então

faJ,(z)dz = 0,
fCƒ¿(z)dz=0, j = 0,1, ...
j=0,1,...

para todo contorno fechado C C' em R. Daqui e de (4.8) segue-se que a integral
Ce
de Iƒ sobre C é nula. Como If e contínua e G
é continua Ce é arbitrario,
arbitrário, conclufmos,
concluímos, pelo
teorema de Morera (p. 106), que f I ée analftica
analítica em R.
Finalmente, devemos mostrar que I' f' = ZL- I~. Dado z E R, R, seja G urn
C um
contorno fechado simples em R, envolvendo z positivamente; por exemplo,
G
C pode ser um círculo I(
urn circulo |Ç -- zl = 0.
z| = 6. Como a serie
série

ki
k! fic) _ Í k!kl
1(0 00 fm),
In(O
27fi' (( -- z)k+l
21ri'(Ç z)k+1 =_ ,~ 27fi'
É-' CD
(Ç -- z)k+1
21ri' (( z)"“+1

converge uniformemente em (,Ç, para (Ç E


G C, ela pode
po de ser integrada termo
a termo ao longo de G;C; usando a fórmula lc-ésima (p. qq),
formula da derivada k-esima
obtemos, por integr~iio
integração termo a termo:
00

f<'“>‹z) = L
I(k)(z) = Í f.<..'
n=
n=0O
°l‹z›.
I~k)(z).

Isto completa a demonstr~


demonstração do teorema.

EXERCÍCIOS
EXERcicIOS

1. Supondo que a seqiiencia números complexos (au) seja convergellte,


seqüência de numeros convergente, prove que a
seTic Eanzz"ll converge uniformemente em qualquer disco ]z|
série Eau ~ rr < 1. Prove que
jzl 5
isso e
issa é verdade mesmo que a seqiiencia
seqüência (a,,)
(afl) seja apenas limitada, nM
não necessariamente
convergente.
cOllvergente.
, , . I
2. Prove que a sequencia f" ( z) = nze
seqüência ƒ,,(z) - n : tende a zero para todo z no setor cucu
nze`"2*2 circular
ar
2 0D e 191
rr ;:: |6| <I 7r /4, mas nM
< ir/4, não uniformemente convergência e
uniformemente.. Prove que a convergellcia é uniforme em
domínio do tipo r ~
qualquer dominic 2 c > 0O e 181
|9| < 7r/4
ir/4 -- 8,
6, onde 0O < 86 < 7r/4.
ir/4.
126 Capitulo Potencias
Series de Potências
Capítulo 4: Séries

3. Derivando e integrando a serie


série

1
_ 1_
l -z
= "' z"
L
~
C0
z.
'
"_0
3 G

os seguintes desenvolvimentos
obtenha as válidos em Izi
desenvolvimentos,, validos )z| < 1:

~
(I z)' = ten
Í-].__1z-)2=2:[n+1)z“
"8_0G
+ I) z" e log(1-z)=-
log(l-z) =- t~-,
... , “z:s ,
ZM*
oode log(1 -- z) eo
onde log(l é o ramo do logaritmo Que
que corresponde a logl
log 1 == O.
0.
4. os seguilltes
Obtenha as seguintes descllvolvimcntos:
desenvolvimentos:
m
~ m
~

I~z
1 1: n_
= 2: (- I)"z"
m=íi(`1)z~ ;
__1_
1
rra=ÊÍ*
1- L- `›'Z2
= '\"'" 2r_
Z2u.

11 -=0
I'l= = 0S
11 ",,
:J

_I), ~(-I)"(n+l)z";
( =
$-=2[--1)"(n+1]z"; logJ(l+z)=í:%z ,
+ 2)” ,,~
(1l +z _0
u=D n=
válidos em Izi
todos validos |a| < I.
L
Usando 0o teste de Weierstrass, mostre que as series
Usanda séries dadas nos Exercs.
Exercs 5 a 16 con-
vergem uniformemente
uniformcmcnte nos dominios
domínios indicados em carla
cada. casc.
caso.
~
'I

Isea I[al
z I ::;

2:
55. ncos3n
- - . - z" ,em
z", em qua Iquer d·
qualquer disco 5 r < 1.
I + on
"_I
00 2
3 -._
n2 3
3cosn 2n -_ 1 _.
6.
E7* z2"
2. Z disco Izi
1,, em qualquer dISCO |z| <
É rr < 1.
2: I~ + 7 -
11 _ 1
:Pø18 pu

DO
7 00 n+7Jn+T
§E:Tl+'7VTt1;1z2n-1
2n-1 .
7. disco Izi
, em qualquer diSCO |z| <
É r < ../2.
""'
L-
:I
( ) Z
n+121J
(n+ 1)2
1
- r
"Ti .. 1

L~
DO
( ITI
)" n .

~~ln(Z --1)I )",emqualquerdiScolz


,em qualquer disco [z -
- ll
ll ::;
§ f'<l.
8.
É
?I -_

~
_ I

°°
(Ti_)-íÊ(z

ki
r < 1.

g.
9. L ~n Z ll , em qualquer disco Izi
P-_z",
Éã:‹Rn
Iz] ~
É rr < R.
n 1l
n= ...|-

10271:
10. L
~

9-2", :!
,
q~e seja a constante a.
Ie) < R, qualquer que
z", em qualquer disco lzl
"_I1
a

,
TI ._"'

~
DO

11.
11. L n!
n~.~
nan , em qual~uer
Z --2" L
qualquer
.
disco Izi
|z| < R.
Zll,
>1
1!. =
=11
~
DU
ncosn -,,,
.¡,,
12.
12- É -ncosn
----e"
3 --e~ ,em
, em qua
qualquer ISCO I|z|
Iquer d·
disco Z I < R.
R..
2: n 3+1
+1
n :::l l1
Capítulo 4: Séries
Capitulo Series de Potencias
Potências 127

CX)
00
1 .
13. 'E
" __
Ê, 1_ em quaJquer
qualquer conjunto compacta
compacto que exclua.
exclua os quadrados perfeitos.
~ n2 _ z '
n=l
11 = 1

W
00 z/ n
egabi
Ê -'--2
14. "'"' É,' em Qualquer
qualquer conjunto compacto que oao
não contenha
contenha. mimeros
números da form
formaa
L...J n +z
' 1_=i1
zNZ == ±in
:bin com n natura
natural.l.
00
%

L
15. 5 n!(z
1
nT(--ii,
1_ n)' em qqualquer
. z-n
.
ualquer conjunto compacto exclua as
compacta que cxdua
,
os numeros
.
naturais..
mimeros naturais
n=l
• , 1
DC
vn+1
v'1i+1 l ' _ ", ..
16 2.:
16.. É00 -
.-1
n=l
-2-ig, qualquer
' - - 2 ' em qua
nfl -r-Zz
conjunto compacLo
quer COIlJUl1tO compacto que exc 1un as
exclua os numeros .
inteiros.
Ultea"os.

CU
00

17. Prove série <


P rove que a seric ((z)
(z) == Z L ~z define
define uma função analítica em Re z > 0, con
fu nc;ii.o analitica conhecida
hccida
1
1
como função
/unfiio zeta de Riemann-
Riemann.
00
DO

Mostre que a seric


18. Mastre série 2 Ê?-:gl-Í
' " sen define uma fun
nz define função analítica
c;ii.o analit ica na llni zl
oa faixa )Im < log 2.
z| <
L- 2"
iI
00
DD
, . ",", sennz
.. sen na ,
-r .. aJ h
19. M
Mostre seriee L-
ostre que aa. sefl Ê ----;t2
-5- converge UDilormement.e
uniformemente no CIXO
eixo re
real,, mas em llCO
nenlluma
uma
n
1i
região
regiao ddoo plano complexo.

SUGESTOES

17. Qualquer ponto z tal que Re z > 0O esta


está cont.id ~ c > O.
contidoa num semiplano aberto Re z 2 Ú.
18. Use 0o teste de Weierstrass, notando que

Isen nz|2
Isennz = ~
l2 = (e2f111 + e-
š(e2”” e" 2ny ~ (sen2nx -- coi
My)) + %(seii2n:i: cos2 nx).
nz).

19. Use aa. experiencia


experiência ganba
ganha com 0o exercicio anterior.

SÉRIES DE
SERIES DE POTENCIAS
POTÊNCIAS
series de fun~oes
Dentre as séries funções,, sao
são de interesse especial as séries
series de potências,
potencias,
ou series
séries do tipo
DO
00

f‹z›
J(z) == 2.:
2 an(z
zz.‹z -- zo)",
ze". (4-9)
(4.9)
n=O
n=O
128 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências

onde os
as coeficientes zo sao
coeficientes an e ao ponto zg são constantes complexas. Como ve-
remos brevemente, toda serie
série de potencias
potências convergente define fun~ao
define uma função
analitica, analítica num ponto z = zg
fun~ao analitica
analítica, e toda função zo pode ser desenvolvida
em serie potencias numa vizinhan~a
série de potências zoo
vizinhança de 2:0.
Ja
Já. vimos alguns exemplos dessas series fun~iies {I
séries no caso das funções - Z)-1
(1 - z)`l e
{1+Z)-I:
(l+z)`l:
1 (X) I X

-i-= "; _1_


--= = I:{-lt zn . Izl < l.1.
-1"".
1-z šz
-13 1+z
1+z Tšš )z
,,=0 Izi<

Aliás, estas series


Alias, séries sao
são muito úteis obten~ao de outros desenvolvimentos,
uteis na obtenção
como jája tivemos oportunidade de ver nos Exercs. 3 e 4 anteriores. A seguir
damos
damas mais quatro exemplos.

fun~iio l/
4.7. Exemplo. Vamos desenvolver a função 1/zz em serie
série de potências
potencias
de z -- 3. Veja:

11_ 11 _ 1/3
1/3 ¬°°(-1)flz_
00(-I)" ,,
n
;z = (z-3)+3
(3-3)+3 = 1+{z-3
1+(.s- )/3 =~
3
= 3,,+ 1 (z - 3) ,
3""'1

válido em Iz
desenvolvimento este que eé valida |z -- 31
3| < 3.

4.8. Exemplo. Vejamos agora como desenvolver a mesina fun~ao 1/


mesma função z,
1/z,
porém séries de potências
porem em series + 4 == z -- (-4):
potencias de z +

11_ 11 ___ -1/4


-1/4 ,°°
~ -1
- 1 ,,
1 _ {z + 4)/4 = ~ 4,,+1 (z + 4)".
(z + 4) - 4 = Í-(z+4)/4`22iTfT(z+4)`
;z =”(z+4)-4
ä O

Aqui 0o desenvolvimento válido em Iz


desenvolvimellto eé valida |z + 41
4] < 4.

Nesses do
dois últimos exemplos, temos a mesma fun~iio
is ultimos função ƒf{(z)
z) == l1/z
/z de-
senvolvida em duas series
séries de potencias
potências distintas, uma em rela,ao
relação ao ponto
zu = 3, a outra em rela<;ao
zo = -4.
zo =
relação ao ponto zg ~4.

fUll~iio ƒ(z)
4.9. Exemplo. Vamos desenvolver a função = (2z -- 9)
f{z) = - 1 em
9)“1
potencias de z -- 3:
potências

11 11_ _-14 _ 11 -1°°00 [2{Z-3)]"


2(z-3)"_
2z-9
2z 2(z-3)-3`3
- 9 = 2{z
-1 -1
- 3) - 3 = ""3 . 11-2(z-3)/3`T§l;3_`l'
- 2{z - 3)/3 = ""3 3 E
13
;
O
Capitulo Series de Potências
Capítulo 4: Séries Potencias 129

logo,
l1 °° -2"
Oa _2ft ,,
L z›,_~¬~'f(^'* * 3) =
ã=É
2z - 9 = 3n + l (z-3)",
n
23 = O
Ci

|z -- 31
válido em Iz
desenvolvimento este que ée valida 3| < 3/2.

4.10. Exemplo. A mesma função fun~iio do exemplo anterior sera


será agora
+ 4:
potências de z +
desenvolvida em potencias
1
1 1
1 -1
-1 ,11 «lã [2(Z+4)]"
- 1 2(z+4) "z
00

2z-9
zz-9 = 2(z+4)-17=17
2(z+4)-1717 ' 11-2(z+4)/17
- 2(Z+4)/17=17~
17 3 É
r-il 17"~]
IP'-' um ;”
portanto,
11 _ _2"
-2" 4 ,,
2z - 9 L 17n+1 (z+4)".
âzífg ' É= ¬“ l ~
Este desenvolvimento e |z + 41
válido em Iz
é valido 4| < 17/2.

Gada
Cada uma das series
séries consideradas nesses quatro últimos
ultimos exemplos con-
verge nos pontos z de um fa~ll ver que elas divergem
zg. E eé facil
urn disco de centro zoo
nos pontos z2: fora desses discos. situ~ao e
discos. Esta situação é de caráter
carater geral e segue do
seguir.
teorema que consideramos a seguir.

4.11. Teorema. A toda série serie de potências (49) estei


patencias (4.9) está assaciada
associado
um numero
urn número nao-negativo
não-negativo rr,I tal que a seriesérie converge absolutamente
absolutam.ente em
Iz zg| < rfr e unifar'rnemente
|z -- '01 uniformemente em qualquer disco Iz |z -- zo
z0|l ::;
É r'T' <<1 rr.. Ela
diverge em Iz -- zg|l > r. 0
- zo número r, que pode assumir as
O numero os valares
'valores r = = 0O e
oo, e
r = 00, é chama
chamado o “mio
do 0 "raio de convergência”
convergencia" da série;
serie; 0e o disco de raio r e
centro zg,
cent1'o ZO I 0o sev.
seu "disco
“disco de convergencia".
convergência ”.

Demonstraçéio. Pode acontecer que a serie


DemonstT'at;iio. Pade só convirja em z = ZQ,
série so zg, caso
em que, eé claro, rfr = O.
0. Do contnirio,
contrário, a serie
série converge em urn
um certo z = zl '#
= ZI çé
20; então,
zo; entao, 0o termo geral a,t(a,,(z1zl -- zo)n
z0)" tende a zero, dande
donde segue-se que existe
M tal que lan(zl
M |a,,(z1 -- zo)n
z0)"'|l ::;
É M JW para todo n.n.. Portanto,

|‹1~z..(z -- zo)"1
lan(z 2'n)"| == lan(zl
|az..(z1 -- zo),,1
2o)"I ---E
z
z - Zo
-
z In" ::;S MM I_-O z In
z - zo
Z "
- (4-10)
(4.10)
I Z] -- Zo
Zl Z0 Z1 --- Zo
Zt 210

Isto mostra que a serie L lan(z


série E |o..,,(z -- 'O)nl
zg)"'| eé majQrada
majorada pela serie
série
- zo
zZ-Zg In
ML
M2;-_'¶
I - ZoZI )
130 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potiincias
Potências

a qual converge no disco Iz


|z -- zol |z¡ -- zol;
zgl < IZI zg|; logo, a serie
série (4.9) converge
absolutamente em todo z desse disco.
Seja Tr 0o supremo do conjunto dos números [z1 -- zol,
mirneros IZI zg|._. onde ZIz1 varia no
conjunto dos pontos onde a serie série (4.9) converge. Dado qualquer 2:' z' no disco
IzIz -- zo
zg|l < rr (Fig.
(Fig, 4.1), pela defini~iio
definição de l'1' existe ZI
21 onde a seriesérie converge,
e tal que Iz' - zol
|z' - zgj < IZI
|z1 -- zol.
z0|. Daqui e do que virnos
vimos no parágrafo
paragrafo anterior,
concl
concluímos serie converge absolutamente em z =
uimos que a série = z' €, portanto, no
Z' e,

disco Iz -- zolz0| < T.


r-

\
6
Fig. 4.1

própria defini~iio,
Pela sua propria definição, ve-se
vê-se tambem
também que, se rr for finito,
finito, a serie
série
diverge em IIzz -- ZO
zglI > T.
r.
a convergência uniforme em qualquer disco Iz-zol
Resta provar aconvergencia lz-zg| 5 r' < T.
~ 1" r.
Fixemos ZI |z1 -- zol
21 tal que r' < IZI < rfr (Fig.
zg| <.í (Fig. 4.2). Entiio,
Então,

___ f
(z_nlí;:,<,_
-Z-ZO
- I< ,.' =q<l.
ZI - Zo
II21-Zn. - IZ I - zol
IZ1-Eni

Daqui e qe (410),, obtemos: lan(z


dc (4.10) |a,.,(z -~ zo)"1
zg)"| < Mqn;
Mq"; aplicalldo
aplicando 0o teste de
Weierstrass (Teorema 4.4), concluímos
concluimos que a serie série (4.9) converge uniforme-
no disco iz
mente 11o Í.: -- zol
zm] ~ fr' .~-:_ Tr,, 0o que completa a de1nonst1'açã.o.-
§ ,.I demonstra~iio .. (Observe
que 0o teorema nada esclarece sobre os pontos da fronteira do disco de con-
vergência.)
vergencia. ) '
Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potiincias
Potências 131

Fig. 4.2
4.12. Teorema. 0O mio
raio de convergencia
convergência Tr da serie
série (4.9)
(49) eé dado por
po,'
. Gn
r=
T= 1m I-
lim
I. í an- I,
n-.oo
"'_".°° a n+ 1
a'n.+1

quando este limite existe. Em geral,


geml, Tr ée dado por
11
,.r =
= ~'"""~
_:--,
\IIaJ'
lim Q/ |a,,|
com a conven~ao tomar rr == a
convenção de se tamar ou Tr = 00
O au oo,, conforme 0o denominador
desta expressiio
expressão seja infinito ou zero, respectivamente.

Demonstração.
Demonstm9iio. Suponhamos que exista 0o primeiro limite referido. En-
tão,
tao, pelo teste da razao,
razão, a serie L lan(z
série E Ia., (z -- zo)"1
zg)"| converge (portanto,
(portanto, converge
também a serie
tamMm série (4.9)) se

·
im
Iun I a,,(zz -- 'O)"
a,,( z0)“ I _ z 1
=
1 ,
I'lim
1m -I an
an
_-- - I
H-*OQ
n--oo aa,,+1(z
n +l {z -
- z0)"+1
ZO)n+ l Iz
|z -
- zol
zgl H-*D0
n--+ oo a
a_.,,+1
n+l
dizer, Iz
for maior do que 1, vale dizer, |z -- z0| Ia,./a,,+d == r.
zol < lim |a.,/a,,+1|
Para completar a demonstr~ao
demonstração da primeira parte, resta provar que a
série (4.9) diverge se Iz
serie |z -- zol
z0| > r. Ora, se ela convergisse em um certo z1, ZI ,
com Ilzq zo I > r,
ZI -- ag] r, entao,
então, pelo teorema anterior, convergiria absolutamente
em qualquer z' com IZI
ern zg| > Iz'
|z1 -- zol |z' - z0| > r, contradizendo 0o tteste
- zol este da razão.
razao.
A demo nstra~ao da segunda parte e
demonstração é analoga,
análoga, utilizando
ut ilizando 0o teste da raiz,
raiz,
segundo 0o qual a serie
série EL |a,,(z
Ia,.(z -- z0)"| div~rge con
'0)"1 converge ou diverge conforme
forme seja

É I/Ia,,(z
lim Ç/|a.,(z -- zo)"1
z0)"| =
= Iz
lz -- zollirn
.ZQIÉ I/la,,1
É/ |a.,|
132 Capitulo 4: Series Potimcias
Séries de Potências

ou maior do que I,
menor DU 1, respectivamente.

Exnncícios
EXERCicIOS

Nos Exercs. 11 a 5, obtenha as


os desenvolvimento5
desenvolvimentos em series
séries de pot€mcias,
potências, conforme especi-
fica<;ao
ficação em cada caso. Determine as os respectivos discos de convergencia
convergência e represente-os
graficamente.
grafica.mente.
1.
I. ƒ(z)=1/z
J( potências de z + i.
z ) = 1/ z em potencia.s
2.. ƒ(z)
J( z) =
= l1/z potências de z -
/z em potencias - i.
3.. J(z) = i/(z + i) ern
ƒ(z) = em potências
potencias de z -- I.
1.
4. J(z)
*¬ /_\.
N *lí = 1/(
= 2z -- 3) em potências
1/(22 potencias de z.
5.. ƒ(z) == 1/(2z
J(z) potências de z + i.
1/(22 -- 3) em potencias
6.. fez) = 1/
ƒ(z) 1/.af potencias de z -- l.
z2 em potências 1.
-~ÍICfIUT!F'~.C.›Dl\3
7. ƒ(z) l /z 3 em potências
I(z) = 1/23 de z +
potenciasde +2.2.

os raias
Determine as raios de convergencia
convergência das series
séries dadas nos Exercs. 8 a 16.

8.
B
00

L" nz . lã: L
s
~

9. Zt}nlz'l`.
n.z
I" . 1O.
10.
tB (z - i)"
n.1 .
ZM*
=0
" .. n- O
n= ,1 _ 0
n=0

00 00 00

11 log (3n' +
11.. 2log(3n2 L
+ 5)(z +
+ i)". L(senhn)z"
12. Z(senh n)z".. L (J2)'"
13. ¿Y:(\/5)” z".
2".
fI __ O
n=0 ".0
n=ü ,., 0
n=0
1/

L
00 00

L~ Z2!l,
00 " 1
14.
14. Í(,/5)".-z".
DVnJ"z" 15.
15. Íëz*-`“. 16.
16. Í%z'“”.
-z . n n

.n=O
_0 ._
n=l1 ._1
3"
n=1

00

2n
La'lz", code
17. Zanz", 2n =
onde aaz., =22"
2 o.z,.,,.¡
e a2 11+1 = 52 •1+ 1 .
=52"""I.
n=0
.. =0
DO
00
.
Lan z", oude
18. Za., na se n e
onde an == n é primo e an
a.. =
= 0O se n não 2
é primo
DaD e primo..
•n=0
_0

RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES

É ~ _2_. _; ~(zig
1 1
1.
I. ') = etc. convergência e
0O disco de cOllvergencia Iz + il < l.
é jz 1.
z -1+ z+t

3
3. l ~ Z E i - 1 + (2 _ ~)/(l
- 1+ 1 + i) etc 0O disco
disco de
de convergencia
conver ência
' z+i
z+é 1+é+(z-1)
l+i +(z- l ) 1+z;1+(z-1)/(1+.:) = etc.
' g
eé|z-1|<\/Í.
Iz - 11< ,/2.
Capitulo 4: Series
Sérim de Potências
Pot{",cias 133

6. série de liz
Obtenha primeiro a serie 1/z,, depois derive.

= 1.
8. Tr=1. 11. r=1. 12. rr=1/e.
= l/e. 14. rr=0.
= O.

15. Trata-se de uma serie


série de potências rn = Z2.
powllcias de w 22.

a,,z›2 = n/3n.
16. Observe que a'l

17. r =
= 1/5. 18. rr =
=1.
1.

SÉRIES DE
SERIES DE POTENCIAS,
POTÊNCIAS, SÉRIE DE TAYLOR
SERIE DE TAYLOR
caracterização das fun<;oes
Vamos estabelecer agora uma caracteriza<;iio funções analfticas
analíticas como
aquelas que podem ser desenvolvidas em series
séries de potências.
potencias.

série de potências
4.13. Teorema. Toda serie potencias
DO
00

f‹z› = L
J(z) = E a,,(z
ao -- za:
zo) '
n=O
n=ü
(4.11)
(4.11)

representa uma função


Tepresenta analítica no seu
funqiio analitica convergência Iz
sen disco de converye.ncia Iz -- Zo
z0|I <
<'I T.
r.
Ela pode ser
se, derivada termo a termo urnnm numero
número aJ"bitnl.7io
arbitrário de vezes; e as
séries assim obiidas
series obtidas possuem 0o mesmo mioraio de converyencia
convergência l'r da série
serie ori-
ginal, e representam as derivadas da função
Junqiio ƒ.
J.

Demonstmqiio. Dado z qualquer no disco Iz


Demonstração. |z -- zol
zg| < T,
r, eé claro que existe
r1
Tl < r tal que Iz
|z --~ zol
zgl < r,
r1 (Fig. 4.3a)
4.3a).. Neste disco a serie
série (4.11) converge
uniformemente (Teorema 4.11) e pode, então,
entiio, ser derivada termo a termo
série de derivada,g
(Teorema 4.6). A serie derivadas
OO
00

f'(z› = n=O
Z (fz + 1›‹z....cz ~ za":
J'(z) = L(n + i)a n+l(z - zo)"
Z-'I E
(412)
(4.12)

converge pelo menos no disco Iz |z -- zol


zgl < r, de forma que seu raio de con-
vergência r' ée pelo menos T.
vergencia 1,1 r.
Suponhamos que r' pudesse ser maior do que r. Seja entao então T"
r” tal que
r < r" < r' e seja z tal que r < Iz |z -- zo
zflll < T"
r” [Fig.
[Fig 4.3(b)]. A serie
série (4.12)
unifonnemente em Iz
converge uniformemente Iz --- zol
zgl < r" r” (Teorema 4.11); logo, pode ser in-
tegrada termo a termo ao longo de urn um caminho C zo a z (Teorema
C,, ligando zg
134 Capitulo 4: Series Potencias
Séries de Potências

4.6).
4.6), resultando em (4.11)
(4.11).. Esta serie
série deve entao
então convergir pelo menos para
Iz
Íz -- Z() r”, 0o que e
zg|I < r". é uma contradi<;ao.
contradição. Fica assim provado que as series
séries
(4 .11) e (4.12) possuem 0o mesmo raio de convergencia.
(4.11) convergência. 0O resto do teorema
segue facilmente por indu<;ao
indução..

,.

"
› r
‹!\
JP
(0)
(a) (à)
(b)

Fig. 4.3

4.14. Teorema (da serie série de Taylor). Seja ƒj urna uma função analítica
jun,iio analitica
região R, Z()
numa regiiio urn ponto qualquer de R, e ro
zg um rg > 0O tal que 0o disco Iz
|z --
zg|I :S
zo É ro
rg esteja todo contido em R. R . Então,
Entiio. nesse disco aa. função
jun,ao ƒj pode ser
desenvolvida
desenvolvida, em serie potencias de z -- zg.
série de potências Zo . Conhecido como a "serie“série
de Taylor"
Taylor” da jun,iio j Telativa
função f relativa ao ponto zo,
zg, esse desenvolvirnento e
desenvolvimento é dado
univocamente por par

f(2) = Ê ƒ(flI1l~i(1z_ü)(2 _ 20)"~


n= u `

oO caso Zo =0
zg = O eé conhecido como serie
série de MacLaurin da função
Jun,iio f.
j.

Demonstração.
Dernonstm,iio. Sejam z um urn ponto qualquer do disco Iz |z -- zol
zg| < roo
rg,
= Iz
r = Iz -- zo
zgl,l. e rl tal que r < Tl
r1 < ro
rg (Fig. 4.4). Pela formula
fórmula de Cauchy.
Oauchy,

f‹z› = já š%l‹1c.
Capitulo 4: Series Potencias
Séries de Potências 135

on de C]
onde C1 éeo círculo I(
o circulo |Ç -- zg|
zo l == r]
1:1.. Observe agora que

11 _*,W 1
1 W _ 11 11 _Ê
00 (z - ZO)"
(Z-29)”

c-z ((<-z4›-‹z-z.›› 2:: (-ZO),+I'


t c-z.›`,_%;s›_
__,0 : (Ç-z‹z›f*+“
( -zo· 1 - -
(-z - zo) - (z - zo) z Zo =
- n=O
É-3 D
(- zo
expressão anterior de ff fica sendo:
de forma que aa expressao

f(z)=~l
f(z) = 51- il
Tri C, 211"1 fe,
[f ÇmioZO (Z(Ê'(--ZO )"jd(.zig.
nz ( ---
,,=0
f(()
-- zO
(413)
(4.13)

I
Fig. 4.4
Fig. 4.4
Como f(O
ƒ(Ç) eé continua,
contínua, portanto, limitada por
par uma constante M
M sabre
sobre
círculo C"
ao circulo C1, temos:
temos:

Ê Jííš. (Ei21)” É %“í~â<â)"


2:: -f(O (Z-ZO)
00

,,=0
1
-( - ZO "I :0;-
( - zo
M 2::- (r)"
" =0 TI T]
00

F3 Ci 13 O

Daqui e do teste de Weierstrass segue-se que a serie


série em (4.13)
(-4.13) converge
uniformemente em (Ç E
E C].
C1. Podemos, entao,
então, integra-la termo a termo,
obtendo: _ oo 1 ƒ(Ç)dÇ n

=]; [1
00
f(z) H: 211"i
2
1 f(()d(
fe,
1
fr)-í},l-ai.r'"›_+'l<H°>~
C (Ç_z0n1
n
_ zo)n+1 (z - zo) .
Este eé 0o desenvolvimento procurado, pais pois aa. expressao
expressão entre colchetes
aí aparece e
que at f (n)(zo)/n
é igual a ƒ(")(zg) /nl,!, como vimos na p. qq. Assim, podemos
podemas
escrever:

2:: f(n)(,zo ) (z -- zur.


OO
00

f‹z› = Z
f( z) =
71,=0
n=0
zo)".
n.`
(414)
( 4.14)
136 Capitulo Series de Potencias
Capítulo 4: Séries Potências

Resta provar que 0o desenvolvimento acima e único. Isto e


é unico. é consequencia
conseqüência
imediata do teorema que consideramos a seguir.

44.15.
.15. Teorema (da identidade de series potencias). Sejam
séries de potências).

00
G3 00
DO

E a,,(z - zg)"
La,,(z-zo)" e Z
L b,,(z -- zg)"
zo)n (4.15)
n=O
n=0 n=O
3 == Q

duas series
séries de potências,
potencias, convergentes numa vizinhnn9avizinhança Iz - zol
|z - < r de zg.
zg| < zoo
Seja z"
z., uma sequencia
seqüência .de
,de pontos distintos, que converge para zo, zg, e tal que
séries coincidem nos pontos dessa seque.ncia.
as duas series seqüência. Entiio,
Então, as 1"eferidas
referidas
silo identicas,
séries são
series isto ti,
idênticas, isla a., = bbz-1.n Para
é, an para todo n. Em particular, esta con-
clusão e
clusiio válida se as séries
é valida series coincidem numa vizinhan9avizinhança de zo,
zg, au
ou mesmo
num segmento au ou pequeno areoarco com extremidade em zg. zo·

Demonstração. séries representam funções


Demonstrat;iio. As series fun~oes /f e g, respectivamente,
são continuas
as quais sao contínuas em z = = zo;
zg; e como ƒ(z,,) = g(z,,),
fez,,) = g(z,, ), passando ao limite,
obtemos /(zo)
_f(zg) =
= g(zg),
g(zo), ou seja, aoag = boobg.
Supondo que aj = = bj
bj,, jj == 0,
0,.. ..
. .,k
, k -- 1, vamos mostrar que ak = = bk.
bg.
Com efeito, cancelando os primeiros klc termos das series séries (4.1 5) e dividindo-as
(4.15)
por (z -- zol',
zg)"“, obtemos as séries
series

f1fz+f11.z+1(2f-Zol+--- 8 l>i+bfz+1(2-2o)+---.

que convergem em Iz
|z -- zol
zgl < rr e coincidem para zz =
= z,,. Então, pelo mesmo
Zn . Entao,
argumento anterior, ak == bk,
bt, 0o que completa a demonstra<;ao.
demonstração.

Exemplos de series
séries de potências
potEmcias

4.16. A exponencial. Como primeiro exemplo, vamos considerar a


fun~iio fe z) =
função exponencial f(z) = e'. f(" )(z) =
ez. Temos aqui ƒl"l(z) = e'; f (")( O) =
ez; logo, ƒ('"')(0) = 1.
Portanto, neste caso 0o desenvolvimento (4.14) com Zozg =
= 0O nos da a serie
série de
MacLaurin da exponencial: _

.,. oozn
DO z" z2 z2
2:3 z3
e-3:
8 = L
šn!..
-=1
n.
n= O
+--+-
= 1+z + 21
+3 21. .+ -3' + ....
3!+
e Capitulo Series de Potências
Capítulo 4: Séries Potencias 137

valido z. A constante de Euler e


válido para todo 2:. é entao
então dada por
X
_0__ l_ 1 1 1
8--8 -2;]-Tí'--1+l+š+:_¡Í+š+...
Q n n I

n '-1

4.17. Serie nm~ao ƒ(z)


Série binomial. Consideremos a função j(z) == (l+z)"
(1 + z)“,, onde a
of
eé um número complexo qualquer.
urn numero A nao fun~o e
não ser que aa seja inteiro, essa função é
ramificru;ao no ponto z = --1.
multivalente, com ramifica/ção 1. Vamos considerar 00 ramo
da fun~ao condi~ao f(0)
função fixado pela condição = L
j(O) = 1. Como

f'‹z› = ao ++ z)O- I, f"‹z›


l'(z) = a(l j"( z) == ‹a(a
›z‹ zz -- l)1›z<“'
z(0-22),
>,
e, em geral

j (n) (z) = ala


ƒ("') (oz -- n +
a(oz -- 1) ._ .. (a 1)(1 +
+1)(1 z)"- ",
+ z)°“`",

obtemos H
f<'=1(o)_
j (" )(O )
- --=
zz(zz ---1)...(.z¬z
a(a -zz+ Q
1) .. . (a-n+1)
n!
nl _ n!
nl '
Portanto,

(l+ z )" =
(1+z)" I+az+
=1+az+¶z2+...= a(a~l)
oz(oz - 1)
. .. = E (a) z'"
Únz",
2.
z2+ f:
n

I-5 =O
,_
O n
Izl < 1,
|z| < (4.16)

onde 0o simbolo
símbolo do coeficiente binomial que aí está definido
ai aparece esta definido para
todo a
oz complexo pela expressao
expressão

(oz)
a) =_o:(o:-1)...(of-n.+1)'
a(a
- - 1) __ .(a
E - n+1)_
(n n!

o
O desenvolvimento acima da função (1 +
fun~ao (1 + z)°
z)O é conhecido como "de-
“de- e
senvolvimento
senvolvime binomial” ou “série
nto binomial" "serie binomial”. do Qoz ser urn
binomial". No caso de um inteiro
positiv~,
positivo, série termina com 0o termo em zCt
a serie z°,I pois, neste caso, 0o coeficiente
pais, oeste coeficiente
binomial se anuJa
anula para n > a. oz.
oO desenvolvimento de qualquer outro ramo g(z) fun~ao (1+
g( z ) da função (1+z)°
z )" segue
de (4.16)
(416),; basta notar que g(z) = 2ho i j( z ), onde 0o inteiro k
= ee2¡°'”°'iƒ(z), lc caracteriza 0o
ramo particular g( z ) que se considere. Portanto, 00 desenvolviment
g(z) g( z )
desenvolvimentoo de g(z)
eé obtido multiplicando cada termo de (4.16) 2hoi
Zkvai
(-4.16) por ee ' ..
138 Series de Potências
Capitulo 4: Séries Potencias

4.18. Observa«i>es.
Observações. 0O cálculo fun~a.o
ca\eulo direto das derivadas de uma função
nem sempre eé 0o modo mais rnais prático
pnitico de construir ssua
ua serie
série de Taylor. Urn
Um
procedimento muito útil uti! consiste em utilizar
uti!izar desenvolvimentos conhecidos
conhecidos,,
ja. tivemos oportunidade de ver por meio de exemplos e exercicios.
como já. exercícios.
Às vezes ée mais f"ci!
As fácil obter 0o desenvolvimento da derivada ou da integral
fun~iio original; 0
da função o desenvolvimento desta ée então integra~iio
entao obtido por integração
deriva~a.o , respectivamente. Consideremos, como exemplo ilustrativo, a
ou derivação,
fun~ao
função ƒ(z) a
arc sen z, ou melhor, a determina~iio
/(z) == arcsenz, determinação dada por ](0) = O.
ƒ(0) = U. Sua
derivada pode ser desenvolvida usando 0o desenvolvimento binon~ial.
binomial. Veja:

1'(z) -
= 11 __ (1 _ z2)
= 2-1/2
- 1/ 2
fƒlzl _ E-(1"Zl
~
11 22 1.3
1'34 4 1·2·5. 6
1.'2'5--6
I
= 11+-il +5-ãíz
+"2 z + +*-šã-31-Z
222! z + 233!z + .. .
°° 1·3
~
z 1+L..,
1+Zl 1-3...(2n~1)
. .2%!
. (2n - 1) 22".
2"
2 .
,
n= l
11:.
2nn.

Como
(mr
(2n)! ‹ nr
(2n)!
1 ' 3 - ° - W" 1) s zz. 1;<zlz);f¡<zn) ¬ 2"(n!)
1·3 . .. (2n - 1) = (2.1)(2.2) ... (2n) zf<nz›=,
escrever:
podemos escrever:
~ .._.í'__.
DO
'(
.r ) _
_ 1 (2n
lznl)!I 2n
211 _
f] (z)
Z = 1++ ZE 22n(n!)2
L.., 22n(n! )2 ZZ
rt-1
n::l

Integrando de z =
= 0O a z, encontramos 0o resultado
result ado procurado:

~
f( z ) =
ƒ(z) =arcsenz=z+L..,
oc
arcsenz = z + gl a e (2n)!
e2n(2 (277-li
22n(2n+1)(n!)2z
2,,
2 +1+1
)( 1)2z " ,, Izl 1.
|a| < l.
n~ 1 2 n +1 n.

Produto e quo ciente de séries


quociente series de potências
pot€mcias

Consideremos funções, ff e g,
Consideramos duas' fun<;6es, g, regulares num ponto zg,
zo, dadas por suas
séries de potencias
series potências relativamente a esse ponto:
00 00

flzl L
](z) =: É a,,
anlz(z -_ 30)"
zo)" e3 §(3l
g(z) =: É b,,(z L
bfl(¿' -" zot,
zülnz (4.17)
(4-17)
11 =0
n.=U =0
7l=O
'Ii' Fl-|
Capitulo 4: Series
CapItulo Séries de Potências
Potencias 139

ambas convergentes num disco Iz |z -- zol


z0| < T. 0 produto h =
fr. O /g tamhem
= ƒg também eé
regular em Zo e tern serie
zg tem série de potencias
potências

mz) = f‹z›g‹z› = L2‹z.‹z


h(z) = /(z)g(z) = c,,(z -- ZO)"
zu"., (418)
(4.18)
"
que converge pelo menos no mesmo disco Iz -- ZO
z0|1< T.
r.
os coeficientes
Para determinar as coeficientes Cn
cn em termos dos coeficientes
coeficientes an e b
bn,
n)
lembramos que

_ f(")(2o) _ 9("')(2o) _ h(")(20l


“H-T» bn-T 6' e-T'
Assim,
co
wo == ƒ(‹°=ú)9(-fo)
/(zo)g(zo) == aobo;
nabo;

C1 = f'(2o)9(2o) + f(2o)9'(f-*ol = 11150 + Gabi;

C2 ~! [J"(zo)g(zo) ++ 2J'(ZO)g'(zo)
cz == §,~[f"‹z@›g‹zzz› 2f'‹z0›g'‹zzz› + J(2O)g"(zo
f<z0›g'*<z@›1)J
=
= 11250 + alb,
a2bo Gibi + aob2;
Gobaš

~! [J'''(zo)g(zo) + 3/,,(zo)g'(zo)
Cs == §1¡lƒ'”(2o)9(2o)
C3 3ƒ"(2o)9'(2o) + 3f'(2o)9"(2o)
3J'(ZO)g"(ZO) + J(ZO)glll(ZO)J
f(z==ú)9"'(2o)l
= E1350 +
= a3bo (1251 +
+ a2bj Giba +
+ a,b2 + aob3;
02053;
e assim por diante. Em geral, utilizando a regra de derivação
deriva<;iio de Leibniz
(Exerc. 2, p. 52),
. n
Cn. =
c" = aübn + a,
aob" 'l' b,, _ , + ...
alba-1+ + a"bu
- - - 'l' L"
: E ajb,,
anbü = _j.
Ú'jbn-j- (4.19)
(419)
jzo
;=0

análogo, se deduz uma regra para a divisão


De modo analogo, séries de
divisiio de series
potências. séries de J(z)
potencias. Sejam dadas as series ƒ (z) e h(z),
h(z), indicadas em (4.17) e (4.18)
(4.18),,
respectivamente. Vamos determinar a serie série do quociente g(z) = = h(z)(
h(z)/f /( z) .
então, que J(zo)
Devemos supor, entao, ƒ(zg) = = aoag i'
76 O. Em conseqiiencia,
conseqüência, a função
fun<;ao
/ƒ nao vizinh an~a de zo,
não se anula em toda uma vizinhança zg, onde g9 eé regular e possui
(‹f-1.17). A determinação
desenvolvimento indicado em (4.17). coeficientes b"
determina<;ao dos coeficientes bn em
140 Capit ulo 4: Series
Capitulo Séries de Potencias
Potências

termos dos coeficientes ct., e en


coeficientes an cn se faz usando novamente a relação Jg == h,
rela.~ao ƒg
donde as rela<;Oes
relações (4.19). Assim,

'* = Co
aobo = bo =
co => bo = co/ao,
Cn/ao.
aob) + a)bo
0051 + = C1 '*
Cubo = Õ1 =
=> b) = (C1 _ albo)/ao;
0150)/00; CI (CI -

e, em geral, para n = 0, 1, 2, ...


. . .,,

aob,,+ .. . +a"bo = c"


aflbn + z . . "l-ai-“bo Z cn :> bn Z '* b" = (c" -alb,,_
'_' 1 -'_ ..
. . .. -a"bo)/ao.
_

o calculo
O cálculo dos coeficientes
coeficientes de uma serie
série de potências
potencias pelo produto
prod uta au
ou
quociente de duas outras e,é, em geral, complicado. Mas e
é sempre possivel
possível
calcular os primeiros coeficientes
coeficientes da serie,
série, 0o que 1puitas
muitas vezes contero
contém as
informa.,oes
informações desejadas. Vejamos alguns exemplos.
exemplos.

4.19. Exemplo. Consideramos


Consideremos 0o produto e' VI +- z , onde tomamos a
ei \/TE
determina.,ao
determinação principal da raiz quadrada. Entao,
Então,

e'v'l+Z
z
<- a iâúm
=

=
M8
E!
N

(1-i~z+-z no +-ëza-I-...) (1+šz¬šz2+í1-É-z3+...)


7
= 1+-2+-z no + â-8z3+..., |z|<1.
C'!\DC»O OO`J|3\3l"'

4.20. Exemplo. Seja agora a fun<;ao


função _
z z 1
1
f‹z›,..._,
J(z) = e' _ 1 = ..,. 4..",----z,::-,-
zn = -,oo ~ 00

E n! §0(n+1)!
!;(n+1)!
Embora z/ Ce' -- 1) na~
z/(ez não tenha sentido para z = = 0, a última
ultima expressão está.
expressao esta
definida mesmo para z =
definida = 0 e coincide com JCz)
f (z) no seu domínio
dominio de defini<;ao
definição
os pontos onde e'
(que exclui as ei = 1, isto e,
é, z = 2krri,
Zkml, kIf.: = 0, ±I,
il, ...
. . ). Logo,
eé natural definir fJCO)
(0) =
= 1. Para e'
x pandir JCz)
expandir f (z) em potencias
potências de z, pomos
00
1
_L-,cnz
" n
JCz)
.f(z) =
; 00 Izn
" -; Ê cnzna,

,~ Cn:
n=O
1120

ZM2 (n-I-1).
I)! l
Capitulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências 141

donde

1= fo00 ")(00
({n=0 (n: 1)1 ]n=; C"zn
) = fo00 (00~ (n _
3 = c::› =0
Or
r + 1)1
)
z.,

Daqui segue-se que


00
DO
Cr
=L
co = 1, '" Or -u
-0
~ (n - r + 1)1 - ,
n zrzfl.
= 1,2, ...
C0 š(n-r+1)!
r=O n

rela~6es determinam as
Estas relações os coeficientes
coeficientes en
cn sucessivamente:

co
cg = 1, Cl
=1, = --1/2,
cl = 1/2, C2 = 1/12,
cz = ...
1/12,...

Então,
Entii.o,
z zz z2
2:2
I(z) - _zz-1 2 + -.H
12 + ...
o-11 = 1 -
fü) = eZ 2+u2+
e esta serie
série tern convergência. r =
tem raio de convergenCia = 21f,
21r, pois função If eé regular no
pais a fun~ii.o
disco Izl
|a| <
<í 21f, não em .zar =
2a, mas nao = ±21fi, Z
:I:21ri, onde eei -- 11 =
= O.
0.

série dupla de Weierstrass) Seja


4.21. Teorema (da serie Seja.
00
f‹z› = Í
I(z) = f..‹z›
L lu(z)
n =O
n=0

nniƒormemente convergente num disco Iz


série unilormemente
uma serie |z -- zol
zg| < '".
r. Suponhamos
que as lun~iies
funções In
ƒn sejam regulares no mesmo disco, de lorma
forma. que
00
OO

I.,( z ) == Z:a,,¡,(z
ƒ,,(z) Landz -- zO)k
zg)k,, Iz -- zo
2:0)l < r.
k=0
k ~O

Então séries I:;:'


Entao as series ~ o ant
2Í,_°=0 am, converyem
convergem para todo k e

I(z) == É
f(z) E(~ant)
PS" = C3 n=0
(z -
afik) (Z `_ z0)k1 zo)\ Iz
lz -
_ zol < r
zül < T'

Demonstra~iio"
Demonstração. f analítica no disco Iz
Ieé analitica Iz -- zol
20] < T'r' (Teorema 4.6), logo,
possui desenvolvimento em serie
série de potencias
potências de z -- Zo 2:0,, cujos coeficientes .
Ap Ar == lf”°l(zg)
são dados por At
At sao (t )(ZO)/k!.
/k!. Ainda de acordo com 0o teorema citado,

A =
Ak=L -É-=
k!
°° l~k)
00
fÁ“‹z0›
= Lank...
(ZO) °° 00

n=O 71.= 0
Q

142 CapItu lo 4: Series


Capitulo Potencias
Séries de Potências

demonstra~iio.
Isto completa a demonstração.

4.22
4.22.. .Exemplo.
Exemplo . Seja desenvolver em serie fun~iio
potencias de z a função
série de potências
inteira J(z)
ƒ(z) =
= e,en'. mul tipli ca~iio e 0
ese" Z. Usando a regra de multiplicação o Teorema de Weier-
strass, obteIDos:
obtemos:

sen 22 z sen 3 z
z =
eS°“z=
esen 1 + sen z + -2!- + -3-
1+senz+Se§¡Z+Se§'z+...
1
+ •••

__1 2:3 1 z3 2 1 z3 3

= Z2
_ 1+z+-+
gv
2!
--+-
31 33: Zz + - -
3!
3
3| - t 4|
3! 4!
( 11.1)
- z4 + ...
"'*,
1) f›.(( 11.9.4.
1)
'
ouseja,
ou seja,
Z2 Z4
senz _..
= l +z+ ___
eem”-1+z+ã-í4+2 8 + ...
2 8
expressão nos mostra, em particular, que as func;oes
Esta expressao ese" ZE e eeiZ coinci-
funções esen
ate segu
dem até nda ordem com z -›
segunda --+ 0
O ::
esenz __* ez : O(g3), E ____› 0_

Exsncíclos
EXER Ci c IOS

Obten
Obtenhaha os desenvolvim entos em séries
desenvolvimentos series de potências
potentias de z dados nos Exe rcs. 1l a 4, e
Exercs.
verifique quP.
verifique que eles sao
são valid
válidos
os para to do z.
todo

1 . sen = in
seusz=
~"° (-
L- ---_
(-1):
1)"
(2n+1)!z
(2
z... .. MI 00
= ií
coszZ =
2. cos L°° -(
‹-1)")' z.
(- 1)" 2n
(2n)! z ..
1. n+ 1 )'. z 2n.
11 . 0 ,,=0
21 C3

°° 2'1 - 1 2T1
z 211-1 °°
z 211
00 ¢O

3. senh
3. senhzz == 2 if
(2:E
t*-J 33
U1.
_ 1)!' 4. cosh
4. _(Z
coshzz = Z fim. L
)1 .
2n.
"=
3 = \
4-" '~.
,,n=fl
-0

séries de potências
Desenvolva em series potencias de z as funções 7, cujos
rUl1~Oes dadas nos Exercs. 5 a 7,
ramos sao
são fixados
fixados pelas condic;oes cosU0 =
condições arc cos = 1, = 0 e VI =
1, arc tg 0 = = 1. a
7 l+z 1 +z
5. arc cos .
arccosz. 6. arcttg z.
arc 7. -,----.
. ~1 - z2'

8. Desenvolva em serie
Descllvolva potências de z -- 11 a determina<;a.o
série de potencias principa.l (log 11 =
determinação principal = 0) de
f(z) == zlogz -- z.
ƒ(z)
Capitulo 4: Series Potencias
Séries de Potências 143

9. Desenvolva em serie
série de potências
potencias de z e (z -- 2), respectivamente, as func;.Oes
funções
1 1
f‹z›=(-,,-3,,-,,,.
I(z) = (4 _ z)3 e‹-= g‹z›=,i.
g(z)= ,-
z
graficamente sellS
e represente graficamentc seus discos de cOllvergencia.
convergência.
séries de potências
10. Desenvolva em series funções
potimcias de z as fUD<;Oes
11 z
f(*>=;f1"â;m
f(z) = z' _ 3z + 2 eB W)
y( z) = ¡z+z)z(z-i>~
( z + .)'( z t •

=Z
11 . Mostre que sen z = °° ‹-1)"¬¬'
00
"'"" (-,1
( )" +i
nir) z».i
J , onde n e
)' (z -- mr)2i+l, é um . . qualquer.
urn inteiro
L.2J+l.
.i=v
j_ O `
12. Obtenha 0o desenvolvimento
desenvolvimento de cos z em potcncias
potências de (z -- mr -- 7r/2), onde n e
ir/2), cnde é um
urn
jnteiro.
inteiro.
13. Diz-se
D iz-se que uma função If e
urna fun~iio par (impar)
é por (ímpar) se J(z)
ƒ(z) = I (-z) (f(z)
= ƒ(-z) = --ƒ(-z))
(ƒ(z) = J( -z)) para todo
Deinonstre que 0o ddesenvolvimento
z. Demonstre escnvolvimento de uma func;a.o
função par (impar)
(ímpar) em potências
potimcias de z
56
só contem
contém potências (ímpares).
potencias pares (impares).
fazer 0o produto de duas series
14. Ao razer séries de'
de potências
potencias (4.17), em geral elas tern têm raios
raias de
convergência distintos. Mostre fjue
cOllvergencia que 0o raia
raio de convergência série produto (4.18) e
cOllvergencia da serie é
mínimo 0o menor
no minimo raios de convergencia.
mellor dos l'ai05 séries (4.17). De
convergência das series Dê exemp!os
exemplos de series
séries
de potências
potellcias cujo produto seja.
seja uma serie
série com raio de cOllvergencia
convergência igual
iguaJ ao menor
dos raias
das raios de convergencia
convergência das series
séries dadas
dadas;; e e..xemplas
exemplos em que 0o produto seja uma
serie
série com raio
raia de convergencia mai~r que 0
convergência maior o menor dos raios de cOllvergcncia
convergência das series
séries
dadas, auou mesmo tcnha. raio de cOllvergencia
tenha raia convergência inrinito.
infinito.
Obtenha os primeiros
15. Obteuha termos do desenvolvimento de z/(e:
primciros quatro terInos .z/(ei -- 1) em potências
potencias
de z.
2. Mostre que
z :>ez
J(z) = e' _ 1 - 1 + ~
f(zl=.z'1-í"1+§
eé função significando que a função
func;ao par, significanda func;ao dada pode ser escrita na forma
OO
00

Bn z" ,,
e' Z
e= -- 1l Ln!nl Z,o B" "
__z_ = '"' ..._--Z
m 1

0I1(l€ B
ande = 1,I, 8B1-_-'
B9o = -1/2, B2
1 = -1/2, = ]1/Õ,
B2 = / 6, B3
83 = Ú, R.
= 0, B4 == --1/30
1/30 eE B2,,'+¡ = 0
82,,'+ 1 = para n;::-:
Ú para H- 2 1.
Esses B., são as
B" sao os chamados numeros Bernoulli (Jacques Bernoulli (1654-
números de Bemoulli (1654-1705)).
1705)).
'X'

Mostre que
16. Mostre
z
et _ 1 +
que ä
Z
+ 'É2 =
Z
= 'šcoth
Z:r
2 coth E'2 ee conclua
Z
que '-šcothš
conclua que
Z
2 coth '2 =
00 82"
B . 2",,,
L .
(2n)1 z .. Substi-
= Ç És? Substl-
o
.
tuindo
tUlfldo zs par
por 2z, .
22, abtcm-se
obtém-se ~
z coth z = Z
°°
2 " B 2" 2,1
Taí?-'-22'”.
L- -(--), -z .
22nB
2

O 2n..
o
17. Mostre que, para It
|z|I < 1,

exp (
11 )
] -z ~ ["',
~.o
sí.-_-z>=f+fz+2:a[2 1
=e+ez+~n1
°° 1 "“ (¡z+2)...(¡z+f›.)
~ (k + 2) ·k! (k + n)] z",,
,,fl=2
=2 k=fl
144 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências

três primeiros termos do desenvolvimento


18. Determine os tres
~
UD

= LE
logcosz =
!ogcosz C"z"
cuz",,
11.
53 .. \o-I

tomando log 11 =
= O.
0.
19. Sejam fƒ uma func;ao
função anaHtica região R
analítica numa regiiio R,, zg
zo E
E R e r1" 0o raio
raia de um disco centrado
em Zo contido em R
zu e todo canticlo coeficientes a.,
R.. Mostre que os coeficientes an == ƒi`”](zn)/nl
/ (fl)(Zo)/n! da serie
série
Taylor
de Tay função ff relativa ao ponto zo
lor da fUll9ao são tais que la'll
zg sao |a,,| :s:
5 M jrl!, oude
M/r", onde M
M eoÉ o
max imo de I/(z)1
máximo |ƒ(z:)| em Iz
|z -- z0|
zol == rr..

SUGESTÕES
SUGESTOES

9. fe z) == (1/
Observe que ƒ(z) 43 )/( 1 -- Z/
(1/43)/(1 4)3 e apliq
z/4)3 d~senvolvimento binomial; au
ue 0o desenvolvimento
aplique ou
desenvolva 1/(4
dcsenvolva x) em potências
1 / (4 -- z) Quanto a 9(Z
potencias de z ce derive duas vezes. Quanta ), proceda
g(z), procecla
de modo analogo,
análogo, escrevendo z = = 2+ + (z -- 2).
10.
IU. Use decomposição
decomposic;ao em fra90es
frações simples.
°° (_
___ 1)11.n+1
+1
18. log ( L + zz)) =
18. Observe que log(l L00

= Z(-lgfz"
n cosz=
Zll e cosz 1+
= 1 + (cosz -- 1).
,, =11
11,2

SÉRIE DE
SERlE DE LAURENT
LAURENT
Vimas,
Vimos, na casa da serie
no caso série de Taylor, que eé sempre possível
passivel desenvolver em
potências de z -- Zo
sorie de potencias
série zg uma fun~iio zoo Veremos
função que seja regular em zg.
agora que o0 desenvolvimento podepade ainda ser possível,
passivel, mesma
mesmo que a função
fun<;ao
nii.o
não seja regular em zo,
zg, desde que se admitam potencias
potências com expoentes
negativos. UrnUm exemplo dessa situa~ii.o
situação 0
é dado por

ezZ
e _ 1l z1i. °° zn
z" _ 00 -3 _ 1
z"`3 1 l1 1I zz z2
212 Z2
z2
z3 = z3
N 3- bën-3
2::
M n! :; 7n
s. =_:
ÃM = z3 + z2 + 2!z + 3!
_z3+z2+2!z+3l+4!+5i+'"+ 4! + 5! + ...

série, conhecido como serie


Esse tipo de serie, generaliza~ii.o
série de Laurent, 0é uma generalização
série de Taylor. 0
da serie O resultado geral 0
é dado pelo teorema seguinte.

4.23. Teorema. Seja.Seja fJ tirna Jun9iio univalente


uma função umlvalente e analitica
analítica numa regiao
região
anular G: r < Iz
iz -- zol R . Então,
.zg| < R. Entao, para todo z nesta regiiio,
região,
00
Cx) 00
DO 00
CX:
n
f(»1=)
J( z) == 2:: T4-
Z
n=l
( Ú--'n
a_ )n + 2::
Z -H Zo
Z an(z
‹1zz(2 -- 20)"
n=Q
2::
zo)" == Z
n=-oo
‹1zz(2 -- 20)".
lln(z zo)", (4-20)
(4.20)
n=1 (Z z0)n n=O fl==-oo
Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências 145

coeficientes an, n == 0, ±1,


onde os coeficientes il, ±2"'
:I:2, . . .,"J sao
são dados por

1
= --
a" = 2~i fc ----d
(( !~~"+l
f(Ç)
de,, (4.21)
4.21

sendo C um contoruo' zo uma vez no sentido


contomol fechado em G, envolvendo zg
positivo.

Demonstração. Dado Zz E G, sejam rl


Demonstra9ao. r1 e r2 fr; < Iz
rz tais que r < rl |z -- zol
z0|
< r2
rz < R (Fig. 4.5). Designemos por C
C11 e C2 as
os circulos
círculos de centro zgZo e
raios T,
raias r1 e T2,
rg, respectivamente, orientados no sentido positivo. Ligando C C;1
por urn
e C2 par arco L, obtemos urn
um arCD um contorno fechado '1Y = C22 + L -- C)
= C C1 -- L,
numa regiiio fun~ao f;
região de regularidade da função f ; logo, pela fórmula
formula de Cauchy,

f(z) =- ~
f(z) 21,1l r, (-
(ffozdc.
f(C) de.
2", z
L se cancelarn
As integrais ao longo de L e ---L mutuarnente; portanto,
cancelam mutuamente;

f(z) == ~ /C2
f(z) r f(C)
2", lc, (gdç
-Z
d( _ ~
2% r Çigzzç.
/Cl ftC) de.
2", lc, (- z
(422)
(4.22)

A?

Fig. 4.5
A primeira destas integrais eé tratada exatamente como no caso da serie
série
de Taylor (Teorema 4.14) e resulta na seriesérie de potimcias
potências positivas que
146 Capitulo
Capítulo 4: Series
Séries de Potencias
Potências

aparece em (4.20), a qual, substituida


substituída em (4.22),
(422), nos da.:
dá:

f(
~
°°
z)=~an (z-ao) -
f(Zl=šfln(Z-Go)
n= O
2'
-
_ ʃcl (( _ )d(.
ñdš-
n il
«R 1
7r 'l. Cl
f(C)
f(O
Z
((4-23)
4.23)

Quanta
Quanto aa esta ultima
última integral, notamos primeiro que

1 1 -_11 _ 1 ( ( _ .zo)n
1 _ 1 1 É _ É00
(C -Koln
(Ç-z
- Z = (( - zo) - (z - zo) = zz-zg
(Ç-zg)-(z-zg) - Zo . 1_C-20
( - Zo = - 7130 (z
1 --- n= O
- ZO)n+1 .
(z-zg)"+1' L
z --- Zo
Z Z0

E sta serie
Esta série converge uniformemente em Ç( E
6 C
C1;
J ; logo,

1 1
1 r 00 (( -Ç- zo)n"
"”âíz*§/.zz.z¿9zz'“*< = aifaflo ZM2=
27ri l CI f (O {; (z _ zo)n+1d(

_ '°°" 11 ._1- 1 1 .,.,--'--'-'-7-,-


=
00 fm , d(.
fee)
“ ,'20
Ê (z(z -- zo)n+1
§ Gzu"-+1 27ri
2«1 C, ((rc -- zwdi'
zo)

Escrevendo n + 11 como novo índice


11. + n,, obtemos:
i'ndice n obtemos:

__ 1 1 f‹<›
1 °° 11 . _11 1 fm
f(O d( =_ ~ f( O de .
'Tz-fz'
27ri c , c-_z”lC
( - z " ,f;;-; (z
(z -- ze" ` 27ri
se C, (Ç(( ~- zu-"+'d<”
ZO)n n+1 ZO)

Substi t uindo em (4.23)


Substituindo (423),, obtemos 0o desenvolvimento dado por (4.20)
(420) e (4.21)
(421),,
ja. que a integral que aparece em (4.21) tem
já tern o0 mesmo valor, qualquer que
"eja
seja 0o contorno C descrito no teorema,
tearema, em part C1J ou C
icular C
particular 2 . Isto com-
C2.
pleta a demonst r~ii.o.
demonstração.

Como dissemos anteriormente, a serie série de Laurent e generaliza~ao


é uma generalização
da serie
série de Taylor. Se a fungiio função ff e
é regular mesmo para Iz |z -- zol ::; T1",, entii.o,
z0| § então,
para n = --1,
:ri = 1, --2,
2, ... tambem regular em todo 0o disco Iz
. . . eé também -zol < R a função
|z-~z@( fun~ao
de (Ç dada por
_, _ f (O f (( )(; 30)) --11.-1
n-I
(Ç_z0),,_¡,1
((_zo)n+l = , - zo › ,
Em consequ€mcia,
conseqüência, a_ = 0O para n
a_,,n = ri = 1, 2, ..
. . .. I, e a serie
série de Laurent se reduz
a serie
ã série de Taylor.
Capitulo Séries de Potências
Capítulo 4: Series Potencias 147

infinito
Regularidade no infinito

E interessante notar que, enquanto a primeira das integrais em (4.22)


É (422) e é uma
função regular no disco Iz
fun~iio lz -- ZQI
z0| < R (na verdade, regular em Iz - zol
|z - z@| < r2;
rg;
mas, dado qualquer z tal que Iz - ZQI
|z - z0| < R, sempre existe rz
r2 < R tal que
Iz
|z -- zol e
rg), a segunda integral é regular para Iz
zg| < r2), Iz --- zol
zg| > r, inclusive no
ponto 2:z =
= 00,
oo, de acordo com a defini~iio
definição que damos a seguir.
fun~iio g(
Uma função g(z)
z ) se diz analitica,
analítica, regular ou holomorƒa
holomorfa no ponto z = = 00
oo
g(l/()
se g(1/Ç) for regular no ponto Ç =
( = O.0. Neste caso,
CMO,

g(1/ç) = to + ag + ôzç2 + . ..
vizinhança de (Ç =
numa vizillhanc;a = 0, 0o que equivale a

.bi
h1 ~
52
g( z ) = bo + - + 2" + ...
_q(z)=bg+?+?+...
z z
vizinhan~a de z =
numa vizinhança = 00.
oo. Podemos, entao,
então, dizer que ggeé regular no infinito
se ela for desenvolvivel
desenvolvível em serie
série de potências
potencias de 1/ z
1 /z numa vizinhan
vizinhança ~a do
fin ito, Izl
infinito,
in |z| > K.
Com essa defini~
definição fica
fica claro 0o significado
significado da serie Laurent: ela e
série de Laurent: é
soma de duas series:
a sOqla séries: uma em potencias
potências de z -- ZQ,
zg, que caracteriza uma
fun~ao regular no disco Iz
função Iz -- ZQI
z0| < R, 0o primeiro termo de (4.22); outra em
pot€mcias de (z -- ZQ)-
potências l, que define
z0)'1, define urna fun~iio regular em Iz
uma função |z -- ZQI
z0| > Tr,, 0o
segundo termo de (4.22). A soma dessas duas funções fun~iies coincide com a fun~iio
a. função
região anular r < IIzz -- ZQ
fƒ na regiiio z0|I < R.

Zeros de funções analíticas


func;oes analiticas

Seja 1
f urna
uma função ZQ. Entao,
fun~ao regular num ponto zg. Então,
00

ƒ(z) L
I (z) == Ê: aa.,,(z
ri (z -
- ZQ)n
z0)” (4. 24)
(4.24)
n=O
n=0

vizillhan~a Iz
numa vizinhança fz -- z0|
zo l <
<; r.
Pode acontecer que ao ag seja zero, em cujo caso ff se anula no ponto ZOl
2:0,
pois I(zo)
ƒ(zg) =
= au·
ag. Dizemos entao Zo e
então que 2:0 ê urn fun~ao f.
um zero da função
148 Capitulo
Capítulo 4: Series Potencias
Séries de Potências

Se todos os coeficientes então 1


coeficientes an se anulam, entao f se anula em toda a vizi-
nhan~a
nhança Iz|2: -- zol
zg| < r. Excluido
Excluído este caso, deve existir rnm > 0O tal que am seja
o primeiro coeficiente
coeficiente niio-nulo (-4.24), isto e,
não-nulo em (4.24), é,

ao = ... = am _1 = 0 e am i' O.
a|0:¢.«ía|¶n_.l:'*0 e

Dizemos, entao, zg e
então, que Zo um zero de or'dem
é urn ordem m fun~ao f. Fatorando
ra da função
(z - 2O)m
(2: - z0)'" no desenvolvimento anterior, obtemos:
00
DO

_f(z)
I(z) == (z -- zg)m L
zo)m E am+n(z
a,,,+,,_(z -- z0)"'.
zo)".
11 = 0U

Pondo
DO
00

L am+n(z - zo)",
gai=§jasuz-ar.
g(z) = e2o
(4.25)
n= O
n.=0

concluimos 20 e
concluímos que se Zo é urn
um zero de ordem m
ra da função I, entiio,
fun~ao f, então, numa
vizinhan~a
vizinhança de Zo,
zg,

I(z) == (z
f(2) - Zslm
(2 - zo)''' Qlzl g(zo) i'
g(z) ee 9(»'‹'o) rt O.
0- ((4-25)
4.26)

Reciprocamente, Suponhamos
suponhamos que exista uma função fun~ao 9 g satisfazendo a
rela~iio
relação vizinhança Iz
(4.26) numa vizinhan~a |z -- zol
zgl < rr de zo0 fun~ao 9
zg. A função g possui, nessa
vizinhan~a, desenvolvimento de Taylor do ttipo
vizinhança, (4.25),, que, substituido
ipo (4.25) substituído em
(426),, nos dá
(4.26) da 0o desenvolvimento (4.24) com O;J ag = ...
.. _ = U,n
a,,-,_1 O, am i'
- l = 0, 96 O.
F ica assim demonstrado 0o seguinte teorema.
Fica

4.24. Teorema. Uma condi9iiocondição necessaria


necessária e suficiente
suficiente para que 20zg
seja um zero de or-rlem
ordem m função 1
rn. da lun9iio ƒ e
é que exista 9 satislazendo a rela9iio
g satisfazendo relação
(4.26),' ou ainda, que (z -- zg)"i“'
(4.26); zo)-m ƒ(z)
I(z) tenha limite finito
finito e diferente de zero
com
COM. z --> ZOo
Z -+ Zg.

f e
run~ao f
Se uma função é regular no ponto z = oo, este ponto e
= 00, urn
é chamado um
zero de ordem m f(z) se (Ç == 0O e
m de I(z) é um ƒ(1/Ç). E
urn zero de ordem m de 1(1/(). E fácil
racil
ver que isto e
é equivalente a dizer que 1 ƒ possui desenvolvimento
GI.
+ 0.am+1
fm=fi+§§+m.a¢a
I( z) = a",
zm
zm+l
+ . . . , am r 0, .J.

válido vizinhança Izl


valido numa vizinhan~a |z| > K
K do infinito.
infinito.
Capitulo 4: Series
Capítulo Séries de Potimcias
Potências 149

Exaacícros
EXERCicIOS

1. A sel'
sérieie de Laurent costume.
costuma ser escrita ne.
na forma
for ma
ä

Jƒ(z)= L:
a.(z - ZQ}",
{z} = Z.a..(z-z0)", rr<|z-z0|<R.
< Iz - zol < R. ((4.2?)
4.27)
n = - oo
l'I=“X

(Deve-se entender eotao


(Devc-se então que temos aqui duas séries uma
series separadamente convergentes, urna
que eé a soma de n == 0 a n = = 00
oo e aa. outra a soma de n = an=
= -1 an = -oo.) Demonstre
que, série converge n&
que , se essa serie na regiao
região indicada, convergência e
então a comrergencia
indicada., entao é uniforme
uniformc para
aaí Iz-
$ Iz zg| É b,
- zol::; b, quaisquer que sejam aaee b,b, com r < aa< < bb<
< R.
2. Demonstre série de Laurent eé única,
Demolls tre que a serie unica, desde qque
ue fixados 0o ponto
ponLo Zo zu e a região
regiao
oode ela e
onde ela é considerada.
considerada. Sugesliio:
Sugestão: Multiplique (4.27) por
pOl' (z- zo)`k"
Zo) - k - t e integre termo
aa termo ao longo de urn
um contorno C conveniente.
conveniente. _
Nos Exercs. 3 a 8,
B, obtenha as series das fun~Oes
séries de Laurent da.<; funções dad as, nas situ
dadas, BA;5es
situações
indicadas.
1
3. ƒ(z)-(z_1)1(z_2), z,,=1, o<|z-1|<1.
3. J( z) = {z- 1}{z- 2} ' Zo = 1, O< lz - l l < 1.

1
4. f{ z} =: -(Z
(z __ l1)1(z
)(z __ 2) ' 20 =
Zo 1,
= 1, Iz
IE - 1' >
- 11 `.I> 1.
1.

1
5.
5. ƒ(z)-(z_¿)1(z_2), z,,=2,
f{ z) = (z- i)(z- 2) ' Zo o<|z-2|‹.:./š.
= 2, o < Iz - 21 < /5.
Za
z'
6.
6- f( z} = --1'
= É
z-
ZQ
Zi] =
= 0, Izl >
'Z' Í? 1.

7. ƒ(z) = z'e'
f( z) = z5e1(“,
(', zu
Zo = 0,
= Izl
Izl > O.
0.
sen z
8. ƒ(z)=
f(z )= { ,
}3' zo=~,
zu =1r, zi ~·
zçêrr.
z-~

9. Seja Jf uma função regula


lima fun<;iio regularr no ponto Zo. zu e
zg. Mostre que Zo urn zero de ordem m de fƒ
é um
se e somente se

foz) = f'‹z‹›› = -..= f'"'““‹z‹›> = 0 e f""'‹z‹›› s 0.


= 0O das fum;:oes
Determine a ordem do zero z = funções dadas nos Exercs. 10 a 15
15..
(1 -_ cosz)sen 22 z
10. (cosz --~ 1)3
1)3sen
senzz.. 11. . 12. (e
12. (eil -
_ - z)3
11- sen 2z.
z)3sen2z.
1 - e;
2 tien : -e":.
13. e~ell:
em' 3 -e~.
- ei. 14. (e:
(ez: -- l1)(sen z, -- 22).
}(sen 2:2 z'). 15. eese"
15. = - em 5.

Determine os zeros e as respectivas ordens das fun<;6es


funções dadas nos Exercs. 16 a 18.
18.

16. zisen 2:. 17. (cos log(1 +


(coszz -- 1) 10g(1 + z). 18. (z'
18. (22 -- 4)'(e'
4)2(~'-“fi -_ Ill-
).
150 Capítulo 4: Series
Capitulo Séries de Potencias
Potências

eg e
19. Se z == Zo
19. é zero das func;6es s, respectivamente, prove que ele e
funções ff e g, de ordens r e 5, É
zero de ordem r + s de fg. De que ordem e função fƒ + g?
é esse zero para a func;a.o
Demonstre qu~
20. Dcmonstre que 0o inverso de um
urn polin6mio
polinômio d
dee grau
gra u m,
rn,
11
J(z)
Hz) = GmZ'" +am _ 1z'" I + ... +Gl z+aO'1
a.mz'"+em_1z""'+...+e1z+au
TH na
a '=/;0,
am íá
e
é uma função
fun<;a.o regular no infinito este ponto e
infinito e cstc é um
urn zero de ordem m
rn. dessR fun<;ao.
dessa função.
Mostre que uma função
21. Mestre func;ao racional

J(z) =ze a",zm+ am m- J+ +


_ lz ` lr Í ... +
ƒ(z) Êrf;-Ê`Í`;+
bnz
am--1-“Í
n +bn_1z IL
-;- + alZ
'11 Z + ao
I + ... + b\z +b \`
b,..zfl+b,1-1z=1-l+...+b1z+bU
“H ~
o
um f.
onde am aê 0
Ú,, b" ". 0U eem$.
b.. aê fr, e
rn 5 n, é regular no infinito, ponto e
infinito, e este pooto é um zero de
ordem n -
- m func;ao, caso seja n > m.
rn. da função,
22. Demonstre que uma função
fun<;ao analítica estendido (isto e,
analitica no plano *estendido = 00)
é, incluindo z = oo) e
É
necessariamente constante. (Este Ée Dutro
outro modo
mod'o de formular 0o teorema de Liouville
da p. 106)

 
Capitulo 5
Capítulo _

SINGULARIDADES EE RESIDUQS
SINGULARIDADES RESÍDUOS

SINGULARlDA DES ISOLADAS


SINGULARIDADES IS OLADAS

Diz-se que um zo e
urn ponto zg é singularidade isolada de uma fun~ao j se existe
função f
uma vizinhan~a zg na qual fj e
vizinhança de Zo é univalente e regular
regular,, exceto no proprio
próprio
ponto zoo exemplo,, a fun~iio
20. Por exemplo fimçäo

2:2 +
j(z) = z2 +11
ƒ(z) =í sen z
senz
possui singularidades isoladas nos zeros do denominador, que sao
são os pontos
z:z =
=0,:t1r, i21r,...
0, ±rr, ±2rr, a fun~ao
Jáafunção
... JIi

1
W) = _1_r
9 (z ) - --;-::-;--;-
- sen(l /z)
sen(1/z)

tem
tern singularidades isoladas em cada um urn dos zeros do denominador
denominador,, que
sao
são os pontos 2:
z = zf,
Zn = l / nrr,
1/mr, ri.n = ±1 , ±2, ...
;|:1, :l:2, . .. Observe que esses pontos
seqüência convergente. 0
formam uma seqi.i€mcia O limite z = 0 O e,
é, entao, urn ponto
então, um
de acumula~iio
acumulação de singularidades
singularídades isoladas. Como veremos mais tarde, um urn
ponto como esse também
tambem recebe o0 nome de "singularidade"
“singularidade”,, mas eé uma
nao-isolada.
singularidade não-isolada.
zo uma singularidade isolada de uma fun~ao
Seja zg j, de forma que 0o
função ƒ,
desenvolvimento de Laurent
00 s
00

f‹z›= :ÍM8 ((Z-Ífišo,-.+¶šan<z-z@›"


j (z) = L
n =l
a_ n )n + L an(z - zo)n
Zo
Z - n= O
<õ.1›
(5.1)
152 Capítulo 5: Singularidades e resíduos
Capitula residuas

eé valida vizinhança perfurada O0 < Iz


valido numa certa vizinhanga - Zo
Iz - z0|I < rr de Zo
z0..

Singularidades removiveis
removíveis

Po
Podede acontecer que todos os coeficientes
coeficientes da parte principal sejam nu.los,
nulos,
isto e,
é, a- = 0
a_,,n = = 1,
O para n = 2, ...
1,2, . _ _;; neste caso
00
O0

ƒ(z)
j(z) = L
= Z an(z
a,,(z -- 20)",
zot , 0O < Iz -- zol
z0| < r.
n=O
n=U

Como esta serie


série de potencias define uma fun~ao
potências define analitica em Iz
função analítica |z -- z0|
zol < r,
com 0o valor ao0.0 no ponto z = 2:0, eé natural definir
= zo, definir fj no ponto zo, 2:0, pondo
a0. Vemos assim que uma tal singularidade eé apenas aparente e
j(zo) == ao·
ƒ(z0)
po de
pode ser removida, bastando definir
definir f j de maneira apropriada no ponto Zo. 2:0.
Dai
Daí o0 nome singularidade remavivel
removível que se da dá. a tais pontos.
Ja
Já virnos
vimos umurn exemplo de singularidade removivel
removível no Exemplo 4.20 (p (p..
140), no caso da fun<;ao z(e Z
_1 )-1
função z(ez - 1)`1. As fun<;6es
funções (cosz -1)/ z e z- l
log(1
-1)/z z"1log(1+z) + z)
tambem tern
também têm singularidades removíveis
removiveis em z = 0, pois

z
N
-1
- ~
COSZ -1 =
cosz 1 [fM8
zN. n~O
-1 " z2n -1] = °°
(_I)n
-#22"
(2n) !
- 1 = Z
n~l
f (_-1I )n'” z2n-l
%z2"`1
(2n)!
para todo
para todo z;
2:;
3 É ima F3 0-'

e
E 1‹›g<1+z› 1 °° ‹-lr-1 . °° <-1›fl
10g(1 + z) ___1 ~ (_ I )n-l zn _ ~ (_1)n
_ L.. í = L.. i-R zn para Izl <<1.l.
zz Zzšn~ l nn Z n~O
;n+1z
23 G n + 1 para

5.1. Teorema. Uma singularidade isolada z0 (z) e


zo de fj(z) é removivel
removível se e
somente se ƒ(z)
j (z) for
jor limitada numa vizinhan,a
'vizinhança de 2:0,
zo, ou tiver limite finito
finito
-› zo.
com z ---t z0.

Demanstra,iio. Suponbamos
Demonstração. Suponhamos que fj seja limitada, digamos, por uma
constante MM,, numa vizinban<;a zoo Entao,
vizinhança de z0. Então, de acordo com a fórmula
formula
(4.21)
(421) (p. 145) que dadá os coeficientes
coeficientes da série
serie de Laurent relativa ao ponto
20, teremos, para rr suficientemente
Zo, suficientemente pequeno,
A4 ~n-1
|‹z..| â -ll»
2ff
f|c-zzz|=›~ d|<| = Mr".
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos
resíduos 153

Como r eé arbitrariamente pequeno concluímos que an


pequeno,, concJuimos an = O para n < O.
= 0 0. Isto
série de Laurent se reduz a uma serie
mostra que a serie série de Taylor, provando,
portanto, que a singularidade removível. 0
singuJaridade ée removivel. O restante da demonstração
demonstragao eé
mais facil
fácil e fica leit~r.
fica a cargo do leitor.

Síngularidades do tipo polo


Singularidades pólo

Vamos considerar, em seguida, 0o caso em que no desenvolvimento (5 (5.1) só


.1 ) s6
aparece um
urn número finito de potemcias
mimero finito potências negativas, isto e,
é, existe m > 0O tal
a_m
que a- 7É 0O e a-
m '" a_,,n == 0 para n > mm.. Entao
Então (5.1) se redm
reduz a
DO
00
a-m a-I +šan(z
J( Z) =(
f(z) = 5 ) ++ .._.._ +
+(É )+ 'L..anz-zO,
" ( - z0)l2',
)n (Lm 75 0. (5.2)
z - Zo m Z - Zo n =O .

Neste caso, Zo 2:0 eé chamado pólo


polo de ordem mda função f.
m da fun9iio ƒ. Um
Urn pólo
polo de primeira
ordem ée também
tambem chamado pólo polo simples. No caso de um urn pólo
p610 de ordem m,
polinômio em (z -- zO)-1
o polin6mio z0)`1 que precede a serie L: ~~o a,,(z
série 2,Í°_0 an(z -- z0)“
zo)n em (5.2)
eé chamado a parte singular ou parte principal de ƒJ no ponto Zo. z0. Observe
o leitor que, se subtrairmos
subtrairrnos de fJ sua parte principal no ponto z0, zo, 0o resul-
será. uma
tado sera urna função removível, portanto, regular nesse
fungao com singularidade removivel,
ponto. Deixamos ao lei tor a tarefa de demonstrar que uma singularidade
leitor
isolada Zoz0 de Jf e é um pólo
polo de ordem m rn. se e so mente se (z -- ZO)ffi
somente J(z) tiver
z0)mƒ(z)
limite finito
finito e diJerente
diferente de zero com z -›-> zo0
z0. (Compare com 0o Teorema 4.24
da p.p . 148, que eé a proposição análoga no caso de zeros.)
proposigao anaJoga

5.2. Exemplo. Vamos considerar a função


fungao
Z
J (z) =_ eez 10g(1
log(1 +
+ z),
z)
f‹z› 3%, H 2, z.
Z4(Z - 2)
= 0, digamos Izl
vizinhan"a de z =
primeiro numa vizinhança |z| < 1. Escolhemos a deter-
minagao
minação principal do logaritmo, caracterizada por log 1 = = O.
0. Para vermos
que z = = 0 eé pólo
polo de ordem 3, basta notar que 2:3z3 ƒ
J(z) tern limite finito
(z) tem finito e
diferente de zero com z -> O.
-› 0. Para achar a parte principal da serie
série de Lau-
rent na origem, procedemos da seguinte maneira, usando multiplicação
multiplicagao de
séries:
series:
fiz) :__ 1;
1 _eZZ _ log (1 + z) _ 0 -1/2
log(1-l-z)
J(z) -·e· .
z3
z z 11-- z/2
154 Capítulo 5: Singularidades e residuos
Capitulo resíduos

-
_ -1/2
Z3 1+ z +z2+
2! 1 2z+z2
3 1+z+z2+
2 4

: Z, W ,.2)..(,.3)..
-1/2
-l- 1
1 1 1 1 2
1-- - - -
}

-1/2 1/2 5/12 °°


_ za"É2 Oz +§_;,a""zn`
Os primeiros três
tres termos aiaí explicitados formam a parte principal da serie
série
de Laurent.
A mesma função
fun<;iio tem
tern pólo
polo simples em z == 2, cuja série
serie de Laurent
tem parte principal dada por
correspondente tern
ee22 (Jog
(log 3) / 24
z-2
z-2 '
Neste caso, efetuamos umurn corte ao longo do semi-eixo real negativo (in-
cluindo a origem), de sorte que 0o dominio função seja dado por I| arg zl
domínio da fun<;iio z| <
rf.
1r.

Singularidades essenciais

Além
Alern das possibilidades já série (5.1) pode conter uma in-
ja analisadas, a serie
finidade de terrnos
finidade termos com potências
potencias negativas de zz -- Zo.
2:0. Dizemos então que Zo
Dizernos entiio z0
eé urna
uma singularidade essencial da função fun<;iio f.
ƒ. Exemplo disso eé 0o ponto z == 0O
l / z , pois
fun<;iio eel/3,
no caso da função

Loo
I / z _ ml1
e61/2:2:-ãfiš)
- (l) n_L lin!
- I -
1 "'
oo
0° 1/nl
- -n + 1 '
-=Z1zT+1, < Izl.
00<|ZI.
n + O n .'
n-l-U Z n=l
= Z

Diz-se que 0o ponto z == 00 polo ou uma singularidade essencial


oo eé um pólo
função ff
da fun<;iio (z) se 0o ponto (Ç == O0 for um
urn pólo
polo ou singularidade essencial da
fun<;iio f(l
função / () ,, respectivamente.
ƒ(1/Ç)
Qualquer polinômio
polin6mio de grau n n,,
anzn
P(z) == ‹1z¬.2"'
P(z) n 1
a n_ IZ - + ...
+ as-1z”`1 - - - + ao as #
ao., an sé 0,
0.
tem
tern pólo ordem n no infinito, pois
polo de ardem
a _
ƒ(ç)=P(ë) _ Êz +Çz_j+...+zz0
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 155

tem pólo
p6lo de ordem n na origem.
Já.
la. a função ez tem singularidade essencial no infinito, visto que, pondo
func;ao e'
z = 1/Ç,
1/(, obtemos:
z ~
I f(
U3
l1 in!1
e = ~-n-+1,
n~
n=l1 (Ç

função de (Ç tem singularidade essencial na origem.


o que mostra que esta func;ao
situação ée tipica
Alias, esta situac;ao típica das func;6es
funções inteiras: a única
unica singularidade
del as e
delas é 0o ponto z = oo; e esta singularidade e
= 00; é essencial, a nao
não ser que a
polinômio de grau n
função inteira se reduza a um polin6mio
func;ao n,, em cujo caso z = oo ée
= 00
p610 de ordem n. De fato, dada uma função
um pólo I, como eé regular
func;ao inteira f,
em todo 0o plano, temos, para todo z,
00
OO

f(z) L anzn ,
J(z) == Z ana",
n.=0
11=0

donde eo
00
'\' an
= ~ ;n+ao
n= 1 ':,

e daqui segue 0o resultado enunciado.

Um resultado interessante sobre singularidades essenciais e


é dado pelo
consideramos
teorema que consider amos a seguir.

5.3. Teorema (de Casorati-Weierstrass). Seja ƒ I umafun9iio


uma função com
singularidade essencial num ponto zoo
z0. Entiio,
Então, em qualquer vizinhan9a
vizinhança de z0,
zo,
If se aproxima arbitrariamente
arbitmriamente de qualquer numero que se prescreva. Dito
outra maneim,
de outm °
maneira, qualquer que seja o numero
número <:> oz que se prescreua,
prescreva, dados
E > 0 e 6Õ > 0, existe z E
E 6 V';(zo) oz| < E5..
V¿'(z0) tal que I/{z) -- <:>1

Demonstração.
Demonstra9iio. Raciocinando por absurdo, suponhamos que existam
s > 0O e 6 > 0O tais que I/{z)
E - <:>1 ~
|ƒ(z) -a| 2 5E para todo z E V';(zo).
V,§'(z0). Entao
Então a função
funC;iio

11
Hfzl =
g(z) = mz
I(z) _ <:>

eé limitada em z E V';{ zo) ; e pelo Teorema 5.1


V¿'(z0); z0 e
5.1,, Zo é singularidade removível
removivel
Definida convenientemente,
de g(z). Definida convenientemente, g(z)g{z) e
é analitica
analítica em zoo g{zo) #
2:0. Se g(z0) ;£ 0,
156 Capítulo 5: Singularidades e residuos
Capitulo resíduos

g- 1(z)
sua inversa g*1 (21) = J (z) -oz
= ƒ(z) -(> seria analitica zo, contradizendo a hipótese
analítica em z0, hipotese
g(zo ) =
do teorema. Se g(z0) Zo seria zero de certa ordem rn.
= 0, z0 fun~iio g, sig-
m da função
nificando isto que Zo
nificando z0 seria pólo
polo de ordem m fun~ao f(z)
m da função J(z) -
- (>. Mas isto
oz. l\/las
tambem contradiz a hipótese
também demonstra~ao.
hipotese do teorema e completa a demonstração.

EXERCÍCIOS
EXERCICIOS

Mostre = 0O eé singularidade removível


Mastre que .zz = removlvel de cada uma das fun<;6es
funções dadas nos Exercs. 1
deve atribuir it
a 5. Determine 0o valor que se cleve funt;ao em z =
ã função =0O para que eia
ela fique
fique regular
nesse ponto.

Z eZ - 1 cosh 2z - 1
3_C*”m§"1_4_m_l_
4. _ 1_ _ _ 5,l_¿_
1. 2. 3. 5.- ---
'ez-1' sen2z sen2 z
sena e~ - 1
ez-1 z z sena
senz

Det ermine os pólos,


Determine polos, com suas respectivas ardens
ordens,, no caso de cada uma.
uma das funções
fUll(;6es
dadas nos Exercs. 6 a 13.

6. 7. 1
8. 1,. 9.
11 -- e Z Z
z+4 senz
6. 7. 8. 9.
z{z' +
z(.z2 + 1)'·
1)- Z3{Z
2:3 (z -- 1r)"
rr) z sen 2 7T
.isen :fraz z'sen{l
z sen(1 + + z)
z)·

e'
ez 1 coshz
cosh 2: senhz
senh z
1.
10. í-.
z{1 - e
11.
11.
(e"
.í.
- I )' ·
12.
12. ----.
z( l-cos z)"
13.
13. mz.
z sen' {z + 1r/2)·
O ')
z(1-e"-2) (elf-1)? z(1-cosz) zsen2(z-l-ir/2)

14. Seja 20
z0 urn funções ff e g-
um zero das fun<;oes g. Supondo ainda que g'(z0)
g'(zo) 7É
-=J. 0, Zo e
mastre que 2:0
O, mostre é
removivel de ff //g
singularidade removível 9 e
/'(zo)
um fiz) = fílznl
=-'20 Qfzl 9'(ZO)
9 (2-'Dl
15. Demonstre que uma singularidade isolada z0 fUll(;iio ff eé um
Zo de uma função urn pólo
polo de ordem
(2: -- zorn
m se e somente se (z
m J(z) tiver limite finito
z0)'” f(z) finito e diferente de zero com z -+ zoo
-› z0.
16. Demonstre que Zo z0 e polo de ordem m
é pólo função fƒ se e somente se z0
m de uma fum;ao Zo for zero de
ordem m de 1/ f.
1/f.
17. Demonstre que uma singularidade isolada z0 função ff e
Zo de uma func;ao polo se e somente se
é pólo
If(z)1 tende a infinito com z2 -› 2:0.o
-+ Zo

18. Determine a parte principal da função


func;ao

f ez) ~ -
z(~Z-='~~i=)2
1
f(Zl-W

relativa ao pólo
polo z =
= i.
19.
19. Determine a parte principal da func;ao
função
1
fe)
fez) ~ (z
( z -_ n1r)'
nn'1,, sen
sen zz
polo z = n-lT
relativa ao pólo 'mr (n inteiro).
inteiro) .
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 157

RESPOSTAS

6. z = ~ i l de ordens 1,
= 0, i e -i, 1, 2 e 2,
2, respectivamente.
8. = 0,
z = U, de ordem 3;
3; z == :l:1,
± 1, i~2,:l:3,
± 2, ±3 , ...
. _. de ordens 2.
10. z2: =
: 0,
0, de ordem 2;
2; z = Zkiri (k inteiro çé
= 2k7ri O),, de ordens 1-
'" 0) 1.
12. zz == 0,
0, de ordem 3;
3; zz : 2k1r (k inteiro I-
= 2k1r aí 0)
0),, d
dee ordens 2.
~i
_' 1
1
Lil i.
18. -( - -)- + - -.
8 (zz-é)2
z - i 2 ¬`z-â
z-i

TEOREMA Do
TEOREMA RESÍDUO
DO RESIDUO

Seja J
ƒ uma fun<;ao
função regular e univalente numa regiao
região R, exceto numa singu-
laridade isolada Zo
zg E R. Entao, vizinhan~a de Zo
Então, numa vizinhança zg vale 0o desenvolvi-
mento de Laurent,
oo oo

~ ~-;o)n + E
00 00

f‹z›== ,Zfzv
J (z)
-4 EU
zw-zz››"z
= |_¡
(zN
/"_"\
Ú*-n

O n=0
an(z - zot,

coeficientes an
os coeficientes an senda
sendo dados por

an z= _1 fr ide.
21l'i lc
271-
f tC) d(
(( - zo)n+l '
C _ zO)n-|-1 ea
(5.3)

onde C e um contorno fechado de R


é urn R,, envolvendo 2:0
Zo uma vez no sentido
positivo.
oO coeficiente
coeficiente a- o,_1I acima e resíduo de fƒ no ponto 2:0,
é chamado 0o residuo zo , e deno-
tado (res. ƒ)(zg).
f) (zo ). Sua importância
import ancia reside no teorema que daremas
daremos a seguir.

5.4. Teorema (do resíduo). J Iié regular e univalente


residuo). Se ƒ nninalente numa regiiio
região
simplesmente conexa conezca R,
R , exceto em um numero
número finito
jinito de singularidades iso-
ladas, Zl
z1 ,, .. .. ZkJ, entao
_ _ , zk então

1
f ƒ(z:)d2: 2iri Ê (res. J)(Zj)
J (z) dz == 21l'i
o
C
ƒ)(z¡),, L
k

J-j=11
(5.4)
(54)

onde C IiÉ um contorno fechado de R,


R , envolvendo 21, zk uma vez no sen-
. _ . ,, Zk
Zl , ...
tido positivo.
158 Capitulo 5: Singularidades e resíduos
Capítulo residuas

Demonstm9iio. No caso em que C


Demonstração. C' encerra uma unica zo ,
única singularidade 2:0,
a fórmula (5.-4) se reduz a
formula (5.4)

fafc f(z)âz
J (z )dz z 2»n(ze5. f)(zU),
f) (zo),
= 21ri(res. (õ.õ)
(5.5)

a expressiio
que Iié equivalente a expressão de a_I=(res. f) (zo ) dada em (5.3)
o._1=(res. ƒ)(zg) (5.3)..
No caso de várias
varias singularidades Z21, . . . ,z,z,,,
I , ···, Zk, utilizamos 0 Teorema 3.10
0
(p. 95), segundo 0o qual a integral sobre C Iié igual a à. soma de k integrais

Ij =
Ij: r
l CJ
ej
J (z) dz, j = 1, ... , k ,
J-:1v"*ik1

onde C Cjj Iié urn


um contorno fechado que envolve apenas a singularidade Zj
zj,, uma
positiv~ (Fig. 5.1
vez no sentido positivo 5.1).
). Basta observar agora que cada uma
destas integrais Iié dada por
par uma expressiio
expressão analoga
análoga a (5.5), donde a formula
fórmula
(5.4)..
(5.4)

_ cC
c,

o
Fig. 5.1
Fig. 5.1

se~iies seguintes,
au

aplica~iies do teorema do
.nz-

Nas
N as seçoes seguintes, vamos considerar várias
varias aplicaçoes
residuo cálculo de certas integrais. Isto Iié feito
resíduo no caleulo feito,, corrio
como sugere a fórmula
formula
(5.4)
(5.4),, reduzindo a integração
integrac;ao a uma soma de residuos;
resíduos; estes devem
devem,, entao,
então,
ser obtidos dos desenvolvimentos de Laurent apropriados ou por processos
que deles decorrem. No caso de um pólo simples zg,
urn polo zo, por exemplo, temos

J (z) = ~ + ao + aI(z - zo) + ...


f(z)=i+u.g+o,1(z-zg)-|-_..
z2.'-Zg
- Zo

numa vizinhan~a
vizinhança de Zo
zg,, donde

(z -- zU)ƒ(z)
zo )J (z ) =: a- I + ao(z
a._1+ zo ) + al
- 20)
ag(z - zO)2 +
(z -- z0)2
a.1(z -|- ...
_ _.
Capitulo Singula.ridades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos 159

Logo, neste caso a


o resíduo a_1I e
residua a- é dado pela fórmula
f6rmula

(res. f)(zo) == z1;P§0l(Z


(1`eS- f)(2o) lim I(z -- zo)/(z)].
20)f(Z)l- (5.6)
(5-5)
2 - Z0

zg um
Seja agora Zo pólo duplo da fun9ao
urn p610 I , de forma que
função f,

I( z ) = a_2
G.. a-I
(I._ ()
(Z-Zo )2 + - - + aD + al z - Zo + ...
Z-Zo
numa vizinhança zg.o Daqui obtemos:
vizinhan9a de zO

(z -- z0)2ƒ(z)
zo)2/(z) == a-2 + a_I
a-z + (z -
a_1(z - zg)
zo) +
+ ao (z -- z0)2
a.0(z zO)2 +
+ ...
. . .;;

logo,
logo,

§_z[(z -z Zo)
d
d)(Z z0)2f(z)]
2
I(z)] z a-I
= .1-1 ++ 2ao
2zz0(z(z _- zo)
zo) ++ 3al(Z
szz1(z -- Zo)
zU)22 ++ ...
. _.
Vemos, entao, zg e
então, que se Zo é pólo
p610 duplo de f, residuo correspondente e
I , ao resíduo é dado
pela seguinte f6rmula:
fórmula:

. d
(res. ƒ)(zg)
f)(zo) = lim dz I(z -- z0)2ƒ(z)].
= ).!¥}o zo)2/(z)l· (5.7)
2:-› 2:0 dz

5.5.. Exemplo. Consideremos a função


5.5 fun9ao

11
I(z) = -I -2- '
og zza
`ƒ(z) _ log?

que tem pólo duplo no ponto z =


tern p610 = 1. (Estamos considerando 0 o ramo principal
condição log 11 =
do logaritmo, determinado pela condi9ao = 0; arg zl < 7r.
0; ou ainda, I|argz| fr.))
resíduo neste ponto e
De acordo com (5.7), seu residuo é

e (z-
(2 -21)
1)22 lim 22(z
(2 -11 log22 2z -22(z --121
IEm _ Em
. d - 1))<›s - 4(z ) 10g
1)2 Osz/2
z/z
1m
z~1 dz (log2
z-›1dz (log z) z~1
fi¬1 log Zz
log4
: ljm2(z-1)_ümlogz-Ê+l/z
. 2(z- 1) I' log z- 1+1/z
I lID . 1m --":.......,---,;----'--
zz-›1
~1 logz
log Z z~1
z-›1 log2
log zZ

Calculando estes limites 'H6pital , encontramos (res. f)(


Iimites pela regra de I1'Hôpital, ƒ I ) ==
1.
160 Capítulo 5: Singularidades e resíduos
Capitulo residuos

fórmula (5.7) se generaliza para 0o caso de urn


A formula polo de ordem m qual-
um pólo
quer. Deixamos ao leitor aa' tarefa de estabelecer 0o seguinte resultado geral:
geral:

zg e
Se Zo p6lo de ordem m
é pólo funrao J,
m de uma função ƒ, entao
então
1 dm - 1
Hr.-1

(f@S-. f)(«°-'ol
(res f)(zo) == R
(
(mm -- 1
)' lim -
1)!. Z-Zo L-_-[(2
2-wo dzm
d
zm 1
- 1 [(z - 2o)mf(2-')l-
- zo)m J(z)J. (5-3)
(5.8)

Exnncícros
EXERCi cIOS

1. /(z) uma função


Seja ƒ(z) analítica e diferente de zero no ponto z
funr;ao analftica 2; = Zo_
zu. Mostre que a
fun,iio g(z) = ƒ(z)/(z
função J(z)/(z -- zg)
zo) tem
tern pólo
p6lo simples nesse ponto,
ponto, com resíduo J(zo).
residua igual a ƒ(z0).
2. Sejam p(z) e q(z) fun,5es
funções regulares no ponto zo, p(zo) 91'
20, p(zg) q(zg) = 0
¥: 0, q(zo) O e q'(zo) ¥
q'(zD) gé
O. zfl e
0. Mostre que Zo é pólo
p6lo simples da função J(z) = p(z)/q(z), com resíduo
fun,iio ƒ(z) residua igual
iguaJ a
P(2'0)/¢1'(20)-
p(zo )/q'(zo ).
33.. Use a regra (5.8) para determ inar 0o residua
determinar resíduo de
eEri:
7ri :
fJ(z) =É
(2) - (z _1r)4

mesmo resultado desenvolvendo ei'lr~


22
no seu polo z = 1[,
1
fr. Obtenha 0o mesma em* = e i r. e i1r (z - 1f)
em
'
e"'lZ 'll
_ 4 _

série
em serie de potências
potencias de z - fr.
- 7r.

Determine os polos
pólos,, as ordens e os resíduos
resid uos correspondentes de carla fun~6es
cada uma das funções
dadas nos Exercs. 4 a 11.
zz-senz
- senz z-senz e'
4.4. --_. 5.
5. -_. 6. coth
6. zh z.. 7.7. __.
4Z2 + 1T2 .
z*
Z4 zfi
Z6 co 3 4z2 + 1r2
3; z
e3z 1 e' log(l+z)
s.
8. aí.
z(z-I)'·
z(z - 1)”-`
9.9. -1-.
zsen z
10.
10. -E-.
zsenz
11.
II. lfigllifil.
---';:zsen
z2senzz

Neste último exercício, considere 0o plano cortado aD


ultimo exercicio, (-oo, -1].
ao longo do semi-eixo (-00,

12. Calcule a integral

i
í ía* dz
i)(z2 +
C (z -- ;)(:' 4) dz,'
-I-4)
tomando para C, sucessivamente, os seguintes circulos,
círculos, todos orientados positivamen-
te:
a) de raio origem;
3, centrado na origemj
b) de raio = -3i;
3, centrado em z2: =
c) de raio 1/3,
1/ 3, centrado em z = 2i;
2i j
d) de raio 2, centrado no ponto zz = 1.
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
Capitulo residuos 161

Calcule as integrais dadas nos E xercs. 13 a 15.


Exercs.

13. j
13 . il
1;:1
~ dz.
ie.-z.
=1 sen
14.
14. Íj ig 3z
tg sz dz.
ez. 15-.
15 1
il co; Z dz .
Éez.
|.-|=1 Benzz |z-1|=1
1(%-11 =1 |z|=2
J(ZI=2 Z

RESPOSTAS E SUGESTOES
RESPOSTAS E SUGESTÕES

6. Pólos
P olos simples em z == kiri,
kr.i , kIf inteiro.
7. Pólos
Polos simples em z = ± i 1f /2.
= :bin/2.

-Ia

INTEGRAIS IMPRÓPRIAS DE FUNQOES


INTEGRAlS IMPROPRIAS FUNÇOES RACIONAIS

Veremos agora como 0o teorema do resíduo


residuo pode ser utilizado para calcular
certas integrais improprias fun~6es racionais.
impróprias de funções Começamos com um
racionais. Come<;amos urn ex-
concreto.
emplo concret o.

55.6.
.6 . Exemplo. Seja calcular

[00
J OO ~_

-_,×,
dx _ lim 1ím]R ~
x 2 + 1 -R-›<×z
00 :E2-l-1
dzjR
R z2 + 1·
- R~oo -_R_z2+1'

o
O integrando,
int egrando, Jƒ(z) _2
(z) = TH _11~ =: fi-MT),
z +1
(
1
.)1(
- iz 2:z+zi
z-
.) ' possui palos
pólos simples nos
pontos z = : ±i
ii.. Seja CR
CR 0o semicfrculo
semicírculo do semiplano 1m 2: 0,
Imzz 33 O, de raiD
raio R
origem. Supondo R > 1, 0o contorno formado pelo segmento
e centro na origem.
[-R,
[-R, RJ,Rl, seguido de CR (Fig. 5.2), contém
contem 0o pólo
polo z == ii,, onde 0o residuo
resíduo de
Jƒ eé 1/221.
1/ 2i . Pelo teorema do resíduo,
residuo ,

R dz f dz 1
1
j 1
]_Rz2+1+ƒC,,z2+1 R
__=2 '--z.
- R z 2 + 1 + ic z2 + 1 = 21fi
m . 2i
2i = 1f
W.
5.9
(5.9)
( )
outro lado,
Por Dutro lado, IJ(z)1 <; 1/(|2:|2'2 -- 1),
É 1/(lzI 1), donde

Isto
Jato mostra que
nf de l< 1 f
Iic
g,,z2+1
R
r
f ~ 1 < _1
z2 + 1 -R2-1
- R2 - l ic
CRR Idz-
I- ~
R2 - 1·
R2-1'

lim]
lim
R~ oo
R-*oo i eR
d
dz
-íçz =O,
- - =0;
z2 + 1
CR2í"-|-1
162 Capítulo Siugularidades e resíduos
Capitulo 5: SinguJaridades residuas

logo, passando ao limite com R -› oo em (5.9), obtemos:


---> 00 obtemas:

r oo dx
ff” da:
J--oooo í-
m2 +
x2
= fr.
+ 11 = 7f,'

que ée ao resultado procurado.

A
_ CR
-z'

__ R -- ---i il D R nfiz-
-R R
I

--z'
- i

Fig. 5.2

Embora esse exemplo seja dos mais simples que se possa imaginar, ele
urn procedimento que e
apresenta um aplicavel ao cruculo
é aplicável cálculo de toda integral de
-oo a +00
-00 fun~6es racionais ƒ(z)
+00 de funções J(z) == P(z)/Q(z),
P (z)/Q(z), onde Q(z) nao
não se anula
para z real e
grauQ -- grau
grauPP = m::::
'rn 2 2.
fato,, como zm
De fato P( z) e Q(z) sao
zmP(z) zm J(z ) tern
polinomios de mesmo grau, zmƒ(z)
são polinômios tem
limite finito
finita e diferente de zero com z --->
-› 00;
oo; portanto, existem NN e K K
positivos tais que
K
K
Izl = R > N =? If(z)1 :::;
lzl =R>N:** É Rm·
conseqüência,
Em conseqiiencia,

Ilfcg
L J(Z)dz
f<z›dz l é:::; L
[CR IJ(z)lldzl :. 1n
|f‹z›||dz| 5:::; R-,,, K
/CR Idzi R~:l;
'
|‹1z|= -,,.,_,z =
Kit

2 2, a integral sobre C
como m :::: CRR tende a zero com
corn R -› oo.
---> 00.
Por lada, para R bastante grande,
Par outro lado,

rR
[-1
P( z)
dz + JO Q(z)
dz+LR
J- Q(z) dz
r
dz =
= 21d;
27ft
P (z)
(res. ƒ)(z¿),
(res. f)(Zi) ,
.
L
R R

Capítulo
Capitulo 5: Singularidades e residuas
resíduos 163

onde a soma se estende a todos os palos


pólos Zi fun~ao P(z) / Q(z)
2:, da função Q(z) que jazem
no semiplano 1m
Im 2z > O. Fazendo entao
então R -› oo,, obtemos:
---> 00

rooxyz-
P (z )
/flOOQ(z)d
.
rri L
1-00 Q(z) dz =_227ft Xi](res.
res .f).
f).
,
Observação. Devemos notar que 0o contorno C
5.7. Observa<;ao. CR
R pode ser tornado
tomado
no semiplano inferior 1mImz:z < O.
0. Neste caso, o0 caminho de --RR aR R,, seguido
do semicirculo CR, constitui um urn contorno fechado e com orienta~ao
orientação neg-
ativa, como ilustra a Fig. 5.3. Logo, na formula
fórmula anterior, o0 membro da
direita leva um negativo e a soma se estende aos pólos
urn sinal negative z.; do semi
palos Zi semiplano
plano
Imz < 0.O.

À
-R R
__-R 1 E Í* R ""

CR

Fig. 5.3
Fig. 5.3
Observação. 0O procedimento usado acima, que consistiu em
5.8. Observa<;ao.
integra~ao CR ao intervalo [-
incluir 0o caminho de integração [-R,
R, R],
RJ, costuma ser
chamado de "dobrar integra~ao" . Assim, 0o que fizemos
“dobrar 0o caminho de integração”. fizemos foi
integra~ao [-R,
dobrar 0o caminho de integração R] no semiplano superior
[-R, R] superior,, incluindo 0o
contorno CR observa~ao anterior, podemos também
CR.. Pela observação tambem dobrar 0o caminho
integra~ao no semiplano inferior.
de integração

EXERCÍCIOS
EXERcfcIOS

J +.
ao
OO d
ds:
1.
l.. Calcule
Cazlflfllfi `/_x .
+
- 00 x 1
DC'

2. ci,, b,
Sendo a
, _
bi'2 < 4ae,
reais,, com b
b, c numeros reais 4ac, calcule ( lO em
2 d~
da:
.
)-00
_ DE asc- +
ax -|- ba:
x+c+c
3. Mostre que
9° da: Í 'fr
O (ei + .z2)(zzz2 + E) 2.zó(.zz+ 5)*
2ab(a + b)'
164 Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos
resíduos

onde a
u2~ b > O. Considere as duas possibilidades: a =I-
75 b e a
o== b.
b-

Calcule cada uma das integrais dadas nos Exercs. 4 a 9.

n
oc 2

zz:-¡-9
5.
1
oc
00

-00
2
dx
_Íx_:r-..'=:+1
x- X 1 +
. 6. f
O
oc
6d
x : ].
:r+1

7 roo E xdx xdx roo L


x'dx
7.
. J-oo (m2 +
_m (x' 4x + 13)"
+411: 13)?
. 8.
8. JoO (222 +
(x' a')' ,
+a2)2 aa >
>O0.. 9.
G
ida.
1:4 + 1

nEsPosTAs EE SUGESTOES
RESPOSTAS sUGEs'röEs

21r
1.
I. 7r/ ../2.
2. 2. -_í-.
"ff «mms
J4ac - b'

3. I(x) e
0O integrando ƒ(:c) é função -oo a zero e
func;ao par, logo a integral de -00 é igual a.à integral de
zero a 00.
oo.

4. %š. 7.
7. --.T/27.
-7r /2 7. s.8. 7r/4a
ff/45..

LEMA DE JORDAN
J ORDAN

Muitas vezes temos necessidade de calcular integrais improprias


impróprias do tipo

I:
fi ezf*¬=ƒ(z)âz.
irz
J(z)dz.

Somos então integra~ao e considerar a integral


entao levados a dobrar 0o caminho de integração

iTZ
IR = ( e
IR:/l J(z)dz,
ei”ƒ(z)dz,
JeR
CR
onde C R e
CR é um
urn semicírculo
semicirculo de centro na origem e raio R. 0O lema de Jordan,
consideramos
que consider condi~oes suficientes para que esta
amos a seguir, estabelece condições
integral tenda a zero com R -› oo..
--> 00

.9. Lema de Jordan. Sejam r >, R > 0 e CR o0 semicirculo


55.9.
z = ReB, 0O :'É0 e
== Reg, s: 1[.
9 Ê fr. Suponhamos que J f seja
scja uma função
/unt;iio regular no
2 0, a.fi exce,iio,
Imzz ;:::
semiplano 1m ezrceçãop, eventualmente, de um número
numero finito
finito de sin-
gularidades isoladas; e que 0o m6.ximo G(R)) de IJ(z)1
máximo G(R |ƒ para z E G CR tenda a
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 165

zero com R
R ->
-› 00
oo.. Então
Entao IR -› O com R ->
-> 0 -› 00.
oo.

Demonstm9ao. Come~amos
Demonstração. Começamos observando que

IIR
R : jr f( R ei6 )iR ei6 dO
eirR(cos 6+isen9)ƒ(Rei9)¿Rei6d6
fo n eirR(cos6+isen6)
O
: iR fo r. 6-rR
,IR jm- e-rRsen6 f( R ei 6)ei(rRcos6+6)dO,
sen9ƒ(Rei9)ei(rR cos 9+9)d6,
O

donde

|I,.-,|RI :Sg Rom)


II frr
RG(R) Í e-
O
zrffififlflfiea
rRsen6dO =
= 2Ro(R)
2RG(R) Í
nfr/22
6-ffirflfida..
fo / e-rRsen6dO
U

send0 2:
Como sen 2 20/
29/ir O :S
7r no intervalo 0 É0 9 :S
É 7r
'fr/21,
/ 21, temos:
11'/2
|IR|I <5 2RG(R)
IIR 2no(R) fo"
Í /2 e-
z"2fR”/me
2rR6 /" dO

_ 7rG(R
¶G(R)) (1
(1 _ e- rR ) -›
e'TR) D com
-> 0 R ->
com R -› 00.
oo.
Tr

Isto completa a demonstra~iio


demonstração..

o lei
O leitor
tor não terá dificuldade
niio teni análogo para rr < 0
verificar resultado analogo
dificuldade em verificar O
e CR no semiplano inferior 1mImzz :S
§ O.
0.

5.10. Exemplo. aplica~iio do lema de Jordan


Exemplo . Como aplicação Jordan,, seja calcular

frOO aaxsenx
DO

Jo0 2 + x x, a.. >


+ zr:
d
2 0.
> O.
Observando que 0o integrando e fun~iio par e que sen
é uma função senax = ix , tere-
Im eef”,
= 1m
mos:

1
°° x.rsenzr
00 sen x
5
,,-'----odx
2
Áo aa2+:t'2 2
-
=
1 00
1
-
+ x x 2[_,,.-,a2+:c2
2 -00 a + x
2
1
°° x.rsenar
sen x
-_-ezz=-1m/
2
1
1
dx = - 1m
2
°° ze”
00
ze
-ze.
iz

a + z2 Z
2
_.¿×,a2+z2
-00
dz .
1 5.10
(5.10)
( )
Para provar isso, consideramos a fUllC;8.0
11Para função ff(B)
(9) == sen ()-28/7r
6 - 26/'ir no referido intervalo. Sua
derivada, 1'(0)
ƒ'(9) = cos cos9O -~ 2/7r,
2/11', se wula
anula para um urn certo valor a, e é positiva para 0 O < 6B < a
e negativa para a < ()9 < 1i função fƒ e
/ 2. A fum;ao
fr/2. é entiio
então crescente no intervalo 0 O < 6(J < a e
decrescente em a < 89 < ,,/2. 'fr/2. Como ƒ(0) f (O) = f(rr/2) =
= ƒ(rr/2) concluímos que f(9)
= 0, concluimos f(8) <:
2 0O em todo
o intervalo 0O ~5 ()9 .::;
É 1f fr/2;
/2; logo, sent)(J ~
logo , sen 2B/7r nesse intervalo.
2 29/11'
166 Capitulo Singularídades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos

oO integrando g(z) == ze”/(a2


zeiz / (a 2 +
+ z2)
22) tern pólo simples no ponto z == ia,
tem p610
que eé sua unica singuJaridade
única singularidade no semiplano superior. Considerando, entao,
então,
a integral de --R
R a R (R > > ct),
a) , seguida da integral sabre
sobre CR no semiplano
superior, obtemos:

l
R
R
_R
iz
zeiz
f ~-",dz
-Zi-dz+]`
2 + z2
a2+z2
-R a
+
Gn
zeiz
iz
%dz=2wi-L
CR aa. +
2
1
+2:z2
e--aa
dz = 27ri . -
2
e"“"'a /2 e
onde e- residuo de 9g no ponto z == ia
é resíduo ia.. Passando ao limite e usando 0o
lema de Jordan, vem:vern:

°° ze” . ._
Í -Í--šdz = me “;
-OO a + z
substituindo em (5. 10) obtemos, finalmente
(5.10) finalmente,,
°° rrsenar a
{CXJ x sen x dx =_ 7Te
'rre`“
- .
10 2 +x
Jg aa2+:r2d$ 2 2 Í'
5.11. Exemplo. Vamos agora calcular a integral da fungao
função sen za:/1:
x/x de
-oo a +00
-00 +00.. Gostariamos
Gostaríamos de escrever:

1 °° sen
00
Í -í
sena:x
-dx
_o¢, :r
-00 x
= 1m
d;r=Im]
00

-mzZ
-00
iz
°° eei:
-dz, 1 (5. ll )
(5.11)

mas observe que enquanto z == 0 e é singularidade removivel


removível de sen z/
z/z,
z, esse
ponto eé urnum p610 iz //z,
pólo simples de eei* z , de forma que a integral do segundo
membro nao não existe. Isto acontece porque esta integral incorpora a integral
de cos z // z, que nao
não aparece no primeiro membro. Mas, embora as integrais
O eiz
0 Biz eiz
bb ei:

1 -dz
]_dz
a Z
e
loo
/-dz-dz
O zZ
não existam separadamente (estamos supondo, e
nao é claro, que a < 0 < b),
existe 0o valor principal segundo Cauchy, assim definido:
definido:

v.p./
v.p.
l a
bb
-cos-z dz = lim
‹(2Êšdz=
Z 6--t O
(i-Ii + J.b)
J
a
-6
-I-Í
6
Õ
b
cos
- zdz.
giz.
-
Z
2.'

Existe igualmente

l
eiz
v.p. J -dz
aQ
=
b
b giz
= lim
Z
Z 6--tO
(i-Ii + J.b)
Í
aQ
-5
+/

b iz
eia
e
-dz,
-dz
Z
,
Capitulo 5: Singularidades e resíduos
Capítulo residuos 167

De fato, tanto cos z/ iz / z tem


2:/zz como eei:/2: 1/zz em 2:z =
têm parte principal 1/ = 0, para a
existência da integral no sentido de valor principal eé evidente. Isso
qual a existencia
justifica a identidade (5.11), pelo menos com limites de integra~iio
justífica integração finitos
finitos
aa. e b,
b, desde que se interprete a integral do segundo membro no sentido de
“valor principal”.
"valor principal" . Adotamos esse procedimento, tomando primeiro a == ~R - R
e b= = R R para, em seguida passar ao limite com R -> +00:
R ---> +oo:

1
oo ei:
f...OQ -dz
-dz
e iz
00

-00zZ
= R-+oo
= mn 6->U
lim um f--RR +
lim
R-+00 0-0
+/fJ6 (1- lR) -dz.
-61i R
e
iz
Biz
-dz.
Z

integra~iio, alem
Para fechar 0o caminho de integração, semicírculo C
além do semicirculo CR
R no semi-
plano superior, introduzimos tambem
também 0o semicirculo
semicírculo Cli
C5 no semiplano inferior,
de raio tiÕ e centro na origem, como se ve vê na Fig. 5.4. 0O contorno fechado
assim obtido contém pólo z == 0
contem 0o polo O da fun~iio iz / z, cujo resfdulo
função eei*/z, resídulo af
aí eé l.
1.
Então,,
Entiio

(1- lR)
-61i
U_R +
+/5 )e-dz+f
- R
-dz
e
Z Ii
R
+ C¿, -dz
Z z
iz
+ CR -dz
eE dz+/ e6-dzzzm.
Z
= 211'i. i G,
iz
ia

Z
i
GR
iz

Z
(5.12)
(5.12)

Como
iz
eu
e 1
1
-
z
= -
z
+ J(z),

Qnde J(z)
onde f (z) ée regular, portanto, limitada, vizinhan~a de z =
limitada, numa vizinhança = 0, existe
K
K>> O0 tal que IJ(z)1
|ƒ(z)| É K para Izl
~ K ~ Ii.
|z| 5 6. Portanto,

{ i;dz=¿6

J~ z
iz
e dz = (
J~ z
[! + J(z)] dzdz='fr'¿+]Caf(z)dz
11'i + { J(z)dz
J~
=

l!c,J(z)dz i ~ K !c,Idzl
zdz ÉKÍ |dz|=K1r6-+0
= K11'ti ---> 0 com ti6-›0;

--> 0;

logo,
_ e6”
iz
lim
hm
Ii6-›0
~O i0,,
G,
-dz == 11'i.
_dz
z
vrz.
.
168 Capitulo SinguJaridades e residuos
Capítulo 5: Singularidades resíduos

CR

-8 8
_ II Rj D- R Ê*

c,

Fig. 5.4
Entao, O e R --› 00,
Então, passando ao limite em (5.12) com {j6 --› 0 oo, e tendo
tambem em conta que, pelo lema de Jordan, a integral sobre CR tende a
também
obtemos:
zero, obtemos: _
iz
e dz == 'Tri.
Í --dz Tri. tx) OC 822

_ -oo 3 i-co z
Substit uindo em (5.11), chegamos ao resultado final:
Substituindo final:

fJ-t)O
_,,¢,
._.zzz.-_
0° sen
sena:
oo :irx
x dx = 7r .

Exnncícros
EXERCICIOS

CaIcule
Calcule as integrais dadas nos Exercs. 11 a 4.
1'
I. 1
Áo
00
°° cos
cosazrd
2
x +
ax d `
4 x,
.1:2-I-4x'
a> O.
Q)
0- 2'
2.
r °°
_*
:csenx
xsen x d I
~ OO :z."2+4.:r+20$
x 2 + 4x + 20 x .

r DO

33.. /im -_-_


senzr
sen
x(x2+a_¿)d:r,
- 00
x dx
x(x' + a') ,
a>
a>0O._ 4. fo
o f
'DG


cosa:
cos x
(x2+1)2dx .
(x' + I)' dx.

5. Seja ƒ(z) umaa fun<;ao


J(z) um função rregular
egular no semiplano Rez Re z 2::
2 0, tal que o0 máximo G(R)
ma ximo G (R ) de
If(z)1
|ƒ(z]] sabre
sobre 0o areo
arco GR:
Cg: Zz = R ei9 I 1
= Re”, 81::;É 1[/2,
|6l| fr/2, tende a zero com RR --+
-› 00.
oo. Mostre que

lim
R-+o‹:.
R-oo
1eR
CR
f(z)e”‹:lz=0,
J( z )e"dz = 0, rr<0.
< O.

R e i8 , 0 :::;
z2
6. feR e-
Prove que fm? e"*2dz -› 0
dz -+ O com R
R --+ oo, onde CR eo
_. 00, é o areo
arco z =
= Refa, :s; 1r/4.
5 (}6 íí fr/4.
7. Calcule as cham adas integrais de Fresnel,
chamadas

c=
C = J1 0
OC'
00

cosx'dx
cos :z:2d:1: e s=
S = /C1 o
EE
00

sen x' dx,


senxzdzzr,
Capítulo 5: Singularidades e residuos
Capitulo resíduos 169

J2ii/4.
são iguais a \/21?/4.
mostrando que ambas sao

RESPOSTAS E SUGESTOES

1. 7re- 2a
/4.
~:re`2“/4. 1re`4(2
2. 11"e- 2 + sen2)/2.
cos2+sen2)/2.
' (2 cos

3. fr(1-z-Ú)/G2. 4. 11"if/48.
4. / 4e.

oo _. 9 _- - , . .
7. Lembre-se de que Jo
fuso e-
e ;r:2
I dx = y'7r/2.
dzr = 2. x == e - i“Hz
Use :ir ;r/4 z e 0
o exercicio anterior para
R -_ 2 Z1rj4
___
. I Re:Eíirf-1
;", / 4 __.'2
2 _ R _T 2
mostrar que IR
mostrarqueI = 10
R = e- U ; dx :
ff E-zzfldzz; e'“f'*
= e- IUR
10 e “Z dz == [(
e- l -i)/J2J!o
[(1-2)/\/2] IGE e-
e X 2d:r+.‹-JR,
dX+£R,
ER ---+
onde cR -> 0 com R ---t
-› 00.
oo.

OS MULTIVALENTES
INTEGRANDOS
INTEGRAND

Vamos calcular a integral


gq
00 xl;-1
Xk - I
f --dx
ídx, O < k < 1,
0< 1,
10o9 x - I1
:E '

determina~ao real de x¡“'1.


onde consideramos a determinação xk- I .
Seja C = C1 LJ CR
C1 U Cg U
U C2 UC
C2 U Crr 0o contorno fechado formado do segmento

C = [r, RJ,
C11 = R], argz == 0,

círculo C
do circulo CRR de centro na origem e raio R
R,, do segmento

Cg = [r,
C2 [13 RJ,
Rj, argz = 211'
271'

círculo C
e do circulo 0,-r de centro na origem e raio rfr,, onde r'r* < 1
1 < R (Fig.
(Fig. 5.5).
Então,
Entao , a única
unica singularidade da função
fun~ao

zs k-1
Zk - I

fl” r m
j(z) = z+ l

no interior de Ceo
C é o ponto z = -1,
~1, que eé pólo
polo simples, no qual 00 resíduo
residuo de
fjeë _
(_1)k-1 : e(k-1)log(-¬1) : e(k-1)1r-z.
170 Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e residuos

Â.

...

Fig.
Fig. 5.5

Portanto,
fa J(z )dz =
/C ƒ(z)dz = 211"ie(k- l )rri .
21riel'l“`1)T'í. (5.13)

J ao longo de C
A integral de f CR
R tende a zero com R -->
-› 00
oo.. Com efeito,
Zi:-1
zk- l I Ilo2rr211' e(k-l
e(k-1)(logR+i6)
)(logR+iO ) . ig. I
IJ
/CR _«Z+1âz
- -dz z
CR z + 1
- /O0 Rewfl.
Re'o
izse
+1
da
Re'o de

< le(k-l)IOg
271'
lo2rr RIde e(k-1)logR
â RR /o .0
e' + 1
0 RRe¿9+1
kk-11 271' lí
RR - lo2T<
<< -
1] 211" R k
dgzfi,
- de=-~
_ R-1 U
0 R-1'
R-1
expressão esta que tende a zero com R -->
expressao -› 00,
oo, pois kkr < 1.
De modo inteiramente amilogo,
análogo, verifica-se que a integral ao longo de
0,-r tende a zero com r1° -->
C -› O. -¬› 0O e R -->
Entao, fazendo rT -->
0. Então, -¬> 00
oo em (5
(513),
.13),
obtemos:
lc-1
lim lim
.,.-›[] R_›gQ C1
+/C2 ) L
2: -[- 1
dz = 2¶ie(k_1)'“. (514)
(5 .14)

oO argumento de z eé zero ao longo de CC11 e 211"


2'fr ao longo de C2
C2,, de forma que
zk- l
Zk-1 R e(k-
R l ) log x
e(k-1)log;r h' r e(k- l)(logx+2rri)
e(k-1)(log:L'-+-2'rri)

(J J)
C,
+
C,
i
- -az z
(/‹;*.+/õ.)z+1aZ
z +1
-
l r
-id +
-----c--=-- dx
:z:+1
x+1 :E+/RR
R
-R k-l
lr 1
zzz+1
x+1
.fi
dx
I
:
l
1_
[1 (if-1)2ffzt
- e(k- l )2rrij /
E l
lirr
15__ d_
_x
ÍJF1
x+ 1
1.
dx
Capitulo 5: Singularidades
F Capítulo Síngularidades e residuas
resíduos 171

.nu

Substituindo esta expressao em (5.14) vem


k_
[1 _ eo.-1)2zzfé]]°° :Ir lda; : 2,m¡e(k-1)«â;
0 :II-l-1

logo,
roo°°
ÍO íris:
:z:k_1
k-I
fz a .;
27ri
2m'
10 ::E _|_+ 11dx = c(l k)ni _
c(1-k)m e (I k )ni'
_ ¿~(1-¡:)m

ou ainda, em forma mais familiar,


familiar ,

Í
roooc x k- 1
xíc-1
~ das ¬~ P
,IT
7r
.
10
0 x+
.fr + 11dx = sen[(
sen[(1l -
- k):rr]
k)7rj·

oO metodo
método que acabamos de utilizar eé aplicavel
aplicável a toda integral do tipo
OO
/ :z:k`1R(a:)d:r,
0
onde k nao inteiro, R(
não eé inteiro. x) eé uma fun«ao
R(:r) função racional sem pólos p610s no intervalo
(0, +00) x kR (x ) ->
+ 00) e :r:¡“R($) -› O
0 com x -> 0 e x
:r -› O ar -› oo.
---> 00. Nestas condições, a integral
condi«oes,
acima converge e as integrais de zk- I R ( z ) ao longo de C
zk`1R(z) C,r e C
CRR tendem
-> 0
a zero com r1' -› O e R ->--› 00,
oo, respectivamente (0 (o lei tor deve verificar
leitor verificar isso
em detalhe). Em conseqüência,
conseqiiencia, procedendo como no caso particular acima,
obtemos:

ÁrOO°° z*
10
.__ \
x 1R(z)âz~
k-
R (x )dx = 1-
2
1_e,,fÍ,,,,,,
27ri ' " k._-I1(feS.R)(z,-),
e(k 1) 2r.i Zz;
~ Zj (res.R)(zj) , (515)
(5.15)
J.Í

onde Zj
z_,- sao
são os p610s nao-nulos de R
pólos não-nulos (z) .
R(z).

oO método
metoda acima falha se k for inteiro, pois entao então 0
o denominador em
k 1
(5.15) se anula. Neste caso X - R(x ) e
caso,, 0o integrando :ck"1R(a:) é uma fun«ao racional;
função racional;
par , a integral desejada ée metade da integral de --oo
se ela for par, 00 a +oo
+00 do
mesmo integrando, e já ja sabemos como calcula-Ia.
calculá.-la.
No caso em que 0o integrando não nao ée par
par,, a situa«iio
situação pode ser contornada.
Seja, por exemplo
exemplo,, calcular a integral

°° da:
.Á 1:2 + 4:1: + 3°
172 Oapitulo 5: Singularidades e residuos
Capítulo resíduos

Come~amos integrando a fun~ao


Começamos função
(Z) log z
Ú logz _ logz
g(z)
9 = z Z +4z
_z2+4z+3 +3 (z + l )(z + 3)
(z+1)(z+3)

ao longo do mesmo contorno C 0 == 0C11 U OR


CR U 02Cg U Or da Fig. 5.5. As
LJ C,
singularidades de 9g no interior de 0C sao polos simples z == -1 e z == -3,
são os pólos
onde os resíduos
residuos de 9g sao,
são, respectivamente
respectivamente,,

log( -1)
log(-1)_'rri e log( -3)
log(-3) log 3 + 1I:i
log3+'n'i
e
22 22 -2
-2 “ 22 '
Entao,
5 r
/C logz
z,+4z+3âz-
logz
J z z+4z+3
_log3
2-MT.
dz = _ 211:i loga
2
(õiõ)
(5.16)
e

-1 +1
f I'

Fig. 5.6
Fig. 5.6
Como no exemplo anterior, as integrais ao longo de Or CT e OR tendem a
C1.-,›_tendem
zero com rfr -¬›
--> 0 e R -› fato,, z2: =
oo, respectivamente. De fato
--> 00, = re
remiO s;bre
sobre Or,
C., e
tomando rT < 1/ 1/4,
4, obtemos:

r logz
1__-.â
logz <
dZ [ < rZ~
2” [ IOgr
logr-1-iól
~_E-_ _ iO
+ iO ire ,9 [ dB
da
[ic, zZ + 4z + 3 Z '"'- Jo z2+4z+3m
z2+4z+3 z2 + 4z + 3

§
:::
2 --1log r) Zrr
r(211:
](] Z
Io
2”
dB:::
dtl§21rr(|log'r|+2fr)-›0 --> o.
211:r(llogrl + 211:) --> 0 com rr-›0.
3 - 4r - r 0

análogo, prova-se que a integral so


De modo anaJogo, sobre CR tende a zero com R -›
bre OR oo.
--> 00.
Capítulo Singularidades e resíduos
Capitulo 5: Singularídades residuos 173

Por Dutro lado,


outro lado,

<f +/
(
( lc,
0,
()
+ lc,
C2 z2
llogz
z +4z+
+4z+33 z
d
z f <z (RR (logx
l
lr1» :Ux +2
R
4x + 3 - 33
+43:-I-3 x + 2 pra
llog x + 271"i)
2 ` d
4x + 3 X
+4:c+3

= i
--2271"i'
R
í. dx
x 2 +4x+3
T"/Tr zzz2+4z+3
.

Substituindo esta expressão (5.l6), e passando aD


expressao em (5.16), ao limite com r --->
-› 0 O e
R --->
-› 00,
oo, obtemos 0o resultado desejado:

ff” da: log


log33
0 ;1:2+4:r:+3_ 2 '

Exnacícios
EXERCicIOS

1. Calcule as seguintes integrais:

ñfx :1:\/E
rx..jX e ( )()
Í* x2 - x +3 ddx
1:2-x+3
Jo
o Xl + 1
:z:3+1 e 10n x" + 5x2 + 4 x.`
z~1+5zí'+4
2. Im Qcr !-
Mostre que, sendo 1m sé 0,

1 3°
00 dx
da: rri 1m ex
'rrilmoz
_m
_00 ..'f:(:c-or) =
x(x - ,,) F "11m "I'
a|I1ncz|'

Sugestão: Integre ao longo do contorno usado no crueulo


Sugestao: x/x (p.
cálculo da integral de sen 1:/.ac
106).
106).
3. Mostre que
ddx
J x~
Í*
"fr
OO

,1 Íízí”2'
positiv~ da raiz quadrada. Sugestao:
onde tomamos 0o valor positivo Sugestão: Use 0o contarno
contorno da Fig.
5.6, facta r --+ 0 e R -+ 00.
façar-›0eR-›oo.

INTEGRAlS
INTEG_B.AIS ENVOLVENDO
FUNÇOES TRIGONOMETRICAS
FUNQOES

Urn Dutro
Um outro tipo de integrais que podem ser calculadas por resfduos
resíduos sao
são inte-
grais da forma
(2r.
2a

/.
10 ƒ(sen
f(sen 49,
B, cos 9) dói.
B) dB.
174 Capitulo residuos
Capítulo 5: Singularidades e resíduos

Usando aa transforma<;ao
transformação z = eiB , obtemos:
= eig,
z_ ~1
- Z-l z + z--1' .
sent?IJ
sen == --lg
2;:
2i , cosól = -ig
coslJ +2Z
2 , dz == ie iB
iezfidfi izdô;,·
dlJ == izdlJ

logo, a integral acima assume a forma:

Í f z ¬ z`1 zz+z-
+ z_1') dz.
dz
¡ z|=1 2¶Í l 22 'iz
2Z '

ca1cular Ír2~ í.
2” dt?
Como exemplo
exemplo,, seja calcular 2. Temos:
Jo0 cos 6 -- 2
!IJ
r2~ _d-;;-IJ--;;- _ r
/2"_E¿_6'_ 1
1 dz
.dz
Jo9 coslJ
cos9- - 2 _ Jl z l~'
=B3 + z ') / 2 - 2· iz
(zz-I-z-1)/2-2 tz
___
2 dz r
i Jlz,,|=1z2
l~' z2 --4z+1
4z + 1
2 r dz
Q. N

Z 'i Jlzl~
.z ' (z( --2¬/š)(z-2+\/š)
ím- 2 - J3)(z - 2 + J3)
|-4- ~ N

2 .H,_._¬ 1|-J
Í\:l€"¡Ifia°'°-lÍ\:_F$
= --f-21rz-í-;
. 27l"i· --_.
i
'z
-2J3
2\/É ' __

portanto,
r2~
2°” _-;d:-IJ--=-
dd _ -211'
J,Áo cosól -
coslJ - 2 ,/É '

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

Calcule as integrais dadas a seguirj


seguir; nas de números a ] < 1,
numeros 2 e 3, tome J|a] numero
1, e na de número
4, tome a > b > O.
4,tomeo.I>b>0.

['
1 fz”
l.
' O
de
dB
+ sen 2 8
22+sen29
2ff
2"
J6
2.['
2 fi”
' O
de
dB
+ acos8
11+acosE?
_, 2"zw
-..tr=a'.
,/1_a2°

2
['
3 2”
3.
' 0
da
dB
1+asen9
l+asenO
_ zff
2"
-..tr=a'.
~,/1-zzfl'
4
4.
'[ '“ oG
de
dB
a-l-bcosól
a+bcosB va'
21:
2"
¬,/(12-b2'
-b' ·
Capitulo
Capítulo 5: Singularidades e resíduos
residuos 175

Rnsínuos LOGARITMICOS
RESIDUOS LoGAnÍ'rMIoos
E PRINciPIO
E Pn1No1PIo Do
DO ARGUMENTO
ARGUMENTO

Entende-se por resíduo logaritmico de uma flmção


par residuo fun<;ao f
J num certo ponto ao
residuo de l'
resíduo / J nesse ponto, isto e,
f' /f é, ao resíduo logarítmica de f.
residuo da derivada logaritmica
E
É claro que para isso estamos supondo que J f seja regular no referido ponto.
Vamos supor que J f tenha um
urn zero de ordem rr num ponto 2:0, zo, de sorte
que
fioze-www,
J(z) = (z - zor g(z),
onde 9g e
é regular e diferente de zero em Zo
zü.. Portanto,

f_*'
J'(z)(_)_
N : r(z zO),- 1g (z) + (z
r(2 -- 2o)i"`l9(Z)+ (2 -- zú)“"9"(Z)
zo)'g'(z)
f( )
J(z)N (2 - 2ú)'"§(2)
(z - zo)"g(z)
r
=íh. z_%+<a
T
--+h(z),
z - Zo

onde h = 9e
= g' //g zoo Vemos assim que 0o residuo logaritmico
é regular no ponto 29.
de uma função
Junfiio fJ num ponto que seja zero de ordem r da função e
Junfiio ef igual ã a
ordem rr desse zero.
zero.
o raciocinio anterior pode ser repetido no caso em que zo
O raciocínio zg seja pólo
polo de
ordem s, bastando substituir rr por s (Exerc. 11 adiante), 0o que permite
afirmar que 0o residuo
afirmar resíduo logaritmico de uma função
Junfiio fJ num ponto que seja pólo
polo
de ordem s da função e
funfiio é igual a -so
-s.
Juntando esses dois resultados, demonstra-se facilmente 0o teorema que
enunciamos a seguir.

Junfiio que, a
5.12. Teorema. Seja fJ uma função ã excefiio polos, Iié analitica
efrceçãor de pólos, analítica
numa regiiio coneara R. Seja C c
região simplesmente conexa C R um contorno fechado Jechado
simples, orientado positivamente, e cujo interior contenha um numero finito finito
de zeros e pólos
polos de f.
J . Então,
Entiio,

~
1 1 f'()
N
1'(z) dz _
= Z _
_ P
27ri fc J(z)
N ,

onde ZZ ePP denotam, respectivamente, os numeros de zeros e pólos


palos de f
J no
interior de C, contadas as multiplicidades.
176
l76 Capitulo Singularidades e residuos
C'ap1'tulo 5: Singula.ridades resíduos

A demonstra~ao
demonstração desse teorema ée simples e fica fica a cargo do leit~r.
leitor. Basta
substituir 0o contorno C por contornos envolvendo cada zero e cada pólo p610
isoladamente (Exerc.
(Exerc. 2 adiante).
f'( z )I J(z)
Observe que ƒ'(z)/ƒ (z) == (logJ(z))'
(log ƒ(z))',, onde tomamos qualquer ramo do
logaritmo. (Lembramos que diferentes ramos tern têm a mesma derivada, já ja
que eles diferem entre si por valores constantes.) Em vista disso, podemos
escrever: 1 ƒ,( ) 1
1 1 f'(z) Z 1
Ê Ie WC”
27ri fc J(z) dz = %l108f(2-'lloz
27ri [log J(z)]c,
ou seja, a integral eé igual it variagao de log f
à variação J(z) ao longo do contorno C.
Acontece que essa variagao
variação s6
só afeta a parte imaginária
imaginaria do logaritmo, pois
a parte real log IJ
|f (z)1 volta ao valor inicial uma vez completado 0o percurso
C. Em conseqiiencia,
conseqüência, denotando com t;.e J(z) a varia~ao
Ag arg ƒ(z) variação sofrida pelo
J(z) ao longo do contorno C
argumento de ƒ(z) C,, obtemos 0o chamado principio
principia
do argumento:
argumento:
1
1
Z - P = -§;AC
Z-P= argƒ(z)..
27rt;.e argJ(z)
oO principio do argumento tem
princípio tern uma interessante interpretaçao
interpretagao
ou

geometrica.
geométrica. Suponhamos que C s6 só contenha em seu interior umurn zero Zo
zg
de ordem rr e nenhum p610. Entao, quando z percorre 0o contorno C no
pólo. Então,
sentido positiv~,
positivo, 0o ponto w = = J
f (z) percorrerá
percorrera urn
um contorno C' envolvendo
rr vezes a origem no plano w (Fig.
(Fig. 5.7). E
Ese zg for um
se Zo urn pólo
p610 de ardem
ordem s em
vez de zero, w == fJ(z) percorrerá 0 contorno C' envolvendo r vezes a origem
(z) percorrera
do plano w no sentido negativo.

c z

(Q).
Fig. 5.7
oO teorema seguinte ée uma aplicação
aplica~ao interessante do princípio
principio do argu-
Capitulo SinguJaridades e residuos
Capítulo 5: Síngularidades resíduos 177

mento.

5.13. Teorema (de Rouche.)


Rouché.) Sejam Jƒ e 9 g funções anal.'i'ticas numa
Jun90es analiticas
região simplesmente conexa R. Seja C c
regiao C R um contomo
contorno fechado
Jechado simples,
IJ(z)1 > Ig(z)1
orientado positivamente e tal que [ƒ(z)| |g(z)l nos pontos de C. Então Entao
ƒ(z)
J(z) e ƒ(z)
J(z) + g(z) têm
tem 0o mesmo numero
número de zeros no interior de C.

Demonstração.
Demonstra9ao. Por causa da hipótese IJ(z)1 > Ig(z)1,
hipotese |ƒ |g(z)|, ƒ(z)
J(z) não
nao se anula
sobre C. Em conseqiiemcia,
conseqüência, podemos escrever:
escrever:

âz~zzfaf‹z›+zzz‹z›1 == llc
llc arg[J(z) + g(z)) arg [J(z) (1+ ~i:D 1
z::»‹.‹zz.fg[f‹z›
= llc arg J(z) + llc arg (1+
Az;-argƒ(z)-I-Agarg (1+ ~i:D ..
Observe agora que 0o ponto w = = 11+f (z) /g(z) não
J(z)/g(z) nao pode circundar a origem
no plano w, pois Iw
|w -- 11
1| == |ƒ(z)/g(z)|
IJ(z )/g(z)1 < 1. Portanto,
Portanto,

A g(z)) z 0
A arg ( 11 + Â- (za)
llc
“gl + f‹z›
J(z) = 0,

donde segue-se que,

Ac arg[J(z)
llc are[ƒ(Z) + 9(2)l
g(z)) == llc
Ae are
arg f(2)-
J(z).
Daqui e do princípio
principio do argumento segue o0 resultado desejado.

o teorema de Rouché
O Rouche permite fazer uma demonstragao
demonstração muito elegante
do Teorema Fundamental da Algebra, do qual consider amos uma versão
consideramos versao na
p. 107.

5.14. Teorema Fundamental da Algebra.Álgebra. Todo polinômio


polinomio de grau
n > O0 tem exatamente n raizes, contadas as multiplicidades.

Demonstração.
Demonstra9ao. Seja

P(z)
P(z ) = ane"n -|-
= anz + an_1Z n - 1 + ... + a1z
a,,_..1z"s`1+...+ alZ +
+ ao
ag

urn 0, de sorte que an aê


polinômio qualquer de grau n > 0,
um polin6mio i- O. Pondo
= anzn ,
J(z) _
f(z) -anz", g( z) =
_
an_lznn-1
g(z)-a,,_1z -1+ ... + alZ + ao
-|-...+a1z+ag
178 Capitulo Singularidades e residuos
Capítulo 5: SinguJa.ridades resíduos

e Izl == RR,, teremos:


.zm
\R~oo IJ(Z)I> \.z | ‹
lanlz ~zz|
Rn
R“ | laol ¬
1“““l‹›>“m1|
1m
R-›oo
- - 1m
g(z) - R~oo la -11R"
92! -R-›oo + ... + lallR+
1
0.n_1R"_1-I-...+
n ||°°*- ,
ú1lR+ 0.9
- 00

ve que existe R tal que IJ(z)1


donde se vê |ƒ(z)| > Ig(z)1
|g(z)| para Izl = R
|z| = R.. Daqui e do
teorema de Rouche concluímos que J(z)
Rouché conclufmos ƒ (z) e J(
ƒ(z) + g(z) == P(z)
z) + P (z) tern
têm 0o mesmo
numero e, exatamente n, que ée 0o número
número de zeros, isto é, numero de zeros de J(z),
f (z),
como queríamos
querfamos demonstrar.

Exnnoícros
EXERCicIOS

L
1. Prove que 0o resíduo
residue logarítrnico função ff num ponto que seja pólo.
iogaritmic() de uma func;ao polo de ordem
função e
rr da fun<;ao é igual a polo.
à ordem s desse pólo.
2. Demonstre 0o Tcorema
Teorema 5.12.

 
Capítulo 6
Capitulo

CONTINUAÇÃO ANALÍTICA
CONTINUAQAO ANALITICA

série
Sabemos que a serie
DO

f<z› = n=O
Z
J (z) = ~ zn
:S ca

tem raio de convergência


tern convergencia 1, 1, e, portanto,
portanto , define nm~ao analitica
define uma função analítica no
disco Izl
|z| < 1. Sabemos também tambem que essa serie série tern fun~ao
tem por soma a função
g(z ) == l1// (l-
g(z) z), a qual,
(1-2:), qual , por
pDf sua vez, está definida
vez, esta definida em todo 0o plano complexo
complexo,,
exceto em z = fun~ao 9
Então, a função
= 1. Entao, g eé uma extensao fun~ao f
extensão da função J;; mais do
que isso, eé uma "extensao
“extensão analitica"
analítica”.. Isto
lsto eé importante,
importante, pois,
pois, embora uma
fun~ao possa ter muitas extensiies
função extensões diferentes,
diferentes, essa extensao
extensão eé única
unica quando
preserva a analiticidade,
analiticidade, como nos garante 0o teorema seguinte.

6.1. Teorema (de unicidade da extensao extensão analitica)


analítica).. Sejam f J e 9g
funções analíticas numa mesma regiiio
fun,i5es analiticas região R,
R, que coincidem numa vizinhan,a
vizinhança
de um ponto Zo 2:0 E R
R,, ou apenas num conjunto de pontos tendo ponto de
acumulação Zo
acumular;ao zg E R. Então
Entiio fJ e 9
g sao idênticas, isto e,
são identicas, ef, coincidem em toda a
regiao R.
região R.

Para a demonstra~iio
demonstração deste teorema,
teorema, n
necessitamos
ecessitamos do seguinte lema de
topologia métrica.
metrica.

6.2. Lema. A distancia


distância entre da
dois
is conjuntos fechados
Jechados e disjuntos, um
limitado, e
dos quais limitado, positiva.
ó positiva.

Demonstmr;ao. Sejam X
Demonstração. X e Y conjuntos fechados e disjuntos, sendo X X
limitado. A distância
distancia entre eles,eles, d(X, Y),
d(X , Y ), eé definida
definida como sendo 0o infimo
üifimo
distâncias dd(:1:,
das distancias y) == Ix-
(x, y) YI, fcx variando em X
|ar-y|, X eY y variando em Y. E claro
que d(X, 2: o.
d(X , Y) Zz 0. Vamos provar que d(X d(X,, YY)) > o.
0- Se fosse d(X, = 0,
Y)) I
d(X , Y
180 Capitulo Continua,iio anaiitica
Capítulo 6: Continuação analítica

haveria duas seqiiencias, Xn E X


seqüências, :cn X e Yn
yu E IXn ~ Ynl
6 Y, tais que |;r,, -› O.
ynl -> 0. Pelo teo-
rema de Bolzano-Weierstrass
Bolzano-Weierstrass,, 23,,Xn possuiria uma subseqiiencia
subseqüência convergindo
para um ponto xo:cg G
EXX,, a qual continuamos a indicar com a mesma notação nota~iio
rn.
Xn' Em correspondencia
correspondência rn, a Xn, haveria tambem
também uma subseqüência de Yn
subseqiiencia gn
(que continuamos a denotar por Yn), gn), a qual, por ser equivalente a rn, Xn , seria
convergente para umurn certo YO
yg,, que pertenceria aa. Y que Y éIi fechado. Em
jil. qllP.
Y,, já
conseqüência, Ixo
conseqiiencia, - yol
Iztg ~ yg| = 0, donde rg xo = Yo·
yg. Mas isto contradiz a hipótese
hipotese
de que X
X e Y sao demonstr~ao.
são disjuntos e completa a demonstração.

Demonstra9iio
Demonstração do teorema. Seja Zz urn um ponto qualquer da regiiio região R.
Vamos provar que ff e 9g coincidem em z2:.. Pela hipótese, hipotese, ff e 9g possuem aa.
mesma serie vizinhan~a de Zo
série de Taylor numa vizinhança 2:0 (veja 0o Teorema 4.15 na p.
136). Se z pertence a essa vizinhança,
vizinhan~a, 0o teorema esta está. demonstrado
demonstrado..
Se Z 2: estiver fora da referida vizinhan~a,
vizinhança, conectamos Zo zg a Z z por meio de
um arco C todo contido em R e denotamos com 86 a distancia distância de C it a fron-
teira de R. Como essa fronteira e C são sao conjuntos fechados,
fechados , e C eé limitado,
8>
6 í> O. Tomamos, sobre C, C , a partir de Zo, 2:0, os pontos 2:1,Zl , Z2
zz,, ...
. . . ,, 2:.,
Zn == 2:, z, tais
que Izo
|z0 -- zll
z1| < 8,5, IZI
|z1 -- z21
zz| < 6,..., IZn- l --z|
8, ... , |z,¿_1 zi < 8.Õ. Entao
Então,, Zj v.5(Zj- l),
zj E V5(z_,-_1),
jj =
= 1, ... , n (Fig. 6.1). Como ff e 9
1,...,n g coincidem em V, (zo) , e Zl
V¿(zg), 2:1 E V, (zo) , as
V¿(z0),
séries de Taylor de ff e 9g coincidem em V,(zd.
series l/Ç‹,~(z1). Como 2:2Z2 E v.5(ZI)
V¿(z1),, as series séries
de Taylor de ff e g9 coincidem em V,(Z2 ); e assim por diante, ate
V,5(z2); até concluirmos
séries de Taylor de ff e g9 coincidem em v.5(zn),
que as series %(z,,), portanto ff e 9g coin-
cidem em Zn zu =: Z,
z, como queriamos
queríamos provar.

4,; 9 Q.
Fig. 6.1

o
O teorema de unicidade que acabamos de demonstrar leva naturalmente
Capitulo Continua~a:o analítica
Capítulo 6: Continuação analitica 181

à. defini~ao
it "continua~ao analítica”
definição de “continuação analitica" que darnos
damos a seguir.

6.3. Definição.
Defini<;ao. Sejam R região e E
R uma regiiio E um subconjunto de R com um
acumulação em R. Seja fƒ uma função
ponto de acumula,iio fun,iio definida em E, E , possuindo
extensão analitica
uma extensiio analítica 9
g na região entiio, que 9g e
regiiio R. Diz-se, então, é continuação
continua,iio
analítica de ff em R; au
analitica ou ainda, prolongamento analitico.
analítico.

o
O requisito de que E tenha umurn ponto de acurnula<;ao
acumulação ernem R eé feito jus-
tamente
tarnente para garantir a unicidade da extensao
extensão g, de acordo com
corn 0o Teorerna
Teorema
6.1. Com fun~oes analiticas
Corn efeito, pode acontecer que duas fimções analíticas distintas coinci-
dam numa infinidade de pontos que se acumulam num ponto 2:9
nurna infinidade ¢ R. (Veja
Zo ric
Exerc. 1
o Exerc. 1 adiante.)

Primeiras conseqiiencias.
Prirneiras conseqüências.
Permanência
Perrnanencia das relaçoes
rela<;oes funcionais

oO teorema de unicidade garante que se uma função fun~ao já


ja ée analitica
analítica numa
região, tem continua<;ao
regiao, e tern continuação anaHtica
analítica numa
uuma região maior, entaD
regiao maior) então essa con-
tinua~ao analitica e
tinuação é linica; tambem que uma fun~ao
única; e garante também função analitica
analítica
numa certa região
regiao R fica completamente determinada pelo conhecimento
fun~ao apenas numa vizinhança
da função vizinhan~a de um
urn ponto de R, num pequeno arco
acumula~ao
ou mesmo apenas num conjunto de pontos que tenha ponto de acumulação
pertencente a R.R.
fun~ao exponencial, inicialmente
Consideremos concretamente 0o caso da função
definida no eixo real. No Capítulo
definida fun~ao a to
Capitulo 2 estendemos essa função todo
do 0o plano
complexo,, utilizando a fórmula
complexo formula

_ eemx +1
ezZ =
e _ _ eX
+iWy =_ .. (cos y + isen
eT(cosy + - y) .j
iseny),

fun~ao analitica.
e dessa maneira obtivemos uma função analítica. Poderiamos
Poderíamos ter utilizado
outros meios; por exemplo, a serie
série de potências
potencias
00 n

eeZ=Z;)%,
z ='6"1 z '
n
n==O n .`

também
tambem define fun~ao analitica
define uma função analítica ern
em todo o0 plano, extensao
extensão da expo-
nencial real. Em vista do teorema de unicidade,
unicidade, as duas extensoes
extensões aqui
182 Capitulo
Capítulo 6: Continua9iio
Continuação analitica
ana.l1'tica

consideradas sao idênticas. Essa mesma observa~ao


são identicas. observação eé valida
válida para todas as
fun~oes reais que estendemos ao plano complexo, como 0o logaritmo e as
funções
fun~oes trigonométricas.
funções trigonometricas.
o
O teorema de unicidade permite estender ao plano complexo, ou a
regioes
regiões do plano complexo, várias
varias identidades que já ja tenham sido estabele-
cidas no eixo-real,
eixoreal, ou em subconjuntos do eixo real. reaL Tomemos um urn exemplo
simples, a identidade
cos X + sen
cos22 rc sen22 9:
x == 1,
1,
que ée válida
valida para :rx reaL
real. Podemos afirmar
afirmar que, para todo 2Z complexo,

cos? z + sen2 z = 1.

Com efeito, F F{z) cos22 Zz +


= cos
(z) = + sen continua~ao analitica
sen?2 z eé continuação analítica a todo 0o plano
complexo da fun~ao
função real f f{x) == cos X +
cos22 J: sen2 r.
+ sen2 x. Mas acontece que ƒ(a:)
f{x) eé
constantemente igual a 1; 1; portanto, continua~ao analítica
portanto , sua continuação analitica também
tambem tern
tem
de ser a constante l. 1.
oO mesmo raciocínio
raciocinio aqui utilizado permite demonstrar a permanênciapermanencia
de certas rela~oes
relações funcionais. O 0 mais simples eé 0o caso polinomial.
polinomiaL Assim,
Assim ,
suponhamos que as funções
jun90es reais h, ƒ1,....
_ . ,, ƒn.
fn estejam definidas
definidas num intervalo
do eixo
cisto real, at
aí satisfazendo uma identidade do tipo

P(f1(fl1).--›.fn(ffl))
P{h{x ), ... ,fn{x)) == 0,
0.
onde P e
ó um polinômio
polinomio em n variáveis.
variaveis_ Supondo ainda que essas funções
jun90es
tenham continua90es
continuações analiticas
analíticas a uma mesma
mesmo regiiio R do plano complexo,
região R
podemos afirmar
afirmar que
P {h{z), ...
P(.f1(Z)1' , fn{z)) :
' 'iffl-(3)) = 0
O
.uz

regiao.
nessa regiiio.
E
E exatamente esse o0 caso exemplificado
exemplificado anteriormente, da identidade
trigonometrica cos?2 z + sen
trigonométrica cos 2
senzz z == 1, onde h{z)
ƒ1(z) =
= cos z, h{z)
cosz, ƒz(z) =
= senz e
P{h , h)
P(f1› = fl + Ii - l.
f2l=fí'|'fã_ 1-
o mesmo raciocínio
O raciocinio pode ser aplicado a situa~oes
situações mais gerais que
polinômios. A título
polinomios. ilustra~ao , vamos provar que
titulo de ilustração,

sen{zj + Z2)
sen(z1 -|- zz) == sen
senZj cos zz + cos
zl COSZ2 21 sen zz.
COSZj Z2.

Para isso, lembramos que essa identidade eé verdadeira quando Zj


21 e zg são
Z2 sao
números
nnmeros reais, isto é,
e, sabemos que, sendo ac
x e b números
nnmeros reais quaisquer,
Capitulo
Capítulo 6: Continuat,:iio
Continuação analftica
analítica 183

fu

ent.io
entao
sen (x +
sen(a: = senx
+ b) = cosbb +
sena: cos + cosxsen
cos ic sen b.
POl' continua~ao analítica,
Por continuação analitica,

sen(.z +
sen(z + b)
b) = cosbb +
= sen 2:z cos + cos zsen
z sen b

quaisquer que sejam b real e z complexo. Com efeito, o0 primeiro mem-


bro ultima igualdade e
bra desta última continua~ao analitica
é continuação analítica do primeiro
primeira membro
membra da
identidade anterior, 0o mesmo acontecendo com os segundos membros.
membras. Em
seguida faz-se z = Z" b
= 2:1, b = x , e nova continua~ao
= :_r:, continuação analitica x a Z2,
analítica leva :r 22,
completando a demonstra~ao.
demonstração.
raciocinio pode ser aplicado a todas as identidades estabe-
Esse mesmo raciocínio
lecidas no Capitulo
Capítulo 2,
2, pp. 64.
6/1 e seguintes.

Continua~ao analitica
Continuação refiexao
analítica por reflexão

fun~oes que assumem valores reais para valores reais da variavel


As funções variável inde-
pendente, como
Z2 - 3z,
Z2-32, cos
cosz,
Z, ee"Z etc.
etc.,,
9'

são tals que seus valores se refletem no eixo real quando z ée assirn
sao tais assim refletido,
isto e: I( z) =
é: f I (z) . Isto já
= f nao e
ja não é verdade no caso de fungoes
funções que não são
nao sao
reais para valores reais de 2:,z , como
iz
2:2 -
Z2 - 3iz, cos 2,
iicos z, ee” etc.

Essa propriedade e
é a versao
versão mais simples do chamado princípio reflexão,
principia de refiexiia,
que vamos considerar agora.

6.4. Teorema (principio


(princípio de reflexão).
reflexao). Seja f J uma função analítica
Jun,iia analitica
numa regiiio
região R
R que intersecta 0o eixo
eizto real e tal que z E6 R z E R. Supo-
<=2› E
R ¢}
nhamos ainda que 1
nhamas f (z) seja real para
pam .zz real. Então J (z) =
Entiia f = f J ("'2) para
pam todo
zER.
z E R.

Demonstração. :rg um
Demonstra,iio. Seja Xo urn ponto qualquer de R Então,
R que seja real. Entao,
00
lx:

f(z)
J(z) =2 É a~z«.z(z -- nu”.
2'>n(Z xo)n,
nn=U
=O
184 Capitulo Continuação analitica
Capítulo 6: Continuaqiio analítica

para todo z numa vizinhan~a Xo, digamos, V,


vizinhança conveniente de rg, (xo). Os coe-
l/¿(:r0).
ficientes an são
ficientes silo todos reais, pois
f (2) (xo)
1 (2) I(n
(fil)(xo)
ao = I(xo), al
Gu=f(íUn). = 1 (xo), a2
Gz1=f¡(93olz ¢12=i%---.an
= 2' ... , an ==~j%;(,L).---.
" ...,
. n.
I (n) (xo) que ai
e todas as derivadas ƒ("'l(:rg) aí aparecem podem ser calculadas con-
siderando .zz real. Em conseqüência,
conseqiiiincia, ƒI(z) = ƒI(z),
(z) = fun~iio
(z), ou seja, a funçao

F(z) =
FIZ) I(z) -
= ƒ(z) - I(z)
ƒ("f)
e analítica em R (veja 0o Exerc. 9 adiante), se anula em V,(xo);
que é analitica V¿z(a:g); por-
tanto,
tanto 1' se anula identicamente
identícamente em R por continua~iio analitica.
continuação analítica. Isto completa
demonstra~iio do teorema.
a demonstração

o
O teorema anterior permite continuar analiticamente uma função I,
fun~iio f,
dada inicialmente numa regiiioregião R contida no semiplano
semi plano superior ImzIm z > 0O
ou no semi plano inferior Irn
semiplano Im z < 0, desde que R R contenha um urn conjunto I do
eixo real, que seja aberto como subconjunto da reta, e 1 f seja continua
contínua e real
em R U I. Para isso, sendo R'
U I_ refletido de R no eixo real, basta definir
R* 0o Étido definir
1ƒ para z E R* R' mediante 1 = 1ƒ(z)
(z) =
ƒ(z) (z) (observe que zE E R) para que 1 f se
estenda analiticamente a R'. R*.
oO procedimento que acabamos de descrever eé conhecido como 0o principio
reflerão de Riemann-Schwarz. Para demonstrar sua validade, vamos
de reftexiio
supor
sup or que R esteja contido no semiplano superior Irnz Imz > O. 0. (0
(O raciocínio
raciocinio
e.é_ inteiramente anaIogo
análogo caso R esteja no semi Im z < 0.) Seja
plano inferior Irn
semiplano
C um urn disco (aberto) centrado em algum ponto de I, I , e tal que, juntamente
com sua fronteira rF,, esteja todo contido em R U R' U
U R* I . Pelo Teorema 3.17
U I_
(p. 105), a fun~iio
função
g(z) = J..., r I(() d(
912)- gícldí
211"> Jr (- z
eé analitica
analítica no interior de C.Vamos mostrar que ela coincide com f I(z)
(z) nesse
disco. Isto implicara
implicará o
0 resultado desejado, como se vii facilmente
vê facilmente. .
Sejam 'Y7 a interse~iio
interseção de C com I I (Fig. 6.2a), r+ l¬+ a parte de rI` no
semi plano superior e r-
semiplano l"` a parte de Fr no semi
semiplano Então, para
plano inferior. Entiio,
~ I, podemos escrever:
z ¢

_ 1 f(C) 1 f(C)
g(Z) _ É Ílvuv É-K + 5:5 ÍF-U(-if) Êdç
Capitulo 6: Continua,ao
Capítulo Continuação anaIitica
analítica 185

r+ 1; +
·z
_ 1,6).
0
fl

~-
I._
1.è_

(H)
(a) (s)
(b)

Fig. 6.2
Notarnos, fórmula integral de Cauchy, que, se z estiver
Notamos, em seguida, pela formula
no semiplano superior, a primeira integral sera será. igual a fJ(z)
(z) (veja também
tambem
o parágrafo
paragrafo seguinte), enquanto a segunda sera será. nula; e se 2z estiver no semi-
plano inferior, a primeira integral sera será nula, enquanto a segunda sera será igual
a J(z)
f. E, E , por continuidade, g(z) coincide com J(z) f (z) também
tambem em I.
Na verdade, estamos usando a fórmula formula integral de Cauchy nas inte-
gra~6es
grações em I`
temiio, que J
temão, f e
U,
r+ U 7 e em rI`_- u
é analitica
analítica em 7.
U (- ,), o0 que, aa. rigor, exigiria saber, de an-
(-7),
f. Mas isto pode ser facilmente contornado,
assim: seja r£ FE a parte de rI` no semiplano 1m Im z 2' e, onde c5 > 0O e
2 c, é tornado
tomado su-
ficientemente
ficientemente pequeno. Em seguida fechamos 0o contorno F5 r, com 0o segmento
horizontal 'E I ,7 + ic
7,, = (Fig. 6.2b). No contorno rF5E U
ie (Fig. ,£
U 7,, podemos aplicar
apJicar
fórmula integral de Cauchy, apos
a formula após 0o que passamos ao limite com ce -> O;
---> 0;
isto ée possível
possivel pela continuidade do integrando num conjunto compacto. 0 O
mesmo raciocício integra<;iio sobre rl¬ U
racioclcio pode ser feito na integração U (-
(-7).
,).

Exnnoiclos
EXERCicIOS

1. Construa umurn exemplo com duas funções


fUDI;6es analiticas distintas,, ff e g, definidas
analíticas distintas definidas na mesma
regiao R
região R,, e coincidindo numa seqiiencia
seqüência infinita
infinita de pontos distintos ez...z" que converge
urn ponto fora de R.
para um
2. Mostre que uma função analítica numa regiao
fun<;ao anaHtica região R não
DaD pode assumir o 0 mesmo
mesma valor
num conjunto de pontos com ponto de acumulac;ao
acumulação em R R,, sob pena de ser constante.
3. Seja ff uma func;ao anaJftica e não-constante
função analítica regiao R
nao-constante numa região R,, e seja FF urn um subconjunto
fechado e limitado de R. Prove que so só pode haver um urn numero
número finita
finito de pontos de
F onde ff assume 0o mesmo
F mesma valor. Prove, ern em particular, que se ff e é uma função nao-
fun<;ao não-
constante e regular num ponto ZOl então existe b
za, entao > 0O tal que J(z)
õ 1> ;É J(zo)
f (2) -=J=. f (ze) para todo
186 Capítulo 6: Continua~iio
Capitulo analitica
Continuação analítica

6 VI(zo).
z E tambem do Caralafio
V¿'(z0). (Observe que esta propriedade segue também Corolário 3.23 da p.
114.)
4. De fun~iio analitica
Dê exemplo de uma função analítica e nao..constante
não-constante numa regiao
região R
R,, que assum
assumee um
urn
mesrna valor uma infinidade de vezes em urn
mesmo um subconjunto fechado de R.
5. Use continua-;ao analitica para provar que, para todo z complexo,
continuação analítica

COS(ZI +
cos(z1 + Z2)
ez) =
= COSZl cos zz -- senzi
cos z1 COSZ2 seu 2:1 senz2;
sen sz;

sen z=cos( --z


Senz=coS ~ -z)
(ll l
2
e cosz=sen(~-z);
cosz=sen --z ;
2 (ll )
senh (zl +
senh(z1 -{- Z2)
zz) =
= senh ZI zz +
z1 cosh Z2 + cosh zlsenh
z1senh 22;
Z2;

cosh( z\ + zz)
cosh(z1 = cosh z\
Z2) = zz + senh
z1 cosh 22 z1 senh Z2.
sen h Zl zz.
00
OU

6. A serie J(z)
série ƒ (z) = L (_z)3n defin
= Z(-z)3" definee uma função analítica no disco Izi
funt;a.o analitica |z| < 1. Obtenha sua
n=O
n=[I
continuac;a.o analitica
continuação e
analítica a todo 0o plano e mostre que ela é regular e nula no infinito, que
possui apenas tres
ela passui polo, e localize esses pólos.
três singularidades do tipo pólo, polos.
CE

7. Faça 0o mesmo para ƒ(z)


Fa9a L:
J(z) == Zzã".
z'·.
nn=0
=O
8. continuação analitica
Determine a continuac;ao analítica aa todo 0o plano da função
func;ao

ƒ(z)=f ie'*“*zu, zz:>0.


U

Mostre que ela e infinito e localize sua unica


é regular no infinito única singularidade.
9. Corn mesrna notac;ao
Com a mesma notação usada na demonstrac;ao
demonstração do Teorema 6.4
6.4,1 prove que a função
func;ao
F(z) = ƒ(E) e
= J(z) é analítica
aoalitica em R.
redproca do Teorema 6.4, isto e,
10. Prove a recíproca fez) == f(z)
é, que, se ƒ(z) ƒ(1?) para todo R , então
G R,
todD z E entao
e
J(z) é real para z real em R.
ƒ(z)
11. Considere a func;ao
função w = = ..;z
\/E == re i9 2
rem”, restrições rr > 0
/ , com as restric;Oes O e 0 < ()0 < 1r.
fr. Explique
como continua-la
continuã-la analiticamente ao 42 49 quadrante atraves pos i tiv~ Ox;
através do semi-eixo positivo Or;
e ao 32
39 quadrante atraves negativD Ox.
através do semi-eixo negativo
12. Repita 0o exerclcio fum;ao w =
exercicio anterior com a função < arg z < 1[,
= logz 0 < fr.

RESPOSTAS EE SUGESTOES
RESPOSTAS SUGESTÕES

1. fez) == sen(1
ƒ(z) sen ( l /z) g{z ) identícamente
/ z) e g(z) seqüência infinita
identicamente nula coincidem numa seqiiencia infinita de
pontos tendend
tendendoo a zero. IIsso S50 eé passivel
possível porque zero não
nao pertence ao dominio
domínio de
analiticidade da primeira fum;ao.
função.
Capítulo 6: Continuaqao
Capitulo Continuação analftica
analítica 187

9. J (z) :
Escreva ƒ(z) u(:1:, y) + iv(x, y), donde
~ u(x,

F (z) ~
F(2f) = u(x
fl(f'1z, --zu)
y) - i'U(z›¬2z -y)
- iv(x, ~ U
-y) = U(:rz
(x, 1;)
y) ++ iV(x
Wíwz, y),
if),
e use as equae;6es
equações de Cauchy-Riemann.

.Ir ¡

CONTINUAQAO
CONTINUAÇAO ANALITICA
E SINGULARlDADES
SINGULARIDADES

Quando temos uma função fun~ao analitica I numa região


analítica f regiao R,
R , dizemos que 0o par
(1,
(f, R)
R ) constitui um
urn elemento funcional função analitica.
luncional ou germe de lun,iio analítica. Isso
concebível que se possa estender If analiticamente a uma região
porque eé concebivel regiao
maior, englobando R; R ; e, de acordo com 0o teorema da unicidade da con-
tinua~ao analitica,
tinuação analítica, 0o elemento funcional (1,
(f, RR)) determinani
determinará. completamente
essa continuru;ao
continuação analitica,
analítica, constituindo-se
constituindo-se,, pois, num "germe func;ao
“germe” da função ll

analítica estendida. Alias,


analitica serie de Taylor de Iƒ relativa a um
Aliás, basta a série urn ponto
Zo continua~ao analítica
zg de R para que a continuação analitica de fI fique
fique completamente deter-
minada.
Comecemos com um urn exemplo concreto fun~iies conside-
concreto,, retomando as funções
radas no início capítulo,,
inicio do capitulo
00
1
f‹z›=Íz”
L zn ee g(z)
I (z) =
n=
.‹z<z›=,Í_,,
23 O
G
= ~- .
1- z (6.1)
(6.1 )

definida apenas no disco Izl


A primeira, embora definida |z| < 1,
1, ttem
ern soma facilmente
identificãvel, fun~ao g(z ). Em conseqiiencia,
identificavel, que eé a função continua~ao
conseqüência, 9g eé a continuação
analítica de If a todo 0o plano, excetuado 0o ponto 2:z = 0,
analitica 0, que eé polo
pólo simples.
Mas em geral naonão eé assim, fun~ao pode ser dada inicialmente por
assim , pois a função
série cuja soma não
uma serie nao seja conhecida, por uma integral ou outro Dutro recurso
qualquer; e 0o problema que se apresenta ée o0 de saber se ela tern continua~ao
tem continuação
analitica continua~ao. Por exemplo, não
analítica e como obter essa continuação. nao sabemos como
obter a soma da serie
série OO
n fo n
L -33"n -+-11 z
nzo
n =O
ZTE

em forma simples, como em (6.1 ) , Oli


(6.1), ou,) como se diz, em "forma
“forma fechada".
fechada”.
convergência e
Mas sabemos que seu raio de convergencia é 3, de forma que ela define
define uma
função analítica no disco Izl
fun~ao analitica |z| < 3. Como
Como,, entao,
então, continua-Ia
continua-la analiticamente?
Se eé que ela tem continua~ao analitica.
tern continuação analítica.
188 Capítulo 6: Continuação
Capitulo analítica
Continua<;iio analitica

Para descrever urn


um procedimento de carater
caráter geral, ée conveniente primeiro
no~ao de continua~ao
introduzir a noção continuação analitica
analítica de elementos funcionais.

Definição. Sejam (f"


6.5. Definic;iio. (fl, R
Rl), ) e (f2, R2 ) dais
(fg, R2) dois elementos funcionais
R, n
tais que Rl O R2 75 qb e fl
'" <p j, (z) = f2(z) para 2:z E Rl n
= h(z) H R2.
Rg. Diz-se entiio
então
que cada um dos elementos funcionais (j"1,R R1l)) e6 (h, R2 ) e
ÍÍ2, R2) é a continua,iio
continuação
anal{tica
analítica direta do outro.

Quando (j"
(fl, R 1) e (f2,
Rl) R 2) sao
(fg, Rg) cont inua~ao analitica
são a continuação analítica direta um
urn do
outr~,
outro, a fun~ao I, definida
função f, definida por

I(z) == f1(Z)
ƒ(z) j,(z) em R1 I(z) =
Rl eE ƒ(z) = h(z)
f2(Z) em R2
R2»,
continua~ao analitica,
eé a continuação j, como de h,
analítica, tanto de fl it região
fz, à. regiao R
Rll U
U R2.

Em geral, os elementos funcionais de que falamos aqui sao são series


séries de
potências convergência. Assim, para continuar
potencias associadas a seus discos de convergencia. cont inuar
analiticamente uma função I, consideremos um
fungiio f, urn certo caminho L, L , que se
origine num ponto da regiao região R, onde f I eé dada inicialmente. Observe que
(f,, R) eé 0o elemento funcional de onde partimos. Desenvolvemos If em série
(f serie
de potencias
potências fl j, relativamente a outro ponto ZI GL
zl E L,, que esteja também
tambem em
R , na expectativa de que 0o disco de convergencia
R, convergência Rl desta serie
série tenha uma
parte fora de R. (j" (fl, RJ)
Rl) eé urn
um novo elemento funcional, a partir do qual
construímos outro elemento (f2,
construimos R 2 ), centrado num ponto Z2
(fz, R2), FIL; e as-
22 E Rl nL;
por diante. Dizemos que estamos continuando analiticamente a fun~ao
sim par função
I ao longo
f lange do caminho L, ou que se trata de uma continua,iiocontinuação analitica
analítica ao
longo do caminho L. Vej amos urn
Vejamos um exemplo concreto.

66.6. função If dada pel


.6. Exemplo. Retomemos a func;ao pelaa serie
série em (6
(6.1).
.1). Seja
zl um
Z, convergência Izl
urn ponto qualquer de seu disco de convergencia |z| < 1, denotado por
R,
R, e seja j,
fl a func;iio
função dada pela serie I relativa ao ponto ZI:
série de Taylor de f zl:

) L°° f<'“‹ ›
j, (z =
oo 11(n) (Zl) ( ) n
f1(2)=š%(2~Z1l n
I
.
Z - Zl
.. (n»)
Onde 11
,› onde
.
(ZI = (
ff )(21) l
n!
-Z1n
) +1
l
n=O

oO raio de convergencia série, como se calcula prontamente, eé 1


convergência desta serie, 1
1-- zll.
zl
convergencia Iz
Seja Rl 0o disco de convergência fz -- zll
zl| < II - zll.
|1 - zl|. Assim, os elementos
funcionais (f, R) e (j"
(fl, RJ)
Rl) sao
são continuac;ao
continuação analítica
analitica direta um
urn do outro.
Capítulo 6: Continuac;iio
Capitulo Continuação anaHtica
analítica 189

Caso 0 :S
É Zl
zl < 1, 1|11 -- zl
2:l|l =
= 11 - zl e Rl C R (Fig. 6.3a);
- Zl 6.3a); neste caso,
h
fl restri~ao de ff e em nada ajuda para continuar ff analiticamente.
eé uma restrição
Mas, em qualquer outra situa~ao zl|l > 11 -
situação (Fig. 6.3b), 1|11 -- zl - I|zl
zl l,|, e 0o disco de
convergência Rl conterá.
convergencia R l contera" pontos fora de R; portanto,
R ; portanto , neste caso, h fl efetua
uma continuação analitica de ff fora do disco original R.
continua~ao analítica R . Observe que que,, em
ambos os casos, a fronteira de Rl passa pelo ponto Zz == 1, 1, que e, é, como já.ja
sabemos,, um
sabemos polo simples da continua~ao
urn pólo analítica de ff a todo 0o plano.
continuação analitica

z
R I •
R Rl ä
I
R

(HJ
(a) (b))
(b

Fig. 6.3

Singularidades
Singulariclades

Consideremos uma func;:aofunção ff,, definida


definida por uma serie série de potências
potencias relativa a
urn ponto 2:0,
um zo, centro de seu disco de convergencia
convergência R. Sejam r o0 raio desse
disco (que supomos finito não-nulo), (Ç um
finito e naa-nulo), urn ponto da fronteira de R e zl Zl
um
urn ponto qualquer do segmento aberto zllÇ zoe (Fig. 6.4).
6.4). Consideremos a serie
série
fun~ao ff relativa ao centro Zzl.
de Taylor da função l. Com isso estamos procurando
continuar ff analiticamente ao longo do raio ZOÇ. zoe·
Esta última
ult ima serie
série tent convergência pelo menos igual itã distancia
terá raio de convergencia distância
I(
|Ç -- zl
zl|l de Zl
zl a ((Fig.
Ç (Fig. 6.4a).
6.4a). Mas 0o raio pode superar esse valor, caso
em que a serie série realmente continua ff analiticamente alem além de seu dominio
domínio
original de defini~iio
definição (Fig. 6.4b).
série for exatamente Ie
Se o0 raio da serie |Ç -- zzl|,
l l, como ilustra a Fig. 6.4a,
6.43., entao
então
a série
serie não
nao nos proporcionará
proporcionara continuac;:ao
continuação alguma.
alguma. Neste caso, dizemos que
(Ç eé uma singularidade da função fun~ao f. Urn
Um caso como este ocorreu no Exem- Exern-
190 Capitulo 6: COmilHl<l(;'ao
Continuação tllJalftjca
arialfiica

plo 6.6. fun~ao considerada nao


6.6, onde na função con tinua~iio analitica
não tinha contiuuaçiio analítica ao longo
raio
do ra io que vai da origem ao ponto 1. Este ponto era uma singularidade
da fun~ao
função., fato este já
ja sabido anteriormente pelo conhecimento da soma da

49 fe
serie.

,
,
"

"
"0
"'
R R

tm
(") un
(h)

Fig. 6.<
6.-1

fcnoOlcno interessante e
Um fenômeno é que toda função definida por
fum;5.o definidl\ par uma serie
série de
potências
potEmcias de raio finito
finito tem pelo menos liuma singularidade na fronteira de
ma singularidnde
~ell
seu disco de convergencia.
convergência. EIt 0o que "eremos
veremos a seguir.

66.7.
.1. Teore ma. Seja fƒ uma fun~ao
Teorema. função definida
definida por uma série
serie de potências
potencia3
I~lativa
reiotivo um ponto ZO,
a urn convergência C, de mio
ag, centro de seu disco de coIH'ef"gencio raio R,
que supomos finito
pe supornos finito e naO-flUlo. Entao ff tern
não-nulo. Então tem pelo fneTlOS
menos llma
uma singularidade
sillgularidade
no fronteira
1;0 jamteiro F F de C.

D emonstra~ao. Suponhamos que ff possa ser continuadn


Demonstração. continuada analiticamente
ao longo de qualquer raio ':0(,
1'.0 .=:llÇ, (Ç variando
\"8rinndo na
un. fronteira Então fƒ
frontei ra F de C. Ent.Ro
pode ser desenvolvida em series séries de Taylor em discos C( 0,; (abertos) centra-
cent ra-
rios ‹,'. Assim, ff prolonga-se analiticamente,
dos em C;. analiticamentc, de forma que seu dominio
original C fica
o:iginnl fica aumentado da uniaounião U de todos
todas esses discos C(. C¿. (Observe
que os ,"alares
Que valores das diferentes continuac;6es
continuações de ƒ/ nos discos C( Cl; coincidem nas
bterse~Oes
interseções desses discos.) Seja G a fronteira de U. Ora., F
U _ Ora, .F eE G São
sao disjun-
tos, pois
tOS, pais F FeUC U e U eé aberto, de sorte que Un U H G = ¢. dv. Entao,
Então, a distancia
distäncifl
tE de FF a U eé positiva
posit iva (d. Assim,, fƒ estars.
(cf. Lema 6.2). Assim estará seodo
sendo continuada
analiticamente a todo um urn conjunto C U U U que contem
contém um disco centrado  
Capitulo
Capítulo 6: ContinuaQiio
Continuação analitica
analítica 191

zo , de raio R + 8.
em 2:0, 6. Em conseqiiencia,
conseqüência, 0o raio de convergencia
convergência da serie
série de
potencias de J
potências zg deveria ser R + 86 e não
f relativamente a Zo Isto contradiz
nao R. lsto
hipotese do teorema e completa eaa demonstra~ao.
a hipótese demonstração.

Vamos dar exemplo de urna função em que todos os pontos da fronteira


uma fun<;ao
de seu disco de convergencia
convergência sao
são singularidades. A fun<;ao
função não
nao eé continwlvel
continuável
além dessa fronteira,
alem fronteira, a qual eé chamada fronteira natural da função.
fronteim natuml Jun,iio.

6.8. Exemplo. Considere a fun<;ao


função definida
definida pela serie
série

00
OO

J (z) =L zn ! = 1 + z + z2 + z6 + z24 + ... ,


ƒ(z):Zz"'i=1+2:+z2+.2:6+z24+...,
n
1.3 =O
ID

convergência eé 1, como se ve
cujo raio de convergencia vê facilmente
facilmente.. Consideremos valores
de z da forma z =: re 2n (Pjq)i, onde 0
regfllp/gli, O < r'r < 1 e p e q sao inteiros, com q > O.
são inteiros, 0.
Então,
Entao,
Zn! : ?,_n.!€21r(pn!/q)i

o que implica zn!


z"'i = rn!
r n! a partir de n = q,
q, visto que, entao,
então, pn!/q
pn! j q eé inteiro.
conseqüência,
Em conseqiiencia,
q-_1l DO
00

J(z ) = L
ƒ(z) _: 92 Zn! + Z 7,111,
zn ! +L r n!,
n =O
112.0 n=q
7l'»:q

N >
donde obtemos, sendo N `> 2q um número
numero inteiro qualquer:

00
DO q-l
Q_1 N
ff
IJ(z) 12:
2 L r n! - L r n! > ZT"'!-q>(N-q+1)rN!~q.
Zrni-Zrni L r n! - q > (N - q + l ) r N ! - q.
n= q
TLZQ n=O
23 = CJ n=q
flz=Q

Ora, esta última expressão tende a N


ultima expressao N + 1-
1 - 2q -› 1. Como N
'Zq com r --> N pode ser
tornado arbitrariamente grande, isso prova que IJ(z)
tomado | ƒ(z)]1tende a infinito
infinito com
z tendendo ità fronteira ao longo do raio z = re 2n (p j q)i . Em vista disso,
re2'”(P/gli. disso, eé
impossível
impossivel que J
ƒ tenha uma continuação analítica
continua<;ao analitica 9 g a uma região
regiiio contendo
qualquer ponto 2:0zo da fronteira,
fronteira, pois 9g teria de ser analitica
analítica em todos os
pontos de um
urn arco da fronteira contendo zg, zo, mas tal arco contemcontém infinitos
infinitos
e2n (P/q)i .
pontos da forma e2”(p/gli.
192 Capitulo
Capítulo 6: Continua,iio anaJitica
Continuação arlalítica

Continua~iio
Continuação analftica
analítica por cadeias

Para melhor compreender a relevância


relevancia do conceito que vamos introduzir
agora, comecemos corn
com urn
um exemplo.

66.9. fun~ao log z, como sabemos, s6


.9. Exemplo. A função fica bem
só fica bern definida
definida
quando restringimos 00 argumento de z convenientemente. Consideremos as
regiões R k como semi
regioes Rz, restri~oes ao argumento
pianos dados pelas seguintes restrições
semiplanos
de z:
br k7r
-k7r<ar
< argzz<kfl-+'.fr
22 < -2 +7r.
g 2. '
Denotemos com corn !kƒk o0 ramo do logaritmo definido semi pianos, isto
definido nesses semiplanos,
e,é, A(z) = log
ƒ¡,(z) logz, corn z restrito aaRk·
z, com Então, (A,
Rk. Entiio, (ƒ¡,, R k e
R¡,)
) é um
urn elemento
funcional ou germe do logaritmo. Observe que os elementos (fk, Rk ) e
(fi,-, Ri.)
(fk+l, Rk+d sao
(ƒ;,+1, Rkil) são a continua~ao
continuação analitica
analítica direta um do outro. Os valores
= -1
kls: == -1,, klc == °
= 0, klc = 11 e lck = 2 nos diio
dão o logaritmo nos semíplanos
semiplanos Rez Re z > 0,
1m °
Imzz > 0, Re z < O e 1m Imzz < 0, respectivamente.
respectivamente. Cada um
analítica direta de seu antecessor ou sucessor imediato,
analitica
urn e é a continua~ao
imediato, mas não
continuação
nao de outro
elemento qualquer. Por exemplo, (11, nao e
R d não
(ƒ1, R1) é continua~ao
continuação analitica
analítica direta
Clíš (f-l,
de R -d·
(_f_1, R_1).
Observe que R2 e R_1 tern uma interse~ao
R -l têm nao-vazia, mas 12
interseção não-vazia, f-l não
fz e ƒ_1 nao
interse~ao. No entanto, e
coincidem nessa interseção. é claro que sendo cada elemento
funcional da sequenciaseqüência

(Í-1,R-1)» (fo, R0)› (fiz-R1), (fiz R2)

continua~ao
continuação analitica então (12,
analítica direta de seu antecessor imediato, entao (fz, R2) deve
ser considerado continua~iio analítica de (f-
continuação analitica I, R_1)
(ƒ_ 1, R - d em
ern algum novo sentido.
Isso nos leva a
à. no~ao
noção de continua~iio
continuação analítica
analitica por cadeias, como definimos
definimos
a seguir.

Definições. Um conjunto de elementos funcionais


6.10. Defini<.oes.

(fl1R1): (f2› R2)1' H: (fr:-1 Ru):

tal que cada um Iié a continua,iio


continuação analitica
analítica direta de seu antecessor ou
sucessor imediato, Iié chamada uma cadeia de elementos funcionais ligando
Capitulo Continua,ao analftica
Capítulo 6: Continuação analítica 193

(h,
(fl, Rd (ƒn, Rn). Cada elemento (fk
R1) a (fn, Ri) da cadeia e
(fi,, Rk) É chamado uma con-
tinuação
tinua9iio analitica de qualquer outro (fj
(ft,-,, Rj)
R j ) (podendo eventualmente, mas
não necessariamente, ser
nao continuação analitica
seT' continuar;iio analítica direta).
Diz-se que uma familia
jam,1ia de elementos funcionais
juncionais (que pode ser finita
finita ou
infinita) e
infinita) é conexa
conecta se quaisquer dois de seus elementos podem ser ligados por
uma cadeia de elementos pertencentes a
periencentes ri familia.
jamz1ia.

Esses conceitos permitem estender uma funçãofun~ao analítica


analitica a partir de qual-
funcionais,, de forma a se chegar a uma "extensao
quer de seus elementos funcionais “extensão
maximal" , isto e,
maximal”, continua~oes analiticas
é, 0o conjunto de todas as continuações analíticas da fun<;ao.
função.
E, ao fazer isso, como jája tivemos oportunidade de ver,
ver , no caso do logaritmo,
podemos voltar, com valores diferentes, a uma regiãoregiao já.
ja considerada. Para
situação, somos levados a introduzir urn
remediar essa situa<;ao, um conceito novo, o0 de
superfície
superjicie de Riemann. Não Nao vamos nos alongar nessa dire<;ao,
direção, mas apenas
apresentar alguns exemplos concretos.

Superficies
Superfícies de Riernann
Riemann

Vejamos como essas ideias idéias se aplicam no caso concreto do logaritmo, que
começamos a analisar no Exemplo 6.8. Os vários
come<;amos varios elementos ali considerados,
(A, Rk), com k variando no conjunto dos
(fa, R¡,,), com lc variando no conjunto dos inteiros, inteiros, sao uma família
são uma familia conexa
conexa
máxima extensao
que faz a maxima extensão possivel
possível do logaritmo. Mas surge aqui um urn novo
fenômeno:
fenomeno: partindo de um urn determinado elemento funcional (f- I, R_1),
(ƒ_1, R _ I ), que
nos da 0o logaritmo no semi semiplano
plano ReRezz > 0, voltamos a este mesmo se-
elernento funcional (/3
miplano com 0o elemento (fg,, R3
R3),), 0o qual, todavia, nao
não coincide
com 0o elemento inicial (f- (ƒ_1, R_1):
1, R-1 ): 0o logaritmo volta acrescido de 2iri. 21fi .
Por causa desse fenômeno,
fen6meno , dizemos que z = = 0O eé um
urn ponto de rami-
fica9iio; e que o0 logaritmo eé uma função
ficação; jun9iio multivalente.
multiualente. Para faze-Ia
fazê-la "univa-
“univa-
lente”,
lente" , somos levados a distinguir várias réplicas dos semiplanos, como R
varias replicas R..1
_I
eR R3.
3 . Para isso, vamos juntando os vários varios elementos funcionais (A, (fiz, Rk)
R;,.) em
seqüência, "colando"
sequencia, “colando” os semiplanos Rg, Rk uns aos outros convenientemente.
Assim, R R_1_I eé colado a R0 Ro no lQ19 quadrante, que eé comum a esses semi-
pIanos; Ro
planos; Rg eé colado a RIR1 no 29 2Q quadrante, que eé comum eles dois, RI R1 colado
Q
a R2 no 339 quadrante, R2 colado a R3 no 49 4Q quadrante etc. Mas observe que
49 quadrante que comparece em R2
o 4Q Rg deve ser distinguido do 4Q 49 quadrante
que comparece em R _ I , bem
R_1, bern assim todo 0o semiplano R3 deve ser distinguido
194 Capítulo 6: Continuar;iio
Capitulo Continuação analitica
analítica

R- l .
do semiplano R_1.
Esse procedimento
procedirnento de colagem sucessiva dos vários
varios elementos funcionais
equivale it constru~ao
à construção que descrevemos a seguir. Consideramos várias
varias
réplicas F¡, do plano complexo (k
replicas Fk (lc variando no conjunto dos numeros
números in-
números complexos z2: tais que
teiros), correspondendo aos numeros

2k7r í argz < 2(k + 1)1T.


2l:1r ~ 1)'¡r.

Fk eé cortada ao longo do semi-eixo positivo,pos itiv~, de sorte que possui duas


arestas, uma delas em que arg argz = 2k1r, chamada 1~
z = 2k1T, 19 aresta, a outra em
que arg z == 2(k + + 1)1T
1)1r,, chamada 2~
29 aresta. Agora colamos a 2~ Fk
29 aresta de F¡,-
na 119~ aresta de F¡,.,.1,
Fk+l, k variando no conjunto dos inteiros. 0O resultado eé
o que se chama a superjicie
superficie de Riemann do logaritmo, uma superficie
superfície "es-
“es-
piralada”,, ilustrada na Fig. 6.5. Assim, partindo de urn
piralada" um ponto z == re iB e
rem
continuamente seu argumento ate
aumentando continuarnente até 0o valor 6IJ +
+ 21T,
211”, atingirnos
atingimos 0o
ponto z' == re iB+ 2r.. Mas observe que z' nao
re'”¡9+2“'. não coincide com z, pois encontra-
em nova folha da superficie
se ern superfície de Riemann, 0o que torna 0o logaritmo uma
fun~ao
função multivalente.
Observe tambem
também que a superficie
superfície de Riemann não fun~ao
nao apenas torna a função
univalente;
univalente' ela faz a extensao
1 extensão maxima fun~ao. De fato , quando conside-
máxima da função. ?

ramos urn
um ramo do logaritmo, como

= logr + iargz,
logz = iarg z, 2k7r
2k1r É + 1)1T,
~ argz < 2(k -|- 1)1r,

por que preferir este a outro ramo qualquer? E evidente que um


urn ramo não
nao
passa de um
urn elemento fimcional
funcional ou germe, não fun~ao em sua totalidade.
nao a função totalidade .

mí _
_"" -___

' . - ' - . . - - - . . Q . _ _ _ _ ._

zu ø ' . ' _ . 'I-


o'- ' , . . Q . o Q _ _ _ -_ _`\ .,

' .ø - u n Q O . _"'‹›_ Z' "\=\

“_ .......... _- ..

{:'-`
Õiíu
...

:1.1 -41
z
_

n
Fig. 6.5
6.11. E Exemplo. fun~ao multivalente
x emplo . Outra função rnultivalente ée a raiz quadrada. Sendo
z =
: re iB , j(z) = rl / leiB/ 2
reta, ƒ(z) : rl/leia/2. Mas o0 argumento IJ6 tern varias deterrnina~6es;
tem várias determinações;
como sabemos, sendo lJo 60 uma delas, as demais sao + 2k1T
são dadas por lJ60o + 2k'rr,,
Capitulo
Capítulo 6: Continua,ao
Continuação analitica
analítica 195

klr variando no conjunto dos inteiros. Assim, ƒ(z) f(z ) =: rl/leifü/Qekm.


rl / leiBo/ 2ehi . Ora,
h i
eef” = I ±1
:l:1,, conforme k seja par ou ímpar,
impar, respectivamente. Então,Entao, sendo
fo 0o valor de f
fg f(z) com lck = 0,
O, vemos que, partindo de z com argumento 1169, 0,
após uma volta em torno da origem no sentido positivo (k
apos (ls: =
: 1), 0o valor de
ƒf passa a ser --fg; fo; uma volta mais (k (lt :
= 2) e 0o valor de f f volta a ser fg.
fo.
Assim, apos após 0o ponto z percorrer duas voltas em torno da origem, ele deve
voltar it posi~ao inicial (Fig. 6.6a).
ã posição 6.6a).

* 4.
4- I 11

O ¡& 0'
_ iq __ Zn

' E "" ¬IL< .J

(ff)
(a) (b)
(b)

Fig. 6.6
observa~6es mostram que 2:
Essas observações urn ponto de ramifica~ao
z =: 0 eé um ramificação da
fun~ao
função raiz quadrada; e para formar sua superficie
superfície de Riemann bastam ape-
nas duas réplicas
replicas do plano complexo, FüFa e F1 nota~ao usada ha pouco.
Fl na notação
Colamos a 2"- Fo com a 1"-
29 aresta de F0 Fl e a 29
19 aresta de F1 Ft com a
2;; aresta de F1
19 aresta de Ft.
1"- F1. A Fig. 6.6b ilustra um
urn caminho fechado simples em volta
superfície de Riemann.
da origem nessa superficie

6.12. Exemplo. Vamos estudar a fun<;ao


função

f (z ) = J
ƒ(z) z 2 -1
\/zg JZ+1vZ=1.
- 1 = \/Z + 1\/z- 1.

fazê-la univalente, cortamos 0


Para faze-Ia (-oo, --1]
o plano ao longo dos semi-eixos (-00, lJ
e [1 +00), atraves
[1,, +oo), através das restri<;6es
restriçoes

-11" <
-'n'<arg(z+1)
arg(z 1) + <
<'¡r
11" < arg(z - 1) <
e 0O<arg(z-1) <2rr.
211".

Obtemos assim uma região funções JZ+1


regiao (Fig. 6.7a) onde ambas as fun<;6es \/z + 1 e
vZ=1 sao univalentes, portanto, onde ée tambem
¬,/z - 1 são também univalente a fun<;ao
função orig-
J z222 -- l.1.
inal \/
Outra possibilidade consiste em cortar 0o plano complexo ao longo do
segmento [-1 l-1,, 1], de modo que, se um
urn contorno fechado simples C envolver
196 Capitulo Continuação analitica
Capítulo 6: Continua<;ao analítica

o ponto 1, ele teni


terá. necessariamente de envolver 0o ponto --11 (Fig. 6.7b).
um ponto z se desloca ao longo de C
Dessa forma, se urn C,, no sentido antihonirio
antihorário,,
voltando a posi~ao
ã posição inicial, os argumentos de z +
+11 e z - 1 ficam
‹- ficam aumentados
21r e J(z)
de 211" inicial. Novamente aqui, J
ƒ(z) volta ao valor inicial. f eé univalente na
regiao considerada,
região consider ada, mas possui dois ramos, dependendo do valor escolhido
num ponto qualquer. Por exemplo, seja Zo 2:0 == 3. Como sabemos, há. ha dois
possíveis para y'zo
valores possiveis \/.i0_-_Í, são \1'2
- 1, que sao \/2 e -\1'2, arg(z0 -1)
-\/2, conforme arg(zo - 1) seja
urn múltiplo par ou impar
um multiplo 2ir,, respectivamente. Analogamente, y'
ímpar de 211" + 11
Zo -|-
\/z0
pode assumir os valores +2 e -2. Então, Entao , os possíveis J(zo) sao
possiveis valores de ƒ(z0) são
2\1'2
2\/2 e -2\1'2;
-2\/2; uma vez escolhido urn um desses valores, J f fica
fica determinada em
região que estamos considerando.
toda a regiao

fr
.z
c
C
sf Z

z+ 1
HI Z`1 l
- 1 o + I

aeu 13

-_ I1 O + 1

(0)
(a) (b)
(bl

Fig.
Fig. 6.7

juntar esses dois ramos convenientemente para construir a


Temos de iuntar
superfície de Riemann de J.
superficie f. Para isso, réplicas FI
isso , tomemos duas replicas F1 e F2 do
plano complexo cortado ao longo do segmento [-1, [-1, 1], correspondendo aos
dois ramos de f. J. Cada réplica
replica possui duas arestas, ao todo arestas,,
to do quatro arestas
duas inferiores A _ e
A- B- B _ e duas superiores A+ e B+ (Fig.
Bi (Fig. 6.8a). Obtemos
superfície de Riemann colando A-
a superficie A _ com B+ Bi e A.-,
A+ com B B-.
_. Assim, umurn
ponto que part a de z =
parta = 2 em FI F1 e se desloque no sentido positivo no con-
torno circular de centro z = 1 e raio r = 1/2,
tomo 1 /2, ao atingir a aresta A+ passa
para F retorna ao ponto 2:z =
2 ; e, depois de mais meia volta, retoma
F2; = 2, mas agora
em F2. Continuando por mais meia volta, volta, retornamos a F F1,
I , onde mais meia
volta nos leva ao ponto inicial z = 2 em FI F1 (Fig. 6.8b).
Capitulo
Capítulo 6: Continua<;iio
Continuação anaJitica
analítica 197

FI Fl
F,

l‹ A+
Ah -+1 -1- -- -~2
""
"
|l

I,:
"
"
F2 h F~
Fo
B, *
lIJ B É 0-1-1 -l~ ---~ 2-

(H)
(a) (fz)
(b)

Fig. 6.8

fun~6es multivalentes aqui considerados sao


Os exemplos de funções são relativa-
superfícies de Riemann podem ser facilmente visua-
mente simples, e suas superficies
nao e
lizadas.. Em geral isso não
lizadas é assim, mas em muitas aplica~6es
aplicações basta 0o co-
nhecimento de ramos particulares, que obtemos freqiientemente
freqüentemente sem muita
dificuldade.
dificuldade.

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

Nos Exercs. 11 a 7,
7, construa a.
a superficie
superfície de Riemann da função
fUD{:ao dada.

1. ƒ(z)=z1/3.
1. J(z) = ZI/3 . 2. ƒ(z):
2. (z-1)2~f3.
J (z) = (z _ 1)2/3 .

fez) = zm
3. ƒ(z) /n , on
2""/"', de men
onde m e n sao números naturais, com n > 1.
são nllmeI'OS

fez) = zo)
4. ƒ(z) zu, fr
cr irracional.
irracionaL J(z) =
5. ƒ(z) = (Z2
(22 _
- 1)1 / 3.
1)l(3. J(z) =
6. ƒ(z) = v'Z'+J.

fCz) = ¬,/z(z:9
7. ƒ(z) JZ(Z2 -- 1). Sugestão:
Sugestiio: Considere dUM replicas do plano complexo, ambas
duas réplicas
cortadas de --11 a zero ce de 11 a 00.
oo.
198 Capitulo
Capítulo 6: Continua,ao
Continuação analitica
analítica

._ ¡

FUNQOES
FUNÇOES ANALITICAS
DEFINIDAS POR INTEGRAIS
DEFINÍIÍDAS INTEGRAlS

Urn exemplo interessante de continua~ao


Um analítica e
continuação analitica é fornecido pela
chamada "fun~ao gama”, uma importante fun~ao
“função gama", função especial que aparece
freqüentemente, matematica pura como nas aplica~6es.
freqiientemente, tanto na matemática aplicações. Para estu-
dar esse exemplo, devemos primeiro considerar, de um
urn modo geral fun~6es
geral,, funções
definidas
definidas por certas integrais.

6.13. Teorema. Seja ƒ(z, f(z, ()


Ç) uma função
fun,iio continua
contínua das variaveis
'variãueis z e
(,
Ç, onde 2:z varia
'varia numa regiiio
região R e (Ç esta
está restrita a um contorno limitado
C . Suponhamos que ƒf seja analitica
C. analítica em z E R para todo (Ç E C. Então,
Entiio, a
fun,iio
função
F(z› = fc
F(z) = [C frz. odc
f (z, ()d(

eé analitica
analítica na regiiio R,
região R, e F'(2)
F'(z) =
= [C fc Õ8f~;. () de·
dÇ.

Demonstração. Faremos a demonstra~iio


Demonstra,iio. demonstração no pressuposto de que C seja
urn arco regular,
um regular, ao qual se reduz facilmente 0o caso geral em que C seja
composto de uma sucessiio finita de arcos regulares,
sucessão finita regulares , bastando para isso
substituir a integral sobre C por uma soma finita finita de integrais sobre arcos
Assim,, supomos que C seja dado por uma parametriza~iio
regulares. Assirn parametrização (Ç =
=
((t)
Ç(t) == §(t) + i'T}(t),
~(t) + i17(t), t variando num intervalo (a, b).
urn contorno fechado simples, envolvendo 0o ponto z, e to
Seja A um do con-
todo
região R,
tido na regiiio R, juntamente com seu interior. Pela fórmula
formula de Cauchy,

F (z) = J...,
2n:dc
r d( Jr f()..)..-z, () d)".
A

Utilizando as parametriza~6es
parametrizações dos contornos C e A, A, essa integral repetida
pode ser escrita como soma de integrals repetidas, envolvendo inte-
integrais reais repetidas,
contínuos. Em tals
grandos continuos. tais integrais podemos inverter a ardem
ordem das inte-
gra~6es; após recomposi~iio
grações; apos integrais complexas, chegamos a
recomposição das integrals à conclusao
conclusão
de que podemos inverter a ordem das integra~6es
integrações na última expressão acima
Ultima expressiio
e escrever:
F‹z›-Ê 1 1-,- 1
n:t /A ]Cf‹›‹.odc.
F(z) = -2' f().., ()d(,
d)"
AA - Z C
Capitulo
Capítulo 6: Continua9iio
Continuação anaJitica
analítica 199

ou seja,
seja)
1‹¬(z) ~
F(z) =- Ê1 ( F(,A)
/A F(À) d,A.
Ã-_-zzo.
2mJA,A-z
Provamos, assim, que F F satisfaz a fórmula
formula integral de Cauchy, 0o que
permite provar que F F tem
tern derivada (ou seja, eé analítica), fizemos na
analitica), como fizemos
demonstra~iio do Teorema 3.16 (p. 103).
demonstração 103).
Falta provar que a derivada de F F pode ser calculada por deriva~iio
derivação sob
integra~iio na defini~iio
o sinal de integração definição original de F. Para isso, utilizamos nova-
mente a mudança integra~iio , assim:
mudan<;a da ordem de integração,

1 (F(,A) 1 { d,A (
F'(z) `
mz) = 27ri J A (,A
211féÁ _ z)2d,A =_ 23m;
(ÀFÊ.-B)2dÀ 27ri /A
J A (,A _ z )2 fc
(À CíÀz)2 Je fo'
f(,A, ()d(
Cldç
= { d,A
za Í{ L f(Àz
f(,A, (C)) d,A Õf(×\,
8f(\ Ç)
dzx == f{ -_--. ()
JÍC
e .J A
A (,A
(À -- z)2
2:)2 JcC 8,A
Ô/\

Isto completa a demonstra~iio.


demonstração.

6.14. Teorema. Seja C um contoroo


contorno nao-limitado,
não-limitado, indo para infinito
infinita
ao longo do eixo OxOs: ou em qualquer outra dire9ao.
direção. Suponhamos que as
condi9iies
condições do teorema anterior estejam satisfeitas em qualquer parte limitada
de C
C' e que a integral
1~¬‹z›= fa fez
F(z) = odc
f (z , ()d(

seja uniformemente convergente. Então


Entao as conclusões
conclusiies do teorema anterior
permanecem validas.
válidas.

Demonstração. Cn a parte de C no circulo


Demonstra9ao. Seja Cn círculo de centro na origem e
raio n. Pelo teorema anterior,

mz) = [C
Je, f‹z, odé
Fn(z) = { f(z, ()d(

eé analitica,
analítica, e F~ (z) == Í{ 8f~, .
() de. Aplicando 0o Teorema 4.6 (p. 123)
Jen
Cn Z
como se a seqiiencia
seqüência FFnn fosse a reduzida Sn
sn de uma serie
série uniformemente
convergente, teremos:

F"(z) = limF~(z)
F'(z) = = lim
límF,,;(z) = límÁ:{ 8f~
dÇ , () d( == /C{ 8f~,
dÇ, () de
Jell z Jc z
200 Capitulo
Capítulo 6: Continuagao
Continuação anaiitica
analítica

ou

e isto conclui Iia Jemonstra~ao.


demonstração.

Um teorema analogo
análogo a este ultimo
último pode ser formulado, com a hipotese
hipótese
de que a integral se estenda sobre um contorno limitado C, mas o0 integrando
Ç) tenda a infinito em um ou em ambos os extremos de C. (Veja 00 Ex-
f(z, ()
ƒ(z,
1 adiante)
erc. 1 adiante).. Veremos a aplica~ao
aplicação de urn fun~iio
um tal teorema no estudo da função
garna,
gama, consider ada logo a seguir.
considerada seguir.

A fun"ao
A funçao gama

A chamada funfiio
função gama aparece em varios dominios
domínios da Matematica,
Matemática, sejam
de natureza puramente teorica, aplica~oes. Ela foi introduzida por
teórica, sejam nas aplicações.
Euler como extensiio
extensão do fatorial de um
urn numero
número inteiro positivo. Come9amos
Começamos
observando que repetidas integra90es
integrações por partes nos conduzem a
00
ix)

10
f e-'tndt
.zzreflaz =z n!
nx
Ú

para todo inteiro n 2: 0. Ora, esta ultima


2 O. última integral faz sentido mesmo quando
substituímos n por xas real maior do que -1.
substituimos - l. Isso resulta na fun9iio
função

ƒ(z) = ff z-fezrú,
definida
definida para todo
to do xaz > --1.
l. Generalizando, pois, 0o fatorial
fatorial,, podemos escre-
ver:
00
=
:tl :Í
x! 10 m

e-'tXdt,
e_tt”“dt, arx>-l.
u

> -1.
0
Para evitar esse aix > --1,1, basta escrever :r x-I - 1 em lugar de :13,x, 00 que nos
conduz aà fun9iio
função gama com argumento real real,, denotada por I`(:r):
r(x) :
00
rI¬(:r)
(x) =:Í 10 m

e-
e"tt”`1dt,
_

' tX-1 dt , arx>


> O.
0.
0

Assim, r(n + 1) = n!
I`(n + nl para todo inteiro n 2:
2 O.
0.
A nota~iio
notação z! ate
até que eé a mais logica fun~iio
lógica e natural para indicar a função
(z + 1), e alguns autores chegaram a insistir nela, mas sem sucesso; I`
r1¬(z reaé a
nota~iio
notação consagrada e niio
não ha
há mais como mudar essa situa9iio.
situação.
A última
ultima integral acima faz sentido mesmo quando substituimos
substituímos a
variável real 1:
variavel variável complexa z, desde que façamos
x pela variavel fa~arnos a restrição
restri9iio
Capitulo 6: Continuaqao
Capítulo Continuação analitica
analítica 201

Re z > O.
0. Paxa isso , primeiro separemos as duas integrais impr6prias
Para vermos isso, impróprias
que aparecem na expressão
expressao

1¬(z) = [OC e-*irldi (6.2)


(6 .2)
0

da seguinte maneira:

1 oo
I`(z) =f e¬"tz`ldt-I-Í e_¿tz`1dt. (6.3)
0 1

A segunda destas integrais converge qualquer que seja z, por causa do fator
e- t , que decai fortemente no infinito
e"*, t z - 1 . Além
infinito e domina 0o fator ti'1. AlE~m disso,
convergência eé uniforme, desde que z fique
a converg€mcia fique restrito a qualquer região regiiio
limitada (Exerc. 2 adiante). Portanto, pelo Teorema 6.14, essa segunda
define uma fungao
integral define função inteira, ou seja, analftica
analítica em todo
to do 0o plano.
Ja
Já. a primeira integral s6só converge se Re z > 0,0, em vista do fator r 1 , que
t'1,
tende a infinito
infinito quando t se aproxima de zero. Para provar define
provax que ela define
função analitica
uma fungao analítica em todo 0o semi
semiplano
plano Re z > 0,0, basta notar que,que, dado
urn tal z,
um 2:, existe a > 0 tal que Rez a; e, como a integral e
Re z > a; é imiformemente
uniformemente
convergente nesse dominiodomínio (Exerc. 3 adiante),
adiante), conclufmos
concluímos que ela definedefine
uma fungao analítica de z em todo 0o semi
função analitica plano Re z > 0 (conforme 0o Exerc.
semiplano
conseqüência, a fungao
1 adiante). Em conseqiiencia, função gama, dada pela expressao (6.2), e
expressão (6.2), é
função analftica
uma fungao analítica no semi
semiplano
plano indicado, Rezz > O.
indicado, Re 0.

Continuação analitica
Continuac;ao analítica a todo
to do 00 plano

Observe que

00 _ TL '30 __1)11.
-tt3_1 : t2'-1 ( : ( tTl.+2z`-1

E ÊT
F3 CJ

série que, it
eé uma serie excegao do primeiro termo, converge com Re z > 0;
à. exceção 0; por-
tanto, pode ser integrada termo a termo de t = :0a t == 1:

1-e- ttZ-
l H 1dt = L°° ii/
00
<-lr
-,- 1 tn+z-
-(-l)n!ol _ 1dt== L°° --_-.
tn+z 1dt
‹-lr/fz!
(- l )n/n'
'. 00

!oo
fg 6
ttz ldt=
Z:
n
3= O
‹::›
nl
n. (1
0 nã
23 = O
<:› Z +
Z-l-'rt
n
202 Capitulo
Capítulo 6: Continuac,:ao
Continuação anaJitica
analítica

Substituindo em (6 .3) obtemos:


(6.3)

.az 1ff
r(z) +L
=
+
'.
00

1
e-ttZ-1dt
00

n~O
n=0
(- l )nlnl
Z n
...lj
(6.4)

A serie
série que ai
aí aparece converge uniformemente em qualquer região
regiao cuja
fronteira esteja a uma distancia
distiincia positiva do conjunto formado pela origem
e os inteiros negativos (Exerc. 4 adiante). Exemplo de tal regiao
região éeoo plano
todo do qual se
se eliminam discos de raios /j6 > 0, centrados nos referidos
expressão (6.4) eé a continua~ao
pontos. Portanto, a expressao continuação analitica fun~ao
analítica da função
gama a todo 0o plano complexo, exce~ao
exceção feita do zero e dos inteiros negati-
expressao nos mostra, esses pontos sao
vos. Como essa mesma expressão são polos
pólos simples
resíduos (_l)n
com residuos In!
(-1)"/nl

Exnncícros
EXERCicIOS

1. Seja ƒ(z, Ç) uma fun~ao


f(z, () função continua
contínua das variaveis
variáveis z e (,
Ç, onde z varia UlIma regiao R e
numa região
(Ç esta
está restrita a urn contorno limitado C,
um contarno C , excluidos
excluídos urn
um ou ambos de sells
seus extremos.
Suponhamos que ff seja analítica
allalitica em z E R para todo
todD (Ç E
E CC,, tendendo infinito
tcndendo a infinite
quando (Ç aproxima urn um dos extremos de C;C ; e que a integral que define
define a func;ao
função

F {z) 1
F‹z› ~= / fe. odc
fez, ()d(
C

F (z) e
seja uniformemente convergente. Prove que F(z) é analftica
analítica na região
regiao R, e

f
F{z) =
_ r
Õf(~°-'›Çl
af(z
F(2l-ÍCTCÍÇ
i 8z
, () d(
e

2. Prove que a integral ] 11


oc
00

,e_ft:`1dt
- 't' - Idt converge uniformemente, desde que a variável
variavcl z
fique
fique restrita a qualquer região
regiao limitada.
1
3. Prove que a integral Í ,-'to-I
integral/" e_tt*'_ldt dt converge uniformemente em qualquer semiplano
:J
Re z 2: a> O.
Rez2a>0.
4. Prove que a serie
série em (6.4) converge uuiformemente
uniformemente em qualquer regiao frOl1~
região cuja fron-
teira esteja a uma distancia
distância positiva do conjunto formado pela origem e os inteiros
negativos.
5. I`(z) =
Prove que r{z) = (z -- 1)r {z -- \1).
1)I`(z ). Mais geralmente, prove que

+ n) = (z
I`(z+n)
r{z + n - 1)(z+n-2)...(z+1)zI`(z),
(z+n- 1)(z + n - 2) ... (z + 1)zr(z),
Capitulo
Capítulo 6: Continua<;ii:o analftica
Continuação analítica 203

clande
donde
f (z) _
_ f (z + n)
ç ]Í`(z-I-n) ,_
Halo- z(.z
z(z ++1)(z 2) ..... ."(zí+}z
1)(z + 2) (z + n e 1) '
- 1)"
expressao permite fazer a cont
Observe que esta expressão inua~ao analitica
continuação analítica de r1"(z)
(z) ao semiplano
Re z >
Rez pais 0o segundo membra
I> -n, pois está definido
membro esta definido nesse semiplano,
semiplano, excec;ao
exceção feita dos
pólos 0, --1,
polos 1, -2 . . -- (n -~ 1).
-2.... 1).
6. Calcule fI`(1/2)
Caleule ,fii, lÍ`(5/2),
(1/ 2) == \/TT, r(5 / 2), I`(-9/2); urn modo geral, calcule fI`(n
r( - 9/ 2); de um + 1/
(n + 2),
1/2),
sendo n inteiro qualquer,
senda qualquer, positivo ou negativo. .S'ugestão: mostre que
Sugestiio: Primeiro rnostre
1,00
/O e- " dx
e`*'2 = ,fii/2;
da: = 2; fa,a
faça isso elevando a integral ao quadrado e transformando a
u
integral repetida numa integral dupla. (Veja [A3], Se,. 5.5. )
Seç. 5.5.)

7. Mostre que Í 1,00 e`zt2


e-'" dt define uma função
fun,ao analitica Rezz >
analítica no semiplano Re I> O.
0. Mostr.
Mostre
0
fun~ao tem
ainda que essa função tern CO iDua9ao
continua analitica a todo 0o plano cortado ao longo do
ão analítica
semi-eixo
sem (-oo, 0], dada por \/fr/4z.
i-eixo (-00, J
1r/4z.

 
Capítulo 7
Capitulo

*V \ A

APLICACOES
APLICAÇOES A A DINAMICA
DOS FL UIDOS
FLUIDOS

os
OS MOVIMENTOS FLUIDOS A CONSIDERAR

Veremos, no presente capitulo, aplica~6es simples das funções


capítulo, algumas aplicações fun~6es anali-
ticas à.it Dinamica
Dinãmica dos Fluidos e, e, em particular, it
ã Aerodinamica.
Aerodinãmica. Nossas con-
sidera~6es restringiriio a fluidos perfeitos, homogêneos
siderações se restringirão homogeneos e incompressiveis.
incompressíveis.
Num fluido perfeito a força for~a que uma parte do fluido exerce sobre a parte
adjacente eé devida apenas it pressao , sempre perpendicular it
ã pressão, ã superficie
superfície de
separatjao
separação entre as partes. Na N a verdade, isto nunca ocorre na Natureza, sendo
sendo
idealiza~ao simplificadora,
apenas uma idealização confirmada, com boa aproxima~ao.
simplificadora, confirmada, aproximação,
em várias situa~6es físicas
varias situações fisicas importantes.
importantes .
Faremos a hipótese permane~a homogeneo
hipotese de que 0o fluido permaneça homogêneo e incom-
pressivel durante 0o movimento, de sorte que a densidade de massa.
pressifuel massa p eé cons-
tante em todos os pontos e durante todo 0o tempol. Suporemos também tambem que
o movimento
movirnento seja bidimensional e estacionaxio.
estacionãrio. Bidimensional significa que que..
existe um plano , que tomaremos como 0o plano :rg/,
urn plano, xy, tal que a velocidade se se;
mantenha paralela a este plano, independente da terceira coordenada espa- espa-z
cial z, de forma que 0o movimento eé 0o mesmo em todos os planos pianos paralelos 3D
plano xy, bastando, pois, estudar 00 movimento neste plano. EstacionãrioEstaciontirio eÉ
o movimento cuja velocidade em cada ponto mantém-se mantem-se constante no tempo.
tempo.
1
jr
llfnmogêneo
1 Homog e.neo significa que p se mantém
mantem constante nos diferentes pontos, podendo variar
varia:
com 0o tempo; incompressivel
incompressiuel significa
significa que p se mautem
mantém constante para cada particuia,
partícula, po-
p4>-
partícula para Dutra.
dendo variar de uma particula outra. As duas condi<;oes
condições juntas implicam p constante
em todas as variáveis,
variaveis , espaciais e temporal.
Capitulo Aplicaqi5es a
Capítulo 7: Aplicações ã dinãnnca fluidos
diniimica dos lluidos 205

Conservac;ao
Conservaçao da massa

Denotemos com qq == q y) 0o vetor velocidade no ponto (x


(x, 3;)
q(a:, (zr,, y), de com-
ponentes u == u(x, y) e vu == v(x,
u(:1;, y) v(:r, y). Suporemos sempre que essas fum;6es funções
sejam de classe Cl
C1, , isto e,
é, elas tern
têm derivadas parciais de primeira ordem
contínuas ern
continuas em seus dominios defini~iio. Entao
domínios de definição. Então u e vfv satisfazem a seguinte
equa~ao, chamada equa<;iio
equação, equação de continuidade ou equa<;iioequação de conserva<;iio
conservação da
massa:
m assa:
_. 8u
Ô 8v
Ô
dlvq= 8x + 8y = 0.
dlvqf-ãäí-+-¿š=0. (7.1)

Na verdade, esta equa~ao


equação eé caso particular da equa~ao
equação geral de con-
t inuidade, da qual fazemos uma dedu~ao
tinuidade, dedução em [A3], p. 232
232,, Eq. 7.11 ).
7.11).

Vamos deduzir (7.1) diretamente, considerando 0o fluxo do vetor qq


através de uma curva C.
at raves C . Se ds designa 00 elemento de area
arco ao longo de
C ene n == (n x, n
(nm, ny) unitário normal a
y) 0o vetor unitario ã eurva
curva (Fig. 7.1a), fiuxo..p
o ƒlurro
0 1,l› de
q atraves
através de C C,, no sentido de n,n, e
é definido
definido pela expressao
expressão

1,b=fq-nds (7.2)
C

4 *

nv- /,S
dS-f'
ds ._____,.-..-"' -í

cC ""' C 1 n q
n
n fl
(a)
(a) (b)
(bl
Fig. 7.1
A importância
importancia deste conceito deeorre
decorre do significado fisico
físico de pit,
p..p , que
passamos a explicar. Seja S superficie cilindriea
S' a superfície cilíndrica formada pelos segmentos
206 Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações dinãnlica dos Huidos
ã diniimica fluidos

perpendieularmente ao plano
unitaxios levantados a partir dos pontos de C, perpendicularmente
unitários
:ry (Fig. 7.1b). Entao,
xy (Fig. Então, ao elemento de areoarco ds eorresponde
corresponde urnum elemento
superfície dS
de superfieie d.S' = 1 -. ds,
ds , de sorte que q .- nds eé numericamente
numerieamente igual ao
volume q. q- nds de urn um pequeno cilindro de base dS e altura q. q- n. Ora, q eé 00
deslocamento das partículas
desloeamento partieulas de fluido por unidade de tempo, de forma que
qq-nds
. nds eé 0o volume de fluido
fluido que atravessa o0 elemento de Mea área dS por unidade
de tempo. Em eonseqiieneia,
conseqüência, pq-pq. ndS eé a massa de fluidofluido que atravessa dS
por unidade de tempo no sentido do vetor q q.. Quando integramos sobre
C em (7.2) e multiplieamos
(7 .2) multiplicamos por p,
p, vemos que pi/J eé a massa de fluido
p"lj; fluido que
atravessa a superficie
superfície S S' na unidade de tempo,
tempo , no sentido indicado por n.
integra~ao em (7.2) sera
Notemos que a integração será. negativa naqueles trechos da
curva onde q·nq-n < 0, ou seja, onde 0o fluxo de massa atraves
através de S efetivamente
se processa no sentido oposto ao de n. Assim, pit» p"lj; representa,
representa, na verdade, a
soma algebrica
algébrica de toda a massa que atravessa S no sentido de n; ou ainda, ainda,
pit eé a diferen~a
p"lj; diferença entre a massa que atravessa S' S no sentido de n n e a que
atravessa S no sentido oposto ao de n.
Suponhamos agora que C seja uma curva fechada simples, que esteja
eontida,
contida, juntamente com seu interior, no dominio onde u e Vu sejam de
1 . Seja n a normal externa de C. p"lj; sera a
classe C
C1. n pi/2 será massa total que sai
do interior de S na unidade de tempo, diferen~a entre a que
tempo, ou ainda, a diferença
sai (nos trechos de Conde q. n > 0) e a que entra (nos trechos de Conde
C onde q- C onde
q. n < 0) (Fig. 7.2). Como 0o fluido
q- fluido eé incompressivel, p"lj; eé zero, pois a
incompressível, pit»
massa que efetivamente sai eé compensada pela que efetivamente entra para
o interior de C. Assim
Assim,,

fa q. nds = 0
ƒq-nâszo
C'
(7.3)
(7.3)

e, pelo teorema da divergência


divergencia (p. 90),

Jk
/Í divq dxdy
R
= 0,
dârdy =

Reo
onde R é o interior da curva C. Como divdivq fun~iio continua
q ée função contínua eRe
e R é um
urn
domínio arbitnirio,
dominio arbitrário, 0o teorema da média
media para integrais nos permite concluir
divq
que div q = O. completa a demonstra~iio
0. Isto eompleta demonstração de (7.1).
Capitulo Aplica90es a
Capítulo 7: Aplicações à. diniimica
dinâmica dos fluidos 207

)L---q

k - - - - qQ
n

Fig. 7.2

o
O campo de velocidades e, é, como se vê,
ve, solenoidal, designação
designagao esta que
eé dada aos campos vetoriais com divergente nulo. Como e facil ver, um
é fácil urn
campo vetorial qq e é solenoidal se e somente se seu fluxo e é zero para todo
contorno fechado simples que esteja contido, juntamente com seu interior,
no dominio
domínio onde div q seja continuo.
contínuo.
A lei de conservagao
conservação da massa na forma (7.3) tern
tem como conseqiiencia
conseqüência
que 0o fluro
fiuxo de q atraves
através de uma curva
cursa com origem num ponto P0 Po e extre-
midade num ponto P P nao
não depende da curva, mas somente dos pontos P9 Po e
P. De fato,
fato , se C e C' sao
são duas curvas com a mesma origem PQ Po e a mesma
extremidade P então C -- c'
P,, entao C' eé uma curva fechada (Fig. 7.3); logo,

1
jd q-nds
q.n =0,
ds=O,
lcC-C'
-c1

donde obtemos
rq. nds =
}q-nds=/
JeC'
q. nds ,
q-nds, r
l e'
C'

que eé 0o resultado desejado. (Nesse raciocinio


raciocínio estamos supondo
supondo,, tacitamente,
que 0o interior do circuito C - - C' esteja todo contido no dominio
domínio de q;q ; ou
ainda, que a curva C se deforma na curva C' sem sair do domínio dominio de q.q.))
então que, fixado
Segue-se entao fixado 0o ponto inicial Po
P0 = yg), 0o fluxo 1/J
(rg, Yo),
= (xo, ip dado em
(7.2) passa a ser uma fungao
função do ponto final
final P
P == (x, y), já
(:c,y), ja que pode ser
208 Capítulo Aplica90es a
Capitulo 7: Aplicações ã din8.mica
dinâmica dos fiuidos
iluidos

escrito na forma
zz›=«/›‹P›
7/J zƒppqzna
= 7/J(P) = {p q. nds
)Po
ao
(7.4)

c
cC

P,
P0

Fig. 7.3
Fig. 7.3
fun~iio 7/J
av

Esta funçao 1/1 permanece constante ao longo das trajet6rias


trajetórias das
parl'culas. Para vermos isso, notamos que se Q
particulas. Qeé um
urn ponto qualquer sobre
a trajetória
trajet6ria que passa por P (Fig. 7.4)
7.4),, podemos escrever:
P Q Q
7/J (Q) = {p q.
1/›(Q)=[ nds + (Q q.
q-nds+ƒ nds = 7/J (P) + (Q q.
q-nds=1,b(P)+] nds
q-nds
)Po
P9 ) Pp )p
P

Ora, ultima integral se anula, pois ée feita ao longo da trajet6ria


esta última trajetória por
P, e qq e
é tangente, enquanto n e é normal a essa trajetória,
trajet6ria, de forma que
q- n
q. n = O.
= 0.

n
ll

PP Q
Q

P0

Fig.
Fig. 7.4
Capítulo Aplicaqoes a
Capitulo 7: Aplicações à dinBmica
dinâmica dos fluídos
Buidos 209

Escoarnentos irrotacionais

nova equa~ao
Obteremos agora uma 1l0va equação do movimento, ou escoamento fluido
fluido..
Come~amos com a seguinte integral de !inha:
Começamos linha:
r = fa q . t ds ,
rz/gia, um
(7.5 )
C'
onde C eé urn
um caminho fechado, que supomos seja simples e em cujo interior
fun~6es u e vfu sejam de classe C
as funções C11 e t éeo o vetor unitario
unitário tangente a C.
Essa integral rF eé chamada a circular;ao
circulação do campo de velocidades q ao longo
da curva C. Observe que 0o produto q. q - tt eo é o valor escalar da velocidade
circula~ao r
tangencial, de forma que a circulação l¬ é,
e, de fato, uma medida de quantaquanto
as partículas fluidas tendem a circular ao longo do circuito C. Por exemplo,
particulas fluidas
vamos supor que 0 movimento seja uma rota~ao rotação pura, a velocidade sendo
sempre perpendicular ao raio vetor rr == (x (sc,, y), como ilustra a Fig. 7.5a. It
então que a circulação
claro entao circula~ao de q sera
será positiva ao longo de cfrculos
círculos centrados
na origem e percorridos no mesmo sentido de q. Por POl' outro lado, se a veloci-
constante, a circula~ao
dade for constante, circulação sera
será zero ao longo de qualquer circuito C C,,
fácil entender por que: a contribui~ao
e eé facil contribuição it à, integral em (7.5)
(7'.5) sera
será. positiva
na parte de Conde
C onde q.q- t > 0 e negativa onde q- q . tt < 0 (Fig. 7.Sb).
7.5b).

Í _
q
__ Í

I---~q fl
+
+\-----~ ++
++ ----:+~--
+
(cz)
(a) (b)
(Ô)
Fig. 7.5
Fig. 7.5
A circula~iio fun~ao do circuito C. Considerando este circuito
circulação eé uma função
como constituido
constituído das mesmas particulas do fluido
fluido,, ele se deforma com 0o
Um teorema fundamental, devido a Lord Kelvin (e que
passar do tempo. Urn
não vamos demonstrar aqui)2, afirma que a circula~ao
nao circulação permanece constante
20
20 lei t or pode encontrar a demonstra<;ao
leitor referencias [elJ
demonstração desse teorema nas referências [C1] e [MIl.
[M1].
210 Capítulo 7: Aplicações
Capitulo à. dinamica
Aplica<;oes Ii dinâmica dos fluidos
fiuidos

com 0o passar do tempo. Ora, na hipótese


hipotese de que 0o movimento se origina do
circulação ée inicialmente zero; logo, sera
repouso, a circula~ao será. zero por todo
to do 0o tempo.
Esta ée a hipotese
hipótese de que 0o movimento seja irrotacional. Vejarnos a que
rrrotacional. Vejamos
equa~ao
equação diferencial ela nos leva. Para tanto, basta notar que

fc fc
oO=/q-tds:/'u.da:+'vdy.
= q . t ds = u dx + v dy.
C C

equa~ao passa a ser


Aplicando 0o teorema de Green (p. 90), esta equação

f//R'rJR (av _au)


311 Ôu
=
fa
ax r al
ay dm” H °=
dxdy 0,

Rea
onde R é a região
regiao interior ao circuito C. Finalmente, como 0o integrando
eé uma fun~ao contínua eeRe
função continua R é uma regiao
região arbitraria,
arbitrária, obtemos a seguinte
equa~ao
equação diferencial:
do du
-ãfãzo (rs)
(7.6)

Como ée fácil
facil ver, as equa.<;6es
equações (7.1) e (7.6) sao equa~6es de Cauchy-
são as equações
fun~6es u e -v,
Riemann para as funções -'v, de sorte que a fun~ao u-'iv e
função u-iv é analitica.
analítica. Isto
estabelece uma liga~ao
ligação muito importante e útil fun~6es
uti] entre a teoria das funções
analíticas homogêneos,
analiticas e os movimentos bidimensionais de fluidos que sejam homogeneos,
incompressíveis, estacionários e irrotacionais. De fato, uma das maneiras
incompresslveis, estacionarios
de encontrar esses movimentos consiste em determinar soluções solu~6es de (7.1) e
(7.6), satisfazendo certas condi ~6es adicionais, chamadas condi<;i5es
condições condições de con-
torno. Mas, por causa da mencionada ligação
tomo. liga~ao com as funções
fun~6es analiticas,
analíticas, a
determina~ao
determinação dos fluidos pode ser feita mais facilmente partindo de funções fun~6es
analíticas concretas, como veremos adiante.
analiticas

As funçoes
func:;6es potenciais

A Eq. 7.6 nos diz que a diferencial

nda: + vdy
udx

Aliás,
Alias, estes livros apresentam os fundamentos matemáticos
apreseutam 05 Dinâmica. dos Fluidos de
matematicos da Dinamica
maneira precisa, clara e sucinta.
Capitulo Aplica90es a
Capítulo 7: Aplicações à dinâmica
dinamica dos fluidos
fluidos 211

ée exata, já
ja que sua integral ao longo de qualquer curva fechada C e é zero
([A3], p. 208). Logo, fun~ao ¢
Logo, existe uma função çb = ¢(x
‹,t›(:r:,, V)
y),, chamada potencial de
velocidade, tal que
velocidade,


Õ 8¢
6
u'u.=£~, v=-8%;
= 8x' v = 8y; ou
ou q=grad‹;5
q = grad ¢ (7.7)

(7.1),, verificamos
Substituindo (7.7) em (7.1) qb satisfaz a equa~ao
verificamos que ¢ equação de Laplace:

Õ2 Õ2
AÇÓ + ¬ Ú. (7.8)

Vemos assim que a fun~ao função ¢ça e


é harmônica,
harmonica, possuindo, pois,
pois, derivadas parciais
de todas as ordens.
Seja tb = !/J(
!/J : 1,b(:r:,
x, yy)) a conjugada harmônica
harmonica de ¢da.. Pelo que vimos na p.
Ill, iu e
111, !/J é determinada a menos de uma constante aditiva. Suas curvas de
nivel,
nível,
1,b(:r,y)
!/J(x = const.,
,y) =
cruzam as curvas de nível
nivel da função
fun~ao ¢ gt em angulo
ângulo reto em todo
todD ponto onde
gradi/1 oF
grad!/J çé 0O (ou grad ¢ oF
gradçb 76 0). Ora, como q = grad ¢, qb, vemos que, onde
ocampo
o campo vetorial q q for diferente de zero, ele e é perpendicular asàs curuas
curvas
eqüipotenciais
eqiiipotenciais
y) = const.
‹z5(:c,, y)
¢(x
e tangente as
às curvas !/J
tb = são, pois,
= const. Estas curvas sao, trajetórias das
pois, as trajet6rias
particulas, ou linhas de corrente3.
partículas, correnttil.
De acordo com a fórmula
formula (3(320) fun~ao !/J,
.20) da p. 113, a função chanlada função
1,/1, chamada fun9iio
corrente, e
de corrente, é dada por

(far)
(X'Y) (Iza)
l (X,Y)
«.1›a.;‹z) = za + l/(XO,Yo)
!/J(x , y ) = !/Jo +
(-'«Po.yn
lady
¢ xdy -
- ¢ads
ydx == !/Jo
wo + j(XO,Yo)
(ru-yo)
wi -- vdx,
udy vdz.
rpg ée uma constante arbitraria
onde !/Jo integra~iio se processa ao longo de
arbitrária e a integração
qualquer caminho C ligando (xo, (x,
(330, yo) (:r, V). Se ds designa 0o elemento de
YO) a
3eOrn hip6tese que fazemos de que 0o escoamento seja estaciomirio
3Com a hipótese estacionário,, esses dois conceitos
coincidem.. Fora dessa hipotese,
coincidem hipótese, as ttrajetórias
rajet6rias sao
são diferentes das linhas de corrente. Estas
definidas como as curvas em cada um de cujos pontos as dir
são definidas
sao e ~6es da tangente e da
direções
velocid ade coincidem. Ora, se a velocidade variaI'
velocidade variar com 0o tempo em cada ponto,
ponto , as linhas
linbas
llao coincidirao
de corrente. em geral, não coincidirão com as trajetórias.
trajetorias .
212 Capitulo Aplicaqi5es a
Capítulo 7: Aplicações à. dinâmica
din8.mica dos fluidos

areo
arco ao longo de C e n =
= (nxI' y1 ) 0o vetor normal unitario
(nl-,, nnm) unitário,, entao
então ([2], p.
201
201))
dx = -nyds e dy =
da: = = nxds
n__¬,ds,,

de sorte que
(I. y)
(X'Y)
uaw=a+[l(XO,yo)
,p(x, y) = ,po +
(Infra)
sua
q. nds

eonstante ,po,
lsto mostra que, a menos da constante
Isto 1,l› e
1/19, ,p fiuxo do campo de veloci-
é 0o flazo 'veloci-
dades qq atrapes (mg, Yo)
atraves de qualquer curva ligando (xo, (ai, y), isto e,
yg) a (x, é, a mesma
grandeza dada em (7.4).
Com a not a~iio z =
notação x+
= :B + iy fun~ao analitica
iy,, a função analítica

F(Z) =
F(z) = 1>(x, y) + i,p(x,
¢(1v. y) i1J›(flrz if)
y)

eé ehamada
chamada 0o potencial complexo do movimento. Observe que

1‹¬'(z)=
F'(z) ax
= 1>x +ézp,,,
+ ax --z;¢›,,
i,px = 1>x zau -- iv,
i1>y = az,
expressão w(z) =
de sorte que a expressao = F' (2), e
F'(z), é chamada, apropriadamente, de
velocidade
'velocidade complexa. 0 modulo da velocidade, por sua vez, resulta ser
O módulo

Iql
|<1|= vu
= \/U22 + vU22 =
= 1F'(z)l·
|F"(Z)|-
F' (z) = 0O -_ e, conseqüentemente,
Os pontos z2: onde F'(z) conseqilentemente, q = 0O -- sao
são ehamados
chamados
pontos de estagnaqiio.
estagnação.
Como mencionamos atras,atrás, um modo pratieo
prático de eneontrar possiveis es-
encontrar possíveis
eoamentos
coamentos bidimensionais de fluidos eonsiste
consiste em partir de exemplos eonere-
concre-
tos de fun~6es analíticas F (z), 0o que e
funções analiticas é muito mais faeil
fácil do que resolver as
equa~6es
equações diferenciais parciais (7.1) e (7.6) _ - ou sua equivalente (7.8). A
partir de agora, e nas se~6es
seções seguintes, desereveremos
descreveremos varios
vários exemplos de
correspondentes a potenciais eomplexos
escoamentos fluidos eorrespondentes complexos dados.

Exemplos basicos
básicos

Exemplo . Consideremos a fun~ao


7.1. Exemplo. função

F(z) == oz,
az,
Capitulo ApJjca~8es it
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica dos fluidos
fiuidos 213

onde c> + ib e
of = a + é uma constante. Temos:

F'(z) = c> = a+ib


:oz

e
e F(z)
F (z) = (ax
(aa: - by)) +
- by i(b:rr +
+ i(bx + ay),
de sorte que
desorteque
‹;5=a:1;'-by
<p = ax - by e 1/J = bx + ay,
¶,b=b:1:+ay,
u'a=a
= a e vU:-b.
= - b.

o
O escoamento fluido
fluido ocorre em todo
todD 0o plano complexo, as linhas de
corrente sendo dadas pela famnia
família de retas paralelas,

ba: + ay =
bx = const.

e as linhas eqiiipotenciais familia de retas ortogonais,


eqüipotenciais pela família

ax -- by == const.

Como se ve,
vê, e como já
j a sabemos, as retas de cada família
familia cruzam as retas da
familia ortogonalmente (Fig. 7.6). 0O escoamento e
outra família é uniforme ao longo
de retas paralelas, com velocidade complexa F'(z) o: = a +
F '(z) = c> + ib = u -
- iv
iv,,
por isto mesmo chamado escoamento paralelo. 0O escoamento e é paralelo ao
eixo Ox, da esquerda para a direita, quando c> a = V > 0, O, V
V sendo entao
então a
velocidade do escoamento.

ax -› by = const.

q bx + ay = COllst.
const.

Fig. 7.6
7.2. Exemplo. Vamos considerar 0o potencial complexo
F (z)=z2,
F (z) = z2,
214 Capitulo Aplica,oes a
Capítulo 7: Aplicações à diniimica
dinâmica dos iluidos
fluídos

x > 0, y >
restrito ao primeiro quadrante 11: > O. Como

F(z) (zz: + iy?


F (z) == (x iy)2 = x 2 -- y2
= :U2 y2 + 2ixy
2i:1:y,,

vemos que
VBÍIIOS qufi

‹;ó=fv2-1/2 e 1/›=2r‹ry.
de sorte que as linhas de corrente sao
são as hipérboles
hiperboles

= const.
xy =

e as linhas eqiiipotenciais
eqüipotenciais as hipérboles
hiperboles

:E2 - y2 == const.

Novamente observamos que as linhas de corrente cruzam as linhas eqiiipo-


eqüípo-
tenciais ortogonalmente, como ilustra a Fig. 7.7. (Veja tambem
também 0o Exerc.
13 da p. 62.) A velocidade complexa eé dada por

F'(z) = 2z = 2x
F '(z) =2z + 2iy = u - iv ,
2$+2z`y='a-ii),

de sorte que u == 2x2:1: e v == -2y.


Como se vê,ve, 0o presente potencial complexo descreve um escoamento
fiuido no 12
fluido 19- quadrante, as partículas
particulas se deslocando ao longo das linhas de
corrente no sentido indicado na Fig. 7.7a, a velocidade no ponto (x (sr,, y)
sendo dada por q = 2(x , -y)
= 2(:r, -y).. Os semi-eixos QxQzr e Qy Saosão como paredes
fixas que se encontram na origem
fixas origem,, onde formam um lingulo
ãngulo de 90°. Esses
semi-eixos podem ser consider ados como linhas de corrente particulares;
considerados
mas entao
então,, uma partícula
particula descendo para a origem ao longo do eixo dos y
tem velocidade decrescente, que atinge 0o valor zero na origem origem.. Por outro
lado, a partir da origem, a velocidade cresce de zero a infinito infinito ao longo do
eixo dos rc.
x.
E claro que 0o potencial que acabamos de analisar representa um escoa-
É
mento fluido
fiuido em cada urn um dos quatro quadrantes, nos semi pianos, ou no
semiplanos,
plano todo (Fig. 7.7b). Em qualquer desses casos casos,, a origem ée um ponto de
estagna~ao.
estagnação.
Capitulo Aplica90es a
Capítulo 7: Aplicações à. diniimica
dinamica dos fluídos
Buidos 215

1
= const.
¡ I/Jdr ::::.

g ,¿_¿L_,
- (a)
(H)
- WF _L
(b)
U1)
Fig. 7.7

Exnncícros
EXERcicIOS

1. No Exemplo 2 atnis partícula que se desloca ao longo do eixo Oy


atrás,, prove que uma particula
Dunea alcan<;a-la
tende para a origem sem nunca alcança-la em tempo finito.
finito.
2
2. Fac;a urn estudo completo do escoamento fluido associado ao potencial F(z}
Faça um F(z) == iaz
iazf, ,

onde a > 0,
ande U, indicando as linhas de corrente, linhas eqiiipotenciais,
eqüipotenciais, eventuais pontos
estagnação e velocidadc.
de estagnac;ao velocidade. Fac;a
Faça urn
um grafico.
gráfico. Considere também caso a < O.
tambem 0o case
3. Mostre que 0o campo de velocidades dado por q = = a(x, O) e
o:(:1:, 0) é irrotacionaI, nao
irrotacional, mas não
solenoidal. Explique por que ele não corresponde,, fisicamente,
nao corresponde fisicamente , ao escoamento de um urn
incompressfveL Fac;a
fluido incompressível. Faça urn
um gnifico.
gráfico.
4. Mostre que 0o campo de velocidades dado por q =- w(-y, x) e
o.:(-y, 1:) é solenoidal, mas DaD
não ir-
rotacional. Most-re ele corresponcie
Mostre que elc corresponde a um
urn movimento rigido,
rígido, como ao de urn
um solido
sólido
rotação, com velocidade angular w em volta da origem. Fac;a
em rotac;ao, Faça urn
um graJico.
gráfico.

FQNTES, SUMIDOUROS
FONTES, sulvrmounos EE VORTICES
vónfrrcns
Como vimos atras,
atrás, os escoamentos Buidos
fluidos que estamos considerando sao são
solenoidais. Para estes campos vale a Eq. 7.3, que expl'ime
exprime 0o fato de que 0o
Buxo
fluxo do campo de velocidades atraves
através de qualquer curva fechada C eé zero.
zero.
Mas isto deve sel'
ser entendido no pressuposto de que a curva C e seu interior
estejam contidos no dominio
domínio de analiticidade do potencial complexo F F(z)
(z)..
216 Capítulo Aplica90es a
Capitulo 7: Aplicações à dinamica
dinâmica dos fluidos
fluidos

fun~ao po
Esta função pode
de ter singularidades e a integral (7.3) pode não nao ser zero para
uma curva C envolvendo singularidades.
Vma singularidade Zo
Uma F (z ) chama-se fonte
zg de F(z) Jonte ou sumidouro, conforme a
integral em (7.3) seja positiva ou negativa, respectivamente, onde C eé uma
curva fechada simples envolvendo Zo zg uma vez no sentido positivo.
Jonte e sumidouro correspondem as
Os nomes fonte possíveis situa~6es
às duas possiveis situações
fisicas:
físicas: sendo positivo 00 fluxo (7.3) (7.3),, isto indica que existe massa saindo efe-
através de C
tivamente atraves C,, 0o que revela ser Zo zg uma "fonte"
“f0nte”,, onde a massa estaestá
contrário, 0o fluxo
sendo criada. Ao contrario, fluxo sendo negativo, isto indica que a massa
está sendo consumida em zo
esta 2:0,, e este ponto age como urn um "sumidouro"
“sumidouro” de
massa. 0O valor absoluto desse fluxo eé tomado como medida da intensidade
da fonte ou sumidouro.
sumídouro.
VUmm pouco atras
atrás fizemos
fizemos a hipótese
hip6tese de escoamentos irrotacionais, para
os quais a circula~ao
circulação definida
definida em (7.5), fosse zero. zero. Mas nisto estaestá implicito
implícito
que a curva fechada C e seu interior estao estão no dominio
domínio de regularidade do
movimento. Pode acontecer que parte do interior de C C' nem seja ocupado
fluido,, como veremos adiante; ou 0o interior de C
pelo fluido C' contenha uma ou mais
singularidades do potencial complexo. (Veja 0o Exemplo 7.3 adiante.) Nesses
circula~iio l¬,
casos a circulação definida em (7.5) pode não
r, definida nao ser zero; ela representa
então
entiio uma medida do que 0o escoamento tem de componente “circulatória”. "circulat6ria".
Por isso mesmo uma singularidade Zo torno da qual rI` #
zg em tome aê 0O eé chamada
oórtice de intensidade F.
vanice r.
oO fluxo e a circula~ao
circulação podem ser calculados, separadamente, efetuando-
integra~6es em (7.3) e (7.5)
se as integrações (7.5),, respectivamente. Mas ha há. um
urn jeito mais
fácil de se fazer isso, calculando uma única
facil unica integral complexa. Basta notar
que
fa
C
F'(z)dz = fa
C'
- iv)(dx + idyl
(fu. -1§'u)(d:c
(u idy)


= fa
udx
C
+ vdy + i udy
ud:1:+'vdy+iƒ udy-fudzr.
- vdx . faC
Mas, pelo que vimos atrás,
atras, estas duas últimas são, respectivamente,
ultimas integrais sao,
a circulação l` e o fluxo Q do campo de velocidades relativos a
circula~iio reo à curva C:

fac
rrzƒq-tds
= q. tds ee Qzƒq-ads.
Q= q. nds. fac (19)
(7.9)

Portanto,
faif 1‹¬*'(z)dz z r1¬ + éQ
C'
F'(z)dz = iQ
Capítulo Aplicaqoes a
Capitulo 7: Aplicações à. diniimica iluidos
dinâmica dos fluídos 217

ultima integral e
Observe que esta última é a própria varia~ao de F (z) em volta
propria variação
de C de forma que podemos escrever:

r1¬ + iQ
‹¿Q = fa F'(z)dz z [1‹¬(z)]C.
F'(z)dz = [F (z)lc· (mo)
(7.10)

7.3. Exemplo. 0O potencial cornplexo


complexo
ra
I<
F (z) = -2.logz log z
7r'
tem uma singularidade em z = 0,
tern D, mais precisamente um urn ponto de rami-
ficação.
fica,ao . Sendo C qualquer curva fechada simples com z = = 0O em seu interior,
sabemos que [log zlcz]<;r = 27ri.
21ri. Daqui e de (7. 10) segue-se que z = 0O e
(7.10) é um
urn
vortice
vórtíce de intensidade l" r = rs:I< e Q = 0). 0).
Para visualizarmos 0o escoamento, introduzimos coordenadas polares,
pando z = re
pondo iB :
rem:
I< .
F(z) : - . (logr + ,e),
= -è%(logr id),
2n
de sorte que
/sd e ..p = -I<
q:, = I<e -ztlogr
logr.
fi _ a 6 1” " T
27r 27r
Vemos assim que as linhas de corrente ..p 2,/1 =
= canst.
const. sao
são as
os circulos
círculos centrados
na origem, rcr =
= canst.; eqüipotenciais q:,
const.; e as linhas eqiiipotenciais qi == const.
canst. são os raios pela
sao as
origem,, e
origem 6 = const. (Fig. 7.8).

0°(gfll se
Fig. 7.8
A velocidade complexa e
é dada por
par
,
F'(z) _ -il<
= -'i/sí = -imã _ -I«
-il<-Z = --r¿(yy+ix).
+
F (Z) 27r
21rzz _ 27rr2
2'n"r2 2'rr'r22
27rr ''
218 Capitulo ApJicaqoes àa diniimica
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
Buidos

logo,
_ -I<Y
-sy _ I<X
sa:
U=-- e v= --2'
U_É e U_É
2m· 2
27rr
nmn ponto Zo
A velocidade num = re
zg : iO
Teia eé tangente ao círculo
circulo Tr = const. e tem
tern
módulo Iql
m6dulo |q| = sz/21rr; ela está
= I</27rT; esta dirigida no sentido anti·horario ré > 0O e no
anti-horário se I<
sentido horario H: < 0.
horário se I< O. Observe que a intensidade da velocidade,

|F'<z›| == 2:r'
|q| == IF'(z)1
Iql

cai como 1/T


cal l /r com 0o crescer de T.
r. (Compare este fato com 0o analogo
análogo do
movimento rigido
rígido do Exerc. 4 atras.
atrás.)) Este e
é o
0 chamado escoamento de
rotação pura.
rotaqiio pu-ra.

7.4. Exemplo. Vamos estudar 0o escoamento fluido


fluido associado ao po-
po·
tencial complexo
I<
F(z) =V
F( z)= V2:z + - .logz,
logz, (7.11)
27rt
onde V V > 0 rs < O.
O e I< 0. Como se vê,ve, este potencial e
é a superposi<;ao
superposição dos
potenciais correspondentes a um rota~ao pura.
urn escoamento paralelo e a uma rotação
oO escoamento tem urn ponto de estagna~ao
tern um Zo =
estagnação em zg fin:/21rV,, pois
= il</27rV

1‹¬'(z)
F , (z) = VV -- -52% V ((11z-_o- )
il< = V
27rz Z
(712)
(7.12)

Analisemos 0o comportamento desta fun~ao


função nas proximidades de z = zoo
= 20.
Como
z0_ 2:0 ç_ç_ç Í DG zg-z n
Zo Zo 11 ç _200 (zo-z)n

-;=
z (z-zo)+zo
(z- zg) +20 l- =
1 - (zo z)/zo F5 /äx ~
(zg --z)/2:0 =];
8* '\___/ `
I-°
,
segue·se que
S€gLl€-SG (1116

, V (z - zo) 2 27rv2 2
F (z) =
F'(z) : Y + O[(z -- zo)
z0)2]] = - .- (z - zo) + O[(z -- z0)2].
- ag) zo) ].
Zo tl<
Vemos assim que, nas proximidades do ponto de estagna~ao
estagnação z == Zo,
zg, 0o es-
coamento aproxima-se daquele correspondente ao potencial complexo

i1rV 2
i7rV
Fo (z) =
FD(z) = --(z
:(z - - zU)2.
zO) 2
-K.
Aplica,oes a diniimica
Capitulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos 219

Ora, este eé do tipo estudado no Exerc. 2 atnis,


Ora, atrás, onde a constante a deve
~7rV2 /1< > 0
ser tomada igual a -irl/2/H: ~ zg.
O e substituir z por z - zoo Isto nos permite
grafico das linhas de corrente do potencial (7.
construir 0o gnifico 11) localmente nas
(7.l1)
proximidades do ponto 2:z = : Zo
zg (Fig. 7.9).

z ¡-

z,

-=---------
zu
jm

Fig. 7.9
Voltando it
a Eq. 7.12, vemos que 0o escoamento apresenta um vortice
vórtice na
rota~ao pura, no
origem, em cujas proximidades ele se aproxima de uma rotação
sentido anti-horario,
anti-horário, pois I<
rc < O.
0. Daí
Dai 0o aspecto das linhas de corrente nas
proximidades da origem, como ilustra a Fig. 7.9.
Observemos agora que

F'(z ) ->V
F¡(z) --+ V com zz->oo,
--+ 00,

como vemos por (7.12). Isto significa que 0o escoamento se aproxima de um


urn
infinito, com velocidade V, ao longo do eixo dos :it
escoamento paralelo no infinito, x.
Finalmente notamos que

(vx
1‹¬(z)=(vz+
F (z) = + ;:)
a +z: (v;z,z- âiogf),
+i ~ 10gr) ,
(Vy 2:
de sorte que
1/J Vy
ip == Vy -
fe
I<
logr.
2- log
~ ~
27r
fr
r.
Ora, fun~ao e
Ora, esta função é par na variavel sr:
x: .'

1/J( ~ x, I-U)
¡›b(_$=~ y) =
: 1/J(x,
w($=~ y).

Isto significa que as linhas de corrente sao


são curvas simetricas rela~ao ao
simétricas em relação
eixo Oy, como ilustra a Fig. 7.9.
220 Capitulo Aplicaqi5es a
Capítulo 7: Aplicações à dinamica
dinâmica dos fluidos

Exsncícros
EXERcicIOS

1. No Exemplo 7.3 atras, r eQ


atrás, calcule I` Q diretamente de (7.9), cnde C' e
onde C é uma curva fechada
simples,
sim ples, positivamente orientada e que: i) nan
não envolve a origem; ii) envolve a origem.
2. Estude 0o escoamento correspondente ao potencial complexo

F (z) = .!L
F(z) log z, q real.
älogz,
21r
Mostre que a origem e genuína se q > 0, sumidouro
é uma fonte de intensidade q (fonte genuina
se q < 0)
0);; que 0o escoamento não v6rtices; que a velocidade e
tem vórtices;
nao tern é radial e comporta-se
como l1/r.
IT. DêDe uma interpretac;ao fisica a este fata,
interpretação física fato, explicando por que, fisicamente, a
velocidade nao
não poderia variar como loglogr1' au Ira com ll'
ou l1/tr” 75 l.
cu =j:. 1.
3. Estude 0o escoamcnto
escoamento resultante da superposição rotação pura [F(z) =
superposic;ao de uma rotac;ao
(q/ 27ri) log
(q/21ri) logz)
z] com 0o escoamento radial do exercicio
exercício anterior
anterior,, isto
ista é,
€i, com potencial
qfi qQ
F (z) =
F(Z) 2 log z+ -2.logz.
= šlOg3+Êl0gZ.
1r 1r'

Mostre que agora a origem e é fonte ce vórtice


vortice ao mesmo tempo,
tempo , ambos com a mesma
intensidade q. Mostre que as m linhas de corrente sao são espirais logadtmicas
logarítmicas centradas
na origem (0 justifica a designa~ao
(o que justifica designação de vorlice
nrirtice espiralado que se da
dá a tal tipo de
singularidade)
singularidade)..
4. Em continua~ao
continuação ao exercicio anterior
anterior,, estude 0o escoamento resultante do potencial
q
F(z)
F (z) == ä Iogz + 2".logz,
2 logz+ logz,
1r 1r'

hipoteses de q e K.
sob as varias hipóteses ra serem positivos ou negativos.
5. Estude 0o escoamento correspondente ao potencial F(z) = a/z a/ z,, a> 0. Mostr~
a > O. Mostre ququee
nao possui fontes ou vórtices.
ele não v6rtices. Faça
Fa<;a urn
um grafico
gráfico das linhas de corrente e das linhas
eqiiipotenciais.
eqüipotenciais. Estude a varia<;ao
variação da velocidade ao longo
lango de uma linha de corrente.
tambcm 0o caso a < 0O e 0o caso a =
Considere também = ib com b real.
6. Estude 0o escoamento resultante do potencial

PQ):
F( z) = ....'L log z + 0 =
Zgílügíüí Ú 2çTlog(z+e);6log(z-E),
q log (z + 0) -log(z - 0)
47ft" Z - e 27f 2e '

onde q e cE sao
são positivos. Mastre
Mostre que este escoamento possui uma fonte ern em 2:z = -e e
= -E
um sumidouro em z = c,
urn E, ambos de mesma intensidade q. Observe queque,, quando e ---+
-› 0O,,
exercício anterior com a == q/
o potencial aqui considerado tende ao potencial do exercicio 2rr.
q/2112
Par causa disto 0o escoamenta
Por exercício anterior ée chamado de "doublet".
escoamento do exercicio “doublet”.
7. Esboce as linhas de corrente e linhas
lin has eqiiipotenciais
eqüipotenciais do escoamento associado ao po-
pa-
tencial
Fiz Z _ Z1
F(z) = ~logZ-ZI.
F(z) 2rr~ log Ez --_ Z2
Zz I

Mostre que zl
Zt e Z2
zz sao v6rtices de intensidades
são vórtices intcnsidades K, -az, respectivamente.
sz e -K.,
Capitulo Aplica<;i5es it
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica dos fluídos
Buidos 221

8. não considerados no Exemplo 7.4: V > 0O e '"ra > 0,


Estude os casos DaO U, V < 0O e K,rt < 0,
0,
V<0ea>u
V < 0 e K, > O.
9. Estude 0o escoamento associado ao potencial FF(z) Vez +
(z) =- V a log z, com V > 0O e a > 0,
+alog 0,
descrcvendo gráfico das linhas de corrente, velocidade, pontos de estagn~ao,
descrevendo 0o gnifico estagnação, etc.

ESCOAMENTO EM VOLTA
DE UM CILINDRO CmCULAR
CIRCULAR

o e
O problema que vamos resolver agora é 0o de achar 0o potencial complexo de
urn escoamento fluido
um fluido em volta de um urn cilindro circular de raio R, colocado
perpendicularmente ao plano xy. Fisicamente, a situa~iio situação corresponde a
perturbar um
pertiubar urn escoamento paralelo, com a introdu~iio
introdução do cilindro. O 0 resul-
tado sera urn escoamento com linhas de corrente que se aproximam de retas
será um
paralelas, tanto mais quantaquanto mais nos afastarmos do cilindro. A veloci-
dade do fluido tambem
também sera tanto mais próxima proxima da velocidade da corrente
não-perturbada quanta
niio-perturbada quanto mais longe do cilindro estiver 0o ponto considerado.
Suponhamos 0o cilindro centrado na origem, de forma que 0o movimento
domínio Izl
se passa no dominio |z| > R. Seja Woo ww == U oo ~
oo.: - ivoo
ivo., 0o valor da velocidade
complexa do escoamento não-perturbado.
niio-perturbado. Com a inserção
insen.iio do cilindro vamos
obter urn
um escoamento regido por um urn potencial complexo F F (z) tal que a
velocidade F' (z) devera
F'(z) fun~iio regular no dominio
deverá. ser uma função domínio Izl|z| > R, apro-
ximando o0 valor V V>0 O com Izl ---> oo. Entiio
-› 00. Então 0o desenvolvimento de Laurent
de F' (z) referente a à. origem devera
deverá assumir a forma
, Cl C2
F'(z)=v+°-1+°-2+...,
F (z) = V + - + 2" + ... ,
z z22
|z|>R.
Izl > R.

Portanto, a menos de uma constante aditiva (irrelevante na obtençãoobten~iio da


velocidade, das lin has de corrente e das linhas eqiiipotenciais),
linhas eqíiipotenciais), devemos ter:

F(z)
F(z) =z Vz C1 logzz ~ -C2c3z
vz + c1log c
C3
2;, .
~ - 2 ~ ...
2z
(ms)
(7.13)

Introduzindo coordenadas polares,


polares, pondo tambem
também

C_¡'=(l._-¡'+ib¡', j=1,2,...,

teremos:
_
iO . . a2 + ib
` 2 - iO
. a3 + ib
'b3 -20
F(z) = Vre'9 +(al+2bd(logr+211)~
F(z)=Vre +(a1 + ib1)(log'r + id) - Ê7&e_*6 e ~ e_29
- 22 e ~ ..
. ...
r r
222 Capitulo 7: Aplicações a diniimica
Aplica90es à. dinamica dos fluidos
Buidos

As funções go e ,p
fun~6es cp 'gb podem agora ser obtidas facilmente. Esta última,
ultima, em
particular, sendo a parte imaginaria
imaginária de F(z), e
F (z), é dada por:
POI':

i 1,/1 = VrsenB + alB + bllogr


Vrsen9+a16+b1logr
ag sen 6 ~
a2senB bz cos 9 a3sen2B
- b2cosB ag sen 26' -
- bbg3 cos2B
cos 26
+
+ --=._- +
T - - - " - -c +
r
írg?
2r-
+
+ " . ;E

ou ainda,
au

a2 + Vr2
V2
Il: = a19+b1logT+-(%`l-send
alB + b,logr + senB
r
b
b2 a
a3 bb3
- -2cos6l+
-cosB+ - %sen26-
, sen2B - -%cos9+...
2'2 cosB+".
rr 21°
2r- P'
2pz

Observamos agora que 0o contorno do cilindro rr -= = R deve ser uma linha


de corrente, logo ,p = const. se r1' = R.
'df = R. Isto ocorreni
ocorrerá. se tomarmos

zz1=o,.zz.2=-1/R2, õzzo e ‹.-3=¢,=...=o.


Com isto 0o potencial complexo passa a ser

RZV
F(z) = Vz +ib1logz + -7.

bll ée uma constante real.


onde b
A presen~a
presença do logaritmo em F(z) indica que 0o escoamento correspon-
dente a esse potencial pode ter
tel' circulação.
circula~iio. Sendo C uma curva orientada
que envolva 00 cilindro Izl
|z| =
= R uma vez no sentido anti-hodrio,
anti-horário, teremos:

fg
1 1‹¬'(z)âz
Jc F'(z)dz z [1‹¬(z)]C =z ibl[log
= [F(z)Jc âz›1[1‹z›g zJc
z]C == -21l'b
-2».-fa..
. l.
fluxo Q e
concluímos que 0o fluxo
Daqui e de (7.10) concluimos circula~iio tem
é zero e que a circulação
intensidade K. = 21l'b
H. = 21rb1.l . E
E mais apropriado escrever F(z) em termos deste
parâmetro K.,
parametro rf., da velocidade V no infinito e do raio R do cilindro:

F ‹z›
F(z) == Vz
V + 2,,rs: «ez
z 21l"
+ -¬l
K.
-.logz+
-|- -
í.-.
R2V
Z
z ‹ ›
(7.14)
7.14

oO caso em que K.ra: = 0, isto e,é, sem circula~iio,


circulação, eé mais simplese fica para ser
simples e fica
leitor
analisado pelo lei exercício. Vamos tratar o0 caso K.rt < 0, procurando
tor como exercicio.
Capitulo Aplicac;i5es a
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica. dos fluidos
Buidos 223

os possíveis estagnação. Para isso devemos achar os valores z que


possiveis pontos de estagna~ao.
anulam a velocidade complexa F' F'(z) . Como

2
Flfzl =V+'-L"
21rzz
Hz
z2

equa~ao F' (z) =


a equação =0O se escreve:
escreve:

z 2_ W- z -_ R
R 2:
2 iK 2
--
gflvz =00,
27fV '

raízes sao:
cujas raizes são:

zl == ¡Í_% az ,/R2 -l(.z/41-fv)1'. (7.15)


(7.15)

oO caso mais simples eé aquele em que não ha circula~ao:


nao há. circulação: '"sz =
= 0 O e os
pontos de estagna~ao
estagnação estão
estao em z2: == ±R
:ER (Exerc. 11 adiante). Se '"
rt < 0,0, temos
três casos a considerar:
tres

19 caso: '"
1Q ft < -41rVR.
-4fl'VR. Entao
Então as duas raizes em (7.15) sao são distintas
imaginárias. Como seu produto e
e imagmanas. é --R2,
R2 , somente uma delas estara no
fluido, Izl
dominio do fluido, |z| > R. Neste caso o0 escoamento tem
tern 0o aspecto indicado
na Fig. 7.10.
29 caso: '"rc =
2Q = -47fV R. Agora as raízes
-41rVR. raizes em (7.15) são
sao coincidentes e seu
valor comum ée Zo = iR. 0
zg = O escoamento esta
está ilustrado na Fig. 7.11.
339-Q caso: -47fV
-41rVRR < '" O. Neste caso as duas rafzes
is: < 0. raízes estao
estão simetrica-
mente dispostas em rela~ao
relação ao eixo OyOy,, portanto seus m6dulos
módulos sao
são iguais
estagna~ao sobre 00 cilindro Izl
a R. Temos assim dois pontos de estagnação = R eo
|z] = e o
escoamento apresenta 0o aspecto ilustrado na Fig. 7.12.
224 CapItulo Aplicaqaes ãa diwimica
Capitulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
Buidos

_
q-II-I-'_
mlí- m

Fig. 7.10
Fig. 7.10

Fig. 7.11

_*

In.
É

I.- Í

Fig. 7.12
Capítulo 7: Aplicações
Capitulo ApJica<;i5es itã dinamica
dinâmica dos fluidos
Buidos 225

nxnncícros
EXERCICIOS

1. Discuta 0o escoarnento
escoamento resultante do potencial (7.14
(7.1-4)) com K.
rt == O.
0. Analise a situac;ao
situação
não
DaD somente no dominio
domínio exterior aD tambem em Izi
ao cilindro, mas também |z| < R. Observe que
nas proximidades de zz == 0O 0o escoamento se aproxima daquele corresponciente
correspondente a umurn
doublet (Exerc. 5 atras ). A Fig. 7.13 ilustra as linhas de corrente externamente ao
atrás).
cilindro.
2. V > 0O e K,ra > O.
Discuta 0o Exemplo (7.14) no caso V 0.
3. Considere 0o escoamento em volta de urn um cilindro circular de raio R, cuja velocidade
ia
complexa no infinito
infinito scja
seja agora Wwo.,
oo == Ve-
Ve"° e não
DaO V. Ista
Isto signifiea
significa que a velocidade
infinito sera
vetorial no infinito será 0o vetor qm =
vetar q= = V(cas
V(cos oofii +
-+- sen oj
orj), modulo V
), de módulo V,, fazendo urn
um
ãngulo aof. com 0o eixa
angulo Ox. Mostre que esse escoamento ée dado peto
eixo Oz. pelo potencial complexo
2
K, Rw
R2 wo;
F(z) -w.,.,z+%¿1‹›gz+
F (z ) = w=
21ft
Í.
z + - . log z + - -=-.
z
(7.1s)
(7.16)

===~n
R/3:.f
--~ :::===:::-
------
:_¶\__._,_./,-_-__--___*
Fig. 7.13
Fig. 7.13
ESCOAMENTO EM VOLTA
DE UM CILINDRO QUALQUER

Na se~ao
seção anterior a hipotese
hipótese de que 0o cilindro fosse circular levou ã a deter-
minação dos coeficientes
mina<;ao coeficientes em (7.
(7.13) à. obtenção do potencial (7.
13) e aobten<;8.0 (714).
14). No caso
de um
urn cilindro qualquer, esse método
metodo já não eé aplicll.vel,
jll. nao determina~ao
aplicável, e a determinação
do potencial complexo tem
tern de ser feita de outra maneira.
Todavia,
Todavia, mesmo com a forma genérica
gen<irica (7.13), podemos calcular a cir-
cula~ao
culação e provar que ao coeficiente
coeficiente Cl
cl deve ser um urn número
numero imaginário.
imaginll.rio. De
fato, sendo CC' uma curva fechada simples envolvendo 00 perfil perfil do cilindro no
sentido positivo, de (7.13) obtemos:

[F (z))c == 27ric1'
[F(z)]g 2'rr'ic1.
226 Capitulo 7: Aplicações
Capítulo a diniimica
Aplica~Oes ã dinâmica dOB Buidos
dos fluidos

Daqui e de (7.10),
(7.l0), concluimos
concluímos que

rI' == -2:dm cl
-2rrImc1 e 27TRecl.
Q == 2rrRec1.

Estas rela~iies
relações nos mostram que 0o número
numero CI cl deve ser imaginario
imaginário para que 0o
fluxo Q seja nulo. Portanto, se rc circula~ao , entao
rt eé 0o valor da circulação, c1 = rc/
então CI K./2m'
27Ti
e 0o potencial tern
tem a seguinte forma
forma::
rcfr
_ Vz -l- 2% _2
OO
00 en
ea
F(z) -
F (z) =Vz+-. logz
log z- " _?
( _ 1)Zn_1,
) I ' (7.17)
27r'Z L n - l z1t
n=2
:S na

esta última serie sendo convergente para Izl


ultima série R , onde Izl
|z| > R, |z| :É
-: : R eé qualquer
disco que contenha 0o perfil
perfil do cilindro.
Resta esclarecer por que 0o fluxo Q eé zero. Para isto basta lembrar que 0o
perfil
perfil do cilindro eé uma linha de corrente; logo,
logo, atraves
através dela, Q = = O. Como
a integral de F' (z) ao longo dessa curva tem tern 0o mesmo valor imaginario
imaginário
se efetuada ao longo de qualquer outra curva que 0o envolva, segue-se que
Q= a O através
atraves de qualquer dessas curvas.

A DIN.AMICA
DINAIVIICA DO MOVIIVIENTO
MOVIMENTO

Até agora temos discutido escoamentos fluidos


Ate fluidos somente do ponto de vista
cinemático, sem qualquer preocupação
cinematico, preocupa~ao com as for~as
forças envolvidas
envolvidas.. Vamos
for~a que se origina da pressao
cuidar disto agora, analisando a força pressão p.

sS

n
ll

Fig. 7.14
Fig. 7.14
superfície fechada S, seja n 0o vetor normal unitário
Dada uma superficie unitario externo,
isto e,
é, dirigido para fora de SS (Fig. 7.14). Entao,
Então, num elemento de superficie
superfície
dS, a for~a
força de pressão
pressao que 0o fluido
fluído no interior de S exerce sobre 0o exterior
eé (pds) n , enquanto que -(pds)
(pds)n, -(pd.s)n for~a, de fora para dentl·o,
n eé a força, dentro, no mesmo
Aplicac;iies a
Capitulo 7: Aplicações diniimica dos fluidos
à. dinâmica tluidos 227

superficie dS. Em conseqiiencia,


elemento de superfície for~a de pressao
conseqüência, a força resultallte,
pressão resultante,
que 0o fluido exterior a S exerce sobre esta superficie,
superfície, ée dada por

-J h
-/Lpnâs. pndS.

No caso bidimensional a que estamos restritos, S eé uma superficie cilin-


superfície cilín-
drica de altura unitária,
unitaria, levantada sobre uma curva fechada C, C , como na p.
Então, dS = 11 .- ds, onde ds ée 0o elemento de arco ao
205 (veja a Fig. 7.1). Entao,
longo de C, e a integral anterior passa a ser

--/Cpnds= J
ic pnds = --/p(n_›,;,
p(nx , ny)ds.

n11 ée agora a normal externa referente ao contorno C.


Vamos transformar esta ultima
última integral numa integral dupla sobre a
região R, interior a C. Para isto basta notar que ([2], Se~.
regiao Seç. 6.5)

/Cpnrds =
icpnxds = Ji ~:ôp
ãšdxdy
dxdy ee Lpnyds =
icpnydS Ji ~~õp
: //R íydxdy;
dxdy ;

for~a sobre C, devida it


portanto, a força à pressao
pressão externa, eé dada por:

-]pnd.s=-[/
- ic pnds = -
C'
Vpdady.Jk
\lpdxdy.
- R

Como se vê,
ve, a expressao
expressão --Vp
\lp tem
tern 0o significado
significado de força
jor9a por unidade de
volume, pois produz a for~a
força resultante sobre R quando integrada sobre esta
regiiio
região (ou melhor, sobre uma regiao cilíndrica, correspondente it
região cilindrica, ã superficie
cilindrica 5' referida acima).
cilíndrica S
Vamos, em seguida, obter a equa9iio
equação de conserva9iio
conservação do db momento linear,
linear,
segunda lei de Newton (for~a
correspondente ita seguuda (força: = massa x>< acelera~ao).
aceleração). Uma
dedução dessa equagao,
dedugao equação, numa situagao
situação geral
geral,, esta Se~. 7.2.2,
está feita em [A3], Seç.
Exemplo 3. Faremos aqui uma dedu~iio dedução apropriada às as hipoteses
hipóteses em que
estamos trabalhando.
Come~amos
Começamos por observar que ppea é a massa por unidade
uuidade de volume e --Vp \lp
for~a de pressão,
a força pressiio, tambem
também porpar unidade de volume. Entao, Então, desprezando
equa~ao
forgas, a equação
quaisquer outras forças,

dq- =
dq
dt =
Pp_
dt
-VP
-\lp (7.18)
( 7.18 )
228 Aplica!foes a.
Capitulo 7: Aplicações à dinarnica
dinâmica dos fluidos
Buidos

dq/dt
exprime a segunda lei de Newton, pois dq/ acelera~ao. Notando que
dt eé a aceleração.

q = q(x, y) = (u(x, y), v(x, y)) ,


e usando também
tam bern a Eq. 7.6, obtemos:
dq da: dy dz dy
:zz =
dt
=
+ “ya “fa +
= (uns, + vox, nuy + voy).

equa~oes escalares:
Com isto, a Eq. 7.18 se desdobra nas seguintes equações

p(uu_,- + vox) = -pr e p(uuy + voy) = -py. (7.19)

equa~oes obtemos facilmente uma importante equa~ao,


Destas equações equação, devida a
Daniel Bernoulli. Para obte-la, equa~oes (7.19) significam
obtê-la, basta notar que as equações
que
Õ p(u2 + 712) __ Ô p(u2 + 1:2) _
õz ( 2 +19 E dy 2 +13 _ U'
Concluímos, pois, que
Concluimos,
W2 -A 7 20
(7.20)

q2 == uu22 + vU22 e A eé uma constante. E


onde q2 É esta a anunciada equa,iioequação de
Bernoulli.
Na se~iio
seção seguinte usaremos a Eq. 7.20 para deduzir a celebre célebre formula
fórmula de
Joukovski,, que permite calcular a for~a
Kutta e Joukovski força que umurn fluido em movimento
exerce sobre umurn corpo nele imerso. Um Urn caso tipico
típico dessa força
for<;a eé a chamada
jor9a de levantamenta,
força responsivel pela sustenta~ao
levantamento, responsável sustentação do vao võo de urnum aviao.
avião.
Mesmo sem fazer qualquer calculocálculo,, mas apenas com um urn simples exame
da Eq. 7.20, podemos compreender o0 surgimento dessa for~a. força. Como pre-
liminar a esse exame, notemos que 0o movimento uniforme de urn
!iminar um aviao
avião na
atmosfera eé dinamicamente equivalente ao movimento contririo contrário da atmos-
fera, com 0o avião
aviao parado. Isto resulta da observa~ao
observação do fenômeno
fenameno de urn um
fixado no aviao.
referencial fixado avião. (Alias,
(Aliás, eé essa equivalencia
equivalência - conseqüência do
- conseqiiencia
princípio da relatividade da Mecânica
principio Clássica -- que permite
Meciinica Classica perrnite o0 estudo do
vôo túneis de vento, ou tuneis
voo em tuneis túneis aerodinamicos
aerodinãmicos.) .)
Consideremos, pois, uma asa de avião aviao representada pelo seu perfil perfil no
plano :cy
xy (Fig. 7.15) e imagine-mos
imaginemos um urn escoamento fluido com pontos de
Aplicaqi5es àit diniimica
Capitulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
Buidos 229

estagnagao
estagnação em P P e Q no referido perfil.
perfil. 0O eseoamento
escoamento come<;a
começa com veloei-
veloci-
dade V V no infinito it
à esquerda, bifurea-se
bifurca-se em P
P,, voltando a reunificar-se
reunificar-se em
Q, para, finalmente, velocidade V
finalmente, reassumir a veloeidade infinito it
V no infinito à. direita. lnvo-
Invo-
quemos agora a Eq. 7.20. 7.20. Ela nos diz que a velocidade aumenta quando
a pressão pressao aumenta.
pressao diminui e diminui se a pressão aumenta. Portanto,
Portanto, se os pontos
de estagnagao
estagnação forem tais que o0 areoarco superior PAQ
P AQ seja mais longo que 0o
arco P EQ, aa. velocidade
areo inferior PBQ, veloeidade do fluido
fluido ao longo do primeiro desses ar-
terá de ser maior que a velocidade ao longo do segundo areo,
cos tera arco, pois as
particulas que se bifuream
bifurcam simultaneamente em P P devem ehegar
chegar no mesmo
instante em Q. Assim
Assim,, a pressão
pressao sera
será maior na parte de baixo da asa do
que na parte de cima,
eima, e, eonseqiientemente,
conseqüentemente, as forgas
forças de pressão
pressao terão
terao uma
resultante dirigida de baixo para eima,cima, que ée a força
forga de levantamento ou
sustenta<;ao.
sustentação.
conseguir esse resultado e
Evidentemente, para se eonseguir neeessario produzir o0
é necessário
eseoamento
escoamento deserito
descrito aeima, estagnação P e Q
acima, com os pontos de estagnac;ao Q convenien-
conseguir isto ée uma questao
temente posicionados. Como eonseguir questão ãit parte, sobre a
qual voltaremos a comentar mais adiante.

A
.
_.. _. Q
“W ,Je
_/

Fig. 7.15

Faro;;a sabre um cilindro


Força sobre cilindra e formula
fórmula de Blasius

Calcularemos agora a resultante das forc;asforças de pressao


pressão sobre um urn eilindro
cilindro
de segao arbitniria, imerso num fluido
seção transversal arbitrária, fluido de escoamento dado por
(7.17)
(7.17).. Seja C
C' 0o perfil
perfil do cilindro no plano xy, = (nx,
xy , n = (n,,,, ny)
ny) sua normal
externa e ds 0o elemento de arco
areo sobre C. Entao,
Então, pelo que vimos na seção sec;ao
anterior, essa resultante de forças será dada por
forc;as sera

f=Xi+Yj:-jgpnds.
f=Xi+Yj= - kpnds .
230 Capítulo Aplica9i5es ità diwimica
Capitulo 7: Aplicações fluidos
dinâmica dos fluidos

Introduzindo aa forma
Introduzindo complexa fƒ =
forma complexa =XX -- iY,
iY, ee levando em conta
levando em conta que
que

'n._,,ds =
nxds = dy e nyds =
= -dx,

expressiio anterior e
a expressão é equivalente a

ff z X
X -- iz1Y
Y == kÃ? -p(nx
-p(n,, -- iny)ds == -/Cp(dy
- kP(d Y + idas)
idx)

= kp(dx -idy)
-if p(d:c
-i
C
- idyl = Paz
-if pdf
= -i k
C

eliminar p. Notando que q2 =


Em seguida utilizamos a Eq. 7.20 para e!iminar =
ww,
wíñ, onde w =
= w(z) F' (z)
= F'(z) é
= e a velocidade complexa, obtemos:

ip Jr (
. =2 2A) az. 2A
ff=X-éY=Í/
= X - ,y ww + p
(w>zõ+-)dê.
2 ec P
Ora, 2A/pP ée constante e a integral de az
Ora, 2A/ dê e
é zero, como se verifica
verifica facilmente;
logo,
logo ,

ff = X-éyzä/wma
. = iPJ
X -,y -
2 e
-
wwaz
2 c
ip
ÍP
= 2
r
-2-Á:[w
?2
Je [w -dz
_
+ w(waz
dz+w(wd§-wdz)].
- wdz)].

Como w = u - iv, temos:


w=u-iv,

waz-wdz
Édš - wdz = 2ilm(waz)
2é Ir11(Wdš)
= + iv)(dx
22' In1[(u +
2ilm[(u - idyll
i'u)(da: - '¿dy)]
=
= -2i(-udy+vdx)
-21l(-udy + vdx)
=
= -21I(unI = -2i(q·
-2i(unx + vny)ds = -2i(q - n)ds.
n )ds .

Notamos agora que qq-. nn == O0 sobre 0o contorno C, pois este e


é uma !inha
linha
for~a complexa assume a seguinte forma
conseqüência, a força
de corrente. Em conseqiiencia,
simples, conhecida como fórmula
formula de Blast'-us:
Blasius:

ff =
= XX -_ af
. z
,y = -ig. J
ip L ‹w(z)2az.
2 e
w(z) 2 dz. (121)
(7.21 )
Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações à diniirnica
dinâmica dos fluidos
fluidos 231

Fórmula
F ormula de Kutta-Joukovski

formula para obter ff em termos de V,


Em seguida usaremos esta fórmula V, na
'" e p.
Notamos primeiramente, que, sendo w(z) regular e univalente no exterior de
C,
C , este contorno pode ser substitufdo
substituido par
por urn
um clrculo |z| = R que contenha
círculo JzJ
C em seu interior, sem que isto modifique
modifique ao valor da integral em (7.21). (7.2l).
Esta substitui~ao
substituição nos permite utilizar o0 desenvolvimento (7.17)
(7.l7) para obter
w(z) = = F'F'(z). Com esse procedimento a expressao for~a em (7.21
expressão da força (7.21))
assume a forma
l
ff zx~'Y 2 = -2
= X - iY
-
Ê/
ip
2 I'IMR
~
zR
1 ( '"
(V - 'Í· +2"+3"+
+2.+Z,+z3+
V +
21nz
7¡"lZ
C2
C2
z
C3
C3
z
...
2
) 2d
dzz

= iP
Í/ 1 (V2 + v", + ...)
22 Izl
|z|=R
~R
(V2+l̀-+...)dz,
'frtz
7rZ Z
dz,

onde os pontos substituem termos em z-2 z'2,, z'3,


z-3, .. ..
. . Ora, as integrais destes
ttermos
erm os sao
são todas nulas, bem assim a integral de V2
nulas , bern V2. Entao,
Então, fica
fica apenas 00
termo em 1/ 1/zz a ser integrado,
integrado, 0o que nos da:
dá:

ff = X - iY = V
X - Vnpi.
"'pi.

Esta expressao for~a so


expressão nos diz que a força só tern
tem componente vertical,

Y == -Vfizp,

e estara circula~ao '"


estará dirigida para cima se a circulação ré for negativa, e para baixo
se '"
ft > O.
0. Na verdade, pelo que dissemos na p. p. 227, estamos lidando
apenas com a for~a por ; uperncie cilindrica de comprimento unitario na
apenas com a força por superficie cilíndrica de comprimento unitário na
dire~ao for~a numa superficie cilindrica
xy. A força
direção perpendicular ao plano my. crlmdrica de
e
comprimento L é dada por

= -V",pL.
Y= -V;-f.pL.

Mais_
Mais geralmente,
geralmente, suponhamos
Suponhamos que
'
a Velocldade
que 3' velocidade co~ple,xa,
1 xa no infinito
Confpe, , no _ infinito
.
.
Seja W
w oo _ V
- Vz-34°-it> e nao
- V. Entao como no Exerc.
e não V. Então,, como no Exerc. 3 atras, e facJl
3 atras, ed faënl venficar
v‹-Išr1fiCäI
seJa OU -1 e_ .r (7 17)
caso e
que esmo dee 7.17
. ,z com00111
que a0 potencial
potencial complexo
complexo adequado
adequado aa este
este caso mesmo
o 00 111
wa, em lugar de V
Woo V,, isto e,
é,
en
<7.22))
DO
HiK, . log z -__
F (z ) = woo z + -2 L (n _ l )zn
00
1· (7.22
7r'l. n= 2
232 Capitulo ApJicaryoes a
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos iluidos
à. dinamica fluidos

A expressiio
expressão da fon,a,
força, por sua vez,
vez , passa a ser
ff z
= X
X - of == Ve
- iY Ve-i“zzpLà
- ia",pLi = zé '¿°(Vz‹z¡›L).
= ie-ia (V",pL).

Portanto,
Portanto , __ |
1ƒ = X
X +
+ iY = -ieia (V",pL),
-2`.e“'(V:-f.pL), (7.23)
o que significa que a força = Xi +
for~a ff = + Yj eé perpendicular ità velocidade qqoo oo
no infinito
infinito (Fig. 7.16). Além dire~iio de f
Alem disso, a direção rota~iio da
f eé obtida por rotação
velocidade de um urn iingulo
ãngulo de 90
0
90°,, no sentido positivo se '" < 0O e no sentido
rf. <
negativo se '" 11: > 0.
O.
expressão (7.23) da for~a
A expressiio força eé conhecida como fórmulaformula de Kutta-
Joukovski, obtida independentemente por W. Kutta em 1902 IQO2 e por N.
Joukovski em 1906. O 0 lingulo
ângulo c>, a, que supomos estar compreendido entre
zero e 90 0
90°, e chamado ilngulo
, é ângulo de ataque.
A analise feita ate até aqui deixa em aberto varias questoes,
questões, dentre elas a
determina~iio do potencial complexo (7.22) e do perfil
determinação a~iio
perfil da asa que sofre ação
força (7.23). Estas questoes
da for9a questões seriio
serão resolvidas adiante, para 00 que temos
transforma~oes especiais nas se90es
de estudar algumas transformações seções seguintes.

f
¬ ___ _. /

q~
flw

Lylf
aí - -› - -- .I .Zir-

-----------------------
Fig. 7.16

A transformao;;iio
A transformação de Mobius
Möbius

o
O objetivo desta se9iio
seção eé provar que toda fun9iio
função do tipo ·
w_ az-I-b
az +b
w---
cz +d '
--cz-l-dl
chamada
cham transformar;iio de Möbius,
ada transformação M iibius, tern
tem a propriedade de levar qualquer
reta numa reta ou circulo
círculo e tambem
também qualquer circulo
círculo numa reta ou circulo.
círculo.
CapitUlo ApJica<;oes a
Capitulo 7: Aplicações à. diniimica
dinâmica dos fluidos 233

Posto de maneira mais sucinta, ela transforma retas e circulos


círculos em retas e/
e/ou
ou
círculos.
circulos.
A transformação Mobius ée também
transformagao de Mõbius tambem chamada transformafiio
transformação fra-
cioudrta linear,
cionaTia linear, por ser o0 quociente de dois polinômios
polin6mios do primeiro grau.
Comecemos com 0o caso particular em que aa = = dd =
= 0 e bb =
= c: 1, isto e,
= 1, é,
transformação uv
com a transformagao w = l/z.
1/2:.
equação de uma reta ou circulo e
A equagao é

a(:1:2 ¬!- y2) + br + cy + d = O (7.2-4)


(7.24)

Trata-se de uma reta se aa = 0O e pelo menos urn numeros b ou c e


um dos números é
diferente de zero; trata-se de urn
um circulo se a # + cc22 -- llad
oF 0O e bbg2 + 4ad > O.
notagao usual z == srx +
Com a notação +1Iy,
iy , W = u + iv
'w = iu,, e lembrando que w ui : 1/z,
= 1/ z,
portanto, z = l/w,
1/ur, a Eq. 7.24 se escreve,
escreve, sucessivamente:

az`Z+b(L;LZ)
azz (Z+Z)
+ b - 2- + c 2i +
+c(í-Záz) +d:0;(Z-Z)
d = 0;

~ ~ w ww
a
+
b 1
+
ww w22 w
w
1
(2. 1)
+ ..': + d = 0;
T_+'"(_+:)+-_.(--:)+d:05
c
22
2t
(2.w
1
_w1)
ui w
1

b
b _ c _ ___
.e +2
<11- (w +
š(3.u +119)
w) ~ 2-Z_-,Íw
- 2i (w - - ug)
w) rdufaf =.O,=
+dwv) = D,:
d(u22 + v2)
d(u U2) +bu
-|- bu - eu + a = O.
-cv+a 0. (725)
(7.25)

(724) representa uma reta, teremos a = 0, b oF


Ora, se (7.24) 7É 0 oF 0; e
O ou c yš
(7.25) representará.
representara uma reta
ret a (pela origem) se d = O,
0, e um (também
urn circulo (tambem
pel a origem) se d oF
pela 75 0,
O. Se (7.24)
(7.2-4) representa um então a oF
urn circulo, entao sé 0 e
bbg2 + cC22 -
- 4ad > 0; portanto,
portanto, (7.25) representará
representara uma reta se d = O0 e um urn
circulo se d oF 75 O. lsto
Isto completa a demonstragao
demonstração da propriedade já. ja men-
cionada e aqui enunciada em destaque:

A função 1/
funfiio w = 1/2:z transforma qualquer reta e qualquer circulo
círculo numa
reia ou num circulo.
reta au círculo.

Vamos estabelecer esta mesma propriedade para a transformação geral


transformagao geml

az+b
az +b
zm
W= - --. 7.26
(7,26)
w cz+d
cz +d ( )
234 Capitulo ApJiea"oes a
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos iluidos
ã diniimiea fluidos

a ..
Se ec =
= 0, teremos w = ~z +
= as b, e esta transforma~ao
+ b, transformação leva retas em retas e
círculos em círculos
circulos circulos (Exercs
(Exercs.. 1 a 3 adiante). Se colO,
c 72 0, podemos escrever:

w =
a(ez + d) + be - ad = -a + be - ad . -11-Í
a(cz+d)+bc-ad_a+bc-ad_
--'---,--'---~o--
w_ e(ez+d)
c(cz+d) -ce ec ez+d
cz-I-d

transforma~ao (7.26) e
Escrita nesta forma, visivel que a transformação composi~ao de
é a composição
transforma~5es, L1,
tres transformações,
três L\ , Lg,
L 2 , L3:

w = L3L2L1(Z),

onde

L1: c--> z \ = ez + d;
L\ : Zz+_~›z1=cz+d;
L2: Z1i%`*Z2:l/E1;
Lg! z\ c--> Z2 = l /z\;
L3: Z2 c--> w = aZ2 + (3,
2:21-+w:azz+f'l,

sendo a : = (be
(bc -- ad)/c e (3[3 =
: a/ c. Ora, como já.
a/c. jli vimos, cada uma das
transforma~5es L
transformações L1, L 2, L3, tem
J, Lg, tern a propriedade de levar retas e cireulos
círculos em
retas eJo u circulos.
e/ ou conseqüência, 0o mesmo e
círculos. Em conseqiiencia, transforma~iio
é verdade da transformação
transforma~iio (7.26).
-w

L3L2L\ , ou seja, da transformação


L3L2L1,

Exniaoícros
EXERCicIOS

1. Prove que a transformação ui == z2: + bb leva círculos


transforma.;;3.o w círculos.
circulos em dreulos.
2. transformação w
Prove que aa. transformac;ao = az leva circulos
-w = círculos em dreulos.
círculos.
3. Prove que a transformac;ao +
= az + b leva retas em retas e circulos
transformação w = círculos em dreulos.
círculos.
4. Verifique que a transformação ur =
transformac;iio w = 1/
1/zz leva: a) reta pela
peia origem em reta pela origemj
origem;
b) reta que n8..0
não passa pela origem em clrculo
círculo pela origemj
origem; cc)) circulo peia origem em
círculo pela
[eta
reta que não
nao passa pela origem
origem;j e) circulo
círculo que não peia origem ern
nao passa pela em circulo
círculo que
nao passa pela
não peia origem. ' .
5. Prove que a composta de duas transformações Mobius e
transformac;oes de Mõbius trans~
é novamente uma trans-
formação de Mobius.
formac;ao Mõbius. .
6. Prove que a composic;ao
composição de transforrnac;6es
transformações de Mõbius e e,
A (BC) =
Mobius é associativa, isto é, A(BC') =
(AB)C
(AB)C,, quaisquer que sejam as transformações Möbius A, B
transformac;6es de Mobius Bee C.
7.
7- transformação w == 2.Z2
Mostre que a transformac;ao .-V2 leva qualquer reta pela origem num raio com
infcio na origemj
início origem; e que w 2:3 leva retas pela origem em retas pela origem. Genera-
to == Z3
lize para w = 2.”,
-w = zn, nn. inteiro
int eiro positivo.
Capitulo Aplica,oes a
Capítulo 7: Aplicações ã dinilmica
dinâmica dos lluidos
fluidos 235

qr

SUGESTOES

5. transforma<;oes e
Para lidar com 0o produto de transformações é convenicnte
conveniente introduzir a notat;ao
notação

21:31/E2, 'lU='LU1/LU2, "w1=(lZ1+l)`Zg B 'lLI3:CZ1+(ÍZ2.

.. a transformação
, -., w az +
+ bb _ _
A SSlln
Assim translorma<;ao iu =
= -Í-E- passa a seT representad a na fforma
ser representada orma matricial:
cz
cz+d

(::) (~!)( ::)


'LU1 _ (1 Ô 251
'LU2 C Ci 252 l

6. Utilize a notação anterior..


nota<;ao anterior

A TRANSFORMAÇÃO DE
A TRANSFORMAQAO JoUi<ovsKi
DE JOUKOVSKI

nu-

Vamos estudar agora a seguinte transformação:


transforma.;ao:

1 ¿,22 2+a22
wJ(z)§(Z+
w +a ,
= J (z) = -1 ( z + -aZ)) =-Zz2 2Z (7.27)
2 z 2z

onde a > O.0. Ela ée conhecida como transforrna,iio


transformação de Joukouslti,
loukovski, já
jli que foi
utilizada pelo cientista russo Nicolai Joukovski (1847-1921
(1847-1921)) ern
em seus estudos
de Aerodinãmica,
Aerodinamica, como veremos adiante.
Observe que J leva cada ponto z.z nurn ui;; e cada ponto w e
num ponto w é imagem
2:1 e Z2
de dois pontos Zl 22,, raizes equa~ao
raízes da equação

22-2wz+a2 :0.

2
Como estas raízes
raizes satisfazem a relac;ao
relação 2122
Z lZ2 =
= aa2,, vemos que, ou ambas
estão no circulo
estao |z] = aag,) ou uma e
círculo Izi 2 é interna e a Dutra
outra externa a esse circulo.
círculo.
Somente os pontos w iu =
= a ew ui =
= -a provêm
provern de raizes duplas, z = =aez= = -a
respectivamente. Os pontos do segmento [-a, +a] +aJsao
são imagens de pontos
conjugados z = = ae±iO circulo Izl =
aeillg do círculo = a,
a, pois JJ(ae±iO)
(aeim) = : cosO.
cos 9. Vemos
então que JJ transforma, bijetivamente, tanto 0o interior quanta
entiio quanto 0o exterior
círculo Izl
do circulo |zI == a, em todo
to do 0o plano w ui,, excetuado 0o segmento [-a,[-a, aJ
a]..
Esta propriedade de JJ se generaliza quando consideramos um circulo U
passando pelos pontos z = ±a, nao
: :|:a, círculo Izl
não necessariamente 0o circulo = a.
[z| : a. Para
236 Capitulo Aplical.'oes a
Capítulo 7: Aplicações à. diniimica
dinamica dos iluidos
fluidos

isso notamos que (7.27) permite escrever:


(z -- a)2 + a)2
(z + a)2
w-
W = -'-----;:--'-
a ¬-°
2z
A e w + a = ---'
w+a= 2z
22 'l
logo,
W - a=_(Z
ESE.
- -- -a) ._
(Z- -`Ê) (ms)
(7.28)
w+a zz+a
+a
outr~ lado, pondo
Por outro
zz-a
-a ') w-a
Zl = - - = Sz,
z1:_:-i=.5'z, = zi = Tz I ,
'w1=zf=Tz1,
WI = - - =Sw,
w1=í=Sw,
WI
z+a w+a
obtemos
1. + ÍU1 _1
w=a(l+Wl) = S - I WI
TU1;;
I-wI
e se substituirmos, nesta equa~ao, wl pelo segundo membro de (7.28), obte-
equação, WI
mos exatamente a transforma~ao
transformação de Joukovski (7.27). transforma~iio
(7.27 Esta transformação
é, portanto, a composi~ao
e, composição de três transforma~oes:
tres transformações:

= J(z)
w: J (z) =
=S - lTS(z)
S"1T.S'(z)

Dado urn círculo qualquer U pelos pontos zz =


um circulo : ±a,
:l:a, de centro no semi-
plano superior y > 0, S leva U numa reta TU rg pela origem (pois S(a)
S (a) =
= 0).
ângulo que U faz com 0o eixo dos sc
Se ()9 eé 0o angulo x no ponto Zz = = a (Fig. 7.17),
entao
então ()9 sera tambem 0o angulo
será. também ângulo que TU fani com 0o eixo dos :irx no plano de Zl·
rg fará. zl.
De fato, urn ponto sobre U que aproxima z == a pelo semiplano
fato , se z2: eé um semi plano y > 0,
teremos:
z- a c i8
z - a ~ ce i8 ,
z-anseia, + a :::::: 2a ,
z2r+am2a, 2:1 ==flw
Zl -6-ela,
- -::::::-e
+a
z+ 2a '
com aproxima~ao
aproximação tanto melhor quanto quanta menor for £E > 0. Isso prova 0o que
afirmamos sobre a reta TU
afirmamos rU..
A transforma~ao
transformação T T leva TU R20, que se inicia na origem e faz
rU num raio R29,
angulo
ângulo 2() 26 com 0o eixo dos :ir x no plano de WI.
wl. Finalmente, S5"1 R 20
- I leva Rzg
num arco circular L de extremos w ui = ±a e que jaz no semiplano
= ia semi plano superior

de w
°
Imw > 0 (Fig. 7.17). Observe que este arco faz com o0 eixo dos :irx no plano
porito w = a, 0o mesmo angulo R 2o.
ui,, no ponto to = ângulo 2()
26 que o0 raio Rzg.
transforma~6es S, T, SS4,
Voltando a cada uma das transformações - I , vemos que S S' leva 0o
círculo Unum
exterior do circulo U num dos semisemiplanos
pIanos da reta TU;
rg; TT leva este semiplano
Capitulo Aplica<;oes a
Capítulo 7: Aplicações à dinâmica
dinamica dos fluidos
Buidos 237

R 2B; e S`1
num plano cortado que exclui 0o raio R2,-gi; S-1 leva este plano cortado no
plano w, excluindo 0o area
arco L, eujos
cujos extremos w ui =
= aew = = -a sao
são imagens de
w1 =
WI O e WI
= 0 url = respeetivamente. Portanto,
oo, respectivamente.
= 00, transforma~ao de Joukovski
Portanto , a transformação
JJ = S -ITS transforma, bijetívamente,
= S`1TS' círculo U no plano w
bijetivamente, o0 exterior do cireulo iu
arco circular L. Esta eé a anuneiada
sem 00 areo generaliza~ao do easo
anunciada generalização caso em que U
eo cireulo Izl =
é o círculo = a e 0o areo
arco L
Leoé o segmento [-a, a].

(2)
(z)
f
'= -5*
-u' :H-"'
-í -- =.- - ._:r.. _
1 1 ziii-‹T-ar ' ; f_.:-.J
-` "
_ 3555555555555E5E555E5=5E5=' `
-:;z,:;z,':;EÊE5:5E5E5E;E5E;E;§i=z==`
¡:z_-:_:¿.-__|;

' z ._ . 1
.EE-F_~_
zêãiáiszêêê iͧÍÊl="'-H .í
rlšil-E§ÊÍÊ;' Í
'i-*Ê
'll "-
=='§:,:§j.;§ê;§ê§â;¿;§;§_ .z *
`-Í'-_'-`:'>.i.šíi'âÊ;:z:= H "
1---1vê" ¬-fz

--z-z.=‹-.z-_ .
.-_‹§:_eã '1;.- '
...tz--z -,__
,.=:.:zi-i-irzrzê-1=z¿=z1'
.. ·
·
"'
.. ...ei-.'=ÍE'=.f.`

T, -'-"-,;*-ri-?,:;z,*.,:'z5:'z:z;zz=z5.¡z5z;z=z;z;zjz,
==-- '-.ze-*-:fz-:.-.;.;.-+_;.-.;.;.-.;.;.-
-.==zter-5:5:5=a=a=i;-â=a.5=z=5=zz.z.-.-- -
-'
=I'*I'

_--_,ø

.' /

(Zi )
(Z,) (w,)
(Wi l

rU
ru Rza
_z-:gz-:-:-zgzgzz_z¿z_zz¡zz¿z_zz¡,¡ - _
-5`Ê`Ê5Ê5Ê=ÊIÊ`Ê-Ê5ÊlÊIÊ.Ê`ÊÊ`Ê=Ê*ÊZ5 :l :-z :ii :Í-É É-Í=Í 'É -É

:I._.z.z. -z- .. ;~` -f _


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,__J-‹- -_ _-. ,¬ -_ - _
'Í '11.' "_-=5“:':
I '1__ ._

¬ 'iT_f.z

*' àz '

Fig. 7.17
Fig. 7.17
238 Capitulo Aplica~oes it
Capit ulo 7: Aplicações ã diniimica
dinâmica dos fluidos
fluidos

(z)
(2J
- ',
z.
- 'z _
_ lã='~à_.'. Q
-.¡'_'-.¡.¡.¡.`Í `Ê5';›_i§:ã§j§ÃÊÍz Ef" _¬..'.. _ _
-*'*r;ÊêÍi'.;:-'*>'-T " f.
' l ~. : l' `4¬'- -..-,-
Vi _' §EÍ=i.z-z'¿.-Ê._
.- +-ar _ -;z;

-l '.i`?Ei¡¿~.
(w)
-._ _ _- ._ _.__i'--..¿~¿¡_::¡,_:;_?:_.__ ,..__zz§-_._,_,¡.:;.\3:.

_
I ' _-:=.' .-

ä. -
.,..*' _; .-
" ‹*Iâiš¿í;._-lifiíë - - == ..._ -à..
pm _
.-z .=.-r"z'..i
'a:1"'-'= - '_ =. ._
.-
_¿. ã :.._¿<_z...- .__
-¬-¬:-“-*-šmãesszer
- =-~- - +~- -fi --f - -
'
-" : '-

'
.
_.. " f7
"`“=i?"""-i5*¿'=Ê,Ê.§ ' -£- -"_f-Íf*_3 '
5

Fig. 7.18

Vamos considerar agora, alem além do circulo U ,, urn círculo U' ,, de cen-
um outro circulo
Zo e raio rr,, tangenciando U no ponto 2:z =I a.
tro 2:0 a. A transforrna~iio
transformação JJ leva U'
numa curva fechada C C' (Fig. 7.18); como U e U' se tangenciam em z : = a,
pode-se mostrar que C tem tern uma cuspide
cúspide no ponto z = a. J transforrna
a. J transforma
círculo U' no exterior da curva C. Esta curva
bijetivamente o0 exterior do circulo
perfil de JJoukouslti.
C eé chamada perfil oukovski. Observe que há. hi toda uma
urna familia
família de tais
perfis, a, Zo
paramet ros a,
perfis , dependendo dos parâmetros 2:9 e 8.
6.

oO potencial complexo
perfil de J
apropriado ao perfil oukovski
Joukovski

atrás calculamos a for~a


Pouco atras força de levantarnento
levantamento (7.23), no pressuposto de
que 0o potencial complexo do escoarnento
escoamento em volta do perfil
perfil C tivesse a forma
(7.22).
(7.22). Vamos agora construir esse potencial a partir de um
urn potencial do
tipo (7.16), correspondente .10
ao escoamento em volta de um urn cilindro circular.
transforrna~iio
Comecemos com a transformação

z= Zo + r(,
: .ag rÇ ,

que leva 0o exterior do circulo unitã rio 1


unitirio (1= 1 no exterior
|Ç| exterio
` r do circulo
círculo U' (Fig.
(Fig
Aplicações a
Capítulo 7: Aplica~i5es
Capitulo ã diwimica
dinâmica dos fluidos
Buidos 239

7.18). Entao,
Então,
2
w = J (zo + r( ) =
'l.U=‹](Z[1+T'Ç)=ä
2
!
(zo + r( + _a__ )
(ZQ+TÇ+
. Zo + r(
) (7.29)

unitario 1(1
transforma 0o exterior do circulo unitário |Ç| = 1 no exterior do perfil
perfil C,
levando (Ç = oo em w
= 00 oo e tal que
ui == 00
dw r
É-Ê:-E
d( 2
em (çzoe
- em = 00 (130)
(7.30)

De (7.29) obtemos:
1
c - foi
( = f(w) == --}‹w
r
(w -- zo +
+ \/ze
Jw - «ze
Zo 2 - a2) (wi
(7.31 )

como a transform~ao
transformação que leva o0 exterior do perfil C no exterior do círculo
perfil C' circulo
unitário 1(1
unitario IÇ I == 1. Evidentemente, temos de escolher 0o ramo da raiz quadrada
de forma que f(oo) = 00 oo e J'(w)
f'(ui) > O0 em w ui = 00oo,, em virtude de (7.30).
Assim, para valores grandes de Iwl, |ui|, teremos:

~
/ a2 aag2 3a22
3a
Jw 2 - a2 =
\/w2-a2=w wv
11 - ~
w2-ui 2w-l-8w3
= w - 2w + 8w 3 ._
- ...

Isto faz com que


d( = ff'(ui)
-É '()
w :Ê= -2 em w
ui = 00
oo.. (7.32)
dw r
Seja Fo (() 0o potencial complexo referente ao circulo
F0(Ç) círculo unitário,
unitario, com ve-
locidade cornplexa
complexa ve- ia infinito. Entao
ue`¿“ no infinito. Então (veja (7.16) na p. 225)
o

F0(ç) = zz.z›."i°*ç + iogç +


Pela transformagao
transformação (7.31)
(7.31),, este potencial vai no potencial cornplexo F (w) =
complexo F(ui)
Fo(f (w)) referente ao perfil
Fg(ƒ perfil C:
. K, :io
vein
F(ui)
F (w) == ,a f (w) + 21fi logƒ(ui)
ue'l“ƒ(w)
= ve- logf (w) + É)-(eT,í.
f(w)·

Em vista de (7.32),

1-‹¬' ‹<›‹›i -= Fo
F' (oo) Fó‹‹z›‹››f' ‹‹›‹›› == ~ve-iO,
(oo)J'(oo)
r
240 Capitulo Aplicaqaes ãa diDlimica
Capítulo 7: Aplicações dinâmica dos fluidos
fluidos

que ée a velocidade no infinito


infinito do escoamento em volta do perfil C, digamos,
perfil C,
Ve ia
- , de sorte que vii == rV/
Ve"l“, Assim,
rV/ 2. Assim,
V -io
Ve_'Êf1

F (w) _ _e_
F(ui) 2(ui Zo + J w 2 - a2 )
(w _ zg+\/ui2-a2)
2
- Zo + Jw 2 --aga2
+ -I<ic 1 w ui-z0+\/ui?
og --::.....:.--'-----
2m
27ri rr
r2Vei“
+
+ s -
+
2(w - Zo Jw 2 - a 2 )'
2(w--Zi)-l-\/wz-ag)
. (7.33)
(
7.33
)

Este potencial e é exatamente da forma (7.22)(7.22),, com wui em lugar de Zz


(prove este fato).
fato). Qual entao
então sua utilidade,
utilidade, se antes mesmo de conhece-
conhecê-
10
lo completamente ja haviamos
já havíamos calculado a for<;;a
força de levantamento (formula
(fórmula
(7.23) da p. 232). Como veremos,
veremos, a seguir, 0o potencial (7.33) nos permitirá
permitira
determinar a rela<;;ao
relação que deve existir entre a circula<;;ao it, a velocidade no
circulação 1<,
infinito
infinito e os parametros
parâmetros reO.
r e 6.
Come<;amos
Começamos derivando (7.33):

F,( ) _ Ve`¡° + is:/21ri W r2Vei°*


F' (w )
w _ 2 'LU-.Z{)-l-\/'LUÍ-(12 2('w-Z0-|-\/w2-a2)2

× (lt./sz_"Jf_.;zrl
x

Observamos agora que a Eq. 7.20 (p. 228) não nao permite que a velocidade
cresça sem limites, pois A e
cres<;a pressao p e
é constante e a pressão é niio
não negativa.
negativa. Assim,
quando w iu aproxima 0o valor w ui = a, a derivada F' (w (ui)) deve permanecer
só e
limitada. Mas isto s6 possível, como e
é possivel, facil ver, se a expressao
é fácil expressão em colchetes
acima for zero para wiu = a, isto e,
é,

Ve`l“` + ic rgl/ei” ç O
2 21r'¿(a - zg) 2(a - zg)2

Daqui obtemos, com a --- Zo


zg == re- i6,
re"¿9,

fc
I< = -27rrV
-21rrrV sene£> + 0).
sen(oz + «9).

Esta eé a relação
rela<;ao que procurãvamos,
procuravamos, entre a circula<;ao
circulação ft,
1<, a velocidade no
infinito Ve-
infinito Ve'“*ia e os parâmetros
parametros reO.
r e 6. Geometricamente ela significa
significa que um
urn
Capitulo 7: Aplicações
Capítulo Aplica,8es ità. dinamica
dinâmica dos iJuidos
fluidos 241

dos pontos de estagna~ao


estagnação do escoamento (7.33) cai no vértice
vertice da cuspide
cúspide de
C (Fig. 7.19). Se tal ponto fosse outro que não nao esse vértice
vertice (Fig. 7.20), a
velocidade no vértice sería infinita,
vertice seria infinita, 0o que não
nao ée aceitavel.
aceitável.

@___à___*

'I¬______í

"'*íII-
_ I 3 J."

nn-U-'---__*'

'~___________¬.

.fffƒøí-__.

/V

DID'-'I

-11-P

¬_”_¡_-_"..______
“_
.------.J_.. ~.

Fig. 7.19
242 Capitulo Aplica,oes a
Capítulo 7: Aplicações dinamica dos fluidos
à. dinâmica iluidos

TV-j__

**"¬;.s"-i:í; -.fa
“_- J ;¿;-,zãzš-_.:¿iz:z¡.¡¡
~.==- " 11.'... -
Ê*--.`
_ ' '_ zz.z.z.z-..¬.,....z..z›z-.=z;z=z=¿z==.fÉ=Ê¿
.-:-.-'=I-I'...zz.z'E-.z5i:ë.:===;=z=.=2==.-iss.z=.:-- '*'-
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Í X

...=.'-a==ià="¡'¡'€¡E-
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“_
. - rf' -_ -Êz
__
_-í

mí.

Fig. 7.20

OS PARADOXOS DA TEORIA

oO que acontece quando um cilindro circular de raio R eé colocado num escoa-


mento paralelo? E de se esperar, por razoes razões de simetria, que 0o escoamento
resultante seja aquele associado aD ao potencial (7.14)
(7.l4) com ff.:K =z: 0, proposto
para estudo no Exerc. 11 da p. 225, e que tem tern 0o aspecto ilustrado na Fig.
7.13. Ao contnirio,
contrário, se K, ' " 0, o
ft # 0 escoamento pode ter os aspectos assimetricos
assimétricos
(relativamente ao eixo dos x) ilustrados nas Figs. 7.10 a 7.12. Mas mesmo
nestes casos 0o escoamento no infinitoinfinito continua paralelo,
paralelo , sendo, pois, de se
perguntar conlD} fisicamente} se originam esses escoamentos com circula<,;ao
como, fisicamente, circulação
niio-nula
não-nula em volta do cilindro.
Essa questiio mais paradoxal ainda quando lembramos 0o re-
questão torna-se mais`parado:xal
sultado de Lord Kelvin, citado na p. 209, segundo 0o qual a circulação circula~iio
permanece constante durante 0o movimento. Ora, eé claro que a circulação circula~iio e
é
zero quando o0 fluido
fluido se encontra em repouso. Como, entiio,
então, pode surgir urn
um
circul~iio não-nula?
escoamento com circulação niio-nula?
A resposta a essas questoes
questões encontra-se num elemento que não nao foi in-
cluido equa~6es de
cluído em nossas equações do movimento: a viscosidade. De fato, no mo-
mento em que introduzimos a pressão
pressiio como responsavel
responsável única for~as
unica pelas forças
que uma parte do fluido
fluido exerce sobre a parte adjacente, a partir dai daí fica
fica
excluida
excluída a viscosidade, que eé responsável for~as tangenciais it
responsavel por forças ã superficie
superfície
separa~iio entre duas partes do fluido.
de separação fluido.
A teoria apresentada no presente capitulo,
capítulo, como dissemos no inicio,
início, esta
fluidos ideais, sem viscosidade. Os escoamentos que encontramos
restrita a fluidos
Capitulo Aplica90es à.a diniimica
Capítulo 7: Aplicações dínânnca dos fluidos
Buidos 243

na Natureza sao são todos eles viscosos.


viscosos. Em últimaultima analise,
análise, portanto, os para-
doxos da teoria sao são devidos à. idealização
it ideaJiza<;ao feita desde o inicio.
0 início. Como vimos,
idealização permite uma descri<;ao
essa idealiza<;iio descrição simplificada
simplificada e elegante dos escoa-
mentos fiuidos.
fluidos. E os estudiosos do assunto sabem, desde longa data, que
líquidos
liquidos como a agua água ou gases como 0o ar, agem mesmo como fiuidos fluidos ideais
incompressíveís em muitos dos escoamentos observados. Como entao
e incompressiveis então ex-
plicar os paradoxos da teoria?
oO primeiro e decisivo lance para uma resposta satisfatoria satisfatória a essa per-
gunta foi dado pelo cientista alemao alemão L. Prandtl. No 3 39Q Congresso Inter-
nacional de Matematicos, realizado
reaJizado em Heidelberg em 1904, Prandtl apre-
sentou urn um trabalho de fundamental importiincia,
importância, inaugurando um urn novo
campo de pesquisas
pesquisas,, que passaria a ser conhecido como "teoria “teoria da camada
de contorno”
contorno" (boundary layer theory, theory, em inglês).
ingles). Segundo essa teoria, a
viscosidade eé de fato praticamente desprezfvel,
desprezível, exceto numa fina camada
corpos irnersos
envolvendo os COl·poS imersos no fluido. Assim,
fiuido. partículas do fiuido
Assim, as particulas fluido que
estão em contato direto com esses corp
estao corposos ficam
ficam neles fixadas; vão-se
fixadas; elas vao-se
envolvendo mais e mais com 0o escoamento do fluido quanto mais afastadas
fiuido quanta
estiverem do corpo nele imerso.
Agora eé possível
possivel entender, por exemplo, como surge a for<;a força que age num
cilindro que se desloca num fluido.fiuido. Com referencia
referência à.it Fig. 7.13
7.13,, imaginemos
imaginamos
que 0o cilindro se desloque para a esquerda no fiuido fluido em repouso,
repouso, e ao mesmo
tempo esteja girando em torno de seu eixo no sentido horário. horario. A viscosidade
do fluido nas proximidades do cilindro fará fara com que esse fiuido proximo ao
fluido próximo
cilindro seja arrastado no movimento de rota<;ao. rotação. Isto provoca a deforma<;ao
deformação
das linhas de corrente, que passam do aspecto ilustrado na Fig. 7.13 para
aquele da Fig. 7.12;7.12; e os pontos de estagna<;ao
estagnação tambem
também passam do que eram
na Fig. 7.13 para as posições
posi<;oes ilustradas na Fig. Fig. 7.12. E E esse atrito que faz
o fluido aderir ao cilindro 0o responsavel
responsável pela origem da circula<;aocirculação e, e, em
última analise,
ultima análise, da for<;a
força lateral sobre 0o cilindro.
oO que acabamos de explicar no caso de um urn cilindro ocorre tambem também
com uma bola que se desloca num fiuido fluido e ao mesmo tempo descreve uma
rota<;iio. Isto origina uma for<;a
rotação. perpendicular mente ità. sua
força sobre aa bola, perpendicularmente
trajetoria.
trajetória. Jogadores de bilhar, golfe e futebol conhecem esse fenameno
fenômeno
e exploram suas vantagens para imprimir trajetorias curvilíneas as
trajetórias curvilineas às bolas
usadas em seus jogos.
No início
inicio deste seculo
século 0o homem já ja estava prestes a voar, embora nao
houvesse ainda uma explica<;ao matematica· para 0of vao.
explicação matemática: vôo. A idéiaideia de fiuido
fluido
244 Capitulo Aplicac;i5es a
Capítulo 7: Aplicações à. dinamica
dinâmica dos fluidos
Buidos

ideal e 0o Teorema de Lord Kelvin eram uma barreira ao surgimento de


circula~ao
circulação e, conseqiientemente, for~a de levantamento. Com a teoria de
conseqüentemente, da força
avião come~a
Prandtl as coisas se esclareceram: o0 aviiio começa a se deslocar num fluido
fluido
em repouso e 0o atrito da asa com 0o ar gera a circula~ao
circulação,, que vai aumentando
com a velocidade. Esta terntem de atingir um mínimo para que a
urn certo valor minimo
for~a
força originada com a circula~ao
circulação possa levautar
levantar 0o aparelho.
 
CapItulo
Capítulo 8

REPREsEN'r_'AÇAo CONFORME
coN1z¬oR1\/IE
í

REPRESEN,-!:AQAO
EE APLICAQOES
APLICAÇOES -

Considerações
Considerac;oes preliminares

Vimos, no Capitulo
Capítulo 3 (pp. 110 e seguintes), que as partes real e ima-
ginária
ginaria fun~iio analitica
de uma função analítica satisfazem a equa~iio
equação de Laplace; e que,
se uma fun~iio variáveis reais satisfaz a equa~iio
função de duas variaveis equação de Laplace, essa
fun~iio
função pode fun~iio analitica.
po de ser interpretada como a parte real de uma função analítica.
Isso permite utilizar a teoria das funções
fun~6es analíticas
analiticas para tratar problemas
que envoi vern a equaqiio
envolvem equação de Laplace no plano.
Como dissemos no finalfinal do Capitulo
Capítulo 3, problemas de contorno, como
Neumann,, ocorrem freqüentemente
os de Dirichlet e Neumann Física Matemática.
freqiientemente em Fisica Matematica.
E uma das dificuldades
dificuldades que esses problemas of erecern se deve ao tipo de
oferecem
região Ronde
regiiio R onde siio
são considerados. Assim, conquanto seja relativamente faeil fácil
resolver explicitamente certos problemas num disco ou semiplano, a situa~iio
situação
complica-se enormemente em regiões Um procedimento para
regi6es mais gerais. Urn
contornar tal dificuldade consiste em transformar a região regiiio R em regiões
regi6es
mais simples, como discos au fun~iio que faz uma tal
ou semiplanos. Quando a função
transformação e
transforma~ao analitica, 0o problema torna-se perfeitamente tratável,
é analítica, tratavel, pois,
como veremos, a equa~iio
equação de Laplace permanece invariante par por esse tipo de
transforma~iio.
transformação.

Representac;ao
Representação conforme

Consideremos uma função = fƒ(z),


fun~iio w = (z ), analitica zo , com
analítica num certo ponto zg,
246
246 Capítulo 8:
Capitulo Representa9iio conforme
8: Representação conforme ee aplica90es
aplicações

ƒ'(z0) i=
J'(zo) gé 0, e seja cy urna
seja. 'Y uma curva regular passando pelo ponto zg, zo, dada por par
= ¿(t)
zZ ._= z(O) = zo.
z(t), com z({)) zo o Essa curva transforma-se numa curva rI` do plano
w,
w, dada
dada parametricamente
parametricamente por por w(t)
w(t) =
= fJ(z(t)), que Wo
tal que
(z(t)), tal 'wo = J(zo) =-'_-` w(O)
= f(2f0l 'wfol
(Fig. 8.1).
8.1). Observe que
w'(t) J'(z)z'(t) ,
w'(i) == f'(2)Z'(¢)z
de sorte
de sorte que
que ao ângulo e
anguJo 9 que
que as tangente
a tangente aa WIY.'> r Il9
.curva I no posto wg .fas
p9nt9 1Y9 fl3.Z ÇOHI
com 00
eixo real assim se expressa:

89 = argw'(O)
arg w"(0) = argJ'(zo)
arg ƒ'(zg) + arg z"(O).
+argz'(O).

Ora, arg z'


z'(0) = (J9 eé o0 angulo
(0) = ângulo que a tangente it
à. curva 'Y
fy no ponto Zo
zg faz com
o eixo real, de sorte que a equa~iio
equação anterior também
tambem se escreve:

89 == (J6 +
+ arg ƒ'(z0).
J'(zo) .

rF
yT'
____ w=
z--"""" !(z) --....
w:f(z)_`“L

89 e6
W
zo
Zu 0

Fig. 8.1

Sejam agora 'fy'


Y' uma nova curva por zo,
zg, rI"' sua imagem passando por
wo, (J'
49' e O' os angulos
8 ' as ângulos dessascurvas
dessas curvas com as planas 2:z e w,
os eixos reais dos planos
respectivamente Como anteriormente,

·'9'
8' == 9'
(J' +
+ ara
arg f'(zú)-
J'(zo).

Subtraindo esta ultima


última equa<;iio
equação da anterior
anterior,, obtemos:

8' 8 =
9' -- O = (J'
6' -- (J6,,

isto e,
é, 00 iingulo
ângulo (J'
19' --(9(J entre as curvas 'Y' e cy Iié preservado pela transJorma9iio
fy' e'Y transformação
Capítulo
Capit ulo 8: Representa,ao
Representação conforme e aplica,oes
aplicações 247

I,
ƒ, tanto em valor como em sentido de orienta,iio
orientação (Fig. 8.2).

Y'
y' F'
'Y / rI¬

9: 9
/ 9:9

z0
Zo
wo
Fig. 8.2

além de preservar angulos,


Mas, alem ângulos, a transformação I tem
transforma<;ao f tern outra proprie-
dade interessante. Lembramos
Lembremos que

lim II(z) - I(zo) I = [!'(zo) [


se,
Z-Zo “Í Í Zoí,fz°) - |f'‹z0›|
z -

Isto significa que pequenos segmentos com uma extremidade em Zo zg sao


são con-
traídos ou expandidos na razão
traidos |ƒ'(z0)|,, independentemente das dire<;oes
razao 1J'(zo)[ direções
desses segmentos. Deste fato e da preservação ângulos decorre que a
preserva,ao de anguJos
fun,iio If transforma.
função figuras nas proximidades de Zo
translorma figaras zg em figuras
figuras semelhantes
nas proximidades de wo. wg. Por causa disso, If ée chamada de translorma,iio
transformação
conforme ou representa,iio
conlorme representação conlorme vizinhan<;a de Zo
conforme de uma vizinhança zg numa vizi-
nhan<;a de Wo.
nhança wg.
Não e
Nao é dificil
difícil demonstrar -_ embora não
nao 0o fa<;amos
façamos aqui -- que a hipótese
hipotese
transforma<;ao Iƒ preserve ângulos
de que uma transformação Ix e fm
angulos e as derivadas fx Ix sejam
contínuas implica Iƒ ser analitica
continuas analítica ([Al, 74-75).. E por causa disso que 0o
([A1, pp. 74-75)
“representação conforme"
conceito de "representa<;ao conforme” costuma ser identificado
identificado com 0o con-
ceito de preserva<;ao
-preservação de angulos
ângulos e suas orienta<;oes.
orientações.
hipótese !,(zo)
Observe que a hipotese # 0 eé essencial no raciocínio
ƒ' (zu) 56 fizemos
raciocinio que fizemos
anteriormente. Quando !,(zo)
ƒ'(z0) == 0, o ao e
0 ponto Zo é chamado ponto critico da
transformação f._
transforma<;ao f
248
248 Capitulo 8: Represent~iio
Capítulo 8: Representação conforme
conforme ee aplicaqoes
aplicações

Invariiincia
Invariância da equação
equa<;ao de Laplace

fun~iio real de classe C


2
Seja <p(x,
¢›(:z:, y) uma função C2 e

w J(z) == u(x
w == ƒ(z) v›(f1=,, y)
:ul + iv(x,
ivífz U)
y)

uma fun~iio
uma função analitica
analítica que regiiio R
transforma aa região
que transforma R do plano zz numa
do plano regiiio D
numa região D
ar. Seji£
do plano '([f. Seja
<Í)(v¬
1' v) == <p(x,
(u, v) y)
<í>(f›'2. if)
isto e, í> e
é, l' transformação f.
çó pela transforma~iio
é a imagem de <p f. Calculando as derivadas
de <p
qb pela regra da cadeia, obtemos:

Çbzr = Õuuzr 'l' âirrvzra (py = Q-uuy 'l' (bvvyi

CPxx tl>uu{u
= ëuu
¢':r:r : x )2
furl? +
+ tPuvuxv
Ôurrurva: x+ (Douro: +
`l' <Puuxx tl>vv(v
+ fino x? +
(vx)2 + tl>vuvxux + <I>vvxx;
(I)*uu'U:r'U':c 'l' (I)*u'U-zzri

¢yy =
<Pyy <I>.,,,,,_(uy)2 +
= 1'uu(uyf ¢I>,,_,,uy'v¿,¡ +
+ 1'uvUyVy 1'uuyy +
+ <I>,_,uyy + <I>,,,.(vy)2
1'vv(vy f + + <I>,,,,t›¡,,.u,,
1'vuVyUy + + <I>,,,tf¿,¿,,.
1'vvyy .
Somando estas duas últimas
U1timas express6es
expressões membro a membro, levando ern em
equa~6es de Cauchy-Biemann
conta as equações Cauchy-Riemann e 0o fato de que u e v'u sao fun~oes
são funções
harmonicas, obtemos:
harmônicas,

<Pxx + <Pyy
šàzm + (Úyy = (Qiru +
: (1'uu Õvvlfuä +
'l' 1'vv)(u;, 'l' v;);
“gli

f' (zJi2 == (ui ++ vi)


ou ainda, no pressuposto de que 1
If' vg) seja diferente de zero,

As = |f'‹z)|'2A¢.
E
É claro, entiio, = 0 {o}
t::.<p :
então, que A415 <=> A<I> 0, isto e,
t::.1' = 0, equa~iio de Laplace ée
é, a equação
transformações conformes J
invariante por transforma~6es ƒ nas vizinhan~as
vizinhanças de pontos onde
f'(z) /0
f'(2) as O.0›
Exnncíclos
EXERCicIOS _

1. transform~ao w =
A transformação = z2
2:2 tern
tem derivada diferente de zero)
zero, exceto na origem
origem;j portanto,
e
ela é conforme, exceto nesse ponto. Prove que ela duplica asos augulos
ângulos de retas que se
cruzam na origem.
2. Generalize 0o resultado do exercicio
exercício anterior para urw == ao + (z -- zo)n,
Zo + ista e,
z@)", isto é, prove
que essa transformação
t ransformac;a.o leva retas pelo ponto Zo,
zu, que fazem entre si um
urn ângulo
angula (xof,, em
retas pelo ponto wo,
wn, que fazem entre si si um ângulo
urn angu noz.
la net.
Capitulo Representação conforme e aplica9i5es
Capítulo 8: Representa9ao aplicações 249

'.

3. 5e generaliza ainda mais. Seja w =


0O resultado anterior se fez) uma transformação
= ƒ(z) transforma<;8.o com
as primeiras n -- 11 derivadas nulas em z == Zoao e ƒ("'l(z0) 7% O.
j (n)( zo):f:. 0. Prove que as retas que
se cruzam no ponto Zo
sc zu fazendo um ângulo Qoz são
urn angulo sao levadas em curvas que se cruzam em
tou =
Wo =ff(zo) angulo na.
(zu) fazendo um ângulo no.
4. Mostre que se
5e w = ƒ(z) e
= J(z) é uma representa<;ao
representação cOllforme
conforme num
flUID ponto zu,
zo, então rn =
entaD W = ƒ (z)
J(z)
preserva angu ios, mas muda sua orientac;ao
ângulos, orientação,, vale dizer
dizer,, dUM
duas curvas que se cruzam
cruzarn
num anguio
Dum ângulo Q são levadas em curvas que se cruzam em cingulo
a sao ângulo -0'.
-oz.

.1 Ã

INVERSAO LOCAL E INVERSAO GLOBAL

Ja fun~6es inversas em casos concretos


Já. tivemos oportunidade de considerar funções
do logaritmo (p. 68) e das fun~6es
funções trigonométricas 72). Vamos tratar
trigonometricas (p. 72).
agora 0o problema na sua generalidade.

8.1. Teorema. Seja fJ(z) (z) uma função analítica e nao-constante


fun9ao analitica não-constante num
ponto zo,
zg, 0o qual supomos que seja zero de ordem n 2: 2 11 de ƒ(z)
J (z) - wg, onde
- wo,
Wo = ƒ(zg).
wo = Entao, dado £e > 0O suficientemente pequeno, existe {j6 > 0 tal
J(zo). Então,
que cada w' E V6 (WO) Iié imagem pela f
V,5(wg) 'valores em Yi(
J de exatamente n valores l/Í_,(z0).
zo)·

Demonstrafao. Escolhemos £s > 0O de tal modo que f


Demonstração. J seja definida
definida e
analitica em Yi
analítica (zo), e ƒ(z)
V,-,-(20), J( z) -
- Wo nao tenha ai
wg não aí outro zero alem
além de z = zoo
= zg.
Seja
Õ
{j = min IJ(z) -- wol,
min lf(Z) 'wolz
I,- zol='
12-2u|=€

que, qualquer que seja w' E V


de sorte que, lG(w0),
6(wo), |ƒ(z) - wol
IJ(z) - Iwo -- w'
wgl > Iwg w'|l para
ILZol Rouche (p. 177) as
= £c.. Podemos, pois, aplicar o0 teorema de Rouché
|z_ zg| = fun~6es
às funções

F(z) = J(z) -'wo


= ƒ(z) - Wo e G(z) ==w0
G(z) Wo -
- w',
wi,

e concluir que F(z)


F( z) e F(z) +G(z)
+G'(z) = -iu' tern
= J(z) -w' têm 00 mesmo BÚIDBIO
nlimero de zeros
ZGIOS
em V,I,-(zg).
Yi(zo). Em outras palavras, ƒ(z) tern n zeros em V,(zo)
J (z) -_ w' tem l/Í¿(z0).· Isto eé 0o
mesmo que dizer que 0o valor w' tu' e imagem pela J
('D\ f de exatamente n valores
V,,(zg),
em Yi(zo), como queríamos
queriamos demonstrar.

8.2. Coroiario.
Corolário. Uma função
fun9ao analitica
analítica nao-constante
não-constante transJorma
transforma con-
juntos abertos em conjuntos abertos.
250 Capitulo Representaqiio conforme e apJicaqoes
Capítulo 8: Representação aplicações

De fato, se A e é um
urn conjunto aberto no dominio de f, J, devemos provar
pravar
que qualquer Woum E
6 ƒ (A) pertence a uma vizinhança
J(A) vizinhan<;a contida em ƒ(A).J(A). Para
isto,
isto, basta tomar zgzo E J(zo) = Wo
G A tal que ƒ(zg) 'wg e observar,
observar, pelo teorema ante-
%(wg) c
rior, que existem E:e e {j6 positivos tais que Va(wo) J(Vc(zo)) c
C ƒ(VÍ__.;(zg)) C f
J(A).

8.3. Coroi<irio.
Corolário. Uma função analítica não-constante
Junqao analitica nao-constante transforma
transJorma re-
gioes em regiaes.
giões regiões.

Com a mesma
mesrna notação
nota<;ao que vimos
virnos usando,
usando, resta provar
pravar que f (A) e
J(A) é
conexo. Sejam Wo'wg e w' em f(A), wg = ƒ(zg)
J(A), de sorte que Wo J(zo) e w' =
: ƒ(z'),
J(z'),
com zg A . Mas A e
zo e z' em A. é conexo, de sorte que Zo
2:0 e 2:'
z' podem ser ligados
por uma curva C toda contida em A. Entao,
Então, C' = ƒ(C) e
= J(C) é uma curva em
ƒ(A) wo e w'.
J(A) ligando Wo

8.4. Coroiario.
Corolário. Seja f J uma função
Junqao analítica
analitica num ponto zg zo e
'wg =
Wo := ƒ(z:0).
J(zo). Suponhamos que zg zo seja zero simples de fJ (z) - fwg, vale dizer,
- wo,
f' (zg) '"
J'(zo) 56 0.
O. Então,
Entao, w = f (z) transJorma
J(z) transforma uma vizinhança l/(zg) de :ag
vizinhanqa V(zo) zo numa
vizinhança V6(WO)
vizinhanqa V¿(w0) de maneira conforme, biunívoca e bicontinua, isto e,
conJorme, biunivoca é, ƒ
J
eé uma uaplicar;;iio
“aplicação topologica" au "homeomorfismo
topológica” ou “homeomorfismo”" de uma vizinhanr;.a
uizinhança na
outra.

Quando n = = 11 no Teorerna
Teorema 8.1, existe uma correspondência
correspondencia biunívoca
biunivoca
entre uma vizinhan<;a
vizinhança VaV¿('wg)
(wo) e sua imagem
irnagem pela fun<;ao J, de-
função inversa de f,
J - 1 = g. Claramente, essa imagem V(zo)
notada por ƒ_1 V(zg) - g(V¿(w0)) e
= 9(V8(WO)) é um
urn
V,}(z0), e 9g e
subconjunto aberto de Vc(zo), é continua
contínua (pela própria
propria maneira como 00
Õ foi obtido a partir de 0).
{j 5).

8.5. Coroiario.
Cürolário. Seja f J uma função analítica num ponto eg,
Junqao analitica Zo, e
f' (zo) '" o. Entao,
ƒ'(z0) 7É 0. Então, a inversa g
9 de f
J e'
Ii analítica
analitica em wg
Wo = ƒ(z0)
J(zo) e
9'('wo)
g'(WO) == 1/
1/f'(2›'u)-
J'(ZO).

Como 9g e
é contínua,
continua, w -- Wo
wg = ƒ(z)
J (z) -- ƒ(zg)
J (zo) tende a zera
zero se e somente se
z2: ------t
-› zg. Zoo Assim,
Assim )

- Zo
z - 2:0 1
1
w-wg
W - Wo _- (w --wg)/(2:-zg)
wo)/(z - zo)
Capítulo 8: Representação
Capitulo conforme e aplicações
Representaqiio conforrne aplicaqi5es 251

tern -› wo,
tem limite com w -> um, 00 qual eé dado por
. Zz -_ Zo
Zu = lim
_ 11
11m -l-- =
lim 11m .
w-*wo 'w - wg z~zo
2-+2=u (w
(iu -- wo)/(z - 2:0)
wg)/(z - zo)'

Inversao global

Pelo que vimos ate


até agora, transforma~iio J
agora, se uma transformação f eé analitica
analítica num ponto
zg, J'(zo) oF
zo, com ƒ'(2:0) 75 0, então, vizinh an~a de zo
entao, numa vizinhança zg,, essa transforma~ao
transformação eé
além disso, numa vizinhan~a
conforme; alem vizinhança de Wo = J
'wo = (zo) a inversa 9g de fJ
ƒ(zg)
tambem g'(wU) oF
também eé conforme, com g'(wo) 75 0.
O.
são de carater
Esses resultados sao caráter local e não
nao permitem concluir que a in-
dominio de J.
versa existe em toda a imagem do domínio ƒ. Por exemplo, fun~ao
exemplo, a função
w == Z2
zz esta definida
definida em todo
to do 0o plano; e, excluida
excluída a origem, w' = 22
fw' == 2z oF
7É O. No
entanto, J
f niio
não tern
tem uma inversa única,
unica, já. = (-zj2.
2:2 =
ja que z2 (-z)2. Para a inversao
inversão
no~ao de "fun~ao
global, devemos introduzir a noção “função simples"
simples”,, dada a seguir.

8.6. Definic;ao.
Definição. Diz·se
Diz-se que uma função J ée simples numa regiiio
fun<;iio ƒ região R
se ela e analítica e injetiva em R.
é analitica

E
É facil provar,
provar, como corolário
corolario do Teorema 8.1, que a derivada de uma
fun~ao
função simples eé diferente de zero em todos os pontos de seu dominio
dominio.. (Veja
o Exerc. 6 adiante.) Entao, fun~ao simples e
Então, uma função transforma~ao con-
é uma transformação
Além isso,
forme. Alem isso, ela ée invertivel, tambem eé uma fun~ao
invertível, e sua inversa também função sim-
ples. 0
O teorema seguinte da condi~ao suficiente para que uma função
dá. uma condição fun~ao
seja simples.

8.7. Teorema. Sejam C' um contoroo


C urn contorno fechado simples,
simples, orientado posi-
tivamente, com interior R e f
J uma função analítica em R enos
Jun<;iio analitica e nos pontos de
C, e injetiva Então Jf e
injetiua em C. Entiio e' função
Jun<;iio simples em R.R.

Demonstra<;iio. A fun~ao
Demonstração. função w = J (z) transforma 0o contorno C num con-
: ƒ(z)
torno fechado simples C' do plano w. Seja Wo urn ponto qualquer deste
um um
wg rt.
plano, Wo d C'.
C”. Como vimos na p. 175,
175, 0o número J(z) -- Wo
numero de zeros de ƒ(z) um em
R eé dado pela expressão
expressao
1
_1_ f ƒ'(z)
J'(z) dz =_ 1
_1_ f dwdu) dw .
211"i lc ƒ(z)
J(z) --wgdz
Wo 2rri lc
211"i fg w --wgdw'
Wo
252 Capitulo Representa~iio conforme e aplicações
Capítulo 8: Representação aplica~oes

membra e
f
Este
Este segundo
segundo membro é zero se wo
zero se wg estiver no exterior
estiver no exterior de C' •. Se
de C Se 'wg estiver
Wo estiver
no interior de C f
, 0 valor do referido segundo membra e + 1 se C
no interior de C' , o valor do referido segundo membro é +1 Se C" tiver orien-
f
tiver orien-
ta~ao positiva se aa orient~ao f
tação positiva ee -1 -1 se orientação dede C for negativa.
C' for negativa. MasMas este valor -1
este valor -1
tern
tem de ser descartada, fun~ao ƒ(z)
numera de zeros da função
descartado, pois 0o número fez) -- wo em8111 R eÉ
urn número
um mimero inteiro 2 o.
inteiro :::: Concluimos, pois,
0. Concluímos, pois, que
que ffez) wg efetivamente
(z) -- Wo efetivamente tem tern
apenas um zero em R quando wo esta em R. Isto conclui
apenas um zero em R quando wo está em R. Isto conclui a demonstração. a demonstra~ao.

Como dissemos no inicio


início do capitulo,
capítulo, 0o tratamento de certos proble-
mas de contorno para IIa equação
equa\;8.o de Laplace pode ser viabilizado quando
eé possível
possivel transformar, de maneira conforme, certas regiões
regioes do plano em
outras. 0O teorema seguinte, devido a Riemann, eé um resultado muito geral
e de largo alcance, que diz respeito a essa possibilidade.
possibilidade.

S.S. T
8.8. earema (da aplica
Teorema ,.aa de Riemann). Dada uma regiao
aplicação região sim-
plesmente conexa
conema R, que nao
não seja 0o plano todo, existe uma função
fun9ao simples
unitário Izl <I
J que transforma R no disco unittirio
f Alem disso, ff e
< 1. Além é unica
única se
especijicarmos,
especificarmos, para um ponto qualquer Zozg E R, que ƒ(zg) f'(zo) > O.
J(zo) == 0O e f"(2:g)

Não
Nao faremos uma demonstração
demonstra~ao deste teorema, apenas alguns co-
mentários. Como uma função
mentarios. fun~ao simples e invertivel e a inversa tarnbem
é invertível também eé
fun~ao simples, a
uma função o teorema garante que qualquer regiãoregiao simplesmente
conexa que não nao coincide com 0o plano todo pode ser transformada em qual-
quer outra região
regiao do mesmo tipo por uma função Então, o0 fato de
fungao simples. Entao,
sabermos resolver 0o problema de Dirichlet em certos dominios
domínios particulares,
como urnum disco ou semi
semiplano,
plano, nos permite saber, por esse teorema, que 0o
problema de Dirichlet eé soluvel
solúvel para qualquer regiiio
região do tipo descrito. AsÀs
vezes podemos também solução explicitamente, desde que tenhamos
tambem achar a solu~ao
uma fórmula transforma~ao que não
formula de transformação nao seja muito complicada.
Mas eé bom
born lembrar que 00 teorema de Riemann nao não nos oferece qualquer
formula transforma~ao de uma regiao
fórmula de transformação região em outra. Existe uma fórmula,
formula,
transformação de Schwarz-Christoffel,
chamada transforma9iio Schwarz-Christofifel, que leva semiplanos em
regiões
regiiies poligonais; mas, na pratica, ela eé de aplicabilidade muito Iimitada,
limitada,
por isso mesmo nao não vamos tratar dela aqui.
aqui. Mais proveitoso num primeiro
curso e é estudar varios transforma~iies. Ja
vários exemplos particulares de transformações. Já. fizemos
fizemos
isso ern
em alguns casos no capitulo
capítulo anterior, no estudo de escoamentos ftui- flui-
dos. Analisaremos aqui outras transformações
transforma~iies interessantes e praticas, a
começar, na próxima
come~ar, seção, com a transformação
proxima se~iio, transforma~ao de Möbius.
Mobius.
Capitulo 8: Representação
Capítulo conforme e apliea<;oes
Representa<;ao eonforme aplicações 253

EXERCÍCIOS
EXERCicIOS

1. Determine 0o maior disco centrado na origem,


origem , cnde fun~ao w
onde a função ezZ seja simples.
= e
ur =
2. Mostre que w'w = Z2 + Zz e
2:2 + fun<;ao simples no semiplano Re
é função Rezz > ~ 1/ 2, mas nao em
1/ 2,
_-

regioes
regiões que conten ham 0o ponto z = -1/2.
contenham -1 / 2. Sugestiio:
Sugestão: Tocla regiao que contenha 00
Toda região
ponto z == -1/2 content
conterá uma vizinhal1 ya dcsse
vizinhança desse ponto.
3. Mostre que /(z)
f (z) == (1 iz)2 e
(1 -- iZ)2 é fun
função Imzz > -i, mas não
c;ao simples no semiplano 1m nao em
pont o 2:z = -i.
regiões que contenham 0o ponto
regioes
4. /(z) = (1
Mostre que ƒ(z) (1 -- iZ)3 llaO eé função
iz)3 não Im z > O.
func;ao simples no semiplano 1m 0.
5. Mostre que
/(z) = ~ (z + D
1 1
fiz) ' 5 ”' 2)
e em 0O < Izi
fUll<:ao simples em
é função Izj < 1 e em Izi
|z| > 1, mas não rcgiocs que contenham 0
nao em regiões o
ponto z = = 1. (Veja a transformac;ao
transformação de Joukovski na p. 235.
235.))
6. Prove que uma função
func;ao simples tern
tem derivada nao-uuIa
não-nula em todo
todD 0o seu dominic
dommio de
definição.
definir;ao.
7. fu nc:;6es simples e
Prove que a composta de funções é uma
um a função
func:;ao simples.
8. Mostre que ww =u+ iu = sen
+ iv seusz =-~ sen + iy) eé fum;ao
(x +
sen(:t regiao Ixl
função simples na região |:r| < 11"/2,
ir/2,
Yy > região e
> 0; e que a imagem desta regiao é 00 semiplano vu >> O. Fac;a gnHicos
D. Faça gráficos e estude as
imagens do segmento Ixl < 1f
|r| < / 2 do eixo dos 1:
fr/2 x =
x e dos raios J: = ±1f
:tir/2, y >
/ 2, Y O.
I> D.

L* IO

A TRANSFORMAQ.AO
TRANSFORMAÇAO DE MOBIUS

Vimos, no Capitulo
Capítulo 7 (pp. 232-34), algumas propriedades da transformação
transforma<;iio
de M iibius, assim definida:
Möbius, definida:

b,
az
w == Mo)
M(z) z
= az+bd,
ez+d
(ai)
(8. 1)

ad-bc i'
onde ad-be # O. (0(O caso ad-be = 0O éetrivial
ad-bc = trivial,, pois M(z) fica constantemente
M (z) fica
igual a al
a/bb =: c/cl.
e/d. Para vermos isso, basta notar que dw dw/dz
/ dz == (ad-be)/(ez+
(ad-be) /(cz+
d)2 )
d)2.)
No caso que estamos eonsiderando,
considerando, M M(z( z)) e fun<;ao simples que
é uma função
transforma 0o plano todo, exceto z = --d/c,
transforma d/ e, em todo 0o plano, tendo por
inversa a fun,ao
função
z = M -1(w) = du:
dw -- bb .
z z M-1(w) = -___.
-ew+a
-c'w+a
254 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representa<;iio eonforme apliea<;oes
conforme e aplicações

Introduzindo os valores Ill M (oo) = = al


a/ ec e li/I
M ((-d/c)
-di e) =
= 00oo como os limites
M (z) com 2:z -›
de M(z) e z -
oo 2: -› -d/c,
-> 00 -> di e, respectivamente, M(z) passa a ser uma
transforma~iio biunivoca
transformação biunívoca e bicontínua
bicontinua (urn homeomorfismo) de todo 0o plano
(um homeomorfismo)
estendido em si mesmo.
vimos , no Capitulo
Como vimos, Capítulo 7, M M (z
(z)) leva retas e circulos
círculos em retas e/ou
circulos.
círculos. Considerando as retas círculos com centros no infinito, pode-
ret as como circulos
mos resumir dizendo que toda trans/orma<;iio
transformação de MõbiusMobius leva
lena circulos em
cireulos.
circulos.

8.9. Exemplo. Vamos achar transforma~iio de Möbius


acbar uma transformação Mobius que leve
o semiplano superior 1m Imzz > > 0
O no interior do disco unitário
unitario centrado na
origem.
semi plano eé uma reta,
Como a fronteira do semiplano ret a, devemos achar uma trans-
forma~iio que leve essa reta no circulo
formação círculo que eé a fronteira do disco. Ora, esse
círculo eé determinado por três
circulo tres pontos;
pontos; vamos, pois, escolher três
tres pontos na
x) e tres
reta (eixo dos m) três pontos correspondentes no circulo,
círculo, digamos,,
digamos

2:1=«1›-›'w1=-i;
Zl = -1 f----------7 WI = -i ; = 0 ~ W2 = 1;
2:-;¿=O1_›w2=1;
Z2 =11----------"7 W3 = i .
2:3=1f_›fw3=i.
Z3

Substituindo esses valores em (8. 1), obtemos:


(8.1),

._ -a+b - ai d + bi d
-a/d+b/d b .. a+b al d+bld
a/d+b/d
__.--
- 1. = =
~_ 1 =-' zZ :mim
= -c+-d = -'-c/7-:-+--"l:- .
E --c+d
c+d d+1 '
-c/d+1
-cl d'
d c-I-d d
c/d+.1

equac;6es determinam os tres


Estas equações coeficientes ai
três coeficientes d, cl
a/d, c/ d, bi d, que, substi-
b/d,
tuídos (8.1),
tuidos em (8.1 transforma~iio procmada:
), produzem a transformação procurada:

_ 2: - i
z-z
w_-í,
w =---.
2:-I-i
z+i
Observe que Iz |2: +
|z -- i l e Iz + i l siio distancias de z2: a i e -i,
são as distãncias -i, respectiva-
respect iva-
mente. Assim, sendo hnz Im z > 0, O, teremos Iwl |w[ < 1 (veja 0o Exerc. 6 adiante),
transforma~ao reaimente
ou seja, a transformação realmente leva 0o semiplano
semi plano superior no interior do
disco unitário
unitario de centro na origem. Vê-se Ve-se também
tambem que 0o semi plano inferior
semiplano
eé levado no exterior do disco.

8.10. Exemplo. Vamos achar a transformação


transformac;ao de Mobius
Mõbius mais geral
que leva 0o semiplano superior no interior do disco unitário
unitario centrado na
origem. Como 0o eixo real deve ser levado no circulo unitario , fazendo 2:z =
círculo unitário, x
= 3:
Capitulo Representa,ao conforme e apjica,iies
Capítulo 8: Representação aplicações 255

real em (8.1), devemos ter lax+bl/lcx+dl = 1.l. Com azx = 0,


|a.a:+b|/|c.:r+d| I x = 11 eg 3;x ->
(J, m -› 00,
QQ,
isto nos da,
dá, respectivamente:

1 _~ 1 21,
=1; 1 afllzl,
::~ 1 = 1; 1 E~c 1 :L
c+d =l.
Substituindo em (8.1)
(81),, obtemos:

a z+b/a =e€,C,z+fi
wo;_z+b/a
W= - ·
;az+(3
--
z+d/e
c z+d/c z+, '
z-I-'y'

or, (3
onde a, [3 e ,'Y sao
são panimetros
parâmetros complexos,
complexos, com oz
a real; além disso,
alem disso,

l‹;+dd
e+
I':' .
a+b l = ·1+(3 1= I ~ I = 1,
a+b|_ a,_1+fi`_I1+fl|
eC 1+
1+»y, 1+~y _”
1+,
1

|,Õ' +
de sorte que 1(3 1| = I,
+ 11 |'y +
+ 11, significando que (3
1|, signilicando 5 e ,'y estao
estão num mesmo
circulo centrado em -l.-1. Observe ainda que

II fwâââ z zé:
~, I = Ib/a
d/e
l = Ib/dl = 1,
a/e

mostrando que 1(31


IÚI =
'" 1,1, é, (3
I 'Y I , isto e, [3 e ,fy estao
estão no mesmo circulo
círculo centrado
na origem. Esses dois últimos
ultimos resultados nos levam a conduir concluir que ,fy = 7J
(3
(Fig. 8.3). Por fim,
lim , z = -(3 deve estar no semiplano superior, já
= -Ó' ja que
sua imagem w = = 0O esta
está. no interior do disco unitário
unitario centrado na origem.
origem.
Conduimos transforma~ao de Möbius
Concluímos,, pois, que a transformação Mobius mais geral que leva 0o
semiplano superior no interior do disco unitariounitário centrado na origem ée dada
por

w:eioZ+Ê;o z+(3
w = e -------= 1
z+(3
z-f-[37

onde aoz eé real e 1m


Imfi(3 < O.
0.
256 Capítulo 8: Representa~ao
Capitulo Representação conforme e aplica~oes
aplicações

y'Y

-1 o

5
Fig.
Fig. 8.3

A razao cruzada

Vimos, no Exemplo 8.9, que 0o conhecimento das imagens de três tres pontos
levou 11à completa determina<;ao
determinação da correspondente transformação de Mobius.
transforma<;ao Möbius.
Esse fato e é de caniter
caráter geral, como veremos agora. Tomemos a transforma<;ao
transformação
de Mobius
Möbius (8. 1) na decomposi<;ao
(8.1) decomposição que dela fizemos
fizemos na p. 234:
a be-ad
bc_ad 1
1
w=
w= - +
+ ~. _ -
ec ec cz:+d
ez+d
Suponhamos que très
tres pontos distintos Zl, zz e Z3
21, Z2 23 sejam levados em WI,
w1, W2
'Luz
wg, respectivamente. Entao,
e W3, Então,
a be-ad
bc - ad 11 _
W i =-+
'LU¡"c"|'° C 'cz£+d, = 1} 2, 3.
i?z:l,2,3.
e e cZi +d'
Daqui obtemos,
obtemos, por simples manipula<;ao
manipulação algebrica:
algébrica:

(W
(w -- Wl)(W2
'w1)(w2 -- W3)
wa) (Z
(2 -- Z1)(Z2
ZI)(Z2 _
- Z3)
ZS) .
(w - W2)(WI --1.03)
('LU¬-'lU2)('¿U1 W3) (z - Z2)(ZI -2í3)
(Z-Z2)(.Z1 - Z3)·
(az)
(8.2)

última expressao
Esta ultima expressão envolvendo os Z zeé chamada a raziio
razão cruzada dos
números
numeros z, zl,, Z2
z , ZI zg e Z3.
z3. Como se vê,ve, ela permanece a mesma quando pas-
samos dos z2: para os w w,, vale dizer, razão cruzada e
dizer, a raziio é invariante por uma
transforma~iio
transformação de Möbius.
Mobius. Essa invariancia
invariãncia prova, de urn
um modo geral, que
uma transforma~iio
transƒorvnaçâo de Möbius
Mobius fica
fica completamente determinada pelo conhe-
cz`m.entr.= nn
cim.ento das três pontos distintos, bastando resolver (8
imagens de tres
... imn.gens .2) para
(8.2)
se obter W w em fun<;ao z.
função de z.
Capítulo 8: Representa~ao
Capitulo Representação conforme e apljca~i5es
aplicações 257

transforma~iio de Möbius
8.11. Exemplo. Vamos achar a transformação Mobius que leva -1,
-i e i11 em zero, 2 e 11 +
+11,
i , respectivamente.
Antes mesmo de fazer os caJculos, círculo Izl
cálculos, observe que 0o circulo |z| =
= 11 (onde
estão os valores dados de z)
estao 2:) sera círculo Iw -
será levado no circulo = 11 (onde estao
ll =:
- 11 estão os
valores dados de w). (0
(O leitor
lei tor deve desenhar os dois discos para acompanhar
acompanbar
raciocinio.) Substituindo os dados em (8.2) e fazendo os cálculos,
o raciocínio.) obtemos:
calculos, obtemos:

4z+4
w--~---.-~~---c
4Z+4 .
w=
(1-é)z+(3-1)'
(1 - i)z + (3 - i) .

Para ver que esta transformação


transforma<;ao leva 0o interior do primeiro disco no
interior do segundo, basta substituir z == 0O (que estáesta no interior do primeiro
verificar que a imagem w =
disco) e verificar = 2(3 ++ i)/55 está no interior do segundo.
esta
fazer e"'"
Outro modo de fa~er essa constata,"ao
constatação seria 0o seguinte: percorrendo-se
o primeiro circulo
círculo no sentido anti-horario,
anti-horário, os pontos z = == -1, -i,
-11, i11 SaO
são
encontrados nesta ordem, e 0o sentido de percurso deixa 0o interior do disco
itã esquerda do circulo;
círculo; 0o mesmo acontece com 0o segundo circulo
círculo e os pontos
imagens. Uma inversão
inversao de ordem, digamos, -1, -i e ii sendo levados em
zero, 1 ++ii e 2, respectivamente, faria com que 0o interior do primeiro disco
fosse levado no exterior do segundo. (F~a (Faça 0o Exerc.
Exerc. 7 adiante.
adiante.))

8.12. Exemplo. Vamos achar a solu~ao solução do seguinte problema de


unitario centrado na origem (do plano w = u'a + iv):
Dirichlet no disco unitário

A<I>=0
b.if> = 0 em Iwl < 1,
|w|<1,

if>
<I› sendo igual a 1 no semicirculo
semicírculo superior 1m
Imww > 0 O e igual a zero no
semicírculo inferior 1m
semicirculo Im w < 0.
O.
A‹;ó(a:, y) em coordenadas polares r, e
Ora, b.¢(x, 9 de z =
= re iO (Exerc. 9 adian-
rei”
te) se escreve:

za- + Ér + 9%.
r
de sorte que e
9 = arg z e
é solu,"ao
solução da equa,"ao
equação de Laplace no semi plano superior
semiplano
Imz>
Imz 0, onde e
> U, 9 varia de zero a 7r. ¢ == el
rr. Portanto, qt 7r eé a solu~iio
0/rf solução que eé
igual a zero para e9 = 0 O e igual a 11 para e
9 = 7r.
fr. Isto sugere que façamos
fa,"amos
unitario Iwl
transforma,"ao do semiplano no disco unitário
uma transformação |w| < 1, 1, de forma que
x > 0O seja levado no semicirculo
o semi-eixo positivo sc semicírculo do semi plano inferior
semiplano
258 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representa9iio conforme e aplica90es
aplicações

1m W < 0
Im w O e 0o semi-eixo negativo a'x < 0O no semicirculo
semicírculo do semiplano superior
1m w > O. Por exemplo, uma transformação
Im W transforma~iio que leve

oo,,
00 -1,) 0,
-1 O, 11 em 1,
I , iÉ,, -1,
~1, -i,

respectivarnente, resolve 0o nosso problema. (Fa~a


respectivamente, (Faça uma figura
figura representando
círculo Iwl :
o eixo real e 0o circulo 1 para acompanhar 0o raciocinio.
= 1 raciocínio. Observe que 0o
semi plano eé como um
semiplano urn disco de centro em +ioo.)
nao podemos especificar
Mas não tres pares de pontos 2,,
especificar mais que três ; de
uq;-de
Zi , Wi
fato,, basta especificar
fato especificar quaisquer três
tres pares, como

{oo, --1,
{oo, 1, O} t----7 {1, i
0} |_-> i,, --1),
1} ,

para que 0o último necessariarnente apare~a


ultimo par necessariamente transforma~ao . (Fa~a
apareça na transformação. (Faça
o Exerc. 10
IO adiante.)
adiante.) Para lidar com Zl z1 = oo,, basta reescrever a razão
= 00 razao
cruzada convenientemente e fazer Zl
2:1 -----+
-› 00, oo, assim:
(Z -- 2í1)(Z2
ZI )(Z2 -_ Z3 ) : .,.
((Z/211
Z...!./_Z-,-l_-_,",1;-:,)-'
1)(Z2 .(Z....:2'--_ 253)
----;-Z3,,+) --->› ,Zz
Z2 -_ Z3
Z3
(z - Z2 )( ZI - Z3 )
(z-zg)(2:1-2:3) (z - z2)(1 - z3 / zd
(2:-z:2)(1-2:3/zl) z-zg'
Z - Z2

Daqui e de (8 .2), obtemos:


(8.2),

(W
(TJ) -_ Wl) (W2 _
”LU1)(?.U2 - W3)
'w3) : -22
Z2 _ .Z3
- Z3

(W - W2 )(WI -
(TU _ 'w2)('w1 _ wa) W3) ZZ -_ 22'
Z2

substituições numericas
Fazendo as substitui~iies numéricas e 0o ca1culo
cálculo algebrico,
algébrico, encontrarnos
encontramos a
transforma~ao procurada:
transformação
- z
Z _ Z
W =-- (8.3)
z+i '
_ ._
.
cuja lnversa
cUJa
, iw +i
tw-I-i
lllversa e zz =: -l.
- - .
1-w
1 -w
z = arx +
nota~iio Z
Com a notação -|- iy, = arctg(y/
ty, ()tl : x) e w = u + iv,
arctg(y/zr) ru, um
urn pouco de
manipula~iio algebrica
manipulação algébrica nos conduz a

-2v
-2o 1 ~ u2 - 'U2
:frx == u----:1')2;;-:-+-v-,,2 ',
'((fu.-1)2+'u2 if = (fa-1)2-l-122
e,
e, conseqiientemente,
conseqüentemente,

ç.=Í›_
¢> 11 9_<D_
= -()
'fr
1f
1
= <I> = -1 arctg
2 + 2 -1
arctgki +U - 1)
fr
1f
),, (u 2vv 2

211
2
Capitulo Representa<;iio conforme e aplica<;oes
Capítulo 8: Representação aplicações 259

que e
é 0o resultado
result ado procurado.

EXERCÍCIOS
EXERCICIOS

.· ,- .. M () az + b
az b .. , -..
1. V 1lllOS
Vimos que a transformação
tranSlorm w =
ac;ao W = M(z) = ---d
Z = -É tem
tern como mversa
lllversa a transformação
translorrnac;ao
cz
cz+
z = M- 1(w) == dw - b . Multiplique as matrizes de .M
= M`1(w) M e N[
M"1- l (conforme notação
notac;ao
cw a
- cw+a
sugerida no Exerc.
Exerc. 5 da p. 235) e observe que se obteffi
obtém uma matriz diagonal com
elemento ad -~ be
bc na diagonal. Explique por que tal elemento
clemento não
nao precisa ser 1.
2. Dadas as transformações
transformac;6es
z+ 2 - 3z
11-3
M 1 (z) = - - e IvI,(z) = - - ,
3z-1 z+2
zsimrie M1
caleuic M2, .MzM,,
MJM'l1 M2lvI1 1 ar,-1
M ; l eE M,-1.
M;l,
3. transformac;ao z 1--------+
Verifique que a transformação ›_› E Z leva retas em retas e circulos
círculos em dreulos,
círculos, mas
nao é uma transformação
não e transformac;ao de Mobius.
Möbius.
5.
5. Prove que uma transformação
transforrnac;ao de Möbius
Mobius que leva 0o eixo real em si mesmo
mesma pode ser
coeficientes reais.
escrita com coeficientes
z- ~ < z- ~ >
z-É z-i
66.. Prove
Proveque I
que í, I
z+i
z+~
<1seImz>0; I
1 se 1m z > 0; e i_
z+z
Z +i
I se 1m z < O.
1> 11seImz<0.

7. Ache a transformação
transforma<;ao de Mõbius
Mobius que leva os pontos --1, I , -i
- i e i em zero, 11 + i e 2,
verifique que ela leva o0 interior do disco JzJ
respectivamente e verifique |z| =
= 11 no exterior do disco
IzI2: -11
- 1| == 1.
1-
8. Ache a transformação
transforma<;ao de Mobius - i, 11 e i, respecti-
Möbius que leva os pontos I1,, zero e --11 em -i,
vamente. Antes mesmo de fazer qualquer calculo,
cálculo, explique por que essa transformação
transforma<;ao
leva 0o semiplano 1m O no interior do disco Jzl
Imzz < 0 = 1.
|z| =
9.
9- Obtenha a expressao
expressão do laplaciano
lapiaciano ern
em coordenadas polares dada no Exemplo 8.12.
10. Obtenha a transformação
transforma<;ao do Exemplo 8.12 valendo-se de qualquer outra tripla de
pares de pontos correspondentes.
11. Faça
Fa<;a uma interpretação
interpretac;ao geometrica
geométrica da transformac;ao
transformação (8. 3), representando grafica-
(83),
mente z + + i, Zz --z'i e 0o quociente nela indicado, a x varia de -oo
ã medida que z =_ ar - 00 a - I1,,
-I-1 e -1-oo.
zero, +1 +00. Construa as imagens dos semi-eixos imaginários
imagimirios positivo e negativo.
12. Ache a transforma<;3.o
transformação de Möbius
Mobius que leva os pontos Zl 2:1 = --i, zz == 0O e Z;I
i, Z2 2;; =
= ifi em
w1 == i,
Wt z, W2wzz =_ -il w3 =
-i e W3 = I1,, respectivamente. Verifique que eiaela leva 0o semiplano
Re Z <
Res <.í 0 unitario lzl
O no disco unitário lzl <
<í 1.
13. Ache a transformação
transforma<;ao linear que leva 11 em 1,1, ii em -1 e -1 em 00,
oo, respectivamente.
ela leva 0o disco lzl
Verifique que eia |z| < 1 no semiplano inferior Im
1m Zz < O.
14. Ache a transformac;ao
transformação conforme que leva 0o lQ 19. quadrante no disco unitário
ullitario centrado
na origem, de forma que os pontos 21 = i, Z2
Zt = zz == 0O e zzz
Z3 =: 11 sao
são levados em WIw1 =: -1,
= -i
wz =
W2 -fi e W 1, respectivamente. (Lembre-se de que z ~
wg3 =: 1, Z2 leva 0
›_› 32 lQ quadrante
o 19
no semiplano superior.)
260 Capítulo 8: Representação
Capitulo Representac;iio conforme e aplicac;oes
aplicações

15. Use 0
o exercicio
exercício anterior para achar a fUll(;ao harmonica no 19.
função harmônica lQ quadrante, que assume
o valor zero no semi-eixo real positivo e 0o valor 11 no semi-eixo imaginario
imaginário positivo.

POTENCIAL ELE'rn.os'rÁr1co
POTENCIAL ELETROSTATICO

distribui~iio estdtica
Vamos considerar uma distribuição estática de cargas el<ltricas
elétricas numa certa
região do espa~o
regiao espaço,, isto e,
é, uma configura~iio
configuração de cargas que permanece a mesma
com 0o correr do tempo. Como eé sabido, cargas eletricas for~as
elétricas exercem forças
umas sobre as outras, de forma que uma tal distribui~ao
distribuição de cargas origina
urn campo de vetores, 0o chamado campo eletrico,
um elétrico, que consiste no seguinte:
se colocarmos uma carga de valor unitário espa~o, ela
unitario em qualquer ponto do espaço,
sofrera a~ao
sofrerá ação de uma for~a,
força, que e
é a resultante das for~as
forças sobre ela exercidas
por todas as cargas da distribui~ao
distribuição original; essa força é, por definigao,
forga e, definição, 0o
campo elétrico distribui~ao de cargas. Esse campo tambem
eletrico da referida distribuição também seraserá
estatico, isto e,
estático, é, sera
será uma fun gao vetorial apenas do ponto do espaço
função espa~o onde
ele eé considerado, e não
nao do tempo.
tempo .
Particularizando ainda mais, supomos que 00 campo seja paralelo a um urn
plano, que podepo de ser tomado
tornado como o0 plano ay. xy. Isto acontece apenas em
situagiies
situações idealizadas; por exemplo, quando temos uma distribuigao distribuição de car-
gas cuja densidade permanece constante ao longo de retas paralelas a uma
dire~ao , digamos, a direção
dada direção, dire~ao do eixo Oz. condi~iies , 0o campo
Oz . Nessas condições,
elétrico ée representado por um
eletrico urn vetor E
E de duas componentes E1, E x e EH.
Ey.
O campo eletrico
Ocampo elétrico satisfaz as duas equagiies
equações seguintes:

. E : 8E
ÕEarx 8E
ÔE.3,1 _ _ .
divE=--+--Y
div Tm + ay = O'
0, (84)
(8 4)
8x 8y ,
eE
as,
8E
ax y _ ae,
8E
ayx __ 00
=
(sô)
(8.5)
8x 8y
equa~iies correspondem exatamente as
Estas duas equações às Eqs. 7.1 e 7.6 para fluidos
210).. E como se substituissemos
(pp. 205 e 210) substituíssemos 0o vetor velocidade qq pelo vetor
elétrico E. Assim, (84)
campo eletrico (8.4) significa
significa que 0o campo eletrico
elétrico eé solenoidal,
vale dizer, seu fluxo
fluxo atraves
através de qualquer curva fechada eé zero, 0o que eé verdade
desde que no interior dessa curva não nao haja cargas eletricas.
elétricas. A Eq. 8.5, por
sua vez, significa que 0o trabalho do campo elétrico
eletrico ao longo de um urn contorno
fechado eé zero.
Capitulo R epresentaqao conforme e aplicaqijes
Capítulo 8: Representação aplicações 261

Como no caso de fluidos,


ftuidos, as Eqs. 8.4 e 8.5 sao equa~6es de Cauchy-
são as equações
fun~6es Ex e --Ey,
Riemann para as funções fun~ao EI
Ey, de sorte que a função Ex -- iEy
z`E,, eé
analítica, liga~ao entre a teoria das fun~6es
analitica, e isto estabelece ligação funções analiticas
analíticas e os
campos eletrostaticos.
eletrostáticos.

Os potenciais escalares

Exatamente como no caso de fluidos, ftuidos , introduzimos aqui os potenciais es-


calares q,
qt e 'tb. qi eé a fun~ao
IjJ . q, função escalar a partir
part ir da qual obtemos 0o campo
eletrico
elétrico mediante E = grad q,.
= --grad qt.
Observe a presen~a
presença do sinal negativo
negativo,, que não nao existia no caso de ftuidos
fluidos
(quando escrevemos q = = grad q,)ct).. Ele ée uma conveniencia
conveniência não-essencial,
nao-essencial,
apenas para que q" nao -q"
gt, e não -ct, represente a energia potencial de uma carga
unitária no teorema de conserva~ao
unitaria conservação da energia.
o
O potencial 'IjJ,
rt, como no caso de fluidos, definido como fun~ao
ftuidos, pode ser definido função
harmonica de -q,.
conjugada harmônica -qb.
As curvas q,(x,
q5(a:, y) == const. e 'IjJ(x,
1l›(:z:, y) =
= const. sao são as cur-vas
curvas equipo-
tenciais e as linhas de força,
JOTl;a, respectivamente. Como se vê, ve, claramente, em
elétrico eé tangente ità linha de for~a
cada ponto 0o campo eletrico força e perpendicular ità.
curva de potencial constante por par esse ponto.
Dizer que '1/J
IjJ ée conjugada harmônica
harmonica de -q, -gt eé 0o mesmo que dizer que q, gb
harmônica de '1/1
eé conjugada harmonica IjJ (Exerc. 11 da p. 116), ou seja, que a função fun~ao

» f(z)=«/›+i¢
J (z) = "1/;+ iq,
eé analitica. fun~ao , obtemos não
analítica. Do conhecimento dessa função, nao somente os poten-
ciais escalares e 0o campo eletrico, vista
elétrico, visto que

Ex +
E2, + iE
íE,,y =I -q,x
-gb, -- i'IjJx
ira, = = -i('ljJx
-'¿(1p,,, -- iq,x) == iJ'(z).
2Íf'(z). (8.6)
distribui~ao de cargas na superfície
Lembremos que uma distribuiçao superficie de urn
um corpo
metálico da
metalico dá. origem a um elétrico que, nos pontos dessa superficie,
urn campo eletrico superfície, eé
perpendicular a ela.
ela. Como estamos lidando apenas com problemas pianos, planos,
corpo eé cilindrico,
o carpo cilíndrico, e sua superficie
superfície eé substituida interse~ao com
substituída pela sua interseção
o plano :ry cilindro).. Essa interse~ao
(tomado perpendicular ao eixo do cilindro)
xy (tornado interseção eé
Luna
uma curva equipotencial, já ja que 0o campo eletrico
elétrico eé perpendicular a ela.
transforma~ao, que nos permi-
Estudaremos, a seguir, uma importante transformação,
tirá for~a do campo eletrico
tira descrever detalhadamente as linhas de força elétrico originado
262 Capítulo 8: Representa9iio
Capitulo Representação conforme e aplica90es
aplicações

por um condensador carregado (Exemplo 8.4 adiante).

A transformação
A w=
transforma<;;3.o W = Zz +
+ eezZ

Vamos estudar a transforma~iio


transformação W + iv, restrita a
w == Zz + eeiZ == u + a seguinte
F do plano z = xz + iiyy (Fig. 8.4a):
faixa F
F: -00 < X < 00;
-oo<:r:<oo; -rríyírr.
-1C <::: y <::: 1C.

Escrevendo a transforma~iio
transformação na forma
_ l' _ IT
u=x+eXcosy,
fu.-:t+ei cosy, v=y+exseny,
fo-y-l-eseny, (8.7)

temos mais facilidade de visualizar as imagens das retas horizontais y = =


const. Assim, a imagem de yy == 0O e
é un == scx + eX,
ef, v == 0, que ée 0o próprio
pr6prio eixo
real do plano w, percorrido no mesmo sentido que sua pré-imagem,
pre-imagem, isto é, e,
quando xz varia de -oo +oo, 0o mesmo acontece com u.
- 00 a +00,

U y=1r/2

-n - b _ b

_? 1 x
nx 7 ; ""
II

(a)
(Ui (b)
(b)
Fig. 8.4
Quando y == 7r/
'fr/2,
2, podemos eliminar :r equa~iio da
x em (8.7), obtendo a equação
curva na forma v'U = 1C /2 +
rr/2 U
+ eeu,, que pode ser facilmente esbo~ada
esboçada (Fig.
(Fig. 8.4b).
Para estudarmos a imagem de qualquer outra reta y : = const., e
é conve-
niente considerar 0o declive do vetor tangente, dado por
mente
UI, ei”sen y
fa,-,C 1+e*~" cosy'
Capítulo 8: RepresentaqiIo
Capitulo Representação conforme e aplicaqr5es
aplicações 263

Observe que
. 'U . U
lim -ir
Vx =
= O0 e lim -'15
Vx =
= tg
tgyy
x_-oo
:r-›-oo U
ug:x x_+oo
:r-++oo U
um x
Quando 0O < y ::; É 11"/2,
rr/2, a imagem da reta y = = const. eé uma curva com declive
positivo,, 0o qual cresce do valor nulo em :rx =
positivo -oo ao valor tgy
= -00 tg y em .fc
X = +oo
= +00
(calcule e estude a derivada do declive); e, para cada ac, x, esse declive vai
crescendo itã medida que y vai-se aproximando de 11"/2. 'fr/ 2.
Quando y ultrapassa 0o valor 11"/2, 'fr/2, isto é, fr/22 < Y
e, 11"/ y < 11",fr, 0o declive começa
comec;a
com 0o valor nulo em as x =: --oo
00 e vai crescendo e tendendo a +oo +00 ità medida
que 1:
x se aproxima do valor a:x === - log(-
-log( y) , onde a derivada uumx se anula.
- cos y),
Neste valor de as x a curva tern
tem tangente vertical; e, para :c x > - - log(-
log( - cos y),
o declive eé negativo.
Qua ndo y = 11",
Quando ir, a curva eé simplesmente 0o raio v'U = fr 11" percorrido mna uma vez
.de
deu:u = -00 au = --11 quando
-ooa'u.= quandoarvariade - 00 a x = 0 (note que
x varia de -ooaa:=0 u = x - eX) ,
queu=a:-ef),
e outra vez de u = -1 au au= = -00
-oo quando 11: x varia de z x = 0O a arx = +00.
+oo.
Como vfu ée func;ao impar
função ímpar de y
y,, para obtermos as imagens das retas com
y negativo, basta refletir no eixo dos u as imagens obtidas com y positivo.

o
O condensador de placas paralelas

Eletrostática, 0o primeiro
Vamos considerar dois exemplos interessantes da Eletrostatica,
um condensador de placas planas e paralelas, infinitas
deles ilustrando urn infinitas em
todas as direC;6es;
direções; e 0o segundo, um são semi
urn condensador cujas placas sao semiplanos
pianos
paralelos.

8.13. Exemplo. Seja a um número positiv~


urn numero positivo qualquer. De acordo com
(8. 6), a func;ao
(8.6), função
aa: + iay,
I(z) = az = ax
ƒ(z)
definida em todo 0o plano, da
dá origem ao campo eletrico
elétrico
Ex +
Em + iEy
iEy =
= il'(z)
'¿ƒ'(z) =
= -ia,

isto e,
é,
Ex = 0 e E y = -a.
Além disso, 1/J
Alem aa: e q,
1/1 = ax qb = ay, de sorte que as linhas de forc;a
força sao
são as retas
verticais as
x == const., enquanto as retas horizontais y == const. sao
são as curvas
(no presente caso, retas) equipotenciais.
264 Capitulo 8: R
Capítulo epresenta y8.0 can
Representação forme e apJicayoes
conforme aplicações

Quando nos restringimos ità faixa -h -fz < y < h, a situa~ao


situação que acabamos
de descrever corresponde a urn um condensador de placas paralelas y = = h e
y = --h,
h , respectivamente. Se designarmos par por V
V e --V V os potenciais nessas
tamar a =: V
placas, devemos tomar V// h para que 0o potencial no interior do conden-
(-h.h < y < h) seja ¢da =
sador (- Vy/h;
= Vy e o campo elEltrico
/ h; eo elétrico sera
será dado pela única
unica
componente (da direção Ey = -V/h. Fa~a
dire.,ao vertical) E3, Faça a figura
figura corresponden-
teo
te.

8.14. Exemplo. Vamos agora considerar 0o caso de urn um condensador


cujas
cuj são dois semi
as placas sao semiplanos
pianos paralelos, as quais estão
estao separadas por uma
distância
distancia 2h e sao
são mantidas
rnantidas a potenciais V e --V, V , respectivamente. Para
isso, vamos nos valer da transformação
transform~ao estudada ha há pouco, w == z+e z . Como
z+ez.
-7r 7r
vimos, ela transforma a faixa -fr < y < fr do plano z em todo o plano w,
virnos, 0
excetuados os raios w i7r,
± irr, uU. variando de -oo
'w = u :I: - 00 a -1. Portanto,
Portanto, se
substitujrmos z por 7rz/V
substituirmos az/ V e wuz por 7rw/
rrw/h., transforma~8.0
h, obteremos a transformação
7rW _: :fi
É r. zj V
7rZ + errz/V,
h
h. - V
V +e ,
que leva a faixa --V V < yy < V
V do plano z em todo 0o plano w, excetuados os
raios u ±
:I: ih, u variando de --oo
00 a -1.
- 1. Finalmente, trocamos os papéis
papeis de 2:z
transforma~ao
e w, obtendo a transformação

W t--+ Z =
g(w) = É
wi-_-›z=g(fw) =~ (7r; +e~wiV) ,
_¡_errw/'V),

que agora leva a faixa --V V <v < VV do plano w ern


em todo 0o plano z, exce-

tuados os raios :r x variando de -00
:l: ih, :r -oo a -1 (Fig. 8.5). Sao
São estes raios
no plano z que representam
representarn as placas do condensador.
fun~ao z t--+
Observe que 9g eé a inversa da função I-› Ww = ƒ(z),
J(z), que produz 0o
elétrico e os potenciais .p
campo eletrico 1,0 = u e ¢qt = V.
1:. Desdobrando a fun~ao
função 9g em
suas partes real e imaginária,
imaginaria, obtemos:

X
h.
= -h (7rU
- +
:E:;r__($_|_ei"l'l£/I/rCOS%),
e1!"U
I V cos -7rV) Y = -; V
h
h (7rV + e~u I VsenV
y:;(?TVU+efiU/l/Sen_7ríU). 7rV) .
7r V V '
Estas sao
são as equagoes
equações paramétricas for~a u
parametricas das linhas de força 'u. =
= const. e das
curvas equipotenciais v'U == const. 0O campo eletrico, representa~ao
elétrico, em sua representação
complexa, eé dado por
_ _-
í - -i V
V 11
E = E x + iEy = i f' (z) = = = - i - ' ----=~=
dz/ dw h 1 + e~w l v'
Capítulo 8: RepreseIlta({aO
Capitulo Representação cOIliorme
conforme e apJica({oes
aplicações 265

A Fig. 8.5b ilustra as liIlhas for~a, que se aproximam de retas Ilas


linhas de força, nas
partes mais iIlternas
internas ao condensador e se curvam nas proximidades das bor-
eletrico, por sua vez, aproxima-se do valor -iV
das. 0O campo elétrico, -iV/hj h (do exem-
plo anterior) nos pontos mais internos ao condensador (u -> -(0). Observe
-› -oo).
tambem
também que ill -> ±iV
É -+ :l:-iV nas proximidades das bordas,
bordas , e, em conseqiiencia,
conseqüência, alai
ocampo nao corresponde ità. realidade, apenas traduz
infinito. Isto não
o campo tende a infinito.
as limita~6es
limitaçoes do modelo matemático.
matematico.

.V

ë I? /«
to r- -Í , f ~››
mi
u
M 777 7
x
X

I-v
(a)
(0) U1)
(b)

Fig. 8.5

EXERCÍCIOS
EXERcICIOS

1. A Fig. 8.5 pode ser cODsiderada


considerada ilustrativa de um fluido ao longo de um
urn escoamento fluido urn
canal de largura 2h, que se abre em :lr
x= função potencial F(z
= -1. Escreva a fUllC;iio F(z)) == ¢+i'lj;
çb+i'çD
adequada a essa situac;ao,
situação, e descreva 0o campo de velocidades do escoamento
escoamento,, conforme
a notação capítulo anterior.
notac;a.o do capitulo
2. Determine 0o potencial ¢qb no interior de um
urn condensador formado dois cilindros
formada por dais
um de raia
coaxiais, urn onde 0o potencial e
raio R, aode urn valor constante V
é mantido em um V e 0o
Dutro raia a < R
outro de raio R,, mantido a potencial zero.
3. eletrostatico ¢
Determine 00 potencial eletrostático x2 +
qb no semicilindro 1:2 -|- y2 < 1, y > 0, tal que
I, Y
¢çb = O em y =
= 0 = 0 e 1> x 2 + ya
ci == 11 em 3:2 y2 == L1. Sugestao:
Sugestão: A inversa da transformac;ao
transformação
obtida no Exemplo 8.9 leva 0o disco unitario
unitário no semiplano superior, e 0o diametro
diâmetro
desse disco no semi-eixo [0, +iooJ. Observe, entao,
[O, +ioo]. então, que a referida inversa leva 00
semidisco
sernidisco superior no primeiro quadrante. Finalmente, z I--------t
|~› z2 leva este quadrante
no semiplano superior.
REFERÊNCIAS EE BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
~

REFERENCIAS

Existem muitos livros bons de variaveis


variáveis complexas recomendáveis
recomendaveis ao estu-
dante que deseje prosseguir seus estudos nessa area. área. Em português
portugues temos
a citar 0o livro de Alcides Lins Neto [L], mais avangado
avançado que 0o nosso e que já ja
se encontra em sua 2! 2ë edi<;ao.
edição. _
oO livro de Conway [C] ée um urn texto muito utilizado nos cursos. Seu
Apêndice B eé uma coletanea
Apendice Coletânea de referencias bibliognificas bem
referências bibliográficas bern selecionadas
e comentadas, dando uma orienta<;ao
orientação bastante útil
util ao estudante.
oO livro de Ahlfors [AI],
[A1], vinte anos mais antigo que 0o de Conway, con-
tinua urnum classico
clássico consagrado, muito usado nos cursos, e vai alem além do texto
de Conway
Convvay no material apresentado. Mais extenso ainda, aínda, de feição
fei<;iio enci-
clopédica,
clopedica, eo é o livro de Markushevich [M1J.
Ao estudante interessado em Dinamica
Dinâmica dos Fluidos recomendamos, aJem além
dos titulos
títulos [C1J
[C1] e [M2], o0 livro de Batchelor [B], cujas seções
se<;oes 6.6 e 6.7 contem
topicos relacionados ao material tratado em nosso capitulo
tópicos capítulo 7.
[A1] L. AHLFORS, Complex Analysis, McGraw-I-Iill.
[A1J McGraw-Hill.
[A2] G.
[A2J C. AVILA,
Ávm., Introdu~iio
Introdução à Análise
a Analise Mzzúemóúéaz, Editora. Edgard
Matematica, Editora Edgard
Bliicher
Blücher Ltda., 2~ edi<;iio,
2Ê edição, 1998.
[A3] G. AVILA, Calculo
[A3J Cálculo 3 - - F'un~oes
Funções de Vdrias
Várias Variaveis,
Variáveis, LTC Editora,
5!!
5-É edi<;iio
edição impressa em 1998.
[BI G. K. BATCHELOR, An Introduction to Fluid Dynamics, Cambridge
[BJ
University Press.
[Cli A. J. CHORIN
[C1J CHORIN E E JJ.. E. MARSDEN, A Mathematical Introduction to
Fluid Dynamics, Springer-Verlag.
[C2: J. B. CONWAY, Functions of One Complex Variable,
[C2J Variable, Springer-
Verlag.
[L] A. LINS NETO, Fun~oes
[LJ Funções de uma varidvel
variável complexa,
complexa, Projeto Euclides,
IMPA.
[M1J
[M1] A. 1. I. MARKUSHEVICH, Theory of Functions, Chelsea Publishing
Company.
[M2] R
[M2J R.. MEYER, An Introduction to Mathematical Fluid Mechanics, Wi-
ley Interscience.
Iuterscience.
ÍNDICE ALFABÉTICO
fNDICE ALFABETICO

A Corte. 66
Corte,
Curva de Jordan,
Jordan., 76
Ângulo de ataque, 232
Angulo fechada,76
fechada- 75
Aplicação topol6gica,
Aplica'iilo topológica, 250 regular, 78
ffigflla-T; 73 _ _
A,-cu
MeO eqüipotenctats. 261
Curvas eqilipotenciais.
continuo,
contínuo. 75
Jordan. 75
de Jordan, D
D
regular.
regular, 78
SimP1°S~ 75
simples. 75 na-âvzóz, 4955
Derivada,495s
direcional, 50
direcionaJ,
B Desenvolvimento
binomial, 137
13?
Boundary layer, 243 de Laurent, 14446
de I-'3“f°m¬ 144-46
de MacLaurin,
MacLaurin. 134
Taylor, 134
de Taylor.
cC naiguudmz do zúângulo.
Desigualdade do 13-14
triiingulo. 13- 14
Disco,26
Disco. 26
Calculo
Cá1°“¡° de
dfi integrais
ÍUÍCEIÉÍS de convergencia.
convergência, 129
de funções
de uigonométricas, 173-74
fun~Oes trigonometricas. ]3¡5¡,§¡¡¢¡¡
Distfulcia de¿¢ dois
dois ¡,0m°5_ 29
ponlos, 29
impróprias
impr6prias oi‹zi5âú
Divi~o de 5éz¡z5 de
de series az p‹›zên¢iz5,
potencias. 13940
139-40
funções multivalentes.
de fun~Oes multivalentcs, 169-73 ])¡,u|,1e¡, 220
Doublet, 220
resíduos, lólss
por resfduos, 161s5
contorno, 243
Camada de coniomn, E
Caminho. 78
Caminho.78 E
elétrico, 260--61
Campo clttrico, 260-61 _
5..1zz.5âziz1.zóo
solenoidal, 260 _§;§:§¿°
Elemento f“fl°1°flfl1-
'Equa~iio
187
funcionaJ, 187
C
Campo ' ` nal, 210
irrolacional, _
ciimäo lgotâää)
Circulayao, 209 de Bernoull1,.228
Bernoulli, 228
Ctlii-I(i1plae":çmlii1tar de um
Complementar conjunto 27
urn conjunto. de
de Cauchy-Riemann.
cauch-'f'R¡°ma""' 53-54 5354
C
Complexo 1 '
conjugado, '
6 ' na fonna
[la fOflfla polar.
PO l af. 57
conserv~ao da massa, 205
cgziãiãifaäuiliãa-gi
Condensador,
C - -
263-64 6 d° °°“?°"'?*?ã°
de
conuutndade. 205
de continuidade.
da massa' 2°5
Conectividade
°“°°f,'¡"Ídf:°77
multipla, 77 az capim,
de Laplace. 109 109
$m:¡gs.`77
simples. 77 d Pinvariângñ
invariancia por representação conforme. 248
representar;ao confonne.
C -
Conjunto dee Poisson.
oisson. 114
W112; a
abeno, 26
o, 26 Escoamento
. _ paralelo,
paraJelo. 213 _ _
compactgšzs
compacte, 28 Estabilidade do dgofiroblema
problema de Dmchlel. 1177
Dirichlet. 11
conexo.28 EstacionArio, 204
°°"°*°'
fechado.27
szpzmeneiâl
Exponencial. 2155, 61. 68
2 1ss. 61. 63
,f_¡°;Ê;%%',
limitado. 28
Exponenciallzfl
Exponencial t', 70
Constante de Euler, 21. 21, 137
continuação analftica.
Continu~ao miíúzz. 179-si
179-8 1 F
ao longo de caminhos,
caminhos. 188
da função
fu~i'io gama, 201-02 Fluido
Auido
direta de elementos funcionais, 188 J 88 homogêneo,
homogeneo, 204
por cadeias.
cadeias, 192-93 incompressível,
incompressfve l, 204
reflexão, 183
por reflexao. perfeito.
perfeito, 204
unicidade da, da. 179 Fluxo,
Fluxo. 205, 212
Continuidade.37
Continuidade, 37 Fonte,
Fonte. 2215-16
15- 16
Contorno. 78 Força
F~ de levantamento. 228
Converg~ncia
Convergência Fonnula(s)
F6nnuJa(s)
pontual.
pontua1. 120 de Blasius, 229-30
simples, 120 de Euler, 24, 63
uniforme, l20ss
uniforme. 120ss integral da derivada enésima.
enesima, 103
avo Indue
270 Imtiez Arƒaeéseú
Alfabet-ico

integral de C....:hy.
.n"'pdc Cuuchy. 101 N
II<
de 0.
De Moi,· ... II.
Moi-an:-. N
ll. 24
,-,
....... .
-'......
II<
de Kuna-inidtovski. 231-32
Ku ... ·' DllkoVllli. 211-32 Norma. 6
Fronteira. 27
Ff"O<l1.1no. IT Número """'pic_
N!Imm> complexo» 2231
..
""'ural.
natural. 191 adição, 3
F...,.-I<>(.x.). J4.3'
Funçioíãcsl. 34-35 urgummm.
...-~ B
mnllticn. dim
.-Jltico. 490s modulo. 6
......
comiam. n 37 multiplicação. 3. 4
mulLi~1.4
"'~.212
de corrente. 212 °P°~“.=~ 3' - .

-
dcfirudo
definida por
p:>r iai.:-prol. 1985:
iDIqraI. 19i1ss ,*",~2
1=Ifl= Imemifll- 2
... ~21
eaporleoeinl. .22..61.68
Il-22. 61. 63 pule ml. 2
P"'" raJ.
exponencial
""""""""W~.?O :'. 10 pm-tlluo. 33..•4., ~9
produto.

.....
gama, lmss
~11l\l
harmônica. Id?
hilnOOoic. OOO'
lulmidnica conjugada.
ljupila. I111
II
quociente. 6..
quoei."""

"'l"""Knt.,.iu
6. 10
rqnsc~ arifka..
representação
IU
ztñflcl. 4
polor. T.
rcpltscnlação polar. 7. 8E
"'p"rb6lica$. 60\
64 Inibcação.
UbIrao;"'- 3
l\oIIlmorf... 51
SI Nlinocroo de:
Números 1kruo\I1 ~. 14)
de B:muu1I.i. [43
holumorfx..
ímpar. H3

_
Impat.I .3
inteira. }2
ialdra. 51 p
P
inversa. 2$0
.......... 250
Iogarltmicn. 6So>
I<>pilmico.. dia Pzfiiúziwim-útzao
1'a1"t1"'~1l8
mulrlvalcnlc. M
multivalmoo,
~.I43
pur. 143
~
pnusnciuis...
regular. 51
"lui"'.
simples. 251
oluqJles.2S1
65.. 10u
'mu

210-1 I
211).11 .
~"",,,

complexo. 4
cortado. 66
entendido.
.... 29
endKio.29
..1a¢Ieo fll/lcioBoi>. 181-$2
Perntmhleiadurelapocslmeionunlfll-112
"-""""",.
Plano

,rig<:>r<>mtlric".
trlgcnomtitzicas. 63-64
Iri~cao;n.c
153-64
u-igzooomerricu invenu.
univalente. 65
"';,"&ic1Kt.6'
..... 71
...
P6Io. IS)
Pólo.
Paulo
153
"de ncumidneio. 23
1Ie"""",~ 28
de eua;-mein. 212
""~212
G de~M.I")
de ranliñmlçio. dd. 193
...m.:.. 26
Gerard:-lhnçãomaflücmllfl ........ "
is'-nlldn. E
mlllliiplo.
mdltipk>. 76'Tú
Pluurznciallisi
PoIcn<iol(is)
H enmpl-em. 212
~.w. 2 12
de ,'clocidadc:. 211
do velocidade.
Homeomm-fisrno, 150 elenostãüco. 260
elmoo!.llH:<:>. 161]
escalares, 210-
eKoiores. l 1. 261
210 1l.
PrirmLi .... 93
Primitive.
Principio
/'nI'C11""
_ _ lie otric:i do pOIirociaI. 136 Iefleliu. 111
de reflrxiG. 18.3
Identidade de séries de potências. B6
Integnltisi
1""'",,1(;') du nrgumcmo. 176
do.........,.,w,J76
.,...;,,-81 ..
ctlI'\fiIl-IIH. Elsa do rnhimo.
máximo. 117ll?
de_""",-Il ..
dll! fllilltlflh. Illu do mIDimI>. 116
60 II6
dem-LIM
de Fresucl. 163 do m6duIo mhimo. LII4
módulo IIlLWoo. I.
Iuvcnio .Iobo.i.
\.II,-,;n.io global. 2'
251I do medido minimo.
lI<>m6dulomf.,; I IG
...... 116

~. E0
local. "" Problema
-~ de Dirichlet.
de: 1144
])iri<:hk~ 11
do N.u.... nn. 114
de Nemnmm. II4
L Produto
Produ.o
de "números
de complexos. 3. 4. 9
..... «>$ C<I<IlPIOxoo.
Lemad: Jordan. IM-65
LemodoJO<tIao.IM-M de séries do
do.tria ih potencia. 138-39
poIfn<1aI. 1.18-39

......
limite.
Linha:
36-37.40'
Limi~ 36-37.-10

de oonmm. II!
do~212
Prolougunemo mdfiieo. I??-Bl
~....utico.179-I1
uuieidnie <Ill.
....i<:idtde do. U9
179
do força. 251
de~261
Q
Q
...
lnguñuuo. ~SI
LopritalO. Eis:
~",""ipil66
ramo.
~ GE Quociente
vainrpri.n~=ip.|1. do
VI"'" priI'C'pal, 66
"'""'""
de números cmnplmtol. 6. Ill
"""".......,.""""'~oo.6,
séries de po!f""lu.
de st6e$
10
po1Bnciu.l3B-39
lJa·l9
M
R
Müdnllfl. E
M6ciIaID.6
"",-,,,,,,
minimo. 1I II4. Raiodeomvuzimiallâ.
RoIode«lll' <qh>oi&. 129. 131
minimo. 111
mini"", 1 I? Raiz
Ivlovimeun esucioulrio. 104
M~~l().] "" dnmiidadelfi
do YIIidaok. 16
Hfllllvliflcifl
Multlpl~ cabima. 15
c:£¡i:|1:¡,15
...
Ú: n.m.c-
n1i:|!|:I.'.'l'I1s complu .... l3,••-Il.• 9
cuutplltxnl. pri:niIivl.lIl
JII'I""bV", U
de idrieo de potluciu.
60stnelde l3!-39
po<tDciM. IlI·)9 Ila|no.l5ü
Ran"oO.i>6
ínâwz A1ƒzz1›‹.z1:z‹z‹›
tndice Alfabetico 271 271
Razão cruzada,
Rwlo cmzada, 256 Green, 89-90
de Green.
Regi1io,28
Região. 28 de Jordan,
Jordan. 77
mullipiamente conexa, 77
multiplamente T? de Liouville, 106. 150
simplesmente conexa, 77 de Morera, 106
Regra da cadeia, 52 de Rouché,
Rouchi, 177
Regularidade no infinito,
infmito, 147 resíduo, 157
do resIdua,
Representação
Representa(:1io fimaamzzúzi
fundamental da Álgebra 107.
da A1iehra. 107. 177
177
conforme, 245ss
24555 Teste M de Weierstrass. 122
paramétrifla. 75
parametrica, Transformação
Transfonna~ao
Resfduos, 157
Resíduos, conforme, 245ss
confonne, 24555
Rotação pura. 218
Rota~iio purn, de Joukovski, 235
Möbius, 232-34, 25355
de Mobius, 25335
Ss de Schwarz-Christoffel, 252

Série
Serie u
U
binomial, 137
binomial,137
de fun~Oes.
funções, 97ss Unicidade
de Laurent, 144 da continuação analítica. 179
continu~ao analitica,
MacLa1I1:iI1. 134
de MacLaurin, do problema de Dirichlet.
Dirichlet, 155
de potências,
poll!ncias, 10355
103ss do problema de Neumann,
Neumann. 117
de Taylor, 134 do prolongamento analftico,
analítico, 179
Wcierstrass, 141
dupla de Weierstrass, '' 2
Unidade imaginiria,
i1:|1agmana.'
Singularidade, 189
do tipo pólo,
p610. 153
essencial, 154 v
V
isolada,
isolada. 151
na fronteira do disco de convergencia,
convergência, 190 Valor
removfvel, 152
removível, absoluto. 6
absoluto,6
Sumidouro, 215-16
215-1 6 propriedades do.
do, 13
Superfície de Riemann, 19355
Superffcie 193s5 principal, 66, 70
Velocidade complexa, 212
Viscosidade. 242
T Vizinhança,
Vizinhan\a, 26
infinito. 29
do infinito,
Teorema perfurada.
perfurada, 26
aplica~ao de Riemann.
da aplicação Riemann, 252 Vórtice. 215-16
V6rtice.215-16
divergência, 90
da divergencia,
série dupla de Weie1¬strass.
da serie Weierstrass, 141
da unicidade da cxtcru;ao
extensão anaUtica.
allalítica, 179 zZ
de Casorati-Weierstrass. 155
ISS
(Cauchy-Gonrsafl. 91-92
de Cauchy (Caucby-Goursat), Zero de ordem m, 143
148
 

 
 

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6 7 8 9 ID
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14
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15

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