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História em curtíssima metragem

A música tem uma ligação ao cinema desde seu nascimento com os irmãos Lumiére. Inicialmente todos os filmes eram “mudos”, ou seja,
não tinham elementos sonoros. A música era tocada ao vivo durante a sessão, a música auxiliava nos sentimentos expressados e na
sensação de movimento ao filme. Interessante observar que as primeiras salas de cinema eram na verdade teatros adaptados, assim
sempre havia um piano ou órgão (ou em teatros maiores, orquestras). O que se tocava? Trechos de peças conhecidas. Existiam catálogos de
trechos musicais para serem tocados de acordo com o tipo de cena exibida.

O primeiro filme sonoro a ser lançado foi O Cantor de Jazz de 1927. Curiosidade, o som do filme era gravado em disco, assim quando se
“rodava” o filme era necessário “tocar” o disco na vitrola ou sistema de som.
Conceitos
iniciais
O termo trilha sonora é uma adaptação de soundtrack. Quando pensamos em trilha sonora
acreditamos que esse termo se refere apenas a música contida em um filme. Porém,
tecnicamente, o termo soundtrack designa todos os elementos sonoros que fazem parte de
um filme (diálogos, efeitos, sound design e música).

O soundtrack está presente em quase todas as produções multimídias: games, teatro,


publicidade e etc.

Para a música composta ou usada em um filme existe um termo específico para a música
de um filme, score. Em português utilizamos o termo música original do filme ou música
original (ou banda sonora em Portugal).

O papel da música no filme tem diversos papéis e funções. O especialista Alex North define o papel da música no cinema como:

“Ir ao encontro das demandas e necessidades do conflito da história e da inter-relação dos personagens envolvidos, e se possível, adicionar
um comentário pessoal.”

A música inserida em um filme ajuda a potencializar os contextos da trama, intensificar entendimento das sequências e caracterizar a
identidade, psicológica e as emoções dos personagens. A música também pode caracterizar o cenário onde ocorre a ação de forma temporal
e geográfica. Ela também pode ser usada para causar contrassenso e ironia.
Não há um gênero específico para composição de uma música original para um filme. Contudo,
existem alguns padrões. Por exemplo, filmes épicos e de fantasia utilizam a linguagem orquestral
(Senhor dos Anéis, O Hobbit, Harry Potter, Maze Runner).

A música também pode ser utilizada com a função de caracterizar o ambiente onde ocorre a ação do
filme tanto temporal quanto geograficamente. Por exemplo: em um filmes sobre gângsteres nos anos
30, provavelmente, teremos temas de jazz swing. Já num filme sobre gangues da Califórnia nos anos
90 teremos temas de RAP.

Existem formas mistas ou inesperadas como a trilha sonora do filme Flash Gordon composta na
íntegra pelo banda inglesa Queen.

A trilha sonora pode ser (a grosso modo) dividida em três categorias:

Música Original - Quando a música é composta para o filme tendo o roteiro do filme como inspiração
direta. Normalmente é instrumental.

Canção Original - São canções muita vezes que também são compostas com inspiração no roteiro.

Música Adaptada - Quando uma obra que já existe é utilizada dentro de um filme ou sequência do
filme. Concedendo ou redefinindo seu significado original. Exemplo: o poema sinfônico Assim falou
Zaratustra, de Richard Strauss usado no filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço. E a trilha do filme Pulp
Fiction.

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