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10/8/2017

Direito Tributário

Hipótese de incidência  Fato Gerador  Obrigação Tributária  Crédito Tributário

Lançamento

Crédito Tributário:

Paga – extinção

Paga indevido – restituição

Não paga – Dívida ativa – execução

Base de Cálculo e Alíquota

*Princípios:

Legalidade (art. 37 da CF)

Comum (art. 5º, II da CF)

Administrativa/Tributário (art. 150, I CF)

 IPTU

 Contribuição de melhoria

1.1. Regra 150, I CF, 97 CTN


A) Instituir/extinguir
B) Majorar/Reduzir ***

 mudança da B. Cálculo (97 §1º CTN)

 Atualização da B.C (97§2º CTN; S. 160 STJ)

C) Fato Gerador da O T Principal


D) Penas
E) Fixar:
Alíquota
B. Cálculo

F) Norma Geral

F Suspensão/Exclusão/Extinção

Suspensão Exclusão Extinção


Parcelamento Anistia Resto
Moratória Isenção
Depósito
Reclamações/Recursos Adm.
Liminar MS
A. Tutela
Salvo:

Decadência (art. 173 CTN) e Prescrição (art. 174 CTN)

Regular isenção e remissão ISS (art. 156 § 3º CF)

1.2 Exceções>

1.2.1 Lei Complementar: art. 146 CF

A) Dispor conflito de competência

B) Regular limitações ao Poder de Tributar

C) Normas Gerais

LC 116/03

LC 87/96

CTN

D) Decadência e Prescrição

E) Super Simples

Art. 146 § único CF LC 123/06

F Cooperativa

G Empréstimo Compulsório 148 CF

H IGF 153 VII CF

I Competência Residual (art. 154 ICF e 195, §4º CF)

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21/9 – Simulado.

28/9 – 1ª avaliação: questões de V ou F e as questões subjetivas.

30/9 – antepor duas aulas.

Não cobra o livro do semestre.

Vai fazer a chamada.

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Anotações:

Hipótese de incidência (o dia que!): Previsão em abstrato na letra da lei. Nada mais é do que o
princípio da legalidade. Primeira você faz a lei e depois pratica os atos, sob pena de insegurança
jurídica.

Após aplica a lei aos fatos que ainda vão acontecer.


Fato gerador (quando acontece efetivamente): vai materializar, concretizar, traz para o mundo
real a hipótese de incidência que estava na hipótese da lei.

Obrigação tributária:

Principal

Acessória

Principal: composta pelos tributos.

Tributos:

Impostos

Taxas

Contribuições de melhoria

Contribuições social

Empréstimos compulsórios

Exemplo: ICMS é uma obrigação tributária principal. Todos os tributos são obrigações principais.

Exemplo: penalidade em virtude de sonegação: multa! Pena pecuniária. Também é uma


obrigação principal. Tributos e multas são obrigações principais: art. 113 do CTN.

Obrigação acessória é a obrigação de fazer ou de não fazer alguma coisa, é uma ação ou
omissão ou uma prestação positiva ou negativa. Art. 113, §2º do CTN.

Exemplo: emissão de nota fiscal (obrigação de fazer dentro do IR).

Ajuste anual do IR: obrigação acessória: obrigação de fazer dentro do IR.

A multa, penalidade em Direito Tributário, sempre será uma obrigação principal: sim! Art. 113,
§2º CTN.

O descumprimento da obrigação acessória a converte em principal.

Ganhou dinheiro e tem a obrigação de pagar: tem que fazer o lançamento, com o objetivo de
constituir o crédito. Enquanto não lança, não sabe o quanto pagar. É o lançamento que vai
quantificar o crédito.

Pago a quantia: extingue.

Pago a mais: tenho direito a pedir restituição o que paguei indevidamente.

Não paga: dívida ativa – execução fiscal.

Não existe princípio da bagatela em Direito Tributário.

Base de cálculo: valor do bem ou valor da operação.


Exemplo de operação: pegar um empréstimo.

Alíquota: é um percentual.

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Princípio da legalidade.

Comum (Constitucional): art. 5, II da CF: o particular pode fazer tudo, desde que não esteja
proibição legal.

Adminstrativo/Tributário: o que a lei expressamente determina. Se a lei não existe não tem
competência.

Exemplo: contrato de locação (vale para contrato de arrendamento para áreas rurais – ITR). Se
o locatário não paga, o fisco irá cobrar do locador. A lei expressamente determina que a
responsabilidade pelo pagamento do IPTU ao proprietário. Art. 34 do CTN.

Os contratos particulares não servem para nada perante o Fisco: art. 123 CTN.

Contudo, o contrato pode ser executado na justiça comum.

Contribuição de melhoria: obra pública que valoriza imóveis particulares. Art. 82 do CTN. Não
pode entrar também na justiça comum para reaver o valor da contribuição de melhoria, no caso
em que o locatário não pagar: art. 8º, § 3º DL 195/67.

Art. 150 CTN: Os tributos são feitos por meio de lei. A regra em Direito Tributário é a lei
ordinária.

Observação: para ser lei complementar, tem que estar expresso. Lei específica: (lei ordinária
específica).

A) Instituir/Extinguir – Regra – 150, I CF: tributos são instituídos e extintos por meio de lei.
Verdadeiro.
B) Majorar:
Para majorar tem que ser por lei ordinária.

Reduzir:

Para reduzir o tributo basta um decreto. Todas as reduções são feitas por
decreto.

Mudança da Base de Cálculo: art. 97 §1º CTN:

Se for modificada e tornar o tributo mais oneroso, será por lei ordinária.

Se for modificado e tornar o tributo menos oneroso, basta um decreto.

Art. 97 §2º: atualizar não é majorar e sim corrigir. A atualização é feita por um meio de decreto.

Súmula 160 do STJ: se essa atualização for acima da inflação, deverá ser por lei ordinária.

Fato Gerador da obrigação principal é estipulado por lei ordinária.

Penas: Lei ordinária.

Fixação (criar) da alíquota e da base de cálculo é feita por lei ordinária.


Norma Geral: é sinônimo de conceito/regular/explicar/interpretar. Todas as normas gerais em
Direito Tributário são feitas por Lei Complementar.

Art. 97, inc. VI: causas que suspendem, extinguem e excluem o crédito são feitas por lei
ordinária.

Parcelamento: exemplo: Refis.

Liminar: decisão provisória: art. 7º, inc. III da Lei Ordinária nº 12.016/2009.

As tutelas provisórias e de evidências: a partir do art. 300 do CPC.

Isenção e anistia: Lei Ordinária:

Exceções: decadência e prescrição são causas que extinguem o crédito. São normas gerais no
CTN que explicam a prescrição e decadência: LC.

Art. 156, §3º Regula a isenção e remissão ISS: LC.

Exceções:

Lei Complementar: Art. 146 da CF: cabe a lei complementar dispor sobre o conflito de
competência

Conflitos de competência, inc. I

Negativo: todas as vezes que há uma recusa (deposita em juízo - consignação)

Positivo: todos querem cobrar.

Regular limitações ao poder de tributar, inc. II. O poder de tributar é limitado:

Princípios/imunidade (são DGI).

Direitos e garantias individuais. São cláusulas pétreas.

Só o texto constitucional pode criar um princípio e uma imunidade por serem


cláusulas pétreas.

Art. 146, inc. III – Normas Gerais serão feitas por lei complementar.

LC 116/03 ISS (Municipal)

LC 87/96 ICMS (Estadual)

CTN: foi recepcionado pela CF de 88 por meio de uma Lei Complementar. O CTN é uma norma
geral do início ao fim.

Decadência e Prescrição: LC.

Super Simples: tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas e Pequeno Porte. Art.


146, par. único CF LC 123/06 (essa lei apenas estabelece normas gerais).

Exceção:

Cooperativa: tudo que fala de cooperativa é feita por lei complementar: art. 174, §3º da CF.
Empréstimo Compulsório, IGF e a Competência Residual são de competência exclusiva da
União, e se ela for criar vai ser por lei complementar.

LEGISLAÇÃO

CF

Art. 146. Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,


especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos


impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas


sociedades cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as


microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art.
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da
contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também


poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento


diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da


parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados
será imediata, vedada qualquer retenção ou
condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 42, de 19.12.2003)

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser


compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional
único de contribuintes. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de


tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência,
sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas
de igual objetivo.

(...)

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir


empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante


interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo


compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição.

(...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

(...)

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo


anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária,
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de
sua criação.

(...)
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo,


cabe à lei complementar: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação


dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de
1993)

III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e


benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

(...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de


forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a


manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto
no art. 154, I.

Código Tributário

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o


disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária


principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo
52, e do seu sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de


cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e
65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou


omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras
infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de


créditos tributários, ou de dispensa ou redução de
penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da


sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do
disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor
monetário da respectiva base de cálculo.

(...)

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário


extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento


poderia ter sido efetuado;

II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado,


por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se


definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data
em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento.

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em


cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I - pela citação pessoal feita ao devedor;

I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução


fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe


em reconhecimento do débito pelo devedor.

Súmula STJ
Súmula 160/STJ - 11/07/2017. Tributário. IPTU. Correção
monetária. Reajuste, por decreto, com índice superior ao
oficial. Inadmissibilidade. CF/88, art. 150, I. CTN, arts. 33 e 97,
§§ 1º e 2º.
«É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em
percentual superior ao índice oficial de correção monetária.»

17/8/2017

1.2.2. Decreto/Portaria

A) Chefe do Executivo
Pode Alterar

Só alíquota

II/IE//IPI/IOF= art. 153, § 1º CF

B) Combustiível  CIDE: 177, §4º, I, b, CF

Reduzir e Reestabelecer

1.2.3 Medida Provisória 62 CF

A) Fungível

B) Infungível

C) MP pode: (art. 62, §2º CF)

Criar

Majorar

D) Só produz efeitos 01/01. Se converter em lei até 31/12

2) Princípios da anterioridade (art. 150, III b CF) e noventena (art. 150, III, c CF)

II IE IOF
Guerra/calamidade
IPI IR
Contribuição para seguridade: CIDE/ICMS Base de cálculo: IPVA/IPTU

EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE E NOVENTENA

NÃO OBEDECEM À ANTERIORIDADE MAS OBEDECEM À NOVENTENA

NÃO OBEDECEM À NOVENTENA, MAS


SIM À ANTERIORIDADE

2.2 Regra:

A)

B)

C)

3 Princípio da irretroatividade

3.1. Regra: 150, III a CF + 144 CTN

Lei A  FG Lei BLANÇA LEI C

00 02 03 04 06

3.2 Exceções:

3.2.1. Lei interpretativa 106, I, CTN


3.2.2 Ato não definitivamente julgado 106, II CTN

A) Abolir/Extinguir alíquota/tributo

B) Abolir/Extinguir acessória

C) Redução da multa

4) Princípio que veda o confisco

4.1 Tributo e multa

150, IV CF

4.2. Veda limitar o tráfego de bens/pessoas

Salvo:

150, V CF

4.3 Não pode:

Apreender/interditar: obrigar a pagar tributo: S. 70 e 323 STF

5) Princípio da isonomia: 150, II CF. 151, I CF + 152 CTN

6) Principio da seletividade

7) Princípio da capacidade econômica: 145, §1º CF

Capacidade contributiva STF

8) Princípio da progressividade

a) IR

b) ITR

c) IPTU

d) ITCMD

9) Princípio da não cumulatividade e

Repercussão tributária

Exemplo: fábrica  concessionária consumidor final.

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Anotações:

Decreto/Portaria: o Chefe do Executivo: o Presidente da República pode por decreto alterar


alíquota (majorar e reduzir) de Imposto de Importação, Exportação, sobre produtos
industrializados e sobre operações financeiras.
Funções do tributo. Fiscal: arrecadar dinheiro; ou extrafiscal (caso dos quatro acima): o
maior objetivo é fazer algo a mais do que arrecadar dinheiro – controlar o mercado, intervir
no domínio econômico, estimular ou desestimular o consumo de produtos.

Observação: pode subir excessivamente o percentual da alíquota para esses tributos acima.
O decreto apenas reduz ou majora os tributos extrafiscais.

Combustível: CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico); ICMS: Imposto


de Circulação de Mercadorias e Serviço: o Chefe do Executivo pode, também por meio de
decreto reduzir e restabelecer.

Ex: uma lei fixou alíquota de CIDE combustível de 30% - posso baixar para 15%? Sim. Mas
para voltar, apenas posso apenas chegar até 30% (isso que é restabelecer). CIDE e ICMS tem
função extrafiscal.

Terceira exceção sobre a legalidade:

Medida Provisória: relevância e urgência:

A) Fungível: Lei Ordinária é fungível com MP e Lei Delegada.


B) Infungível: Lei Complementar (quórum por maioria absoluta).

Observação: se no texto Constitucional estiver escrito nos termos de lei: pode-se fazer uma
MP e uma Lei Delegada.

Uma MP jamais vai poder criar normas gerais, IGF, competência residual, etc.: art. 62, §1º,
inc. III CF.

C) MP pode:
a. Criar
b. Majorar.

Art. 62, § 2º CF. tributo criado e majorado por MP, só vai produzir efeitos no primeiro dia do
exercício seguinte (01/01 do ano seguinte) tem que ser convertida até o último dia do exercício
anterior.

Exemplo: edição da MP no dia 02/12/2017: converter ela em lei no dia 06/02/2018. Vai produzir
efeitos em 01/01/2019.

Vamos supor que ela será convertida no dia 25/12/2017: efeitos: 01/01/2018.

2) Princípio da anterioridade e noventena: estão ligados à data de cobrança:

Pelo princípio da anterioridade (anterioridade anual) o fisco só pode cobrar tributo no primeiro
dia do exercício do seguinte.

Noventena: só pode cobrar tributos após 90 dias.

2.1 Exceções: art. 150, § 1º CF.

II, IE, IOF e guerra/calamidade: são exceções à anterioridade e são exceções à noventena. Se
eu criar um imposto publicado hoje, a partir de hoje já pode ser cobrado. Cobrança é imediata.

IPI, Contribuição para a Seguridade Social (COFINS, CSLL), CIDE (tem que ser de combustível):
não obedecem à anterioridade mais obedecem à noventena.
IR, base de cálculo do IPVA e IPTU: tem que obedecer a anterioridade.

2.2: Regra (se não estiver no quadro – devem obedecer à anterioridade e noventena):

A) Empréstimo Compulsório de relevante interesse nacional;

B) Alíquota da base de cálculo do IPVA e IPTU

C) ITBI

Exemplo: criar empréstimo compulsório de relevante interesse nacional em 01/8/2017.


Analise as datas abaixo e veja quais deverão ser usadas pelo contribuinte:

A) 01/01/2018 (essa é a data mais benéfica ao contribuinte!!)


B) 02/11/2017

Majorar a alíquota do IPVA: 01/12/2017:

A) 01/01/2018
B) 02/03/2018 (essa é a resposta da questão, por ser a data mais benéfica).

Reduzir o ITBI: por decreto: 01/12/2017

A) 01/01/2018
B) 02/03/2018
C) 01/12/2017 (essa é data, pois a anterioridade e noventena é quando aumenta. A
redução vai ser feita de imediato, por ser mais benéfica ao contribuinte.

3) Princípio da Irretroatividade. A lei é para o futuro.

Regra: 150, III, a CF + 144 CTN.

Exemplo:

Lei A, publicada em 2000.

Fato Gerador acontecido em 2002;

Lei B em 2003 – revoga a lei A;

Lançamento do Fato Gerador em 2004.

Lei C revogou B.

Qual a lei que vai incidir no fato gerador: a Lei A, era a vigente ao tempo dos fatos. Aplica-se ao
FG a lei que produz efeitos no momento do fato gerador.

Qual a lei que se aplica ao lançamento? Lei A! O lançamento é amarrado ao fato gerador:
aplica-se ao lançamento a lei que está em vigência na data da ocorrência do fato gerador, ainda
que posteriormente ela seja modificada.

Questão de prova: a lei não retroage. Verdadeiro – essa é a regra.

Exceções do 106 (exceção à irretroatividade)

1) Uma lei meramente interpretativa: não cria nada e nem inova no mundo jurídico. Vai
só explicar, conceituar, regular, vai fazer normas gerais. A lei meramente interpretativa
retroagirá em qualquer hipótese (art. 106, I CTN). Mesmo que a interpretação
prejudique o contribuinte.
2) Ato não definitivamente julgado:
A) Abolir/Extinguir (matar! o tributo ou a alíquota).
B) Abolir/Extinguir a obrigação acessória (fazer não fazer: nota fiscal,
declaração, etc).
C) Redução da multa (só retroage se for em relação à multa).

Questão: lei qualquer previu uma alíquota de 25% e uma multa de 10%. No meio
do processo, veio uma nova lei e reduziu uma alíquota para 12% e a multa para
3%. A alíquota é de 25%, mas a multa vai retroagir: 3%.

Princípio que veda o confisco: é vedado aos quatro entes instituirem tributo com característica
de confisco. Nem os tributos e nem as multas. A multa pode ultrapassar 100% que não é
confisco.

Art. 150, V: não pode tributar o direito de tráfego de bens e pessoas.

Salvo:

Pedágio (art. 150 V da CF)

ICMS

Pedágio: para ser constitucional, ele tem de dar vias alternativas.

Não pode:

Apreender mercadorias e interditar estabelecimentos como forma de obrigar a pagar tributo:


isso configura confisco. S. 70 e 323 STF.

Obs: não pode apreender o carro por motivo de IPVA.

Princípio da Isonomia:

150, II CF e 151 I CF + 152 CTN.

JOÃO MARIA JOSÉ


Brasil Arg. Alemão
Caixa Gerente Sócio
Wallmart Extra Carrefour
a) IR diferente em razão de nacionalidade diferente.
b) IR diferente em razão de profissão diferente.
c) IR diferente em razão de local de trabalho diferente.
d) IR igual

Resposta: d

Não pode diferenciar contribuintes pela ocupação funcional. No Imposto de Renda somente se
diferencia o quanto ganha. 150, II CF

151, I CF + 152 CTN: pode-se incentivar quem precisa de ser tratado assim.
Princípio da seletividade: essencialidade do produto: O IPI deve ser seletivo, o ICMS pode ser
seletivo. Quanto maior a essencialidade, menor o tributo.

Princípio da capacidade econômica: art. 145, §1º CF: Imposto de Renda e ao Imposto sobre
Grande Fortunas. Só analisa o imposto. Quanto mais ganha mais pagará.

Capacidade contributiva: analisa o total da carga tributária. Excluído o que tem a função
extrafiscal. Não pode ultrapassar 50%, exceto extrafiscal.

Princípio da progressividade. Aumenta gradativamente a cobrança do imposto:

a) IR – princípio da capacidade econômica.


b) ITR – Imposto sobre a propriedade rural
Função social
c) IPTU
Quanto mais improdutivo for, mais paga ITR.
d) ITCMD: Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação: é progressivo conforme variar
o valor do bem. Ninguém pode pagar mais de 8% do valor do bem.

Princípio da não-cumulatividade: só três.

ICMS

IPI

Impostos da competência residual.

Se é não cumulativo é só uma vez. Não cumulatividade é sinônimo de compensação.

Repercussão tributária: transfere o valor do tributo no preço do produto.

Exemplo:

Fábrica Concessionária Consumidor Final.

O consumidor final não é contribuinte do ICMS: art. 150, § 7º da CF.

A fábrica é o contribuinte, que transfere o valor do tributo no preço do produto. Repassa para a
concessionária que repassa para o consumidor final.

LEGISLAÇÃO:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República


poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de


impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão


graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado
à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas
do contribuinte.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os


limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem


em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência


da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que


os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada


a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de


tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

Art. 151. É vedado à União:

I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou


que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão
de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Árt. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata
e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.

Art. 177. Constituem monopólio da União:

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio


econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível deverá atender aos seguintes
requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 33, de 2001)

I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe


aplicando o disposto no art. 150,III, b;

CÓDIGO TRIBUTÁRIO

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,


excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de


ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei


vigente ao tempo da sua prática.

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador


da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado
ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,
para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por
períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:

I - em caráter geral:

a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o


tributo a que se refira;

b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do


Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente
concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações
de direito privado;

II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa,


desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.

Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever


expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território
da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada
classe ou categoria de sujeitos passivos.

Súmula 70

É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo


para cobrança de tributo.

Súmula 323

É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para


pagamento de tributos

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