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Centro Universitário Salesiano de São Paulo

Unidade de Ensino de Lorena

ISIS KAROLINA ALVARENGA DA CONCEIÇÃO

FICHAMENTO, ANÁLISE CRÍTICA E PLANO DE AULA

Lorena
2019
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Unidade de Ensino de Lorena

ISIS KAROLINA ALVARENGA DA CONCEIÇÃO

FICHAMENTO, ANÁLISE CRÍTICA E PLANO DE AULA

Fichamento sobre o artigo "Pará além do


lazer: a utilização do filme como recurso
didático em sala de aula", análise crítica e
um plano de aula para avaliação do Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório, do 3°
ano do curso de Licenciatura em História,
sob a supervisão de Hamilton Rosa

Lorena
2019
FICHAMENTO

A utilização de filmes em sala de aula vem sendo aplicada de forma a proporcionar


um intervalo recreativo ou como um recurso de premiação pela cooperação dos alunos,
conseqüentemente, o filme não costuma ser visto como uma fonte passível de ser estudada
e analisada na aula de História. (pág 96)

[...] o professor assume seu papel de investigador social e entra em contato com o
conhecimento que o aluno traz previamente e se utiliza dele para desenvolver a aula
através do trabalho com documentos, contextualizando-as em seu próprio espaço e tempo
e partindo daí para uma compreensão da relação do passado longínquo, seu presente e a
ligação com futuro. (pág 96-97)

Muitas vezes, os professores, por uma série de fatores como ausência de recursos,
quantidade excessiva de aulas, falta de motivação, comodidade, dentre outros empecilhos,
prendem-se ao livro didático e a aulas expositivas, com o uso exclusivo do quadro-negro e
do giz. Noutras palavras, sentem-se despreparados para utilizar recursos que fogem a seus
domínios específicos. (pág. 98)

Através de um filme, pode ocorrer uma aproximação maior com os fatos/momentos


passados. Muitas vezes, o que temos dificuldade de compreender e/ou visualizar lendo um
texto se torna mais claro quando assistimos a uma produção cinematográfica. (pág 98)

[...] o professor historiador deve ter como objetivo “levar os alunos a questionarem e
debaterem sobre o assunto, apontando seus posicionamentos e realizando uma análise
crítica”. (pág 99)

Essas representações [de uma realidade social ou histórica] são freqüentemente


encontradas nas fontes imagéticas do cinema, no qual, acabam contribuindo para um
desenvolvimento de um imaginário popular sobre a História. (pág 101)

Pudemos perceber que o processo de desconstrução de estereótipos em filmes


junto ao aluno, longe de provocar uma “desilusão” com a indústria de divertimento que é o
cinema, desperta o interesse que envolve a produção dos mesmos e a reflexão a respeito
da própria sociedade em que vive. (pág 102)

[...] buscar a autonomia do aluno levando em conta seus conhecimentos prévios e


lhe proporcionando um método de aula no qual ele é agente de seu próprio conhecimento,
contribui para que aulas com utilização de filmes como fontes não sejam apenas uma
“recreação”. (pág 107)

É preciso salientar a necessidade de um maior esforço por parte dos professores


para que a utilização de linguagens diferenciadas em sala de aula seja algo substantivo
para os alunos e com maior interação. (pág. 107)
O cinema como fonte histórica pode, portanto, fazer parte do elenco das fontes da
História, pelo que representa como criação e como manifestação do imaginário. Seja por
envolver um complexo processo econômico produtivo, como pela quantidade de
informações que contém e que nem sempre correspondem exatamente aos objetivos de
seus autores, ou pelo valor enquanto testemunho de uma sociedade e de uma época. (pág.
107-108)

ANÁLISE CRÍTICA

O texto traz o relato do uso de uma ferramenta didática, descrevendo os problemas


e os sucessos que as autoras tiveram durante a realização de seu projeto. Levando em
consideração a minha experiência pessoal, como aluna e como professora em formação, eu
diria que a minha memória concorda com as autoras, mas gostaria de oferecer uma opinião.
Durante meus anos formativos na educação básica, tive experiências com alguns
professores que decidiram experimentar novas práticas em suas aulas, e filmes
ocasionalmente eram uma delas. O problema acontecia quando o professor tentava mudar
o curso de sua metodologia do dia para a noite, esperando pensamentos críticos de
crianças para as quais ele não havia dado essa liberdade antes.
O mesmo pode ter acontecido durante a realização do projeto do artigo, mas
independente dos fatores o resultado é claro. Na minha opinião, tentar mudar a perspectiva
que os estudantes têm sobre filmes (que são apenas para entreter, não ferramentas e
documentos para serem analisados) deveria ser uma tarefa feita gradualmente, visando
deixar o aluno confortável com a nova liberdade de poder analisar e criticar ele mesmo, sem
precisar se focar em conteúdos de livros didáticos (que comumente vem com seções de
dicas de filmes e uma pequena resenha sobre o que ele se trata).
Como minha inferência final, preciso dizer que a parte mais interessante do artigo é
o gráfico em sua última página. Embora 45% dos alunos apenas comentaram sobre o filme,
este foi o suficiente para chamar suas atenções, o suficiente para que eles tivessem o que
escrever. Os 18% que copiaram do livro didático só precisariam de um estímulo para lerem
a informação do livro e criticar o que o filme acertou ou errou em sua representação. A
repetição dessa atividade seria ainda mais interessante para a comparação dos dados.
PLANO DE AULA
I- Dados de Identificação:
Escola: ​ETEC “Prof. Marcos Uchôas dos Santos Penchel”
Professor (a): ​Vânia Maria Ribeiro Lopes
Professor (a) estagiário (a):​ Isis Karolina Alvarenga da Conceição
Disciplina: ​História
Série: ​1º​ ​ano Integrado de Administração
Período: ​Matutino

II-Tema: ​A VIDA DOS TRABALHADORES NAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

III-Justificativa: ​As revoluções industriais afetaram não só a economia de cada país, mas
também como as sociedades se organizavam e a vida da pessoa comum. Acima de tudo,
as rápidas transformações que elas causaram trouxeram mudanças drásticas demais que
acabavam afetando a vida daqueles que mantinham as indústrias funcionando – os
trabalhadores. As transformações que ocorreram nas relações de trabalho com a criação de
novas tecnologias são um aspecto importante para a percepção correta dos estudantes
sobre as estruturas atuais de seus papéis como futuros trabalhadores dentro do capitalismo.

IV- Objetivos:
● Objetivo geral: ​Refletir sobre o impacto das revoluções industriais na vida das pessoas
comum, em especial o trabalhador
● Objetivos específicos:
- identificar a discrepância das classes sociais na Inglaterra pós-Revolução Industrial;
- Comparar as relações de trabalho do século XVIII com as do século XXI
- Avaliar a veracidade das informações do filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate"
(direção de Tim Burton, 2005, EUA) em contraste com o material didático

VI- Metodologia:
1ª Aula:
a) Sondagem sobre os conhecimentos prévios dos alunos sobre as Revoluções Industriais
b) Aula expositiva dialogada, visando transmitir os conceitos de cada Revolução
c) Iniciar a exibição do filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate"
2ª Aula:
a) Sondar o que os alunos se lembram da parte do filme que já assistiram, e logo depois
finalizar a exibição
b) Separar a sala em grupos para discutir o filme, usando como guia três questionamentos:
1. Na sua opinião, qual(is) Revolução(ções) Industrial(is) o filme mostra? Justifique sua
resposta.
2. Willy Wonka era um chefe justo? Leve em consideração na sua resposta a maneira
que ele tratou seus ex-funcionários e como ele trata os Oompa Loompas.
3. Qual é a mensagem do filme?

VII- Recursos didáticos: ​computador, Datashow, filmes, texto de apoio, quadro branco e
caneta de quadro.

VIII- Avaliação: ​será realizada a avaliação através da correção das respostas das
perguntas que cada grupo deve responder.

XIX- Referências:
BURTON, Tim (dir.). ​"A Fantástica Fábrica de Chocolate"​ (filme). EUA, 2005, 115min.

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