Você está na página 1de 12

Direito Internacional Privado

e a Nova Cooperação
Jurídica Internacional
ANDRÉ DE CARVALHO RAMOS
WAGNER MENEZES
(Organizadores)

Direito Internacional Privado


e a Nova Cooperação
Jurídica Internacional

Belo Horizonte
2015
CONSELHO EDITORIAL
Álvaro Ricardo de Souza Cruz Jorge Bacelar Gouveia – Portugal
André Cordeiro Leal Jorge M. Lasmar
André Lipp Pinto Basto Lupi Jose Antonio Moreno Molina – Espanha
Antônio Márcio da Cunha Guimarães José Luiz Quadros de Magalhães
Bernardo G. B. Nogueira Kiwonghi Bizawu
Carlos Augusto Canedo G. da Silva Leandro Eustáquio de Matos Monteiro
Carlos Bruno Ferreira da Silva Luciano Stoller de Faria
Carlos Henrique Soares Luiz Manoel Gomes Júnior
Claudia Rosane Roesler Luiz Moreira
Clèmerson Merlin Clève Márcio Luís de Oliveira
David França Ribeiro de Carvalho Maria de Fátima Freire Sá
Dhenis Cruz Madeira Mário Lúcio Quintão Soares
Dircêo Torrecillas Ramos Martonio Mont’Alverne Barreto Lima
Emerson Garcia Nelson Rosenvald
Felipe Chiarello de Souza Pinto Renato Caram
Florisbal de Souza Del’Olmo Roberto Correia da Silva Gomes Caldas
Frederico Barbosa Gomes Rodolfo Viana Pereira
Gilberto Bercovici Rodrigo Almeida Magalhães
Gregório Assagra de Almeida Rogério Filippetto de Oliveira
Gustavo Corgosinho Rubens Beçak
Jamile Bergamaschine Mata Diz Vladmir Oliveira da Silveira
Janaína Rigo Santin Wagner Menezes
Jean Carlos Fernandes William Eduardo Freire

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,
inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.
Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2015.

Coordenação Editorial: Fabiana Carvalho e Andréia Assunção


Produção Editorial e Capa: Danilo Jorge da Silva
Revisão: Fabiana Carvalho

341.9 Direito internacional privado e a nova


D598 cooperação jurídica internacional / André de Carvalho Ramos e Wagner
Menezes [organizadores]. - Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015.
412p.

ISBN: 978-85-8238-075-8

1. Direito internacional privado. 2. Cooperação jurídica internacional.


3. Direito internacional contemporâneo. I. Ramos, André de Carvalho (org.).
II. Menezes, Wagner (org.). III. Título.

CDU – 341.9
CDD – 342.3
Elaborada por: Fátima Falci
CRB/6-nº700

Rua Pernambuco, 1408, Loja 03 – Savassi


www.arraeseditores.com.br
Belo Horizonte/MG - CEP 30130-151
arraes@arraeseditores.com.br
Tel: (31) 3031-2330

Belo Horizonte
2015
Sumário

APRESENTAÇÃO........................................................................................ IX

Parte I
ASPECTOS GERAIS DA COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL...................................................................................... 1

Capítulo 1
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E SEUS ASPECTOS
PROCESSUAIS: A COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL
André de Carvalho Ramos......................................................................... 2

Capítulo 2
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL E SEUS
PARADOXOS
Wagner Menezes........................................................................................... 17

Capítulo 3
UM RÉQUIEM AO VELHO JUÍZO DE DELIBAÇÃO:
HOMENAGEM PÓSTUMA À TRADICIONAL COGNIÇÃO
NO DIREITO PROCESSUAL INTERNACIONAL BRASILEIRO
Boni de Moraes Soares................................................................................ 53

Capítulo 4
CARTA ROGATÓRIA E O AUXÍLIO DIRETO NA COOPERAÇÃO
JURÍDICA INTERNACIONAL
Denise Neves Abade.................................................................................... 79

V
Capítulo 5
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL E A BUSCA POR
VALORES COMUNS: UM ESTUDO DA STC 91/2000
Juliana Santoro Belangero......................................................................... 97

Capítulo 6
O PARADIGMA DA SOBERANIA E A COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL
Mariana dos Anjos Ramos......................................................................... 115

Capítulo 7
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO INTERNO: A RELAÇÃO
COM O DIREITO INTERNACIONAL E COM O
ESTRANGEIRO COMO PREMISSAS PARA A EFETIVA
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL
Saulo Stefanone Alle................................................................................... 134

Capítulo 8
A ORDEM PÚBLICA E SUA DIVERSIDADE COMO
FORMA DE FORTALECER A COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL
Thiago Rodrigues São Marcos Nogueira............................................... 151

Parte II
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL CÍVEL E PENAL..................................................... 165

Capítulo 9
DUPLA INCRIMINAÇÃO NO DIREITO INTERNACIONAL
CONTEMPORÂNEO. ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO
PROCESSO DE EXTRADIÇÃO
Anamara Osório Silva................................................................................ 166

Capítulo 10
TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PRESOS: MEDIDA
DE COOPERAÇÃO ENTRE ESTADOS OU DIREITO
FUNDAMENTAL DO SENTENCIADO?
Henrique de Castilho Jacinto.................................................................... 189

VI
Capítulo 11
A HARMONIZAÇÃO COMO ELEMENTO PARA COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E EUROPEIA
NO COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO
Luis Felipe Vidal Arellano........................................................................ 204

Capítulo 12
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL PARA
PRODUÇÃO DE PROVAS EM MATÉRIA CIVIL E COMERCIAL:
A PERSPECTIVA BRASILEIRA
Maíra de Melo Vieira................................................................................. 219

Capítulo 13
O ARTIGO V (1) DA CONVENÇÃO DE NOVA IORQUE
Vera Cecília Monteiro de Barros.............................................................. 231

Capítulo 14
A FLORESCÊNCIA DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
EM MATÉRIA ANTITRUSTE NO BRASIL: ENFOQUE À
COOPERAÇÃO NO COMBATE AOS CARTÉIS
TRANSNACIONAIS
Vivian Anne Fraga do Nascimento Arruda
Tatiana Lins Cruz....................................................................................... 254

Parte III
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL VERTICAL................................................................ 286

Capítulo 15
A COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NUMA ERA
DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
Andréia Costa Vieira.................................................................................. 287

Capítulo 16
ASPECTOS CIVIS DA EXECUÇÃO DE SENTENÇAS
CRIMINAIS CONDENATÓRIAS DO TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
Luiz Fabricio Thaumaturgo Vergueiro....................................................... 309

VII
Capítulo 17
CASO OMAR AL BAHIR: UM PRECEDENTE QUE SE ABRE
NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
Priscila Liane Fett Faganello.................................................................... 320

Capítulo 18
A COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL ENTRE
O BRASIL E A CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS
HUMANOS
Rafael Santos Morais.................................................................................. 341

Capítulo 19
A COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL ENTRE O
BRASIL E A CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS
HUMANOS: UM ESTUDO DO CASO DAMIÃO XIMENES
FRENTE À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Thaiz da Silva Vescovi............................................................................... 382

VIII
Apresentação

“Direito Internacional Privado e a Nova Cooperação Jurídica Internacional” é


a reunião de artigos científicos de professores e pós-graduandos da Faculdade de Direito
da USP sobre um dos temas mais instigantes e plurais do Direito contemporâneo.
O Direito Internacional Privado, disciplina que foi introduzida no currículo dos
cursos de Direito no Brasil em 1915 (Decreto 11.530 de 1915), ganhou nas últimas déca-
das um papel de destaque. O aumento das interações, de todas as naturezas, entre indi-
víduos de diferentes Estados propulsionou a expansão das relações jurídicas transfron-
teiriças e, consequentemente, a necessidade de um maior fluxo dos produtos judiciais.
Nesse contexto, insere-se a necessidade de uma maior atenção por parte dos acadê-
micos e dos profissionais da área jurídica brasileiros aos temas a que se dedica esse livro,
compreendidos no âmbito do Direito Internacional Privado, mais especificamente, da
Cooperação Jurídica Internacional.
Em 2008, propusemos a disciplina “Cooperação Jurídica Internacional” para ser
ministrada na Pós-Graduação estrito senso das Arcadas, tendo sido ofertada, pela primei-
ra vez, em 2010. Cientes da importância do tema e da imprescindibilidade de um trata-
mento sério e comprometido da matéria, as aulas foram organizadas de modo a expor os
alunos do mestrado e do doutorado uma análise crítica e reflexiva sobre uma teoria geral
da cooperação jurídica internacional.
Após, e, em desdobramento da docência da matéria, selecionamos artigos de pro-
fessores e alunos para contribuir para a bibliografia na temática.
Inciando a Parte I, “Aspectos Gerais da Cooperação Jurídica Internacional”, André
de CARVALHO RAMOS apresenta em seu artigo a cooperação jurídica internacional
como um reflexo do novo Direito Internacional Privado, não mais somente focado nas
relações privadas e cada vez mais influenciado pela centralidade dos direitos humanos.
Demonstra a estrutura da cooperação jurídica internacional e a importância desta ser
abordada de uma maneira sistêmica.

IX
Em seguida, Wagner MENEZES estuda a temática da cooperação jurídica inter-
nacional, suas perspectivas e paradoxos na atualidade brasileira e os desafios para um
tratamento sistêmico do tema.
A demonstração de que o juízo de delibação como concebido pelos italianos e
compreendido até o final do século XX não mais se sustenta é feita por Boni de Moraes
SOARES, que, com sua experiência prática no Departamento de Recuperação de Ativos e
Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI-MJ), aborda o nascimento de
uma nova forma de cognição do Direito Processual Internacional, adequada ao contexto
atual de cooperação.
Denise Neves ABADE analisa, com profundidade, as semelhanças e diferenças en-
tre os veículos de assistência jurídica internacional, o auxílio direto e a carta rogatória.
Traz uma análise comparativa da legislação brasileira e disserta sobre a convivência e os
atritos de ambos.
Juliana Santoro BELANGERO aborda a busca por valores comuns na Cooperação
Jurídica Internacional usando como base o julgamento pelo Tribunal Constitucional
Espanhol da STC 91/2000.
Por sua vez, Mariana dos Anjos RAMOS reflete acerca da concepção de soberania
a ser adotada, tendo-se em vista a cooperação jurídica internacional. Adota uma “com-
preensão cooperativa de soberania”, tomando a cooperação como elemento imprescindí-
vel para que sejam efetivadas as funções soberanas do Estado, especialmente no que toca
à proteção dos indivíduos.
Já Saulo Stefanone ALLE faz reflexão acerca interpretação do direito interno no con-
texto da cooperação jurídica internacional, defendendo o aprimoramento dos processos
interpretativos na prática judicial brasileira, para atender a um sistema que se pretende
cosmopolita e para que o Estado estabeleça boas relações na comunidade internacional.
O tema da ordem pública e sua diversidade foi estudado por Thiago Rodrigues São
Marcos NOGUEIRA que abordou a questão sob a ótica do fortalecimento da cooperação
jurídica internacional.
Após, abrindo a Parte II, relativa aos “Aspectos Específicos da Cooperação Jurídica
Internacional Cível e Penal”, Anamara OSÓRIO SILVA expõe sua pesquisa sobre a dupla
incriminação no processo de extradição no Direito Internacional Contemporâneo. O
artigo demonstra o significado da dupla incriminação, expondo como fundamentos as
disposições nos tratados de extradição e na lei brasileira.
Em Seguida, Henrique de Castilho JACINTO trata do tema da transferência de presos
sob a perspectiva da Cooperação Jurídica Internacional e, também, dos direitos fundamentais.
Luis Felipe Vidal ARELLANO discute o papel da harmonização jurídica na coo-
peração internacional, descrevendo como este processo tem influenciado no combate ao
crime de lavagem de dinheiro no Brasil e na Europa.
Abordando o tema da produção de provas em matéria civil e comercial, Maíra
de Melo VIEIRA desenvolve sua pesquisa mostrando como o direito brasileiro e as con-
venções internacionais de CJI interagem na jurisprudência para garantir a efetividade da
cooperação também na fase probatória.
Vera Cecília Monteiro de BARROS, por sua vez, analisa o artigo V (1) da Conven-
ção de Nova Iorque, que cuida das hipóteses de recusa ao reconhecimento e da execução
da sentença arbitral estrangeira.

X
Vivian Anne Fraga do Nascimento ARRUDA e Tatiana Lins CRUZ analisam a
atuação das autoridades antitruste brasileiras na cooperação internacional de combate
aos cartéis transnacionais, na prática e considerando os instrumentos jurídicos em que
está calcada.
Por fim, na Parte III, “Aspectos Específicos da Cooperação Jurídica Internacional
Vertical”, Andréia Costa VIEIRA defende o direito humano à cooperação jurídica entre
Estados, abordando a cooperação jurídica internacional no contexto da nova era de
relativização da soberania.
Já Luiz Fabrício Thaumaturgo VERGUEIRO, aborda o tema dos aspectos civis na
execução de sentenças penais condenatórias do Tribunal Penal Internacional, explorando
face uma face pouco estudada da cooperação jurídica internacional vertical.
Priscila Liane Fett FAGNELLO, por sua vez, aborda a discussão gerada pelo despa-
cho do Ministro Celso de Mello sobre o pedido cooperacional do Tribunal Penal Inter-
nacional, que determinou a detenção e entrega do presidente do Sudão Omar Al-Bashir.
A autora utiliza como pano de fundo a adequação do ordenamento jurídico brasileiro às
obrigações contidas no Estatuto de Roma.
Após, Rafael Santos MORAES trata do tema da cooperação jurídica internacional
entre o Brasil e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo como ponto de
partida a análise dos casos em que o Estado brasileiro figurou no polo passivo.
Por fim, Thaiz da Silva VESCOVI desenvolve suas reflexões sobre a cooperação
jurídica internacional entre o Brasil e a Corte Interamericana de Direitos Humanos
usando como base o caso Damião Ximenez Lopes v. Brasil, primeiro caso em que o país
foi condenado naquele tribunal internacional.
Esse livro é uma contribuição das Arcadas para um novo Direito Internacional Priva-
do no Brasil, que possui forte ênfase na delimitação da jurisdição e na análise da coopera-
ção jurídica internacional. Com essa obra e outras produzidas pela recente doutrina brasi-
leira, forma-se, pouco a pouco, uma “visão brasileira da cooperação jurídica internacional”,
de interesse a todos os operadores do Direito e estudiosos da matéria no Brasil.

Outono de 2014, Arcadas


PROF. ANDRÉ DE CARVALHO RAMOS
PROF. WAGNER MENEZES

XI

Você também pode gostar