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RESUMO
Este estudo tem como objetivo investigar a presença da ludicidade na Educação Infantil. Trata-se
de uma pesquisa de natureza básica, com uma abordagem qualitativa. Configura-se em um estudo
de cunho bibliográfico, buscando através da revisão de literatura, autores que contribuíram
sobremaneira para essa temática, como Kishimoto (2011), Piaget (1975), Vygotsky (1994), entre
outros. De forma preliminar, o estudo constatou que existe uma produção bibliográfica e científica
bastante ampla. Também foi possível constatar que alguns dos métodos utilizados na educação
infantil visa exclusivamente ao envolvimento social. Em todo material investigado, a educação
infantil, em sua totalidade utiliza a ludicidade para promover além da socialização, a afetividade e
o desenvolvimento científico.
1 INTRODUÇÃO
Nesta pesquisa buscou-se refletir sobre o uso da ludicidade nas práticas docentes
desenvolvidas no contexto escolar através do estudo bibliográfico. Afinal, o lúdico torna-se uma
prática integral na educação das crianças. Através dos jogos, dos brinquedos, das cantigas, do uso
da música, da brincadeira as crianças aprendem de uma forma prazerosa, diversos conceitos, valores
e aprendizagens que fazem parte do ensinamento das crianças e ludicamente não se está
abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem apresentados.
Como já foi dito anteriormente lúdico é um adjetivo masculino originário do latim ludos
que remete para jogos e divertimento, o seu significado e seus conceitos são bem definido para
desenvolver saberes para a vida pessoal e profissional, com o intuito de interagir e intervir em seu
meio social de forma prazerosa. Para que o lúdico contribua na construção do conhecimento faz-
se necessário que o educador direcione toda a criatividade e estabeleça os objetivos fazendo com
que a brincadeira tenha um caráter pedagógico e não uma mera brincadeira, promovendo, assim,
interação social e desenvolvimento de habilidades intelectuais.
crianças. A prática de jogos lúdicos é uma atividade que exerce um importante papel na
socialização das crianças e até da humanidade.
Kishimoto (2002, p.28) diz que os jogos são criados e recriados pelo homem. “A criança
é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma
forma espontânea e criativa.” Sendo assim, a criança desenvolve a curiosidade pelo
conhecimento necessário para apropriar-se do mundo da cultura. Ainda de acordo com
Kishimoto (2011) “O brinquedo coloca a criança na presença de reprodução, tudo que existe no
cotidiano, a natureza e as construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do
brinquedo é dar a criança um substituto aos objetos reais manipulando-os”. (KISHIMOTO,
2009, P.18).
Kishimoto (1993, p.7) afirma: “Cada tempo histórico possui uma hierarquia de valores
que oferece uma organicidade a essa heterogeneidade. São esses valores que orientam a
elaboração de um banco de imagens culturais que se refletem nas concepções da criança e do
seu brincar.” Os homens primitivos, mesmo de maneira rude e peculiar, já demonstravam
curiosidade e envolvimento com as atividades lúdicas ao iniciar uma forma de comunicação por
desenhos, símbolos e formas representativas. Percebemos então que, dotado de um instinto
lúdico natural, o ser humano criou mecanismos de linguagem para comunicar-se. Isso reforça a
ideia de que a ludicidade é uma forma simples e natural de expressão pela qual todos os seres
humanos.
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O lúdico tem tanta influência que hoje é uma visão de um mundo real por criatividades e
descobertas no mundo infantil para o seu desenvolvimento na educação e melhoria mental e
saúde da criança. De acordo com Vygotsky (1984, p.97), “A brincadeira cria para as crianças
uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível
atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um
problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um
problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz”.
Ainda de acordo com Vygotsky (1984), o lúdico atribui relevante papel ao ato de brincar
na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, contato, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação
cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Então, a cada dia se pode
trabalhar e aprender o lúdico que não está somente nas brincadeiras, está também no ler.
As crianças de hoje estão brincando menos a cada dia por pouco tempo, algumas
crianças desenvolvem mais rápido, e reduz a violência do espaço físico e do tempo de brincar. É
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assim que as crianças têm atividades lúdicas que se preparam para a vida, assimilando a cultura
do meio em que vivem, a ela se integrando, e adaptando ao mundo social.
E falando em mundo social a brinquedoteca que surgiu na década de 60, com o objetivo
de assegurar à criança o direito de brincas e a valorização do empréstimo de brinquedos e
materiais lúdicos. Portanto a definição da brinquedoteca é como uma instituição recreativa,
cultural e publica que pode ser implantado em escolas ou em outros locais tais como, hospitais,
nos centros comunitários, em supermercados, em instituições públicas, em lojas, etc. então a
importância da brinquedoteca na vida das crianças é um momento que ela estão brincando se
aprende e junto o jogo que se bom funcionamento é necessário estar fundamentada em ações
bem definidas que ajudem a desenvolverem os seus raciocínios e o desenvolvimento infantil.
Vale a pena frisar que na brinquedoteca não é necessário ter muitos brinquedos e sim baseado
numa proposta educacional um local lúdico e feliz.
O professor pode ter várias idéias em relação as crianças ao brincarem com elas que
devem ser prazerosas, alegre e divertidas. Vale a pena brincar, brincando.
3. TIPOS DE LUDICIDADE
Esta informação é afirmada por Piaget (1975, pg. 66), que diz: “a evolução do jogo na
criança e a forma com que elas aprendem são divididas em três categorias: sensório-motor, o
jogo simbólico e o jogo das regras. “E é também confirmada por Bréscia (2003, p. 81) que
ressalta ‘os jogos musicais podem ser de três tipos que correspondem às fases do
desenvolvimento infantil” Sendo elas:
Sensório-motor: São atividades que relacionam o som e o gesto. As crianças podem fazer
gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouvem ou
cantam. Favorecem o desenvolvimento da motricidade. Um bom exemplo de atividade
sensório-motora é saltar no mesmo lugar com os pés juntos, lançar uma bola de meia dentro
de uma caixa de papelão e andar livremente batendo palmas; mas existem muitos outros.
Essas brincadeiras são jogos que se transformam em músicas e exercícios a serem aplicados
com as crianças desenvolvendo assim o aprendizado na educação. Simbólico: Esta busca
representar o significado da música, o sentimento e a expressão. O som tem a função de
ilustração e de sonoplastia contribuindo para o desenvolvimento da linguagem das crianças.
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Ludicidade se refere à música, a qualidade do que é lúdico e que é estimulado pelo lúdico.
O conceito de atividades lúdicas está relacionado aos jogos e as brincadeiras na educação infantil
pelo ato de brincar, sendo um componente muito importante para a aprendizagem para as crianças,
a ludicidade desperta prazer, tristeza e desânimo. Isso dá a forma e a criatividade dos
conhecimentos por meio de jogos, música e dança. O lúdico não é somente uma prática de
Pedagogia e nem foi inventada por ela, está presente na maioria na vida humana e com certeza na
educação infantil que é o início da aprendizagem na educação.
Buscar nas pesquisas o processo educativo através do lúdico recurso como, por exemplo, a
utilização da música e dos brinquedos. A utilização de alguns instrumentos musicais, a música
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como atividade e a construção de músicas com as crianças fazem com que elas venham a explorar
sua criatividade, utilizando mímicas, gestos, trabalhando assim vários aspectos que contribuem para
o crescimento cognitivo.
Ao escutar músicas educativas as crianças não ficam muito tempo sem informação porque
criam diversificados gestos devido às canções que lhes foram apresentadas. Hoje o conhecimento
sobre o lúdico é da importância de toda a humanidade que corresponde a muitos anos de estudos e
progressos que permitam uma aproximação e entendimento do mundo infantil.
Lúdico se transforma em brincar é uma forma de atividades complexa, que combina o faz
de conta com a realidade. Brincando a criança trabalha com suas mentes e vivência momentos
valiosos de aprendizagem. Ouvir, interpretar e dramatizar todo tipo de música é indispensável para
as crianças, porém as atividades como essas há o incentivo da expressão criadora e da capacidade
de observação. O professor deve apresentar as crianças diferentes ritmos musicais que varia de som
e de instrumentos.
Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (9394/96) que trata da
educação em geral e, em especial, a Educação Infantil - isto é, o atendimento a crianças de zero a
seis anos em creches e pré-escolas -, é direito público subjetivo assegurado pela Constituição
Federal de 1988. Abordaremos ainda a eficácia dessa legislação frente aos desafios enfrentados ao
longo dos anos pela educação no Brasil, concluindo, sobre a necessidade ou não de uma ampla
reforma nesse aspecto legislativo.
Infantil não tem um currículo formal, mas é organizada de acordo e respeita as seguintes regras
listadas abaixo:
O Referencial Curricular Nacional (1998) para Educação Infantil, documento esse que se
equivale aos Parâmetros Curriculares Nacionais e que embasa os demais segmentos da educação
Básica, foi modificado em 02 de março de 2017. A partir desta data (02/03/2017) os currículos da
educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base nacional comum, a
ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e
dos educandos. (LDB, 1996 (alterada em 2017), p. 21).
Verifica-se, portanto, que a "Constituição Cidadã", foi mais ousada que as suas
antecessoras ao elevar a educação ao patamar de direito fundamental, objetivo fundamental e
direito social da República Federativa do Brasil, seguindo, desse modo, a moderna tendência das
atuais Nações Democráticas cujas políticas encontraram-se centradas no bem-estar e na dignidade
da pessoa humana. Essa Constituição Cidadã também analisa a educação nas diversas
constituições brasileiras, detendo-se sobre elementos do contexto onde estas são concebidas.
Apresenta considerações sobre o conjunto dos textos, buscando elucidar aspectos comuns e
diferenças marcantes. Evidencia que a presença da educação nas constituições relaciona-se com o
seu grau de importância.
A educação vem sendo cada vez mais pauta de debates e reivindicações por parte da
população. Nas manifestações populares ocorridas em 2013, embora não tenha sido o assunto
principal ou propulsor dos levantes, constituiu um dos temas mais presentes em cartazes e gritos dos
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manifestantes. Não é sem razão. A educação é apontada por estudiosos e pesquisadores como uma
forma eficaz de promover o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.
5. MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de natureza básica, com uma abordagem
qualitativa. Configura-se em um estudo de cunho bibliográfico, buscando através da revisão de
literatura, autores que contribuíram sobremaneira para essa temática, como Kishimoto (2011),
Piaget (1975), Vygotsky (1994), como principais autores.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi possível perceber, de modo geral, que a ludicidade está presente no universo da
educação infantil. E a evolução dos tempos, a inclusão de tecnologias no mundo infantil não tem
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sido suficiente para extinguir o universo lúdico. Como podemos perceber, a tecnologia hoje em dia
está em alta principalmente na Educação Infantil, as crianças já pedem celular para os seus pais para
brincarem aborda o uso das tecnologias e como elas podem comprometer a infância, o uso das
tecnologias e como podem comprometer a infância, todavia, no nosso país, isso é relativo, pois em
algumas comunidades de baixa renda, as crianças ainda costumam brincar na rua, utilizando vários
tipos de brincadeiras do universo infantil, que outrora citamos: Jogar bola, pular corda, bola de
gude, pega-pega, bonecas, carrinhos dentre as mais diversas, sendo seu acesso as tecnologias muita
das vezes limitado, restringindo-se apenas a utilização dentro da escola, isso quando há dentro da
instituições salas de informática que ofereçam esse recurso. O papel da informática na educação
infantil no processo de ensino e aprendizagem sofreu muitas transformações ao longo dos anos.
O uso do computador na educação infantil gera mais flexibilidade na educação de hoje nas
creches e escolas com as crianças. Dentre os diferentes tipos de recursos didáticos conhecidos até
hoje, a tecnologia apresenta como diferencial a maior número de recursos disponíveis. Pois através
do computador podemos comunicar-nos, criar desenhos, efetuar cálculos, simular fenômenos entre
outras coisas. Ainda não ouvimos falar de nenhum outro recurso didático que apresente tantas
funções quanto este. E ele é também o recurso tecnológico mais utilizado nos tempos atuais.
As mídias tecnológicas surgiram para facilitar nossas vidas, encurtando assim a distância
entre pessoas, aproximando-as, possibilitando-as de conhecer outras, auxiliam nas creches e
instituições de ensino em geral, no aprendizado e desenvolvimento pedagógico. Mas há também o
lado ruim na era das mídias tecnológicas, porque a internet nos dias de hoje tornou-se um grande
perigo a todos, principalmente, as crianças. Os cuidados com os pequenos na internet são muito
importante, porque com o avanço da tecnologia e o rápido desenvolvimento deles faz com que
aprendam com mais facilidade o acesso a páginas, jogos online, sites que nós adultos. Por mais que
sejamos cuidadosos não temos como saber com quem ou o que nossos pequenos estão interagindo,
quem está do outro lado da tela conversando, jogando online ou postando vídeos para que eles
assistam. No passado isso era mais tranquilo e mais fácil identificar as pessoas de má índole para
com as crianças que aproveitam as oportunidades e distração dos pais. Já hoje tornou-se quase
impossível.
Portanto, este estudo sobre a ludicidade, sobre o universo lúdico, proporcionado pelas
novas tecnologias trazem bons resultados, muitos conhecimentos e cultura. Todo este exagero
reflete nas creches, escolas e instituições pelo o mundo a fora. As crianças têm muita facilidade em
descobrir e aprender as atividades das mídias, as letras de músicas e até as brincadeiras na internet
que a elas são apresentadas. A internet é uma presença crescente na Educação Infantil nos dias de
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hoje. Ela integrasse as atividades lúdicas propondo sua inserção no mundo virtual. Muita pesquisa
vem sendo desenvolvidas no intuito de facilitar ainda mais a relação das crianças com as diferentes
tecnologias. Mas infelizmente a maioria delas atribui uma perspectiva adulta sobre a essa relação. A
tecnologia na vida das crianças não pode ser proibida, mas deve ser controlada. E se acreditamos
que as tecnologias participam e se modificam em vários aspectos, a concepção de infância também
deve ser revista.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo da pesquisa sobre ludicidade e suas classificações percebi que todos nós temos
necessidade dela não importando a idade, mas que se aproxima mais das crianças. Poder ocorrer
através de um simples olhar, no brincar, etc. expressando suas emoções, sentimentos e gestos. A
ludicidade torna mais flexíveis os profissionais que se predispuseram a trabalhar com ela na
educação infantil. A ter consciência sobre os benefícios que a ludicidade proporciona, o verdadeiro
sentido da brincadeira e a dedicação.
É um prazer falar sobre a educação infantil, mas ao mesmo tempo muito complicado, pois
é uma das primeiras fases da aprendizagem das crianças junto com o desenvolvimento integral das
mesmas. Houveram mudanças e transformações na Lei das diretrizes e bases da educação (LDB),
lei essa que trata da Educação Infantil e do contexto educacional em geral. No entanto, as mudanças
ainda foram poucas, ainda há muito o que fazer, o que melhorar para que sejamos um país exemplo
na educação do nosso povo. Tudo começa na educação infantil e este é justamente o tópico em que
no momento encontramos os maiores problemas. Nossa educação, alfabetização, ensinos
fundamental e médio, a qualificação e valorização dos nossos profissionais são péssimos!
Devemos valorizar a infância como ela é e suas mudanças, oferecendo uma educação
adequada e compatível. E neste sentido o educador/professor deve estar disposto e ter
constantemente uma educação continuada. Pensando nisso a LDB proporcionou algumas mudanças
poucas, mas houveram. Agora não falamos mais em Referencial Curricular Nacional, mas em Base
Nacional Comum.
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A perspectiva tecnológica vem evoluindo a cada dia e nessa evolução elas incluem as
crianças. E com isso podemos observar que por meio dos suportes digitais as crianças jogam,
conversam, trocam conteúdos, compartilham fotos e vídeos nas redes sociais, entre outros.
Incluindo a aprendizagem nos ambientes virtuais específicos a aprendizagem pedagógica. Mesmo
sendo utilizada para o ensino há um cuidado especial dos familiares e professores, pois hoje em dia
as crianças têm acesso a essas tecnologias desde cedo. Tornando-a assim objeto de uso cotidiano.
7 REFERÊNCIAS
HOLANDA, Aurélio Buarque. Míni Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa - 8ªEd. 2010 – Nova
Ortografia – Positivo Editora
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogos brinquedo, brincadeira e a educação – 14. Ed-
São Paulo: Costez, 2011.
____________, T.M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 2. ed. São Paulo: Cortez,
1997.
SANTA, Marli Pires dos Santos. O brincar na escola - Metodologia Lúdico-vivencial, coletânea
de jogos, brinquedos e dinâmicas 3. Ed – Petrópolis,RJ: Vozes. 2104 (Coleção Brinquedoteca).
SANTOS, Santa Marli Pires dos (org). Brinquedoteca, o lúdico em diferentes contexto. 14 ed-
Petrópolis, RJ: Vozes,2011.