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Cálculo II

Derivadas Parciais
Definição
 Se f é uma função de duas variáveis, suas
derivadas parciais são as funções fx e fy
definidas por

f ( x  h, y )  f ( x , y )
f x ( x, y )  lim
h0 h

f ( x, y  h )  f ( x, y )
f y ( x, y )  lim
h0 h
Para calcular a derivada parcial
1. Para achar fx, olhe y como constante e
diferencie f (x,y) com relação a x.

2. Para achar fy, olhe x como constante e


diferencie f (x,y) com relação a y.
Notações
 Se z = f (x,y) escrevemos

f  z
f x ( x, y )  f x   f ( x, y )   f1  D1 f  Dx f
x x x

f  z
f y ( x, y )  f y   f ( x, y )   f 2  D2 f  Dy f
y y y
Exemplo 1
 Se f ( x , y )  x 3
 x 2 3
y  2 y 2
determine f x (2,1)e
f y (2,1)
Interpretação Geométrica das Derivadas
Parciais
Interpretação Geométrica
Exemplo 1
Se f ( x, y )  4  x  2 y ache f x (1,1) e f y (1,1)
2 2

 e interprete esses números como
inclinações.
Exemplo 1 fx
Exemplo 3
 x  f f
 Se f ( x, y )  sen   , calcule x e y .
 1 y 
Funções de mais de uma
variável
 Se u é uma função de n variáveis,
 u  f ( x1 , x2  , xn ), sua derivada parcial em
 relação à i-ésima variável xi é

u f ( x1 , , xi 1 , xi  h, xi 1 , , xn )  f ( x1 , , xi , , xn )
 lim
xi h  h
Exemplo 1
Determine f x , f y e f z se f ( x, y, z )  e xy ln z
Derivadas parciais de 2ª ordem
 Se z = f (x,y) usamos as notações
  f   2 f 2 z
 f x  x  f x x  f11     2  2
x  x  x x
  f   2 f 2 z
 f y  y  f yy  f 22  y  y   2  2
  y y
  f   2 f 2 z
 f y  x  f yx  f 21  x  y   xy  xy
 
  f   2 f 2 z
 fx y  f x y  f12    
y  x  yx yx
Exemplo 2
 Determine as derivadas parciais de segunda
ordem de f ( x, y )  x  x y  2 y
3 2 3 2
Gráfico de fx
Gráfico de fy
Gráfico de fxx
Gráfico de fxy = fyx
Gráfico de fyy
Teorema de Clairaut
 Suponha que f seja definida em uma bola
aberta D que contém o ponto (a,b). Se as
funções fxy e fyx forem ambas contínuas
em D, então

f x y (a, b)  f yx (a, b)
Derivadas de ordem 3

  f 
 3 f
f xyy   f x y  y
2
   2
y  yx   yx
Exemplo 3
Calcule f xxyz se f ( x, y, z )  sen(3 x  yz ).
Exemplo 2
 Determine as derivadas parciais de
segunda ordem de f ( x , y )  x 3
 x 2 3
y  2 y 2
Diferenciabilidade
 Lembre-se que uma função f de uma variável é
chamada de diferenciável em x0 se tiver uma
derivada em x0, isto é, se o limite existir.
 A função f que for diferenciável em um ponto x0
tem duas propriedades importantes:

1. f(x) é contínua em x0
2. O gráfico de y=f(x) tem uma reta tangente não-
vertical em x0
 Queremos ampliar a noção de diferenciabilidade
para funções de 2 variáveis, de tal forma que seja
válido um análogo natural destas 2 propriedades.
Mais precisamente, quando f(x,y) for diferenciável
em (x0, y0) vamos querer que:
 f(x,y) é contínua em (x0, y0)
 A superfície z=f(x,y) tem um plano tangente não
vertical em (x0, y0)
 Seria razoável imaginar que uma função f de 2
variáveis pudesse ser chamada de diferenciável
em (x0, y0) se as duas derivadas parciais
existirem em (x0, y0). Infelizmente esta condição
não é forte o suficiente para satisfazer nossos
objetivos, uma vez que há funções que tem
derivadas parciais em um ponto, mas não são
contínuas naquele ponto.
Diferenciabilidade
 Sabemos que o gráfico de uma função derivável
constitui uma curva que não possui pontos
angulosos, isto é, uma curva suave. Em cada
ponto do gráfico temos uma reta tangente única.
 Similarmente, queremos caracterizar uma
função diferenciável de duas variáveis
f(x,y) pela suavidade do seu gráfico. Em
cada ponto (xo, yo, f(xo,yo)) do gráfico de
f deverá existir um único plano tangente,
que represente uma “boa aproximação” de
f perto de (xo,yo).
 Para entendermos o que significa uma
“boa aproximação” para a função f perto
de (xo,yo) vamos trabalhar com:
 Assim na situação que existir o plano tangente
ao gráfico de z=f(x,y) no ponto (x0, y0,f (x0, y0)),
esse plano será dado pela equação (7).
 De maneira informal, dizemos que f(x,y) é
diferenciável em (x0, y0) se o plano dado pela
equação (7) nos fornece uma boa aproximação
para f(x,y) perto de (x0, y0). Ou seja quando (x,y)
se aproxima de (x0, y0), a diferença entre f(x,y) e
z=h(x,y) se aproxima mais rapidamente de zero.
Temos a seguinte definição.
 É importante ressaltarmos os seguintes pontos sobre
a definição de diferenciabilidade:
a) Para provar que uma função é diferenciável em (x0,
y0) usando a definição, devemos mostrar que as
derivadas parciais existem em (x0, y0), e além disso
, que o limite da equação (8) é zero.
b) Se uma das derivadas parciais não existe no ponto
(x0, y0) f não é diferenciável neste ponto;
c) Se o limite dado na equação (8) for diferente de
zero ou não existir, f não é diferenciável no ponto
(x0, y0), mesmo se existirem as derivadas parciais
nesse ponto.
 Condições suficientes para a diferencibilidade
Teorema1: Se f tiver derivadas parciais de primeira ordem
em cada ponto de alguma região circular centrada em (x0,
y0), e se essas derivadas parciais forem contínuas em (x0,
y0), então f é diferenciável em (x0, y0).

Relações entre a diferenciabilidade e a continuidade


Teorema 2: Se f é diferenciável em (x0, y0), então f é contínua
em (x0, y0),
O Teorema 2 afirma que para uma função de duas variáveis
diferenciabilidade implica em continuidade. Contudo somente
a existência das derivadas parciais em um ponto não implica
na diferenciabilidade nesse ponto.
 OBSERVAÇÕES
 Uma função f(x,y) é diferenciável se suas derivadas
parciais são contínuas;
 Uma função de duas ou mais variáveis pode ter
derivadas parciais de 1ª ordem num certo ponto sem ser
contínua nesse ponto. Isso pode parecer paradoxal
quando comparado com o que ocorre com as funções
de uma variável, que sendo deriváveis, são também
contínuas.
 No entanto, o paradoxo é apenas aparente em face da
seguinte observação.
 A existência da derivada fx(x0,y0) só implica na
continuidade da função f(x, ,y0 ) da única variável x, em
x=x0, isto é , a continuidade de f(x,y) no ponto P0
=(x0,y0) ao longo de y= y0.
Do mesmo modo, a existência da derivada fy(x0,y0) só
garante a continuidade da função f(x,y) no ponto P0
=(x0,y0) ao longo da reta de x= x0.
Ao longo de qualquer outra reta ou curva pelo ponto P0 o
comportamento da função pode ser bastante diferente.

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