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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS –


SEMARH

EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA ELABORAÇÃO DO


PROJETO EXECUTIVO E SUPERVISÃO E ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS DO
SISTEMA ADUTOR ALTO OESTE E SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E SOCIAL

ELABORAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO DO SISTEMA ADUTOR ALTO OESTE

VOLUME 7 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

TOMO I – OBRAS CIVIS

FORTALEZA-CE

ABRIL/2009

0
ÍNDICE

1
ÍNDICE

1 – APRESENTAÇÃO..........................................................................................8

1 – GENERALIDADES....................................................................10

1.1 – OBJETIVO..............................................................................................................10

2 – SERVIÇOS PRELIMINARES.......................................................14

2.1 – GERAL....................................................................................................................14

2.2 – INSTALAÇÕES DO CANTEIRO.............................................................................14

2.3 – MOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO.............................................................................15

2.4 – MANUTENÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO.......................................16

2.5 – LOCAÇÃO DAS OBRAS........................................................................................16

2.6 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO....................................................................................17

2.7 – LIMPEZA E DESMATAMENTO DE TERRENO.....................................................17

2.7.1 – Medição e Pagamento.......................................................18

3 – MOVIMENTO DE TERRA...........................................................20

3.1 – INTRODUÇÃO........................................................................................................20

3.2 – ESCAVAÇÃO..........................................................................................................20

3.2.1 – Classificação do Material Escavado....................................20

3.2.2 – Tipos de Escavação..........................................................21

3.2.3 – Forma de Execução...........................................................24

3.2.4 – Medição e Pagamento.......................................................25

3.3 – ESCORAMENTO DE VALAS OU CAVAS..............................................................25

3.3.1 – Medição e Pagamento.......................................................28

3.4 – ESGOTAMENTO DE VALAS..................................................................................28

3.4.1 – Esgotamento com Bomba..................................................29

2
3.4.2 – Manutenção e Remoção....................................................29

3.4.3 – Medição e Pagamento.......................................................29

3.5 – REATERRO DE VALAS OU CAVAS......................................................................29

3.5.1 – Geral...............................................................................29

3.5.2 – Execução.........................................................................30

3.5.3 – Compactação...................................................................30

3.5.4 – Responsabilidade.............................................................31

3.5.5 – Material de Jazida.............................................................31

3.5.6 – Bota-Fora......................................................................... 32

3.5.7 – Medição e Pagamento.......................................................32

3.6 – ESCAVAÇÕES PARA EDIFICAÇÕES....................................................................32

3.6.1 – Condições Gerais..............................................................32

3.6.2 – Escavações Taludadas.......................................................33

3.6.3 – Projeto............................................................................33

3.6.4 – Medição e Pagamento.......................................................34

4 – CONCRETO............................................................................. 36

4.1 – GENERALIDADES.................................................................................................36

4.2 – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS....................................................................36

4.2.1 – Escavações......................................................................36

4.2.2 – Reaterros......................................................................... 36

4.2.3 – Fundações.......................................................................36

4.2.4 – Estruturas........................................................................ 36

4.3 – EMPREGO DOS MATERIAIS E NORMAS DE APLICAÇÃO E CONTROLE........37

4.3.1 – Cimentos.........................................................................37

3
4.3.2 – Agregados para Concreto e Argamassa..............................38

4.3.3 – Água de Amassamento.....................................................40

4.3.4 – Aços................................................................................41

4.3.5 – Aditivos para Concreto.....................................................42

4.3.6 – Madeiras.......................................................................... 42

4.4 – CRITÉRIOS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS....................................................44

4.4.1 – Preparação do Terreno......................................................44

4.4.2 – Movimento de Terra..........................................................44

4.4.3 – Fundações.......................................................................45

4.4.4 – Concreto Armado.............................................................46

4.4.5 – Medição e Pagamento.......................................................55

5 – ALVENARIA E REVESTIMENTO..................................................57

5.1 – MATERIAL DE EXECUÇÃO – TIJOLOS................................................................57

5.1.1 – Tijolos de Barro................................................................57

5.1.2 – Tijolos Furados.................................................................57

5.1.3 – Tijolos Maciços.................................................................57

5.2 – TIPOS DE ALVENARIA..........................................................................................57

5.2.1 – Alvenaria de Tijolos Comuns.............................................57

5.2.2 – Medição e Pagamento.......................................................59

5.3 – REVESTIMENTO....................................................................................................59

5.3.1 – De Argamassa..................................................................59

5.3.2 – Chapisco Comum..............................................................61

5.3.3 – Emboço............................................................................ 61

5.3.4 – Reboco............................................................................61

4
5.3.5 – Emboço de Massa Única....................................................61

5.3.6 – De Cerâmica..................................................................... 62

5.3.7 – De Madeira......................................................................63

5.3.8 – Medição e Pagamento.......................................................63

6 – COBERTURAS.........................................................................65

6.1 – ESTRUTURAS.......................................................................................................65

6.2 – TELHADOS CERÂMICOS......................................................................................66

6.3 – TELHADOS EM CHAPAS ONDULADAS DE CIMENTO AMIANTO......................67

6.4 – TELHADOS COM TELHAS AUTOPORTANTES...................................................68

6.5 – CALHAS, RUFOS E RINCÕES..............................................................................68

6.6 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO....................................................................................69

7 – PAVIMENTAÇÃO E PISO...........................................................71

7.1 – CERÂMICA.............................................................................................................71

7.2 – CONCRETO SIMPLES E ARGAMASSA...............................................................72

7.2.1 – Base de Concreto.............................................................72

7.2.2 – Cimentado Simples...........................................................72

7.2.3 – Lajotas de Concreto..........................................................73

7.2.4 – Lastro ou Contrapiso........................................................74

7.3 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO....................................................................................75

8 – ESQUADRIAS.......................................................................... 77

8.1 – DE MADEIRA.........................................................................................................77

8.1.1 – Medição e Pagamento.......................................................79

8.2 – METÁLICAS............................................................................................................79

8.2.1 – Medição e Pagamento.......................................................81

5
8.3 – FERRAGENS.........................................................................................................81

8.3.1 – Medição e Pagamento.......................................................82

8.4 – VIDROS..................................................................................................................82

8.4.1 – Planos Comuns.................................................................82

8.4.2 – Temperados.....................................................................83

8.4.3 – Medição e Pagamento.......................................................84

9 – PINTURAS.............................................................................. 86

9.1 – PINTURA A BASE DE ÓLEO.................................................................................86

9.1.1 – Sobre o reboco (sem massa corrida)..................................86

9.1.2 – Com massa corrida à base de PVA.....................................86

9.1.3 – Com massa corrida à base de óleo.....................................87

9.1.4 – Sobre madeira.................................................................87

9.1.5 – Sobre ferro......................................................................87

9.1.6 – Medição e pagamento.......................................................87

10 – SERVIÇOS COMPLEMENTARES...............................................90

10.1 – IMPERMEABILIZAÇÃO........................................................................................90

10.1.1 – Medição e pagamento......................................................................91

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1 – APRESENTAÇÃO

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1 – APRESENTAÇÃO

A Empresa KL SERVIÇOS DE ENGENHARIA S.A, com sede à Avenida Senador


Virgílio Távora, 1701 - SL 906, na cidade de Fortaleza-Ceará, contratada pela Secretaria de
Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, através do Contrato N°
009/2008 é responsável pela “Execução dos Serviços de Consultoria para Elaboração do
Projeto Executivo e Supervisão e Acompanhamento das Obras do Sistema Adutor Alto
Oeste e Serviços de Educação Ambiental e Social”.
Serão realizados relatórios específicos organizados em Volumes e Tomos. As partes
e tomos que compõem o acervo do Projeto Executivo são apresentados na seqüência:
Volume 1 – Relatório Geral
Volume 2 – Projeto Hidro-Mecânico
Tomo I – Memorial Descritivo e de Cálculo
Tomo II – Desenhos
Volume 3 – Projeto Estrutural
Tomo I – Memorial Descritivo e de Cálculo
Parte I – Captação e Sistema de Produção
Parte II – Reservatórios
Parte III – Estações Elevatórias
Tomo II – Desenhos
Parte I – Captação e Sistema de Produção
Parte II – Reservatórios
Parte III – Estações Elevatórias
Volume 4 – Projeto Elétrico
Tomo I – Memorial Descritivo e de Cálculo
Tomo II – Desenhos
Volume 5 – Projeto de Automação
Tomo I – Memorial Descritivo e de Cálculo
Tomo II – Desenhos
Volume 6 – Quantitativos e Orçamento
Volume 7 – Especificações Técnicas
Tomo I – Obras Civis
Tomo II – Tubos, Válvulas, Conexões e Equipamentos Hidromecânicos
Tomo III – Equipamentos e Materiais Elétricos
Volume 8 – Manual de Operação
O presente relatório trata do Volume 7 – Especificações Técnicas - Tomo I –
Obras Civis do Projeto Executivo do Sistema Adutor Alto Oeste.

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1 – GENERALIDADES

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1 – GENERALIDADES

1.1 – OBJETIVO

As presentes Especificações têm por objetivo definir as características e


qualidades exigidas para cada um dos elementos da obra, assim como determinar as
instruções, recomendações e diretrizes requeridas para o fornecimento e serviços a
serem executados.

Elas serão partes integrantes do contrato a ser assinado entre o


CONTRATANTE e a EMPREITEIRA, inserindo-se como segue na ordem de prioridades
das peças constitutivas do contrato.

a) Termo do Contrato;

b) Termo de Proposta e Planilha de Preços, apresentadas pela EMPREITEIRA;

c) Escopo de Fornecimento e Serviços; respectivos prazos

d) Especificações Técnicas;

e) Condições Gerais do Contrato;

f) Condições Especiais do Contrato; e

g) Notificação de Adjudicação.

Nestas Especificações, ou em quaisquer documento ou instrumentos dos quais


eles façam parte, os termos abaixo terão os seguintes significados e interpretações:

Contratante

SEMARH – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.

É a responsável pela definição e delimitação dos serviços a serem prestados,


equipamentos e materiais a serem fornecidos, e também pelo pagamento dos serviços
e dos fornecedores.

Projetista

É a empresa responsável pela elaboração dos projetos.

Fiscalização

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Significa a equipe do CONTRATANTE ou a firma especializada contratada pelo
Contratante, que será responsável pelo controle direto do andamento da obra e sua
construção pela (s) Empreiteira (s), no sentido de assegurar a sua execução em plena
conformidade com o projeto e o Contrato.

Ela terá todos os poderes para exercer sua função neste sentido e
especialmente para:

– Decidir todas as questões que se levantarem no canteiro de obras, durante o


andamento e até o recebimento definitivo das mesmas.

– Definir, com o Empreiteiro ou seu representante, as alterações, na ordem de


seqüência dos trabalhos, que forem julgadas necessárias ou convenientes.

– Recusar qualquer trabalho, material ou equipamento que esteja em


desacordo com os padrões exigidos pelas especificações, desenhos e outros
documentos que fazem parte do Contrato.

– Sustar os trabalhos de qualquer parte do projeto, sempre que considerar a


medida necessária a boa execução da obra.

– Rejeitar materiais ou equipamentos que não atendam as exigências de


normas de fabricação e testes previstos nas Especificações.

Supervisão

Supervisão significa a (s) firma (s) especializada (s) Contratada (s) pelo
Contratante, para exercer a supervisão do fornecimento e da execução das obras, e
assessorar a Fiscalização em todos os assuntos relativos ao objeto deste Contrato.

Empreiteira

É (são) a (s) empresa (s) contratada (s) pela SEMARH, responsável (is) pelo
fornecimento dos materiais e pela construção das Obras Civis, mediante Contrato
assinado com o Contratante.

A EMPREITEIRA ou seu representante autorizado deverá estar


permanentemente no local das obras/serviços enquanto estes estiverem em execução,
e deverá ser o responsável pela correta execução em todos os seus aspectos.

Contrato

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Compreende o Termo de Contrato, uma vez celebrado, propriamente dito, e
todos os demais documentos que fazem parte do mesmo, relacionados em sua
cláusula segunda.

Preço Contratual

Significa o valor global contratado para a execução das obras e fornecimentos,


sujeitos aos acréscimos ou reduções, conforme disposto na Cláusula Quarta do
Contrato.

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2 – SERVIÇOS PRELIMINARES

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2 – SERVIÇOS PRELIMINARES

2.1 – GERAL

Os terrenos escolhidos para os Canteiros de Obras deverão estar, na medida do


possível, localizados próximos às obras e ter acesso fácil através de vias bem
conservadas.

Deverão ser obedecidos os procedimentos referentes à segurança e higiene do


trabalho, trânsito de pedestre e veículos, ligação de água e luz do canteiro, esgoto,
telefone e outros procedimentos correlatos, necessários ao bom andamento das obras
e serviços.

A EMPREITEIRA manterá na obra engenheiros, técnicos, mestres, operadores e


funcionários em número e grau de especialização compatíveis com a natureza dos
serviços e o cronograma, bem como materiais em quantidades suficientes para a
execução dos serviços, bem como um veículo tipo SEDAN, com ar condicionado e
quilometragem livre, manutenção e combustível, para uso da FISCALIZAÇÃO.

2.2 – INSTALAÇÕES DO CANTEIRO

O local escolhido para construção do canteiro de serviço deverá ser aprovado


pela FISCALIZAÇÃO. Apesar da aprovação, não caberá à SEMARH, em hipótese
alguma, os ônus decorrentes com locação, manutenção e acessos à área escolhida.

Serão construídas e mantidas pela EMPREITEIRA as instalações adiante


discriminadas, inclusive com fornecimento dos acessórios, a saber:

a) Escritório para EMPREITEIRA e FISCALIZAÇÃO

O escritório da FISCALIZAÇÃO deverá possuir aproximadamente 35 m2, e será


constituído de pequena copa, sanitário e sala de reuniões. Será convenientemente
equipado com mobiliário (mesas, cadeiras e armário), ar condicionado, geladeira,
produtos para higiene pessoal, extintor de incêndio, etc.;

b) Locais apropriados à estocagem dos materiais necessários à execução da


obra;

c) Almoxarifado (s) para a guarda de equipamentos miúdos, utensílios, peças e


ferramentas;

d) Instalações sanitárias para todo o pessoal da obra;

e) Pequena enfermaria;

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f) Instalações necessárias ao adequado abastecimento, acumulação e
distribuição de água;

g) Instalações necessárias ao adequado fornecimento, transformação e


condução de energia elétrica (luz e força);

Outras construções ou instalações necessárias, a critério da EMPREITEIRA,


tais como: alojamento, depósitos, oficinas, refeitório, etc.

A pequena enfermaria deverá conter o material médico para socorros urgentes,


com previsão de pessoal habilitado para esse tipo de atendimento.

Será de responsabilidade da EMPREITEIRA o preparo do terreno para


instalação do canteiro, inclusive raspagem, escavação, aterro, drenagens, cercas e
quaisquer outros serviços necessários à implantação do canteiro.

Além do Canteiro Central, poderá a EMPREITEIRA, a seu critério, instalar


acampamentos ou instalações provisórias em outros locais, mais próximos dos trechos
ou setores em que for subdividida a obra.

Serão fornecidas e colocadas pela EMPREITEIRA, em locais a critério da


FISCALIZAÇÃO, placas com dimensões, modelo, dizeres e cores constantes das
Normas de SEMARH, com área total de até 150 m2. No canteiro da obra ou próximo a
ele, só poderão ser colocadas placas ou tabuletas da EMPREITEIRA ou eventuais sub-
empreiteiras ou firmas fornecedoras, após prévio consentimento da FISCALIZAÇÃO,
principalmente no que se refere à sua localização.

Todo e qualquer ônus decorrente direta ou indiretamente das ligações de água,


luz, telefone e dos respectivos consumos, é de inteira responsabilidade da
EMPREITEIRA.

Não poderá ser invocado, sob qualquer motivo ou pretexto, falta ou insuficiência
de água ou energia elétrica por parte da EMPREITEIRA, pois esta deverá estar
adequada e suficientemente aparelhada para o seu fornecimento.

O canteiro de obras deverá ser cercado com cercas de proteção e guarnecido


por guarita com cancela.

2.3 – MOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO

Instalado o Canteiro de Obras, a EMPREITEIRA, deverá, imediatamente, efetuar


a sua mobilização, transportando e instalando todos os equipamentos necessários à
execução das obras, incluindo veículos, maquinário e ferramentas, bem como todo o
pessoal de apoio exigível para o mesmo fim.

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2.4 – MANUTENÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO

A EMPREITEIRA será responsável, até o final da obra, pela adequada


manutenção e boa apresentação do canteiro de trabalho e de todas as suas
instalações, inclusive especiais cuidados higiênicos com os compartimentos sanitários
do pessoal e conservação dos pátios internos.

A EMPREITEIRA será também responsável pelo suprimento de máquinas,


equipamentos, móveis, utensílios e materiais de consumo para quaisquer
dependências das instalações, incluindo: cozinha, alojamentos, sanitários, escritórios,
refeitórios e copas, centrais de armação, carpintaria e de concreto, oficina mecânica,
elétrica e de borracharia e outras que sejam necessárias e adequadas ao atendimento
das obras.

Durante o decorrer da obra, ficará por conta e a cargo da EMPREITEIRA a


limpeza das instalações, móveis e utensílios das dependências da FISCALIZAÇÃO.

Quando do término das obras, a EMPREITEIRA deverá promover a demolição e


remoção de todas as instalações do Canteiro e Acampamentos, assim como a limpeza
das áreas ocupadas, de forma a restabelecer as condições originalmente existentes.

2.5 – LOCAÇÃO DAS OBRAS

A EMPREITEIRA deverá prever a utilização de equipe e equipamentos


topográficos adequados à perfeita locação e apoio à obra.

A utilização destes equipamentos deverá dar apoio aos serviços de demarcação,


escavações, aterros, locação das estruturas, estradas de acesso e permanentes,
locação planialtimétrica das tubulações, de acordo com o projeto e em relação às
faixas de servidão, bem como demais serviços, a critério da FISCALIZAÇÃO.

A EMPREITEIRA deverá verificar todas as cotas do projeto, comparando-as com


as medidas do terreno.

Quaisquer divergências e dúvidas serão resolvidas antes do início da obra.

Os equipamentos deverão estar disponíveis e em perfeito estado de


funcionamento de modo a permitir à EMPREITEIRA atender prontamente a qualquer
solicitação da SEMARH.

Estes equipamentos deverão ser submetidos à aprovação da SEMARH, que se


reserva o direito de aceitá-los ou não.

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Para a execução dos serviços de topografia, a EMPREITEIRA deverá manter
permanentemente, durante o expediente e no decorrer da obra, no canteiro de
trabalho, pelo menos 1 (um) topógrafo devidamente habilitado e 2 (dois) auxiliares de
topógrafo.

A EMPREITEIRA deverá aceitar as normas, métodos e processos determinados


pela SEMARH, no tocante a qualquer serviço topográfico, seja de campo, de escritório
e relativos à obra.

Todos os desenhos topográficos e locações de marcos, estacas e piquetes


deverão ser enviados para aprovação da SEMARH.

2.6 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO

Os serviços serão medidos de acordo com as unidades constantes das planilhas


de orçamento.

O pagamento desses serviços será efetuado de acordo com os preços


correspondentes estabelecidos no contrato.

2.7 – LIMPEZA E DESMATAMENTO DE TERRENO

Nas áreas indicadas nos desenhos e/ou onde a vegetação for densa, à critério
da SEMARH, deverá ser efetuado o desmatamento, onde árvores e arbustos deverão
ser cortados, o mais rente ao chão, não podendo ultrapassar a altura de 15 cm em
relação ao solo. Para essas atividades, a critério da SEMARH, poderão ser utilizados
tratores ou outros equipamentos indicados para os serviços. Toda madeira cortada
deverá ser empilhada para posterior bota-fora.

As árvores, com diâmetro de tronco ou galho maior que 8 cm, deverão ter os
mesmos cortados antes de serem empilhadas. Durante a operação de corte, a
EMPREITEIRA deverá tomar todas as medidas necessárias à segurança dos serviços.
Quaisquer danos causados pela inobservância das normas de segurança, serão de
responsabilidade da EMPREITEIRA que deverá repará-los o mais rápido possível.

A limpeza compreende a remoção completa de obstruções sobre o terreno, tais


como mato rasteiro, tocos de árvores, pedras, restos de construção, etc. e a remoção
de matéria orgânica pela escavação de uma camada de, no máximo 40 (quarenta) cm,
do terreno no local desmatado.

A limpeza, acima definida, será executada mediante a utilização de


equipamentos adequados, complementando com o emprego de serviços manuais e,
eventualmente, de explosivos.

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O equipamento empregado será função de densidade e tipo de serviço e dos
prazos exigidos na execução da tarefa, a critério da SEMARH.

A EMPREITEIRA deverá executar os serviços de bota-fora do material resultante


do desmatamento, bem como os serviços de espalhamento deste material em área
apropriada.

2.7.1 – Medição e Pagamento

Este serviço será medido por área executada e expresso em metro quadrado.

O pagamento será efetuado de acordo com o preço correspondente


estabelecido no contrato.

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3 – MOVIMENTO DE TERRA

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3 – MOVIMENTO DE TERRA

3.1 – INTRODUÇÃO

Estas especificações são aplicáveis a todos os serviços em terra,


compreendendo escavações a céu aberto, de cavas ou valas, cortes e aterros, bem
como todos os serviços auxiliares de escoramento, esgotamento, rebaixamento de
lençol freático, sistemas de drenagem, transporte de material escavado e bota-fora.

Tais serviços serão utilizados na execução ou recomposição de estradas de


acesso ou caminhos de serviço, preparação das fundações para estruturas de
concreto, abertura e fechamento de cavas ou valas para assentamento de tubulações e
acessórios e material de empréstimo, se necessário.

3.2 – ESCAVAÇÃO

3.2.1 – Classificação do Material Escavado

Para efeito de classificação dos materiais a serem escavados, são considerados


os seguintes tipos, a seguir definidos:

1ª Categoria

Terra, argila, piçarra, seixos rolados, que podem ser extraídos com ferramentas
manuais ou equipamentos de terraplenagem.

2ª Categoria

Rocha em adiantado estado de decomposição ou pedras soltas, cuja extração


se processa com uso de máquinas de terraplenagem ou ferramentas manuais.

3ª Categoria

Rocha contínua ou em blocos de grandes dimensões, cuja extensão e redução


se processe a fogo (rocha dura) ou a frio com o emprego de martelete a ar comprimido
(rocha branda).

Lodo

Corresponde a material muito mole, tipo argila orgânica ou turfa, cuja remoção
exija o emprego de máquinas apropriadas, tipo "dragline" ou "clam-shell".

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3.2.2 – Tipos de Escavação

Cortes

Correspondem a escavações a céu aberto, feitos "a talude", com inclinação da


ordem de 0,75 H : 1 V a 2 H : 1 V, de acordo com os projetos executivos a serem
fornecidos. Até a profundidade de 4 metros, a critério exclusivo da fiscalização, poderão
ser feitas escavações com paredes verticais, devidamente escoradas, de acordo com
as necessidades.

Antes do início da escavação, a EMPREITEIRA submeterá à SEMARH um plano


de escavação baseado em levantamento topográfico e observações pessoais.

Além dos detalhes de operação, o plano deverá também detalhar o fluxo de


material, para o estudo da possibilidade de usar ou dispor do material, minimizando o
seu remanuseio. Sempre que for possível, deverá ser proposto à SEMARH a utilização
do material escavado nos cortes para compor os aterros, fazendo a compensação nas
plataformas projetadas.

As escavações deverão ser feitas de acordo com os limites, taludes e greides


mostrados nos desenhos, ou como determinado pela SEMARH em casos particulares.

Superfícies expostas serão bem acabadas, regulares e com drenagem


adequada.

A EMPREITEIRA deverá instalar marcos topográficos, inclusive de


estaqueamento para controle de greides e alinhamentos.

As superfícies de escavação deverão ser protegidas por canaletas, para controle


do fluxo das águas pluviais.

A EMPREITEIRA fará o transporte do material escavado, em veículos


adequados, até o local de aterro e/ou bota-fora.

Preparo de Superfície de Fundação

Os limites das escavações para fundações das estruturas de concreto serão


indicados nos desenhos. Na obra, deverão ser definidos topograficamente os limites a
serem atingidos, por meio de coordenadas e cotas.

Inicialmente, as escavações serão feitas até certa altura acima da cota de


fundação. Esta altura, assim como a cota de fundação, serão mostradas nos desenhos
executivos. A escavação até a profundidade final, geralmente com taludes verticais,
somente será feita imediatamente antes da concretagem ou como determinado pela

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SEMARH. Quando atingidas as cotas de fundações mostradas nos desenhos, as
superfícies das escavações deverão estar em condições de serem inspecionadas.
Escavações além dos limites previstos para as fundações deverão ser preenchidas
com o mesmo material usado nas fundações, sem nenhum ônus para a SEMARH.

Todo o material solto, frouxo e outros materiais inaceitáveis serão removidos.

Na eventualidade de ser encontrado, em qualquer trecho e na profundidade


prevista para a execução de estruturas de concreto, terreno de fundação impróprio e
que a juízo da FISCALIZAÇÃO possa dar lugar a futuras lesões estruturais, serão
executadas por conta da SEMARH e a mando da FISCALIZAÇÃO, sondagens
suplementares e ensaios que permitam estudar e projetar a solução tecnicamente mais
conveniente e econômica para a construção da obra no trecho em questão
(determinação da natureza e extensão das camadas inferiores do solo, do recalque
admissível, da curva das pressões, do módulo de elasticidade e da carga de ruptura do
terreno em exame).

Neste caso, para que o prazo contratual seja respeitado, poderá a


FISCALIZAÇÃO, mantendo em suspenso as tarefas do local em análise, determinar o
imediato prosseguimento da obra em outro trecho.

Escavações de Valas ou Cavas

As escavações em valas deverão propiciar, depois de concluídas, as condições


para montagem das tubulações em planta e perfil, conforme os elementos do projeto,
sem deflexões desnecessárias ou trechos planos, que impeçam ou dificultem a purga
de ar ou limpeza das canalizações, através dos dispositivos previstos para tal fim.

As dimensões das escavações para assentamentos de tubulações atenderão


aos elementos definidos no projeto. As dimensões das valas deverão atender aos
seguintes valores:

Largura

A largura total da base da vala será 60 cm maior que o diâmetro nominal da


tubulação, para profundidade até 2,00 m. Para profundidades maiores, acrescentar 10
cm na largura da vala, para cada metro ou fração que exceder a 2 m na profundidade.

Profundidade

A profundidade de vala será definida em função do recobrimento da tubulação


indicado no projeto.

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Quando a escavação tiver atingido a cota indicada no projeto, será feita a
regularização, limpeza e atilamento do fundo da vala. Essas operações deverão ser
executadas com a vala seca, ou água de lençol totalmente deslocada para drenos
laterais construídos junto ao escoramento.

Conforme o tipo do terreno, a FISCALIZAÇÃO definirá o tipo de fundação a ser


adotada para assentamento da tubulação.

Os locais escavados deverão ficar livres de água, qualquer que seja a origem
(chuva, vazamento ou lençol freático), devendo para isso ser providenciada a sua
drenagem, através de esgotamento ou drenagem subterrânea, conforme a
necessidade.

O material escavado será lançado, em princípio, ao lado ou perto da vala. Se o


seu uso está levado em conta para reitero futuro, dependendo do porte e período de
duração das obras, aguardará no local o seu aproveitamento ou será removido para
depósitos provisórios em locais escolhidos pela EMPREITEIRA e aprovados pela
FISCALIZAÇÃO.

Se o material for imprestável, será removido para o bota-fora.

Havendo necessidade de desmatamento, destocamento ou simples


regularização, os limites dos serviços serão indicados pela FISCALIZAÇÃO.

Antes de iniciar a escavação, a EMPREITEIRA fará e submeterá à aprovação da


FISCALIZAÇÃO croqui de sondagens realizados no trecho para confirmar as
interferências detectadas na fase de projeto, e identificar outras porventura existentes.
Tais procedimentos serão necessários, a fim de que não sejam danificados quaisquer
tubos, caixas, cabos, postes, etc. que estejam na zona atingida pela escavação ou área
próxima à mesma. As obras de remanejamento de interferências que se fizerem
necessárias deverão ser programadas pela EMPREITEIRA, com a devida
antecedência, a fim de permitir sua liberação pela FISCALIZAÇÃO e respectivas
autorizações de proprietários e/ou concessionárias.

Quando a escavação interferir com galerias de águas pluviais, redes de


distribuição de água, ramais prediais de água e esgoto, rede de telefone, ramais de alta
e baixa tensão, a EMPREITEIRA executará o escoramento e sustentação das mesmas.
O ônus decorrente dos danos causados a essas tubulações serão de inteira
responsabilidade da EMPREITEIRA, e não serão ressarcidos pela SEMARH.

Para proteção das valas contra inundação das águas superficiais deverão ser
construídas muretas longitudinais nas bordas da escavação, desviando as águas para
local adequado de descarga.

23
Os tapumes para contenção da terra depositada ao longo da vala serão
executados nos locais aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

3.2.3 – Forma de Execução

A escavação poderá ser executada manualmente ou mecanicamente, em função


das particularidades do terreno, a critério da EMPREITEIRA e compreende a remoção
de qualquer material abaixo da superfície do terreno até os limites do projeto, procedida
seletivamente de modo a separar os solos destinados aos diversos fins.

Escavação Manual

A escavação manual consiste na escavação de material solto ou frouxo e de


outros materiais, onde não for possível a utilização do equipamento mecânico
convencional de escavação, ou em áreas onde o emprego de equipamento mecânico
danifique a fundação.

Será utilizada, também, para regularização e acerto de taludes ou fundo de


cavas ou valas.

Escavação Mecanizada

A escavação mecanizada consiste na escavação de solos, com ou sem a


presença de água, de rocha alterada ou fraturada, e de pedras soltas, por meio de
equipamentos adequados.

Escavação a Fogo

Escavações ou demolições com emprego de fogo ou explosivos só serão


permitidas com autorização específica da SEMARH. Caso haja estrita necessidade do
seu emprego, a EMPREITEIRA se incumbirá de obter as permissões legais cabíveis,
bem como responsabilizar-se quanto à compra, guarda, manuseio e utilização dos
explosivos, segurança das operações e eventuais danos causados.

A autorização do órgão competente para transporte e uso de explosivos deverá


ser encaminhada à FISCALIZAÇÃO antes do início das detonações.

Quando pela proximidade de prédios e seus complementos, logradouros,


serviços de utilidade pública ou por circunstâncias outras, a critério da FISCALIZAÇÃO,
for inconveniente ou desaconselhável o emprego de explosivos para o desmonte da
rocha, será esta desmontada a frio, empregando-se processo mecânico.

3.2.4 – Medição e Pagamento

24
Estes serviços serão medidos conforme as quantidades executadas, sendo os
volumes escavados expressos em metros cúbicos e áreas gramadas em metros
quadrados.

O pagamento será efetuado de acordo com o preço estabelecido no contrato.

3.3 – ESCORAMENTO DE VALAS OU CAVAS

Toda vez que a escavação, em virtude da natureza do terreno, possa provocar


desmoronamento, a EMPREITEIRA é obrigada a providenciar o escoramento
adequado.

Será obrigatório o escoramento para valas de profundidade superior a de 1,50 m


(Portaria nº 45 do Ministério do Trabalho de 09/02/1962).

Os tipos de escoramento a serem utilizados serão determinados pela


FISCALIZAÇÃO e serão os seguintes:

Pontaleteamento:

A superfície lateral da vala será contida por tábuas de peroba de 0,027 x 0,16 m,
espaçadas de 1,35 m, travadas horizontalmente com estroncas de eucalipto de 0,20 m.

Escoramento Descontínuo:

Consiste na contenção de solo lateral à cava por tábuas de peroba de 0,027 x


0,16 m, espaçadas de 0,16 m, travadas horizontalmente por longarinas de peroba de
0,06 x 0,16 m em toda a sua extensão, e estroncas de eucalipto de ø 0,20 m a cada
1,35 m, a menos das extremidades das longarinas de onde as estroncas estarão a 0,40
metros.

Escoramento Contínuo:

Neste caso a contenção do solo lateral à cava far-se-á por tábuas de peroba de
0,027 x 0,16 m, encostadas umas às outras, travadas horizontalmente por longarinas
de peroba de 0,06 x 0,16 m em toda a sua extensão, e estroncas de eucalipto de ø
0,20 m espaçadas de 1,35 m, a menos das extremidades das longarinas de onde as
estroncas estarão a 0,40 metros.

Escoramento Especial:

25
O solo lateral à cava, neste caso, será contido por pranchas de peroba de 0,05 x
0,16 m, do tipo macho e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas de peroba de
0,08 x 0,18 m em toda a sua extensão, e estroncas de eucalipto de ø 0,20 m
espaçadas de 1,35 m, a menos das extremidades das longarinas de onde as estroncas
estarão a 0,40 metros.

Escoramento com Pranchas Metálicas:

O solo lateral à cava, neste caso, será contido por pranchas metálicas com
encaixe, espessura da chapa de 4,5 mm, travadas horizontalmente por longarinas de
peroba de 8 x 18 cm em toda a sua extensão, estroncas de eucalipto de ø 0,20 m
espaçadas de 1,35 m, a menos das extremidades das longarinas de onde as estroncas
estarão a 0,40 metros.

Os escoramentos acima descritos são do tipo padrão e são mostrados nos


desenhos apresentados nas páginas 16 a 20 a seguir. De qualquer modo, a
EMPREITEIRA deverá verificar o dimensionamento do escoramento, em função do tipo
do terreno a escorar, largura e profundidade da vala, fazendo as alterações que julgar
necessárias, sendo ela a única e exclusiva responsável pela sua estabilidade.

Neste caso, deverá apresentar à SEMARH, croqui detalhado do tipo de


escoramento a ser utilizado.

Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado será colocado a


uma distância da vala, no mínimo igual a 60% da sua profundidade.

Para se evitar a percolação de água pluvial para dentro da vala, a


EMPREITEIRA deverá:

a) No aparecimento de trincas laterais à vala, providenciar a vedação das


mesmas e a impermeabilização da área com asfalto;

b) Vistoriar junto às sarjetas se não está ocorrendo penetração de água. Em


caso positivo, vedar com asfalto.

– escoramento em escavações abaixo do lençol freático, em solos que


apresentem reais dificuldades quanto à fixação, estanqueidade e equilíbrio do
fundo da vala deverá ter "fichas", cujo dimensionamento deverá ser aprovado
pela FISCALIZAÇÃO.

– A retirada dos escoramentos das valas deverá obedecer as seguintes


prescrições:

26
O plano de retirada das peças deverá ser objeto de programa previamente
aprovado pela SEMARH.

Uma vez atingido o nível inferior da última camada de estroncas, serão


afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e longarinas), bem
como os elementos auxiliares da fixação, da mesma forma e sucessivamento serão
retiradas as demais camadas de contraventamento.

As cortinas e elementos verticais do escoramento serão removidas com a


utilização de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados
com auxílio de guindastes, logo que o aterro atinja um nível suficiente, segundo
estabelecido no plano de retirada.

Os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes, pontaletes ou estacas,


deverão ser preenchidos e devidamente compactados.

Ficará a critério da SEMARH a eventual necessidade, em determinados trechos,


de perfis metálicos no escoramento.

Durante a operação de descida dos tubos na vala, deverá ser feito


remanejamento de estroncas, com adição de estroncas provisórias de tal forma que em
nenhum momento sejam diminuídas as condições de segurança.

27
3.3.1 – Medição e Pagamento

Estes serviços serão medidos conforme as quantidades executadas e expressos


em área escorada (metro quadrado).

O pagamento será efetuado de acordo com o preço correspondente


estabelecido no contrato.

3.4 – ESGOTAMENTO DE VALAS

Durante o decorrer de todos os trabalhos, dever-se-á providenciar a drenagem e


escoamento das águas pluviais e do lençol freático, de maneira e evitar que estes
causem danos às obras.

Os tubos já assentados cujas valas receberam água de enxurrada, e tiverem


suas extremidades abertas, deverão ser limpos logo que cesse a ocorrência. Quando
as extremidades estiverem fechadas, cabe à EMPREITEIRA providenciar o
conveniente lastreamento dos tubos, para evitar sua flutuação.

A proteção de vala deverá ser feita por banquetas longitudinais de bordo, de


maneira a evitar a entrada de água nesta, conduzindo-a para locais apropriados de
descarga.

A vala deverá ser mantida sempre isenta de água, por processo aprovado pela
SEMARH.

A EMPREITEIRA deverá dispor de equipamento adequado e suficiente para que


o sistema de esgotamento apresente rendimento tal, que permita lançamento de
concreto a seco ou à perfeita consolidação do terreno de assentamento de tubulações.

A EMPREITEIRA tem por obrigação prever e evitar irregularidade das operações


de esgotamento, controlando e inspecionando o equipamento continuamente.
Eventuais anomalias deverão ser eliminadas imediatamente.

O custo da construção de rede elétrica alimentadora, pontos de força, consumo


de energia ou combustível, locação, manutenção, operação e guarda dos
equipamentos de esgotamento, será de inteira responsabilidade da EMPREITEIRA,
estando o mesmo incluído no preço unitário do serviço de esgotamento.

A água retirada deverá ser encaminhada para o local adequado, a fim de evitar o
alagamento das áreas vizinhas ao local de trabalho e desgaste do pavimento das vias.

3.4.1 – Esgotamento com Bomba

28
Sempre que a quantidade de água e a natureza do terreno permitir, como argilas
plásticas pouco permeáveis, o esgotamento poderá ser feito com a utilização de
bombas submersíveis.

Serão feitas no fundo da vala, valetas laterais junto ao escoramento, fora da


área de assentamento da obra, para que a água seja coletada pelas bombas em
pontos adequados. Os crivos das bombas deverão ser colocados em pequenos poços
internos a esses drenos e recobertos de brita a fim de se evitar erosão. A critério da
SEMARH, tais valetas poderão ser substituídas por drenos de tubos perfurados.

O esgotamento de água, com utilização de bombas, é de responsabilidade da


EMPREITEIRA e deverá ser contínuo (24 horas por dia).

3.4.2 – Manutenção e Remoção

As instalações de bombeamento serão dimensionadas com suficiente margem


de segurança e previstos equipamentos de reserva, incluindo grupo moto-bombas
Diesel para eventuais interrupções de fornecimento de energia elétrica, de modo a
garantir o seu funcionamento por todo o tempo em que as valas ficarem abertas, até o
aterro das mesmas acima da cota prevista no parágrafo seguinte.

Nos trechos onde a vala estiver sendo mantida seca através do bombeamento,
após atendidas as condições acima, as operações de bombeamento cessarão
gradativamente, de maneira que o nível piezométrico seja sempre mantido pelo menos
0,5m abaixo da cota superior atingida pelo aterro.

3.4.3 – Medição e Pagamento

A medição deste serviço será elaborada conforme as quantidades executadas e


expressa em CV.h.

O pagamento será efetuado de acordo com o preço correspondente


estabelecido no contrato.

3.5 – REATERRO DE VALAS OU CAVAS

3.5.1 – Geral

O reaterro das valas ou cavas será processado até o restabelecimento dos


níveis anteriores das superfícies originais ou de forma designada pelos projetos ou pela
SEMARH, e deverá ser executado de modo a oferecer condições de segurança às
tubulações e bom acabamento da superfície.

29
Os serviços de reaterro só poderão ser executados após o levantamento
cadastral, autorizados pela FISCALIZAÇÃO e de acordo com suas indicações
específicas.

O reaterro deverá ser executado com o solo isento de pedras, madeira, detritos
ou outros materiais que possam danificar as tubulações ou qualquer elemento no
interior da vala.

O solo necessário será proveniente da própria escavação ou de jazidas de


empréstimos, a critério da FISCALIZAÇÃO.

3.5.2 – Execução

Nos casos de reaterro de valas de tubulações, a primeira camada, até a altura


de 30cm acima da geratriz superior do tubo assentado, deverá ser executada com
areia, isenta de impurezas, compactado em ambos os lados da tubulação com
apiloamento manual através de soquetes, conforme detalhe no Des. 19.08.01.102 –
Detalhes Gerais.

A segunda camada deverá ser executada com material selecionado da própria


escavação ou, nos casos onde não haja essa disponibilidade, com material de jazidas
de empréstimo, compactado mecanicamente, em camadas de no máximo 30cm.

Nos casos de ruas ou estradas sem pavimentação, o reaterro deverá ser


executado com material que apresente características próprias para revestimento
primário, compactado mecanicamente, até o nível superior do terreno.

Nos casos de ruas ou estradas pavimentadas, essa 2ª camada deverá ser


interrompida a 30cm da superfície inferior do pavimento, completando-se o restante da
seguinte maneira:

– Nos casos de revestimento de pavimento em paralelepípedo, lajotas de


concreto e passeios:

Com material de jazida com características próprias de material de base, e


camada de areia de 0,10m para assentamento do revestimento, utilizando-se
compactação mecânica.

3.5.3 – Compactação

As camadas de aterro compactadas mecanicamente, deverão atender às


seguintes condições:

– Terrenos arenosos - grau de compacidade de 60%.

30
– Terrenos coesivos - densidade aparente seca em média não inferior a 95% da
densidade máxima determinada nos ensaios de compactação, de
conformidade com a MB-33 da ABNT.

O controle e ensaios de compactação serão feitos pela FISCALIZAÇÃO ou firma


especializada contratada pela SEMARH, para o fim.

3.5.4 – Responsabilidade

Após o recebimento definitivo da obra, qualquer serviço de recomposição de


aterro ou reaterro, mesmo causado por chuvas e/ou erosões, deverá ser refeito pela
EMPREITEIRA.

3.5.5 – Material de Jazida

Caso os aterros necessitem um volume de material superior ao escavado no


local da obra, ou se verifique ser o material escavado inadequado à compactação,
haverá a necessidade de utilizar-se de área de empréstimo.

A EMPREITEIRA deverá submeter à aprovação da SEMARH os locais, onde


fará o empréstimo de material.

Deverá ser feita análise de laboratório do material da área de empréstimo para


comprovação de suas qualidades para aterros.

A escavação e transporte poderão ser executados por qualquer método


aprovado e próprio para cumprir o objetivo da obra. A EMPREITEIRA deverá avaliar as
condições dos materiais na área de empréstimo e fornecer meios apropriados para
manuseio dos mesmos.

Na área de empréstimo, a EMPREITEIRA executará toda a limpeza necessária,


escavação superficial, escavação seletiva até as profundidades e extensões
necessárias, transporte, drenagem e regularidades e extensões necessárias,
transporte, drenagem e regularização da área de empréstimo, durante e após a
conclusão do trabalho, remoção de materiais inadequados e o que mais for necessário
para obter e tornar adequados os materiais para uso na obra.

Só poderá ser transportado para o local do aterro o material com condições de


umidade tais que, ao chegar à praça de lançamento, esteja dentro da faixa
especificada para compactação, a critério da SEMARH.

Os taludes finais das escavações para empréstimo não deverão ter inclinações
maiores que dois na horizontal por um na vertical.

31
Ao concluir as operações de escavação, as áreas de empréstimo que ficarão
permanentemente expostas deverão ser deixadas razoavelmente lisas, uniformes e
preparadas para drenagem superficial.

3.5.6 – Bota-Fora

Os materiais escavados, considerados inadequados pela FISCALIZAÇÃO, serão


transportados e despejados em áreas de bota-fora por ela aprovadas.

Os materiais deverão ser espalhados convenientemente e compactados com o


tráfego dos equipamentos em utilização, de modo que a forma e a altura dos depósitos
em tais áreas se adaptem ao terreno adjacente, inclusive com taludes adequados, de
acordo com instruções da FISCALIZAÇÃO.

A EMPREITEIRA tomará precauções para que o material depositado nessas


áreas não venha a causar danos às áreas e obras adjacentes, por deslizamento,
erosão, etc.

A EMPREITEIRA tomará providências para que haja drenagem apropriada e


proteção de taludes, conforme critérios da SEMARH.

3.5.7 – Medição e Pagamento

O reaterro será qualificado em metros cúbicos de material colocado,


considerando o volume medido nas escavações necessárias a execução das obras.

O bota-fora que corresponde à carga e transporte do material será medido em t


x km.

O pagamento será efetuado de acordo com o preço correspondente


estabelecido no contrato.

3.6 – ESCAVAÇÕES PARA EDIFICAÇÕES

3.6.1 – Condições Gerais

Os diversos tipos de escavações para edificações deverão ser executados


segundo as cotas, dimensões e taludes especificados no projeto ou determinados pela
FISCALIZAÇÃO. As escavações necessárias deverão ser executadas de modo a não
ocasionar danos à vida, propriedade ou a ambos.

As escavações além de 1,5 m de profundidade deverão ser taludadas ou


protegidas com dispositivos adequados de contenção. Quando se tratar de escavações
permanentes, deverão ser protegidas com muros de arrimo ou cortinas.

32
As cavas para fundações, subsolos, reservatórios d’água e outras partes da obra
abaixo do nível do terreno serão executadas de acordo com as indicações constantes
do projeto de fundações e demais projetos da obra, natureza do terreno encontrado e
volume do material a ser deslocado.

A execução dos trabalhos de escavação obedecerá, além do transcrito neste


item, a todas as prescrições da NBR-6122 NBR-519, concorrentes ao assunto.

As escavações para execução de blocos e cintas (baldrames) circundantes


serão levadas a efeito com a utilização de escoramento e esgotamento d’água se for o
caso, de forma a permitir a execução, a céu aberto, daqueles elementos estruturais e
respectivas impermeabilizações.

Todas as escavações deverão ser protegidas, quando for o caso, contra a ação
da água superficial e/ou profunda, e mediante drenagem, esgotamento, a fim de
assegurar uma boa execução dos trabalhos.

O reaterro das escavações provisórias e o enchimento junto a muros de arrimo


ou cortinas deverão ser executados com todos os cuidados necessários, de modo a
impedir deslocamentos que afetem a própria estrutura, edificações ou logradouros
adjacentes.

Toda escavação deverá ser classificada de acordo com a natureza do material


escavado e a dificuldade que ele apresente à sua extração, segundo proposto no item
3.2.1 – CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO.

O preenchimento de escavações em excesso deverá ser feito em concreto de


regularização ou outro material autorizado pela FISCALIZAÇÃO, sendo o ônus por
conta da EMPREITEIRA.

3.6.2 – Escavações Taludadas

Os taludes das escavações deverão ser convenientemente protegidos, durante


toda a sua execução, contra os efeitos de erosão interna e superficial.

3.6.3 – Projeto

No caso de o projeto das escavações não ser fornecido pela SEMARH, caberá à
EMPREITEIRA a sua elaboração, submetendo, contudo, à prévia apreciação e
autenticação da FISCALIZAÇÃO.

O dimensionamento das peças deverá atender às cargas que possam ocorrer


em todas as fases da obra (provisórias e/ou permanentes).

33
Deverão ser levadas em conta as condições da vizinhança e a determinação das
sobrecargas nas diferentes fases da obra.

A EMPREITEIRA, em nenhuma hipótese, poderá iniciar as escavações sem


autenticação do projeto pela SEMARH.

O projeto deverá obedecer às normas da ABNT relativas ao assunto, em


especial a NBR-6122 (NB-51).

3.6.4 – Medição e Pagamento

As escavações para edificações serão medidas em metros cúbicos de material


escavado, segundo as cotas, linhas e taludes indicados no projeto ou determinados
pela FISCALIZAÇÃO.

A FISCALIZAÇÃO classificará os materiais encontrados à medida que for


realizada a escavação, para cálculo subsequente do volume correspondente a cada
tipo de material.

Não serão consideradas, para efeito de medição e pagamento, as escavações


efetuadas além do necessário à execução adequada da obra.

O pagamento dos diversos tipos de escavações para edificações será efetuado


pelos preços unitários por metro cúbico de material escavado estabelecido no Contrato.

Os preços unitários das escavações para edificações deverão incluir os custos


de mão-de-obra, equipamentos e materiais necessários à execução dos serviços,
segundo especificado neste item e incluindo as operações de carga, descarga e
disposição dos materiais, conforme necessário.

34
4 – CONCRETO

35
4 – CONCRETO

4.1 – GENERALIDADES

Estas especificações servirão para complementar, onde necessário, as normas,


especificações e os métodos da ABNT em vigor, os quais deverão ser aplicados
integralmente, onde cabíveis.

Especificaremos de maneira sucinta, a seguir, os serviços necessários à


execução da estrutura em concreto armado.

De forma mais detalhada, apresentaremos o emprego de materiais, as normas


para aplicação e controle, e os critérios de execução dos serviços.

4.2 – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS

4.2.1 – Escavações

Serão feitas escavações, objetivando atingir as cotas necessárias, segundo o


projeto, para construção dos elementos projetados.

4.2.2 – Reaterros

Serão realizados reaterros para complementação das caixas necessárias à


construção das obras projetadas.

4.2.3 – Fundações

Serão em concreto armado, obedecendo às normas da ABNT, de acordo com as


recomendações específicas do projeto.

4.2.4 – Estruturas

Serão em concreto armado, obedecendo às normas da ABNT, dando-se especial


atenção para o acabamento em concreto aparente, e à estanqueidade dos
reservatórios.

36
4.3 – EMPREGO DOS MATERIAIS E NORMAS DE APLICAÇÃO E CONTROLE

4.3.1 – Cimentos

Cimento Portland

– Só serão aceitos os cimentos que obedeçam às Especificações Brasileiras


para cimento Portland, destinados à preparação do concreto (NBR-5732 da
ABNT).

– Só serão aceitos os cimentos com acondicionamento original da fábrica.

– Em todos os recipientes de acondicionamento deverão vir indicados, em


caracteres bem visíveis, a marca do cimento, o fabricante, o número
correspondente à resistência aos 28 dias e a sua massa.

– Os sacos de cimento deverão conter 50 kg líquidos, admitindo-se uma


tolerância de 2%.

– No caso de uso de central de concreto e controle dos materiais em massa,


será aceito o fornecimento do cimento a granel.

– Se o fornecimento do cimento for a granel, o mesmo deverá ter sua massa


aferida rigorosamente.

– Serão rejeitados os cimentos empedrados.

– O emprego de cimentos aluminosos só será permitido com justificativas


especiais.

– Os sacos de cimento deverão ser armazenados em local protegido das


intempéries, da umidade do solo e de outros agentes nocivos às suas
qualidades, sendo conservados em sua embalagem original até a ocasião de
seu emprego.

– Lotes recebidos em épocas diversas não deverão ser misturados, e sim


colocados separadamente, de maneira a facilitar a sua inspeção e seu
emprego na ordem cronológica do seu recebimento.

– Os sacos, de preferência, deverão ser colocados sobre estrados de madeira,


construídos a 30 cm do piso. As pilhas deverão conter normalmente de 8 a 10
sacos de altura. Excepcionalmente este limite poderá ser elevado até 15
sacos de altura, se o tempo de armazenamento for no máximo de 15 dias.

– O empilhamento de encontro às paredes deverá ser evitado.

37
– Se o fornecimento for a granel, o armazenamento deverá ser feito em silos
adequados para este fim.

– Em caso de dúvida quanto à utilização, o cimento deverá ser ensaiado em


laboratório oficial e de acordo com os Métodos Brasileiros (NBR-7215 da
ABNT).

– A interpretação dos resultados deverá ser feita segundo as especificações


brasileiras vigentes (NBR-5732), mediante certificado expedido pelo
laboratório.

– Para cada 1.000 sacos de cimento retirar uma amostra média de 50 kg,
sendo 5 kg para cada lote de 100 sacos.

– Formada a amostra, esta deverá ser colocada em recipiente impermeável,


fechado, datado e rubricado pela FISCALIZAÇÃO.

– Deverão ser apresentados outros informes julgados de interesse e


relacionados com a própria identificação da amostra.

4.3.2 – Agregados para Concreto e Argamassa

– Agregados Miúdos

Areia

– A areia deverá ser sílico-quartzosa com grãos inertes e resistentes, limpa,


isenta de impurezas e de matérias orgânicas.

– Serão recusadas as areias muito escuras e as impuras, muito finas e


salitradas.

– Para areias muito finas será indispensável misturá-las com pedra zero, na
proporção de 2/3 de areia fina para 1/3 de pedra zero.

– Nos casos de dúvida, deverão ser feitos ensaios de qualidade (NBR-7216 a


NBR-7220). A areia deverá ser lavada e de rios, não se permitindo o uso de
areia de cava (estrada) ou areia salitrada.

São classificadas em:

– Grossas - com granulometria entre 4,8 mm e 0,84 mm;

– Médias - com granulometria entre 0,84 mm e 0,25 mm;

– Finas - com granulometria entre 0,25 mm e 0,05 mm.

38
– Deverão ser armazenadas onde não haja possibilidade de se misturarem com
outros agregados ou com materiais estranhos que venham a prejudicar sua
qualidade.

Em caso de dúvida quanto a sua utilização, as areias deverão ser ensaiadas em


laboratório oficial e de acordo com os Métodos Brasileiros da ABNT (NBR-7216, NBR-
7217, NBR-7218, NBR-7219, NBR-7220, NBR-7221, NBR-7251 e NBR-6467).

A interpretação dos resultados deverá ser feita segundo as Especificações


Brasileiras vigentes (NBR-7211), mediante certificado expedido pelo laboratório.

– A amostra representativa mínima deverá ser de 30 kg, salvo indicações em


contrário do laboratório. Deverá ser obtida de diversos pontos, obedecendo a
NBR-7216 da ABNT.

– Formada a amostra, esta deverá ser colocada em recipiente impermeável,


fechado, datado e rubricado pela FISCALIZAÇÃO.

– Deverão ser acrescentados outros informes julgados de interesse e


relacionados com a própria identificação da amostra.

– Agregados Graúdos

Pedra Britada (Brita)

– Agregado graúdo proveniente do britamento de rochas estáveis de diâmetro


mínimo igual ou superior a 4,8 mm.

– A pedra deverá apresentar arestas vivas, granulometria uniforme e ser limpa,


bem como isenta de argila e partes em decomposição.

– Só serão aceitas as britas obtidas pela trituração mecânica de rochas de


granito, basalto ou gnaisse.

– Quando contiver muito pó de pedra, deverá o mesmo ser peneirado.

– Deverá ter, de preferência, as formas cúbicas ou esféricas.

– Deverão ser rejeitadas as de forma lamelares.

– Deverão ser armazenadas onde não haja possibilidade de se misturarem com


outros agregados ou com materiais estranhos, que venham a prejudicar sua
qualidade.

39
– Em caso de dúvida quanto a sua utilização, as britas deverão ser ensaiadas
em laboratório oficial e de concreto com os Métodos Brasileiros da ABNT
(NBR-7216, NBR-7217, NBR-7218, NBR-7219 e NBR-7251).

– A interpretação dos resultados deverá ser feita segundo as Especificações


Brasileiras vigentes (NBR-7211), mediante certificado expedido pelo
laboratório.

– A amostra representativa mínima deverá ser de 30 kg, salvo indicações em


contrário do laboratório. Deverá ser obtida de diversos pontos, obedecendo a
NBR-7216 da ABNT.

– Formada a amostra, esta deverá ser colocada em recipiente impermeável,


fechado, datado e rubricado pela FISCALIZAÇÃO.

– Deverão ser acrescidos outros informes julgados de interesse e relacionados


com a própria identificação da amostra.

4.3.3 – Água de Amassamento

– A água, destinada a preparação das argamassas e concretos, deverá ser


potável, limpa, pura e estar em temperatura conveniente, devendo obedecer
ao disposto na NBR-6118.

– O armazenamento deverá ser feito em tambores adequados a este fim.

– Em caso de dúvida quanto a sua utilização, deverão ser feitos ensaios


comparativos de pega, de resistência à compressão e de ataque à armadura
com uma água reconhecidamente boa, em laboratório oficial e de acordo com
os Métodos Brasileiros da ABNT.

– A interpretação dos resultados deverá ser feita segundo as Especificações


Brasileiras vigentes, mediante certificado expedido pelo laboratório.

– A amostra representativa mínima deverá ser de 2 litros.

– Formada a amostra, esta deverá ser colocada em recipiente fechado, datado


e rubricado pela FISCALIZAÇÃO.

– Deverão ser acrescentados outros informes julgados de interesse e


relacionados com a própria identificação da amostra.

4.3.4 – Aços

Aço para Armadura

40
– Classificam-se como barras os elementos fornecidos em segmentos retos
com comprimento entre 10 e 12 metros, e como fios, os elementos de
diâmetro menor ou igual a 12 mm, cujo processo de fabricação permita o
fornecimento em rolos com grandes comprimentos.

– Só serão aceitos os aços que obedeçam às Especificações Brasileiras (NBR-


7480) para barras de aço destinadas a armaduras de concreto.

– Só serão aceitos os aços que obedeçam às especificações de


homogeneidade quanto às suas características geométricas e mecânicas.

– Serão recusados os aços que apresentarem defeitos prejudiciais como


bolhas, fissuras, esfoliações e corrosões.

– A tolerância na variação das massas reais da barras será limitada a mais ou


menos 6% da massa nominal, das barras com diâmetro maior ou igual a 10
mm, e de mais ou menos 10% da massa nominal, para as barras de diâmetro
menor que 10 mm.

– Os aços deverão ser armazenados em local protegido das intempéries, da


umidade do solo e de outros agentes nocivos às suas qualidades.

– Os aços não deverão repousar diretamente no solo.

– Em caso de dúvida quanto a sua utilização, o aço deverá ser ensaiado em


laboratório oficial e de acordo com os Métodos Brasileiros da ABNT (NBR-
6152 ou NBR-7477 e NBR-7478).

– A interpretação dos resultados deverá ser feita segundo às Especificações


Brasileiras vigentes (NBR-7480), mediante certificado expedido pelo
laboratório.

– A amostra representativa mínima deverá ser de 2 metros, retirada de uma


extremidade da barra de aço.

– Formada a amostra, esta deverá ser remetida ao laboratório devidamente


rubricada pela FISCALIZAÇÃO.

– Deverão ser acrescidos outros informes julgados de interesse e relacionados


com a própria identificação da amostra.

4.3.5 – Aditivos para Concreto

– O emprego de aditivos será admissível mediante precauções apropriadas e


na medida em que se puder justificar, por ensaios, que o produto adicionado

41
nas condições previstas provoque o efeito desejado sem perturbar, de
maneira sensível, as outras qualidades exigidas para o concreto, ou
apresentar perigo para as armaduras.

– O emprego de aditivos ficará condicionado às prescrições dos fabricantes.

– O emprego de aditivos ficará condicionado às condições especiais de


execução da obra, desde que autorizado pela FISCALIZAÇÃO.

– Será exigido "traço" especial do concreto no qual for usado aditivo.

– Serão exigidos cuidados especiais durante a cura do concreto.

– Os aditivos utilizados deverão ser plastificantes, incorporadores de ar,


aceleradores de pega, dispersores e impermeabilizantes.

– No caso de serem empregados vários aditivos simultaneamente, deverá ser


assegurada uma boa compatibilidade. Quando da escolha do aditivo, será
obrigatório levar em consideração os inconvenientes que alguns possam
apresentar, tais como: perigo de corrosão para as armaduras e ação
desfavorável sobre outras características do concreto.

– Deverão ser armazenados em suas embalagens originais, em local protegido


das intempéries, da umidade do solo e de outros agentes nocivos às suas
qualidades.

4.3.6 – Madeiras

Madeiras Brancas

– São aquelas usadas em obras transitórias, como andaimes, tapumes, formas


para concreto armado (ressalvados os casos que estiver especificado o
concreto aparente), escoramentos, etc.

– A madeira comumente usada para tais fins é o pinho do Paraná na forma de


pranchões, tábuas, sarrafos, ripas e pontaletes. Nesta categoria, admite-se o
uso de eucalipto em escoramentos, desde que resistentes. Apesar do
emprego em obras transitórias, será permitido o emprego do pinho do
Paraná, no mínimo com a classificação de terceira pelo Instituto Nacional do
Pinho.

– As madeiras brancas se apresentam nas formas maciças e de compensados.

Pinho de Primeira

42
– Só serão aceitas madeiras secas, limpas em ambas as faces, sãs, de cor
natural, corretamente serradas e de bitola exata, tendo as arestas em
rigorosa esquadria, sem nós, sem furos de larvas, isentas de defeitos tais
como: rachaduras ou fendas, abaulamentos, arqueaduras, fibras reversas,
apodrecimentos, quinas mortas e serragens irregulares.

Pinho de Terceira

– Só serão aceitas madeiras secas, com nós ou furos de larvas, com manchas,
com fendilhamento em maior proporção do que no padrão anterior, devendo
ter cor natural, serrada corretamente e de bitola exata e ter arestas em
esquadrias.

Compensado

– Os compensados de pinho, destinados à confecção de tapumes, poderão ter


a espessura mínima de 6 mm.

– Só serão aceitos compensados impermeáveis, destinados às formas para


concreto aparente, de espessura de 10 a 20 mm, tendo as arestas em
rigorosa esquadria, isentos de defeitos, tais como: rachaduras, abaulamentos,
arqueaduras e apodrecimentos e com a face de contato aparelhada e
plastificada.

– Esses compensados, dos tipos plastificado, plastificado especial e resinado,


poderão ser utilizados se submetido seu uso ao critério da FISCALIZAÇÃO.

– As madeiras deverão ser armazenadas em local protegido das intempéries,


da umidade do solo e de outros agentes nocivos às suas qualidades.

– As madeiras não deverão repousar diretamente no solo.

– Em caso de dúvida quanto a sua utilização, a madeira deverá ser ensaiada


em laboratório oficial e de acordo com os Métodos Brasileiros da ABNT (NBR-
6230).

– A interpretação dos resultados deverá ser feita mediante certificado expedido


pelo laboratório.

4.4 – CRITÉRIOS DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

4.4.1 – Preparação do Terreno

Capina e Limpeza

43
Este serviço deverá ser executado de forma a deixar completamente livre, não
só toda a área, como também os caminhos necessários ao transporte de materiais.

Remoção de Entulho

Todo o entulho proveniente de serviços de limpeza do terreno, que se venha a


acumular durante os serviços de construção, deverá ser, periodicamente, removido
para local convenientemente determinado pela FISCALIZAÇÃO.

4.4.2 – Movimento de Terra

Escavação

A escavação para fundação será feito em conformidade com os alinhamentos e


cotas do projeto, ou de acordo com o que a FISCALIZAÇÃO determinar, por escrito.

A profundidade da fundação será indicada no projeto.

A profundidade de escavação e a natureza do material de fundação serão


submetidas à apreciação da FISCALIZAÇÃO e de acordo com as especificações
citadas no item 3.9 – Escavações para Edificações deste documento. Sempre que
necessário, deverão ser feitas sondagens complementares de reconhecimento do
subsolo.

Não será permitido o reaterro de qualquer natureza para compensar escavações


feitas além do limite da fundação. A regularização deste excesso será feita em concreto
ou alvenaria de pedra, conforme o caso, após verificação da estabilidade das
fundações para as novas condições de carga.

No nível definitivo de implantação de fundação direta, a rocha ou o material firme


encontrado deverá ficar isento de todo o material solto. Nas fundações em areia, ou
pedregulho, ou moledo, o terreno deve ser cortado segundo uma superfície horizontal,
plana e firme. No caso de rocha, esta deve ser cortada conforme indicação do projeto,
devendo todas as fendas serem limpas e cheias com pedra argamassada.

Reaterro

a) Materiais

Os materiais serão os mesmos das escavações das cavas para implantação das
obras, salvo indicação no projeto de materiais para camadas drenantes e outros.

b) Execução

44
– A operação será precedida da execução dos serviços de limpeza das áreas a
reaterrar.

– O lançamento do material para a construção dos reaterros deverá ser feito


em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em
extensões tais que permitam seu umedecimento e compactação.

– Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas, com


equipamento semi-mecanizado adequado.

4.4.3 – Fundações

A presente especificação tem por objetivo apresentar os procedimentos gerais a


serem adotados na execução das fundações.

Materiais

a) Concreto

O concreto deverá satisfazer a NBR-6118 da ABNT e atender às condições em


que serão implantadas as fundações, tais como execução em ambiente agressivo,
presença de água, etc.

b) Aço

O aço empregado nas armaduras deverá satisfazer a NBR-7480 da ABNT.


Qualquer que seja o material, deverá sempre atender às indicações do projeto.

Equipamento

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado


dependerão do tipo e dimensões do serviço a executar. A EMPREITEIRA apresentará a
relação detalhada do equipamento a ser empregado em cada obra, ou em um conjunto
de obras.

Execução

Antes do lançamento do concreto deverão ser precedidos os serviços de


limpeza e regularização do fundo das cavas, bem como esgotamento de eventual
acúmulo d'água. Para execução das fundações deverão ser atendidas as prescrições
do item 4 (Concreto) desta especificação.

4.4.4 – Concreto Armado

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Camada de Regularização

Quando for o caso, deverá ser executada uma camada de regularização, com
espessura mínima de 5 cm de concreto magro, com consumo mínimo de 250 kg de
cimento por metro cúbico, em toda a superfície de contato da estrutura com o solo.

Dosagem

Será desejável a dosagem racional do concreto por qualquer método, baseado


na relação entre a quantidade de água e o peso de cimento, desde que devidamente
justificado. A dosagem racional do concreto consistirá na fixação de um "traço" em
função de uma resistência, previamente determinada pelo PROJETISTA da estrutura,
ou ainda, em função das condições de exposição a que a estrutura estará submetida.
Em ambos os casos, a quantidade dos materiais a serem empregados e a consistência
necessária deverão ser considerados tendo em vista a natureza da obra (controle), o
processo de adensamento, bem como os fatores durabilidade e economia.

Deverão ser remetidos ao laboratório oficial os seguintes elementos necessários


à fixação do traço experimental: amostra bem representativa do cimento, agregados e
água, tensão média de ruptura aos 28 dias, controle a que estará submetida a obra,
considerações relativas ao adensamento, dimensões das peças a serem concretadas,
indicações sobre a exposição da estrutura, tipo de aço a ser empregado e aditivos, se
forem utilizados.

Os ensaios com corpos de prova segundo os métodos NBR-5738 e NBR-5739,


confeccionados no canteiro de obras com o traço experimental, permitirão correções na
mistura, de modo a fornecer os elementos definitivos da dosagem.

Obrigatoriamente, deverão ser feitas dosagens especiais sempre que houver


variações no fornecimento de agregados, na marca ou categoria do cimento e da água;
houver especificação posterior para emprego de ativos; houver necessidade de
condições especiais, tais como: impermeabilização, resistência ao desgaste, ação de
águas agressivas, etc.

Será permitido o concreto denominado "Transit-Mixed" (caminhão-betoneira).

Quando empregado o "Transit-Mixed", o controle da resistência caberá à


EMPREITEIRA, que deverá fornecer à FISCALIZAÇÃO, os dados comprobatórios da
qualidade do concreto.

Será expressamente proibido adição, no canteiro de obra, de água de


amassamento no concreto entregue. A FISCALIZAÇÃO deverá ficar atenta a este fato
e, se constatar estas adições, o concreto entregue deverá ser recusado e se já houver

46
sido lançado, as peças assim concretadas deverão ser demolidas. A FISCALIZAÇÃO
deverá ficar atenta para o planejamento do canteiro, a fim de facilitar aos caminhões-
betoneiras o seu acesso, bem como a posição dos elevadores, a fim de não prejudicar
o transporte e atraso do lançamento.

Somente será permitido o emprego de concreto leve em peças não estruturais.

Padrão de Qualidade da Obra

a) Controle Padrão

O padrão de qualidade da obra será caracterizado pelo grau de controle da


execução do concreto que será considerado.

As proporções corretas de cimento, agregados e água, que deverão entrar na


mistura do concreto, deverão ser controladas rigorosamente pela FISCALIZAÇÃO.

Não será permitida qualquer alteração do traço do concreto, no canteiro de


obras.

A EMPREITEIRA ficará responsável pela tensão mínima de ruptura requerida no


projeto estrutural.

Sempre que os resultados obtidos no canteiro da obra se apresentarem


inadequados, será proposto ao laboratório investigações e reformulações do traço do
concreto.

Será exigido, sempre, o estudo de dois ou mais traços do concreto, dependendo


das dimensões dos perfis estruturais a serem concretados.

O cimento deverá ser medido em peso, podendo ser feito pela contagem de
sacos.

Não será permitido o uso de baldes ou vasilhames na medição do cimento.

Será exigido recipiente aferido na medição da água de amassamento, a qual


deverá ser feita com exatidão e cujo erro não deverá ser superior a 3%.

Na medição do volume de água de amassamento deverá ser levado em conta o


teor de água natural dos agregados.

Deverá ser mantida uma constância na dosagem da água de amassamento, a


fim de que o concreto possa apresentar plasticidade uniforme.

Os agregados deverão ser medidos em peso, com tolerância de 3%.

47
Quando o concreto for usado em meios agressivos, deverão ser tomadas
medidas especiais em relação à escolha dos materiais constituintes, ao consumo
mínimo de cimento e ao fator água-cimento, a fim de garantir uma boa durabilidade.

b) Controle - Especificações

O tipo de controle a ser utilizado na obra será o sistemático, conforme a NBR-


6118.

Resistência de Dosagem

a) Desvio Padrão

Quando for conhecido o desvio padrão Sn da resistência, determinado em


ensaios com corpos de prova da obra considerada ou de outra obra cujo concreto
tenha sido executado com o mesmo equipamento e iguais organização e controle de
qualidade, a resistência de dosagem deverá ser calculada pela fórmula:

fcj = fck + 1,65 Sd

Sd = XSn, sendo X função do número de ensaios realizados, conforme NBR-


6118.

Se não for conhecido o desvio padrão Sn, a EMPREITEIRA indicará, para efeito
da dosagem inicial, o modo como pretende conduzir a construção, de acordo com o
qual será fixado o desvio padrão, pelo critério da NBR-6118.

b) Tensões

A tensão mínima de ruptura do concreto à compressão, aos 28 (vinte e oito)


dias, será a especificada no projeto.

Controle Tecnológico

O controle tecnológico deverá abranger, pelo menos, a verificação da dosagem,


da trabalhabilidade, das características dos constituintes e da resistência mecânica à
compressão.

a) Verificação da Dosagem

A verificação da dosagem deverá ser feita pelo menos uma vez por dia, e
sempre que houver alteração de traço ou das características dos constituintes. Será

48
feita pela conferência das quantidades na betoneira ou, em caso de dúvida, coletar
amostras e reconstituir o traço do concreto recém-misturado ou endurecido.

b) Verificação da Trabalhabilidade

A verificação da trabalhabilidade será feita através de ensaios de consistência,


para averiguar se esta corresponde à prevista. Estes ensaios permitirão também uma
constatação fácil da homogeneidade da massa e um controle indireto da quantidade de
água. A determinação da consistência deverá ser feita pelo ensaio de abatimento, do
tronco de cone (NBR 7223/92)

Os ensaios deverão ser feitos para cada 25 m3 de concreto, pelo menos uma
vez por dia, quando amassado na obra, e sempre na recepção de cada caminhão-
betoneira, quando feito em usina fora da obra.

c) Verificação das Características dos Constituintes

Além dos ensaios de caracterização de todos os materiais componentes,


deverão ser feitos ensaios periódicos ou sempre que houver alteração de materiais. A
freqüência destes ensaios será a fixada nas especificações NBR-5732 e NBR-7211 da
ABNT.

d) Verificação de Resistência Mecânica à Compressão

A verificação da resistência mecânica deverá ser feita de acordo com os


métodos NBR-5738 e NBR-5739 da ABNT.

Corpos de Prova

Cada ensaio deverá constar da ruptura de, pelo menos, 2 (dois) corpos de
prova.

Em cada um dos dois primeiros dias de concretagem, serão moldados pelo


menos 8 (oito) corpos de prova, de preferência de betonadas diferentes, dos quais a
metade será rompido aos 7 (sete) dias e a outra metade aos 28 (vinte e oito) dias. Em
todos corpos de prova, deverá ser registrada a peça ou parte da estrutura
correspondente.

A FISCALIZAÇÃO deverá remeter os resultados dos rompimentos dos corpos de


prova ao serviço competente, o mais rápido possível, usando possíveis correções nos
traços.

Sempre que a distribuição estatística dos resultados dos ensaios mecânicos


assegurar que a resistência característica adotada no projeto não foi atingida, deverão

49
ser realizados ensaios não destrutivos. O PROJETISTA deverá ser comunicado
imediatamente para as providências cabíveis (reforço, alívio nas sobrecargas ou
demolição e reconstrução).

Consistência

A consistência do concreto deverá ser compatível com as dimensões das peças


a concretar, com a quantidade e distribuição das armaduras no seu interior e com os
processos de lançamento e de adensamento a serem utilizados.

Amassamento

O amassamento do concreto deverá ser feito exclusivamente por meios


mecânicos.

O tempo de amassamento dependerá do tipo de betoneira e do tipo de concreto,


porém, não poderá ser inferior a 1 minuto.

Não será permitida a adição de água após o fim da mistura.

O amassamento manual do concreto só será permitido excepcionalmente e em


obras de pequeno vulto.

Nesses casos, o concreto deverá ser misturado sobre um estrado ou superfície


plana, impermeável e resistente. Não será permitido o amassamento de um volume de
concreto superior a 350 litros de cada vez.

Transporte

O transporte do concreto deverá ser compatível com o tipo de estrutura a ser


executada, e o meio utilizado deve ser tal que não acarrete a segregação de seus
componentes ou perda de qualquer deles, nem início de pega antes de sua colocação.

Seja qual for o sistema de transporte utilizado, o mesmo deverá ter toda
facilidade de carga e descarga.

O concreto deverá ser transportado do local de amassamento para o de


lançamento, tão rapidamente quanto possível.

Lançamento

O concreto deverá ser lançado logo após o fim do amassamento, não sendo
permitido intervalo superior a 30 minutos entre o início e o fim. Não será permitido o
emprego de concreto remisturado.

50
Não será permitido o lançamento de concreto em um único ponto para depois
espalhá-lo em outros locais. Normalmente as camadas não deverão ultrapassar a 30
ou 40 cm de espessura, mesmo que se empreguem vibradores.

Antes do lançamento do concreto deverão ser colocadas peças de madeira com


dimensões adequadas para passagem de canalizações, de modo a evitar aberturas e
rasgos depois de pronto.

A altura máxima de lançamento vertical será de 2,00 m.

Para alturas de lançamento superiores a 2,00 m, deverão ser utilizadas calhas


inclinadas de aproximadamente 13º em relação a horizontal.

Na concretagem de pilares e muros, será exigido o emprego de janelas como


ponto de lançamento intermediário.

A FISCALIZAÇÃO deverá aprovar o estudo da programação do lançamento de


concreto e da locação correta das juntas de concretagem, quando as mesmas forem
inevitáveis.

Deverão ser previstos meios para levar o concreto até o fundo das formas sem
que haja segregação ou perda de água de amassamento.

Adensamento

Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser vibrado. O


adensamento deverá ser cuidadoso para que o concreto envolva completamente a
armadura e encha uniformemente a peça, de maneira a não apresentar vazios ou
falhas.

Deverão ser tomados cuidados especiais para que não se altere a posição da
armadura.

Os vibradores deverão ser mergulhados na vertical e retirados lentamente.

Em peças comuns, estas deverão ser vibradas em camadas de 30 a 40 cm de


espessura, em pontos distanciados de um valor correspondente a 8 ou 10 vezes o
diâmetro da agulha.

A ponta da agulha deverá penetrar na camada anteriormente vibrada cerca de


10 cm, a fim de assegurar uma perfeita aderência entre esta e a camada que estiver
sendo depositada na forma.

Juntas de Concretagem

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Quando o lançamento de concreto for interrompido, deverão ser tomadas
precauções necessárias para se garantir a suficiente ligação do concreto já endurecido
com o do novo trecho.

Antes de ser reiniciada a concretagem, deverá ser removida a "nata" e feita a


limpeza da superfície da junta, eliminado-se o material desagregado.

A FISCALIZAÇÃO poderá exigir tábuas de contenção na vertical, do trecho


limitado pela junta. Será colocada neste trecho uma argamassa de cimento e areia no
traço 1:2, ou adesivo estrutural.

Em peças de maior responsabilidade, a critério da FISCALIZAÇÃO, cuja


concretagem se der 24 horas após a paralisação da mesma, deverá ser dado
tratamento especial a esta junta, tais como o emprego de "barbas" (ponta de ferro 1/4")
ou de adesivo estrutural de base epóxi (Sikadur 32 ou similar).

Será exigido pela FISCALIZAÇÃO que essas juntas sejam localizadas em


pontos de momento mínimo, quando em sistemas hiperestáticos (situados a uma
distância do apoio igual a 1/5 do vão) e em pontos de força cortante mínima, quando
em sistemas isostáticos (situados no meio do vão).

As aberturas para passagem de canalização através de vigas ou outros


elementos estruturais, quando inteiramente inevitáveis, serão asseguradas por buchas
ou caixas localizadas nas formas, de acordo com o projeto.

Como norma geral, nos casos em que não haja indicação precisa no projeto
estrutural de aberturas para passagem de tubulações, haverá a preocupação de situá-
las em zona tracionada das peças estruturais.

Armadura

O controle tecnológico do aço deverá ser de acordo com as especificações da


ABNT, em particular da NBR-6118 e NBR-7480.

O cobrimento da armadura deve ser garantido pela utilização de pastilhas de


argamassa de cimento e areia no traço 1:3, em volume, na espessura indicada no
projeto.

Cura

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As superfícies de concreto, expostas a condições que carretem a secagem
prematura, deverão ser protegidas por meios adequados, à critério da FISCALIZAÇÃO,
de modo a conservarem-se úmidas pelo menos por 14 (quatorze) dias, contados a
partir do dia de lançamento.

A cura terá início logo ao final da concretagem e se prolongará até que o


concreto tenha atingido, pelo menos, 80% de sua resistência de cálculo.

Deverão ser utilizados os processos de: aspersão de água, proteção das


superfícies por meio de papel ou sacos de aniagem úmidos; por meio de camada de
areia ou pó de pedra granulada mantida úmida por aspersão de água, proteção por
películas de produtos químicos especiais.

A cura a vapor será permitida em peças pré-moldadas confeccionadas em usina,


com traço adequado, controle tecnológico permanente, e "know-how" comprovado da
EMPREITEIRA.

Não será permitido, em obras normais de concreto armado, a cura a vapor.

Nas épocas extremamente quentes, serão tomadas medidas para reduzir a


temperatura do concreto, notadamente com a utilização de água fresca, colocando na
sombra os materiais estocados e as formas destinadas a receber o concreto.

Deverá ser feita aspersão de água nas formas de madeira, de vigas e pilares de
maneira a mantê-las úmidas no decorrer do período de cura.

Carregamento Durante a Execução

A FISCALIZAÇÃO deverá estar atenta para que nenhum elemento estrutural


seja carregado além da resistência real dos materiais.

Antes do término da cura e do endurecimento do concreto, será necessário


evitar causas externas que poderão ocasionar-lhes danos nas peças estruturais, tais
como: acúmulo de materiais, vibrações produzidas por máquinas auxiliares da obra,
impactos involuntários, etc.

Formas e Escoramento

As formas deverão ser executadas de acordo com as dimensões das peças


indicadas no projeto.

Deverão ter a resistência necessária para não se deformarem sob a ação das
cargas do peso próprio do concreto e da ação dos vibradores.

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Antes do lançamento do concreto deverão ser vedadas as juntas e feita a
limpeza do interior. Nas formas de vigas estreitas, de paredes e de pilares, deverão ser
deixadas aberturas próximas ao fundo para limpeza do espaço a concretar. As formas
deverão ser molhadas até a saturação e para o escoamento de águas em excesso,
deverão ser deixados furos convenientemente espaçados. Cuidados especiais serão
dispensados, a fim de se garantir a estanqueidade das formas.

Os prazos mínimos para a retirada das formas deverão ser:

a) 7 dias para as faces laterais de paredes;

b) 14 dias para as faces inferiores de lajes, deixando-se pontaletes bem


enchunhados e convenientemente espaçados;

c) 21 dias para as faces inferiores, sem pontaletes;

d) Ficarão a critério da FISCALIZAÇÃO os casos de desformas antes do prazo


estabelecidos pela NBR-6118, desde que se comprove, por ensaios não
destrutivos, que o concreto atingiu a 80% da sua resistência.

No caso da utilização de produtos para desmoldagem, deverão ser tomados


cuidados especiais a fim de verificar se os mesmos não perturbam, de maneira
sensível, as outras qualidades exigidas para o concreto ou apresentam perigo para as
armaduras.

Inspeção após a Desforma

Após a retirada das formas, a FISCALIZAÇÃO procederá minucioso exame do


concreto aparente, após o que deverá ser feita a reparação de eventuais lesões.

Estas imperfeições no concreto não serão admitidas se:

– Ocorrerem em grande número, a juízo da FISCALIZAÇÃO;

– Tiverem origem em deficiência ou defeito sistemático no processo de


execução ou resultarem de negligência do pessoal empregado da obra.

Nesses casos deverá a EMPREITEIRA proceder a imediata demolição e


reconstrução das partes defeituosas.

As formas deverão ser retiradas sem choque, obedecendo-se a um programa de


descimbramento elaborado de acordo com o tipo de estrutura.

Deverão ter as emendas rigorosamente ajustadas, de modo a não permitirem


extravasamento ou descontinuidade da superfície de concreto.

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Os pontaletes ou escoras, quando de madeira, terão seção mínima de 3" x 3".
Não poderão ser emendados nos terços médios e deverão ser calçados com um par de
cunhas superpostas, para evitar o choque por ocasião da desmoldagem. Não será
permitida mais de uma emenda nos pontaletes, os quais no caso de terem mais de
3,00 m, deverão ser contraventados. Poderão ser utilizadas escoras metálicas,
devidamente aprovadas pela FISCALIZAÇÃO.

Uma vez retiradas as escoras, estas não poderão ser repostas em sua posição
inicial e não será permitido pela FISCALIZAÇÃO, a colocação de cargas sobre as
peças recém-concretadas. Deverão ser tomadas as precauções necessárias para
evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o
escoramento, pelas cargas por este transmitidas.

As formas das vigas e das lajes deverão obedecer às eventuais contra-flechas


necessárias.

Para paredes armadas, exceto as das caixas d'água, a ligação das formas
internas e externas será efetuada por meio de elementos rígidos, parafusos ou outros,
atravessando a espessura do concreto no interior dos tubos de passagem para tal fim
preparados.

Após a retirada das formas, os tubos de passagem serão obturados com


argamassa de cimento e areia no traço 1:3, ou de cimento branco, cal em pó e areia no
traço 1:2:5, no caso de concreto aparente branco.

4.4.5 – Medição e Pagamento

A medição deste serviço é composta pela quantidade em concreto, aço e formas


utilizadas para execução de cada obra.

O pagamento deverá ser efetuado de acordo com os preços correspondentes


estabelecidos no contrato.

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5 – ALVENARIA E REVESTIMENTO

5 – ALVENARIA E REVESTIMENTO

5.1 – MATERIAL DE EXECUÇÃO – TIJOLOS

5.1.1 – Tijolos de Barro

Características gerais

– Os tijolos de barro serão de preferência furados, de primeira qualidade, bem


cozidos, leves, duros, sonoros, de dimensões uniformes e não vitrificados.

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Apresentarão faces planas e arestas vivas. Porosidade específica inferior a
20%.

– Os tijolos deverão apresentar, ao serem percutidos, som límpido


característico de bom cozimento.

– Os tijolos não deverão apresentar pedaços de pedra, cavidades, excessos,


areias ou organismos em sua massa.

– Os tijolos deverão deixar-se cortar com facilidade pela colher de pedreiro,


apresentando, então, fraturas planas, apenas levemente irregulares (indício
de homogeneidade), com grãos finos e apertados e em cor tão uniforme
quanto possível entre o miolo e a superfície.

– Não serão admitidas partidas de tijolos com peças de dimensões e pesos


variáveis ou, ainda, com grande número de elementos quebrados.

5.1.2 – Tijolos Furados

Os tijolos de barro, furados, deverão satisfazer as Normas NBR-6461 (MB-53) e


NBR-7171 (EB-20).

5.1.3 – Tijolos Maciços

Os tijolos de barro, maciços, obedecerão as Normas NBR-6460 (MB-52) e NBR-


7170 (EB-19).

5.2 – TIPOS DE ALVENARIA

5.2.1 – Alvenaria de Tijolos Comuns

– As alvenarias de tijolos serão executadas com tijolos furados ou maciços ou


com lajotas celulares de barro cozido, conforme adiante especificado, e
obedecerão às dimensões e aos alinhamentos determinados no projeto.

– As espessuras indicadas referem-se às paredes depois de revestidas.


Admite-se, no máximo, uma variação de 2 cm com relação à espessura
projetada.

– Se as dimensões dos tijolos a empregar implicarem alteração de espessura


das paredes, serão feitas as necessárias modificações nas plantas, depois de
consultada a FISCALIZAÇÃO.

– Os tijolos serão ligeiramente molhados antes de colocação.

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– Para o assentamento de tijolos furados ou maciços será utilizada a
argamassa do tipo traço volumétrico 1:2:9 (cimento: cal em pasta: areia), com
o emprego de areia média.

– Para o assentamento de lajotas será utilizada a argamassa do tipo traço


volumétrico 1:2:7 (cimento: cal em pasta: areia), com o emprego de areia
média.

– As alvenarias recém-terminadas deverão ser mantidas ao abrigo das chuvas.

– Quando a temperatura se mostrar muito elevada e a umidade muito baixa,


proceder-se-á a freqüentes molhagens, com a finalidade de evitar a brusca
evaporação.

– Recomendar-se-á o não assentamento de tijolos encharcados ou sob a ação


direta de chuvas, para evitar a reação de eventuais sulfatos dos tijolos com os
álcalis do cimento, dando lugar a indesejáveis eflorescências.

– As fiadas serão niveladas, alinhadas e aprumadas perfeitamente. As juntas


terão a espessura máxima de 15 mm e serão rebaixadas à legra ou à ponta
de colher, para que o emboço adira fortemente à parede.

– Não será permitida a colocação de tijolos com furos voltados no sentido de


espessura das paredes.

– Para fixação de batentes e rodapés serão empregados marcos metálicos ou


madeira de lei, chanfrados e pintados com impermeabilizantes.

– Serão colocados na alvenaria tacos de madeira de peroba ou similar, para


fixação de esquadrias, guarnições e rodapés.

– Para a perfeita aderência nos casos de justaposição de alvenaria de tijolos e


superfícies de concretos, estas deverão ser chapiscadas.

– Todos os parapeitos, platibandas e paredes baixas de alvenarias deverão ser


respaldados com cinta de concreto armado.

– Além do chapisco, a perfeita união entre a alvenaria e os pilares de concreto


armado será garantida também com “esperas” de ferro redondo, colocadas
antes da concretagem

– Os vãos de portas e janelas deverão levar vergas de concreto armado.

– As paredes de vedação, sem função estrutural, sofrerão um apertão contra as


lajes do teto, através de fiada de alvenaria de tijolos, dispostos obliquamente.

58
Este apertão só poderá ser executado depois de decorridos 8 dias da
conclusão de cada trecho de parede.

– As percintas, sob os vãos das janelas, terão a função de distribuir


uniformemente as cargas concentradas sobre a alvenaria inferior. A falta
dessa percinta acarretará trincas na alvenaria e no revestimento.

– As alvenarias destinadas a receber chumbadores de serralheria serão


executadas obrigatoriamente com tijolos maciços.

5.2.2 – Medição e Pagamento

A medição da alvenaria será feita por metro quadrado de superfície, deduzindo-


se, para vãos acima de 1,70 m², apenas o que exceder a esse valor; vãos até 1,70 m²
não serão descontados; para a parte estrutural que interfere nas alvenarias, as vigas
serão totalmente descontadas, bem como os pilares de dimensões superiores a 40 cm
(na seção).

O pagamento da alvenaria será feito de acordo com os preços unitários


estabelecidos no contrato, para os serviços correspondentes. Nestes preços, deverão
estar incluídos os custos de aquisição, armazenamento, transporte e colocação dos
materiais, bem como todos os encargos e incidências.

5.3 – REVESTIMENTO

5.3.1 – De Argamassa

Deverão ser observadas as normas da ABNT pertinentes ao assunto, em


particular a NB-231, além do abaixo especificado.

– Os revestimentos apresentarão parâmetros perfeitamente desempenados,


aprumados, nivelados e arestas bem vivas, não sendo tolerada qualquer
ondulação.

– A superfície da base para as diversas argamassas deverá ser bastante


regular para que possa ser aplicada em espessura uniforme.

– A superfície a revestir deverá ser limpa, livre de pó, graxas, óleos ou resíduos
orgânicos.

– Os revestimentos de argamassa – salvo indicação em contrário – serão


constituídos, no mínimo, por duas camadas superpostas, contínuas e
uniformes: o emboço, aplicado sobre a superfície a revestir e o reboco,
aplicado sobre o emboço.

59
– A superfície para aplicação da argamassa deverá ser áspera.

A guisa de pré-tratamento e como objetivo de melhorar a aderência do emboço,


será aplicada sobre a superfície a revestir uma camada irregular de argamassa forte: o
chapisco.

As superfícies de paredes e tetos serão limpas a vassoura e abundantemente


molhadas antes de início dos revestimentos.

– O revestimento só poderá ser aplicado após decorridas 24 horas, no mínimo,


da aplicação do chapisco.

– As superfícies impróprias para base de revestimento (por exemplo, partes em


madeira ou em ferro), deverão ser cobertas com um suporte de revestimento
(tela de arame, etc.)

– Para garantir a estabilidade parâmetro, a argamassa do emboço terá maior


resistência que a do reboco. Esta diminuição da resistência não deve ser
interrompida, como seria o caso, por exemplo, de duas camadas mais
resistentes estarem separadas por uma menos resistente ou vice-versa.

– As argamassas para as camadas individuais de revestimento deverão ter


espessuras uniformes e serem cuidadosamente espalhadas.

– Os revestimentos com argamassa de cal e/ou cimento deverão ser


conservados úmidos, visto que a secagem rápida prejudicará a cura.

– A mescla das argamassas será isenta de pedriscos e materiais estranhos.

– Os emboços e rebocos internos e externos de paredes de alvenaria, ao nível


do solo, serão executados com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia
com adição de aditivo impermeabilizante adequado, até a altura e demais
recomendações constantes do projeto.

– Toda superfície de concreto a revestir com emboço ou reboco será


chapiscada com argamassa no traço 1:3 de cimento e areia.

5.3.2 – Chapisco Comum

O chapisco comum será executado com argamassa no traço volumétrico 1:3


(cimento e areia) – empregando-se areia grossa, ou seja, de 3 até 5 mm de diâmetro,
com predominância de grãos com diâmetro de 5 mm.

5.3.3 – Emboço

60
– Os emboços só serão iniciados após completa pega das argamassas das
alvenarias e chapiscos e depois de embutidas todas as canalizações.

– A espessura do emboço não deverá ultrapassar a 20 mm, de modo que, com


a aplicação de 5 mm de reboco, o revestimento de argamassa não ultrapasse
25 mm.

– emboço de superfícies internas e externas será executado com argamassa


no traço volumétrico 1:1:6 (cimento, cal e areia) – com emprego de areia
média, com diâmetro máximo de 3 mm.

– emboço deverá estar limpo, sem poeira, antes de receber o reboco, devendo
as impurezas visíveis serem removidas.

5.3.4 – Reboco

– A superfície do emboço, antes da aplicação do reboco, será abundantemente


molhada.

– Os rebocos externos não poderão ser executados quando a superfície estiver


sujeita à molhadura por chuvas e sem adequada proteção.

– Na eventualidade da ocorrência de temperaturas elevadas, os rebocos


externos, executados em uma jornada de trabalho, terão as suas superfícies
molhadas ao término dos trabalhos.

5.3.5 – Emboço de Massa Única

O emboço com massa única só será executado após completa pega das
argamassas das alvenarias e chapisco e depois de embutidas todas as canalizações,
no traço volumétrico 1:3:5, cimento-cal-areia. As superfícies deverão ficar planas,
utilizando-se acabamento com desempenadeira.

5.3.6 – De Cerâmica

Após a execução de alvenaria, efetuar-se-á o tamponamento dos orifícios


existentes em sua superfície, especialmente os decorrentes da colocação de tijolos ou
lajotas com os furos no sentido da espessura da parede.

Concluída a operação de tamponamento, será procedida rigorosa verificação do


desempeno das superfícies, deixando “guias” para que se obtenha, após a conclusão
do revestimento – seja azulejo ou ladrilhos em geral – superfícies perfeitamente
desempenadas.

Molhar-se-á, em seguida, a superfície dos tijolos.

61
Com a superfície úmida, proceder-se-á à execução do chapisco e,
posteriormente, do emboço, conforme descrito anteriormente.

Após a cura do emboço, iniciar-se-á a colocação dos azulejos ou ladrilhos.

Decorridas 72 horas do assentamento, iniciar-se-á a operação do rejuntamento,


que será efetuado com pasta de cimento branco.

Antes do assentamento dos azulejos ou ladrilhos, será providenciada a fixação,


nas paredes, das buchas (tacos) para instalação dos aparelhos.

Os azulejos ou ladrilhos serão assentes com a argamassa no traço volumétrico


1:2:3 (cimento, areia e saibro macio). Na falta do saibro, esta argamassa será
substituída pela argamassa no traço 1:5 (cimento e areia).

O assentamento dos ladrilhos ou azulejos obedecerá rigorosamente, ao


seguinte:

– Os azulejos ou ladrilhos serão imersos em água limpa durante 24 horas.

– As superfícies deverão ficar bem aprumadas e planas, as juntas corridas e


uniformes.

– A espessura das juntas não poderá ultrapassar 1,5 mm.

– Os azulejos e ladrilhos a serem cortados para passagem de canos, torneiras,


ou outros elementos de instalações não deverão apresentar rachaduras ou
emendas.

– Três dias após a colocação dos azulejos, ladrilhos ou tijolos, deverá ser
verificada, por percussão, a aderência dos mesmos. Quaisquer parte que
produza som oco deverá ser rejeitada. Feita essa operação, iniciar-se-á o
rejuntamento composto de cimento branco.

5.3.7 – De Madeira

Os rodapés de madeira apresentarão perfil rigorosamente idêntico ao indicado


nos desenhos do projeto.

Quanto não especificado de modo diverso, os rodapés serão lisos, com 50 x 20


mm de seção e apresentarão a aresta livre ligeiramente arredondada.

Os rodapés serão fixados através de parafusos e bucha de nylon, solidamente


colocadas na alvenaria.

62
O espaçamento dos tacos será de 0,80 m, no máximo.

A concordância dos rodapés de madeira com os outros materiais ou com as


guarnições de vãos de esquadrias será solucionada, para cada caso particular, de
acordo com a Fiscalização, oportunamente, caso os desenhos do projeto arquitetônico
forem omissos a respeito do assunto.

5.3.8 – Medição e Pagamento

A medição será feita por metro quadrado de superfície efetivamente revestida e


aceita pela FISCALIZAÇÃO.

O pagamento será feito pelos preços unitários correspondentes no contrato.

63
6 – COBERTURAS

64
6 – COBERTURAS

6.1 – ESTRUTURAS

As coberturas serão executadas de acordo com o projeto e detalhes, podendo


sua estrutura ser de madeira, metálica ou concreto armado.

No caso de estruturas de madeira são válidas as seguintes prescrições, além


das constantes na ABNT:

a) o madeiramento dos telhados poderá ser de peroba rosa (ou peroba do


campo), massaranduba ou, na falta dessas, quaisquer outras espécies de
madeira de primeira qualidade equivalentes àquelas, cuja aceitação ficará a
juízo da FISCALIZAÇÃO;

b) as terças só poderão ser emendadas nos seus apoios sobre as asnas das
tesouras ou sobre pontaletes, conforme o caso;

c) o ponto de contato das terças com as asnas deverá constituir-se em nó


rígido;

d) as ligações da linha da tesoura com as asnas e com o pendural levarão


estribos ou braçadeiras de ferro com parafusos e porcas de ajuste, podendo
ainda ser resolvidas por meio de tábuas de peroba de 1" de espessura com
cavilha de ipê ou cabreúva de diâmetro mínimo 3/4";

e) as emendas eventualmente necessárias na linha da tesoura, levarão sempre


talas de chapa (madeira ou metal), fixadas com parafusos de ferro 1/2" de
diâmetro, no mínimo, ou cavilhas de ipê ou cabreúva de 3/4" de diámetro no
mínimo;

f) as superfícies das sambladuras, conexões e emendas serão tão simples


quando possível, apresentando perfeito contorno e permitindo satisfatória
justaposição das faces em contato;

g) as estruturas de madeira aparente deverão ser pintadas a duas demãos de


óleo ou com tinta imunizante (proteção contra a deterioração de madeira);

h) todas as operações objetivando ligações, tais como perfuração, escavação e


rachaduras devem ser feitas à máquina para se obter ajustamento das peças;

Deverá ser rejeitada toda peça que apresentar nós, rachaduras, brocas,
empenamentos excessivos ou quaisquer outros defeitos que possam comprometer a
resistência da madeira;

65
i) não se admite, para tesouras duplas, o emprego de tala única solidarizando
as duas peças sujeitas à flambagem.

A execução de estruturas metálicas deverá obedecer às normas estabelecidas


pela ABNT e mais:

a) todas as peças deverão ser fornecidas à obra com uma demão de tinta
anticorrosiva, sendo feita a pintura final após a montagem da estrutura;

b) deve ser evitado o contato direto de telhas de alumínio com terças de ferro.

A execução de estruturas de concreto armado deverá obedecer às normas da


ABNT e ao estabelecido nestas especificações para Estruturas de Concreto Armado
comum.

6.2 – TELHADOS CERÂMICOS

Nos telhados tipo capa-canal, as telhas inferiores, ou de canal, terão na parte


convexa chanfro plano e paralelo às ripas, o qual, firmando-se nelas, corta oscilações e
o escorregamento da telha.

As telhas superiores, ou de capa, terão na parte interna saliência, ou anel, que


limite o recobrimento das telhas de capa, saliência essa com furo que permite amarrar
com arame de cobre as ripas o conjunto de telhas, quer de cima, quer de baixo.

O assentamento é feito inicialmente com os canais, no sentido da inclinação do


telhado, do beiral para a cumeeira, colocando-se as telhas com a concavidade voltada
para cima e a extremidade mais larga do lado da cumeeira. Na sua parte mais larga, a
distância entre duas fieiras de canais será de cerca de 5 cm. As telhas sobrepõem-se
cerca de 10cm.

As telhas superiores (capa) são colocadas com extremidade mais estreita


voltada para o lado da cumeeira, e a sobreposição, é de cerca de 10cm.

As cumeeiras e os espigões são feitos com as mesmas telhas, colocadas com a


convexidade para cima e os rincões por meio de chapas metálicas.

Os espigões e cumeeiras deverão ser embocados com argamassa de cimento,


cal e areia, no traço em volume de 1:4:12.

As telhas do tipo francês deverão possuir uma pequena saliência que servirá
para prendê-las ao ripado, evitando o escorregamento.

A colocação é feita a partir do beiral e da esquerda para a direita.

66
As cumeeiras e os espigões serão arrematados por meio de telhas curvas ou
telhas especiais para esse fim, sendo a junção a garantida por meio de argamassa de
cimento, cal e areia, no traço em volume 1:4/12.

O encaixe das telhas far-se-á de modo perfeito, a fim de evitar possíveis


infiltrações e os recobrimentos obedecerão, para cada tipo de telha, às prescrições
próprias.

Os furos executados nas coberturas para passagem de ventiladores, antenas,


pára-raios, etc., deverão ser acabados com chapas de ferro galvanizado no. 24, com
recobrimento mínimo de 10cm (gola).

6.3 – TELHADOS EM CHAPAS ONDULADAS DE CIMENTO AMIANTO

O recobrimento longitudinal das chapas será de 140mm, para inclinações


superiores ou iguais a 15% ou 27%, e de 200mm, para inclinações de 10% a 15% ou
18% a 27%.

O recobrimento lateral será de 50mm, aproximadamente 1/4 de onda, para


inclinações de 10% ou maiores. Em coberturas sujeitas a condições desfavoráveis de
vento, o recobrimento em apreço será de 230mm, ou 1 (uma) onda e 1/4.

O balanço das chapas nos beirais obedecerá ao seguinte critério:

a) beirais sem calhas: de 250mm a 400mm;

b) beirais com calhas: de 100mm a 250mm.

O apoio das chapas sobre as terças deve ser, no mínimo, de 50mm no sentido
de seu comprimento.

A fixação das chapas será efetuada com ganchos chatos. A colocação das
chapas será feita dos beirais para as cumeeiras, em faixas perpendiculares às terças,
sendo o sentido da montagem contrário ao dos ventos dominantes.

Para evitar a sobreposição de quatro espessuras de chapa, proceder-se-á ao


corte dos cantos segundo a hipotenusa de um triângulo, cujos catetos serão
respectivamente iguais aos recobrimentos laterais e longitudinais.

Para passagem de tubos, serão utilizadas chapas com tubo para ventilação,
associadas com chapéu para chaminé, mesmo que para isso haja necessidade de
desviá-los de sua prumada. O tubo ficará por dentro do conjunto referido, eliminando-
se, dessa forma, junta na superfície da chapa.

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As cumeeiras serão do tipo previsto no projeto e serão fixadas com parafusos
providos de arruela de chumbo.

Os espigões e os rincões serão, também, constituídos por peças de cimento.

6.4 – TELHADOS COM TELHAS AUTOPORTANTES

Nos telhados com telhas autoportantes de cimento amianto (trapezoidais ou


meros tubos) a fixação será efetuada por parafusos, um em cada extremidade,
colocados na parte superior da aba de superposição.

Nos telhados com telhas metálicas autoportantes de aço galvanizado o perfil das
peças de cobertura terá 2 (duas) ondulações, o que garantirá estabilidade à telha,
especialmente quando sujeitas à torção, durante a montagem.

Para evitar emendas, haverá preferência pelo emprego de peças com o


comprimento do vão.

As peças de cobertura serão usinadas.

As chapas são estampadas e soldadas de topo e as zonas de soldaduras


recebem nova galvanização, agora a frio, com a finalidade de garantir a durabilidade do
produto.

Quando apoiadas em concreto, serão deixadas, por ocasião da confecção da


viga, pontas de ferro redondo com gancho imerso. A essas pontas solda-se um
perfilado de aço ("berço") onde se apoiarão as peças de cobertura.

A ancoragem das peças de cobertura é feita por soldagem da mesa inferior com
o “berço”.

Nos telhados com telhas metálicas autoportantes de alumínio não será admitido
o emprego de elementos fixação que possam provocar a oxidação das chapas.

6.5 – CALHAS, RUFOS E RINCÕES

As calhas, rufos e rincões deverão ser executados conforme estabelecido no


projeto.

As calhas poderão ser de PVC, alumínio, cobre, chapa galvanizada ou cimento


amianto e deverão estar apoiadas em suportes, distanciados, no máximo, 1,5m.

Os rufos deverão ter dimensões suficientes para recobrir com folga a


intercessão das telhas com a platibanda.

68
Os rufos e os rincões poderão ser de chapa galvanizada, cobre ou alumínio.

Para a chapa galvanizada será utilizada a espessura mínima de 1,08mm, para o


cobre, folhas com peso mínimo de 4,27kgf/m2 e para alumínio conforme especificado
no Projeto.

6.6 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO

Os telhados serão medidos em metros quadrados, incluídas calhas, rufos e


rincões.

O pagamento será feito pelos preços constantes no contrato.

69
7 – PAVIMENTAÇÃO E PISO

70
7 – PAVIMENTAÇÃO E PISO

As pavimentações só poderão ser executadas após o assentamento das


canalizações que devem passar sob elas, bem como, se for o caso, depois de
completado o sistema de drenagem.

Para efeito destas Especificações, as camadas que constituem os pavimentos


serão designadas por subleito, sub-base, base e pavimento ou pavimentação.

A argamassa para o assentamento de ladrilhos cerâmicos não conterá cal, pois


a umidade do solo acarreta, nessa hipótese, o aparecimento de manchas brancas na
superfície das peças.

O assentamento de ladrilhos será executado, de preferência, com mesclas de


alta adesividade.

A pavimentação de áreas destinadas à lavagem ou sujeitas a chuvas terão o


caimento necessário para o perfeito e rápido escoamento da água para os ralos. A
declividade não será inferior a 0,5% (meio por cento).

A superfície que levarem pavimentação deverão ser devidamente niveladas e


compactadas.

Os cimentados levarão acabamento liso ou áspero, conforme especificado no


projeto.

7.1 – CERÂMICA

A colocação será feita de modo a deixar juntas perfeitamente alinhadas e de


espessura mínima, salvo indicação em contrário.

Para assentamento dos ladrilhos será usada a argamassa no traço volumétrico


1:2:3 (cimento, areia, saibro médio macio). Na falta de caibro, esta será substituída
pela de traço volumétrico 1:5 (cimento e areia média). De preferência, o assentamento
será executado com mesclas de alta adesividade.

Antes do completo endurecimento da pasta de rejuntamento, será procedida


cuidadosa limpeza da pavimentação.

Depois de determinada a pega da argamassa, será verificada a perfeita


colocação, percutindo-se os ladrilhos e substituindo-se as peças que denotarem pouca
segurança.

Nos planos ligeiramente inclinados – 0,3% no mínimo – constituídos pelas


pavimentações de ladrilhos, não serão toleradas diferenças de declividade em relação

71
à prefixada ou flechas de abaulamento superiores a 1 cm (um centímetro) em 5 m
(cinco metros), ou seja 0,2%.

Salvo especificações em contrário, as juntas não deverão exceder 2 mm (dois


milímetros) nos ladrilhos de dimensões superiores a 200 ou 300 mm ou área superior a
400 cm2 e a 1,2 mm (doze décimos de milímetros) nos ladrilhos de dimensões
inferiores a estas.

7.2 – CONCRETO SIMPLES E ARGAMASSA

7.2.1 – Base de Concreto

As superfícies do terreno destinadas a receber pavimentação de mosaico


português, ladrilhos, cimentados ou outros materiais análogos, com conclusão de
lajotas, pátios e pistas de concreto, receberão base de concreto simples.

A sub-base será compactada, conforme definido no projeto.

As bases de concreto serão executadas com concreto simples, no traço


volumétrico 1:2:4 (cimento, areia, brita).

A espessura das bases de concreto será, no mínimo, de 6 cm nos locais sujeitos


a trânsito “rolando” ou “deslizando” e a solicitação “leve”.

Nos locais sujeitos a trânsito industrial, que acarrete golpes e choques e


solicitações do tipo “pesado”, a base de concreto terá, no mínimo, 12 cm de espessura.

Em casos especiais, o dimensionamento da sub-base e da base de concreto


será objeto de projeto específico, examinando-se, inclusive, a necessidade de um
subleito.

7.2.2 – Cimentado Simples

Os cimentados, sempre que possível, serão obtidos pelo simples sarrafeamento,


desempeno e moderado alisamento do próprio concreto da base, quando este ainda
estiver plástico.

Quando for de todo impossível a execução dos cimentados e respectiva base


numa só operação, será a superfície de base perfeitamente limpa e abundamente
lavada no momento do lançamento do cimentado, o qual deverá ser inteiramente
constituído por uma camada de argamassa, traço 1:3 (cimento e areia).

A superfície dos cimentados, salvo quando expressamente especificado de


modo diverso, será dividida em painéis, através de sulcos profundos ou por juntas que
atinjam a base de concreto.

72
Os painéis não poderão ter lado com dimensão superior a 2,0 m.

A disposição das juntas obedecerá a desenho simples, devendo ser evitado


cruzamento em ângulos agudos e juntas alteradas.

As superfícies dos cimentados serão cuidadosamente curadas, sendo, para tal


fim, conservadas sob permanente umidade, durante os 7 dias que sucederem sua
execução.

Os cimentados terão espessura de cerca de 20 cm, a qual não poderá ser, em


nenhum ponto, inferior a 10 cm.

7.2.3 – Lajotas de Concreto

A pavimentação de lajotas de concreto moldadas no local será constituída por


placas de concreto simples, com espessura definida no projeto.

A caixa destinada a receber a pavimentação terá, no mínimo, profundidade igual


à espessura determinada para as lajotas.

As dimensões e disposições das lajotas serão especificadas para cada caso


particular, nos respectivos desenhos de detalhes, não devendo, todavia, ter lado com
dimensão superior a 150 mm.

As juntas entre as lajotas não poderão ter espessura inferior a 10 mm e serão


tomadas com asfalto, pedrisco, terra para plantio de grama, ripa de madeira, etc.,
conforme definido no projeto.

No caso das juntas constituídas por ripas de madeira, também servirão de forma
para concreto.

As emendas das ripas serão feitas sem superposição ou recobrimento, por


simples justaposição das extremidades.

As juntas contínuas serão feitas quer no sentido longitudinal, quer no


transversal, formando reticulado, não sendo admitida a disposição em juntas
alternadas.

As juntas serão cortadas, evitando-se ângulos agudos.

Antes do lançamento do concreto, a base e as ripas serão umedecidas


ligeiramente.

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O acabamento será dado, no próprio concreto, com uma desempenadeira
especial de madeira. Com uma colher de pedreiro, encher-se-ão os interstícios acaso
existentes junto à forma, ou remover-se-ão os excessos de material.

A desempenadeira comum, de pedreiro, será usada para um alisamento final,


onde necessário.

Conforme a necessidade, as lajotas terão suficiente e adequada inclinação, não


inferior a 0,7%.

7.2.4 – Lastro ou Contrapiso

Para efeito destas especificações, entende-se por lastro a camada de concreto


executada sob a área coberta, inclusive espessura das paredes, e destinada a evitar a
penetração de água nas edificações, especialmente por via capilar. Obedecerá ao
disposto na NB-279.

O lastro será constituído por concreto no traço volumétrico l:2:4 (cimento, areia e
brita), ao qual serão adicionados a água de amassamento e um plastificante líquido de
efeito físico-químico para aumentar a estanqueidade do produto, com redução da
capilaridade. A espessura do lastro será de no mínimo 6 cm.

A dosagem do plastificante variará entre 0,2% e 0,5% do peso do cimento.

De preferência, a concretagem com emprego de plastificante será efetuada em


operação contínua e ininterrupta.

Na hipótese de não ser possível, proceder-se-á à elaboração de um plano de


trabalho, de forma a localizarem-se as juntas de concretagem em posições que não
afetem as características de impermeabilidade que a obra deverá apresentar.

Como medida de ordem geral, proceder-se-á, após o início da pega e antes que
o concreto endureça demasiadamente, a enérgico escovamento da superfície, até que
os grãos do agregado graúdo se tornem aparentes pela remoção de película de
qualidade inferior que aí costuma se formar.

Antes do lançamento do novo concreto, a superfície da camada endurecida será


limpa e molhada.

7.3 – MEDIÇÃO E PAGAMENTO

A medição será feita em metro quadrado, conforme as dimensões de projeto,


devendo levar em conta as reduções para caixas, cavidades, ou qualquer outra área

74
não atingida pelos serviços. Desta forma, serão medidos os serviços efetivamente
executados e aceitos pela FISCALIZAÇÃO.

O pagamento será feito para as quantidades medidas, conforme acima


especificadas, pelos preços unitários correspondentes no contrato.

Nestes preços unitários, deverão ser incluídos os custos de aquisição,


transporte, armazenamento, preparo e colocação dos materiais, bem como todos os
encargos incidentes.

75
8 – ESQUADRIAS

76
8 – ESQUADRIAS

8.1 – DE MADEIRA

As esquadrias de madeira deverão obedecer rigorosamente, quanto à sua


localização e execução, às indicações do projeto.

Na execução do serviços de carpintaria e marcenaria será sempre empregada


madeira de boa qualidade, como cedro, jacarandá, cabreúva, ipê, imbuía e outras com
as características destas.

Toda madeira a ser empregada deverá ser seca e isenta de defeitos que
comprometam sua finalidade, como sejam, rachaduras, nós, escoriações, falhas,
empenamentos, etc..

Os parafusos, quando empregados na fixação de batentes por meio de tacos de


madeira, deverão ter a cabeça embutidas, dando-se o devido acabamento com o
enchimento sobre as cabeças, por meio de um fragmento da mesma madeira, lixado,
permitindo continuidade da superfície; quando empregadas grapas, estas deverão ser
dobradas em "L" e fixadas no batente por parafusos; a fixação das grapas na alvenaria
será efetuada com argamassa de cimento e areia no traço 1:3.

Nas portas internas dos WC as pernas dos batentes não deverão alcançar o
piso, ficando à altura do rodapé impermeável, para evitar o contato das águas de
lavagem. As folhas deverão ficar no mínimo 15 cm acima do piso.

Só será permitido o uso de madeira compensada em portas externas, quando


aglutinada com cola à prova d’água.

Os elementos componentes das esquadrias de madeira deverão observar as


seguintes especificações:

a) batentes:

– serão de peroba aparelhada, espessura de 4,5 cm, rebaixo 1 cm com largura


igual à espessura da folha acrescida de 2mm. Nas portas internas a largura
do batente será sempre igual à espessura da parede acabada;

– nas portas internas de instalações sanitárias poderão ser empregados


batentes de ferro chato (cantoneiras), fixados por parafusos em três grampos
de ferro chato de cada lado, chumbados estes na alvenaria com argamassa
de cimento e areia no traço 1:3;

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– nas portas com acabamento para cera, será obrigatório o uso de
contrabatentes de peroba, espessura 3cm, fixados com 3 grampos de ferro
chato de cada lado, chumbados á alvenaria;

– os batentes com acabamento para pintura serão previamente protegidos com


uma demão de óleo de linhaça e só serão colocados após a conclusão das
alvenarias que os recebem.

b) guarnições:

– serão de madeira de boa qualidade, molduradas, aparelhadas, pregadas aos


batentes ao longo da junta destes com as paredes;

– as guarnições serão da mesma madeira empregada nas esquadrias, quando


se tratar de acabamento para cera. Como remate da guarnição com o piso,
pode-se empregar o soco, com seção ligeiramente maior que a daquela e
cuja forma ofereça homogeneidade ao conjunto. Nos pisos sujeitos a
lavagens freqüentes, o emprego do soco é indispensável, exceto nos casos
em que o batente seja previsto acima do piso.

c) folhas:

– podem ser macias, almofadadas, compensadas ou do tipo calha;

– as folhas almofadadas terão montantes e travessas com espessuras mínima


de 3,5 cm e largura mínima de 12cm, variando de acordo com o número de
almofadas, vão de esquadria e número de folhas;

– os montantes e travessas serão providos de sulcos com profundidade de


12mm e largura igual à espessura da almofada a ser embutida, podendo as
arestas ser chanfradas;

– as folhas compensadas terão espessuras mínimas de 3,5cm e serão sempre


encabeçadas com a madeira de acabamento e folhadas nas 2 faces com
lâminas de madeira determinada pelo projeto;

– não será permitido o emprego de folhas compensadas com estrutura semi-


oca do tipo "favo"; as folhas com estrutura de sarrafos deverão apresentar
enchimento total;

– os visores terão acabamento adequado, com encabeçamento, rebaixo e


guarnição de madeira para fixação do vidro. Quando o visor for de grandes
dimensões, terá grade de ferro batido, a qual deverá permitir a limpeza do
vidro;

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– as folhas tipo calha serão tipo macho e fêmea com espessura de 3,5 cm e
travessas horizontais embutidas, mesma aparência em ambos os lados com
cavilhas de segurança especiais.

8.1.1 – Medição e Pagamento

A medição das esquadrias de madeira será feita tomando-se como a unidade


efetivamente colocada, conforme o projeto.

O pagamento será efetuado pelos preços unitários correspondentes no contrato.


Nestes preços deverão estar incluídas aquisição de materiais, inclusive ferragens,
transporte, montagem, colocação, bem como todos os encargos e incidências
necessários para a perfeita execução dos serviços.

8.2 – METÁLICAS

Todos os trabalhos como sejam, portões, janelas, caixilhos, gradis, corrimãos,


guarda-corpos, guichés metálicos, etc., serão executados com precisão de cortes e
ajustes e de acordo com os desenhos do projeto.

Todo o material a ser empregado deverá ser de boa qualidade e sem defeito de
fabricado ou falhas de laminação.

Os quadros fixos ou móveis serão perfeitamente esquadriados, ou limados, de


modo a desaparecerem as rebarbas e saliência da solda.

Todos os furos dos rebites ou dos parafusos serão escariados e as asperezas


limadas; as emendas (parafusos ou rebites) deverão apresentar ajuntamento perfeito,
sem folgas, rebarbas ou diferenças de nível.

Todas as junções por justaposição, sejam feitas por meio de parafusos, rebites
ou soldas por pontos terão os pontos de amarração espaçados de 8 cm, no máximo,
havendo sempre pontos de amarração nas extremidades.

Os rebaixos ou encaixes para dobradiças, fechaduras de embutir, chapa-testa,


etc., terão a forma das ferragens, não sendo toleradas folgas que exijam emendas ou
outros artifícios.

Deverá ser prevista na execução de grades, gradis, portões e peças pesadas, a


colocação de travessas, tirantes e mãos francesas para perfeita rigidez da estrutura;
em peças de grandes dimensões, expostas ao tempo, deverão ser previstas juntas de
dilatação.

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Os perfis que compõem os caixilhos não deverão ser emendados para se obter
o comprimento necessário.

As esquadrias de ferro deverão atender:

– as intercessões de peças serão sempre executadas por cortes, furos e


encaixes, usando-se solda exclusivamente para fixação dessa montagem,
dando-lhe maior rigidez;

– todas as peças desmontáveis de ferro serão fixadas com parafusos de latão


amarelo, quando se destinarem à pintura;

– a fixação dos caixilhos será feita com grapas de ferro em cauda de andorinha,
chumbadas na alvenaria com argamassa de cimento e areia 1:3 e espaçadas
de aproximadamente 60cm, sendo 2 o número mínimo de grapas em cada
lado. As grapas serão fixadas no caixilho por meio de parafusos de ferro;

– antes de serem colocadas, levarão tratamento com pintura antiferruginosa;

– os cantos dobrados das básculas deverão ser rebatidos para obter


esquadrejamento perfeito. As folgas verticais e horizontais deverão ser
mínimas e uniformes em toda a caixilharia;

– todos os caixilhos com pegas móveis ou pegas fixas com ventilação


permanente serão devidamente protegidos contra infiltração de águas
pluviais, devendo os requadros externos ser obrigatoriamente executados
com ferro “T" e completados com perfil "L" formando conjunto tipo
"cadeirinha".

As esquadrias de alumínio deverão atender:

a) a fim de evitar vibrações, atritos e ruídos, não será permitido o contato direto
entre peças móveis, o qual se fará através de peças de "nylon" duro
(roldanas, encostos, freios, escovas, proteções, patins, etc.);

b) não será permitido o contato direto entre os elementos de cobre e metais


pesados com o alumínio. Far-se-á este isolamento por meio de pintura de
cromado de zinco, borracha dourada, plástico, betume asfáltico, metalização
de zinco ou qualquer outro processo satisfatório;

c) os parafusos para ligação entre alumínio e aço serão de aço zincado, latão ou
latão cromado. As emendas (parafusos ou rebites) deverão apresentar
ajustamento perfeito, sem folgas, rebarbas ou diferenças de nível;

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d) as vedações entre peças de alumínio, ou entre estas e os revestimentos,
poderão ser feitas com massa plástica específica ou guarnições de neoprene;

e) a película de óxido artificial (anodização) conterá acetato de níquel. Em casos


especiais serão exigidos testes em amostras, para verificação do
recobrimento mínimo de 15 micra. A anodização deverá ser preferivelmente
de acabamento fosco;

f) as esquadrias de alumínio serão fixadas a contramarcos ou chumbadores de


aço previamente fixados na alvenaria e isolados do contato direto com o
alumínio;

g) por ocasião do transporte, manuseio e estocagem das esquadrias na obra,


deverão as mesmas ser protegidas com papel crepe; observar-se-á o máximo
cuidado para não serem feridas as superfícies (anodizadas ou não),
especialmente na fase de montagem das esquadrias;

h) recomenda-se que os caixilhos de alumínio sejam colocados somente após a


conclusão dos serviços de pedreiro. Após colocação, os caixilhos deverão ser
protegidos com aplicação provisória de vaselina industrial, óleo ou tinta filme,
os quais serão removidos no final da obra.

8.2.1 – Medição e Pagamento

A medição deste serviços será avaliado tomando-se como a unidade o m2


efetivamente colocado, conforme indicar o projeto.

O pagamento será efetuado pelos preços unitários correspondentes no contrato.


Nestes preços deverão estar incluídas o fornecimento de todos os materiais,
equipamentos e mão-de-obra necessários a execução dos serviços.

8.3 – FERRAGENS

Deverão ser obedecidas as indicações do projeto quanto à localização,


qualidade e acabamento das ferragens.

As ferragens para esquadrias deverão ser precisas no seu funcionamento e seu


acabamento deverá ser perfeito.

Na sua colocação e fixação deverão ser tomados cuidados especiais para que
os rebordos e os encaixes na esquadria tenham a forma exata, não sendo permitido
esforços na ferragem para seu ajuste. Não serão toleradas folgas que exijam correção
com massa, taliscas de madeira ou outros artifícios.

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Não será permitido o emprego de qualquer ferragem estampada.

As ferragens não deverão receber pintura, exclusive as dobradiças de ferro


polido.

As fechaduras deverão ter cubo, lingüeta, trinco, chapatesta, contrachapa e


chaves, de latão; acabamento cromado para as chaves e partes aparentes das
fechaduras.

As maçanetas deverão ser de latão fundido, com separo plena; os espelhos e as


rosetas serão de latão fundido ou laminado. O acabamento será cromado, salvo outra
indicação no projeto.

Para maçanetas de bola ou de forma semelhante, o afastamento da face do


batente deverá permitir o perfeito manuseio das mesmas, sendo este detalhe
solucionado pela distância do cubo à chapa-testa.

As dobradiças deverão ser de ferro zincado ou latão, conforme indicação no


projeto; ambos os casos terão pino e bola de latão.

Quando de latão, as dobradiças terão acabamento cromado, salvo indicação


contrária em projeto; as dobradiças de ferro polido deverão receber pintura.

Os parafusos de fixação serão de material e acabamento idênticos aos das


dobradiças.

Nas portas de 2 folhas de abrir, serão colocados, numa das folhas, 2 fechos de
embutir tipo alavanca, de latão laminado cromado.

8.3.1 – Medição e Pagamento

Não será feito nenhum pagamento em separado para ferragens. Seus custos
deverão estar incluídos nos preços propostos para os demais itens de serviços, tais
como: esquadrias de madeira e metálicas, etc., conforme prescrições contidas nas
especificações para esquadrias de madeira e metálicas.

8.4 – VIDROS

8.4.1 – Planos Comuns

A manipulação, armazenamento, cálculo de espessuras e assentamento das


chapas de vidro obedecerão às recomendações das normas da ABNT.

Apesar de admitido na referida norma, a Fiscalização não aceitará o uso de


massa de vidraceiro para caixilhos de alumínio.

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Os vidros serão assentes de modo a ficarem com as ondulações na horizontal,
salvo casos muito especiais a serem resolvidos pela FISCALIZAÇÃO.

Os vidros serão, de preferencia, fornecidos nas dimensões respectivas,


procurando- se, sempre que possível, evitar o corte no local da construção.

As bordas de cortes serão esmerilhadas de forma a se apresentarem lisas e


sem irregularidades, sendo terminantemente vedado o emprego de chapas de vidro
que apresentem arestas estilhaçadas.

Após o envidraçamento dever-se-á evitar a aplicação na chapa de vidro, para


assinalar a sua presença, de pintura com materiais higroscópios, como por exemplo a
cal, alvaide (que provocam ataques à sua superfície) ou marcação com outros
processos que redundem em danos à superfície da chapa. Para uma melhor
identificação da presença da chapa de vidro, recomendar-se-á a manutenção dos
adesivos que acompanham o material desde a fábrica ao canteiro da obra, até a
entrega final dos trabalhos.

8.4.2 – Temperados

Todos os cortes e perfurações de chapas de vidro temperado serão


necessariamente realizados na fábrica, antes da operação de têmpera.

Em conseqüência do que procede, serão cuidadosamente estudadas as


dimensões das chapas e suas eventuais perfurações, cujos detalhes serão, em tempo
útil, remetidos ao fornecedor.

Todas as arestas das bordas das chapas de vidros temperados serão afeiçoadas
de acordo com a aplicação prevista.

As perfurações terão diâmetro mínimo igual à espessura das chapas e máximo


igual a 1/3 da largura.

A distância entre a borda do furo e a borda do vidro ou de outro furo não poderá
ser inferior ao triplo da espessura da chapa.

A distância entre a borda do furo e o vértice (canto) da chapa não poderá ser
inferior a 6 vezes a espessura da chapa, respeitando-se ainda a condição
anteriormente estabelecida.

Tendo em vista a impossibilidade de cortes ou perfurações das chapas no


canteiro, deverão ser minuciosamente estudados e detalhados os dispositivos de
assentamento de vidros temperados, cuidando-se, ainda, de verificar a
indeformabilidade e resistência dos elementos de sustentação do conjunto.

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No assentamento com grampos ou prendedores, será vedado o contato direto
entre elementos metálicos e o vidro, intercalando-se, onde necessário, cartão
apropriado que possa ser apertado sem risco de escoamento.

Quando assentes em caixilhos, para evitar quebras provocadas por diferenças


muito grandes de temperaturas entre os centros e as bordas das chapas, adotar-se-ão
gaxetas ou baguetes de fixação com altura pequena.

As chapas não deverão ficar em contato direto com nenhum elemento da


sustentação, sendo, para tal fim colocadas gaxetas de neoprene, na hipótese de
assentamento em caixilhos.

As placas não deverão repousar sobre toda a extensão de sua borda, mas
somente sobre 2 calços, os quais deverão distar das extremidades de 1/3 do vão.

Assegurar-se-á folgas da ordem de 3 a 5 mm entre o vidro e a esquadria.

Os calços laterais serão obrigatórios quando o material utilizado na calafetagem


não se tornar suficientemente rígido para equilibrar as pressões transmitidas pela
chapa de vidro normalmente a seu plano; estes calços serão dispostos ao pares de um
lado e de outro da chapa.

O envidraçamento com gaxetas, conforme o perfil, poderá dispensar a utilização


de calços.

8.4.3 – Medição e Pagamento

A medição será feita tomando-se como unidade o metro quadrado, devendo ser
feito o levantamento da área total de vidro instalado, por tipo e espessura, salvo
indicação expressa em contrário.

O pagamento será feito para as quantidades medidas como acima indicado


pelos preços correspondentes no contrato. Nestes preços deverão estar incluídos
materiais, equipamentos, e mão-de-obra necessários a perfeita execução dos serviços.

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9 – PINTURAS

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9 – PINTURAS

As pinturas serão executadas de acordo com o tipo e cores indicados no Projeto.

Os serviços de pintura deverão ser executados com rigoroso esmero, por


profissionais de comprovada competência e de acordo com a melhor técnica existente
para serviços desta natureza.

Todas as superfícies a pintar deverão ser cuidadosamente limpas e preparadas


para o tipo de pintura especificada.

Depois da aplicação da demão de queima e cal, da demão de tinta de aparelho


ou da demão de tinta primária, respectivamente nas superfícies de parede, madeira ou
forro, a parte pintada deverá ser cuidadosamente emassada e lixada, quando houver
indicação em projeto, recebendo em seguida a pintura com as tintas especificadas, no
número mínimo de três demãos. As tintas de aparelho e primárias deverão ter grande
poder de penetração.

O número de demãos deverá ser o necessário para obter-se uma pintura de


tonalidade uniforme.

Cada demão de tinta só poderá ser aplicada quando a anterior estiver


perfeitamente seca. O tempo mínimo de intervalo entre duas demãos será de 24 horas
em tempo seco e 48 horas em tempo úmido.

Aplicar, no mínimo, três demãos, alternadamente e em direções cruzadas.

9.1 – PINTURA A BASE DE ÓLEO

9.1.1 – Sobre o reboco (sem massa corrida)

– Lixamento a seco e limpeza do pó.

– Uma demão impermeabilizante.

– No mínimo, três demãos de tinta de acabamento, respeitando-se as


recomendações do fabricante.

9.1.2 – Com massa corrida à base de PVA

– Lixamento e limpeza a seco da superfície a ser pintada.

– Aplicação de massa corrida em camadas finas e sucessivas, com intervalo de


quatro horas.

– Uma demão de fundo adequado para acabamento a óleo.

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– Uma demão impermeabilizante.

– Três demãos de tinta de acabamento, com retoques de massa antes da


segunda demão, respeitando-se as recomendações do fabricante.

9.1.3 – Com massa corrida à base de óleo

– Lixamento e limpeza a seco da superfície.

– Uma demão de “primer” para massa a óleo.

– Aplicação da massa corrida em camadas finas e sucessivas.

– Três demãos de tinta de acabamento, com retoques de massa antes da


segunda demão, observando-se as recomendações do fabricante.

9.1.4 – Sobre madeira

– Lixamento e limpeza a seco.

– Uma demão de fundo para impermeabilização.

– Uma demão de massa corrida a base de óleo.

– Lixamento a seco e limpeza do pó.

– Três demãos de tinta de acabamento, com retoques de massa antes da


segunda demão, observando-se as recomendações do fabricante.

9.1.5 – Sobre ferro

Após a limpeza das peças por meios manuais, mecânicos ou químicos,


conforme o especificado, até remover toda a ferrugem e a aplicação da base
anticorrosiva, os serviços seguem as seguintes prescrições:

– Limpeza a seco e remoção do pó;

– Emassamento necessário à correção das superfícies;

9.1.6 – Medição e pagamento

A medição para área pintada será feita tomando-se como unidade o metro
quadrado efetivamente pintada.

O pagamento será efetuado de acordo com o custo unitário correspondente aos


preços propostos no contrato. Nestes custos deverão estar incluídos o fornecimento, a

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armazenagem e o transporte do material, bem como o preparo das superfícies e todo o
equipamento e mão-de-obra necessários à perfeita execução dos serviços.

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10 – SERVIÇOS COMPLEMENTARES

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10 – SERVIÇOS COMPLEMENTARES

10.1 – IMPERMEABILIZAÇÃO

Os serviços terão primorosa execução, os quais obedecerão rigorosamente, as


normas da ABNT, especialmente a NB-279, e às especificações a seguir:

Para os fins da presente Norma, ficará estabelecido que sob a designação usual
de “Serviços de Impermeabilização” se tem em mira realizar obra estanque, isto é,
assegurar, mediante emprego de materiais impermeáveis e de outras disposições, a
perfeita proteção da construção contra a penetração de água. Desse modo, a
impermeabilidade dos materiais será, apenas, uma das condições fundamentais a ser
satisfeita: a construção será estanque quando constituída por materiais impermeáveis e
que assim o permaneça, a despeito de pequenas fissuras ou restritas modificações
estruturais da obra e contanto que tais deformações sejam normais, previsíveis e não
resultantes de acidentes fortuitos ou grandes deformações.

Durante a realização de impermeabilização, será estritamente vedada a


passagem, no recinto dos trabalhos, de pessoas ou operários estranhos àqueles
serviços.

Serão adotadas medidas especiais de segurança contra o perigo de intoxicação


ou inflamação de gases, quando da execução de trabalhos de impermeabilização
betuminosa ou de elastômeros, em ambientes confinados – caixas d’água, subsolos,
sanitários de pequenas dimensões, etc – devendo assegurar-se ventilação suficiente e
prevenir-se a aproximação de chamas, brasa de cigarro, etc. Nesse sentido, será o
pessoal, em tais condições, obrigado ao uso de máscaras especiais, bem como ao
emprego exclusivo de equipamento elétrico garantido contra centelhas, quer nas
lâmpadas, quer nos fios.

Quando as circunstâncias ou as condições locais se verificarem tais que tornem


aconselhável o emprego de sistema diverso do previsto no projeto, serão tais
circunstâncias constatadas pela FISCALIZAÇÃO, sendo adotado o sistema mais
adequado no caso, mediante prévios entendimentos com a SEMARH.

Os serviços serão rigorosamente controlados e executados por pessoal


especializado, que ofereça garantia dos trabalhos realizados.

Os tipos de impermeabilização a empregar serão objeto de especificação para


cada caso, conforme detalhamento do respectivo projeto.

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O tipo adequado de impermeabilização será determinado segundo a solicitação
imposta pela água. Essa solicitação poderá ocorrer de três maneiras distintas,
subdividindo as impermeabilizações em:

– Impermeabilização contra água sob pressão;

– Impermeabilização contra água de percolação;

– Impermeabilização contra umidade do solo;

10.1.1 – Medição e pagamento

A medição para área impermeabilizada será feita tomando-se como unidade o


metro quadrado efetivamente impermeabilizado.

O pagamento será efetuado de acordo com o custo unitário correspondente aos


preços propostos no contrato. Nestes custos deverão estar incluídos o fornecimento, a
armazenagem e o transporte do material, bem como o preparo das superfícies e todo o
equipamento e mão-de-obra necessários à perfeita execução dos serviços.

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