Análise da sustentabilidade da drenagem urbana em vias de acesso ao PIM em Manaus

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC
PROGRAMA DE APOIO À INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PAIC
RELATÓRIO PARCIAL
EDIÇÃO: PIBIC/PAIC 2021/2022

RECURSOS HUMANOS
Nome do(a) orientador(a):
Ellem Cristiane Morais de Sousa Contente
Nome do(a) aluno(a) Bolsa:

Fernanda Salignac de Oliveira ( ) CNPQ ( x ) UFAM ( ) FAPEAM ( ) VOLUNTÁRIO
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: Código do Projeto:
(IN)SUSTENTABILIDADE DA DRENAGEM URBANA EM VIAS DE ACESSO PIB-ENG/0061/2021
AO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS (PIM): ESTUDO DE CASO
Área de Conhecimento:
( ) Exatas e da Terra ( ) Agrárias ( ) Biológicas ( ) Sociais Aplicadas ( x ) Engenharias ( ) Saúde
( ) Ciências Humanas ( ) Linguística, Letras e Artes ( ) Multidisciplinar
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM HUMANOS (CEP) OU ANIMAIS (CEUA )

( ) Aprovado - Número do protocolo: _______
( x ) Não se aplica
Caso o projeto ainda não esteja aprovado, justifique:
* O Relatório deve ser apresentado abaixo deste formulário em no máximo 20 páginas

* O Relatório deverá estar de acordo com as normas atualizadas da ABNT para trabalhos acadêmicos.
RESUMO
O enfrentamento dos problemas decorrentes da inexistência ou ineficiência da drenagem
urbana nas cidades brasileiras com significativos impactos na ordem socioeconômico e
ambiental, bem como a não efetividade de indicadores para avaliação do sistema revelam-
se como eixos motivadores para a proposta desta pesquisa, principalmente ao se debruçar
sobre as especificidades da dinâmica urbana na cidade de Manaus, com significativas rotas
viárias geradoras de tráfego, como o Polo Industrial de Manaus (PIM). Neste sentindo, a
pesquisa fará recorte no corredor urbano - Ephigênio Salles com o objetivo de avaliar a
(in)sustentabilidade do Sistema de Drenagem Urbana existente. Para isso será trabalhado
com a busca exploratória-descritiva da literatura e documentos em geral com foco
dimensões, técnica, práticas sustentáveis, ambiental e socioeconômica à luz da
sustentabilidade a partir de critérios selecionados. Neste sentindo, espera-se que os dados
obtidos possam contribuir com estudos voltados a gestão do serviço, bem como a
composição de indicador de avaliação de desempenho da drenagem urbana para a
realidade local.
INTRODUÇÃO
A urbanização e as infraestruturas básicas são de suma importância para que o
desenvolvimento socioeconômico e ambiental ocorra em equilíbrio para a cidade,
fornecendo o suficiente para as necessidades da população atual sem comprometer as
necessidades da população futura. Dentre esses serviços, destaca-se como agregador de
problemas extremamente críticos nas cidades, a falta de um sistema de drenagem efetiva.
Nesse contexto, Barros (2005) afirma que os danos sociais, econômicos e ambientais
advindos da inexistência ou da precariedade dos serviços de drenagem, quando
potencializam a geração de inundações, são significativos no cenário urbano,
principalmente levando em consideração que grande parcela da população vive em
cidades.
No caso das cidades brasileiras, o autor ressalta que a falta de planejamento e de visão
ambiental urbana integrada e sustentável no desenvolvimento de projetos nessa área,
aliada, muitas vezes à inexistência de uma entidade específica para controle e gestão de
atividades e mesmo obras de drenagem, estão associadas a cenário caótico em que se
encontram os sistemas de drenagem das grandes cidades brasileiras.
Nesse ensejo, um dos grandes desafios da drenagem é a falta de atualização
sustentável no sistema já existente. A sustentabilidade visa alcançar a meta de um
desenvolvimento ambiental responsável, socialmente justo e economicamente correto.
Esses desafios estão atrelados as características de oferta do serviço, uma vez que
inúmeros fatores não possuem um entendimento claro de mensuração pelo gestor do
serviço, bem como a falta de diretrizes consolidadas por meio de Planos de drenagem
urbana.
Observa-se que tais aspectos somando a elementos de estruturação do espaço urbano
tendem a convergir para o cenário crítico de enfretamento dos problemas de drenagem
urbana nas cidades brasileiras, justificando-se a necessidade de estudos voltados ao
aperfeiçoamento dos sistemas de drenagem para cada tipo de realidade, principalmente o
da cidade de Manaus, que possui na sua estrutura urbana apelos socioeconômicos e
ambientais bem particulares.
Vale ressaltar que no contexto legal, a drenagem urbana é um componente que faz
parte dos sistemas de saneamento básico, regido pela 14.026/20 (BRASIL, 2020), que
estabelece as diretrizes básicas para o saneamento básico no Brasil. Neste instrumento foi
previsto a elaboração do Plano de Saneamento Básico que dita sobre o serviço de
drenagem:

[...] Drenagem e manejo de águas pluviais: transporte, detenção ou retenção
para o amortecimento de vazões, tratamento e disposição final das águas
pluviais drenadas de áreas urbanas (Brasil, 2020).
Basicamente, o sistema de drenagem de água pluvial busca transportar, segura e
convenientemente, as águas de chuva de áreas urbanizadas até os corpos ‘água (córregos,
rios e lagos) (GRIBBIN, 2009, p. 229), assegurando o trânsito público e a proteção das
edificações, bem como evitando os efeitos danosos de alagamentos e inundações para a
população e impactos no ambiente.
E, neste sentindo, têm-se a drenagem urbana representado por etapas que conferem
seu fluxo de funcionamento, destacando-se o sistema de microdrenagem, que representa o
sistema inicial do sistema. Esta etapa consiste em sistema composto pelos dispositivos que
drenam os sistemas viários, como: sarjetas, canaletas, captações (bocas de lobo, bocas de
leão), condutos de ligação e tubulações.
Contudo, a presente pesquisa busca avaliar aspectos técnicos, ambientais e
socioeconômicos ligados ao sistema de microdrenagem com foco na análise da efetividade
sustentável do sistema de drenagem urbana.
Para estudo de caso, a pesquisa fez um recorte no corredor urbano – Efigênio Sales,
definido no Plano Diretor Urbano e Ambiental do município de Manaus (Manaus, 2014),
justificando-se por possuir rotas viárias com relevante apelo socioeconômico na cidade,
uma vez que é bastante solicitada e nela está contida significativos polos geradores de
tráfego, como o Polo Industrial de Manaus (PIM). Além disso, a presente pesquisa insere-
se na perspectiva de verificar a sustentabilidade dessa via sob a ótica da drenagem urbana,
aproximando-se da realidade local, no qual ainda carecem de estudos mais específicos
sobre o contexto apresentado. Para tanto, têm-se os seguintes objetivos:
OBJETIVOS
Geral: Analisar o sistema de drenagem urbana existente em vias de acesso ao Polo

Industrial de Manaus (PIM) à luz das dimensões da sustentabilidade técnica, econômica,
ambiental e social na busca de contribuir com estudos voltados a avaliação do sistema de
drenagem na cidade de Manaus.
Têm-se como objetivos específicos:
 Pesquisar aspectos no contexto da sustentabilidade para sistema de drenagem

urbana
 Relacionar, conforme base nas características locais, aspectos voltados as
dimensões da sustentabilidade;
 Caracterizar, diagnosticar os elementos constituintes do sistema de drenagem no
local de estudo;
 Analisar com base nos aspectos da sustentabilidade os dados levantados em campo
o sistema existente;
 Construir matriz de consolidação da análise dados à luz da sustentabilidade do
sistema existente.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o InfoAmazonia (2021), Manaus é uma das cidades que sofre com o
crescimento desgovernado, dado o período a partir de 1970 com a chegada da zona franca.
A urbanização sem o planejamento adequado (figura 1) traz resultados negativos nos
recursos hídricos e na população, como elevada impermeabilização das áreas resultando
em escoamentos indesejados e inundações, expansão para áreas próximas a mananciais
comprometendo a sustentabilidade hídrica, prejudicando o meio ambiente e a população,
como Tucci (2012) afirma.
Os munícipios brasileiros sofrem com as falhas dos sistemas de drenagem, para
Manaus que está inserida no Bioma Amazônico ( Figura ?), segundo o Instituto Brasileiro
de Florestas (c2020) é uma região com intensas chuvas e temperatura elevada, o clima
equatorial úmido, com média pluviométrica anual de 3000 mm (Clima Data, 2022), a falta
de drenagem eficiente atinge a operacionalidade da região, pois acarreta áreas alagadas,
atrapalhando assim as atividades propostas para aquela área, somado tem-se que a cidade
não conta com plano Diretor de Drenagem atualizado, o que chega a ser algo delicado para
uma cidade com intensas chuvas.
Figura 1: A abordagem tradicional da drenagem urbana e sua relação com os alagamentos.
Fonte: Adaptado por Vladimir Souza de com base em Tucci e Bertoni (2003)
Analisar e diagnosticar a rede não é algo simples, segundo Kolsky e Butler (2002), o
desempenho da rede de drenagem depende de fatores como: o objetivo da rede na sua
região, a composição de seus elementos, a percepção da sociedade a rede, a manutenção
para ficar adequada aos processos hidrológicos. Segundo Mendonça (2009), a avaliação
da rede tem fatores multidimensionais dinâmicos (Quadro 1), devendo os resultados da
análise levarem a tomada de ações cabíveis para a rede ter um desempenho melhor.
Quadro 1: Relação de critérios segundo as dimensões de Avaliação sob o aspecto da sustentabilidade.
DIMENSÃO CRITÉRIOS
Legal Atendimento a legislação

Necessidade de intervenção na propriedade privada
Social Aceitação Social dos Sistema de Drenagem Urbana
Riscos e Vulnerabilidade à Saúde Pública
Ambiental Controle de Poluição das Água Pluviais Urbanas
Controle sobre a proliferação de insetos

Problemas de odores
Possibilidade de utilização das Água Pluviais Urbanas
Uso de princípios e Práticas sustentáveis
De práticas Sustentáveis Escalonamento dos objetivos ao longo do tempo
Possibilidade de Monitoramento da Qualidade das Água Pluviais
Alterações do Meio Físico
Alterações na Vazão de Pico
Técnicas
Tempo de Retorno do Projeto
Confiabilidade
Fonte: Adaptado de Mendonça (2009).
Até então, a análise de sistemas de drenagem não pode ser algo generalizado visto que
cada cidade possui sua peculiaridade quanto a região, clima, topografia, flora, elementos
que influenciam diretamente no ciclo hidrológico, sendo este o precursor dos estudos sobre
drenagem. A aplicação de um sistema de avaliação cabe então a escolha do avaliador
quanto a critérios e parâmetros cabíveis a região (TEIXEIRA et al., 2020).
METODOLOGIA (MATERIAS E MÉTODOS)
A pesquisa tem abordagem quali-quantitativa, de natureza aplicada e com objetivos

exploratórios e descritivo, buscando evidenciar aspectos aplicáveis no contexto da
Drenagem urbana, sua aplicabilidade na realidade de estudo e inferências a partir de uma
análise da (in)sustentabilidade do sistema existente na área abrangente da pesquisa com
foco nos estudos da sustentabilidade para gestão e projetos dos serviços de drenagem
urbana da realidade local.
Para isso, foi trabalhado neste decorrer de tempo a pesquisa bibliografia e
documental orientada por revisão e fundamentação teórica a acerca de sistemas de
drenagem urbana e agregando um aporte de pesquisa direcionado e ainda não finalizado
sobre critérios à luz das dimensões da sustentabilidade técnica, ambiental econômica e
social da drenagem pluvial sob a perspectiva dos elementos constituintes da
microdrenagem urbana. Esta etapa possibilitou a seleção de elementos preliminares de
análise para a aplicabilidade no estudo de campo.
Vale ressaltar que tal etapa está sendo orientada nos acervos técnicos A base
bibliográfica tais como teses, dissertações, artigos, livros e outros) e no caso dos
documentos trabalhados com jornais, fotos, filmes, gravações e documentos legais, cujos
conteúdos ainda não tiveram tratamento analítico (SEVERINO, 2018);
1. Formação e Composição da Pesquisa

A formação dos eixos da pesquisa se deu através das buscas por trabalhos, publicações,
dissertações. Teses, artigos, projetos e afins sobre o sistema de drenagem urbana em
Manaus, critérios para avaliar a eficiência da rede de drenagem, entendimento sobre
eficiência e déficit do SDU.
Para esta pesquisa foram consultados:
 Metodologia Para Avaliação De Desempenho De Sistemas De Drenagem Urbana
 Déficit Na Drenagem Urbana: Buscando O Entendimento E Contribuindo Para A
Definição
 Diagnóstico Da Rede De Drenagem Urbana Das Seis Zonas Inundadas E Alagadas
Na Cidade De Manaus
 Critérios De Desempenho Da Drenagem Urbana Em Vias De Acesso Ao Polo
Industrial De Manaus (Pim): Estudo De Caso
Sistematização das diretrizes das dimensões da sustentabilidade aplicadas ao

contexto da drenagem e realidade local.
Pesquisa de campo tendo como estudo de caso o corredor viário da Efigênio Salles como
área de investigação, compreendendo atividades de identificação dos elementos existentes
(sistema de microdrenagem); caracterização dos aspectos de funcionamento, relação dos
potenciais impactos urbano ambientais, bem como a comparação de critérios técnicos
normativos estabelecidos para a construção dos dispositivos existentes.
Os instrumentos para a coleta de dados foram observação visual, registro de
campo e fotográfico, mapas representativos, elaboração de croquis, gráficos, tabelas e
outros;
4. Análise dos dados coletados – A partir dos dados obtidos e das inferências
teóricas será possível construir matriz de convergência das dimensões da sustentabilidade
com base nos estudos voltados a consolidação de indicadores de drenagem urbana a partir
da realidade local. 5. Elaboração do relatório final - Elaboração, redação e revisão do
documento final.
I. Pesquisa teórica e documental: Conduzida por investigação e examinação de dados
fundamentados teoricamente sobre a drenagem convencional vs drenagem sustentável.
Essas pesquisas, dentre elas: artigos, teses, dissertações, sites, etc., embasam as partes
teóricas para então poder coloca-las em prática na parte em campo.
II. Seleção de dados e critérios técnicos da realidade para análise.
III. Pesquisa de campo: Com a avenida Efigênio Salles sendo o objeto de estudo, tendo seus
elementos de drenagem analisados, funcionamento, área urbanizadas, sendo a coleta de
dados feita por registros fotográficos, observação visual, mapas da região e registros de
jornais.
IV. Análise dos dados coletados: Com os dados de campo e os dados teóricos podemos
relaciona- lós e analisar o estudo de drenagem proposto sobre a via.
2. Caracterização da área de estudo - Avenida Efigênio Salles
Segundo Jorge Rocha (2013), A avenida Efigênio Salles, antigamente conhecida como
estrada do V8, tem esse nome em homenagem ao Político Ephigênio Ferreira de Salles, foi
diretor do jornal “Diário do Amazonas”, foi governador do Amazonas e senador federal na
década de 1920. É uma avenida que faz parte do corredor urbano Darcy Vargas, sendo
considerada um segmento que contém um centro de comércio, com a diretriz de integrar
serviços ao uso residencial, com alta verticalização e densidade que começa da confluência
com a Avenida Mario Ypiranga e vai até a confluência com a Avenida Cosme Ferreira e
André Araújo. (Plano Diretor de Manaus, 2020).
Figura 3: Avenida Efigênio Salles

Fonte: Henrique Monteiro, 2017.
A avenida dispõe de uma variação altimétrica de 49 m, com uma altitude média de 46 m,

tendo uma altitude máxima de 80 m e a altitude mínima de 31,
Figura 4: Topografia da Avenida Efigênio Salles
Fonte: Adaptado de Topographic-map, s.d.
É composta por duas transversais: Uma Leste-Oeste e uma Oeste-Leste, sendo uma das
maiores vias de ligação dos bairros da zona leste e Zona centro-sul ao centro de Manaus e
à Zona Oeste, com 7,61 km de extensão. Segundo o Plano de Mobilidade Urbana de
Manaus (2015) a via apresenta uma grande área de acesso restrito, entre a Av. Via Láctea
e o Complexo Viário Gilberto Mestrinho): em um trecho de cerca de 2,5 km, a Av. Efigênio
Salles apresenta uma ocupação lindeira predominante de condomínios fechados, o que faz
com que a via nesse trecho não seja cortada por nenhuma outra via, prejudicando a sua
mobilidade.
Quanto a hidrografia, a avenida encontram-se inserida na sub-bacia do Mindu (figura
5) com área de 66 km² e tendo o igarapé do mindu como curso d’água principal, com 18, 2
km de extensão. (Queiroz e Alves, 2019).
Figura 5: Bacia Hidrográfica do Mindu
Fonte: Queiroz e Alves, 2019.
2.1 Setorização da Avenida
Para aplicação da pesquisa, considerando que a Avenida tem 7,6 km de extensão e com
base em observações realizadas na visita de campo preliminar foram delimitados trechos
ao longo da via, o que gerou cinco trechos para analise( quadro 2), vistos a seguir (figura
7):
Figura 6: Trechos de estudo definidos
Fonte: adaptado de Google Earth (2022)
Quadro 2: Características dos trechos delimitados
Trecho Extensão Altitude Inicial Altitude final Características
Trecho 1 550 m 78 m 58 m O trecho começa no início da

avenida e vai até a saída depois
do supermercado Assaí
Trecho 2 1100 m 58 m 47 m Inicio na parte mais condominial

da avenida, também englobando
um polo gerador de viagens que
é o V8 center e comércios ao
redor, finalizado no início da
curva.
Trecho 3 700 m 47 m 43 m Início logo após o Condomínio

Bosque Imperial e finaliza no
Tribunal de contas do Estado -
AM, contendo uma inclinação
nessa curva em que a altitude
chega a 34 m.
Trecho 4 500 m 43 m 38 m Tendo a presença do polo

gerador que é o Empório DB, o
próprio Tribunal de contas, além
de restaurantes e a academia
LIVE, onde o trecho se inicia no

tribunal de contas e finaliza na
saída para a av. Jorn. Umberto
Calderaro Filho
Trecho 5 650 m 38 m 31 m Tendo a presença de comércios

e condomínios, o trecho finaliza
no final da avenida.
Fonte: Autora, 2022.
Considerando a delimitação dos trechos, foi estabelecido para fins de aplicação da

pesquisa a partir das características topográficas, tráfego e densidade de ocupação urbana
os trechos 2 e 3, critérios associados diretamente ao desempenho do sistema de drenagem
urbana os polos geradores de viagem.
Ao longo da execução deste projeto, segundo o reportes Thiago Monteiro (Jornal
Acrítica, 2021) houve um caso de ineficiência de drenagem ao surgir uma cratera no trecho
3 da avenida por conta das tubulações que não suportaram a vazão gerada pelo alta
intensidade de chuvas, (figura 7), causando transtorno no trânsito e conserto não
programado na via pública.
Figura 7: Reportagem sobre problemas com a drenagem

Fonte: Jornal Acrítica, 2021.
Identificação e seleção de critérios das dimensões da sustentabilidade do Sistema de

Drenagem Urbana (SDU) e realidade local
Para a realidade local dentro do tema, foram analisados e escolhidos previamente os

seguintes critérios (quadro 1), considerando os elementos compositores da microdrenagem
da área e a sua efetividade.
Quadro 3: Critérios selecionados previamente
Campo Critérios
Práticas Sustentáveis Uso de Práticas Sustentáveis
Técnico  Alteração do meio

físico
 Estrutura do SDU
 Confiabilidade
Fonte: A autora, 2022
Segundo Mendonça (2008), a sustentabilidade quando analisada em práticas sustentáveis

significa que a conservação desses recursos tem que ser em qualidade e quantidade, de
forma a não atingir os ecossistemas e gerações humanas futuras, mas ainda assim
suprindo a geração atual.
Já no campo técnico, esses critérios dizem respeito aos elementos hidráulicos,
hidrológicos e do meio físico, já que eles regem os impactos da urbanização. Para a
alteração do meio físico, são dois âmbitos de comparação, o antes e o depois de cada
intervenção humana no SDU, levando então ao quesito da estruturação do mesmo,
mostrando seus elementos componentes e quanto a confiabilidade, segundo Mendonça
(2008), ela é dividida em dois parâmetros, confiabilidade quando a projetos, que analisa os
componentes presentes na rede e quanto a operacionalidade, que analisa as falhas,
registros de operações e ações corretivas.
RESULTADO PARCIAL
Neste primeiro momento da pesquisa foi desenvolvimento de forma contínua o

estudo teórico e legal sobre o contexto da pesquisa, permitindo com isso definir elementos
chaves para nortear o caminho metodológico da pesquisa em consonância com a realidade
local.
O embasamento teórico sustentou a delimitação/seleção dos critérios de análise da
sustentabilidade do sistema de microdrenagem existente na Av. Efigêncio Salles, que
conforme apresentado nos materiais e métodos serão percorridos sob aspectos das
dimensões técnicos e de práticas sustentáveis, permeado ainda por uma analise de
aspectos apropriados a dimensão ambiental e econômica.

Outro aspecto analisado neste decorrer da pesquisa foi a sistemática de dados de
caracterização da avenida, dentre a sua localização, extensão dentre
outros.......,subsidiando assim a setorização da avenida em trechos de estudo.
Na sequência e concomitantemente foram realizadas visitas preliminares ao longo
da via para observações e registro iniciais do sistema de microdrenagem existentes. Assim,
com os parâmetros apurados nesse primeiro momento por meio dos dados coletados em
campo e das inferências teóricas, constatou- se que a via possui elementos de um sistema
de microdrenagem, em que em alguns trechos há evidência visual de um bom estado
(figura 9) na via, sobre o enfoque de pavimentação e potencialidade de escoamento das
águas pluviais.
Figura 8: Avenida Efigênio Sales (Trecho2).
Fonte: A autora
No entanto, foram observados em diversos pontos das avenidas situações que

demostram elementos do SDU degradados danificados (figura 10) e com efeito direto na
pavimentação, dentre as observações seguem sarjetas quebradas, bocas de lobo sem
grade (figura 11) permitindo a entrada de resíduos sólidos. E, também a presença de um

curso d’água totalmente poluído que entrecorta a via com potencialidade de
comprometimento de sua qualidade (figura 12), onde parte da galeria se interliga pra
desaguar no igarapé do Mindú (figura 13).
Figura 9: Sarjeta e calçadas danificadas
Fonte: A autora
Figura 10: Boca de Lobo sem grade de proteção
Fonte: A autora
Figura 11: Curso d’água que entrecorta a avenida.

Fonte: A autora
Figura 12: Curso d’agua que corta a avenida
Fonte: Adaptado de Google Maps ,2022.
Por meio dessas primeiras observações, já é possível preliminarmente correlacionar

com os eixos de análise selecionados (práticas sustentáveis e técnico), indicando
problemas relacionados a manutenção em partes da via, de monitoramento do sistema, e
de projetos que visem a compatibilização e integração de práticas que melhorem o sistema

atual, o que será assim explorado na continuidade da pesquisa.
REFERÊNCIAS
BOURSCHEIT, Aldem; SCHMIDT, Steffanie. A maior cidade da Amazônia despeja quase

tudo no rio. InfoAmazaonia, 2021. Disponível em:<https://infoamazonia.org/2021/03/26/a-
maior-cidade-da-amazonia-despeja-quase-tudo-no-rio/>. Acesso em: 22 jan. 2022.

BRASIL. Lei N° 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o Marco Legal do Saneamento
Básico. 2020. Disponível em: < https://www.in.gov.br/web/dou/-/lei-n-14.026-de-15-de-julho-
de-2020-267035421>. Acesso em: 22 fev. 2022.

BARROS, M. T. L. Drenagem Urbana: bases conceituais e planejamento. In: PHILIPPI
Jr. A (Editor). Saneamento, Saúde e Ambiente: fundamentos para o desenvolvimento
sustentável. Barueri/SP: Manole, 2005. Cap. 7. p. 221- 265.
CLIMA Manaus. Climate Date Org, s.d.. Disponível em: <

https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/amazonas/manaus-1882/>. Acesso em: 28
out. 2021
CONCEITO da Drenagem Urbana. RHAMA, 2017. Disponível em:

<http://www.rhama.com.br/blog/index.php/aguas-urbanas/conceitos-da-drenagem-urbana/>.
Acesso em: 01 fev. 2022
DUARTE, Durango. Monumento a Ephigênio Salles. Instituo Durango Duarte, 2021.

Disponível em: <https://idd.org.br/iconografia/monumento-ephigenio-de-salles/>. Acesso em:
27 out. 2021
GOOGLE Earth website, 2015. Disponível em: <

https://earth.google.com/web/search/Avenida+Efig%C3%AAnio+Salles+-+Aleixo,+Manaus+-
+AM/@-3.0878249,-59.9965667,56.99324176a,1054.82474974d,35y,0h,0t,0r/
data=CigiJgokCdUAlZ_GkgjAEfr8Y9wp1wjAGdKxPpu8-03AIStFgJwXBU7A >Acesso em 21
fev. 2022
BIOMA Amazônico. Instituto Brasileiro de Florestas, c2020. Disponível em: <

https://www.ibflorestas.org.br/bioma-amazonico >. Acesso em 21 fev. 2022
MANAUS. Lei Ordinária 2075 de 2015. Plano de Mobilidade Urbana de Manaus. Manaus,
disponível em: <
https://www2.manaus.am.gov.br/docs/portal/secretarias/smtu/PlanMobManaus.pdf >. Acesso
em: 28 out. 2021.
MANAUS. Topographic-Map.com, s.d. Disponível em: < https://pt-br.topographic-

map.com/maps/gn30/Manaus/ >. Acesso em: 28 out. 2021.

MANAUS. Prefeitura Municipal de Manaus. Plano de Diretor Urbano e Ambiental do
município de Manaus. Manaus, 2019. Disponível em: <

https://www2.manaus.am.gov.br/docs/portal/secretarias/implurb/PLANO%20DIRETOR%20-
%20LIVRO%20DIGITAL/LEGISLA%c3%87%c3%83O%20URBAN%c3%8dSTICA
%20MUNICIPAL%20-%20PLANO%20DIRETOR%20E%20AMBIENTAL%20DE
%20MANAUS%20E%20SUAS%20LEIS%20COMPLEMENTARES%20-%20Vers%c3%a3o
%2001.pdf>. Acesso em: 28 out. 2021.
MENDONÇA, E. C. Metodologia para avaliação de desempenho de sistemas de

drenagem urbana. 2009.. (Dissertação de Mestrado em Tecnologia Ambiental e Recursos
Hídricos) – Universidade Brasília, Brasília, 2009.
MONTEIRO, Thiago. Cratera ’engole ‘parte da Av. Ephigênio Salles; Trânsito fica lento.
Jornal Acrítica, 2021. Disponível em: < https://www.acritica.com/channels/hoje/news/cratera-
engole-parte-da-av-ephigenio-sales-transito-fica-lento >. Acesso em 22 fev. 2022
MONTEIRO, Henrique. Avenida Ephigênio Salles, Manaus – AM. Ruas do Brasil, 2017.
Disponível em: < https://ruasdobrasil.com.br/avenida-ephigenio-salles-manaus-amazonas-
am>. Acesso em: 28 out. 2021.
OLIVEIRA, Larissa. Diagnóstico Da Rede De Drenagem Urbana Das Seis Zonas

Inundadas E Alagadas Na Cidade De Manaus. CONTECC’2017. Disponível em:
https://www.confea.org.br/sites/default/files/antigos/contecc2017/civil/69_ddrddum.pdf>.
Acesso em: 07 fev. 2022
QUEIROZ, M. S. DE; ALVES, N. DE S. Análise Geomorfométrica da Bacia Hidrográfica

do Mindu – Manaus – Amazonas. Geopauta, v. 4, n. 2, p. 3, 2020.
ROCHA, Jose. Efigênio Sales. Blog do Rocha, 2013. Disponível em: <
http://jmartinsrocha.blogspot.com/2013/07/efigenio-sales.html >. Acesso em: 28 out. 2021

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2018.
SOUZA, Vladimir; MORARES, Luiz; BORJA, Patrícia. DÉFICIT NA DRENAGEM URBANA:

buscando o entendimento e contribuindo para a definição. Revista Eletrônica de Gestão
e Tecnologias Ambientais (GESTA), 2013 Gesta, v. 1, n. 2 – Souza, Moraes e Borja, p. 162-
175, 2013 – ISSN: 2317-563X
TEIXEIRA, G. da S.; RODRIGUES, R. S. S.; CRISPIM, D. L.; FERNANDES, L. L.;

BITTENCOURT, G. M. Methodologies for Characterization and Evaluaion of Urban
Drainage Systems: a review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 4, p.
e197943063, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.3063. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3063. Acesso em: 15 fev. 2022.

Análise da sustentabilidade da drenagem urbana em vias de acesso ao PIM em Manaus

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Análise da sustentabilidade da drenagem urbana em vias de acesso ao PIM em Manaus

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

EDIÇÃO: PIBIC/PAIC 2021/2022

Nome do(a) aluno(a) Bolsa:

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM HUMANOS (CEP) OU ANIMAIS (CEUA )

* O Relatório deve ser apresentado abaixo deste formulário em no máximo 20 páginas

Geral: Analisar o sistema de drenagem urbana existente em vias de acesso ao Polo

Têm-se como objetivos específicos:

 Pesquisar aspectos no contexto da sustentabilidade para sistema de drenagem

Figura 1: A abordagem tradicional da drenagem urbana e sua relação com os alagamentos.

Quadro 1: Relação de critérios segundo as dimensões de Avaliação sob o aspecto da sustentabilidade.

Legal Atendimento a legislação

Controle sobre a proliferação de insetos

METODOLOGIA (MATERIAS E MÉTODOS)

A pesquisa tem abordagem quali-quantitativa, de natureza aplicada e com objetivos

conteúdos ainda não tiveram tratamento analítico (SEVERINO, 2018);

1. Formação e Composição da Pesquisa

Sistematização das diretrizes das dimensões da sustentabilidade aplicadas ao

2. Caracterização da área de estudo - Avenida Efigênio Salles

Figura 3: Avenida Efigênio Salles

Fonte: Henrique Monteiro, 2017.

A avenida dispõe de uma variação altimétrica de 49 m, com uma altitude média de 46 m,

Figura 4: Topografia da Avenida Efigênio Salles

Fonte: Adaptado de Topographic-map, s.d.

Figura 5: Bacia Hidrográfica do Mindu

Fonte: Queiroz e Alves, 2019.

2.1 Setorização da Avenida

Figura 6: Trechos de estudo definidos

Fonte: adaptado de Google Earth (2022)

Quadro 2: Características dos trechos delimitados

Trecho Extensão Altitude Inicial Altitude final Características

Trecho 1 550 m 78 m 58 m O trecho começa no início da

Trecho 2 1100 m 58 m 47 m Inicio na parte mais condominial

Trecho 3 700 m 47 m 43 m Início logo após o Condomínio

Trecho 4 500 m 43 m 38 m Tendo a presença do polo

LIVE, onde o trecho se inicia no

Trecho 5 650 m 38 m 31 m Tendo a presença de comércios

Fonte: Autora, 2022.

Considerando a delimitação dos trechos, foi estabelecido para fins de aplicação da

Figura 7: Reportagem sobre problemas com a drenagem

Fonte: Jornal Acrítica, 2021.

Identificação e seleção de critérios das dimensões da sustentabilidade do Sistema de

Para a realidade local dentro do tema, foram analisados e escolhidos previamente os

Quadro 3: Critérios selecionados previamente

Práticas Sustentáveis Uso de Práticas Sustentáveis

Técnico  Alteração do meio

Fonte: A autora, 2022

Segundo Mendonça (2008), a sustentabilidade quando analisada em práticas sustentáveis

Neste primeiro momento da pesquisa foi desenvolvimento de forma contínua o

aspectos apropriados a dimensão ambiental e econômica.

Figura 8: Avenida Efigênio Sales (Trecho2).

No entanto, foram observados em diversos pontos das avenidas situações que

grade (figura 11) permitindo a entrada de resíduos sólidos. E, também a presença de um

Figura 9: Sarjeta e calçadas danificadas

Figura 10: Boca de Lobo sem grade de proteção

Figura 11: Curso d’água que entrecorta a avenida.

Figura 12: Curso d’agua que corta a avenida

Fonte: Adaptado de Google Maps ,2022.

Por meio dessas primeiras observações, já é possível preliminarmente correlacionar

de projetos que visem a compatibilização e integração de práticas que melhorem o sistema

BOURSCHEIT, Aldem; SCHMIDT, Steffanie. A maior cidade da Amazônia despeja quase

CLIMA Manaus. Climate Date Org, s.d.. Disponível em: <