Você está na página 1de 16

A AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFRAESTRUTURA URBANA EM

CIDADE MÉDIA
THE EVALUATION OF THE URBAN INFRASTRUCTURE INDEX IN A BRAZILIAN MEDIUM
CITY

LA EVALUACIÓN DEL ÍNDICE DE INFRAESTRUCTURA URBANA EM UNA CIUDAD MEDIA


DEL BRASIL

EIXO TEMÁTICO: PROJETO, TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS

CANALI, Vitória Antunes


Arquiteta e Urbanista; Aluna regular do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e
Urbanismo – Faculdade Meridional - IMED
1104400@imed.edu.br

REGINATO, Nauana da Costa


Arquiteta e Urbanista; Aluna regular do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e
Urbanismo – Faculdade Meridional - IMED
1119111@imed.edu.br

NECKEL, Alcindo
Pós-Doutor em Paisagismo Urbano; Professor do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em
Arquitetura e Urbanismo – Faculdade Meridional - IMED
alcindo.neckel@imed.edu.br
RESUMO

As cidades brasileiras apresentam elevadas problemáticas em suas redes de infraestrutura, de modo que
a possibilidade de melhorias no serviço de atendimento tornam-se essenciais para melhorar os indíces de
qualidade de vida da população. O presente artigo tem como objetivo geral compreender a situação do
acesso à infraestrutura urbana em domicílios na cidade de Passo Fundo-RS/Brasil. Metodologicamente
foram considerados o número de domicílios atendidos pelas redes de infraestrutura em razão do número
total de domicílios permanentes na cidade, para construção do índice de infraestrutura urbana, como
também de análises da qualidade dessas redes, por meio de questionários aplicados com a população. Os
resultados demonstraram que, apesar de Passo Fundo possuir bons resultados em relação as redes de
abastecimento de água, rede elérica e serviço de coleta de lixo doméstico, a rede viária, incluindo ruas e
calçadas e a rede coletora de esgoto sanitário, apresentam resultados não tão satisfatórios, tanto do
ponto de vista do nível de cobertura por essas redes, como pela percepção popular. Os resultados da
pesquisa demonstram a possibilidade de identificação dessas possíveis problemáticas, e assim, facilitando
a definição de estratégias, capazes de atribuírem melhorias futuras as redes de infraestrutura urbana.
PALAVRAS-CHAVE: espaço urbano. cidade média. redes de infraestrutura. qualidade de serviço.

ABSTRACT

Brazilian cities have major problems in their infrastructure networks, so the possibility of improvements in
customer service becomes essential to improve the quality of life of the population. This paper aims to
understand the situation of access to urban infrastructure in households in the city of Passo Fundo-RS /
Brazil. Methodologically, was considered the number of households served by infrastructure networks by
the total number of permanent households in the city, for the construction of the urban infrastructure
index, as well as quality analyzes of these networks, through questionnaires applied to the population. The
results showed that, although Passo Fundo has good results in relation to the water supply networks, the
electric network and the household waste collection service, the road network, including streets and
sidewalks and the sewage collection network, presents unsatisfactory results, both from the point of view
of the coverage level of these networks and from the popular perception. The research results demonstrate
the possibility of identifying these possible problems and, thus, facilitate the definition of strategies,
capable of attributing future improvements to urban infrastructure networks.
KEYWORDS: urban space. medium city. infrastructure networks. service quality.

RESUMEN

Las ciudades brasileñas tienen grandes problemas en sus redes de infraestructura, por lo que la posibilidad
de mejoras en el servicio al cliente se vuelve esencial para mejorar la calidad de vida de la población. Este
artículo tiene como objetivo comprender la situación del acceso a la infraestructura urbana en los hogares
de la ciudad de Passo Fundo-RS / Brasil. Metodológicamente, se consideró el número de hogares atendidos
por las redes de infraestructura debido al número total de hogares permanentes en la ciudad, para la
construcción del índice de infraestructura urbana, así como análisis de la calidad de estas redes, a través
de cuestionarios aplicados a la población. Los resultados mostraron que, aunque Passo Fundo tiene buenos
resultados en relación con las redes de suministro de agua, la red eléctrica y el servicio de recolección de
basura doméstica, la red de carreteras, incluidas las calles y las aceras y la red de recolección de aguas
residuales, presentan resultados que no son tan satisfactorio, tanto desde el punto de vista del nivel de
cobertura de estas redes como de la percepción popular. Los resultados de la investigación demuestran la
posibilidad de identificar estos posibles problemas y, por lo tanto, facilitar la definición de estrategias,
capaces de atribuir mejoras futuras a las redes de infraestructura urbana.
PALABRAS-CLAVE: espacio urbano. ciudad media. redes de infraestructura. calidad de servicio.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


INTRODUÇÃO

O espaço urbano constitui-se no conjunto de diferentes usos. Tais usos definem áreas, como o
centro da cidade, locais de concentração de atividades comerciais, serviços e de gestão, áreas
industriais, residenciais, de lazer e as destinadas para futuras expansões habitacionais. Este
complexo conjunto de usos da terra é, em realidade, a organização espacial da cidade ou,
simplesmente, “o espaço urbano, que aparece assim como espaço fragmentado” (CORRÊA,
1989, p. 7). Estabelecer um ambiente urbano inclui a formação e gestão das cidades, instalações
municipais, como também suas infraestruturas urbanas para atendimento da sociedade
(DANILINA; CHEBOTAREV, 2017).

Entretanto, quando a população não possui acesso a alguns desses elementos em sua
totalidade, a dinâmica urbana e social é prejudicada, comprometendo a qualidade de vida da
população (MARICATO, 2011; CASTELLO, 2013; GEHL, 2014; MASCARÓ; 2016). Essas
problemáticas ocorrem principalmente pelo crescimento urbano acelerado, com altos índices
de densidade populacional nas cidades, em espaços com insuficiência de infraestruturas e falta
de acesso a serviços de uso público e privado (VILLAÇA, 2001; MARICATO, 2011, MASCARÓ,
2016). O que demonstra a importância do poder público no atendimento das redes de
infraestruturas para o atendimento das necessidades populacionais ao englobar aspectos
econômicos, ambientais e sociais (CLEZAR JUNIOR, 2006).

Segundo Mascaró (2016), a infraestrutura urbana se diferencia em quatro sistemas: viário (rede
viária e de drenagem pluvial); sanitário (rede de abastecimento de água e de esgoto sanitário);
energético (rede de energia e de gás) e de comunicações (rede de telefone e de televisão a
cabo). O Brasil necessita aumentar suas redes de infraestrutura, no sentido que as áreas
periféricas se expandiram nos últimos anos. Por outro lado, a utilização inadequada das
informações, juntamente com a sua pouca aplicabilidade, a falta de investimentos e/ou serviços
de má qualidade, resultam em (re)trabalhos na construção dessas redes, além de pouca
visibilidade aos locais das cidades que, realmente, merecem mais atenção (MARICATO, 2011).

As condições de saneamento básico compõem fatores importantes para o desencadeamento de


doenças, onde a falta de serviços sanitários ocasiona o surgimento de áreas insalubres, mais
suscetíveis a patologias, como também a falta de qualidade da água, destino inadequado do lixo
e a insalubre deposição de dejetos e ambientes poluídos que influem nesse quesito (JOHANSEN,
CARMO, 2012).

Com base no panorama apresentado, chegou-se à seguinte inquietação de pesquisa: não basta
somente garantir o acesso à população às redes de infraestrutura e serviços urbanos, mas é
preciso promover a qualidade nas redes de infraestrutura fornecidas aos usuários (CLEZAR
JUNIOR, 2006; KHATRI; VAIRAVAMOORTHY; AKINYEMI, 2011; DANILINA; CHEBOTAREV, 2017).
O presente artigo tem como objetivo geral compreender a situação atual do acesso à
infraestrutura urbana em domicílios na cidade de Passo Fundo/RS-Brasil. Especificamente,
gerou-se um índice capaz de avaliar a infraestrutura de modo quantitativo, e obteve-se
levantamentos sobre a qualidade da mesma com base na percepção popular. A importância da
pesquisa descrita, engloba o enfoque às redes de infraestrutura levando em consideração o
ponto de vista da população para a obtenção de dados, a fim de verificar a realidade local, e
servir como subsídio para futuras análises e possíveis apontamentos que possam auxiliar a
criação de políticas públicas para a mitigação dos problemas relacionados a manutenção e falta
de atendimento das redes de infraestrutura urbana.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A cidade de Passo Fundo (Figura 1), localizada no estado do Rio Grande do Sul-Brasil, é
considerada uma cidade média, com densidade demográfica de 232,92 hab/km², considerando
780,603 km² de área territorial e uma população estimada de 203.257 habitantes em 2019
(FERRETO, 2012; IBGE, 2018). A cidade destaca-se pelos seus serviços oferecidos de saúde,
educação em nível superior e comércio diversificado, com uma população de 2 milhões de
habitantes atendida pelos serviços de Passo Fundo (FERRETO, 2012). Encontra-se subdividida
em 22 setores (Figura 2).

Figura 1: Localização de Passo Fundo/RS, diante o território nacional. Fonte: Banco de dados do IBGE (2020).

Figura 2: Mapa setores Passo Fundo. Fonte: Adaptado da base de dados da Prefeitura de Passo Fundo (2020).

A pesquisa assume o caráter de análise quantitativa, por possuir estudos que englobam coletas
de dados sólidos e mensuráveis, e por considerar a percepção popular como parte da dinâmica
social e urbana, e compreender assim, sua relação com os objetos em estudo, ou seja,
levantamentos qualitativos, analisados de forma quantitativa (GIL, 2008).

Foram utilizados como parâmetro inicial os métodos de Clezar Junior (2006) e de Khatri,
Vairavamoorthy e Akinyemi (2011), os quais apontam variáveis para avaliar a infraestrutura
urbana. Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011) descrevem os indicadores em duas
dimensões: a primeira dimensão tem relação às redes de infraestrutura e serviços urbanos de
acordo com seu desempenho, o qual se apresenta no âmbito de cobertura e entrega dessas
redes e serviços para os domicílios. A segunda refere-se à qualidade desses serviços, onde os
autores não descrevem indicadores e, deste modo, entende-se que a qualidade do serviço pode
ser analisada por meio da percepção popular (KHATRI; VAIRAVAMOORTHY; AKINYEMI, 2011;
DANILINA; CHEBOTAREV, 2017). Através da articulação entre essas duas dimensões de
indicadores, é possível compreender melhor a efetividade do sistema (KHATRI;
VAIRAVAMOORTHY; AKINYEMI, 2011).

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Após, determinou-se 11 variáveis referentes aos sistemas de infraestrutura e de serviços
urbanos. A análise foi realizada através das seguintes variáveis: rede de abastecimento de água
(número de domicílios abastecidos pela rede geral; por poço ou nascente; outra fonte); a rede
de esgoto sanitário (número de domicílios com a coleta atendida pela rede geral; por fossa
séptica/sumidouro; por outro tipo de esgotamento); a rede de energia elétrica (domicílios
ligados); a coleta de lixo doméstico (número de domicílios com a coleta atendida pelo poder
público; lixo enterrado/queimado; outro tipo de descarte); e por fim, a urbanização das vias
públicas (domicílios urbanos em face de quadra com boca de lobo, pavimentação, meio-fio e
calçada). Posteriormente, foi atribuído um peso para cada variável, que varia entre zero (0) e
um (1), de modo a considerar o seu nível de importância para o conjunto urbano. Cada
infraestrutura possui uma equação que quando multiplicada pelo valor da variável obtém o
resultado necessário para o cálculo final do índice de infraestrutura. O cálculo leva em
consideração a razão entre o número de domicílios atendidos pela rede/serviço número total
de domicílios particulares permanentes (TD) (Tabela 1) (CLEZAR JUNIOR, 2006).

Variável Peso Equação


Abastecimento de Água (AA)
Domicílios atendidos pela rede 1
de abastecimento de água (Aa1)
Domicílios com água de poço ou 0,50 𝐴𝐴 = (𝐴𝑎1 ∗ 1,00) + (𝐴𝑎2 ∗ 0,50) + (𝐴𝑎3 ∗ 0,10)
nascente (Aa2) 𝑇𝐷
Domicílios com outro tipo de 0,10
abastecimento (Aa3)
Esgoto Sanitário (ES)
Domicílios ligados a rede 1
coletora de esgoto sanitário
(Es1)
Domicílios ligados a fossa 0,20 𝐸𝑆 = (𝐸𝑠1 ∗ 1,00) + (𝐸𝑠2 ∗ 0,20) + (𝐸𝑠3 ∗ 0,05)
séptica/sumidouro (Es2) 𝑇𝐷
Domicílios ligados a fossa 0,05
rudimentar ou outro tipo (Es3)
Rede Elétrica (RE)
Domicílios atendidos pela rede 1 𝑅𝐸 = 𝑅𝑒 ∗ 1,00
de energia elétrica (Re) 𝑇𝐷
Coleta de Lixo Doméstico (CLD)
Domicílios atendidos pelo 1
serviço de coleta de lixo
doméstico (Cld1)
Domicílios com lixo enterrado 0,20 𝐶𝐿𝐷 = (𝐶𝑙𝑑1 ∗ 1,00) + (𝐶𝑙𝑑2 ∗ 0,20) + (𝐶𝑙𝑑3 ∗ 0,05)
ou queimado (Cld2) 𝑇𝐷
Domicílios com lixo descartado 0,05
por outro destino (Cld3)
Urbanização de vias públicas (UVP)
Domicílios em face de quadra 1
com boca de lobo, 𝑈𝑉𝑃 = 𝑈𝑣𝑝 ∗ 1,00
pavimentação, meio fio e 𝑇𝐷
calçada (Uvp)
Tabela 1: Representação das variáveis em relação ao peso. Fonte: Adaptado do método de Clezar Júnior (2006).

Os resultados obtidos referente à cada equação de infraestrutura (Tabela 01), foram aplicados
na Equação 1, objetivando-se assim, mensurar o índice de infraestrutura urbana final. O índice

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


também varia entre zero (0) e um (1), considerando o mesmo peso de 0,20 para cada variável
final, por entender que somente o conjunto urbano como um todo pode ser capaz de suprir as
necessidades urbanas. Deste modo, quanto mais próximo de 1, mais provida de infraestrutura
urbana está a cidade.

𝐼𝑁𝐹𝑅𝐴 = 0,20 ∗ 𝐴𝐴 + 0,20 ∗ 𝐸𝑆 + 0,20 ∗ 𝑅𝐸 + 0,20 ∗ 𝐶𝐿𝐷 + 0,20 ∗ 𝑈𝑉𝑃


Equação 1: Cálculo do índice de avaliação das redes de infraestrutura urbana de Passo Fundo/RS. Fonte: Adaptado dos métodos
de Clezar Júnior (2006).

Na sequência, realizou-se a determinação do grupo de variáveis a nível qualitativo. Neste modo,


foi medido a satisfação da população local, por meio da aplicação de questionários, relacionados
às redes de infraestrutura que abastecem os domicílios. A aplicação dos questionários foi
realizada parcialmente de método online, em virtude da pandemia Covid-19, onde foi
determinado isolamento social em nível nacional para os brasileiros, seguindo as
recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Sendo assim, foi contabilizado 55
questionários pelo método físico, e 54 pelo método online, optando pela continuidade da
pesquisa.

Segundo Gil (2008, p. 121), os questionários consistem-se na ‘‘técnica de investigação composta


por um conjunto de questões que são submetidas aos entrevistados com propósito de obter
informações’’. Posto isso, sua aplicabilidade permite a obtenção de dados de forma eficiente, e
consegue assim, transformar variáveis qualitativas (a percepção da população) em variáveis
quantitativas (dados estatísticos/gráficos), como também permitir verificar a realidade sem a
interferência ou ‘‘subjetivismo dos pesquisadores’’ (Gil, 2008, p. 56).

Os questionários aplicados foram constituídos de perguntas que englobam a percepção dos


entrevistados em relação às redes de infraestrutura que atendem o domicílio, considerando
como base as variáveis apresentadas por Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011) para
verificação da satisfação da população. De acordo com as respostas das entrevistas, obteve-se
a classificação das variáveis individualmente, à nível “Péssimo/Ruim/Regular/Bom ou Ótimo”, e
logo após apontarem problemáticas acerca da infraestrutura analisada. Também foi requisitado
que os entrevistados colocassem o bairro onde moram, a fim de compreender a realidade
urbana à nível local. A divisão feita para facilitar a análise dos resultados foi por meio do
zoneamento urbano dos 22 setores censitários de Passo Fundo/RS.

Considerou-se para essa etapa um cálculo amostral de 90%, com erro amostral de 8%,
englobando toda a população de Passo Fundo, resultando 109 questionários. O número de
questionários aplicados em cada setor teve como base o número de moradores dos mesmos. A
Tabela 2 consiste na representação do número de questionários aplicados em cada setor. Cabe
ressaltar que dentro de cada setor podem ser obtidas realidades divergentes, por questões que
interpassam não somente pelo espaço urbano, mas pela percepção individual de cada pessoa.

Setores População Total questionários aplicados


(%)
1 (Centro) 14,1 15
2 (Boqueirão) 10,9 12
3 (Vera Cruz) 11 12
4 (Petrópolis) 6,7 7
5 (São Luiz Gonzaga) 6 6
6 (Vila Cruzeiro) 1,4 2
7 (Lucas Araújo) 4,8 5

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


8 (Santa Marta) 3 3
9 (Integração) 4,4 5
10 (Vila Vitor Issler) 2,1 2
11 (São José) 4,6 5
12 (São Cristóvão) 6,2 7
13 (Roselândia) 0,8 1
14 (Vila Mattos) 0,8 1
15 (Annes) 3,3 4
16 (Zacchia) 1,9 2
17 (Valinhos) 2,3 2
18 (Vila Luiza) 4,4 5
19 (Vila Rodrigues) 2,9 3
20 (Vila Santa Maria) 2,5 3
21 (Planaltina) 3,6 4
22 (Nenê Graeff)) 2,4 3
Tabela 2: Relação setores e total de questionários aplicados. Fonte: Adaptado do método de Khatri, Vairavamoorthy e
Akinyemi (2011).

ANÁLISES E RESULTADOS

Os resultados obtidos referentes às duas análises levaram em consideração a relação com os


dados do censo censitário do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), para construir as
variáveis a serem analisadas. Foram considerados os dados do ano de 2010, por ser o último
censo. A Tabela 3 demonstra os resultados obtidos mediante o levantamento de dados.

Variável Dado Resultado Equação


Obtido
Abastecimento de Água (AA)
Domicílios atendidos 58.571
pela rede de
abastecimento de água 𝐴𝐴 = (58571 ∗ 1,00) + (2990 ∗ 0,50) + (183 ∗ 0,10)
(Aa1) 61744
Domicílios com água de 2.990
poço ou nascente (Aa2) 𝑨𝑨 = 𝟎, 𝟗𝟕𝟑
Domicílios com outro 183
tipo de abastecimento
(Aa3)
Esgoto Sanitário (ES)
Domicílios ligados a rede 24.966
coletora de esgoto
sanitário (Es1)
Domicílios ligados a 11.306 𝐸𝑆 = (24.966 ∗ 1,00) + (11306 ∗ 0,20) + (26197 ∗ 0,05)
fossa séptica/sumidouro 61744
(Es2)
Domicílios ligados a 26.197 𝑬𝑺 = 𝟎, 𝟒𝟔𝟐
fossa rudimentar ou
outro tipo (Es3)
Rede Elétrica (RE)
Domicílios atendidos 61.609 𝑅𝐸 = 61609 ∗ 1,00
pela rede de energia 61744
elétrica (Re)
𝑹𝑬 = 𝟎, 𝟗𝟗𝟖

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Coleta de Lixo Doméstico (CLD)
Domicílios atendidos 61.065
pelo serviço de coleta de
lixo doméstico (Cld1)
Domicílios com lixo 547 𝐶𝐿𝐷 = (61065 ∗ 1,00) + (547 ∗ 0,20) + (132 ∗ 0,05)
enterrado ou queimado 61744
(Cld2)
Domicílios com lixo 132 𝑪𝑳𝑫 = 𝟎, 𝟗𝟗𝟎
descartado por outro
destino (Cld3)
Urbanização de vias públicas (UVP)
Domicílios em face de 28.526
quadra com boca de 𝑈𝑉𝑃 = 28526 ∗ 1,00
lobo, pavimentação, 61744
meio fio e calçada (Uvp)
𝑼𝑽𝑷 = 𝟎, 𝟒𝟔𝟐
Tabela 3: Variáveis e resultados obtidos. Fonte: Adaptado do método de Clezar Júnior (2006).

Diante dos resultados das variáveis foi possível analisar separadamente cada infraestrutura de
Passo Fundo/RS. Ao apresentar valores satisfatórios na rede de abastecimento de água, na rede
elétrica e no serviço de coleta de lixo doméstico, demonstrou índices que se aproximaram do
valor máximo, um (1). Entretanto, a rede de esgoto sanitário e a urbanização das vias públicas
apresentaram o mesmo índice, 0,462, de modo que se caracterizam como as maiores
fragilidades urbanas nesses dois aspectos. Para a análise geral, os dados foram aplicados na
equação 2, gerando um índice de 0,777, onde demonstra que, de modo quantitativo como um
todo, a infraestrutura urbana de Passo Fundo encontra-se em um patamar considerado bom,
por estar relativamente próxima a um (1) (CLEZAR JUNIOR, 2006; KHATRI; VAIRAVAMOORTHY;
AKINYEMI, 2011).

INFRA2010= 0,20*0,973 + 0,20*0,462 + 0,20*0,998 + 0,20*0,99 + 0,20*0,462


INFRA2010= 0,777
Equação 2: Resultado do cálculo do índice de avaliação das redes de infraestrutura urbana de Passo Fundo/RS. Fonte: Adaptado
dos métodos de Clezar Júnior (2006).

Os questionários respondidos identificaram a análise da percepção sobre a infraestrutura atual


da cidade de Passo Fundo, tanto na esfera à nível local, quanto à nível global. De primeiro
momento procurou-se compreender o perfil dos participantes que responderam à pesquisa. Em
relação ao gênero, 57,8% foram respostas do público feminino. No que diz respeito à faixa
etária, apresentou-se maior porcentagem dos 21 aos 30 anos, o que sugere maior facilidade e
fácil acesso às comunicações e tecnologias, como parte dos questionários foram realizados de
modo online. Por último, levou-se em consideração a renda familiar mensal (Figura 3).

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Figura 3: Resultados obtidos referente à renda mensal familiar. Fonte: População entrevistada (2020).

Ao analisar os resultados obtidos referente ao esgotamento sanitário, pode-se observar que


essa é a infraestrutura que apresenta grandes problemas a serem resolvidos, em consequência
de que nem toda população possui acesso à rede de esgoto em seu domicílio, e ainda, quem a
possui não a apresenta em nível totalmente adequado, visto que há problemas recorrentes
enfrentados, principalmente má odor, problema relatado por 49,5% dos respondentes (Figura
4 e 5). Ressalta-se que, mesmo em locais que não possuem rede de esgoto sanitário, os
respondentes não marcaram como opção ‘’não há rede de esgoto’’, o que pode ser entendido
por dois motivos, ou o desconhecimento da falta da rede, ou a alternativa de esgotamento
sanitário existente no local ser satisfatória, a ponto disso não tornar-se uma problemática. Nesta
relação, Hoseingholi, Moeini e Zare (2019), afirmam que a rede de esgoto sanitário, ao atender
as necessidades populacionais, possibilita a melhorias atribuídas nos índices de saúde da
população.

Considerando a rede que coleta o esgoto sanitário


da sua residência, como você a classificaria?
Ótima Péssima
16% 7% Ruim
13%

Regular
Boa 25%
39%

Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 4 e 5: Resultados obtidos referente ao esgotamento sanitário. Fonte: Respostas atribuídas pela população
entrevistada (2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

De modo geral, a rede de abastecimento de água foi medida com uma maior porcentagem
positiva do que negativa, entretanto, foi relato a falta frequente de água (11,9% dos

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


respondentes) e a má qualidade da água (37,6%), geralmente associada a odores, não sendo
possível sua ingestão sem ser filtrada, o que demonstra que mesmo sendo uma rede que cobre
boa parte da cidade, muitos respondentes afirmam não estar em um nível satisfatório (Figura
6).

Considerando a rede de abastecimento de água que


abastece sua residência, como você a classificaria?
Ótima Péssima
16% 5% Ruim
8%

Regular
24%

Boa
47%
Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 6: Resultados obtidos referente ao abastecimento de água. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada
(2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

A rede de abastecimento elétrico foi a que maior obteve índice positivo em relação às demais
infraestruturas analisadas. Porém, ainda foram atribuídos pelos entrevistados, problemas que
envolviam quedas de energia nas residências (24,1%) (Figura 7).

Considerando a rede elétrica que abastece


sua residência, como você a classificaria?
Ruim
Regular
3%
11%
Ótima
33%

Boa
53%
Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 7: Resultados obtidos referente à rede elétrica. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada (2020),
aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

O serviço de coleta de lixo obteve resultado regular, uma vez que, em diferentes setores
possuem diferentes dias para a coleta semanal, sendo assim, 20,2% dos respondentes
consideram poucos dias de coleta, ademais, muitos locais não possuem um lugar adequado para
o lixo ser depositado e posteriormente recolhido (53,2% dos respondentes), o que acarreta
muitas vezes em resíduos jogados ao chão, e consequentemente má odor, entre outros
problemas (Figura 8). Ainda foi relatado problemas pontuais, como a não separação entre
orgânico/reciclado por parte dos entrevistados.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Considerando o serviço de coleta de lixo que passa
perto da sua residência, como você o classificaria?
Ótimo Péssimo
Ruim
6% 2%
13%

Bom
42%
Regular
37%

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo

Figura 8: Resultados obtidos referente à coleta de lixo. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada (2020),
aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

Em relação ao sistema viário, mais especificamente as vias e passeios da cidade, ainda há muitos
problemas a serem regularizados. Em sua maioria, as ruas apresentam-se sem ou com
sinalização insuficiente (51,4% dos respondentes) o que as tornam bastante perigosas ao
pedestre. Além disso, deve-se atentar à sua manutenção, uma vez que foram apresentados
problemas como buracos nas vias (54,1% dos respondentes), recapeamento sem qualidade,
entre outros, os quais podem ocasionar acidentes, além de ser relatados problemas de
drenagem urbana, pelo entupimento das bocas de lobo que integram a rede de drenagem
pluvial (18,3% dos respondentes) (Figura 9).

Considerando a qualidade das ruas próximas de sua


residência, como você as classificaria?
ÓtimasPéssimas
5% 5%
Boas
19%
Ruins
28%

Regulares
43%
Péssimas Ruins Regulares Boas Ótimas

Figura 9: Resultados obtidos referente ao sistema viário. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada (2020),
aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

No que diz respeito às calçadas, a maior parte aponta piso irregular (66,7% dos respondentes),
com falta de acessibilidade (62% dos respondentes) e/ou espaço estreito para a passagem, ou
até a inexistência de calçadas, dados que refletem na classificação, sendo que 21,1% dos
respondentes classificaram as calçadas como péssimas, o que apresentou maior preocupação
entre as variáveis (Figura 10).

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Considerando a qualidade das calçadas próximas de
sua residência, como você as classificaria?
Ótimas
Boas 2% Péssimas
14% 21%

Ruins
20%
Regulares
43%

Péssimas Ruins Regulares Boas Ótimas

Figura 10: Resultados obtidos referente ao sistema viário. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada (2020),
aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

Os resultados qualitativos à nível local, onde foram analisadas as infraestruturas isoladamente


em cada um dos 22 setores da cidade. Nisto, a rede coletora de esgoto sanitário apresenta
problemas na grande maioria dos setores (Figura 11), desde as áreas centrais até os bairros mais
periféricos. É possível verificar que os setores 3 (Vera Cruz), 5 (São Luiz Gonzaga), 13
(Roselândia), 16 (Zacchia), 17 (Valinhos), 21 (Planaltina) e 22 (Nenê Graeff), foram os que mais
apontaram problemas, visto que ainda existem locais sem acesso à rede de esgoto e, deste
modo, os seus moradores utilizam fossa e sumidouro nos domicílios, ou outros métodos
alternativos, sem estarem ligados à coletora.

Classificação Rede de Esgoto Sanitário


8
Número de respostas

6
4
2
0

Setores de Passo Fundo -- RS/Brasil

Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 11: Resultados obtidos referente à rede de esgoto, à nível local. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada
(2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

Conforme a Figura 12, analisou-se que os 22 setores da cidade em relação a rede de


abastecimento de água. Proporcionalmente, os setores 5 (São Luiz Gonzaga), 9 (Integração), 10
(Vila Vitor Issler), 16 (Zacchia) e 17 (Valinhos) apresentaram piores classificações da rede,
relatado pela constante falta de abastecimento de água nesses locais.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Classificação da Rede de Abastecimento de Água
10
Número de Respostas

8
6
4
2
0

Setor 8
Setor 1
Setor 2
Setor 3
Setor 4
Setor 5
Setor 6
Setor 7

Setor 9
Setor 10
Setor 11
Setor 12
Setor 13
Setor 14
Setor 15
Setor 16
Setor 17
Setor 18
Setor 19
Setor 20
Setor 21
Setor 22
Setores de Passo Fundo-RS/Brasil

Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 12: Resultados obtidos referente à rede de abastecimento de água, à nível local. Fonte: Respostas atribuídas pela
população entrevistada (2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

Como descrito anteriormente, a rede elétrica apresenta-se como a infraestrutura atual de maior
qualidade em comparação com as demais. Na análise à nível local, pode-se observar que os 22
setores da cidade são abastecidos pela rede, e na maioria dos casos o nível de satisfação é
positivo, onde vária de ótimo à bom. Os setores 1 (Centro), 11 (São José) e 18 (Vila Luiza),
apontaram quedas de energias em casos específicos, mas não recorrentes (Figura 13).

Classificação da Rede Elétrica


12
Número de respostas

10
8
6
4
2
0

Setores de Passo Fundo-RS/Brasil

Péssima Ruim Regular Boa Ótima

Figura 13: Resultados obtidos referente à rede elétrica, à nível local. Fonte: Respostas atribuídas pela população entrevistada
(2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

A Figura 14, refere-se à coleta de lixo, onde observou-se que todos os setores possuem serviço
de coleta doméstica. Proporcionalmente, os setores mais afastados do centro, como os setores
5 (São Luiz Gonzaga), 6 (Vila Cruzeiro), 10 (Vila Vitor Issler), 14 (Vila Mattos) e 16 (Zacchia) foram
os que tiveram maior nível negativos de satisfação, apesar de os setor mais centrais 1 (Centro)
e 2 (Boqueirão) também descreverem o serviço com a classificação mais ‘’regular’’ do que
‘’boa’’.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Classificação do Serviço de Coleta de Lixo Doméstico
12
Número de respostas

10
8
6
4
2
0

Setores de Passo Fundo-RS/Brasil


Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo

Figura 14: Resultados obtidos referente à coleta de lixo doméstica, à nível local. Fonte: Respostas atribuídas pela população
entrevistada (2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

Na rede viária, todos os setores apresentam melhores índices nas ruas em relação as calçadas
(Figura 15 e 16), todavia, o nível de satisfação não é positivo em nenhum dos itens. Tanto nas
áreas mais centrais, quanto nas periféricas, é possível analisar que tanto as ruas quanto as
calçadas se encontram em má estado de conservação, e nos setores 5 (São Luiz Gonzaga), 10
(Vila Vitor Issler), 13 (Roselândia), 17 (Valinhos) e 18 (Vila Luiza), por exemplo, ainda há locais
sem calçamento.

Classificação das Ruas


8
Número de respostas

6
4
2
0

Setores de Passo Fundo-RS/Brasil

Péssimas Ruins Regulares Boas Ótimas

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


Classificação das Calçadas
7
Número de respostas

6
5
4
3
2
1
0

Setores de Passo Fundo-RS/Brasil


Péssimas Ruins Regulares Boas Ótimas

Figuras 15 e 16: Resultados obtidos referente ao sistema viário, à nível local. Fonte: Respostas atribuídas pela população
entrevistada (2020), aplicadas ao método de Khatri, Vairavamoorthy e Akinyemi (2011).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A organização do espaço urbano de uma cidade depende de estudos e de serviços que tenham
por finalidade proteger o meio ambiente e oferecer qualidade de vida para seus habitantes,
tarefa árdua para uma população que está em constante crescimento. Nesse sentido, o ordenar
do território envolve ações teóricas e práticas. De um lado temos os estudos, pareceres técnicos,
relatórios e documentos que organizam uma certa região, ou seja, a parte teórica. Por outro
lado, temos os interesses políticos, os interesses capitalistas e as necessidades da população, a
parte prática.

No presente trabalho procurou-se articular ambos os lados num estudo em cidade média.
Através da pesquisa realizada, gerou-se um índice capaz de avaliar a infraestrutura da cidade de
modo quantitativo, e obteve-se levantamentos qualitativos com base no discernimento popular.
Os resultados de fato coincidiram nas duas formas de análise, de modo a demonstrar que,
apesar de Passo Fundo/RS possuir bons resultados em relação às redes de abastecimento de
água, rede elérica e serviço de coleta de lixo doméstico, a rede viária e a rede coletora de esgoto
sanitário, apresentam resultados não tão satisfatórios, do ponto de vista do nível de cobertura
dessas redes, como também pela percepção de seus usuários.

De acordo com a estrutura metodológica, obteve-se a análise da situação atual de cada rede de
infraestrutura, tanto de forma isolada nos 22 setores da cidade, bem como sua situação em
relação à macro-escala. Foi possível identificar em quais pontos existem as maiores carências e
fragilidades no serviço de infraestrutura oferecido, além de demonstrar que, mesmo nos locais
que a infraestrutura existe, ainda há muito a regularizar. Diante disso, a pesquisa mostra neste
cenário sua importância ao permitir aos tomadores de decisões identificar aonde estão
ocorrendo as principais problemáticas, a fim de definir estratégias e ações de planejamento
urbano eficientes à cidade, bem como aos locais que realmente carecem de mais atenção. Para
finalizar, a pesquisa serve como subsídio para a elaboração de futuras políticas públicas, capazes
de atribuir melhorias nas redes de infraestrutura para atendimento público.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo


REFERÊNCIAS

CASTELLO, Lineu. Redesenhando Brownfields em Porto Alegre. In: DEL RIO, Vicente; SIEMBIEDA, William
(Org.). Desenho Urbano Contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro: Ltc, 2013. Cap. 8. p. 159-170.

CLEZAR JUNIOR, Breno. O Perfil da Infra-estrutura Urbana das cidades do Litoral Norte do Rio Grande
do Sul. 2006. 140 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-
graduação em Planejamento Urbano e Regional Propur, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2006.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989.

DANILINA, Elena Ivanovna; CHEBOTAREV, Vladimir Evgenevich. Comprehensive assessment of road and
communal infrastructure as an important tool for sustainable development of the urban
economy. Theoretical And Empirical Researches In Urban Management, Moscow, v. 12, n. 4, p. 33-51,
nov. 2017.

FERRETO, Diego. Passo Fundo: Estruturação Urbana de uma cidade Média Gaúcha. 2012. 176 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. 262 p. Tradução Anita Di Marco.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220 p.

IBGE, Cidades. Passo Fundo, Rio Grande do Sul. 2018. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/passo-fundo/panorama>. Acesso em: 20 abril. 2020.

IBGE, Cidades. Passo Fundo, Características da População e dos Domicílios. 2010. Disponível em: <
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/passo-fundo/pesquisa/23/24304?detalhes=true>. Acesso em: 12
abril. 2020.

JOHANSEN, Igor Cavallini; CARMO, Roberto Luiz do. Dengue e falta de infraestrutura urbana na Amazônia
brasileira: o caso de Altamira (PA). Novos Cadernos Naea, v. 15, n. 1, 30 ago. 2012. Núcleo de Altos
Estudos Amazônicos.

HOSEINGHOLI, P.; MOEINI, R.; ZARE, M. R.. Number of Blockage Prediction for Sanitary Sewer Networks
(Case Study: Isfahan Region 2). Jouranl of Water and Wastewater, v. 31, n. 1, p. 1-13, set. 2019.

KHATRI, Krishna B.; VAIRAVAMOORTHY, Kalanithy; AKINYEMI, Edward. Framework for Computing a
Performance Index for Urban Infrastructure Systems Using a Fuzzy Set Approach. Journal Of
Infrastructure Systems, [s.l.], v. 17, n. 4, p. 163-175, dez. 2011. American Society of Civil Engineers (ASCE).
http://dx.doi.org/10.1061/(asce)is.1943-555x.0000062.

MARICATO, Erminia. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

MASCARÓ, Juan Luis (Org.). INFRAESTRUTURA URBANA para o século XXI. Porto Alegre: Masquatro,
2016. 206 p.

VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. 2. ed. São Paulo: Estudio Nobel, FAPESP, 2001.

AGRADECIMENTOS

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal


de Nível Superior - Brasil (CAPES) e da Faculdade Meridional – IMED.

Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo

Você também pode gostar