O poema narra a história da nau Catrineta e sua tripulação que passava fome no mar após mais de um ano de viagem. Quando estavam prestes a matar o capitão para comerem, o marujo avistou terra portuguesa e as esperanças de sobrevivência foram renovadas. No entanto, o demônio tentou enganar o capitão oferecendo riquezas em troca de sua alma, mas ele se recusou e foi salvo por um anjo.
O poema narra a história da nau Catrineta e sua tripulação que passava fome no mar após mais de um ano de viagem. Quando estavam prestes a matar o capitão para comerem, o marujo avistou terra portuguesa e as esperanças de sobrevivência foram renovadas. No entanto, o demônio tentou enganar o capitão oferecendo riquezas em troca de sua alma, mas ele se recusou e foi salvo por um anjo.
O poema narra a história da nau Catrineta e sua tripulação que passava fome no mar após mais de um ano de viagem. Quando estavam prestes a matar o capitão para comerem, o marujo avistou terra portuguesa e as esperanças de sobrevivência foram renovadas. No entanto, o demônio tentou enganar o capitão oferecendo riquezas em troca de sua alma, mas ele se recusou e foi salvo por um anjo.
padeiras a padejar, e vejo muitos açougues, Lá vem a Nau Catrineta, carniceiros a matar. que tem muito que contar! Também vejo três meninas, Ouvide, agora, senhores, debaixo de um laranjal. Uma história de pasmar. Uma sentada a coser, outra na roca a fiar, Passava mais de ano e dia, A mais formosa de todas, que iam na volta do mar, está no meio a chorar." Já não tinham que comer, nem tão pouco que manjar. - "Todas três são minhas filhas, Já mataram o seu galo, Oh! quem mas dera abraçar! que tinham para cantar; A mais formosa de todas Já mataram o seu cão, Contigo a hei-de casar" que tinham para ladrar; - "A vossa filha não quero, Já não tinham que comer, Que vos custou a criar. nem tão pouco que manjar. Que eu tenho mulher em França, Deitaram sola de molho, filhinhos de sustentar." para o outro dia jantar; - "Dou-te o meu cavalo branco, Mas a sola era tão rija, Que nunca houve outro igual." que a não puderam tragar. - "Guardai o vosso cavalo, Deitaram sortes ao fundo, Que vos custou a ensinar." qual se havia de matar: - "Dar-te-ei tanto dinheiro Logo a sorte foi cair Que o não possas contar" no capitão general. - "Não quero o vosso dinheiro Pois vos custou a ganhar. - "Sobe, sobe, marujinho, -"Dar-te-ei a nau Catrineta, àquele mastro real, Para nela navegar." vê se vês terras de Espanha, -Não quero a nau Catrineta, ou praias de Portugal." Que a não sei governar. - "Não vejo terras de Espanha, -"Que queres tu, meu gajeiro, nem praias de Portugal. Que alvíssaras te hei-de dar?" Vejo sete espadas nuas, -Capitão, quero a tua alma que estão para te matar." Para comigo a levar. - "Acima, acima, gajeiro, -"Renego a ti, demónio, acima ao tope real! Que me estavas a atentar! Olha se vês minhas terras, A minha alma é só de Deus; ou reinos de Portugal." O corpo dou eu ao mar." - "Alvíssaras, senhor alvissaras, meu capitão general! Tomou-o um anjo nos braços, Que eu já vejo tuas terras, Não no deixou afogar. e reinos de Portugal. Deu um estouro o demónio, Se não nos faltar o vento, Acalmaram vento e mar; a terra iremos jantar. E à noite a nau Catrineta Lá vejo muitas ribeiras, Estava em terra a varar. lavadeiras a lavar;