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Conto Contigo 8 Teste de Compreensão e Expressão Oral 6

TESTE 6
Nome: _______________________________________________________ N.º ______ Turma ______

Data _____ / _____ / _____ Avaliação ____________________ Professor(a) ____________________

Lá vem a nau Catrineta Acima, acima gajeiro, – Dou-te o meu cavalo branco,
Que tem muito que contar! Acima ao tope real! Que nunca houve outro igual.
Ouvide, agora, senhores, Olha se enxergas Espanha,
Uma história de pasmar. Areias de Portugal “Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar”.
Passava mais de ano e dia “Alvíssaras, capitão,
Que iam na volta do mar Meu capitão general! – Dar-te-ei a nau Catrineta
Já não tinham que comer, Já vejo terra de Espanha, Para nela navegar.
Já não tinham que manjar. Areias de Portugal. "Não quero a nau Catrineta
Que a não sei governar".
Deitaram sola de molho Mais enxergo três meninas
Para o outro dia jantar; Debaixo de um laranjal: Que queres tu, meu gajeiro,
Mas a sola era tão rija Uma sentada a coser, Que alvíssaras te hei de dar?
Que a não puderam tragar.
Outra na roca a fiar, “Capitão, quero a tua alma
Deitaram sorte à ventura A mais formosa de todas Para comigo a levar”.
Qual se havia de matar; Está no meio a chorar”.
Logo foi cair a sorte Renego de ti, demónio,
No capitão general. – Todas três são minhas filhas, Que me estavas a atentar!
Oh! quem mas dera abraçar! A minha alma é só de Deus,
Sobe, sobe, marujinho, A mais formosa de todas O corpo dou eu ao mar.
Àquele mastro real, Contigo a hei de casar.
Vê se vês terras de Espanha, Tomou-o um anjo nos braços,
As praias de Portugal. “A vossa filha não quero, Não o deixou afogar.
Que vos custou a criar”. Deu um estouro o demónio,
“Não vejo terras de Espanha, Acalmaram vento e mar;
Nem praias de Portugal; – Dar-te-ei tanto dinheiro, E à noite a nau Catrineta
Vejo sete espadas nuas Que o não possas contar. Estava em terra a varar.
Que estão para te matar”.
“Não quero o vosso dinheiro,
Romanceiro, Almeida Garrett
pois vos custou a ganhar!

Ouve o poema lido pelo teu professor.


Conto Contigo 8 Teste de Compreensão e Expressão Oral 6

1. Assinala as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o poema.
□ a) Havia muita comida a bordo da nau Catrineta.
□ b) O capitão sorteou quem havia de morrer.
□ c) O capitão ordenou ao marujinho que subisse ao mastro.
□ d) O marujinho viu três meninas a brincar num laranjal.
□ e) As meninas eram filhas do marujinho.
□ f) O capitão ficou feliz com o que o marujinho viu.
□ g) O capitão prometeu ao gajeiro a filha mais formosa.
□ h) O gajeiro aceitou as propostas do capitão.
□ i) O capitão percebeu que o gajeiro era o demónio que o estava a tentar.
□ j) A nau Catrineta naufragou com a morte do capitão.

2. Depois de ler novamente o poema, tenta memorizá-lo.


Declamar este tipo de texto é um exercício articulatório e de respiração fundamental para uma
boa leitura. Os aspetos de articulação, entoação, pausas, ritmo, aproximação ou separação das
palavras, rima, e outros são importantes na produção oral.
Posteriormente, procede à declamação do poema.

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