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• STJ: “Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial,
ainda que haja posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada
como escuta telefônica e utilizada como prova em processo penal.” (STJ, HC
161.053/SP).
• Whatssap
“Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por
meio da extração de dados e de conversas registradas no Whatsapp
presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho
tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante.
Assim, é ilícita a devassa de dados, bem como das conversas de Whatsapp,
obtidos diretamente pela polícia em celular apreendido no flagrante, sem
prévia autorização judicial.”
(STJ 6ª Turma. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/4/2016
(Info 583).
• Modificação superveniente de competência
• Renovações sucessivas
São possíveis as renovações sucessivas da interceptação telefônica sem
que haja limite de vezes, desde que sejam indispensáveis para a
colheita de prova
• Artigo 6°: Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os
procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público,
que poderá acompanhar a sua realização.
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação
interceptada, será determinada a sua transcrição.
§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado
da interceptação ao juiz, acompanhado de auto circunstanciado, que
deverá conter o resumo das operações realizadas.
• O STJ já se pronunciou a respeito da necessidade da transcrição
integral da conversa interceptada (degravação). Para a corte, não é
razoável exigir a degravação integral das escutas telefônicas, “haja
vista o prazo de duração da interceptação e o tempo razoável para
dar-se início à instrução criminal, porquanto há diversos casos em
que, ante a complexidade dos fatos investigados, existem mais de mil
horas de gravações (HC 278.794)”.
2) Não cabe:
a) se não houver indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal;
b) a prova puder ser feita por outro meios;
c) o fato constituir no máximo pena de detenção.
3) Pode ser decretada de ofício pelo Juiz (no processo*), a requerimento do MP (no I.P e/ou Processo) e
4) Excepcionalmente o juiz pode admitir pedido verbal, mas sua concessão estará condicionada à redução
a termo;
5) Juiz terá o prazo máximo de 24 horas para decidir sob o deferimento ou não da interceptação;
6) Não poderá exceder o prazo de 15 dias, renovável por igual período, comprovada indispensabilidade da
prova (poderá ser renovada várias vezes, mas sempre de 15 em 15 dias. Esse prazo de 15 dias começa a
contar a partir do momento da primeira escuta e não da autorização judicial);
8) Gravação que não interessar para o processo, poderá ser inutilizada por decisão do Juiz, em qualquer
fase, inclusive após a sentença, diante do requerimento do MP ou da parte interessada;
9) É crime realizar interceptação sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei, ou
quebrar segredo de justiça (Reclusão de 2 a 4 anos e multa).
QUESTÕES DE PROVAS
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal
( ) Não há distinção entre a interceptação das comunicações telefônicas e a quebra de sigilo de dados
telefônicos, uma vez que a última (quebra de sigilo de dados telefônicos) diz respeito a algo que está
acontecendo.
( ) A quebra do sigilo dos dados telefônicos, contendo os dias, os horários, a duração e os números das linhas
chamadas e recebidas se submete à Lei nº 9.296/1996, referente às interceptações telefônicas.
( ) Ainda que se trate de e-mail corporativo, compreendido como forma de comunicação eletrônica disponibilizada ao
empregado para fins estritamente profissionais, o empregador não pode monitorar e rastrear a atividade do empregado no
âmbito de trabalho, sendo, por esse motivo, considerada ilícita a prova obtida.
( ) A escuta telefônica consiste na captação da comunicação telefônica por terceiro com o conhecimento de um dos
comunicadores e desconhecimento do outro. Já a escuta ambiental caracteriza-se pela captação de uma comunicação no
ambiente dela, feita por terceiro, com o consentimento de um dos comunicadores.