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Equilíbrio:
P*
=
5;
Q*
=
500.
Nesse
ponto,
a
quantidade
demandada
pelos
consumidores
(500)
é
exatamente
igual
à
quantidade
que
os
produtores
estão
interessados
em
produzir.
Economia
dos
Recursos
Hídricos
Prof.
Dr.
Guilherme
Fernandes
Marques
Suponha
agora
que
ocorreu
uma
mudança
na
demanda.
A
demanda
aumentou
em
450
unidades.
Essa
mudança
se
reflete
na
nova
função:
QD’
=
1450
–
100P
Como
podemos
perceber
na
nova
curva,
para
cada
preço,
450
unidades
a
mais
de
tomates
são
demandados
1450
–
100P
=
-‐125
+
125P
P*
=
7
Q*
=
750
Entretanto,
resolvendo
algebricamente,
percebe-‐se
que
o
novo
equilíbrio
não
significa
o
consumo
de
450
unidades
a
mais
(950),
mas
sim
750.
Por
que
?
Caso
o
governo
mantivesse
o
preço
em
$5
(tabelamento)
o
que
aconteceria
?
2. Equilíbrio
Geral
É
importante
destacar
que
o
modelo
Marshalliano
apresentado
é
um
modelo
de
equilíbrio
parcial,
uma
vez
que
analisa
apenas
um
mercado
de
cada
vez.
Embora,
útil,
para
alguns
tipos
de
análise,
é
importante
capturar
as
relações
entre
mercados
diferentes.
Essa
é
a
área
de
estudo
dos
modelos
de
equilíbrio
geral.
Os
modelos
de
equilíbrio
Economia
dos
Recursos
Hídricos
Prof.
Dr.
Guilherme
Fernandes
Marques
geral
receberam
grande
contribuição
do
economista
Francês
Leon
Walras
(1831-‐1910)
quem
propôs
a
representação
da
economia
com
um
grande
número
de
equações
simultâneas,
de
modo
a
capturar
os
efeitos
da
mudança
em
um
mercado
nos
demais.
Seguindo
o
nosso
exemplo,
suponha
que
o
preço
do
tomate
aumentasse.
A
análise
Marshalliana
buscaria
entender
a
razão
para
esse
aumento
observando
as
condições
de
oferta
e
demanda
no
mercado
de
tomates.
Por
outro
lado,
a
análise
de
Equilíbrio
Geral
ira
considerar
não
apenas
o
mercado
de
tomates,
mas
também
as
possíveis
repercussões
em
outros
mercados.
Um
aumento
no
preço
dos
tomates
irá,
por
exemplo,
aumentar
os
custo
de
produção
da
massa
de
tomate,
afetando
a
curva
de
oferta
da
massa
de
tomate.
De
modo
análogo,
um
aumento
no
preço
dos
tomates
pode
significar
que
a
terra
ficará
mais
cara
para
os
produtores
de
tomate
(por
que
?)
e
isso
irá
afetar
as
curvas
de
demanda
de
todos
os
produtos
que
os
produtores
de
tomate
compram
(por
que
?).
Em
sala:
Descreva
os
possíveis
reflexos
na
economia
provocados
por
um
aumento
nos
custos
da
água,
provocados
pela
necessidade
de
explorar
fontes
de
abastecimento
mais
distantes
(as
mais
próximas
encontram-‐se
esgotadas.
3. Fronteira
de
possibilidades
de
produção
A
fronteira
de
possibilidades
de
produção
é
uma
ferramenta
útil
para
a
análise
de
equilíbrio
geral.
É
uma
curva
que
indica
as
várias
quantidades
de
dois
produtos
que
uma
economia
pode
produzir
empregando
os
recursos
disponíveis
durante
um
certo
período
de
tempo.
A
figura
a
seguir
apresenta
essa
fronteira
para
dois
produtos:
arroz
e
tomate.
A
curva
ilustra
essas
possibilidades
mostrando
as
combinações
possíveis
considerando
os
recursos
disponíveis.
Economia
dos
Recursos
Hídricos
Prof.
Dr.
Guilherme
Fernandes
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Por
exemplo,
produzir
10
toneladas
de
tomate
em
uma
temporada
(estação
de
colheita)
significa
também
produzir
5
toneladas
de
arroz.
Por
outro
lado,
produzir
4
ton
de
tomate
resultaria
em
14
ton
de
arroz.
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dos
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Hídricos
Prof.
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Guilherme
Fernandes
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Combinações
além
da
curva
não
são
possíveis,
pois
não
há
recursos
suficientes
(água,
terra,
mão
de
obra,
capital).
Essa
curva
nos
lembra
do
preceito
básico
estudado
pela
economia:
recursos
são
escassos,
e
não
nos
permite
produzir
tudo
o
que
gostaríamos
de
todos
os
produtos.
A
escassez
também
significa
que
devemos
escolher
o
que
(e
o
quanto)
produzir.
Cada
escolha
tem
suas
implicações.
Por
exemplo,
se
a
economia
produz
3
toneladas
de
tomate
e
14.4
toneladas
de
arroz,
produzir
uma
tonelada
adicional
de
tomate
implicaria
em
reduzir
a
produção
de
arroz
em
0.5
ton
toneladas.
Economia
dos
Recursos
Hídricos
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Economistas
se
referem
a
isso
como
o
“custo
de
oportunidade”.
O
custo
de
oportunidade
de
uma
tonelada
de
tomate
são
0.5
toneladas
de
arroz.
Por
outro
lado,
se
forem
produzidas
9
toneladas
de
tomate
e
8
de
arroz,
produzir
uma
tonelada
adicional
de
tomate
iria
“custar”
a
produção
de
3
toneladas
de
arroz.
O
custo
de
oportunidade
de
1
tonelada
de
tomate
aumentou
de
0.5
para
3
toneladas
de
arroz.
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Hídricos
Prof.
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Devido
ao
fato
de
que
uma
maior
quantidade
de
tomate
é
produzida
no
segundo
exemplo,
nos
valemos
do
conceito
de
custos
incrementais
crescentes
(Marshall)
para
entender
que
o
custo
de
oportunidade
do
tomate
aumenta
a
medida
em
que
a
quantidade
produzida
aumenta.
Essa
análise
nos
mostra
dois
aspectos
que
não
são
evidentes
na
análise
de
oferta
e
demanda
Marshalliana
para
um
mercado
único:
1. Produzir
mais
de
um
produtor
significa
produzir
menos
de
outro
uma
vez
que
recursos
são
escassos.
A
produção
de
qualquer
coisa
envolve
custos
de
oportunidade;
2. Esses
custos
de
oportunidade
dependem
que
quanto
é
produzido
de
cada
produto.
Algebricamente,
temos
que
a
curva
da
fronteira
de
possibilidades
de
produção
foi
baseada
na
seguinte
elipse:
2X +Y 2 = 225
2
Para
encontrar
a
declividade
em
qualquer
ponto
da
curva
resolvemos
para
Y:
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Y = 225 − 2X 2
donde
dY 1
= (225 − 2X 2 )−1/2 .(−4X) =
dX 2
−4X −2X
= =
2Y Y
Dessa
forma,
no
ponto
X=9
e
Y
=
7.937,
a
declividade
é
-‐2.27,
de
modo
que
para
produzir
uma
tonelada
a
mais
de
tomate
(X)
a
produção
de
arroz
(Y)
deverá
ser
reduzida
em
2.26
toneladas.
Já
no
ponto
X
=
3
(Y
=
14.39),
a
declividade
é
-‐0.42.
Quando
menos
x
é
produzido,
seu
custo
de
oportunidade
é
menor
em
termos
de
unidades
de
Y.