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Aula 01/08 - faltei

Aula: 08/08
Provimentos judiciais

Despacho
Decisões interlocutórias
Sentença (de mérito ou não)

Contra as sentenças (de mérito ou não - terminativa), cabe apelação.


Não vingou o entendimento de que cabe apelação contra decisão interlocutória.

Julgamento antecipado de pedido não contestado; ou por decisão do juiz, no saneamento do


processo. Possibilidade. Qual o recurso cabível?
Ainda é o agravo de instrumento.

Quais são os efeitos da apelação?


R.
Obstativo - impede-se o trânsito em julgado, ou estabilização de determinada decisão
(preclusão). É típico de qualquer recurso.
Ajuizar demanda/pedido
Interposição (verbo usado para os recursos - apresentar naquilo que já está em andamento -
pôr no meio)

Suspensivo - é a regra na apelação. Não liberação da eficácia imediata da sentença


apelada. Não decorre da interposição da apelação, mas da recorribilidade. A sentença, em
princípio, não tem eficácia imediata. Durante o prazo para recorrer, não está liberada a eficácia,
somente após o trânsito em julgado da sentença.
A apelação prolonga a falta de eficácia da decisão recorrida. Mas em alguns casos, a apelação
não tem esse efeito porque a lei diz: “tal decisão será imediatamente exequível”. Escolha do
legislador.
A parte pode ajuizar pedido de cumprimento provisório de sentença.

Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.

§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua
publicação a sentença que:

I - homologa divisão ou demarcação de terras;

II - condena a pagar alimentos;

III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;

IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;

V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;


VI - decreta a interdição.

§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver
risco de dano grave ou de difícil reparação.

Devolutivo - art. 1.013

Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e
discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo
impugnado.

§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo
o mérito quando:

I - reformar sentença fundada no art. 485 ;

II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa
de pedir;

III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;

IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível,


julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de
primeiro grau.

§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na


apelação.

Temos que compreender o alcance dos efeitos devolutivos do recurso.

Síntese do efeito devolutivo: “Tantum devolutum quantum appellatum”.

Transfere ao Tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Extensão do efeito


devolutivo. Alcance horizontal - caput do art. 1.013

Há vários pedidos no processo. A parte sucumbe em relação a um dos pedidos, mesmo


tendo sucumbido em dois deles.

É devolvido ao conhecimento do Tribunal apenas o capítulo da decisão impugnada. Os


outros pontos transitam em julgado.

Profundidade do efeito devolutivo - os parágrafos do art. 1.013.


Se houver questões de ordem pública relativas àquela matéria impugnada, podem ser
decididas de ofício pelo Tribunal, desde que após seja concedido oportunidade ao contraditório.

Efeito translativo - é a possibilidade de exame no Tribunal das questões de ordem pública que
não foram suscitadas (condições da ação e pressupostos processuais).

§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde


logo o mérito quando:

I - reformar sentença fundada no art. 485 ;

II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou
da causa de pedir;

III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;

IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

Situações em que em princípio o resultado seria a anulação da sentença. Nessas


oportunidades, o processo está maduro para o julgamento. O Tribunal pode enfrentar o mérito
da causa.
Condição: caso não haja necessidade de produção de prova - ou possa ser produzida no
curso de tramitação do recurso.

Falta de congruência entre sentença e o pedido ou causa de pedir.


Extra, ultra, ou infra petita.
Desconsiderar a causa de pedir.

Além dos incisos, ver o §4º - reconhecimento de decadência ou prescrição.


Não viola o conceito de duplo grau de jurisdição. Este é um princípio, não uma garantia.
Não há necessidade de dois julgamentos do mérito.

Será possível a reformatio in pejus na apelação?


Ex. 100 mil de reparação. Condenação em 50 mil na 1ª instância.
Recurso do réu apenas: o juiz pode de ofício ampliar para 80 mil?

R. Não é possível piorar a situação do recorrente.


Obs. questões de ordem pública não configuram reformatio in pejus.

Para o professor, as questões de ordem pública não superam a parte da sentença que
transitaram em julgado.
Livro: Barbosa Moreira

Remessa necessária não é recurso. Condição estipulada em lei para o trânsito em julgado.
Nesses casos, é possível a reformatio in pejus?
R. matéria não pacificada. Professor entende que por não ser um recurso, não há reformatio in
pejus propriamente dita. Pode haver reforma pelo Tribunal do que não foi impugnado pelo
interessado.

Agravo de instrumento

Arts. 1.015 a 1.020.

Recurso em face decisão interlocutória.


O regime é a taxatividade das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento. Só cabe
contra decisão de juiz de primeiro grau, exceto sentença.

A decisão monocrática do relator do Tribunal - cabe agravo interno. Não é decisão


interlocutória.

A taxatividade do agravo de instrumento é mitigada. Em algumas situações, os Tribunais têm


admitido o agravo em outros casos com possibilidade de dano irreparável.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na
fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no
processo de inventário.
Prazo para todos os recursos - 15 dias
Embargos - 5 dias.

O juízo de admissibilidade dos recursos é feito pelo tribunal. Em juízo provisório, o relator. Em
juízo definitivo, a turma (colegiado fracionário) julgadora.

Protocolizar no agravo - juntar cópias para a primeira instância.


Protocolizar apelação - na primeira instância.

Apelação - razões - contrarrazões


Agravo - minuta - contraminuta

O julgador do agravo pode conceder efeito suspensivo da decisão recorrida. Ou efeito ativo -
antecipar os efeitos da tutela em grau de recurso.

Saneamento do processo - pedido decidido - sem agravo - transita em julgado. Portanto, o


agravo enfrenta também decisões de mérito.

Aula: 15/08

Agravo interno

CPC unificou em dispositivo único os poderes do relator - art. 932.

Hipóteses de decisão monocrática.


Agravo interno - Cabível contra a decisão do relator proferida monocraticamente

Art. 932. Incumbe ao relator:

I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como,
quando for o caso, homologar autocomposição das partes;

II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do
tribunal;

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente
os fundamentos da decisão recorrida;

IV - negar provimento a recurso que for contrário a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;

V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão


recorrida for contrária a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de


competência;

VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado


originariamente perante o tribunal;

VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;

VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.

Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco)
dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.

Agravo interno - observadas as regras do regimento interno do Tribunal

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

As competências do Tribunal são atribuídas ao colegiado, mas há órgãos fracionários para dar
conta da quantidade de trabalho.

Finalidade do Agravo interno - seja levada a matéria para reapreciação do colegiado


competente.

Agravos regimentais - são recursos que não têm previsão legal, apenas nos regimentos
internos. Questionável. Não é lei. Regimento é regulamento. Não pode criar recursos.
Isso vale para o processo judicial. Mas há competências administrativas- nesse caso é possível
criar recursos do tipo agravo regimental;

Requisito de admissibilidade - interesse recursal (dialeticidade do recurso) - fundamentação


adequada; é preciso questionar especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da


decisão agravada.
Agravo interno não tem efeito suspensivo ou ativo.

Juízo de retratação - relator pode reconsiderar sua posição e reformar sua decisão. Essa nova
decisão pode sofrer agravo interno pela parte contrária.
Não se retrata sem ouvir a parte contrária.

Nos casos de agravo interno quando for julgado improcedente em votação unânime, será
possível condenar o agravante a pagar de 1% a 5% do valor da causa. Ficando a interposição
de qualquer recurso condicionada ao recolhimento da multa.

JEC - agravo instrumento só contra a antecipação de tutela. E recurso inominado que é


equivalente à apelação.

Embargos de declaração

Art. 1.022 a 1.026

Obscuridade, omissão, contraditoriedade ou erro material. É possível opor embargos de


declaração.

Não é possível contra a decisão interlocutória de saneamento do processo. Há possibilidade de


pedidos de esclarecimento ou complementação - disciplina própria.

No Tribunal há as mesmas possibilidades de cabimento de embargo. O órgão que decidiu,


julga os embargos.

É um recurso com a finalidade de sanar os problemas da decisão proferida. Dirigida ao órgão


que decidiu.

Esses erros podem estar na fundamentação da decisão, no seu dispositivo. Ex. pode haver
contradição entre ementa e fundamentação.

Prazo - 5 dias - vista do embargado para se manifestar, caso haja risco de alteração do
conteúdo da decisão (ou seja, os embargos terem efeitos infringentes - não se limita a
esclarecer, mas produz uma alteração no resultado do julgamento).

Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229 .

§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre
os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Embargos não tÊm efeito suspensivo, mas podem ter esse efeito atribuído pelo julgador.
Verificando o periculum in mora.
Tem efeito interruptivo - interrompem o prazo para interposição de outro recurso.
Pode ser que a parte embargue, quando ela deveria interpor agravo interno para o Tribunal,
pois não se trata de obscuridade, omissão, erro material. Fungibilidade.

Julgador pode receber os embargos como agravo e tramitar as coisas como se agravo fosse.
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este
o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5
(cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º .

Dois recursos - primeiro apreciar o embargo. Os embargos podem ser acolhidos e


complementar a decisão embargada. Com os embargos acolhidos, o outro está prejudicado.

Súmula 402 - STJ - questão superada. Não fica prejudicado o recurso interposto.

Aula: 22/08
Recurso Extraordinário
Judiciary Act 1789 - origem do recurso extraordinário - rever os erros praticados pelas demais
cortes
Aplicado no Brasil desde 1891 - e repetido nas demais constituições

Recurso Especial
Opção do Constituinte em 1988 - não havia STJ antes da CF 88.
Havia o TFR - Tribunal Federal de Recursos (2º grau de jurisdição)

Questões constitucionais - STF


Leis federais - STJ

Os dois recursos têm a mesma função, embora distinta


Função Nomofilácida - proteção da norma - assegurar a inteira positiva, a validade, a
autoridade e a uniformidade da interpretação da CF e das leis federais. Assegurar a hierarquia
normativa.

São recursos de estrito direito.


NO RE - questão federal constitucional
NO RESP - questão federal infraconstitucional.

Tem a ver com regime federativo.


A finalidade desses recursos, que são de estrito direito, é assegurar a inteireza no
entendimento, interpretação, aplicação do direito federal.

Nesses recursos não se discute fato.


Não se discute prova. Cuida-se da interpretação da CF e leis federais.

Não estão fundados no duplo grau de jurisdição. Sua existência está ligada ao princípio
federativo (uniformidade nacional do direito).

“Proteger a integridade e uniformidade da interpretação e aplicação do direito federal”.

Funcionamento dos recursos

Eles têm a mesma finalidade

Recurso extraordinário - hipóteses de cabimento

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância
(prequestionamento da questão constitucional - não precisa o mérito ter sido enfrentado), quando
a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Há margem para identificação das hipóteses.


O que são causas decididas em única ou última instância. (questão de direito que
tenha sido enfrentada pelo Tribunal local).

Se não houve decisão da questão, não houve prequestionamento.

Prequestionamento - necessidade de que o Tribunal local examine expressamente a


questão de direito federal com relação ao recurso.

Embargos prequestionadores - quando a turma julgadora não se manifestou sobre o


tema constitucional.

E se o Tribunal não prequestionou , o réu pode fazer por embargos.


Mas não pode trazer matéria nova nos embargos. Não houve omissão.
O Recurso extraordinário - proferida em única ou última instância. Ex. colégio recursal
do JEC.
RESP - contra decisão proferida por Tribunal - hipótese mais restritiva em relação à
origem da decisão recorrida.

Nem mesmo as questões de ordem pública se não forem prequestionados serão


apreciados pelo Tribunal Superior.

Requisitos específicos de admissibilidade:


1) Prequestionamento
2) Esgotamento da instância originária - nenhum outro recurso cabível na
originária;
3) Dialeticidade - impugnar especificamente os fundamentos da decisão recorrida;

Juízo de mérito: provido ou desprovido do recurso.


Quem faz o juízo admissibilidade?

Princípio da unirecorribilidade não se aplica ao RE e RESP. Pode haver dois recursos


contra a mesma decisão - concomitantemente.

Provisório- Presidente do TRibunal recorrido. Regimento dos tribunais pode delegar


para o Presidente da seção. Negado - agravo em RE (ao Tribunal Superior - este pode
apreciar o mérito do recurso cujo seguimento foi negado) - impugnar especificamente
os fundamentos da decisão recorrida (dialeticidade).
Definitivo - no Tribunal Superior - juízo definitivo de admissibilidade. Da negação -
agravo interno.

Juízo de mérito dos recursos extraord, e especial.

Art. 105
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Dissídio jurisprudencial- além de tudo para o RESP.

Fazer o cotejo analítico. Descrever a minha situação de fato e norma aplicável. Mostrar que o
caso é análogo.

Há embargos de divergência para compor diferenças entre turmas do mesmo Tribunal.

Aula: 12/09
Convém ao sistema federativo, haver mecanismos para uniformizar a interpretação das leis e
CF.
Do contrário, teriamos conjunto de federações no mesmo país
Não se prestam a reexame de questões de fato, mas de direito.
Controle da interpretação da questão de direito.
Há interesse da parte na revisão da decisão. Sofreu sucumbência, requisito prático.
É o veículo para que o problema de direito seja levado aos tribunais superiores.
Recursos de estrito direito.
Necessidade de uniformização e aplicação da lei federal e Constituição.

Efeito devolutivo limitado.


Não decorrem do duplo grau de jurisdição. Não se propõe a um novo exame da causa, mas o
modo como a lei/CF foi aplicada/interpretada
Causa decidida (na CF) - requisito do prequestionamento. Não se examina questão de fato,
nem validade de cláusula contratual, mas a norma que diz respeito À avaliação da cláusula.

Ex. não avalia se houve danos, de quem é culpa, quantificar, mas se a interpretação da lei está
correta ou incorreta. Nega ou dá vigência.

Prequestionamento - ocorrência do efetivo exame da questão no tribunal local.

Apelação - efeito devolutivo amplo (todas as questões de fato e de direito não apreciadas pelo
Tribunal)

RE e RESP apenas as questões de lei/constitucionais que tenham sido efetivamente


apreciadas e impugnadas no Tribunal local.
Não se trata de um terceiro grau de jurisdição. É outra finalidade

Pontes de Miranda: por esses recursos o que se busca é alcançar a inteireza positiva no
alcance das normas infra/constitucionais.
Função nomofilácica (preservação da norma) dos recursos. Papel específico. Por isso, há filtros
recursais.

Não faz sentido julgar todos os recursos interpostos; o tribunal serve para proteção da inteireza
da disposição legal.

Jurisprudência defensiva - entendimentos dos tribunais superiores para evitar o processamento


e julgamento por motivos meramente formais. Criar pela jurisprudência requisitos não
expressamente ditos por lei.

Sistemática da repercussão geral no RE


Requisito que está no art. 102, §3º da CF - Emenda Const. 45/2004 - reforma do poder
judiciário.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do
recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Requisito específico de admissibilidade.


Por que o RE não é resultante do duplo grau de jurisdição. Função nomofilácica preservar a
clareza, inteireza da interpretação da norma constitucional.
Impedir que o RE seja mais uma apelação.

Por interpretação extensiva a regra aplica-se ao processo penal.


Pode haver tangenciamento de questão constitucional. Mesmo sendo apreciada no acórdão.

RE levar ao conhecimento do TRibunal superior a questão constitucional que, na visão do


recorrente/sucumbente Foi mal resolvida.

Efeito devolutivo limitado ao exame da questão constitucional. E secundariamente prestar


justiça ao caso concreto.

Consequência: só deverão ser apreciados pelo STF os casos com repercussão geral.
Cabe ao STF julgar casos que tenham interesse mais geral. Não pequenas lesões do dia a dia,
questões pontuais.

Demonstrar que aquela questão de direito inconstitucional é de interesse geral, para outras
pessoas além das partes e conflito..

Abrir um tópico para repercussão geral debatida no presente caso.

1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso


extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste
artigo.

§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do
processo.

Demonstrar a transcendência econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional.

Em suma, a repercussão geral é requisito de admissibilidade do RE, necessidade de


demonstrar a transcendÊncia da relevância das questões julgadas, para além das partes em
conflito.
Não deve servir apenas como terceiro grau de jurisdição.

A própria lei presume a repercussão geral em alguns casos:


§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:

I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;

II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos;

II – ( Revogado ); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da
Constituição Federal .

Repercussão geral presumida;


(cláusula de reserva de plenário) - incidente/arguição de inconstitucionalidade no Tribunal de
Segunda instância em agravo de instrumento ou apelação - a Câmara sobresta o julgamento,
profere uma decisão pelo órgão especial; onde não houver, o próprio plenário.

Quando se afirma a inconstitucionalidade pela maioria absoluta dos membros, essa decisão
volta para a Câmara julgadora que conclui o julgamento do recurso.

Em outros casos a repercussão geral deve ser demonstrada através das circunstâncias do
caso concreto.

Quem aprecia o requisito de admissibilidade?


R. legitimidade, interesse, tempestividade, preparo avalia-se pelo presidente do tribunal ou
seção. Mas não a repercussão geral (só pode ser feito pelo STF).

Como é feito o exame da repercussão geral? Ver regimento do STF.


A CF exige que para negar haja pelo menos dois terços dos integrantes do STF. 8 votos.

Plenário virtual = ministro relator emite seu voto (exist ou inexist. Da repercussão geral)
Se os demais ficarem em silÊncio, concordam com o relator.
Primeiro na turma - trÊs votos negando vai para o plenário - completando oito negada;

Desnecessidade de sessão presencial.

Sistema Americana - há filtro com caráter absolutamente discricionário.


Writ of certiorari - certificação de que o caso deve ser apreciado pela Suprema Corte.
Ela escolhe o que vai julgar.

No Brasil, há baliza para repercussão geral, mas dá ao STF larga margem de apreciação.
Repercussão geral julgada a tese terá efeito paradigmático.

Mas se a repercussão for negado, a decisão também serve como paradigma para negar o
seguimento da repercussão geral.
Decisão é muito importante porque vai além das partes envolvidas no litígio.
OS demais recursos ficam sobrestados aguardando o exame.
Papel de fixação de entendimento.
As modificações no sistema processual brasileiro tem sido nesse sentido
Sistema de precedentes à brasileira. Na sua origem, na common law, surgiu da prática
judiciária. A corte decidia o caso e resolvia parâmetros para uma hipótese concreta
Ratio decidendi do caso concreto vai ser aplicado a casos futuros. Esse é o sistema da
common law.

No nosso sistema isso decorre da atuação do legislador. Valorização dos precedentes.

Além da repercussão geral, temos os recursos repetitivos.


Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Ver art. 1.036 a 1.041.

Mesma situação de fato e mesmo problema de direito.


Ex. questões de servidores, tributárias, com potencial de tumultuar o judiciário.

Quando houver RE ou RESP nesses casos, o procedimento de julgamento é:

Identificar existência de questão repetitiva. No Tribunal superior decisão de afetação (art.


1.037) definindo qual é a questão de direito repetitiva a ser apreciada no Tribunal superior e
determinando suspensão de processos em andamento para que a eles venham a ser aplicado
a tese do recurso repetitivo.

O tribunal superior julga, fixa sua interpretação, julgar o caso concreto, e a decisão na questão
repetitiva vai ser aplicada aos demais casos sobrestados.
O Tribunal superior - expressão prática - uniformiza antecipadamente a jurisprudência - antes
que se instaure um dissídio importante nos tribunais inferiores.

OS recursos ainda não admitidas; serão não admitidos;


Juízo de retratação ou remetido para o Tribunal superior para análise do juízo de
admissibilidade.

Assim, o tribunal superior não precisa firmar várias vezes a mesma tese.
Na prática vincular os tribunais inferiores; há mecanismos para produzir essa vinculação; arts.
926 a 928, CPC;

Dever de fixação do entendimento; observância do entendimentos;

Há muita discussão sobre a conveniência e oportunidade - a maioria da doutrina afirma a


constitucionalidade do sistema.
Tentando mitigar as críticas - possibilidade de intervençao de amicus curiae - podem oferecer
contribuições; relator também tem poder de instrução

Art. 1.038, III

Art. 1.038. O relator poderá:

I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia,


considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;

II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e
conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;

III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência,
intimará o Ministério Público para manifestar-se.

Para falar sobre aspectos práticos da matéria.


Aspectos práticos da aplicação da norma - consequências da aplicação;
É diferente da questão fática do caso concreto.

Aula: 19/09

Dialeticidade do recurso - impugnar de modo específico fundamentos da decisão agravada

Agravo em RE/RESP

Interpõe o RE ou RESP, mas não é conhecido. Rejeição por inadmissibilidade.

O juízo provisório de admissibilidade do REcurso é o PResidente do Tribunal local ou


presidente da seção.

Exame dos requisitos de admissibilidade do recurso. Além dos corriqueiros, ver o


prequestionamento.

A análise da repercussão geral não ocorre no TJ, mas no STF.


Dissídio jurisprudencial (cotejo analítico - demonstrar as circunstâncias de fato e que a
interpretação e aplicação da lei foi feita de modo desemelhante).

Com cópias das decisões e indicações das fontes.


O PResidente do Tribunal examina todos os requisitos, exceto a repercussão geral.

O que ele fará se não estiverem presentes os requisitos?


Nega seguimento ao RE/RESP.
Dessa decisão, cabível o agravo.

Vai ser encaminhado para o Tribunal Superior respectivo.


Lá no TRibunal superior o que poderá ocorrer?
R. O Tribunal pode além de julgar o agravo, também o próprio recurso. Principalmente quando
há decisões em casos repetitivos. A decisão pode ser até monocrática.

Exceção ao princípio da unirrecorribilidade - ter os dois recursos (esp e ext)

Ainda cabe Agravo interno da decisão monocrática do Tribunal Superior, leva o caso para a
turma julgadora.

Nega seguimento - juízo de admissibilidade


Nega provimento - juízo de mérito

Sem esquecer os embargos.

Há estímulo à tentativa de recorrer.


A interposição desnecessária do agravo interno pode resultar em sanção pecuniária.

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação
unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado
multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa
prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o
pagamento ao final.

Observar a dialeticidade - contraditório - mostrar no Agravo interno quais os motivos


pelos quais essa decisão monocrática está especificamente equivocada.

Valor da sucumbencia podem ser elevados até 20% do valor da causa quando perde
no recurso. Art, 85,

Outro caso de agravo interno - art. 1.030, §2º


§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art.
1.021. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

Nego seguimento ao recurso - por estar alinhada ao tema de repercussão geral.


Ou porque não tem repercussão geral - também cabe agravo interno. Outra
possibilidade é o sobrestamento.

III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria
constitucional ou infraconstitucional; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Cabe agravo interno.

Ao mesmo tempo, um não suspende nem interrompe o prazo do outro.

Fungibilidade entre recurso especial e RE. Deve-se dar ao recorrente oportunidade de


complementar suas razões. Ao requerido também.

STF não examina ofensas reflexas, apenas direita à CF. Pode remeter ao STJ.

Recurso ordinário
Art. 1.027-28

Faz o papel da apelação e agravo de instrumento em alguns casos; em razão de


política legislativa.

Não é recurso de estrito direito. Situações de remédios constitucionais - exemplo.


Casos em que eles são apreciados no TJ em competÊncia originária
Ex. MS contra ato do judiciário.

Nas situações de competÊncia originária, se o impetrante perde, cabe recurso ordinário


(função de apelação).

Quando a ação é originária no Tribunal Superior, também cabe recurso.

Só cabe contra decisão denegatória.


Outra situação - eu tenho uma ação judicial em que de um lado figura como parte um
Estado ou organismo internacional e do outro lado, temos como parte Município ou
Pessoa residente no país.
Essa hipótese, a competência em primeiro grau é a justiça federal.
Art. 109, II CF.

Os recursos vão para o STJ, não cabe TRF.

É travestido de recurso ordinário, mas que cumpre funções do AGravo instrumento ou


apelação.

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