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APLICAÇÃO DO CONCEITO DE CAPITAL HUMANO NAS PEQUENAS E MÉDIAS

EMPRESAS NA REGIÃO DO ENTORNO DO BAIRRO DE CAMPO GRANDE

Alessandra Gomes (alezinha26@hotmail.com)

Elaine Gomes Teles da Silva (egteles@hotmail.com)

Emanuelle de Souza Lopes (mannu_life@yahoo.com.br)

Jenifer Kezia Palma da Silva (jeniferkezia@gmail.com)

Stephânie de Melo Alves da Silva (fanimelo_@hotmail.com)

Thais Alves Figueiredo (thais.alvesdefigueiredo@hotmail.com)

Seminário de pesquisa - Professor Davi Gonçalves

Resumo
As empresas necessitam de pessoas capacitadas, com conhecimento nos departamentos
e não apenas do maquinário e tecnologia. As organizações buscam em pessoas com
conhecimento na função para ter um diferencial entre as concorrentes. Este artigo tem
como objetivo mostrar a importância do Capital Humano no processo de inovação das
organizações. A técnica de coleta de dados utilizada na pesquisa descritiva foi busca de
informações por meio de internet, livros, busca telematizadas, livros/e-books e pesquisa
de campo com empresários de pequenas e médias empresas, através de questionários de
pesquisa.

Palavras-chave: Capital Humano. Aplicação. Importância nas organizações.

INTRODUÇÃO
Com a evolução do mercado, o conhecimento está em constante
transformação. As empresas usam do capital humano para crescer, a fim de renovar
ideias de melhorias operacionais e organizacionais, formando uma nova maneira de
pensar e agir, criando virtudes que possam agregar valores. Uma arma de capacitação e
destaque para os demais que não utilizam muito bem desse capital.
As empresas necessitam de pessoas capacitadas, com conhecimento nos
departamentos e não apenas do maquinário e tecnologia. As organizações precisam de
um alto grau de competitividade e um diferencial entre as concorrentes, tendo que
buscar em pessoas com conhecimento na função.
No decorrer deste artigo serão mostrados dados e material teórico em busca
de identificar se as pequenas e médias empresas na região do entorno do bairro de
Campo Grande utilizam o conceito do capital humano e suas competências para a
estratégia da empresa.
Até a era industrial o capital financeiro era considerado insubstituível e hoje
está cedendo o lugar para o capital humano. Muitas empresas se preocupavam mais com
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a mão de obra do que o bem estar do funcionário, deixando de descobrir muitos talentos
a serem desenvolvidos.
O Capital Humano pode ser útil não só para a qualificação do ser humano
nos quesitos profissionais como sua qualidade de vida e saúde, pois se as pessoas
gostam do seu ambiente de trabalho e vai bem à sua função, certamente a estratégia da
empresa irá ir bem.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

O conceito de capital humano consiste em atribuir um valor ao capital


incorporado nos seres humanos, fruto da sua experiência, educação e formação.
O conceito de capital humano surgiu na década de 1950, criado por
Theodore W. Shultz, economista norte-americano, e vencedor do prêmio Nobel de
Economia de 1979, junto com Sir Arthur Lewis. Mas o conceito se popularizou por
meio dos estudos de Gary Becker, outro economista norte-americano autor de análises
microeconômicas e professor da Universidade de Chicago. Nos anos 80, o conceito foi
expandido pelos organismos multilaterais que trabalhavam sob a lógica do pensamento
neoliberal.
O capital humano é constituído de pessoas que fazem parte de uma
organização, significa talentos que precisam ser descobertos, mantidos e desenvolvidos.
Capital humano significa também capital intelectual.
Com a evolução do mercado competitivo, a necessidade de inovar com
diferenciadas estratégias se fez muito presente. Isto possibilitaria o sucesso de uma
organização no mercado, visando não mais à capacidade máxima de produção
alcançada, já que a chamada produtividade, ao longo de tempo foi sinônimo de
emprego, se ganhava por produção. Esse período, onde surgiram os conceitos de
administração, desenvolvida por Frederick Taylor com seus discursos sobre padrão de
produção e execução que mais adiante foram aperfeiçoadas por Henry Ford (produção
em massa), que ao longo do tempo fez com que a imagem do trabalhador fosse apagada
em detrimento do que se produzia já se limitava a ficar horas fazendo o mesmo
movimento operando maquinas (CHIAVENATO,1993).
A evolução de tecnologias favoreceu esse trabalhador que passou a ser mão
de obra que conduz instrumentos, máquinas, computadores ou botões que acionam
robôs para desenvolverem montagens em grandes fábricas, como o de automóveis, por
exemplo. No entanto, o que foi esquecido foi que essa mão de obra condutora é também
um ser ativo e pensante, uma força motriz e que precisa de estímulos e motivação para
que realize uma produção efetiva, e obtenha satisfação, formando um ciclo, onde suas
exigências se conciliem gradativamente a missão e a visão organizacional.
Na era da informação o conhecimento está se transformando com uma
incrível velocidade, assim como as organizações, informações e tecnologias, fazendo
com que o capital humano seja o recurso organizacional mais importante das empresas,
sendo considerada por elas uma riqueza muito importante e crucial. O capital financeiro
que predominou até a era industrial, considerado como primordial e insubstituível está
cedendo lugar para o capital intelectual.
Wernke, Lembeck e Bronia (2003, p.5) mencionam que o capital humano é
“o valor acumulado de investimentos em treinamento, competência e futuro de um
funcionário. Também pode ser descrito como competência do funcionário, capacidade
de relacionamento e valores.” As empresas podem agregar valor, proporcionando
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treinamento com o objetivo de que possam trazer um retorno para a organização com
menor desperdício e maior produtividade.
Investir em capital humano é buscar uma melhor condição em desenvolver a
base que sustenta a pirâmide organizacional, sem ela não existe sustentação, ou seja, o
sucesso competitivo no mercado, onde se busca cada vez mais acreditar e oferecer
credibilidade às pessoas nelas envolvidas, o que faz com que os líderes passem a se
preocupar e procurar novas práticas de gestão. É valido ressaltar que toda empresa é a
soma de seus colaboradores, que as pessoas nelas envolvidas cada qual com suas
características são a alma da organização. Hoje muito das empresas já possuem um
olhar mais cuidadoso para seu capital humano e tem a consciência que nada pode ser
mais importante do que seus talentos internos e criar formas de desenvolvê-los, afinal,
nenhum patrimônio deve ser maior do que o patrimônio humano, pois é ele que edifica
a organização. São seus talentos, criatividade, motivação e comprometimento que fazem
com que a empresa alcance seus objetivos.
As constantes mudanças que vem ocorrendo no mundo e a complexidade
econômica têm provocado problemas no gerenciamento das organizações. Diante disso,
pede-se cada vez mais o conhecimento de seus funcionários, pois a competitividade esta
cada vez maior entre as empresas de pequeno e médio porte. Para as empresas que tem
uma visão do futuro se torna indispensável o desenvolvimento do mesmo para que a
empresa possa tornar sustentável.

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

A técnica de coleta de dados utilizada na pesquisa descritiva foi busca de


informações por meio de internet, livros, busca telematizadas, livros/e-books e pesquisa
de campo com empresários e gerentes de pequenas e médias empresas, através de
questionários de pesquisa. Para garantir a uniformidade de entendimento dos 39
entrevistados, o questionário teve como estrutura perguntas claras e objetivas, sendo
vinte perguntas fechadas. É fundamental compreendermos, com clareza, o conceito de
capital, para incluir o capital humano e não apenas o capital fixo convencional.
Este artigo tem como objetivo mostrar a importância do Capital Humano no
processo de inovação das organizações. Traz uma visão geral a respeito do mesmo,
procurando mostrar o que ele viria a ser, e como sua valorização é importante para o
crescimento das organizações.
O estudo se deu no modelo de pesquisa de campo, não ficando restrito aos
aspectos teóricos e sim a observação dos fatos e respostas dos envolvidos no objeto de
estudo. Buscando saber se os entrevistados sabem o que é capital humano, se evidencia
em sua empresa, se seus colaboradores estão prontos para novas responsabilidades, se
recebem treinamento para isso e se tem um plano de carreira para seus funcionários. Um
estudo descritivo da análise e quantitativo por ser mais adequado para apuração de
opiniões e atitudes conscientes dos entrevistados e por utilizar instrumentos
padronizados, neste caso escolhido à aplicação de questionários por saber exatamente o
que se perguntar, no intuito de atingir o objetivo da pesquisa.

3. ANÁLISE DE DADOS

Ao contabilizar o resultado do total dos entrevistados foi possível identificar


e apresentar em gráfico com as alternativas para atingir o objetivo.
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3.1 Resultado

Para análise dos resultados, considerou-se a totalidade dos 39 entrevistados


com suas respectivas respostas, onde cada gerente pode marcar a opção que achou mais
conveniente. De todas as perguntas contidas no questionário foram representadas em
gráficos cinco perguntas sobre o tema.

Gráfico 1 - Entendimento do tema


Fonte: elaborado pelos autores

Através do gráfico 1, podemos perceber que grande parte dos entrevistados


demostram entender sobre o Capital Humano.

Gráfico 2 - A evidencia do tema


Fonte: elaborado pelos autores

Os índices demonstram no gráfico 2, que mesmo tendo conhecimento do


Capital Humano, nem sempre as empresas o tornam evidente na sua utilização.

Gráfico 3 - Desafios e responsabilidades dos colaboradores


Fonte: elaborados pelos autores
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Gráfico 4 - Treinamento e especialização


Fonte: elaborado pelos autores

O gráfico 3 e 4, confirma a informação de que a utilização do Capital


Humano não é de costume em grande parte das empresas. Praticamente a metade das
empresas, tem funcionários que não estão preparados para desafios e responsabilidades,
provavelmente, por falta de algum tipo de treinamento e especialização, que as algumas
dessas empresas proprociona somente uma vez por ano, e outras nem tem essa mesma
preocupação.

Gráfico 5 - Plano de carreira


Fonte: elaborado pelos autores

Com o gráfico 5 podemos perceber que por mais ciência que as empresas
tenham do Capital Humano, a evidência que dão para ele é bem abaixo do esperado.

4. CONCLUSÕES

Esta pesquisa procurou atender a proposta de destacar a aplicação do


conceito de Capital Humano nas organizações, com análise de dados a partir das
informações passadas pelos gestores. Através dos questionários foi possíver verificar
que, embora as empresas saibam o que é o Capital Humano, o conceito não é
evidênciado no dia-a-dia das organizações. O capital humano é um elemento
extremamente relevante para que uma empresa se torne competitiva no mercado e
segundo alguns estudiosos, constitui a peça fundamental da organização do futuro. O
processo de competitividade hoje depende cada vez mais dos conhecimentos e
capacitações dos indivíduos.
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Os objetivos de uma organização só serão alcançados com sucesso se


estiverem voltados para as políticas de valorização do capital humano, através de
treinamento, motivação, participação e remuneração digna. Na realidade, o sucesso de
uma organização está intimamente ligado a seu pessoal, responsável pelo aumento da
qualidade de seus produtos e/ou serviços bem como pela sua eficiência competitiva no
mercado.

5. REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 4. ed., McGraw-Hill, 2 V, vol. 1,


1993

WERNKE, Rodney, LEMBECK, Marluce, BORNIA, Antônio C. As considerações e


comentários acerca do capital intelectual. Em: Revista FAE, Curitiba, v.6, n.1, p-15-
26, jan./abr.2003. Disponível em
<http://www.sfrancisco.edu.br/pdf/revista_da_fae/fae_v6_n1/02_rodney.pdf> arquivo
capturado em 19 de setembro de 2012.

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