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voto do relator.
Brasília, 29 de agosto de 2019.
Composição: Ministra Rosa Weber (presidente), Ministros Edson Fachin, Marco Aurélio, Jorge Mussi, Luis Felipe Salomão,
Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos.
Vice-Procurador-Geral Eleitoral: Humberto Jacques de Medeiros.
ACÓRDÃO
Ementa:
ELEIÇÕES 2016. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROPAGANDA ELEITORAL IRREGULAR. DERRAMAMENTO
DE SANTINHOS. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 26 DESTE TRIBUNAL. AGRAVO
DESPROVIDO.
1. O agravante não se desincumbiu de impugnar especificamente os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a
reproduzir, na íntegra do agravo de instrumento, as alegações declinadas no recurso especial sem, contudo, apresentar
elementos aptos a infirmar o pronunciamento impugnado.
2. Inadmissibilidade de recurso cujas razões não impugnam os fundamentos da decisão combatida, nos termos da Súmula nº
26/TSE.
3. Agravo interno a que se nega provimento.
Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos
do voto do relator.
Brasília, 29 de agosto de 2019.
Composição: Ministra Rosa Weber (presidente), Ministros Edson Fachin, Marco Aurélio, Jorge Mussi, Luis Felipe Salomão,
Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos.
Vice-Procurador-Geral Eleitoral: Humberto Jacques de Medeiros.
ACÓRDÃO
RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 193-92.2016.6.18.0018 CLASSE 32 VALENÇA DO PIAUÍ PIAUÍ
Relator: Ministro Jorge Mussi
Recorrentes: Leonardo Nogueira Pereira e outros
Advogados: Caio Cardoso Bastiani OAB: 10150/PI e outros
Recorrentes: Francisco de Assis Rodrigues Torres e outros
Advogados: Germano Tavares Pedrosa e Silva OAB: 5952/PI e outra
Recorrente: Coligação Nossa União É com o Povo
Advogados: Luís Francivando Rosa da Silva OAB: 7301/PI e outros
Assistentes: Edilsa Maria da Conceição do Vale e outros
Advogados: Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro OAB: 25.341/DF e outros
Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2019, Número 193 Brasília, sexta-feira, 4 de outubro de 2019 Página 106
Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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10. O registro das candidaturas fraudulentas possibilitou maior número de homens na disputa, cuja soma de votos, por sua vez,
contabilizou-se para as respectivas alianças, culminando em quociente partidário favorável a elas (art. 107 do Código Eleitoral),
que puderam então registrar e eleger mais candidatos.
11. O círculo vicioso não se afasta com a glosa apenas parcial, pois a negativa dos registros após a data do pleito implica o
aproveitamento dos votos em favor das legendas (art. 175, §§ 3º e 4º, do Código Eleitoral), evidenciando-se, mais uma vez, o
inquestionável benefício auferido com a fraude.
12. A adoção de critérios diversos ocasionaria casuísmo incompatível com o regime democrático.
13. Embora o objetivo prático do art. 10, § 3º, da Lei 9.504/97 seja incentivar a presença feminina na política, a cota de 30% é
de gênero. Manter o registro apenas das candidatas também afrontaria a norma, em sentido contrário ao que usualmente
ocorre.
INELEGIBILIDADE. NATUREZA PERSONALÍSSIMA. PARCIAL PROVIMENTO.
14. Inelegibilidade constitui sanção personalíssima que incide apenas perante quem cometeu, participou ou anuiu com a prática
ilícita, e não ao mero beneficiário. Precedentes.
15. Embora incabível aplicá-la indistintamente a todos os candidatos, constata-se a anuência de Leonardo Nogueira (filho de
Ivaltânia Nogueira) e de Antônio Gomes da Rocha (esposo de Maria Eugênia de Sousa), os quais, repita-se, disputaram o mesmo
pleito pela mesma coligação, sem notícia de animosidade familiar ou política, e com ambas atuando na candidatura daqueles
em detrimento das suas.
CASSAÇÃO. DIPLOMAS. PREFEITA E VICE-PREFEITO. AUSÊNCIA. REPERCUSSÃO. SÚMULA 24/TSE.
16. Não se vislumbra de que forma a fraude nas candidaturas proporcionais teria comprometido a higidez do pleito majoritário,
direta ou indiretamente, ou mesmo de que seria de responsabilidade dos candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito.
Conclusão diversa esbarra na Súmula 24/TSE.
CONCLUSÃO. MANUTENÇÃO. PERDA. REGISTROS. VEREADORES. EXTENSÃO. INELEGIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA. CHAPA
MAJORITÁRIA.
17. Recursos especiais dos candidatos ao cargo de vereador pelas coligações Compromisso com Valença I e II desprovidos,
mantendo-se cassados os seus registros, e recurso da Coligação Nossa União É com o Povo parcialmente provido para impor
inelegibilidade a Leonardo Nogueira e Antônio Gomes da Rocha, subsistindo a improcedência quanto aos vencedores do pleito
majoritário, revogando-se a liminar e executando-se o aresto logo após a publicação (precedentes).
Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por maioria, em rejeitar a arguição de inobservância de litisconsórcio
passivo necessário; dar parcial provimento ao recurso da Coligação Nossa União É com o Povo, apenas para estender a
inelegibilidade a Leonardo Nogueira Pereira e a Antônio Gomes da Rocha, subsistindo, assim, a improcedência quanto aos
vencedores do pleito majoritário; negar provimento aos recursos especiais dos candidatos ao cargo de vereador nas eleições de
2016 pelas Coligações Compromisso com Valença I e II, mantendo, por conseguinte, cassados os seus respectivos registros;
revogar a liminar concedida na Ação Cautelar nº 0600289-45 e determinar a execução imediata das sanções após a publicação
do acórdão, nos termos do voto do relator.
Brasília, 17 de setembro de 2019.
MINISTRO JORGE MUSSI RELATOR
Composição: Ministra Rosa Weber (presidente), Ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Jorge Mussi, Og Fernandes,
Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos. Procuradora-Geral Eleitoral: Raquel Dodge.
Intimação
Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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