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UNIABEU – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ANA BEATRIZ CHRYPOSTOMO


ANA PAULA SANTOS
GIOVANNA CECILIA DE ALMEIDA
HOSANA DE SOUZA
JÚLIA DE OLIVEIRA
LÚCIA GOULART
MARCOS VINÍCIUS CARVALHO
SAMUVI BERNADA DE ANDRADE
PATRÍCIA ABREU
VITÓRIA RIBEIRO LEMOS

A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
E
O ZIKA VÍRUS

BELFORD ROXO -RJ


2019
ANA BEATRIZ CHRYPOSTOMO
ANA PAULA SANTOS
GIOVANNA CECILIA DE ALMEIDA
HOSANA DE SOUZA
JÚLIA DE OLIVEIRA
LÚCIA GOULART
MARCOS VINÍCIUS CARVALHO
SAMUVI BERNADA DE ANDRADE
PATRÍCIA ABREU
VITÓRIA RIBEIRO LEMOS

A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
E
O ZIKA VÍRUS

Trabalho de Biologia celular e molecular


apresentado ao Curso de Fisioterapia, Uniabeu
Centro Universitário, para meio de avaliação.

Orientadora: Prof.ª Flavia Emenegilda da Silva


(Doutora em Biociências e Biotecnologia).

BELFORD ROXO – RJ
2019
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ANA BEATRIZ CHRYPOSTOMO
ANA PAULA SANTOS
GIOVANNA CECILIA DE ALMEIDA
HOSANA DE SOUZA
JÚLIA DE OLIVEIRA
LÚCIA GOULART
MARCOS VINÍCIUS CARVALHO
SAMUVI BERNADA DE ANDRADE
PATRÍCIA ABREU
VITÓRIA RIBEIRO LEMOS

A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
E
O ZIKA VÍRUS

Essa pesquisa apresentada ao curso de


Fisioterapia, Uniabeu Centro Universitário, tem
como objetivo estudar a relação do Zika Vírus com
a Síndrome de Guillain-Barré. Biologia celular e
molecular.

Orientadora: Prof.ª Flavia Emenegilda da Silva


(Doutora em Biociências e Biotecnologia).

BELFORD ROXO - RJ
2019

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RESUMO

A síndrome de Guillain Barré é uma doença de caráter autoimune que


ataca essencialmente a mielina, comprometendo os nervos periféricos. Diagnósticos
realizados apresentam que a SGB ocorre devido a um quadro de infeccioso
precedente, sendo os mais frequentes a infecção por campilobacter jejuni com 32%
dos casos seguido por citomegalovírus e outras infecções virais. A síndrome de
Guillain Barré tem ganhado destaque devido a sua associação com a zika vírus. Caso
ocorra uma epidemia, a procura da população pelos de serviços de saúde aumentará
significativamente e poderá ter graves consequências. Por ser diagnóstica como uma
doença rara, a síndrome de Guillain Barré entra no protocolo clínico e diretrizes
terapêuticos nº497 23 de dezembro de 2009 do ministério da saúde. Nesse
documento constam todas as condutas que devem ser estabelecidas para o melhor
diagnóstico e tratamento da doença em prol do paciente. Apesar de ser uma doença
estudada há anos, a SGB não é de notificação obrigatória, o que dificulta obter
estatísticas, sendo mais uma das barreiras que o sistema de saúde enfrenta.

Palavras-Chave: Guillain-Barré, Zika.

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ABSTRACT

Guillain Barré syndrome is an autoimmune disease that acts primarily on


the myelin, compromising the peripheral nerves. Diagnosis over time that GBS occurs
due to an early infection, being the most frequent infection by campylobacter jejuni with
32% of cases defined by cytomegalovirus and other viral infections. Guillain Barré
syndrome was created due to its association with a Zika virus. If an epidemic occurs,
a person's search for the health service increases and worsens. Because it is
diagnosed as a rare disease, Guillain Barré syndrome is included in the clinical protocol
and in its presentation No. 497 December 23, 2009 from the Ministry of Health. This
document contains all the guidelines that should be defined for the best diagnosis and
treatment of the disease on behalf of the patient. Despite being a disease studied for
years, the GBS is not of mandatory notification, which is difficult to obtain statistics,
being one of the barriers that the health system faces.

Keywords: Guillain-Barré, Zika.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SUS – Sistema Único de Saúde

SGB – Síndrome de Guillain-Barré

CID – Classificação Internacional de Doenças

OMS – Organização Mundial da Saúde

PCDT– Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

PRN – Polirradiculoneurite aguda

CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças

OPM – Órteses, próteses e materiais especiais

RE - Retículo Endoplasmático

SVS - Secretária de Vigilância em Saúde

CERS - Centros especializados em Reabilitação

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................7
DESENVOLVIMENTO..................................................................................8
CONCLUSÃO...............................................................................................14
REFERÊNCIA.............................................................................................. 15

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INTRODUÇÃO

A síndrome de Guillain-Barré ( SGB), ou Polirradiculoneurite aguda (PRN),


CID 10 G61.0, é uma doença neurológica rara, de natureza autoimune que ataca
principalmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos, cujo o avanço se
dá clinicamente por apresentar graus evidentes de fraqueza em mais de um segmento
apendicular de forma simétrica, incluindo musculatura craniana, e também apresenta
reflexos miotáticos distais anormais. Já o diagnóstico laboratorial, vai depender da
Análise do líquido cefalorraquidiano, e o Diagnóstico eletrofisiológico. Deve-se
destacar que essa doença é a maior causa de paralisia flácida generalizada do planeta
terra, com ocorrência de 1–4 casos por 100.000 habitantes, por ano, e há um pico
entre os habitantes com 20 e 40 anos de idade. Deve-se destacar que vários países
que tiveram surto do Zika Vírus, recentemente têm relatado aumentos significativos
do número de pessoas com a Síndrome de Guillain-Barré. De acordo com pesquisas
realizadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a SGB está
fortemente associada ao Zika, no entanto apenas uma pequena proporção de pessoas
com infecção recente pelo Zika vírus contrai a SGB.

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1. A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

A Síndrome de Guillain-Barré é uma condição neurológica de caráter


autoimune na qual o organismo do corpo humano produz, de forma antinatural,
anticorpos que atacam o envoltório natural dos nervos periféricos (a chamada bainha
de mielina). Supõe-se que algum fator traumático ou infeccioso, produza uma
desequilíbrio imunológico que faz com que o organismo monte uma reação cruzada
entre partes do agente causador inicial (bactérias, vírus etc.) e o sistema nervoso. O
sistema imune então a ataca os nervos como se estivesse atacando o executor que
iniciou a reação imunológica. Isso faz com que o impulso nervoso seja propagado de
maneira extremamente lenta por meio destes nervos. Essa lentidão na condução dos
impulsos nervosos causa as manifestações da doença apresentadas pelos pacientes.

A SGB apresenta algumas alterações, e, complicações como a Neuropatia


Axonal Sensitivo-Motora Aguda (NASMA), a Síndrome de Miller-Fisher (SMF), a
polirradiculoneuropatia aguda desmielinizante inflamatória (AIDP), a Neuropatia
Axonal Motora Aguda (NAMA), Polinevrite Craniana, Pandisautonomia aguda e a
Variante Cervicobraquial.

Os sintomas da Síndrome de Guillain-Barré costumam surgir entre uma ou


duas semanas após a infecção viral ou bacteriana. Seus sintomas na fase aguda são
fraqueza muscular, paralisia, falta de sensibilidade no corpo, formigamento, dor e
diminuição de reflexos nos membros inferiores, superiores, na cabeça e no tronco.
Además, pode causar retenção de urina, hipertensão, taquicardia, hipotensão
postural, arritmia cardíaca, insônia, formação de úlceras de pressão, dificuldade de
comunicação, deficiência nutricional, imobilismo, trombose venosa, fluídos no pulmão
e falência respiratória. Em grande parte dos casos a fraqueza leva a paralisia da
musculatura respiratória, deixando o paciente em quadro clínico mais grave, incapaz
de respirar sem ajuda de ventilação mecânica. Esse quadro pode se agravar mais, e
o paciente ir a óbito em um curto período de tempo, o que impõe a importância de um
diagnóstico rápido.

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Mesmo existindo exames para esse diagnóstico, como a análise do líquido
cefalorraquidiano, a investigação etiológica, a eletroneuromiografia, e até mesmo o
exame de sangue, ele não é tão simples de ser realizado com precisão, pois ainda há
um obstáculo, que é relacionar o diagnóstico clínico com a SGB. Isso ocorre devido
aos sintomas iniciais serem bem comuns aos de várias outras doenças que podem
estar em surto naquela região, e o exame de sangue até mesmo pode colaborar para
essa associação aos surtos, pois irá apontar um alto número de leucócitos no sangue,
indicando uma infecção.

O Sistema Único de Saúde (SUS) concede tratamento para a SGB,


incluindo procedimentos, diagnósticos clínicos, de reabilitação e medicamentos. O
Brasil possui 136 Centros Especializados em Reabilitação, que atendem pacientes
com a Síndrome de Guillain Barré pela rede pública de saúde. A maior parte dos
pacientes com SGB é acolhida em estabelecimentos hospitalares. O tratamento
busca agilizar o método de recuperação, minimizando os problemas ligados à fase
aguda e reprimindo os déficits neurológicos residuais em maior período. Esse
tratamento também conta com suporte nutricional e Fisioterapia.

Além disso, O SUS possui Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para


a BGS, que antevê em meio a outros tratamentos, a disponibilidade do medicamento
imunoglobolina intravenosa e do procedimento plasmaférese, que é uma forma de
transfusão que concede a retirada do plasma sanguíneo de um doador ou de um
doente. O médico é o profissional responsável por indicar o melhor tratamento para o
paciente, conforme cada caso. O SUS também disponibiliza o medicamento
imunoglobina humana 5g para o tratamento da Síndrome de Guillanin Barré.

Os demais procedimentos oferecidos estão: Tratamento intensivo em


reabilitação, Atendimento Fisioterapêutico em pacientes no pré e pós-operatório,
Atendimento Fisioterapêutico nas alterações motoras, Atendimento Fisioterapêutico
em pacientes com distúrbios neuro-cinético Tratamento de Polineuropatias,
Tratamento de Polirradiculoneurite Desmielinizante Aguda, Neurotomia Percutanea
de Nervos Periféricos por Agentes Químicos, Tratamento Odontológico para pacientes
com necessidades especiais, Adaptação de Órteses e Próteses auxiliares de
locomoção, Cadeira de Rodas Monobloco, Cadeira de Rodas para banho com encosto
reclinável, Cadeira de Rodas para Banho com Aro de Propulsão, Adaptação de

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Assento para Deformidades de Quadril, Adaptação de encosto para deformidades de
tronco, Adaptação do apoio de pés da cadeira de rodas, Apoios laterais do tronco em
3 ou 4 pontos, Apoios laterais de quadril para cadeira de rodas, Apoio para
estabilização da cabeça na cadeira de rodas, Adaptação abdutor tipo cavalo para
cadeira de rodas, Adaptação de Opm ortopédica; Manutenção de Opm ortopédica,
Tábua (prancha) para transferência, Cinta para transferências, Almofada de assento
para prevenção de úlceras de pressão em células, Almofada de assento para cadeira
de rodas para prevenção de úlceras.

1.1 Fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré

O uso da fisioterapia é vital em diversas fases da doença, trabalhando com


fisioterapia motora e respiratória, baseando-se nas prováveis complicações advindas
da SGB. A ação do Fisioterapeuta ajuda no procedimento de recuperação,
maximizando as funções e minimizando as complicações decorrentes dos déficits
neurológicos residuais, ajudando na redução, ou na extinção da limitação funcional ou
incapacidade, além de auxiliar na produção de líquido sinovial, diminuir a
sintomatologia álgica conservação da elasticidade do músculo, e proporcionar a
melhoria da coordenação motora para melhor desempenho da funcionalidade dos
movimentos das articulações, entre outros.

Portanto, tem como principal objetivo devolver a qualidade de vida,


restabelecendo a força muscular de forma ágil, diminuindo as incapacidades, e
buscando devolver o paciente as suas atividades normais do cotidiano.

Na fisioterapia motora torna-se presente a utilização de exercícios


passivos, ativos-assistidos e ativos, monitorando o quadro de fraqueza muscular, e
respeitando o limite e dor do paciente. A medida em que o tratamento vai evoluindo,
há a atuação de atividades de fortalecimento muscular e melhoria da propriocepção
com treinamento de transferências e equilíbrio com posturas cada vez mais altas,
exercícios resistidos realizados em cadeia cinética fechada e aberta, também o treino
de marcha, que pode estar danificada devido ao período de paresia. Tendo em mente
sempre deixar o paciente confortável com bom posicionamento, fazer mudanças de
decúbito e atividades metabólicas que são vitais para evitar diminuição de tendões,

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contraturas articulares, úlceras de decúbitos, trombose venosa profunda e
tromboembolismo pulmonar.

De acordo com KAHN, PALLANT, AMATYA, NG, GORELIK E BRAND


(2011), que realizaram um estudo controlado randomizado, por meio desse,
repararam a melhora da locomoção, mobilidade articular, controle esfincteriano, e
transferências, após a realização de um programa de reabilitação fisioterapêutica de
alta e baixa intensidade de pessoas na fase crônica da SGB.

2. O ZIKA VÍRUS

Zika é um vírus, da família Flaviviridae, a mesma família dos vírus de


dengue, febre amarela e febre do Nilo Ocidental. Esses Flavivírus são estruturas
pequenas compostas por proteínas, RNA (uma molécula relacionada ao DNA) e
membrana lipídica. Cada partícula viral consiste de uma cadeia simples de RNA
dobrada dentro de uma cápsula proteica, denominada capsídeo, envolta por uma
esfera externa conhecida como envelope. São transmitidas pelo mesmo vetor da
dengue e chikungunya, o mosquito Aedes aegypti. Sua principal forma de transmissão
é por meio de vetores, mas de acordo com a literatura científica também há a
possibilidade de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisas, perinatal e
sexual, além da possibilidade de transmissão transfunsional.

O Zika Vírus, assim como todos os demais vírus, mantém sua característica
de ser um parasita intracelular obrigatório, pois não podem se reproduzir sozinhos. Ao
contrário disso, eles necessitam infectar e se reproduzir dentro de células de diversas
espécies, incluindo de humanos, macacos e mosquitos. Apesar de não sabermos que
tipo de células o Zika Vírus visa comprometer, no corpo humano, estudos com culturas
de células (células que crescem em placa de petri) mostram que Zika pode infectar
uma variedade de células do sistema imunológico encontradas na pele humana.

O Zika não é um vírus novo. Ele foi primeiramente encontrado em um


macaco na floresta Zika da Uganda em 1947 e o primeiro caso humano foi relatado
em 1954. Também teve ocorrência na África nos anos seguintes e, a partir do final da
década de 1960, na Ásia Equatorial também. Em 2007, foi registrado o primeiro surto
de Zika, na Ilha Yap nos Estados Federados da Micronésia. Neste surto, estima-se
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que mais de 70% da população da ilha com mais de três anos de idade sofreram
contaminação pelo vírus. Em 2013, 2014, outro surto de Zika ocorreu, na Polinésia
Francesa e nas ilhas vizinhas. Durante este surto, as autoridades de saúde notaram
uma frequência aumentada de doenças neurológicas, incluindo Síndrome de Guillain-
Barré (que causa paralisia temporária), assim como anormalidades no sistema
nervoso e no cérebro de lactentes. Os primeiros casos de Zika no Brasil foram
registrados em maio de 2015. Desde então, a presença do Zika tem sido reportada
em muitos países ao longo das Américas do Sul e Central. As cepas do vírus Zika
atualmente encontradas nas Américas estão intimamente relacionadas com aquelas
do surto na Polinésia Francesa, o que sugere que o vírus pode ter chegado ao Brasil
vindo da Polinésia Francesa.

Assim que as partículas Zika estão no corpo, elas necessitam penetrar a


partir de células individuais para se replicar e produzir mais vírus. A entrada na célula
é possível porque a partícula do vírus da Zika carrega proteínas específicas no seu
envelope externo que interagem com receptores das células humanas. Quando as
proteínas virais se ligam aos receptores das células, elas "enganam" as células para
absorver as partículas contaminadas pelo vírus.

Dentro da célula, o genoma do RNA viral é liberado para o citoplasma, ou


compartimento principal preenchido por fluido, da célula. Nesse momento, a molécula
de RNA é traduzida por enzimas na célula para gerar uma longa proteína, a qual é
quebrada em um número de proteínas menores. Algumas dessas proteínas são
componentes estruturais necessários para gerar partículas virais novas, como o
capsídeo e envelope proteicos. Enquanto as demais proteínas virais copiam e
processam o genoma do RNA.

As proteínas virais e cópias do genoma do RNA viral se fixam na superfície


do retículo endoplasmático (RE), compartimento membranoso que faz parte do
sistema exportador da célula. Novas partículas virais saem do interior do retículo
endoplasmático, levando um pequeno fragmento da membrana do RE junto à elas.
Esta membrana formará o envelope viral. As partículas, então, viajam por meio do
aparato de Golgi, onde são forçadas a mais etapas antes de serem soltas na superfície
celular. Podendo infectar outras células, continuando o ciclo infeccioso.

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Os sintomas do Zika vírus variam entre febre intermitente, hiperemia
conjutival não purulenta e sem purido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Outros
sintomas menos frequentes são edema, dor de garganta, tosse, vômitos e
haematospermia, segundo a literatura, mais de 80% das pessoas contaminadas não
desenvolvem manifestações clínicas, porém, quando presentes, são caracterizados
por exantema maculopapular prurignoso, e os demais sintomas citados a cima. Tais
sintomas desaparecem num período de 3 a 7 dias, tendo uma evolução benigna, mas
a artralgia pode persistir por um mês.

De acordo com a site da Fiocruz, não há um tratamento específico, no


entanto, para os casos onde ocorram os sintomas, é recomendado o uso de
Paracetamol, ou Dipirona para diminuição da febre e da dor. Segundo a Secretária de
Vigilância em Saúde (SVS), é válido ressaltar que no país, muitas das regiões com
surto de Zika, também estão sofrendo com o aumento dos casos de doenças
ocasionadas pelo mesmo vetor, como a Dengue e chikungunya. Estas possuem um
quadro clinico semelhantes, sendo importante a atenção do profissional da saúde,
pois diferente da zika, a Dengue é mortal, portanto, os agentes da saúde devem estar
antenados para casos que haja suspeita de Dengue.

No caso de sequelas mais graves, como doenças neurológicas, deve ser


feito um acompanhamento médico gerando uma avaliação, decidindo que tratamento
deve ser aplicado. Essas sequelas serão tratadas em centro multi-profissionais
especializados, como os Centros especializados em Reabilitação ( CERS).

2.1 Tratamento por meio da Fisioterapia

O tratamento fisioterapêutico no paciente com Zika Vírus, só ocorre quando há


um desenvolvimento de outras doenças ligadas a essa, como a Síndrome de Guillain-
Barré, e a Microcefalia congênita.

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3. ZIKA VÍRUS E SUA RELAÇÃO COM A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

Conclui-se, portanto, que o Zika vírus está ligado a casos da síndrome de


Guillain-Barré, pois a infecção pelo vírus é um gatilho para essa condição. Muitas
pesquisas ainda estão sendo feitas para saber porque isso aconte, mas no momento,
só podem afirmar que tais doenças estão ligadas Uma análise de amostra sanguínea
do surto do vírus Zika, na Polonésia Francesa, em 2013 e 2014 fortaleceu a correlação
desse vírus com a Síndrome de Guillain-Barré, e de acordo com um artigo publicado
online no Lancet, em 29 de fevereiro, a incidência de SGB apontou 24 casos para
100.000 pacientes com Zika. E segundo o site da Fiocruz, a Zika pode sim, ocasionar
a Síndrome de Guillain-Barré, tanto quanto pode ser ocasionada por infecções virais
diversas, infecções bacterianas, vacinações, cirurgias, anestesias, traumas, etc. Foi
desta uma pesquisa e a mesma comprovou que aproximadamente 2/3 dos pacientes
descrevem uma infecção prévia antes do quadro neurológico.

Pesquisas sobre a relação dessas doenças também foram feitas no ‘’


Centre Hospitalier de la Polynesie Française “. O Dr. Cao-Lormeau e seus colegas de
trabalho analisaram amostras de sangue de todos os 42 pacientes diagnosticados
com a Síndrome de Guillain-Barré. Os pacientes com SGB apresentavam fraqueza
muscular generalizada (74%), inabilidade de caminhar (44%), e/ou paralisia facial
(64%), dezesseis desses 42 (38%) pacientes foram admitidos em UTI e 12 (29%)
precisaram de assistência obrigatória. 41 de 42 pacientes com SGB (98%) foram
positivos para o Zika Vírus.

De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças, vários


países que tiveram surtos de zika recentemente têm relatado aumentos de pessoas
com a síndrome de Guillain-Barré (SGB). A pesquisa atual do CDC sugere que a SGB
está fortemente associada ao zika; no entanto, apenas uma pequena proporção de
pessoas com infecção recente pelo zika vírus contrai a SGB.

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REFERÊNCIAS

1. Fundação Oswaldo Cruz, página institucional. Disponível em: <


https://portal.fiocruz.br/ > Acesso em 28 de maio, 2019.
2. Knobel, Elias
Conduta no Paciente Grave/ Elias Knobel – São Paulo, Editora Atheneu,
1998.
3. Kisner, Carolyn
Exercícios terapêuticos: Fundamentos e técnicas/ Carolyn Kisner, Lynn Allen
Colby: [Tradução Lilia Breternitz Ribeiro]. – 6. Ed --Barueri, SP: Manole, 2016.
4. Ministério da Saúde, página institucional. Disponível em: <
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-raras > Acesso em 30 de
maio, 2019.
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https://portugues.cdc.gov/zika/healtheffects/gbs-qa.html > Acesso em 01 de
junho, 2019.
6. Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – SBN, página institucional. Disponível
em: < https://portalsbn.org/portal/na-corrida-contra-a-epidemia-pesquisadores-
buscam-soro-para-combater-zika/ > Acesso em 01 de junho, 2019
7. Epidemiol. Serv. Saúde 26, Disponível em: < ://doi.org/10.5123/S1679-
49742017000100002 > Acesso 02 de junho 2019.
8. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS no 497, de 23 de
dezembro de 2009. Síndrome de Guillain-Barré. Disponível em : <
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/03/pcdt-sindrome-
guillain-barre-livro-2009.pdf > Acesso 02 de junho, 2019
9. Multi Saúde Educacional, página institucional. Disponível em: <
https://multisaude.com.br/artigos/a-atuacao-do-enfermeiro-na-sindrome-de-
guillain-barre/ > Acesso 02 de junho, 2019
10. EROIMMUM, Zika vírus, página informatova. Disponível em: <
https://zikavirus.com.br/ > Acesso 02 de junho, 2019
11. RETS - Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, página
institucional. Disponível em: < http://www.rets.epsjv.fiocruz.br/zika-virus-e-
complicacoes-perguntas-e-respostas > Acesso em 02 de junho, 2019
12. RETS - Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, página
institucional. Disponível em: < http://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sindrome-de-
guillain-barre > Acesso em 02 de junho, 2019

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