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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

POLO SÃO PAULO – QUNITA DO SOL


Curso: Engenharia de Produção

Adnaldo Gonçalves da Silva


Bruno Martins de Carvalho
Cleto José Bezerra
Leandro Vinicius Mantovani
Marco A. M. Mercadante
Sebastião A. De Souza
Vinicius Martins Moraes

REUSO CONSCIENTE DA ÁGUA

“Água de reuso proveniente da máquina de lava roupas”

Link do vídeo FINAL no Youtube:


https://www.youtube.com/watch?v=ENxhoyoVZ6k&feature=youtu.be

São Paulo
2018
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Adnaldo Gonçalves da Silva 2
Bruno Martins de Carvalho
Cleto José Bezerra
Leandro Vinicius Mantovani
Marco A. M. Mercadante
Sebastião A. De Souza
Vinicius Martins Moraes

REUSO CONSCIENTE DA ÁGUA

“Água de reuso proveniente da máquina de lava roupas”

Relatório Final do Projeto Integrador I


Para Engenharia de Produção
Orientado pelo tutor Chang Chung Wei
Tema: Clima, Ambiente e Sociedade

São Paulo
2018

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RESUMO 3

A dinâmica climática do planeta Terra é instável por natureza, porém,


devido ao aumento da poluição causada pela emissão de gases na atmosfera
em decorrência da queima de combustíveis fosseis e ocorridas pelas
radiações solares alteram as mudanças climáticas, provocando o chamado
efeito estufa e em consequência algumas regiões podem se beneficiar com
invernos mais rigorosos e chuvas menos intensas, enquanto outras podem
sofrer com temperaturas mais elevadas, com o surgimento de catástrofes
ambientais recorrentes, entre elas a falta de água.
Sabemos que existem recursos naturais não renováveis, ou seja,
aqueles que não podem renovar-se naturalmente ou pela intenção humana, e
que também existem os recursos naturais renováveis. No entanto, é errôneo
pensar que estes últimos sejam inesgotáveis, pois seu uso indevido e de
forma não racional poderá extinguir a sua disponibilidade na natureza, com
exceção dos ventos e da luz solar, que não são diretamente afetados pelas
práticas de exploração humana.
Entretanto, as necessidades humanas são ilimitadas, porém a
quantidade de recursos naturais e de produção são finitos, portanto, não há e
nunca haverá recursos suficientes para satisfazer todas as necessidades e
desejos humanos, para tanto, neste trabalho utilizando de métodos de
racionalização e de prática simples podemos minimizar o uso da agua
normalmente descartada no processo de lavagem de roupa, diminuindo a
captação da rede e reutilizando para outras finalidades usuais em qualquer
residência.

Palavras-chave: Água. Reuso. Racionalização de uso.

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ABSTRACT 4

The climatic dynamics of planet Earth is unstable by nature, but due to


the increase in pollution caused by the emission of gases in the atmosphere
due to the burning of fossil fuels and caused by solar radiation, they alter the
climate changes, causing the so-called greenhouse effect and, as a
consequence some regions may benefit from more intense, less intense
winters, while others may suffer from higher temperatures, with recurrent
environmental catastrophes, including water shortages.
We know that there are non-renewable natural resources, that is, those
that can not be renewed naturally or by human intention, and that there are
also renewable natural resources. However, it is erroneous to think that the
latter are inexhaustible, since their improper and non-rational use may
extinguish their availability in nature, except for the winds and sunlight, which
are not directly affected by the practices of human exploitation.
However, the human needs are limitless, but the quantity of natural
resources and production are finite, therefore, there is and will never be
enough resources to satisfy all human needs and desires, for this purpose, in
this work using methods of rationalization and simple practice can minimize
the use of water, usually discarded in the laundry process, reducing the
collection of the network and reusing it for other usual purposes in any
residence.

Keywords: Water. Reuse. Rationalization of use.

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5

LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Categorias de consumo.....................................................................12
Tabela 2: Resultados das entrevistas................................................................18
Tabela 3: Custos para reuso em maquina de lavar 5Kg................................... 26
Tabela 4: Custos para reuso em maquina de lavar 10Kg................................. 26

LISTA DE GRAFICOS
Gráfico 1 – Moradores por residência................................................................13
Gráfico 2 – Residências que possuem máquina de lavar roupa........................13
Gráfico 3 – Quantidade de vezes na semana que utiliza a máquina de lavar....13
Gráfico 4 – Quantidade de vezes que lava a garagem ou carro........................14
Gráfico 5 – Conhece o uso consciente da água.................................................14
Gráfico 6 – Reutiliza a água ou descarta............................................................14
Gráfico 7 - Já faz algum tratamento para a retirada dos resíduos......................15
Gráfico 8 - Gostaria de realizar um processo para a retirada dos resíduos?.....15
Gráfico 9 – Interesse no projeto pra reuso da água...........................................15

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6

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA......................................................................07
2. PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA.. ..................................... .............09
2.1 PERSPECTIVA DE IMPLANTAÇÃO PARA O PRESENTE TRABALHO.........10
2.2 METODOLOGIA..................................................................................................11
2.3 ANÁLISE DE DADOS.........................................................................................16
3. CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO......................................................................16
3.1 ESCASSEZ DE ÁGUA........................................................................................16
3.2 O USO RACIONAL E O REUSO DA ÁGUA......................................................19
3.3 PROCESSOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA.............................21
3.4 COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO.....................................................................22
3.4.1COAGULAÇÃO.................................................................................................22
3.4.2 FLOCULAÇÃO ................................................................................................23
3.5 ELEMENTOS FILTRANTES..............................................................................24
3.6 FILTROS SERIADOS..........................................................................................25
3.7 CUSTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO ........................................26
3.8 DESENHO DO PROTÓTIPO..............................................................................27
3.8.1 DESENHO DO PROTÓTIPO ( 3 Perspectivas ).............................................28

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................28

REFERÊNCIAS. ...............................................................................................................30
APÊNDICE A - Questionário a ser Aplicado aos Entrevistados ...................................33

APÊNDICE B - Tabela INMETRO Equipamentos ............................................................34

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1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 7

O crescimento populacional e o desenvolvimento tecnológico e


econômico vêm acarretando, nas últimas décadas, um aumento da utilização
da água e da contaminação das fontes existentes. Muitos interesses
passaram a ser conflitantes e a urgência em aumentar a disponibilidade de
água é uma preocupação latente (THAME, 2000).
Ainda que a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha realizado
em 1977 a Conferência de Mar del Plata para tratar da água, o tema
permaneceu sem maior relevância até os anos 1990. Documentos
internacionais importantes tratando da questão ambiental, como O Nosso
Futuro Comum (1987), a Agenda XXI (1992) e a Carta da Terra (1992),
chegam a surpreender pelo tratamento tímido que a água mereceu,
sobretudo, quando comparamos com o destaque que vem tendo a partir da
segunda metade dos anos 1990, a ponto de a água ser apontada como a
razão maior das guerras futuras (LIBÂNEO, 2010).
Durante muitos anos os esforços se mantiveram na direção de realizar
a gestão da oferta, aumentando-se a extensão de redes de abastecimento,
buscando-se água em lugares cada vez mais distantes. No caso particular do
Brasil, apesar da grande quantidade de água existente, a concentração de
água doce disponível para o consumo, não coincide com a concentração
populacional dos grandes centros urbanos.
Estima-se entre 1,36.109 a 1,46.109 km3 o volume de água no
planeta, do qual, aproximadamente 97% correspondem aos mares, oceanos
e lagos de água salgada (VON SPERLING, 2005). Ainda que a
dessalinização como tecnologia de potabilização tenda a crescer, a água
doce disponível constitui-se na alternativa de abastecimento mais facilmente
acessível às populações.
Possivelmente, as futuras gerações terão sérios problemas com a
escassez de água no planeta, tendo em vista que a geração contemporânea
já vivencia as problemáticas acarretadas pelo uso desenfreado deste recurso
natural. Problemas como a degradação de águas superficiais e subterrâneas

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próprias para o consumo humano, a distribuição desigual dos recursos 8

hídricos, ou a escassez dos mesmos, vêm fazendo com que o planeta já


passe por uma crise hídrica, pois a falta, ou mesmo a existência da água em
condições inadequadas, é responsável pela morte de milhares de pessoas
todos os anos ao redor do globo.
A água é um recurso natural essencial ao planeta e à
manutenção da sobrevivência de todas as espécies da biodiversidade. Por
se tratar de recurso finito e estar atravessando um momento de degradação
que poderá colocar em colapso sua disponibilidade, torna-se assunto
fundamental a ser desenvolvido em todos os segmentos da sociedade.
DIAS (2004) ressalta que “pequenas atitudes fazem a diferença. O
hábito que temos de deixar a torneira aberta enquanto não estamos
utilizando a água de alguma forma causa um aumento razoável do consumo.
Banhos demorados podem custar de 95 a 180 litros de água potável. É
preciso consolidar hábitos que beneficiem a todos e certamente, o uso
adequado de recursos naturais é um dos mais importantes”.
A necessidade de conservação da água é notória e medidas já estão
sendo instituídas pelo governo e órgãos não governamentais para uma ação
de controle dos desperdícios e uma política de redução no consumo da água.
Um exemplo é o Programa Nacional de Combate ao Desperdício da Água do
governo federal brasileiro. Este programa tem por objetivo promover o uso
racional da água de abastecimento público nas cidades brasileiras, em
benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da eficiência dos
serviços. Isto implica em ações e instrumentos tecnológicos, normativos,
econômicos e institucionais, concorrentes para uma efetiva economia dos
volumes de água demandados para consumo nas áreas urbanas (PNCDA,
2006).
Estas ações implicam em soluções como a medição individualizada, a
diminuição das perdas no sistema e o uso de fontes alternativas de água
como a água de chuva e os efluentes tratados, gerados na própria
residência, para fins menos nobres, ou seja, aqueles nos quais não se requer

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água potável. 9

O uso de águas de chuva tem um longo histórico no mundo inteiro


sendo utilizada em muitas sociedades modernas como um valioso recurso
para irrigação, para consumo potável, quando devidamente tratada, e mais
recentemente para promover descargas sanitárias e lavagem de roupas.
Contudo, a sua utilização está vinculada a um regime constante de chuvas,
que possa suprir a demanda de uso. Todavia, com a segregação das águas
em uma residência, chamada de água cinza, que são as águas provenientes
do lavatório, chuveiro e tanque/máquina de lavar roupa pode-se obter água
para fins menos nobres de forma regular.
As águas cinzas apresentam qualidade muito variada, dependente das
diversas atividades domésticas associadas, sendo que os componentes
presentes variam de fonte a fonte, ou seja, de residência a residência, onde o
estilo de vida, costumes, instalações e a quantidade de produtos químicos
utilizados irão influenciar nesta qualidade.
Uma máquina de lavar pode chegar a utilizar até 110 litros de água,
enquanto a média de água gasta por pessoa, no lar, é de cerca de 250 litros
por dia, então temos aproximadamente 44% da quantidade de água gasta
por uma pessoa somente na máquina de lavar.
O presente trabalho vem com uma alternativa para que essa água
gasta na lavagem de roupa venha a ser reutilizada usando o conceito de
água cinza.
O projeto está estruturado em 6 capítulos, respectivamente: Introdução
e Justificativa, Problema e Objetivos da Pesquisa, Fundamentação Teórica,
Metodologia, Análise dos Dados, Considerações Parciais, Limitações e
Recomendações.

2. PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA


Neste item serão descritos os problemas que levaram ao
desenvolvimento da pesquisa, bem como os objetivos deste relatório.
Em 2015, segundo dados do IBGE/2015 (anexo 01), a participação das

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famílias brasileiras nas despesas com água de distribuição e serviços de 10

esgoto eram da ordem de 58,30%, e com um custo com serviços dessa


natureza da ordem de R$/m3 1,56. Assim, tomando por referência que uma
máquina de lavar roupa de 8 kg, Fabricante Electrolux, modelo LT08E, há um
consumo total, litros/ciclos de 112 (apêndice - B).
Assim, podemos verificar a quantidade de água utilizada por uso do
equipamento e verificar a economia resultante do uso do processo de
retirada dos residuos durante o tratamento.
O objetivo deste trabalho é analisar o desperdício de água que se
utiliza na máquina de lavar roupa, a fim de propor um modelo que seja viável
do ponto de vista social, econômico e ambiental, contemplando a maior
diversificação possível.
Esta pesquisa trata em diferentes aspectos da utilização, tratamento e
conservação dos recursos hídricos do estado de São Paulo, integrando as
disciplinas do 1º bimestre do curso de Engenharia da UNIVESP, no escopo
do presente trabalho, de forma que haja a transmissão de conhecimentos e
aprendizagem colaborativa na construção coletiva do saber e atentos à
multidisciplinaridade presente, utilizamos a escuta de especialistas de
diversas instituições, sejam elas acadêmicas, industriais ou comerciais, que
contribuíram de forma preponderante no levantamento dos dados, projeções,
estimativas e teses que permeiam todo o texto, cuja consecução última seria
o aprendizado no fazer, ao sermos expostos a tema de tamanha relevância.

2.1 PERSPECTIVAS DE IMPLANTAÇÃO PARA O PRESENTE TRABALHO


No presente projeto nos preocupamos com a reutilização da água
utilizada em lavagens domésticas de roupas, em tanques ou em máquinas de
lavagem, considerando que aproximadamente 40 litros de água são
utilizados em cada etapa do processo de lavagem (molho e lavagem, e
enxágue). Quando são utilizados amaciantes adiciona-se um enxágue final
onde é utilizado igual volume de água. Desta forma, objetivamos uma
economia mínima de 50 % da água consumida nesta importante atividade

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doméstica, de importância fundamental para a saúde pelos procedimentos 11

objeto de estudo no presente trabalho.


As principais substâncias encontradas na água de lavagem de roupas
domésticas são partículas de diferentes tamanhos em suspensão, micelas
constituídas de sabões ou detergentes com gorduras, sabões, detergentes,
em excesso, amaciantes, microrganismos, areia e corantes. A maior parte
destes compostos são anfipáticos, que estruturalmente podem ser definidos
como substâncias que apresentam parte apolar e parte polar, também sendo
encontrados sais orgânicos e inorgânicos, álcoois e carboidratos modificados
entre outros (LEME, 1990).

2.2 METODOLOGIA
Materiais:
 Ficha de anotação;
 Prancheta;
 Caneta;
 Software (Microsoft Excel, Microsoft Word);
 Computador.

Recursos Humanos:
 3 Entrevistadores.
No estudo foram entrevistadas 50 pessoas do sexo feminino na Cidade
de São Paulo, nos bairros de Vila Cisper, Vila Sílvia e Jardim Keralux.
A seleção da amostra foi feita através de residências próximas aos
entrevistadores, os quais foram esclarecidos previamente sobre o estudo.
Neste estudo utilizou-se pesquisa quantitativa, que baseou-se em
técnicas de coletas de dados.
Também foram realizadas pesquisas de campo, com a utilização de
questionários com questões fechadas de natureza exploratória.

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Foram realizadas 09 perguntas às entrevistadas: 12

 Conhece o uso consciente da água?


 Quantas pessoas moram na residência?
 Possui máquina de lavar roupa?
 Quantas vezes por semana lava roupa?
 Reutiliza a água proveniente da lavagem de roupas ou descarta?
 Reutiliza para lavar carro ou quintal?
 Já faz algum tratamento para a retirada dos resíduos?
 Gostaria de realizar um processo para a retirada dos resíduos?
 Se indicassem uma forma para realizar o tratamento dessa agua e
consequentemente diminuir seus gastos com o uso, se interessaria?
Resposta ao Questionário

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13
Moradores por residência
14 14
14
12
10 8
8 7
6
6
4 QTDE
2 1
0

Gráfico 1 – Moradores por residência

Residências com lava roupas


6; 12%

SIM
NÃO

44; 88%

Gráfico 2 – Residências que possuem máquina de lavar roupa

Qtas vezes lava roupa por semana

25 22
19
20
15
8
10
5 1
0
1 vez por 2 vez por 3 vez por 4 vez por
semana semana semana semana

Gráfico 3 – Quantidade de vezes na semana que utiliza a máquina de lavar

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14
Lava garagem ou carro

1; 2%

18; 36% 1 Vez por semana


31; 62% Não possuo
2 Vezes por semana

Gráfico 4 – Quantidade de vezes que lava a garagem ou carro

Conhece o uso consciente da agua

16; 32%
Não conheco
34; 68%
Sim conheço

Gráfico 5 – Conhece o uso consciente da água

Reutiliza agua ou descarta

23; 46% Descarto


27; 54%
Reutilizo, lavar
o quintal

Gráfico 6 – Reutiliza a água ou descarta

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15
Já faz algum tratamento na agua
3; 6%

Não
Sim
47; 94%

Gráfico 7 - Já faz algum tratamento para a retirada dos resíduos

Gostaria de tirar os residuos da agua

1; 2% 2; 4% Depende, é muito
7; 14% difícil
NÃO, gostaria

40; 80%
Não tenho como
armazenar
Gostaria

Gráfico 8 - Gostaria de realizar um processo para a retirada dos resíduos?

Projeto para economizar agua e


diminuir o valor da sua conta, você se
interessaria?

50; 100%

Gráfico 9 - Se indicassem uma forma ou processo para realizar o tratamento dessa agua e consequentemente
diminuir seus gastos com o uso, se interessaria?

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2.3 ANÁLISE DOS DADOS 16

Conforme os dados obtidos observamos que das 50 pessoas


entrevistadas, 44 residências possuem o equipamento (44,88%), destas 28
residências possuem entre 03 e 04 pessoas (56%) e que 41 utiliza uma ou
duas vezes por semana o equipamento.
Em relação à lavagem de carro 31 residências lavam o veículo 1 vez
por semana (31,62%), porém outras 18 famílias que não possuem veículo
utilizam (18,36%), utilizam de água para lavarem o quintal.
Dentre os domicílios entrevistados 16 (16,32%) não conhecem o uso
consciente da água e 34, (34,68%) domicílios dizem conhecer.
Entretanto, 27 domicílios (54%) afirmam que descarta a água da
máquina de lavar roupas, sendo que 23 (46%) a reutilizam para lavar o
quintal.
A pesquisa também apontou que desses 50 domicílios 94% não
realizam qualquer tipo de tratamento do resíduos para reutilização, e que
80% gostariam de realizam algum processo para o tratamento da água. Entre
todos os pesquisados todos afirmaram que se houvesse um método para
tratamento de água e consequentemente, a diminuição do consumo e do
valor pago em sua conta mensal se interessariam.

3. CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO

3.1 ESCASSEZ DE ÁGUA


A escassez da água tornou-se um dos graves problemas mundiais e
vem aumentando devido a vários fatores como a poluição hídrica, o uso
desordenado, o crescimento da demanda e a industrialização. Estes fatores
contribuem gradativamente para a diminuição da sua disponibilidade e fazem
com que a água se torne a cada dia um bem mais raro e, consequentemente,
mais precioso.
De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), 97,5% da água
existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo direto

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nem à irrigação da plantação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) é 17

de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas
subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e 1% encontra-se nos rios. Logo,
o uso desse bem precisa ser pensado para que não prejudique nenhum dos
diferentes usos que ela tem para a vida humana.
Segundo (MARENGO, 2008), o Brasil tem posição privilegiada no
mundo, em relação à disponibilidade de recursos hídricos. Possui
aproximadamente 12% da disponibilidade mundial de recursos hídricos, se
forem levadas em conta as vazões oriundas em território estrangeiro e que
ingressam no país (Amazônica, Uruguai e Paraguai), serão então 18% da
disponibilidade mundial.
Por outro lado, a expectativa sobre a disponibilidade de água no
planeta é extremamente preocupante. Segundo (PETERS, 2006), estudos
apontam que, para os próximos 20 anos, dois terços da população viverão
em territórios com grande escassez de água.
A disponibilidade hídrica se refere tanto à oferta quanto à qualidade da
água às populações. Deste modo, esta disponibilidade está diretamente
ligada com as reservas de água existentes e encontrar água de boa
qualidade na natureza está a cada dia mais difícil.
O fornecimento de água também é comprometido quando a oferta não
acompanha a demanda. Isso se deve ao crescimento acelerado do setor
urbano e industrial que aumenta excessivamente o consumo de água.
Quanto maior o aglomerado urbano, maior a demanda diária per capita. O
suprimento de água já está ficando comprometido em algumas cidades como
São Paulo, pois a oferta não acompanha a demanda (PETERS, 2006).
A disponibilidade de água no Brasil depende em grande parte do clima.
O ciclo anual das chuvas e de vazões no país varia entre bacias, e de fato a
variabilidade interanual do clima, associada aos fenômenos de El Niño, La
Niña, ou à variabilidade na temperatura da superfície do mar do Atlântico
Tropical e Sul podem gerar anomalias climáticas, que produzem grandes
secas, como em 1877, 1983 e 1998 no Nordeste, 2004-2006 no Sul do

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Brasil, 2001 no Centro-Oeste e Sudeste, e em 1926, 1983, 1998 e 2005 na 18

Amazônia (MARENGO, 2008).


A necessidade da água se dá em todos os setores do cotidiano de
acordo com os seus usos (doméstico, comercial, público, industrial e
agrícola). O consumo em cada setor é distinto, segundo TOMAZ (2000), as
categorias de consumo de água em instalações prediais podem ser
classificadas como residencial, comercial, industrial e pública.

A demanda residencial pela água difere, de região para região, de


acordo com o modo e padrão de vida da população. Segundo ANNECCHINI
(2005) o consumo de água em uma habitação é influenciado por diversos
fatores, tais como o clima, a renda familiar, habitantes na residência, cultura
e gestão do sistema de abastecimento.
Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPS), cada
indivíduo necessita a cada dia de aproximadamente 200 litros de água por
dia para atender suas necessidades, quer de higiene quanto para o preparo
de alimentos (MACÊDO, 2001).
No Brasil, apesar da literatura apontar para números surpreendentes
como uma média anual é de 36000 litros/habitantes, já presenciamos a
necessidade de racionalizar e mesmo racionar o seu uso. Dentre os nossos
problemas estão a distribuição irregular da disponibilidade, sendo que 80 %

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está na Amazônia, onde vivem 5% da nossa população e 3,3% no Nordeste 19

onde vivem aproximadamente 33% da nossa população (RAINHO,1999;


NOGUEIRA, 1999), e também a distribuição controlada, no verão, em
cidades de porte médio com sistema de captação subterrâneo, como em
Ribeirão Preto, o racionamento em cidades de grande porte, como São
Paulo, onde há alguns anos está em prática o rodízio de fornecimento de
água por regiões pela escassez desta substância indispensável para a
manutenção da saúde e mesmo para a vida.
A conscientização dessa realidade, cada vez mais evidente, é um
processo de longa maturação e resultados demorados, fato que invoca
preocupação, pois os recursos hídricos superficiais, mais prontamente
disponíveis, estão se deteriorando e exaurindo, comprometendo, a curto
prazo, a permanência do homem sobre o planeta.

3.2 O USO RACIONAL E O REUSO DA ÁGUA


As formas de racionalização do uso, implicam em ações educativas
junto à população, objetivando conscientizá-la da necessidade de usar
adequadamente a água. Sob a ótica do reuso, o expressivo volume de
efluentes gerados a cada instante, tanto pelo ser humano em sua rotina de
vida, como pelos processos industriais, é o grande responsável do
comprometimento da qualidade de água, em vista da mesma ser corpo
receptivo de tais resíduos. Parte deles representam valor econômico e estão
sendo inconscientemente despejados nos cursos d’água, poluindo-os, sem
considerar a efetiva possibilidade de reaproveitamento dos mesmos,
reduzindo os custos dos sistemas de tratamento.
Garantir a qualidade da água que chega aos lares, indústrias, hospitais
é o grande desafio para este milênio, milhões de reais são investidos em
aperfeiçoamento das técnicas de tratamento e purificação das águas nas
estações de tratamento, pois estas têm limites, quanto mais poluída chega a
água mais difícil torna-se sua recuperação.
Evitar o desperdício através de campanhas publicitárias, de

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conscientização da população, racionalização do uso da água e programas 20

de proteção aos mananciais são grandes desafios dos organismos


responsáveis pela captação, tratamento e distribuição de água para equalizar
o problema da escassez. Concertar vazamentos, racionalizar o uso,
mudando os hábitos da população são fundamentais na luta contra o
desperdício para solucionar o grande desafio deste século e garantir água a
todos.
No setor urbano, as possibilidades de reciclagem ou reuso de
efluentes domésticos ou industriais são muito amplas e diversificadas, tais
como: (1) Torres de refrigeração; (2) alimentação de caldeiras; (3) construção
civil, compactação do solo; (4) irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos,
peças; (5) processos industriais.
A Organização Mundial da Saúde - OMS - não recomenda o reuso
direto, entendido como a conexão direta dos efluentes de uma estação de
tratamento de esgotos, a uma estação de tratamento de água e, em seguida,
ao sistema de distribuição.
Face aos riscos potenciais à saúde pública, aos elevados custos
envolvidos e aos problemas de segurança operacional do reuso indireto, tem
sido recomendada a reutilização para fins urbanos não potáveis. Dentre
esses, os com maior potencial de viabilização são os seguintes: (1) Irrigação
de parques e jardins públicos ou privados, centros esportivos, áreas verdes
ao longo de avenidas e rodovias; (2) reserva de proteção contra incêndios;
(3) abastecimento de sistemas de refrigeração; (4) sistemas aquáticos
decorativos, tais como chafarizes, fontes, espelhos de água e cascatas; (5)
descarga sanitária de banheiros públicos, de edifícios comerciais, de
aeroportos, indústrias; (6) lavagem de carros, trens, ônibus e veículos em
geral.
No presente século, a água doce será o recurso natural mais disputado
na maioria dos países. No Brasil existe água em abundância, mas existe
também o desperdício e o comprometimento dos mananciais. Aqui, o uso da
água segue em direção oposta à dos países desenvolvidos que, desde a

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década de 70, vêm adotando programas de conservação. Um deles é o 21

desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. Inúmeros países tornaram


obrigatória a adoção de equipamentos sanitários mais econômicos no
consumo de água. Por exemplo, a válvula de descarga, que ao ser acionada
gasta de 10 a 30 litros de água, foi substituída pela caixa acoplada ao vaso,
que descarrega apenas 6 litros por vez. Na cidade do México, o governo
substituiu três milhões e meio de válvulas por vasos sanitários com caixa
acoplada, de 6 litros por descarga, resultando numa redução de consumo de
5 mil litros de água por segundo. Nos Estados Unidos, além de ser
obrigatório o limite de 6 litros para a descarga, a legislação também limitou a
vazão de chuveiros e torneiras em 9 litros de água por minuto, o que resultou
numa redução de 30% no consumo de água (SILVA 2002).
O tratamento dá condições de reutilização da matéria-prima água. O
reuso "não planejado" de água já é adotado na Região Metropolitana de São
Paulo. Constata-se que no nosso país 60% das internações anuais são
resultados de falta de saneamento (RAINHO,1999), sendo oportuno divulgar
hábitos de higiene a população, bem como, oferecer a disponibilidade de
água conveniente.
A literatura evidencia experiências de reuso da água, com finalidade de
irrigação de parques e jardins, descarga sanitária e lavagens de veículos
(HESPANHOL, 2000).
“O reuso de água não está institucionalizado ou regulamentado no
Brasil. Por isso, ainda não há uma utilização racional e produtiva desta
prática importantíssima” (HESPANHOL, 2000).

3.3 PROCESSOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA


As técnicas utilizadas no tratamento de água, das mais diferentes
origens, têm sofrido constantes aprimoramentos objetivando maior eficiência,
rapidez e economia nos processos utilizados para esta finalidade. Grandes
progressos foram feitos, relacionados com o conhecimento das variáveis que
influenciam nos processos de tratamento. Os dados experimentais obtidos

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em laboratórios e com modelos, permitem que se execute um melhor 22

controle nos projetos com as mais diferentes finalidades. As técnicas


utilizadas na atualidade estão dirigidas na conjugação de maneira mais
eficiente possível as fases de clarificação, a coagulação e floculação,
procurando reduzir ao máximo o tempo de sedimentação, seguida das mais
variadas técnicas de filtração e esterilização (LEME,1990).

3.4 COAGULAÇÃO E A FLOCULAÇÃO

3.4.1 COAGULAÇÃO
A coagulação é um processo químico de pré-tratamento empregado
para remoção de substâncias no estado coloidal, produtoras de turbidez e de
materiais finamente divididos em suspensão, que resultam da decomposição
de vegetais ou de despejos industriais, na qual partículas de tamanho muito
pequeno se acham dispersas num meio homogêneo, encontram-se
partículas de argila, matéria orgânica, bactérias, algas e substâncias de cor.
A ação da coagulação também se faz sentir na remoção de compostos
existentes na superfície da água, que são produtores de sabor, odor e
decorrentes de algas, matéria orgânica em decomposição ou de
contaminantes provenientes de despejos industriais (LEME.1990).
As principais funções da coagulação são a desestabilização,
agregação e adesão simultânea de coloides, os quais se caracterizam pela
sua estabilização, isto é, pela falta de tendência e aglomeração. Os principais
fatores da estabilização do estado coloidal são o tamanho e a carga elétrica
das partículas coloidais, como, por exemplo, a repulsão eletrostática e a
hidratação. Estas cargas, que se denominam cartas primárias, resultam da
ionização de grupos reativos nos finais das moléculas que constituem sua
estrutura, da absorção preferencial de íons do meio disperso e da
substituição de íons nas estruturas iônicas entrelaçadas da superfície do
coloide. Vários tipos de grupos reativos dão origem a carga superficial dos
coloides (LEME,1990).

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Como a coagulação é a condução simultânea de partículas coloidais, 23

realizada por forças químicas originadas do processo de reação do


coagulante na água, que é muito rápido, ocorrendo em poucos segundos a
partir da aplicação do coagulante, a mistura deve ser intensa e feita muito
rapidamente. Isto evidentemente exige que exista numa boa mistura uma
agitação hidráulica ou mecânica, capaz de produzir uma turbulência
caracterizada pela criação de gradientes de velocidade elevados na água.

3.4.2 FLOCULAÇÃO
A floculação é a aglomeração e compactação de partículas de
coagulante e de matéria em suspensão na água, formando conjuntos
maiores e mais adensados, denominados flocos. Ela é efetuada por meio de
um processo mecânico que produz agitação na água, com o objetivo de nela
se criarem gradientes de velocidade que causam turbulência capaz de
provocar choques ou colisões entre as partículas coaguladas de sulfato
Férrico e as existentes em suspensões e no estado coloidal na água
(LEME,1990).
Os contatos provocados permitem que os flocos aumentem em
tamanho e densidade, tornando-se mais fáceis de se sedimentarem, o que
contribui para que se obtenha uma melhor clarificação da água que está
sendo purificada. E a floculação, consequentemente, além de uma função do
gradiente de velocidade criado, também função do número, tamanho e
concentração das partículas.
A floculação consiste na obtenção de um agrupamento e da
compactação das partículas em suspensão em grandes conjuntos
denominados flocos, o que se consegue através de uma agitação lenta
adequada que é limitada para evitar o rompimento de flocos adensados já
formados e que se realiza em agitadores lentos. Como mistura, a floculação
influi de modo decisivo na preparação da decantação e indiretamente para
que se processe uma boa filtração (LEME,1990).
No presente trabalho a coagulação e a floculação não foram utilizadas

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no tratamento primário do efluente de máquinas de lavagem de roupas, pois 24

para isso necessitaria de uma bomba de água além de um equipamento para


a agitação da mesma, decidimos não utilizar esses métodos pois isso
aumentaria os custos do projeto e ainda seria necessário mais espaço físico
no local de instalação.

3.5 ELEMENTOS FILTRANTES


As principais substâncias encontradas na água de lavagem de roupas
domésticas são partículas de diferentes tamanhos em suspensão, micelas
constituídas de sabões ou detergentes com gorduras, sabões, detergentes,
em excesso, amaciantes, microrganismos, areia e corantes. A maior parte
destes compostos são anfipáticos, que estruturalmente podem ser definidos
como substâncias que apresentam parte apolar e parte polar, também sendo
encontrados sais orgânicos e inorgânicos, álcoois e carboidratos modificados
entre outros (LEME, 1990; KIRK et al., 1997).
No mercado são encontrados elementos filtrantes de celulose
modificada associada a polímeros amínicos que permitem grande vazão e
boa retenção partículas. Elementos filtrantes deste tipo não serão utilizados
na passagem primária do no ciclo de purificação, pois em outros estudos
feitos com o mesmo proposito eles não se mostraram úteis, visto que, as
avaliações químicas, não sofrem significativas mudanças em relação a água
efluente da máquina de lavagem de roupas domésticas. Outro fator
desfavorável que foi percebido neste tipo de filtro foi a grande resistência a
vazão que estes filtros exerciam quando colocados em série, aos demais
filtros estudados.
Serão utilizados então, elementos filtrantes com menor vazão, mas
com maior capacidade de retenção de partículas. As fibras plásticas
impregnadas com carvão ativo são indicadas para esta etapa do processo de
purificação, pois permitem vazão de até 300 l/h e capacidade de retenção de
partículas de até 5 mícrons. As resinas de troca iônica são de grande
importância no tratamento dos efluentes de máquinas e lavagem de roupas

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devido à natureza anfipática e polares de sabões, detergentes e amaciantes 25

utilizados em produtos comerciais para esta finalidade (SPADARO, 1997).


A organização ideal dos elementos filtrantes deve ficar contida em um
cilindro plástico, sendo sua vedação feita com o-ring (anéis de vedação
utilizados em material hidráulico doméstico), tendo uma conexão de entrada
e outra de saída.

3.6 FILTROS SERIADOS


Os filtros seriados serão montados com tubos de PVC com tampas do
mesmo material com uma entrada lateral nas tampas superiores e uma saída
central nas tampas inferiores com exceção do tubo de troca iônica e entrada
e saída centrais nas tampas superiores e inferiores.
As vedações das tampas dos filtros serão feitas com o-ring de
borracha e veda rosca nas partes com roscas das entradas e saídas do
efluente. O primeiro tubo se encontra com um filtro interno de fibras plásticas
impregnados com carvão ativado de 5 mícrons, com vazão de 300L/h. O
Segundo filtro, com resina fraca de troca-iônica (catiônica e aniônica). Todo o
efluente passado pelos filtros utiliza a força da gravidade, pois o primeiro
reservatório ficara no limite de altura, onde a máquina consegui bombear
água com sua bomba interna, assim esperamos reduzir custos, barateando o
projeto sem necessidade de uma bomba para injeção de água no sistema.

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3.7 CUSTOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO 26

Os custos abordados na tabela são genéricos podendo ser adotados a


qualquer tipo de equipamento e capacidade.

Tabela 3: Custos para reuso em maquina de lavar 5Kg

Tabela 4: Custos para reuso em maquina de lavar 10Kg

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3.8 DESENHO DO PROTÓTIPO 27

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3.8.1 DESENHO DO PROTÓTIPO ( 3 Perspectivas ) 28

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo o IBGE, em pesquisa realizada em 2012, a média de morador


em uma residência seria de 3,2 pessoas. Nessa proporção habitacional, a
média de uso de uma máquina de lavar roupas é de 3 vezes por semana.

Utilizando-se de dados obtidos no site do INMETRO (EFICIÊNCIA


ENERGÉTICA DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS AUTOMÁTICA COM
ABERTURA SUPERIOR (TOPLOAD)) com capacidade para 10 kg, e que
segundo a Associação dos fabricantes de Eletrodomésticos, foi a mais vendida
no ano de 2017, o consumo médio de água desse de equipamento é de 270
litros, por operação completa.

Analisando o fato de que em média uma família utiliza-se 03 vezes por


semana do equipamento com consumo de 270 litros por operação teremos um

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gasto de 810 litros mensais e 3.240 litros de água mensais. 29

O gasto médio de água tratada e encanada, divulgados pela Fundação


PROCON de São Paulo, é de aproximadamente 5,4 m3 (metros cúbicos) por
pessoa/mês.

Aproveitando-se dos dados informados de 3,2 pessoas por residência,


teríamos um consumo de médio de 17,28 m3 (metros cúbicos) ou seja, 17.280
litros residência /mês. A média de gasto de água para lavar quintal, calçadas,
veículos ou molhar o jardim, segundo a SABESP, é de 186 litros a cada 10
minutos ou 0,31 Litros/segundos em vazão regular, utilizando-se dessa
referência se for realizada por esse período de tempo duas vezes por semana
o consumo seria de 1,488 litros/mês.

Apenas nesta simples pratica, com nossa proposta de reutilização da


Agua proveniente da Maquina de Lavar Roupas em vasos sanitários, teremos
uma economia no patamar de 18,75 % no consumo total da residência.

Seguindo nossa pesquisa in loco, nos bairros escolhidos para a


realização desse projeto, a Maquina de Lavar mais utilizada é de capacidade 5
Kg, com consumo médio por operação de 135 L. Utilizando essa referencia de
consumo de agua na maquina de lavar e demais dados adquiridos em
pesquisas em órgãos de segmentos, temos um consumo médio mensal de
1620 L de agua potável, que com seu reuso correto poderá gerar uma
economia media de 12,37 % ao mês.

Conclui-se frente aos resultados obtidos nos indicam que através de


procedimentos simples, de baixo custo, é possível o melhor aproveitamento
desta primordial substância para a vida, atingindo, assim objetivos propostos
neste trabalho.

Esperamos ajudar a sociedade a preservar este bem valioso e identificar


técnicas para preservar e garantir esse bem para as gerações futuras e conscientizar a
população deste bem tão precioso.

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33

APÊNDICE A - Questionário a ser Aplicado aos Entrevistados


Neste Apêndice estão apresentadas as questões a serem aplicadas
aos entrevistados e cujos resultados darão origem à matriz do projeto.

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APÊNDICE B – Tabela INMETRO Equipamentos 34

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