Você está na página 1de 16

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
PRO2253 - INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

GEORGE GONÇALVES D. DE MEDEIROS


20172000402

LAUDEMAR ROBERTO DOS SANTOS PESSOA


20172000331

ATIVIDADE AVALIATIVA:
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

Natal
2017
proges GEORGE GONÇALVES D. DE MEDEIROS
20172000402

LAUDEMAR ROBERTO DOS SANTOS PESSOA


20172000331

ATIVIDADE AVALIATIVA:
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

Relatório técnico elaborado como requisito parcial para


aprovação na disciplina PRO2253 - Introdução à Engenharia de
Segurança do Trabalho da Pós-Graduação em Engenharia de
Segurança do Trabalho da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.

Prof. MSc. Marcel da Costa Amorim

Natal
2017
ABREVIATURAS

CAS – Comunicado de Acidente de Serviço


CIPA - Comissão Interna de Segurança no Trabalho
COPS – Coordenadoria de Promoção da Segurança do Trabalho e Vigilância Ambiental
DAS – Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor
FUNPEC – Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura
NBR - Denominação de norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
PROGESP – Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
SIASS – Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor
SIASS - Subsistema Integrado de Atenção á Saúde do Servidor Federal
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
UFC - Universidade Federal do Ceará
UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................................................4

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................5

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................6

2 OBJETIVOS........................................................................................................................7

3 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................8

3.1 RESUMO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................8

3.2 CONHECENDO O COPS.................................................................................................8

3.3 ATUAÇÃO DO COPS.....................................................................................................11

3.3.1 Corpo Técnico..............................................................................................................13

3.3.2 Corpo De Engenharia.................................................................................................13

4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES:......................................................................14
5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura Organizacional UFRN com enfoque no COPS............................................9


6

1 INTRODUÇÃO

O professor MSc. Marcel da Costa Amorim visando complementar a formação de seus


alunos na disciplina de Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho e na posição de
coordenador da equipe de Engenharia de Segurança do Trabalho organizou atividade prática
consistindo em visita técnica ao DAS – Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor.
A visita ocorreu no dia 17 de Fevereiro de 2017 nas dependências do DAS tendo a
participação de toda a turma da referida disciplina. Este relatório técnico de visita foi
requisitado a fim de constar como atividade avaliativa da disciplina, tendo sido sugerida para
sua metodologia de elaboração, a consulta da NBR – 10719.
7

2 OBJETIVOS

A visita técnica realizada teve por objetivo principal apresentar à turma de Introdução
à Engenharia de Segurança do Trabalho a estrutura organizacional e funcional do COPS –
Coordenadoria de Promoção da Segurança do Trabalho e Vigilância Ambiental da UFRN, de
forma a complementar os temas debatidos em sala de aula no âmbito do escopo de trabalho e
responsabilidades de um engenheiro de segurança do trabalho, mediante uma visão prática
deste papel dentro de uma instituição federal e toda a sua complexidade inerente.
Dentro deste contexto, o objetivo deste relatório é de expressar o entendimento de seus
elaboradores quanto ao papel do COPS como serviço especializado de SST - Saúde e
Segurança do Trabalho dentro do ambiente da UFRN, compreender o papel e
responsabilidades do Engenheiro de Segurança do Trabalho e demais membros do COPS, e se
familiarizar com os desafios encontrados no exercício da função.
8

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 RESUMO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

A visita teve início com reunião dos envolvidos no edifício do DAS para um breve
descritivo da atividade e instruções de segurança do local. Em seguida foi apresentado
material didático contendo um sumário da estrutura organizacional do COPS e seu escopo de
atuação junto à UFRN e a órgãos externos dentro do contexto do SIASS.
Foi realizada então apresentação da estrutura física do COPS, com enfoque no escopo
de trabalho dos corpos técnico e de engenharia. Foram apresentadas as principais demandas
de atividade, os desafios diários, os avanços conquistados e as perspectivas de melhoria no
âmbito da saúde e segurança do trabalho para os servidores da UFRN.

3.2 CONHECENDO O COPS

Conforme já mencionado, o COPS se refere à Coordenadoria de Promoção da


Segurança do Trabalho e Vigilância Ambiental da UFRN. Na prática, trata-se de um grupo
especializado em Saúde e Segurança do Trabalho análogo ao SESMT, exigido em qualquer
tipo de empresa/instituição que apresente trabalhadores regidos pela CLT em seu quadro de
funcionários de acordo com a NR-04. Em se tratando a UFRN de uma instituição federal,
submetido a regime estatutário, o COPS apresenta algumas peculiaridades quanto a seu
regimento, incluindo por exemplo nomenclatura própria e o fato de se tratar de uma unidade
centralizada no campus da UFRN em Natal, mas que abrange outros campi do Rio Grande do
Norte (no caso de empresas submetidas ao regime CLT, o SESMT centralizado possuem
limitação de atendimento de outras unidades que estejam localizadas a até 5000 m de
distância).
A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um
conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser
percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não
ultrapasse a 5.000 (cinco mil metros) 1.

1
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016 Disponível em
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR4.pdf.> Acesso em 22 fev. 2017.
9

Seguindo a estrutura organizacional da UFRN, o COPS está vinculado à PROGESP –


Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, através do DAS, conforme pode ser verificado no
organograma abaixo:

Figura 1: Estrutura Organizacional UFRN com enfoque no COPS

Compete ao COPS auxiliar a PROGESP nas seguintes atribuições:


 Planejar e executar ações de promoção da segurança do trabalho,
baseadas nos indicadores de frequência e gravidade, assim como nos
riscos existentes nos ambientes de trabalho;
 Elaborar e gerir o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais nas
diversas unidades da UFRN;
 Desenvolver atividades de educação continuada com os servidores
da UFRN, promovendo ações acerca da saúde e da segurança do
trabalho;
 Organizar, treinar e orientar a CIPA - Comissão Interna de
Segurança no Trabalho;
 Elaborar laudos periciais de insalubridade, periculosidade,
irradiação ionizante e raio-X;
 Elaborar avaliações e emitir laudos e pareceres para subsidiar a
perícia oficial em saúde;
 Realizar inspeções nos locais de trabalho, visando identificar e
avaliar qualitativa e quantitativamente os riscos existentes;
 Elaborar a Análise Preliminar de Risco das atividades de campo da
instituição;
 Realizar estudos de ergonomia, visando à melhoria dos postos de
trabalho nos aspectos físicos e cognitivos;
 Acompanhar a implementação das adequações nos ambientes de
trabalho e nas edificações2.

2
UFRN. PROGESP – Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. Disponível em https://progesp.ufrn.br/pagina.php?
a=sst . Acesso em 22 fev. 2017.
10

Pode-se adicionar às atribuições primordiais mencionadas acima, a elaboração de


laudos periciais de Periculosidade e Insalubridade, concepção de protocolos de viagens, e
demanda da unidade SIASS – Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor – no Rio
Grande do Norte.
O SIASS tem por objetivo coordenar e integrar ações e programas na área de
assistência a saúde, perícia oficial, promoção, prevenção e acompanhamento
da saúde dos servidores da administração federal direta, autárquica e
fundacional de acordo com política de atenção a saúde e segurança do
trabalho do servidor público, estabelecida em Lei 3.

Estima-se que a UFRN atende atualmente a 32% da demanda do SIASS, englobando


ações em outros estados com abrangência a diversos órgãos. Dentre os serviços oferecidos
pelo COPS no âmbito do SIASS, destacam-se serviços de Perícia Oficial em Saúde,
Investidura em Cargo Público, Exames Periódico, Vigilância/Promoção/Assistência em
Saúde.
Até o fechamento do ano de 2014, o COPS atendia um número total de 42.578
pessoal, sendo a sua grande maioria composta pelos 35.000 alunos vinculados à UFRN, além
de 3.269 servidores técnico-administrativos, 2.209 servidores docentes, 1.500 terceirizados e
600 funcionários vinculados à FUNPEC. Estima-se que até o fechamento de 2016, o número
total do quadro de pessoal atendido pelo COPS foi de aproximadamente 45.000.
Para atender toda esta demanda, o COPS possui atualmente um corpo composto de 3
Engenheiros de Segurança do Trabalho, 4 Técnicos de Segurança do Trabalho, 4 Médicos do
Trabalho, 2 Enfermeiros do Trabalho, 2 Bolsistas Técnicos de Segurança do Trabalho e 10
Estagiários em Técnico de Segurança do Trabalho.
Traçando um paralelo entre o COPS e o SESMT de uma empresa fictícia atuando no
ramo da educação superior – pós-graduação e extensão – com o número total de funcionários
de 10.000 (excluindo o número total de alunos a fim de manter o foco comparativo no quadro
de funcionários), nota-se que existiriam divergências no dimensionamento do serviço
especializado em SST. Para o caso fictício apresentado, considerando-se a NR-04 que
classifica tal instituição de ensino como Grau de Risco 2 (código 85.33-3), o corpo do
SESMT deveria ser composto por 3 Engenheiros de Segurança (1 em regime integral e 2 em
regime parcial), 7 Técnicos de Segurança, 3 Médicos do Trabalho, 1 Enfermeiro do Trabalho
e 3 Auxiliares/Técnicos de Enfermagem (estes últimos todos em regime integral). A principal

3
BRASIL. Ministério do Planejamento - SIASS - Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor.
Brasília: Ministério do Planejamento, 2009 Disponível em
https://www2.siapenet.gov.br/saude/portal/public/index.xhtml . Acesso em 23 fev. 2017.
11

carência identificada seria no corpo de Técnicos de Segurança do COPS, o que a primeira


vista aparenta ser compensado com a integração dos bolsistas e estagiários à equipe.
A analogia acima foi apresentada para facilitar desde já a sensibilização quanto à
dimensão da UFRN como instituição, o que sugere prontamente a natureza dos desafios aos
quais o COPS se submete em sua proposta de promover a Saúde e Segurança dos
trabalhadores e assistidos pela UFRN.

3.3 ATUAÇÃO DO COPS

Dentro da ampla gama de serviços promovidos pelo COPS, ficou evidente durante a
visita que a maior demanda de atividades se refere à elaboração e revisão de laudos periciais
de insalubridade e periculosidade, incluindo atendimento aos funcionários terceirizados
desenvolvendo atividades na UFRN.
Os laudos de avaliação ambiental relacionam o local de exercício ou tipo de trabalho
realizado com os agentes nocivos ou identificadores de risco e seu respectivo grau de
agressividade ao homem (comparativamente entre a tolerância conhecida e dados de medição
de campo). Baseando-se na relação entre esses três elementos, o adicional de
periculosidade/insalubridade é concedido ou não, sendo também classificado quando
aplicável.
Atualmente, esta atividade consome grande parte do recurso humano do COPS.
Objetivando otimizar a utilização e distribuição do tempo, os laudos ambientais são
elaborados utilizando metodologia de grupos homogêneos de risco, diferentemente da
abordagem individual adotada por outras instituições, tais quais a UFC - Universidade Federal
do Ceará.
Os laudos de avaliação ambiental devem ser revistos sempre que se identificarem
mudanças substanciais no ambiente de trabalho do grupo de risco em questão, ou quando
novos cargos/funções são criados dentro daquele ambiente. Aponta-se neste contexto o
desafio de se implementar uma sistemática proativa na revisão dos laudos, uma vez que parte
das informações relativas às mudanças físicas não são repassadas de antemão ao COPS (seja
por não cumprimento do fluxograma de informações da Superintendência de Infraestrutura ou
pela absoluta falta de notificação dos responsáveis dos ambientes de trabalho quando da
realização destas alterações).
12

A preocupação intensa com a dedicação excessiva dos membros do COPS às


atividades de elaboração/revisão de laudos se deve ao entendimento maior de que o foco
principal deste grupo são as medidas voltadas à prevenção de acidentes. Dentro deste
contexto, destaca-se a atuação do COPS na elaboração dos PPRAs – Programa Prevenção de
Riscos Ambientais para os diversos departamentos da UFRN. Mesmo não sendo mandatório
para uma instituição sob regime estatutário, a iniciativa dos PPRAs foi resultado de um
esforço conjunto do grupo, evidenciando uma visão progressista, já que uma vez
implementado, o PPRA atuará como base para a instauração de um ambiente de trabalho
prevencionista além de centralizar, orientar e permitir o acompanhamento das ações conjuntas
entre os profissionais de SST e os chefes de departamento, através da emissão de cronograma
de metas de adequação.
O PPRA, dentre outras atribuições:
i. Garante a atribuição de responsabilidades aos diversos envolvidos nas
atividades de um determinado setor, tais quais a liderança do mesmo,
servidores e alunos, CIPA e Equipe Técnica de SST;
ii. Determina a estratégia e metodologia de ação no que se refere à antecipação e
reconhecimento de riscos, implantação das medidas de controle e
acompanhamento de sua eficácia, registro, manutenção e divulgação dos
dados;
iii.
iv. Descreve os locais de trabalho do setor e suas finalidades;
v. Identifica as funções e atividades do setor;
vi. Relaciona os riscos identificados no setor/atividade com as respectivas
medidas de controle necessárias.

Dentro das ações de Treinamento e Capacitação de servidores, destaca-se a atuação do


COPS nos treinamentos de combate a incêndio. No que se refere às Inspeções de Segurança, a
atuação do COPS se dá através da emissão de relatórios de inspeção contendo as eventuais
adequações necessárias a ser repassada para a Superintendência em questão para
acompanhamento e cumprimento. Vale salientar que o COPS não possui autonomia nem
verba destinada para a implementação das adequações. Sua atuação se se assemelha ao papel
de consultoria técnica especializada, sendo as superintendências responsáveis pela execução
das medidas propostas.
13

3.3.1 Corpo Técnico

Durante apresentação do corpo técnico do COPS, foi apresentado o escopo de


atividades dos técnicos de segurança do trabalho, destacando-se as atividades de:
i. Coleta de dados durante medições de campo. Por exemplo, as medições
referentes à luminosidade, nível de ruído, temperaturas e outros parâmetros que
serão submetidos à análise durante elaboração de laudos periciais;
ii. Suporte ao corpo de engenharia na elaboração de laudos, PPRAs e nos
tratamentos dos acidentes de trabalho (investigação, análise e estudo de
causalidade)
iii. Atendimentos espontâneos ao público alvo do DAS.

3.3.2 Corpo De Engenharia

Durante apresentação do corpo de engenharia do COPS, foi apresentado de forma


sucinta o escopo de atividades dos engenheiros de segurança do trabalho, destacando-se:
i. Elaboração e revisão de laudos de avaliação ambiental para perícia de
insalubridade e periculosidade,
ii. Elaboração e revisão dos PPRAs
iii. Tratamentos dos acidentes de trabalho (investigação, análise e estudo de
causalidade)
iv. Execução de Análise Preliminar de Risco para atividades diversas a serem
realizadas por servidores e/ou terceiros, dentro ou fora dos domínios da UFRN.
a. Gestão e Controle da Informação, fundamentais para dirigir as ações
prevencionista do COPS. Destaca-se a manutenção de um documento
máster de controle em ambiente virtual responsável pelo controle
estatístico de relatórios, pareceres, laudos, PPRAs, CAS – Comunicado
de Acidente de Serviço, índices como taxa de frequência e gravidade,
dentre outros.
14

4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES:

A visita técnica atingiu seu objetivo principal, uma vez que propiciou aos alunos da
disciplina de Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho a possibilidade de se
familiarizar com o campo de atuação e o escopo de atividades associadas ao exercício da
função, trazendo à luz da prática, assuntos diretamente abordados em sala da aula, tais quais:
entendimento do SESMT e suas funções, objetivo e elaboração de PPRA, atribuições do
engenheiro de segurança do trabalho, dentre outros.
No que se refere à exposição às principais atividades da engenharia de segurança do
trabalho, ficou evidenciado o grande desafio do COPS para exercer sua principal
responsabilidade de zelar pela saúde e segurança dos servidores diante de toda a dimensão e
complexidade da UFRN. O dimensionamento do COPS, embora ligeiramente divergente do
que trataria a NR-04, traz um impacto sensível quando colocado face a face com o número de
servidores e alunos da UFRN, permitindo uma reflexão a cerca do nível de comprometimento
e competência exigida aos profissionais da área de SST.
Ademais, ficou evidenciado através da alta demanda de serviços junto ao SIASS, um
cenário que retrata déficit do número de profissionais da área de SST atualmente vinculados
ao setor público. Conforme discutido durante a visita técnica, esta carência já identificada em
todas as esferas do setor público vem sensibilizando a necessidade de contratação de
profissionais da área de SST, o que sugere um cenário otimista para nós alunos e em paralelo,
evidencia a importância de atividades de cunho prático no processo de formação destes
profissionais.
Pôde-se ainda se familiarizar com desafios diários do COPS, em especial a gestão de
recursos humanos a fim de atender a demanda de ordem mais burocrática, aqui simbolizado
principalmente pela elaboração dos laudos periciais de insalubridade/periculosidade, e manter
o foco direcionado nas medidas para prevenção de acidentes.
A abordagem do caráter prevencionista como foco principal do escopo de trabalho
COPS tem refletido em posição de destaque deste serviço perante serviços semelhantes de
outras instituições federais de ensino no país, como a UFC já mencionada no
desenvolvimento deste relatório. Tal abordagem busca aspectos semelhantes aos modelos de
qualidade total adotados atualmente na indústria, onde se objetiva a melhoria contínua através
da implementação de um sistema de gestão integrado.
15

A elaboração de PPRAs foi citada como um dos principais marcos conquistados pelo
COPS em seus sete anos de atuação, destacando-se o caráter não obrigatório desta
documentação dentro do contexto de regime estatutário. Entretanto, mencionou-se que o
mesmo não foi feito no que se refere ao PCMSO, devido à falta de corpo técnico capacitado
disponível. Em se tratado de um documento que por definição é parte integrante do conjunto
mais amplo de iniciativas no campo da saúde dos servidores tratando as questões incidentes
sobre cada indivíduo e sobre a coletividade na abordagem da relação entre sua saúde e o
trabalho, fica evidenciada a importância da elaboração do PCMSO dentro do contexto da
UFRN, considerando-se sua dimensão a complexidade inerente à diversidade de ramos de
atividade. Dessa forma, e levando em conta os desafios em abranger tamanha extensão com o
corpo de médicos do trabalho atualmente dedicados ao COPS, sugere-se a tentativa de
contratação de serviço externo especializado para elaboração do PCMSO.
No contexto de abrangência a toda comunidade da UFRN, mostra-se necessário o
desenvolvimento de um plano de treinamento e capacitação em SST aos “consumidores
finais” da estrutura organizacional da UFRN: os alunos. Como proposta para tal capacitação
poderia ser desenvolvida, em parceria entre COPS, DDP (Departamento e Desenvolvimento
de Pessoas) e os diversos departamentos, um módulo de apresentação introdutória análoga
àquele apresentado aos servidores recém-empossados, cobrindo tópicos fundamentais da SST,
tais quais a apresentação do COPS, apresentação das instalações físicas de cada departamento,
os principais riscos observados em cada localidade e suas respectivas medidas de controle
(informações já disponíveis nos PPRAs elaborados pelo COPS), plano de prevenção e
combate a incêndio, dentre outros. Tal módulo poderia ainda ser vinculado à grade curricular
de cada curso, a fim de criar um caráter mandatório a todos os novos ingressantes.

.
16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 04 – Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e
Emprego, 2016 Disponível em <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/-
NR/NR4.pdf.>. Acesso em 22 fev. 2017

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 07 – Programa de Controle Médico de


Saúde Ocupacional. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2013 Disponível em <
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR7.pdf>. Acesso em 23 fev. 2017

UFRN. PROGESP – Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. Disponível em


<https://progesp.ufrn.br/pagina.php?a=sst> . Acesso em 22 fev. 2017.

BRASIL. Ministério do Planejamento - SIASS - Subsistema Integrado de Atenção à Saúde


do Servidor. Brasília: Ministério do Planejamento, 2009 Disponível em
<https://www2.siapenet.gov.br/saude/portal/public/index.xhtml> . Acesso em 23 fev. 2017

UFRN, PROGESP – Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. PPRA – Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais, CCS - Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, N°
014/2012 Natal, 2012.

Você também pode gostar