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POLÍTICA DA
SECRETARIA
DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO DE
EDUCAÇÃO
ESCOLAR
INDÍGENA
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-66172-24-9
SECRETÁRIO ADJUNTO
GILDO VOLPATO
DIRETOR DE INFRAESTRUTURA
FABIANO LOPES DE SOUZA
COLABORADORES
?? José Cuzgun Ndilli - Prof. Indígena ?? Augustinho Moreira - Prof. Indígena Guarani
Xokleng/Laklãnõ ?? Michael Vaipon Weitscha - Prof. Indígena
?? Luciana Vieira Xokleng/Laklãnõ
?? Marli Terezinha Reginaldo ?? Jair Ghoguin Crendo - Prof. Indígena
A
maior contribuição que podemos agentes transformadores sociais, reforçando va-
deixar às nossas crianças e jovens, lores fundamentais como o respeito e a busca
assim como às gerações futuras, é o por equidade.
acesso à educação pública de quali- A evolução do sistema educacional catari-
dade. E essa condição deve ser assegurada aos nense, em todas as suas áreas de atuação, foi
catarinenses de todas as regiões de forma justa imprescindível para a conquista de muitos dos
e igualitária. Contudo, vivemos num estado que indicadores econômicos e sociais que hoje colo-
nasceu do suor e do sacrifício dos mais diver- cam Santa Catarina na condição de destaque en-
sos povos e etnias, mesclando culturas, hábitos tre os estados brasileiros. Não por acaso somos
e valores que hoje configuram nossa identida- referência nacional em Educação, uma realidade
de. Portanto, nossa busca pela igualdade passa fruto do trabalho conjunto e dedicado dos nos-
pelo respeito a essas diversidades e requer nossa sos agentes públicos, e aqui destaco a atuação
atenção para os temas mais sensíveis que envol- exitosa e admirável dos nossos profissionais da
vem nossa sociedade. educação.
Mais do que se fazer cumprir as diretrizes le- Ao enfrentarmos o desafio de assegurar a
gais, o governo do estado, por meio da Secretaria todos o direito ao ensino público e qualificado,
de Estado da Educação, desenvolveu políticas promovemos significativos esforços e investi-
educacionais de caráter inclusivo que visam a mentos em prol da educação para os direitos
estabelecer estratégias de atuação adequadas a humanos e para as diversidades. A certeza do su-
cada tema proposto. Dessa forma, agentes públi- cesso de nossas políticas educacionais traduz-se
cos e sociedade terão a oportunidade de apren- nas inúmeras conquistas alcançadas, a começar
der e compreender melhor sobre a história e as pelo menor índice de analfabetismo do país,
culturas de parcela da população que esteve por com 3,2% da população. Lideramos o ranking
muito tempo invisibilizada. Também abriremos nacional em outros diversos pontos de avaliação,
a discussão para temas não menos importantes, com índices de desempenho acima da média. E
como os desafios a serem superados na área de a capacidade e competência de nossos profis-
Educação Especial e a necessária ampliação do sionais são reconhecidas e premiadas país afora,
envolvimento pedagógico na vida dos estudan- refletindo diretamente na boa gestão de nossas
tes, como forma de identificar e educar para unidades escolares.
transformar as violências nas escolas em proces- Esse trabalho mostra-nos que ainda temos
so de cuidado de si e do outro. muito a avançar. Juntos, precisamos assumir a
A relevância econômica representada pela responsabilidade e o compromisso de aprimorar
agricultura familiar catarinense está devida- nossa capacidade de atuação e fazer a diferença.
mente reconhecida nesta proposta, por meio de As comunidades indígenas que vivem em Santa
uma política específica de Educação do Campo. Catarina representam a história de nosso estado
Assim como a preocupação em torno do meio e a que antecede a sua criação. A política de edu-
ambiente, que merecidamente recebe atenção cação voltada a atender as três etnias remanes-
especial nesse projeto. Avançamos de forma ex- centes configura um avanço em relação ao reco-
pressiva na construção de um ambiente adequa- nhecimento de suas tradições, língua e cultura.
do e digno à formação intelectual e profissional Cabe ao estado ter o compromisso de atender a
de nossos cidadãos. Porém, é importante que todos os catarinenses, respeitando e preservan-
alinhemos nossas estratégias e sejamos também do essas diferenças.
EDUARDO PINHO MOREIRA
Governador
APRESENTAÇÃO
A
presento a Política de Educação Núcleo de Educação Escolar Indígena - Regio-
Escolar Indígena para o estado de nais e na SED, para desenvolver a interlocução
Santa Catarina, por termos o privi- necessária entre as escolas indígenas e as Ge-
légio de contar com três etnias in- rências Regionais de Educação (GERED).
dígenas, sendo elas: Guarani, Xokleng/Laklãnõ Esta política pública de educação escrita
e Kaingang. por profissionais da educação, incluindo os
Desde a criação do Núcleo de Educação Es- representantes indígenas das três etnias, aten-
colar Indígena no início da década de 1990, na de à antiga reivindicação de organicidade na
Secretaria Estadual de Educação (SED), inúme- interlocução nos territórios em que as escolas
ras ações foram desenvolvidas para assegurar o indígenas se encontram.
preceito constitucional do direito que estes po- São, portanto, avanços que devem conti-
vos têm à escola indígena específica, diferencia- nuar a partir desta construção coletiva e dialo-
da, bilíngue, intercultural e comunitária. gada que materializa os esforços entre a gestão
No sentido de dar continuidade a essas da educação e os povos Guarani, Xokleng/Lak-
ações e implementar qualificação, esta polí- lãnõ e Kaingang, para assegurar aprendizagem
tica pública de educação concretiza-se como significativa desta e das próximas gerações in-
documento que orientará a implementação do dígenas de Santa Catarina.
SIMONE SCHRAMM
Secretária de Estado da Educação
INTRODUÇÃO
C
aros(as) gestores(as), representantes a década de 1990, optou-se por incluir também
e docentes indígenas e demais profis- um breve histórico deste, apresentando algumas
sionais que atuam junto à Educação importantes ações empreendidas. Da mesma
Escolar Indígena. forma, esta orientação inaugura o processo de
O presente documento tem por objetivo reestruturação do NEI, trazendo propostas das
orientar para a melhor execução das políticas representações indígenas sobre sua estrutura e
e programas que fazem parte do cotidiano das funcionamento na SED, na Coordenadoria Re-
escolas indígenas do estado de Santa Catarina. gional da Grande Florianópolis e nas GERED.
Espera-se que este documento seja uma im- Isso significa dizer que a SED passa a assumir
portante referência a todos os responsáveis pela uma nova e importante tarefa com a reestrutu-
execução das Políticas para a Educação Escolar ração do Núcleo: implantar uma ferramenta de
Indígena em Santa Catarina, seja na Secretaria interlocução institucionalizada junto às repre-
de Estado da Educação (SED), na Coordenadoria sentações das escolas indígenas, estruturando
Regional da Grande Florianópolis, nas Gerências o NEI na SED, na Coordenadoria da Grande Flo-
Regionais de Educação (GERED), ou nas Unida- rianópolis e nas GERED que atendem estes po-
des Escolares Indígenas. vos indígenas. As contribuições aqui elencadas
Para a elaboração deste documento, a SED sobre a estrutura e funcionamento destes espa-
contou com a participação de seus técnicos ços estão organizadas ainda de forma incipiente,
envolvidos neste debate, além de representan- sem, contudo, deixar de indicar a necessidade de
tes indígenas dos povos Guarani, Kaingang e estabelecer-se um elo permanente de consulta,
Xokleng/Laklãnõ, convidados para reunião de planejamento e orientação junto às escolas da
reestruturação do Núcleo de Educação Escolar modalidade Educação Escolar Indígena. Estas
Indígena (NEI), em 24 de agosto de 2016, e aos contribuições constituem-se basicamente nas
quais se dispensou profunda gratidão pela aco- proposições colhidas em reunião do NEI/SED
lhida deste projeto. em 24 de agosto de 2016, junto às representações
Na organização deste importante material, indígenas.
procurou-se apontar em um primeiro momento Ademais, procurou-se, fazer de forma breve
quem são os sujeitos da Educação Escolar Indí- e objetiva, algumas considerações sobre as Polí-
gena em Santa Catarina. Trazendo algumas in- ticas Nacionais e a Política Estadual de Educação
formações sobre os povos Guarani, Kaingang e Escolar Indígena. Do mesmo modo, aproximar
Xokleng/Laklãnõ. estas políticas ao campo operacional das esco-
Entendendo que o então NEI, em resposta las, de forma a contemplar a procura de mate-
às reivindicações de professores(as) e lideran- rial que balize, consolide e encaminhe as futuras
ças indígenas, teve importante trajetória na or- ações e programas no universo do atendimento
ganização da Educação Escolar Indígena desde escolar indígena.
O
universo que a Educação Escolar de comportamento e organização incompatíveis
Indígena compreende não está com as conquistas tecnológicas do tempo pre-
alheio à história e trajetória que sente; c) que os povos indígenas não têm direito
constituem a característica dos po- à mudança, uma vez que o que se chama de “cul-
vos indígenas que vivem em Santa Catarina. tura indígena” remete a uma imagem quinhen-
É fundamental que o conhecimento dessas tista e congelada no tempo, de forma distinta de
forças históricas que fazem parte da cultura, todas as demais etnias não indígenas; ou, ainda,
organização social e cotidiano dos estudantes d) que são essencialmente silvícolas, e que seria
indígenas esteja perpassando, a todo tempo, o de grande favor prover meios para que não man-
planejamento e funcionamento das escolas no tenham contato com a sociedade não indígena.
interior destas comunidades. Em Santa Catarina, a priori, considera-se a
Muitas decisões tomadas no campo da ges- Educação Escolar Indígena Guarani, a Educação
tão escolar, seja em função da organização curri- Escolar Indígena Kaingang e a Educação Esco-
cular, da contratação de serviços, ou até da insta- lar Indígena Xokleng/Laklãnõ. Porém, a busca
lação de equipamentos escolares, se entendidas de informações acerca da história, trajetória e
sob a perspectiva da constituição histórica dos realidade atual destes povos é de fundamental
sujeitos indígenas que destas ações dependem, importância para, a partir de então, fruir de di-
podem superar, dialogicamente, muitas dificul- ferentes perspectivas de entendimento para o
dades. funcionamento e comportamento das unidades
É importante pensar que muitas das infor- escolares no tocante à organização escolar e ao
mações distorcidas acerca das populações in- planejamento pedagógico.
dígenas abarcam sujeitos ainda estereotipados, Procurou-se, desta forma, trazer algumas in-
presos a padrões muito difíceis de serem supera- formações que possibilitem qualificar melhor os
dos, não condizentes com suas realidades e que olhares sobre o processo de escolarização indí-
os ignora no tempo presente, como, por exem- gena no estado. Antes, porém, será apresentado,
plo: a) que existe um “índio” genérico semelhan- em termos geográficos, linguísticos e numéricos,
te, sem características étnicas que os diferen- ainda que de forma resumida, o histórico das et-
ciem; b) que indivíduos indígenas têm formas nias que protagonizam esse processo.
Como elemento que compõe e orienta a or- tradicional é transmitido de geração em geração.
ganização das comunidades Guarani, a Casa de É importante destacar que este espaço, para os
Reza, denominada Opy, está presente em prati- Guarani, é a “primeira escola”, onde o conheci-
camente todas as aldeias e é o local onde os Gua- mento dos antepassados é transmitido aos mais
rani relacionam-se com o seu mundo espiritual jovens pela oralidade. Dessa forma, é fundamen-
por meio das cerimônias e rituais que ali ocor- tal pensar as escolas de Educação Básica como
rem. É no espaço da Opy que o conhecimento espaços circunscritos neste ambiente:
[...] O contexto escolar está inserido dentro das condições sociais, políticas,
econômicas culturais e linguísticas da Aldeia, respeitando suas crenças, cos-
tumes/ hábitos. Todos os alunos que frequentam a escola são da etnia gua-
rani, que em geral acreditam no Deus Nhanderu Tupã. Têm como principais
instrumentos a casa de reza (OPY), língua, costumes, crença e tradição [...]
(BENITES, 2016).
Em 2010, dados do censo (IBGE, 2017) cinco povos indígenas mais populosos do
revelam um número de aproximados 40 mil Brasil. Esta língua possui 5 dialetos regionais.
Kaingang. Destes, 5 mil vivem em centros O Kaingang e o Xokleng formam o conjunto
urbanos, enquanto os demais vivem em al- restrito das línguas e culturas Jê do Sul. Nesta
deamentos demarcados no meio rural. Esta região, além da língua Kaingang, existem tam-
população habita 32 terras Kaingang espa- bém alguns dialetos do Guarani falados em
lhadas pelos estados da Região Sul do país diversas comunidades. Recentemente, foram
(Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e detectados alguns descendentes do povo Xetá,
o oeste do estado de São Paulo). com apenas três falantes da língua.
Os Kaingang sozinhos representam cer- No mapa ao lado, pode-se obter a locali-
ca de 50% de toda a população dos povos de zação das terras Kaingang na Região Sul do
língua Jê (Tronco Macro-Jê), e estão entre os Brasil.
e
FIGURA 1 Grand
MAPA DE LOCALIZAÇÃO
DAS 32 TERRAS KAINGANG Pa
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Uru 20 22 25 Florianópolis
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Passo Fundo 27
30
28 uari
Taq
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Porto
Jacuí
Alegre
Camaquã
01 - ICATU 17 - KONDÁ
02 - VANUIRE 18 - IBIRAMA
03 - BARÃO DE ANTONINA 19 - INHACORÁ
04 - S. JERÔNIMO DA SERRA 20 - GUARITA
05 - APUCARANINHA 21 - IRAÍ E RIO DOS ÍNDIOS
06 - MOCOCA 22 - RIO DA VARZEA
07 - QUEIMADAS 23 - NONOAI
08 - IVAÍ 24 -- SERRINHA
09 - FAXINAL 25 - VOTOURO-KANDÓIA
10 - GUARAPUAVA 26 - VENTARRA E T. EREXIM
11 - RIO DAS COBRAS 27 - LIGEIRO
12 - MANGUEIRINHA 28 - CARRETEIRO
13 - PALMAS 29 - CACIQUE DOBLE E FORQUILHA
14 - XAPECÓ 30 - CASEROS
15 - CHIMBANGUE 31 - BOA VISTA
16 - PINHAL 32 - ACAMP. XINGU
Aldeia Bugio
Aldeia
Coqueiro Itoupava
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Figueira
Aldeia Sede
Aldeia
Palmeira
Aldeia Pavão
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RIOS
ESTRADAS
A área total da Terra Indígena (T.I). é de das aldeias tem seu cacique regional e seu vice-
37.000 hectares, sendo que, aproximadamen- -cacique. Também existe um cacique presidente
te, 23.000 foram vendidas pelo chefe do Posto para toda T.I.
Indígena, Eduardo De Lima e Silva Hoerhann, Dentro da T.I., existem duas escolas indígenas
nos anos de 1930. Após muita luta, atualmente de Educação Básica: na aldeia Bugio está a Escola
os Laklãnõ ocupam em torno de 14.000 hectares Indígena de Educação Básica Vanhecu Patté, e, na
dessas terras, sendo que o restante está em pro- aldeia Palmeira, a Escola Indígena de Educação
cesso de demarcação. Básica Laklãnõ (interditada pelo Ministério Públi-
A T.I. Laklãnõ é dividida em oito aldeias: Tol- co e defesa civil devido ao deslizamento e estrago
do, Palmeira, Pavão, Sede, Bugio, Figueira, Co- do prédio desde o ano de 2014). Esta escola está
queiro e Plipatól (junto à barragem). O povo tem ocupando outro prédio na Aldeia Plipatól, da Es-
102 anos de resistência, após o contato com não cola de Educação Básica Professor João Bonelli.
índios, denominado como pacificação em 1914, Existem também duas escolas multisseriadas na
feita por Eduardo de Lima e Silva Hoerhann (en- aldeia Toldo: a Escola Luzia Meiring Nfooro, e a
viado pelo Serviço de Proteção ao Índio - SPI). Escola Takuaty na aldeia Bugio, que atende alunos
Trabalho este, concretizado após várias tentati- Guarani. Nessas escolas os professores indígenas
vas frustrantes, no dia 22 de setembro de 1914. são contratados pela Secretaria de Estado da Edu-
Em relação à organização política, cada uma cação de Santa Catarina.
FOTOGRAFIA 1 FOTOGRAFIA 2
ESCOLA VANHECU PATTÉ ESCOLA INDÍGENA DE
EDUCAÇÃO BÁSICA LAKLÃNÕ
1
De acordo com Carvalho Júnior (2005), o termo se refere-se aos indígenas que, via evangelização,
eram inseridos na ordem colonial portuguesa entre meados do século XVII e a segunda metade do século XVIII.
O termo Educação Escolar Indígena (EEI), cionais de educação caracterizadas pela trans-
cunhado nas Diretrizes Curriculares Nacionais, é missão oral do saber socialmente valorizado. É,
utilizado para distinguir o ensino formal da edu- desta forma, dissociada da escola, não se dando
cação informal (caracterizada pelo processo de apenas na transmissão oral, mas também no fa-
socialização tradicional e específica a cada povo zer diário da cestaria, por exemplo, e na observa-
indígena). Enquanto direito, a EEI é originária ção das crianças ao seu entorno.
do Movimento Indígena e vem ao encontro da A Educação Escolar Indígena é uma forma
busca de estratégias por parte dos indígenas no sistemática e específica de implementar a escola
que se refere à superação de desafios enfrenta- entre as comunidades indígenas de maneira que,
dos pelas diversas comunidades no seu processo a partir das formas de construção do conhecimen-
de escolarização, seja na organização dos currí- to propriamente indígena, possa se ter acesso aos
culos, na implementação de estruturas físicas outros conhecimentos sistematizados pela esco-
que dialoguem com a cultura local, na garantia la nos conteúdos curriculares, e que, por sua vez,
de uma educação de qualidade, na produção pressupõe o uso da escrita, além de articulá-los de
de materiais didáticos específicos, alimentação maneira reflexiva ao contexto sociocultural indíge-
saudável, assim como o respeito ao conheci- na. Não é uma questão nem de incorporação por
mento ancestral, à cultura e formação docente. parte dos indígenas dos conhecimentos da socie-
A EEI caracteriza-se, assim, pela afirmação das dade não indígena e nem tampouco de adaptação
identidades étnicas e o respeito aos projetos so- dos conhecimentos da sociedade não indígena ao
cietários de cada povo indígena. Portanto: contexto sociocultural indígena, mas sim de cons-
A Educação Indígena acontece no contexto trução conjunta de um saber intercultural.
social em que se vive, dispensando o acesso à es- A construção de uma proposta pedagógica
crita e aos conhecimentos universais, pois cada baseada na maneira como os indígenas veem
povo indígena tem suas formas próprias e tradi- o mundo, bem como o uso do idioma materno
Deste modo, essas diretrizes inauguraram povos. Essas áreas são contíguas entre diferentes
um novo campo a ser percorrido, pois atribuem Unidades Federativas e redes de ensino, e impli-
responsabilidades aos estados, estabelecendo cam em um regime especial de colaboração en-
caminhos para a elaboração dos currículos e a tre governo federal, estados, municípios, univer-
organização dos sistemas de ensino. sidades e organizações indígenas. Essa é a base a
No ano de 2012, o Conselho Nacional de Edu- partir da qual se discutirão as novas orientações
cação (CNE) atualizou as Diretrizes Curriculares para um Sistema de Educação Escolar Indígena.
Nacionais para a Educação Escolar Indígena edi- Em suma, pode-se entender os Territórios
tando a Resolução nº 05/2012 (BRASIL, 2012b). Etnoeducacionais como áreas “educacionais”
Nesta, além do aprofundamento e detalhamen- definidas conforme a característica de cada et-
to das orientações curriculares já definidas, tam- nia, levando em conta, a priori, as formas como
bém incorpora a política de gestão territorial da os diferentes povos indígenas se organizam. Essa
educação: os “Territórios Etnoeducacionais”. Re- política propõe um novo paradigma conceitual
gulamentada pelo Decreto nº 6.861/09 (BRASIL, na gestão para os sistemas de ensino em que as
2009a), é o resultado do diálogo entre os povos escolas são atendidas. Segundo Baniwa (2010), a
indígenas, governo federal, governos estaduais/ política dos Territórios Etnoeducacionais, é re-
municipais e sociedade civil, em que se apontou sultado de um amplo debate realizado na I Con-
para a necessidade do reconhecimento, nas polí- ferência Nacional de Educação Escolar Indígena,
ticas de educação escolar, da sociodiversidade e ocorrida em 2009.
da territorialidade dos povos indígenas no Brasil. Por meio da política dos Territórios Etno-
Essa política propõe construir um novo modelo educacionais (TEE), o Ministério da Educação
de planejamento e gestão da educação escolar (MEC) nomeou uma Comissão Gestora Na-
indígena, tendo como principal referência a for- cional para acompanhar a criação destas áre-
ma como os povos indígenas se organizam, as as mediante consulta e diagnóstico junto aos
suas especificidades sociolinguísticas, políticas, povos. Uma vez identificados e diagnosticados
históricas, geográficas e suas relações internas. estes territórios pela ação da Comissão Gesto-
Conceitualmente, é possível afirmar que os ra, deverá ser feita uma pactuação com a parti-
Territórios Etnoeducacionais consistem em áre- cipação de todos os entes envolvidos, além da
as predefinidas a partir da consulta aos povos in- criação de um Plano de Ação, a ser divulgado
dígenas, e que levam em conta os espaços neces- e implementado a partir da ação desta Comis-
sários à manutenção dos projetos societários das são, e financiada pelo governo federal via Pla-
comunidades a partir do protagonismo destes no de Ações Articuladas (PAR).
A
Secretaria de Estado da Educação de das na Proposta Curricular de Santa Catarina
Santa Catarina assumiu, a partir de (1998/2014), no Parecer nº 282/2005, do Con-
1993, a gestão das escolas indígenas selho Estadual de Educação (CEE) e no Plano
por meio da Comissão Estadual de Estadual de Educação (PEE) – 2015/2023.
Educação, criada pela Portaria nº 16.207/93. No estado de Santa Catarina, são atendidas
Muito embora o atendimento às popula- 39 escolas indígenas, sendo estas distribuídas
ções indígenas datar de anos anteriores, a ca- em 33 estabelecimentos para a rede estadual
tegoria Escola Indígena foi criada no estado e seis estabelecimentos para as redes munici-
de Santa Catarina pela Lei nº 12.449, de 10 de pais. Essas escolas encontram-se nas 26 Terras
dezembro de 2002. Além desta lei, as orien- Indígenas (T.I.) existentes em Santa Catarina,
tações operacionais para o funcionamento conforme mapa da Fundação Nacional do Ín-
das escolas indígenas, além das orientações dio (FUNAI) com a distribuição das escolas por
curriculares, ficaram registradas e normatiza- regionais em Santa Catarina.
FIGURA 3
MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS
INDÍGENAS POR REGIONAIS
EM SANTA CATARINA
23º
26º 25º
30º
03º
24º
05º
01º 02º 32º 10º
35º
15º
08º
13º
18º
27º
LEGENDA (ETNIAS)
XOKLENG/LAKLÃNÕ
GUARANI 20º
21º
22º
Pelo mapa, é possível observar que as es- precisamente os municípios de Victor Meireles
colas Indígenas (T.I.) Kaingang localizam-se e José Boiteux.
predominantemente na região oeste, enquan- As Gerências Regionais de Educação (GE-
to as escolas Guarani estão, em sua maioria, RED) que atendem as escolas indígenas são:
distribuídas pela região litorânea, muito em- Laguna, Brusque, Joinville, Ibirama, Canoi-
bora também estejam presentes nas regiões nhas, Seara, Chapecó e Xanxerê, além da Co-
de Entre Rios e José Boiteux. A etnia Xokleng/ ordenadoria Regional da Grande Florianópolis
Laklãnõ ocupa a região do Vale do Itajaí, mais (COREF). (Ano-base 2017).
MATRÍCULAS
Pelos dados do Censo Escolar de 2015, o estado conta com 2.749 matrículas nas escolas indí-
genas, sendo 2.596 na rede estadual, e 153 matrículas nas redes municipais.
2596
Fonte: BRASIL,2017c.
Quanto à etapa, a maior concentração de matrículas está no Ensino Fundamental, com cerca
de 71% do total, conforme tabela 1.
MUNICIPAL 153 0 0 0
A Educação Infantil, por sua vez, é atendi- matrículas por etnia. Tendo por base as Terras
da exclusivamente pelas redes municipais, com Indígenas (T.I.) em que as unidades escolares
cerca de 6,5% das matrículas. Dos 39 estabeleci- estão localizadas, pode-se obter um levanta-
mentos escolares de Educação Básica, 15 aten- mento aproximado de matrículas, uma vez
dem à etnia Guarani, 18 atendem à etnia Kain- que se deve levar em conta a possibilidade de
gang, e 4 atendem à etnia Xokleng/Laklãnõ. algumas escolas indígenas atenderem estu-
Outro dado interessante é a proporção de dantes de outras etnias também. Veja a seguir:
MATRÍCULAS EDUCAÇÃO
ESCOLAR INDÍGENA POR ETNIA EM SC
GUARANI
441 471 KAINGANG
XOKLENG
2596
1837
TABELA 2
COMPARATIVO DO CRESCIMENTO DE MATRÍCULAS EM ESCOLAS INDÍGENAS E
NÚMERO DE PROFESSORES EM SANTA CATARINA, ENTRE OS ANOS DE 1998 E 2013
Nº DE PROFESSORES / PERCENTUAL
Nº DE
ESTABELECIMENTOS INDÍGENAS NÃO INDÍGENAS
TOTAL
Nº % Nº %
N
o ano de 1993, foi criada na Se- reitos constitucionais das populações indíge-
cretaria de Estado da Educação nas em Santa Catarina, o NEI tornou-se muito
(SED), por meio da Portaria nº solicitado na voz de professores, gestores e li-
16.207/1993, a Comissão Estadual deranças indígenas.
de Educação Escolar Indígena. Esta Comissão Nesse movimento, no ano de 2016, a SED
tinha a função de atender à Portaria Intermi- criou a Coordenação de Políticas nas Diversi-
nisterial nº 559/1991, do Ministério da Educa- dades por meio da Portaria nº 2.385, de 2016,
ção (MEC): “[...] subsidiar ações no sentido de cuja prerrogativa fundamental é de apoiar ins-
viabilizar uma política de educação indígena titucionalmente o funcionamento dos Núcleos
para o estado” (BRASIL, 1991b). na SED. Na esteira deste debate, o Núcleo de
Em seu artigo 5º, a Portaria nº 559/1991/ Educação Escolar Indígena caminha para sua
MEC orientava para “estimular a criação de reestruturação, contando, fundamentalmente,
Núcleos de Educação Indígena nas Secretarias com a participação de representantes indíge-
Estaduais de Educação [...] com a participação nas das etnias Guarani, Kaingang e Xokleng/
de representantes das comunidades indígenas Laklãnõ.
locais atuantes na educação, de organizações Em reunião do Núcleo de Educação Indí-
afetas à educação indígena e de universida- gena (NEI), realizada em 24 de agosto de 2016
des” (BRASIL, 1991b). na Secretaria de Estado da Educação (SED),
Dessa forma, e dando continuidade aos tra- foram coletadas as expectativas dos represen-
balhos dessa Comissão, foi criado, em 16 de ou- tantes indígenas, resultando no texto que se-
tubro de 1996, pela Portaria nº E/417/1996, o gue. A intenção do documento é de definir a
então Núcleo de Educação Indígena (NEI), com composição, estrutura e funcionamento do
função consultiva, executiva e informativa. NEI na SED, bem como propor a articulação
O NEI constituiu-se, nesse período, como junto às Gerências Regionais de Educação
espaço de consulta e planejamento da Edu- (GERED) que atendem às escolas indígenas,
cação Escolar Indígena, tendo por finalidade fomentando e orientando para a instituciona-
definir e orientar para a implementação da po- lização do NEI/SED e dos NEI/GERED.
lítica de Educação Escolar Indígena, contando, A implementação dos NEI vem ao encontro
em sua composição, com representantes indí- da organização e definição da Política de Aten-
genas, técnicos da SED e Gerências Regionais dimento à Educação Escolar Indígena (EEI) pela
de Educação (GERED). Secretaria de Estado da Educação de Santa Cata-
As ações empreendidas nesse período da- rina, e em cumprimento às orientações legais que
vam conta de elaborar e executar formações, apontam para a institucionalização nos órgãos
e entre estas, as capacitações para professores governamentais, de espaços de planejamento,
que atuam nas escolas das aldeias e a forma- com interlocução junto aos representantes das
ção em magistério específico para os indíge- escolas Guarani, Kaingang e Xokleng/Laklãnõ.
nas dos três povos que vivem em Santa Cata- A partir da organização do NEI na SED, bem
rina: Guarani, Kaingang e Xokleng/Laklãnõ, como seu desdobramento para as GERED que
produção de orientações curriculares (SANTA atendem às escolas indígenas e Coordenado-
CATARINA, 1998) e também na produção de ria Regional da Grande Florianópolis (COREF),
subsídios para o encaminhamento da Política pretende-se abrir debates e ações que orien-
Estadual de Educação Escolar Indígena (SAN- tem para o cumprimento do Plano Estadual de
TA CATARINA, 2005). Educação 2015/2023 e da Proposta Curricular
Nos últimos anos, o NEI teve um significa- de Santa Catarina, no que diz respeito à Educa-
tivo enfraquecimento, o que demandou a ne- ção Escolar Indígena.
cessidade de reestruturação do grupo. Como Orienta-se, a seguir, para a composição e
resultado de sua atuação marcante, e tido estrutura do Núcleo de Educação Escolar Indí-
como importante espaço para garantia dos di- gena na SED e nas GERED.
FUNCIONAMENTO
Os encontros do Núcleo de Educação In- tes que se fizerem necessários para contem-
dígena (NEI)/SED serão agendados com aviso plar o bom funcionamento do NEI/SED.
prévio de 15 (quinze) dias, com local, forma de Uma vez constituído o NEI/SED, as estruturas
locomoção e pauta já definidos. As reuniões no Regionais de Educação (GERED e COREF) que
NEI no órgão central ocorrerão duas vezes por atendem às unidades escolares indígenas consti-
ano, ou uma por semestre. tuirão e organizarão os seus Núcleos, chamando a
Nas Gerências Regionais de Educação (GE- compor, além de representantes das escolas indí-
RED) e na Coordenadoria Regional da Grande genas de sua circunscrição, outros servidores(as)
Florianópolis (COREF), as reuniões ocorrerão de seu corpo técnico, além de demais instituições
de forma ordinária bimestralmente, com pos- parceiras e atuantes nos territórios indígenas.
sibilidade de haver reuniões extraordinárias, É importante que estes espaços promo-
nesse caso, com a presença obrigatória dos re- vam, a partir de sua instituição, a articulação
presentantes indígenas. entre as Supervisões Escolares. Da mesma for-
As demandas apresentadas, bem como os ma, o NEI deverá manter um grupo com en-
pontos de pauta para as reuniões do NEI/SED contros regulares para organizar formações,
serão encaminhados a partir dos encontros re- promover consulta junto aos representantes
gionais, podendo ser incluídas também outras das escolas indígenas, elaborar materiais que
demandas advindas da SED. subsidiem estas escolas, bem como acompa-
As representações indígenas que compõem nhar o seu funcionamento, e, sobretudo, atu-
o NEI/SED serão importantes referências para ando na garantia dos direitos indígenas refe-
suas comunidades, pois terão a responsabili- rentes à criação de seus modelos próprios de
dade de articular os temas, demandas e deba- pensar a educação e a escola.
?? trazer como prioridade o ensino das línguas indígenas, seja como língua
materna, seja como proposta de revitalização;
?? orientar para que seja subsidiado por materiais didáticos que levem em
conta as línguas maternas e os conhecimentos locais;
Portanto, planejar, construir e executar o Pro- dígena em Santa Catarina. Nele estão contidas
jeto Político-Pedagógico (PPP) na modalidade da orientações importantes que vão desde a orga-
Educação Escolar Indígena é uma ação grandio- nização da estrutura física, currículo e política
sa, que extrapola os limites do campo pedagógi- de contratação docente e de funcionários(as).
co e perpassa as instâncias onde são celebradas Seus termos são reconhecidos e referendados
as demais prestações de serviços. pelo Conselho Estadual de Educação, em con-
Outra contribuição importante na composi- sonância com as orientações nacionais e legis-
ção do PPP diz respeito ao planejamento e im- lação internacional (OIT, 2011).
plantação de Matrizes Curriculares2 que deem Sobre esses aspectos, cabe lembrar que
conta de incorporar a organização dos compo- a consulta prévia em todas as instâncias está
nentes curriculares, ou às áreas do conhecimen- presente, seja na implementação das escolas,
to ao contexto cultural vivido nas aldeias e aos na organização curricular e na contratação do-
conhecimentos da sociedade não indígena. cente. Orienta, inclusive, para a avaliação não
Em suma, o Parecer nº 282/2005 é um do- somente de estudantes, mas do próprio corpo
cumento fundante para a Educação Escolar In- docente.
2
Conforme o Parecer nº 282/2005, a Matriz Curricular é o eixo norteador que agrega e organiza o que até então era chamado de “disciplinas”, como,
por exemplo: Matemática, Geografia, etc. É sobre a Matriz Curricular que são distribuídas as contratações e a carga horária docente.
É importante salientar que os valores pela sociedade, por meio dos Conselhos de
do PRODENE Indígena são definidos con- Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo
forme o número de alunos relacionados no Tribunal de Contas da União (TCU), pela
Censo Escolar do ano anterior. O Programa Controladoria Geral da União (CGU) e pelo
é acompanhado e fiscalizado diretamente Ministério Público.
6.2.3 INFRAESTRUTURA
A construção dos prédios escolares nas T.I. é las para atender a comunidades com 30 famílias,
um dos maiores desafios enfrentados pelas co- também devem ser planejadas estruturas para
munidades e pela Secretaria de Estado da Educa- atender a mais de 200 famílias, respeitando-se
ção. A diversidade de situações existentes devido o uso que se fará destes espaços. O Parecer nº
às variações geográficas e culturais requerem so- 282/2005, do Conselho Estadual de Educação
luções igualmente específicas, de forma que, na (CEE) traz importantes orientações com relação
grande maioria dos casos, os padrões arquitetôni- ao planejamento, localização, distribuição do es-
cos devem ser configurados para a realidade local. paço físico e autorização de funcionamento. Nes-
Isso significa que, além de se planejar esco- te sentido:
A formação continuada proposta pela Unidade continuada deve pensar, analisar e refletir as ne-
Escolar (UE) deve estar prevista no calendá- cessidades da escola, considerando os aspectos
rio escolar da mesma, e aprovada pela comu- deficitários apontados nas avaliações internas e
nidade; deve ser pensada pela equipe gestora externas, o diagnóstico, as metas e as ações da
e apresentada ao coletivo da UE. A formação Unidade Escolar.
gresso e processo seletivo público, cujos editais são zação de concurso público de ingresso e processo
elaborados consultando os povos indígenas do es- seletivo público para a nomeação e posse de pro-
tado, para que sejam respeitadas as especificidades fessores titulares (efetivos) e a admissão de profes-
de cada comunidade e também o Plano Estadual sores em caráter temporário (ACT), para atuação
de Educação (PEE) de Santa Catarina 2015/2024. na Educação Escolar Indígena, nos níveis de Ensi-
O Secretário de Estado da Educação, no uso de no Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jo-
suas atribuições legais e considerando o disposto vens e Adultos, no Ensino Regular da Rede Pública
na Lei nº 6.844, de 29 de julho de 1986 (Estatuto do Estadual.
Magistério Público Estadual), na Lei Complemen- Desta forma, o concurso de ingresso e o proces-
tar nº 668, de 28 de dezembro de 2015 (Plano de so seletivo são realizados nas Gerências Regionais
Carreira do Magistério Público Estadual) e na Lei de Educação (GERED) de Ibirama, Canoinhas, Cha-
nº 16.861, de 28 de dezembro de 2015 (disciplina pecó, Xanxerê, Seara, Laguna, Joinville, Brusque e
a admissão de professores temporários) (SANTA Coordenadoria Regional de Educação da Grande
CATARINA, 2015a), tem como atribuição tornar Florianópolis (ano base 2017), regidos por normas es-
públicas, por meio de edital, as normas para reali- tabelecidas em edital, bem como pelas leis vigentes.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
(...) V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na for-
ma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e títulos, aos das redes públicas;
(...) VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal.
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores consi-
derados profissionais da Educação Básica e sobre a fixação de prazo para a
elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2006a);
?? Lei nº 16.861/2015: esta lei disciplina a admissão de pessoal por prazo deter-
minado no âmbito do Magistério Público Estadual, sob a coordenação de uma
comissão composta pelo Supervisor de Desenvolvimento Humano, Supervisor
de Educação Básica e Profissional e três técnicos da Gerência de Educação (GE-
RED), da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), para realizar o levanta-
mento das vagas, bem como a execução da chamada para preenchimento das
mesmas, cabendo a presidência desta comissão ao Supervisor(a) de Desenvol-
vimento Humano de cada GERED (SANTA CATARINA, 2015a).
Art. 5º: [...] Em cada instituição federal de ensino técnico de nível médio,
as vagas [...], serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados [...]
indígenas [...].
Art. 6º[...] O Ministério da Educação e a Secretaria Especial de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República, serão respon-
sáveis pelo acompanhamento e avaliação do programa de que trata esta
Lei, ouvida a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) [...].
Art. 7º [...] O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10 (dez) anos, a contar
da publicação desta Lei, a revisão do programa especial para o acesso de
estudantes [...] indígenas, bem como daqueles que tenham cursado inte-
gralmente o ensino médio em escolas públicas, às instituições de educação
superior [...].
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