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ii
Aos meus pais e à minha querida Julia
iii
AGRADECIMENTOS
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Março/2007
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
March/2007
vi
ÍNDICE
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO............................................................................ 1
vii
3.3. CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA ..................................................................... 39
3.4. DADOS METEOCEANOGRÁFICOS ................................................................ 42
3.5. CONSIDERAÇÃO DO MOVIMENTO PRESCRITO .............................................. 42
3.5.1. RAO ................................................................................................ 44
viii
5.10.1. Modelo para análise modal ........................................................... 98
5.10.2. Resultados .................................................................................. 100
5.11. DANO TOTAL (VIV + ONDA) ................................................................. 103
5.12. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO ....................................................................... 105
5.13. COMPORTAMENTO DO DANO EM FUNÇÃO DO SCF E DA TENSÃO MÉDIA .... 105
ANEXO
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA
CÁLCULO DA VIDA RESIDUAL DE JUNTAS DE RISERS DE PERFURAÇÃO
COM DEFEITOS DE CORROSÃO ............................................................... 144
ix
ÍNDICE DE FIGURAS
x
FIGURA 2.22 – ESQUEMA DA COLUNA DE RISER COM AS FLEXJOINTS E TELESCOPIC
JOINT [7]. ...................................................................................... 31
xi
FIGURA 4.19 – TENSÃO LONGITUDINAL NO DEFEITO SLSE 15 ................................ 69
FIGURA 5.1 – JUNTA TÍPICA DE RISER COM CONECTOR (FLANGE) [27] [35] ............... 74
FIGURA 5.2 – INICIAÇÃO E FASES I E II DO CRESCIMENTO DE UMA TRINCA DE FADIGA E
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE INTRUSÕES E EXTRUSÕES [30].... 76
FIGURA 5.3 – CICLOS DE FADIGA CÍCLICOS: (A) TENSÕES ALTERNADAS PURAS, (B)
TENSÃO MÉDIA DIFERENTE DE ZERO, (C) ALEATÓRIO [30].................. 78
FIGURA 5.4 – CURVA S-N (ÁGUA DO MAR COM PROTEÇÃO CATÓDICA) [24] .............. 80
FIGURA 5.5 – DADOS DE FADIGA MOSTRANDO EFEITO DA TENSÃO MÉDIA [30] .......... 82
FIGURA 5.6 – DIAGRAMA DE HAIGH PARA VÁRIAS LINHAS DE VIDA CONSTANTE [30] .. 82
FIGURA 5.7 – MÉTODOS PARA CORREÇÃO DA TENSÃO ALTERNADA EM FUNÇÃO DA
TENSÃO MÉDIA [30] ........................................................................ 83
xii
FIGURA 6.3 – LOCALIZAÇÃO DAS SEÇÕES ESTUDADAS ......................................... 111
FIGURA 6.4 – ÁBACO DANO VERSUS SCF – SEM EFEITO DA TENSÃO MÉDIA ......... 112
FIGURA 6.5 – CURVAS DE DANO ANUAL (ONDA + VIV) PARA TODOS OS SCF – COM
TENSÃO MÉDIA ............................................................................. 113
FIGURA 6.6 – ÁBACO DANO VERSUS SCF – COM EFEITO DA TENSÃO MÉDIA .......... 114
FIGURA 6.7 – ÁBACO DANO VERSUS SCF – COMPARAÇÃO DAS CURVAS NO TRECHO DE
TOPO .......................................................................................... 116
xiii
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 5.4 – RELAÇÃO ENTRE DANOS EM FUNÇÃO DA TENSÃO MÉDIA E SCF ........ 106
TABELA 6.1 – TABELA TIPO PARA VALORES Α E Β DA CURVA DANO VERSUS SCF .... 115
TABELA 6.2 – PITS APROVADOS PELO CRITÉRIO DE FADIGA .................................. 119
TABELA 6.3 – ALVÉOLOS RETANGULARES APROVADOS PELO CRITÉRIO DE FADIGA . 119
TABELA 6.4 - ALVÉOLOS ESFÉRICOS APROVADOS PELO CRITÉRIO DE FADIGA ......... 120
xiv
TABELA 6.5 – SULCOS CIRCUNFERENCIAIS SEMI ESFÉRICOS APROVADOS PELO
CRITÉRIO DE FADIGA..................................................................... 120
TABELA 7.4 – VIDA RESIDUAL DAS JUNTAS CONSIDERANDO O DANO NO CONECTOR 132
TABELA 7.5 – COMPARAÇÃO DOS VALORES DE VIDA RESIDUAL RELATIVOS AOS
DEFEITOS E AO CONECTOR. .......................................................... 132
xv
NOMENCLATURA
ω – freqüência
xvi
Capítulo 1. INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
1
identificadas novas províncias de óleo de excelente qualidade, gás natural e
condensado, permitindo que o atual perfil das reservas e produção da
Companhia, predominantemente de óleo pesado de menor valor econômico,
começasse a mudar para um perfil de maior valor no mercado mundial de
petróleo.
A produção doméstica de petróleo da Petrobras atingiu a marca de
1.540.000 barris por dia em 2003, representando cerca de 91 % da demanda
de derivados do país nesse ano, de 1.700.000 barris por dia. Em 2006 o Brasil
alcançou a auto-suficiência em petróleo.
A figura 1.1 ilustra a evolução da produção de petróleo em termos
percentuais da demanda nacional.
2
1.1.2. Águas Profundas
3
Tabela 1.1 – Reservas provadas em 31/12/2005 [36].
4
Evolução da produção nacional em Terra e Mar
Milhares 1600
1400
1200
1000
bpd
800
600
400
200
0
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
Terrra Mar
Tendo a maior parte das suas reservas situadas em locações com mais
de 400m de LDA, e responsável por mais de 70% da produção brasileira, a
Bacia de Campos tem seu desenvolvimento atrelado ao desenvolvimento de
equipamentos e técnicas de operação no ambiente de águas profundas.
Diante do cenário apresentado, é fácil constatar que a perfuração e o
desenvolvimento da produção em águas profundas passaram a ser a principal
alternativa para a indústria petrolífera nacional.
Seguindo essa direção, o Brasil vem batendo sucessivos recordes de
perfuração em águas profundas (figura 1.4). A atividade exploratória nessas
lâminas d’água segue em ritmo intenso e a evolução muito rápida da
profundidade de operação e a tendência de se aproveitar, tanto quanto
possível, equipamentos e técnicas já disponíveis, fazem com que a operação
ocorra cada vez mais próxima dos limites, demandando desenvolvimento de
procedimentos e projetos de novos equipamentos em face deste cenário. A
motivação, no que se refere à Bacia de Campos, é intensa, pela grande
quantidade de reservas em LDA profunda e ultraprofunda ainda a serem
incorporadas como reservas provadas, uma vez viabilizada sua produção.
5
Figura 1.4 – Recordes obtidos pela Petrobras em perfuração offshore [36]
1.2. Motivação
6
à análise de riser de perfuração, no sentido de tentar prolongar sua vida útil
garantindo a segurança da operação.
Nesse contexto, a avaliação estrutural de risers de perfuração com
defeitos de corrosão vem assumindo uma importância crescente com o
surgimento, cada vez mais freqüente, de defeitos com profundidade acima de
20% da espessura nominal em risers de plataformas de perfuração da Bacia de
Campos.
Ao longo de sua vida útil, risers de perfuração estão sujeitos a adquirir
defeitos de corrosão que podem afetar a sua integridade (figuras 1.5, 1.6 e
1.7). Periodicamente, estes risers são desmontados e as suas juntas levadas
para o continente para serem inspecionadas. Atualmente, o problema de perda
de espessura causada por corrosão está sendo mais crítico no riser da
plataforma P23.
7
Figura 1.6 – Defeito de corrosão 2 [10]
8
aplica a uma junta de riser com perda de espessura causada por corrosão, que
se encontra em operação, a mesma tolerância de variação de espessura que é
aplicada a um tubo novo, fabricado de acordo com a API Specification 5L [5]
(tolerância aplicada a diâmetros menores que 20 polegadas). Por outro lado, a
Norma API RP 16Q [7], apenas menciona que deve haver um critério de
aceitação de perdas de espessura causadas por corrosão, mas não estabelece
limites.
Esta dissertação tem como objetivo estudar a vida residual de um riser
de perfuração com defeitos devidos à corrosão, propondo uma metodologia
simplificada de avaliação. Este é um assunto pouco discutido na comunidade
científica, entretanto, é de fundamental importância para a redução de custos
nas operações de perfuração, pois as práticas e soluções adotadas no dia a dia
são, em geral, muito conservadoras.
É importante salientar, desde já, que as avaliações e conclusões
apresentadas nesta dissertação levam em conta apenas o critério de fadiga.
Isto não dispensa a necessidade de se fazer uma verificação quanto às
tensões máximas atuantes na região do defeito, nas condições de
carregamento extremo
9
O Capítulo 5 faz uma breve revisão sobre fadiga em risers, devida à
onda e à VIV, e em seguida apresenta os resultados das análises do riser de
perfuração sem considerar defeitos.
O Capítulo 6 traz os resultados das análises de fadiga considerando os
defeitos de corrosão e um estudo paramétrico do dano em função do fator de
concentração de tensão.
O Capítulo 7 propõe uma metodologia para cálculo da vida residual de
um riser de perfuração com defeitos de corrosão.
O Capítulo 8 apresenta as conclusões e recomendações para trabalhos
futuros.
O Capítulo 9 traz as referências bibliográficas.
10
Capítulo 2. PERFURAÇÃO MARÍTIMA
2.1. Introdução
2.2. Histórico
11
um grande avanço com o aparecimento das jacks-ups ou plataformas auto-
elevatórias. Na mesma época, foram lançadas sondas sobre as plataformas
semi-submersíveis. Posteriormente, na década de 60, desenvolveu-se a
tecnologia de perfuração de posicionamento dinâmico, para grandes
profundidades.
FIGUEIREDO [27] destaca que o aumento da atividade offshore em LDA
cada vez mais profunda (Figura 1.4), requer plataformas capazes de operar em
qualquer LDA e em qualquer locação geográfica. A mobilidade e a estabilidade
são características importantes deste tipo de plataforma, isto é, a
movimentação de uma locação para outra deve ser rápida e uma vez
alcançada a nova locação, a plataforma deve ser rápida e facilmente
posicionada e manter esta posição durante a operação. Esta tarefa pode ser
cumprida com bom desempenho por sondas equipadas com posicionamento
dinâmico (Dynamic Positioning – DP). O sistema DP [44] usa a energia gerada
a bordo para atuar os motores dos propulsores provendo forças necessárias
para manter posicionada a sonda em uma determinada locação. Nenhuma
conexão mecânica com o solo é requerida. Este sistema identifica os offsets
máximos a partir dos quais os propulsores são acionados retornando a unidade
para sua posição original.
Atualmente, na Petrobras, a sonda semi-submersível P23 (figura 2.1)
possui capacidade para operar em águas de até 1900m de profundidade. Esta
unidade será objeto de estudo desta dissertação.
12
2.3. Métodos de perfuração
13
a) Plataformas fixas
14
Figura 2.3 – Plataforma auto-elevatória
15
d) Plataformas Spar-buoy
SPAR-BUOY
16
e) Plataformas semi-submersíveis
17
Figura 2.7 – Plataforma semi-submersível
f) navios sondas
18
Figura 2.8 – Navio sonda
A figura 2.9 abaixo apresenta uma ilustração artística dos tipos de sonda
apresentados.
19
2.5. Sistema de Segurança (cabeça de poço submarino)
20
emergência do LMRP pode ser feita por um simples toque de botão na
superfície, de maneira rápida e segura.
Mesa Rotativa
21
Os risers devem ser analisados para assegurar níveis aceitáveis de
deformações, tensões e vida à fadiga, devidas às forças impostas pelas
correntes, ondas e movimentos da embarcação. A pressão hidrostática interna
(fluido de perfuração) e a externa (água do mar) também são fundamentais nas
análises, assim como a influência do fluxo de corrente e onda ao redor do tubo.
As figuras 2.11 e 2.12 ilustram o esquema do sistema do riser com seus
principais equipamentos.
96’
6157.42’
15.12’
27.70’
12’
22
Os principais equipamentos que compõem a coluna de riser são: BOP,
LMRP, Flex joint, Juntas de riser (com conectores nas extremidades),
flutuadores, Diverter, Junta telescópica e cabos tensionadores. Cada junta
possui ainda, duas linhas rígidas fixadas em sua parede externa, para cumprir
as funções de choke e kill. A seguir será apresentada uma breve descrição de
cada um deles.
23
2.6.1. Junta de Riser e Conectores
Choke e Kill
24
Figura 2.14 – Conector ou flange 1 [26] [27]
25
é o seguinte: fecha-se o BOP, o fluido passa a circular pela linha de choke e,
então, o fluido adensado é bombeado pela linha de kill para auxiliar a retirada
do fluido indesejado até atingir o controle.
26
Figura 2.17 – BOP com gavetas de tubo (pipe rams)
27
2.6.4. Lower Marine Riser Package (LMRP)
2.6.5. Diverter
28
dimensionado para resistir à alta velocidade de impacto de areia e cascalho,
mas não à alta pressão. Seu controle é projetado de modo a abrir os flowlines
automaticamente quando o diverter é fechado.
29
Junta
Telescópica
2.6.7. FlexJoints
30
Figura 2.22 – Esquema da coluna de riser com as flexjoints e telescopic joint [7].
31
Figura 2.23 – Flex joint [27]
Para fazer a conexão das linhas de choke, kill e outras linhas auxiliares
do riser com os respectivos acessos nos manifolds na sonda, há a necessidade
de introdução de um elemento com flexibilidade para absorver os
deslocamentos verticais da junta telescópica. Normalmente é usada uma
mangueira de alta pressão e no BOP, os deslocamentos angulares da flexjoint,
são absorvidos com o uso de um loop helicoidal de aço incorporado ao lower
marine riser. Estes elementos são as jumper lines.
32
Figura 2.24 – Flutuadores [33]
33
para carregamentos no riser. Forças hidrodinâmicas também são impostas ao
riser através das ondas, corrente e movimentos da embarcação. Um
carregamento muito importante é a vibração causada por desprendimento de
vórtices. Na maioria dos casos, este fenômeno tem bastante relevância na vida
à fadiga do riser.
As figuras 2.25 e 2.26 ilustram duas configurações que mostram os
principais carregamentos atuando nos equipamentos que compõem a coluna.
34
Figura 2.26 – Principais carregamentos atuantes no Riser 2 – navio [31]
35
Capítulo 3. METODOLOGIA DE ANÁLISE DE FADIGA,
DESCRIÇÃO DO SISTEMA E DADOS GERAIS
3.1. Introdução
36
3.2. Metodologia de análise
Análise de Análise
Fadiga Local
ANSYS
ANFLEX ANFLEX
ANÁLISE MEF
(MODELAGEM
MOVIMENTOS DE DEFEITOS)
ANÁLISE
DEVIDO À
MODAL
ONDA
SCF (FATOR DE
CONCENTRAÇÃO
DE TENSÃO)
POSFAL SHEAR 7
DANO DE
DANO DE
FADIGA
FADIGA
DEVIDO À
DEVIDO À VIV
ONDA
VIDA ÚTIL DO
RISER
37
O cálculo do dano à fadiga é feito, de forma simplificada, somando-se o
dano devido às ondas com aquele proveniente da vibração induzida por vórtice
(VIV).
3.2.1. Onda
38
de variação de tensões utilizando-se o método Rainflow e do número de ciclos
admissível utilizando-se as curvas S-N e ainda, o cálculo do dano e da vida útil.
onde,
Treal = tração real
39
Pext = pressão externa
Pint = pressão interna
Aext = área externa da seção transversal do riser
Aint = área interna da seção transversal do riser
40
As tabelas 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.5 mostram os dados de propriedades e
características das juntas que compõem a coluna de perfuração da P23.
41
Tabela 3.4 – Propriedade das flexjoints
Flexjoints bend. stiffness (ft-lb/deg)
Upper Ball joint
Lower 30000
42
geométricas da unidade flutuante; desta forma o RAO informa como se
comportará a unidade flutuante em função da freqüência de excitação.
43
equações possa ser resolvido para cada freqüência. Assim, cada vez que o
sistema é resolvido, admite-se que a excitação é dada por uma onda regular e
que apenas uma freqüência está presente.
De posse do RAO, consegue-se construir o espectro de resposta, SR(ω)
pela equação a seguir:
S R (ω ) = RAO 2 (ω ) ⋅ S (ω ) ....................................................................eq 3.3
onde, S(ω) é o espectro da onda.
A amplitude significativa de resposta, Ra1/3, é dada por:
Ra1 / 3 = 2 ⋅ m0 ..................................................................................eq 3.4
3.5.1. RAO
44
RAO - HEAVE
2.5
2
Amplitude (m)
0
1.5 22.5
45
1 67.5
90
0.5
0
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
RAO - SURGE
1.6
1.4
1.2
Amplitude (m)
0
1
22.5
0.8 45
0.6 67.5
0.4 90
0.2
0
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
RAO - SWAY
1.6
1.4
1.2
Amplitude (m)
0
1.0 22.5
0.8 45
0.6 67.5
0.4 90
0.2
0.0
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
Figura 3.5 – Curvas de RAO da P23 - Translações
45
RAO - ROLL
1.2E-02
1.0E-02
Amplitude (rad)
8.0E-03 0
22.5
6.0E-03 45
4.0E-03 67.5
90
2.0E-03
0.0E+00
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
RAO - PITCH
1.4E-02
1.2E-02
Amplitude (rad)
1.0E-02 0
8.0E-03 22.5
45
6.0E-03
67.5
4.0E-03
90
2.0E-03
0.0E+00
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
RAO - YAW
6.0E-03
5.0E-03
Amplitude (rad)
4.0E-03 0
22.5
3.0E-03 45
67.5
2.0E-03
90
1.0E-03
0.0E+00
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Frequência (rad/s)
Figura 3.6 – Curvas de RAO da P23 - Rotações
46
Capítulo 4. Análise local
4.1. Introdução
4.2. Premissas
47
9 Os flanges dos tubos que compõem o riser estão livres de corrosão;
9 A superfície interna do riser está livre de perda de espessura causada por
corrosão ou por desgaste devido ao atrito com a coluna de perfuração;
9 O fluido de perfuração não está contaminado com H2S ou CO2;
48
Tabela 4.1 - Dimensões dos pits semi-esféricos [10]
Defeito r d L l d/t
(mm) (mm) (mm) (mm)
PSE 1 2.0 2.0 4.0 4.0 0.126
PSE 2 3.2 3.2 6.4 6.4 0.201
PSE 3 4.8 4.8 9.6 9.6 0.302
PSE 4 6.4 6.4 12.8 12.8 0.403
PSE 5 8.0 8.0 16.0 16.0 0.503
49
Tabela 4.2 - Dimensões dos pits Cilíndricos Largos [11]
Defeito d r a L l d/t
mm mm mm mm mm
PCL 1 2.0 1.0 1.0 2.0 2.0 0.126
PCL 2 3.2 1.6 1.6 3.2 3.2 0.201
PCL 3 4.8 2.4 2.4 4.8 4.8 0.302
PCL 4 6.4 3.2 3.2 6.4 6.4 0.403
PCL 5 8.0 4.0 4.0 8.0 8.0 0.503
50
Tabela 4.3 - Dimensões dos pits Cilíndricos Estreitos [12]
d r a L l
Defeito d/t
mm mm mm mm mm
PCE 1 2.0 0.667 1.333 1.333 1.333 0.126
vista superior
seção longitudinal
51
seção transversal
Figura 4.4 – Geometria do Alvéolo Retangular [22]
52
4.3.5. Alvéolo Esférico (AE)
vista superior
seção longitudinal
seção transversal
Figura 4.5 – Geometria do Alvéolo Esférico
53
Tabela 4.5 - Dimensões dos Alvéolos Esféricos
Defeito d (mm) r (mm) L (mm) l (mm) r/d d/t
vista superior
54
seção longitudinal
seção transversal
Figura 4.6 – Geometria do Sulco Circunferencial Semi-Esférico [14].
55
4.3.7. Sulco Longitudinal Semi-Esférico (SLSE)
vista superior
seção longitudinal
seção transversal
56
Figura 4.8 – Exemplo de Sulco Longitudinal Semi-Esférico
57
4.4. Tensões no Riser
58
tensões principais σ1, σ2 e σ3 são respectivamente σL (tensão longitudinal ou
axial), σH (tensão tangencial ou de hoop) e σrd (tensão radial).
Para cada uma destas tensões pode ser determinado um fator de
concentração de tensão associado, entretanto, do ponto de vista de fadiga o
mais importante é o SCF da tensão longitudinal (axial), porque dentre os
esforços que atuam no riser o momento fletor é o que tem relação direta com o
comportamento dinâmico global da coluna de riser devido aos carregamentos
ambientais. Em outras palavras, o SCF da tensão longitudinal é o que
efetivamente terá influência na fadiga, pois as cargas que geram as tensões
tangenciais e radiais, que são as pressões interna e externa, não variam de
maneira relevante no tempo e podem ser vistas como cargas permanentes.
T M
σL = ± ⋅ r ............................................................................. eq 4.1
As I S
onde:
T = Tração real;
As = Área de seção transversal do tubo do riser;
M = Momento fletor devido ao carregamento lateral;
Is = Momento de inércia da seção transversal do tubo do riser;
ri ≤ r ≤ ro;
T / As = Tensão Axial;
M . r / Is = Tensão devida ao momento fletor.
A área e o momento de inércia podem ser obtidos por:
AS = π (r0 − ri ) ............................................................................ eq 4.2
2 2
π 4 4
IS = ⋅ ( r0 − ri ) .......................................................................... eq 4.3
4
onde:
r0 = Raio externo da parede do riser;
ri = Raio interno da parede do riser.
59
4.4.2. Tensão Tangencial e Radial
( p 0 − pi ) r02 ⋅ ri 2 pi ⋅ ri 2 − p 0 ⋅ r02
σ rd = ⋅ + ..........................................eq 4.5
r2 r02 − ri 2 r02 − ri 2
onde:
p i = γ i ⋅ (H m − z )
p 0 = γ 0 ⋅ (H w − z )
60
interna e externa, tração e momento fletor, representa em um único valor as
influências combinadas de todas as tensões principais num elemento da
estrutura.
A teoria de Von Mises utiliza resultados de investigações que sugerem
que o escoamento do material está relacionado com a energia de deformação
por cisalhamento. A energia de deformação é a energia armazenada no
material em virtude da sua deformação elástica. Analisada mais
detalhadamente, a energia de deformação é composta de duas partes. Uma
parte é resultante de alterações nas dimensões mutuamente perpendiculares,
portanto alterações de volume, sem mudanças angulares. Outra proveniente da
distorção angular sem mudança de volume. Esta última, denominada energia
de deformação por cisalhamento, que se mostrou ser a principal causa de
falhas elásticas [27].
Pode ser demonstrado pela análise de energia de deformação que a
energia de deformação por cisalhamento associada com as tensões principais
σ1, σ2 e σ3 é a mesma onde nos testes de tração causa a fluência na tensão
direta de escoamento σy, onde:
σy2 = ½ [(σ1-σ2)2 + (σ2-σ3)2 + (σ3-σ1)2] ........................................ eq 4.6
Quando esta igualdade ocorre, de acordo com a teoria de Von Mises, há
o escoamento do material.
61
menor das tensões principais para o estado de tensão considerado. Então, o
critério de máxima tensão de cisalhamento pode ser expresso por:
(σ 1 − σ 3 )
τy = ..................................................................................eq 4.7
2
onde:
σ 1 − σ 3 = σ s = Stress Intensity
62
Este novo ambiente de trabalho do ANSYS – WORKBBENCH – possui
um ambiente de modelagem (design modeler) e outro de simulação
(simulation). No design modeler, foi desenvolvido um único modelo, utilizando a
ferramenta de parametrização, onde os defeitos são gerados a partir da
entrada de dados, tais como, espessura do defeito e raio da esfera. No
simulation, que é a ferramenta de análise propriamente dita, os parâmetros de
malha ficam mantidos quando se alteram as dimensões do defeito. Dessa
forma, a modelagem fica sistematizada otimizando o tempo de modelagem.
A figura 4.11 apresenta a janela da ferramenta de modelagem
parametrizada do Workbench. Nela, podem ser visualizados os parâmetros de
entrada e a programação, que, como podemos ver, é bem simplificada.
entrada de dados
programação
63
Devido à dupla simetria, apenas um quarto do domínio foi discretizado.
Na figura 4.12, são indicadas as condições de contorno aplicadas no modelo.
Além das restrições relacionadas com os planos de simetria, foi aplicada
também uma restrição ao deslocamento UZ de um nó na extremidade do
modelo, para evitar o movimento de corpo rígido.
defeito
64
predominantemente, com lados de comprimento igual a 2.0 mm. A região de
refinamento médio apresenta elementos com lados de comprimento 5.0 mm. O
restante do domínio possui elementos com lados de comprimento igual a 10.0
mm, conforme SILVA et al [45].
65
longitudinal é menor que 1%. Conclui-se que as tensões atuantes nesta seção
bem próxima ao defeito são predominantemente em razão do momento fletor.
σ2
σ1
σ3
Figura 4.15 – Tensões principais atuantes em uma seção distante 90mm do
centro do defeito
66
Confirma-se então que o comprimento adotado para o modelo para
1600m está adequado.
Para as análises do riser sem defeito foi construído um modelo de
elementos SOLID186 com o mesmo comprimento total de 1600 mm (figura
4.16). Neste modelo, adotou-se uma malha uniforme composta por elementos
com lados de comprimento igual a 10.0 mm na superfície e 4 elementos na
espessura. A tensão de referência obtida foi 30.839 MPa.
67
Tensões atuantes na geratriz externa do duto com defeito
70
60
50
40
MPa
30
20
10
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
mm
Von Mises Longitudinal
68
Figura 4.18 – tensão longitudinal no defeito AE 15
69
Os resultados de tensão longitudinal dos grupos de defeitos que foram
modelados nesta dissertação são apresentados na tabela 4.8 e dos demais
grupos foram retirados de [10] [11] [12] [13] [14] [22].
70
Tabela 4.9 – SCF dos Pits [10] [11] [12]
Defeito d/t SCF
PSE 1 0.126 1.692
PSE 2 0.201 1.859
PSE 3 0.302 1.989
PSE 4 0.403 2.044
PSE 5 0.503 2.242
PCL 1 0.126 1.684
PCL 2 0.201 1.884
PCL 3 0.302 2.060
PCL 4 0.403 2.270
PCL 5 0.503 2.364
PCE 1 0.126 1.652
PCE 2 0.201 1.848
PCE 3 0.302 2.012
PCE 4 0.403 2.191
PCE 5 0.503 2.301
71
Tabela 4.11 – SCF dos Alvéolos Esféricos
Defeito d/t SCF
AE 1 0.126 1.720
AE 2 0.201 1.772
AE 3 0.302 1.853
AE 4 0.403 1.984
AE 5 0.503 2.125
AE 6 0.126 1.563
AE 7 0.201 1.648
AE 8 0.302 1.757
AE 9 0.403 1.924
AE 10 0.503 2.099
AE 11 0.126 1.406
AE 12 0.201 1.536
AE 13 0.302 1.690
AE 14 0.403 1.867
AE 15 0.503 2.062
72
Tabela 4.13 – SCF dos Sulcos Longitudinais Semi-Esféricos
Defeito d/t SCF
SLSE 1 0.126 1.511
SLSE 2 0.201 1.543
SLSE 3 0.302 1.615
SLSE 4 0.403 1.691
SLSE 5 0.503 1.748
SLSE 6 0.126 1.507
SLSE 7 0.201 1.536
SLSE 8 0.302 1.601
SLSE 9 0.403 1.670
SLSE 10 0.503 1.720
SLSE 11 0.126 1.509
SLSE 12 0.201 1.534
SLSE 13 0.302 1.597
SLSE 14 0.403 1.664
SLSE 15 0.503 1.712
73
Capítulo 5. Análise de fadiga do Riser sem defeitos
5.1. Introdução
Foi feita ainda uma revisão bibliográfica, baseada em [23] [29] [30] [43]
[49] [50] [53] [54] sobre o processo de fadiga em risers devida às ondas e
devida à VIV (vibração induzida por vórtice).
74
5.2. O Processo de Fadiga
75
Figura 5.2 – Iniciação e fases I e II do crescimento de uma trinca de fadiga e
representação esquemática de intrusões e extrusões [30].
76
fissura se torna perceptível por inspeção, o componente geralmente é retirado
de operação [23].
A duração de uma peça à fadiga é definida geralmente pelo número de
ciclos de aplicação de carga que leva a estrutura ao colapso. O número de
ciclos Nr necessário até atingir a ruptura será dado, portanto, pela soma do
número de ciclos de iniciação da fenda, Ni mais o número de ciclos de
propagação da mesma, Np , logo:
Nr = Ni + Np ...................................................................................eq 5.1
As juntas de risers de perfuração são estruturas que possuem soldas.
Na região da solda a fase de iniciação da fissura praticamente não existe, pois
as possíveis descontinuidades funcionam como fissuras já iniciadas. Neste
caso, a maior parte da vida ocorre na fase de propagação das fissuras. Por
outro lado, as juntas de risers de perfuração também apresentam os
conectores localizados nas extremidades (Figura 5.1), que são constituídos por
material base, nos quais a fadiga ocorre obedecendo ao processo descrito. A
diferença na forma como ocorre o processo de fadiga em material base e em
juntas soldadas tem efeitos significativos no comportamento e no projeto à
fadiga.
Tanto no caso de material base como em juntas soldadas, observa-se
que a geometria da região analisada é muito importante no efeito de
concentração de tensões. Estas tensões concentradas em função da geometria
do elemento analisado são chamadas de hot spot stress, e podem ser
determinadas basicamente por três métodos: através do método de elementos
finitos, por estudo de modelos físicos ou através de fórmulas semi-empíricas. A
utilização do método de elementos finitos, discretizando-se os membros em
malhas refinadas de elementos sólidos, é uma ferramenta eficaz em virtude da
possibilidade de representação de geometrias complexas e de diferentes
condições de contorno [24].
77
forma de carregamento típica de eixos rotativos e para este tipo de solicitação
as tensões máxima e mínima são de mesma magnitude e sinais opostos. O
caso (b) representa uma situação mais geral onde as tensões máxima e
mínima não são iguais. O caso (c) representa ciclos de carregamentos mais
complexos.
Figura 5.3 – Ciclos de fadiga cíclicos: (a) Tensões alternadas puras, (b) Tensão
média diferente de zero, (c) Aleatório [30].
78
(σ max + σ min )
σm = ............................................................................eq 5.4
2
O parâmetro a partir do qual podemos caracterizar a condição de
carregamento do ciclo de tensão é dado pela razão de tensões:
σ min
R= ..........................................................................................eq 5.5
σ max
A tensão alternada também pode ser escrita em função de R:
1− R
σa =σm ⋅ .................................................................................eq 5.6
1+ R
A tabela 5.1 apresenta as características das condições de
carregamento a partir da razão de tensões R.
Razão de tensões
Condição de carregamento
R
R>1 Tanto σmax quanto σmin são negativos. Tensão média
negativa (compressão).
R=1 Carregamento estático
0<R<1 Tanto σmax quanto σmin são positivos. Tensão média
positiva (tração), |σmax| > |σmin|.
R=0 Carregamento variando de zero até σmin = 0.
R = -1 Carregamento alternado puro com tensão média zero,
|σmax| = |σmin|.
R<0 |σmax| < |σmin|, σmax se aproximando de zero.
R∞ σmax igual a zero.
79
e sem proteção contra corrosão etc) foram estabelecidas diversas curvas S-N.
A forma analítica da curva S-N, de um único tramo ou inclinação, é dada pela
seguinte expressão:
K
N= ............................................................................................eq 5.7
Sm
onde K e m são constantes do material e são obtidos experimentalmente. S é o
valor da variação de tensão e N é o número de ciclos necessários para levar a
peça ao colapso. Observa-se que as curvas S-N empregadas na verificação da
fadiga são, normalmente, referentes ao valor médio obtido das curvas obtidas
experimentalmente menos 2 desvios padrões da mesma.
Escrevendo esta expressão em termos de logaritmo, estabelece-se uma
relação linear dada por:
log( N ) = log( K ) − m ⋅ log( S ) ........................................................................eq 5.8
onde:
log( K ) = log( K ) − 2 ⋅ SD ...............................................................................eq 5.9
Figura 5.4 – Curva S-N (água do mar com proteção catódica) [24]
80
Para cada tipo de junta e situação de carregamento, existe uma curva
S-N específica, havendo ainda uma distinção entre curvas que se referem a um
tipo particular de junta onde o fator de concentração de tensão já está
embutido, e curvas mais gerais onde o fator de concentração de tensões ainda
tem que ser determinado. Cabe ressaltar que o tipo de acabamento dado às
juntas durante o processo de solda tem grande influência nos resultados da
curva S-N. Desta forma, o controle da qualidade do processo de solda da
estrutura real que se pretende analisar deve estar de acordo com as hipóteses
assumidas durante a realização dos ensaios experimentais e obtenção da
curva S-N [23].
81
(σm) tanto para tração quanto compressão e a tensão alternada (σa) no eixo
vertical. Este tipo de representação foi pela primeira vez proposto por Haigh e é
comumente conhecido como diagrama de Haigh. Na figura 5.6, o diagrama de
Haigh é apresentado com várias curvas de vida constante.
Figura 5.6 – Diagrama de Haigh para várias linhas de vida constante [30]
82
influência da tensão média é diferente para tensões médias compressivas ou
de tração.
Como a obtenção do diagrama de Haigh é muito dispendiosa, várias
formulações foram desenvolvidas em função dos valores σm e σa. O par de
valores σm e σa cujas solicitações de fadiga não causam ruptura, pode ser
descrito em um gráfico num sistema de eixos σm (em tração) e σa , conforme
Figura 5.7. Nesta representação, este conjunto é conhecido sabendo-se que:
1. Se a solicitação for estática (σa = 0), a tensão média σm deve ser menor
que a tensão de escoamento σY ou a de ruptura σR;
2. Se a tensão média for nula (σm = 0), a solicitação é puramente
alternada, e a tensão σa não pode ser maior que a tensão limite de
fadiga σf. Em outras palavras, pode-se dizer que a tensão de fadiga (σf)
é a máxima tensão, que, quando solicitada de forma alternada, o critério
de fadiga não é atingido (ver figura 5.7).
83
Reta de Goodman, liga com uma reta a tensão limite de fadiga σf e a
tensão de ruptura σR ; e
⎛ σ ⎞
σ a = σ f ⋅ ⎜⎜1 − m ⎟⎟ ............................................................................eq 5.11
⎝ σ R ⎠
Reta de Soderberg, liga com uma reta a tensão limite de fadiga σf e a
tensão de escoamento σY.
⎛ σ ⎞
σ a = σ f ⋅ ⎜⎜1 − m ⎟⎟ .......................................................................... eq 5.12
⎝ σ Y ⎠
84
onde:
nij é o número de ciclos de ocorrência da amplitude de variação de tensões “i”,
85
A figura 5.9 mostra os pontos da seção transversal do riser, onde são
calculadas as tensões.
86
seção transversal do riser e os momentos de inércia em torno dos eixos Y e Z.
Os SCF´s são os fatores de concentração de tensões e Yi e Zi são as
distâncias do ponto de interesse à linha neutra correspondente, sendo medidas
ao longo do eixo Z caso opere-se com My e ao longo do eixo Y se com Mz [23].
⎡ −1 ⎤ ⎡ 0 ⎤
⎢− 2 ⎥ ⎢− 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 2 ⎥ ⎢ 2 ⎥
⎢ 0 ⎥ ⎢ −1 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 2 ⎥ ⎢− 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
Y = D.⎢ 2 ⎥ Z = D.⎢ 2 ⎥
1 0
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 2 ⎥ ⎢ 2 ⎥
⎢ 2 ⎥ ⎢ 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 0 ⎥ ⎢ 1 ⎥
⎢− 2 ⎥ ⎢ 2 ⎥
⎢⎣ 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 2 ⎥⎦
87
Curva S-N
1000
Segm 1
Segm 2
Stress range (MPa)
100
10
1.0E+04 1.0E+05 1.0E+06 1.0E+07 1.0E+08
Núm ero de ciclos
Curva S-N
1000
Segm 1
Segm 2
Stress range (MPa)
100
10
1.0E+04 1.0E+05 1.0E+06 1.0E+07 1.0E+08
Núm ero de ciclos
88
5.9. Fadiga devida às ondas
89
uma distribuição Gaussiana para a função densidade de probabilidade da
variável aleatória η(x,t) dada pela equação 5.18, que define um processo
aleatório Gaussiano de média zero, estacionário e ergódico quando N tende a
infinito [54]:
N
η (x, t) ≅ ∑a
n =1
n cos( k n x - w n t + φ n ) .......................................................eq 5.18
onde:
an é a amplitude da onda, kn o número de onda, w n a freqüência angular
e φ n a fase aleatória associada à cada onda.
[ ]
E x2 = ∫−∞
∞
S x ( w) dw ..........................................................................eq 5.19
componentes, tem-se:
1 w + dw A 2n
Sηη ( w n ) =
2
∑
wn dw
.......................................................................eq 5.20
onde:
An é a amplitude da n-ésima onda de freqüência w n ;
90
SOO(w)
Espectro de elevações
An
FREQ (RAD/S)
wn-1 wn
S(ω)
Soma
Espectro de Tempo
onda no
domínio da
freqüência
Componente de onda
regular com ângulo de
fase aleatório.
91
5.9.1. Resultados
1800
1600
1400
Z(m) a partir do mud line
1200
1000
800
600
400
200
0
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035
DANO
Conector Solda
92
ocorrência. Esta verificação foi feita para a seção de maior dano ao longo do
riser e os resultados, para o caso do conector, podem ser observados no
diagrama da figura 5.15 e na tabela 5.2.
35
30
25
20
%
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Estados de mar
93
5.10. Fadiga devida à VIV
94
O número de Reynolds pode ser entendido como sendo a razão entre a
força de inércia e a força viscosa, sendo expresso por:
U ⋅D
Re = ........................................................................................eq 5.21
μ
onde:
D → comprimento característico (no caso do cilindro é o diâmetro);
U → velocidade do fluxo;
µ → viscosidade cinemática do fluido;
O fenômeno de desprendimento de vórtices resulta em uma força
oscilatória transversal ao fluxo, aplicada sobre o cilindro, que oscila com uma
determinada freqüência. Se uma das freqüências naturais do obstáculo estiver
perto da freqüência de desprendimento dos vórtices, esta força fará com que
ele comece a vibrar em ressonância.
Quando a frequência de desprendimento de vórtices se aproxima de
uma frequência natural do cilindro, esta é “capturada” pela frequência natural
ocorrendo, assim, o fenômeno de ressonância conhecido como lock-in. O
cilindro passa, então, a controlar o desprendimento de vórtices. O lock-in se
caracteriza pela modificação tanto da frequência natural de vibração, devida à
variação da massa adicional, quanto pela modificação da frequência de
Strouhal que é influenciada pela vibração do cilindro. Então, o problema do
comportamento oscilatório torna-se particularmente importante quando as
freqüências de desprendimento de vórtices, ωs, dadas pela equação 5.22,
estiverem dentro do intervalo de lock-in de algumas das frequências naturais,
ωn, do cilindro [50].
2π StU
ωs = ..................................................................................... eq 5.22
D
onde:
ωs = freqüência de excitação em rad/s;
St = número de Strouhal;
U = velocidade de corrente;
D = diâmetro externo do tubo
A frequência de desprendimento de vórtices depende de um parâmetro
designado número de Strouhal, St, e de duas outras grandezas, isto é, a
95
velocidade da corrente, U, e o diâmetro do cilindro, D. Cabe ressaltar que a
velocidade da corrente varia tanto em intensidade quanto em direção ao longo
eixo do cilindro, logo ωs varia ponto a ponto ao longo da estrutura. Nesta
situação, o cilindro dificilmente apresentará um comportamento vibratório
global. Não é raro, contudo, que os perfis de correnteza sejam planos e
possuam trechos com intensidade praticamente constante. Neste caso, a
frequência de desprendimento de vórtices é constante ao longo desses trechos
e, se estiver próxima de uma das frequências naturais da estrutura, o
comportamento vibratório global do cilindro pode se manifestar, havendo assim
uma correlação entre a geração de vórtices entre seções vizinhas.
O número de Strouhal, St, relaciona-se com o número de Reynolds, Re,
para cilindros estacionários com paredes lisas, através da curva experimental
apresentada na figura 5.17.
96
St ( z ) ⋅ U ( z )
ω s ( z) = , onde o número de Strouhal, St(z), depende do número de
D( z )
D( z ) ⋅ U ( z )
Reynolds, Re( z ) = . Isto implica que vários modos podem ser
ν
ressonantes. Poderá existir a situação em que um modo seja dominante,
anulando os demais (resposta unimodal) ou vários modos atuando
simultaneamente, cada qual com uma energia de excitação (resposta
multimodal). Considerando um perfil de corrente monotônico, cada modo
potencialmente excitável apresentará um trecho de excitação e um ou dois
trechos de amortecimento hidrodinâmico. A caracterização dos limites entre as
regiões de excitação e amortecimento é uma das grandes fontes de incerteza .
Os modelos matemáticos para análise de VIV em perfis de corrente não-
uniforme subdividem-se em dois tipos: os modelos de análise no domínio do
tempo e os modelos no domínio da frequência. Franciss [29] faz um resumo
destes modelos, destacando suas vantagens e desvantagens.
Nesta Dissertação será utilizado o método de análise de VIV proposto
em Vandiver and Li [57], que consiste em um procedimento de análise
estrutural no domínio da frequência. Esta metodologia foi implementada no
programa comercial SHEAR7 [56] e vem sendo utilizada pela indústria
petrolífera para análise de VIV e os resultados têm sido confrontados com
dados obtidos experimentalmente por companhias como a Petrobras, Shell e
Exxon, entre outras.
O primeiro passo para a análise de vibrações induzidas por
desprendimento de vórtices, no domínio da freqüência, é a análise modal da
estrutura, que consiste em calcular os modos e as freqüências naturais de
vibração através da solução de autovalores utilizando o programa ANFLEX [1].
Posteriormente, o cálculo do dano, propriamente dito é feito no programa
SHEAR7 [56] com a importação dos modos gerados pelo ANFLEX [1]. Na
análise do SHEAR7 [56], encontra-se o dano total em cada seção ao longo da
coluna, levando-se em conta todos os perfis de corrente e as probabilidades de
ocorrência associadas.
97
5.10.1. Modelo para análise modal
98
ocorrência associadas. De maneira conservativa, considerou-se a correnteza
planar, de modo que todas as velocidades definidas ao longo da profundidade
atuam na mesma direção e em valores absolutos.
A figura 5.19 apresenta alguns modos de vibração obtidos na análise
modal do ANFLEX [1]
0 0 0
0.E+00 1.E-02 2.E-02 3.E-02 -3.E-02 -1.E-02 1.E-02 3.E-02 -3.E-02 -1.E-02 1.E-02 3.E-02
deslocam ento (m ) deslocam ento (m ) deslocam ento (m )
0 0 0
-3.E-02 -1.E-02 1.E-02 3.E-02 -3.E-02 -1.E-02 1.E-02 3.E-02 -3.E-02 -1.E-02 1.E-02 3.E-02
deslocam ento (m ) deslocam ento (m ) deslocam ento (m )
99
5.10.2. Resultados
2000
1800
1600
1400
Z(m) a partir do mud line
1200
1000
800
600
400
200
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04
DANO
Solda Conector
100
Novamente, os resultados na região do conector se mostraram mais
severos que na região da solda.
Com o objetivo de se observar a participação (%) de cada um dos 87
perfis de correnteza na fadiga devida à VIV, comparou-se o percentual de dano
acumulado referente a cada perfil de correnteza com a sua respectiva
probabilidade de ocorrência. Esta verificação foi feita para a seção de maior
dano ao longo do riser e os resultados podem ser observados no diagrama da
figura 5.21 e na tabela 5.3.
Tabela 5.3 – Probabilidade de ocorrência dos perfis de correnteza
Considerados na análise de VIV com a respectiva participação no dano.
No PERFIL Ocorrência Partic dano No PERFIL Ocorrência Partic dano
(%) (%) (%) (%)
1 E01 1.38 0.02 45 N08 0.01 0.02
2 E02 1.56 0.00 46 N09 0.02 0.12
3 E03 0.61 0.00 47 N10 0.00 0.01
4 E04 0.33 0.00 48 W01 1.14 0.02
5 E05 0.46 0.00 49 W02 1.88 0.03
6 E06 0.62 0.01 50 W03 0.75 0.01
7 E07 0.66 0.38 51 W04 0.32 0.00
8 E08 0.41 0.84 52 W05 0.11 0.00
9 E09 0.25 4.86 53 W06 0.06 0.00
10 E10 0.32 4.62 54 W07 0.02 0.02
11 E11 0.34 8.04 55 W08 0.01 0.03
12 E12 0.06 3.74 56 W09 0.01 0.15
13 E13 0.01 0.69 57 SE01 2.07 0.03
14 E14 0.01 0.61 58 SE02 3.59 0.03
15 NE01 0.92 0.00 59 SE03 3.67 0.01
16 NE02 0.92 0.01 60 SE04 2.99 0.01
17 NE03 0.42 0.01 61 SE05 3.80 0.05
18 NE04 0.34 0.00 62 SE06 3.65 0.85
19 NE05 0.16 0.05 63 SE07 3.11 0.71
20 NE06 0.16 0.26 64 SE08 2.00 9.19
21 NE07 0.10 0.34 65 SE09 0.82 17.01
22 NE08 0.08 1.44 66 SE10 0.94 11.38
23 NE09 0.04 1.38 67 SE11 0.39 14.98
24 NE10 0.06 0.71 68 SE12 0.04 1.45
25 NE11 0.07 6.41 69 SE13 0.00 0.42
26 NE12 0.11 1.73 70 SW01 2.15 0.02
27 NE13 0.11 1.76 71 SW02 5.28 0.01
28 NE14 0.07 1.32 72 SW03 5.19 0.01
29 NE15 0.00 0.04 73 SW04 2.13 0.00
30 NW01 1.03 0.02 74 SW05 0.58 0.00
31 NW02 0.74 0.05 75 SW06 0.34 0.03
32 NW03 0.49 0.15 76 SW07 0.13 0.16
33 NW04 0.18 0.00 77 SW08 0.00 0.00
34 NW05 0.04 0.02 78 S01 2.52 0.03
35 NW06 0.03 0.00 79 S02 7.89 0.01
36 NW07 0.01 0.00 80 S03 9.96 0.02
37 NW08 0.00 0.00 81 S04 7.47 0.00
38 N01 1.02 0.02 82 S05 4.83 0.02
39 N02 0.85 0.01 83 S06 2.70 0.46
40 N03 0.44 0.01 84 S07 0.79 0.20
41 N04 0.23 0.03 85 S08 0.27 1.07
42 N05 0.28 0.00 86 S09 0.07 1.33
43 N06 0.22 0.00 87 S10 0.01 0.50
44 N07 0.15 0.01 total 100.00 100.00
101
Observa-se no diagrama abaixo que grande parte do acúmulo de dano de VIV não é proporcional à probabilidade de
ocorrência das correntezas. Isto quer dizer que aqueles perfis de correnteza que occorrem com pouca freqência excitam bastante o
riser e, conseqüentemente, geram danos de fadiga altos.
18
16
14
12
10
%
8
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87
o
N do perfil de corrente
102
5.11. Dano total (VIV + ONDA)
1800
1600
1400
Z (m) a partir do mud line
1200
1000
800
600
400
200
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
DANO
Solda (SCF=1.12 e curva SN - C1 (DNV)) Conector (SCF=2.60 e curva SN - B1 (DNV))
103
Considerando-se apenas o conector, vê-se, na figura 5.23, três curvas
de dano ao longo do riser: a curva azul corresponde ao dano devido à VIV, a
curva verde é o dano proveniente das ondas e a curva magenta representa o
dano total.
1800
1600
1400
Z(m) a partir do mud line
1200
1000
800
600
400
200
0
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
DANO
VIV ONDA dano_total Critério de aceitação
104
5.12. Critério de aceitação
105
Para mostrar este comportamento será utilizada a curva B1 da DNV [24],
considerando-se, neste caso, apenas o trecho linear que correspondente ao
número de ciclos menor que 106, ou seja, o valor de m nesta curva é 4.0.
Partindo-se da equação 5.7, pode-se definir uma relação entre danos em
função de dois fatores de concentração de tensão conhecidos:
m
Dano2 ⎛ SCF2 ⎞
=⎜ ⎟ ..........................................................................eq 5.23
Dano1 ⎜⎝ SCF1 ⎟⎠
1 0 1.00 1.00
2 0 1.25 2.44
3 0 1.50 5.06
4 0 1.75 9.38
5 0 2.00 16.00
6 0 2.25 25.63
7 0 2.50 39.06
8 0.1 1.00 1.52
9 0.1 1.25 3.72
10 0.1 1.50 7.72
11 0.1 1.75 14.29
12 0.1 2.00 24.39
13 0.1 2.25 39.06
14 0.1 2.50 59.54
106
Caso σm / σR SCF2 / SCF1 Dano2 / Dano1
160
140
Dano2 / Dano1
120
100
80
60
40
20
0
1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6
SCF2 / SCF1
σm / σR = 0.0 σm / σR = 0.1 σm / σR = 0.2 σm / σR = 0.3
107
Capítulo 6. Fadiga do Riser com defeitos de corrosão
6.1. Introdução
108
DANO ANUAL
SCF variando de 2.0 a 3.4
2000
Topo
1800
1600
1400
1200
Z(m) a partir do mud line
1000
Intermediário
800
600
400
200
Fundo
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
DANO
Figura 6.1 – Curvas de dano anual (onda + VIV) para todos os SCF – Sem
tensão média
109
2. O trecho intermediário representa 85% das juntas de riser, que estão
localizadas entre as cotas Z=200m até Z=1800m. Neste trecho, a fadiga
é mais amena.
3. Trecho do topo, região do topo, são as juntas com cota acima de
Z=1800m. Neste trecho, os resultados de fadiga também foram críticos.
Trecho 1 Trecho 3
10% 5%
Trecho 2
85%
Figura 6.2 – Distribuição percentual das juntas em cada trecho
110
DANO ANUAL
SCF variando de 2.0 a 3.4
2000
1800
Seção 3
1600
1400
1200
Z(m) a partir do mud line
1000
Seção 2
800
600
400 Seção 1
200
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
DANO
111
ÁBACO
Dano Anual X SCF
0.34
01
0.32
(em anos)
0.3
0.28
0.26
0.24
0.22
Dano Anual
0.2
-1
Vida_Útil = (DanoAnualxFS)
0.18
02
0.16
0.14
Z<200m
0.12
03
0.1
Z>1800m
0.08 04
05
0.06 200m<Z<1800
07
0.04
10
0.02 15
0
1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5
SCF
Figura 6.4 – Ábaco dano versus SCF – Sem efeito da tensão média
112
Dano annual
SCF variando de 2.0 a 3.4
2000 Seção 3
Topo
1800
1600
1400
1200
Z(m) a partir do mud line
Intermediário
1000 Seção 2
800
600
400
200
Seção 1
Fundo
0
0,00 0,03 0,06 0,09 0,12 0,15 0,18 0,21 0,24 0,27
DANO
SCF=2.60 SCF=2.70 SCF=2.80 SCF=2.90
SCF=3.00 SCF=3.10 SCF=3.20 SCF=3.40
SCF=2.40 SCF=2.20 SCF=2.00
Figura 6.5 – Curvas de dano anual (onda + VIV) para todos os SCF – Com
tensão média
113
ÁBACO
Dano Anual X SCF
0.34
01
0.32
β
Dano = α ⋅ SCF
(em anos)
0.3
0.28
0.26 Dano = 6.51 × 10 −4 ⋅ SCF 4.9147
0.24 Dano = 5.97 × 10 −4 ⋅ SCF 4.7656
0.22
Dano Anual
-1
Z>1800m
Vida_Útil = (DanoAnualxFS)
0.18
02
0.16
0.14 Z<200m
0.12
03
0.1
0.08 04
05
0.06 200m<Z<1800m
07
0.04
10
0.02 15
0
1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5
SCF
Figura 6.6 – Ábaco dano versus SCF – Com efeito da tensão média
As curvas (Dano versus SCF) do ábaco (Figura 6.6) também podem ser
representadas pelas suas respectivas equações da curva de tendência do tipo:
114
analisadas e para a curva de fadiga empregada (B1 da DNV). A idéia é que se
tenha, para cada riser, os valores de α e β para diferentes trechos de juntas e
profundidades de operação (LDA), de modo a preencher uma tabela tipo, por
exemplo, como a tabela 6.1.
Na tabela abaixo, a título de ilustração, apenas os valores
correspondentes a 1900m, que é a profundidade de operação em estudo nesta
dissertação, estão preenchidos.
Tabela 6.1 – Tabela tipo para valores α e β da curva Dano versus SCF
Profundidade de operação (LDA em metros)
1900 1600 1300 1000
α β α β α β α β
-4
Topo α=6.51x10 β=4.9147
Trecho
-4
Intermediário α=5.97x10 β=4.7656
Fundo α=2.44x10-4 β=4.9517
115
Comparação das curvas "dano versus SCF" para o trecho de
topo (com e sem tensão média)
0.34 01
-1
Dano Anual
0.22
Com tensão média
0.2
0.18
02
0.16
0.14
0.12
03
0.1
0.08 04
05
0.06
Sem tensão média 07
0.04 10
0.02 15
0
1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5
SCF
Figura 6.7 – Ábaco dano versus SCF – Comparação das curvas no trecho de topo
116
ÁBACO
Dano Anual X SCF
0.34
01
0.32
(em anos)
0.3
0.28
0.26
0.24
0.22
Dano Anual
0.2
Z>1800m
-1
0.18
Vida_Útil = (DanoAnualxFS)
02
0.16
0.14 Z<200m
0.12
03
0.1
0.08 04
05
0.06 200m<Z<1800m
07
0.04
10
0.02 15
0
1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5
SCF
117
quantidade de defeitos que são inicialmente rejeitados pelo critério dos
fabricantes, mas que atendem ao critério de fadiga. A linha pontilhada vertical
representa o limite de aceitação pelo critério de perda de espessura (d/t ≤
0.125) e a linha tracejada horizontal representa o limite de aceitação para
fadiga (SCF ≤ 2.56) considerando-se que está sendo avaliada uma junta do
trecho de topo e que o riser operará durante cinco anos.
SCF X d/t
(defeitos do capítulo 4)
6
Região válida pelo critério dos fabricantes (d/t<0.125)
4
SCF
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
defeitos d/t
Critério de aceitação dos fabricantes
SCF admissível para 05 anos de operação
118
Tabela 6.2 – Pits aprovados pelo critério de fadiga
Juntas aprovadas para 5 anos de operação segundo
fabricantes critério de fadiga considerando o trecho
Defeito d/t SCF
topo fundo intermediário
d/t<=0.126
SCF<2.56 SCF<2.68 SCF<3.11
PSE 1 0.126 1.692 ok ok ok ok
PSE 2 0.201 1.859 ok ok ok
PSE 3 0.302 1.989 ok ok ok
PSE 4 0.403 2.044 ok ok ok
PSE 5 0.503 2.242 ok ok ok
PCL 1 0.126 1.684 ok ok ok ok
PCL 2 0.201 1.884 ok ok ok
PCL 3 0.302 2.060 ok ok ok
PCL 4 0.403 2.270 ok ok ok
PCL 5 0.503 2.364 ok ok ok
PCE 1 0.126 1.652 ok ok ok ok
PCE 2 0.201 1.848 ok ok ok
PCE 3 0.302 2.012 ok ok ok
PCE 4 0.403 2.191 ok ok ok
PCE 5 0.503 2.301 ok ok ok
119
Tabela 6.4 - Alvéolos Esféricos aprovados pelo critério de fadiga
Juntas aprovadas para 5 anos de operação segundo
fabricantes critério de fadiga considerando o trecho
Defeito d/t SCF
topo fundo intermediário
d/t<=0.126
SCF<2.56 SCF<2.68 SCF<3.11
AE 1 0.126 1.720 ok ok ok ok
AE 2 0.201 1.772 ok ok ok
AE 3 0.302 1.853 ok ok ok
AE 4 0.403 1.984 ok ok ok
AE 5 0.503 2.125 ok ok ok
AE 6 0.126 1.563 ok ok ok ok
AE 7 0.201 1.648 ok ok ok
AE 8 0.302 1.757 ok ok ok
AE 9 0.403 1.924 ok ok ok
AE 10 0.503 2.099 ok ok ok
AE 11 0.126 1.406 ok ok ok ok
AE 12 0.201 1.536 ok ok ok
AE 13 0.302 1.690 ok ok ok
AE 14 0.403 1.867 ok ok ok
AE 15 0.503 2.062 ok ok ok
120
Tabela 6.6 - Sulcos Longitudinais Semi Esféricos aprovados pelo critério de
fadiga
Juntas aprovadas para 5 anos de operação segundo
fabricantes critério de fadiga considerando o trecho
Defeito d/t SCF
topo fundo intermediário
d/t<=0.126
SCF<2.56 SCF<2.68 SCF<3.11
SLSE 1 0.126 1.511 ok ok ok ok
SLSE 2 0.201 1.543 ok ok ok
SLSE 3 0.302 1.615 ok ok ok
SLSE 4 0.403 1.691 ok ok ok
SLSE 5 0.503 1.748 ok ok ok
SLSE 6 0.126 1.507 ok ok ok ok
SLSE 7 0.201 1.536 ok ok ok
SLSE 8 0.302 1.601 ok ok ok
SLSE 9 0.403 1.670 ok ok ok
SLSE 10 0.503 1.720 ok ok ok
SLSE 11 0.126 1.509 ok ok ok ok
SLSE 12 0.201 1.534 ok ok ok
SLSE 13 0.302 1.597 ok ok ok
SLSE 14 0.403 1.664 ok ok ok
SLSE 15 0.503 1.712 ok ok ok
121
Capítulo 7. Metodologia para Avaliação da Vida Residual
de Risers com Defeito de Corrosão
7.1. Introdução
d final − d início
tc = ..................................................................... eq 7.1
ΔT
onde:
• tc = taxa de corrosão.
• dinício = profundidade do defeito medida no início da contagem de tempo
“ΔT” de exposição ao meio corrosivo.
• dfinal = profundidade do defeito medida, no mesmo ponto da medição
inicial, após o tempo “T” de exposição ao meio.
• ΔT = tempo de exposição do metal ao meio corrosivo.
É recomendável observar, entretanto, que as taxas de corrosão
estabelecidas entre medições podem ser significativamente diferentes,
indicando uma alteração do processo, podendo interferir na avaliação da vida
residual.
122
7.3. Vida Residual
ΔTresidual ≤ i =1
.......................................................... eq 7.4
D final
onde:
• Di = Dano anual associado ao defeito encontrado na inspeção i.
• ΔTi = tempo de operação decorrido entre a inspeção i e a inspeção i-1
(em anos).
• Dfinal = dano anual associado a um defeito previsto para o fim da vida
residual.
• n = número de inspeções
• ΔTresidual = Tempo de vida residual do riser.
• FS = Fator de segurança, neste caso igual a 3
Na equação 7.4, os termos Ti são conhecidos. Os termos Di e Dfinal
podem ser obtidos no ábaco (Dano versus SCF), a partir dos SCFs
correspondentes aos defeitos constantes das tabelas 4.9 a 4.13. Obtém-se,
portanto, o ΔTresidual (vida remanescente da junta de riser).
123
Esta abordagem é um tanto conservadora, pois considera que, durante o
tempo de operação decorrido entre as inspeções i e i-1, o dano foi acumulado
levando-se em conta o fator de concentração de tensão que corresponde ao
defeito encontrado ao final do período.
Para obter Dfinal, a rigor, precisa-se estimar como estará o defeito ao final
da vida, ou seja, prever a perda de espessura devida à corrosão futura.
Esta estimativa depende da taxa de corrosão (eq. 7.1) e do próprio
ΔTresidual, que é o que se deseja calcular:
7.3.1. Passo-a-passo
124
• Ábaco “Dano versus SCF” ou valores de α e β (como a Tabela 6.1)
• Espessura da parede do riser (t)
• Critério tolerância para convergência das iterações (δ)
d1 d − d1 d3 − d 2 d n − d n−1
• tc1 = tc2 = 2 tc3 = tcn =
ΔT1 ΔT2 ΔT3 ΔTn
n
∑ tc i
• tc = i =1
n
• di = profundidade do defeito medida na inspeção i.
• ΔTi = intervalo de tempo entre as inspeções i e i-1.
• n = número de inspeções.
• ΔTresidual _ 0 = 5(anos) − Tn
Tn = Tempo de operação (anos) na ultima inspeção
• d final = d n + tc ⋅ ΔTresidual _ 0
dn = profundidade do defeito medida na ultima inspeção
125
6 - Entrar no ábaco (Dano versus SCF), na curva correspondente ao trecho
onde a junta está situada, e, com os valores de SCFi e SCFfinal, obtém-se todos
os valores dos danos anuais Di e Dfinal , como no exemplo abaixo:
• Curva do trecho de topo e SCF (2.60) → Di (dano anual) ≈ 0.07
(figura 7.1)
ÁBACO
Dano Anual X SCF
0,34
01
0,32
0,3
0,28
0,2
Z>1800m
0,18
02
0,16
0,14 Z<200m
0,12
03
0,1
0,08 04
05
0,06 200m<Z<1800m
07
0,04
10
0,02 15
0
1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5
SCF
Figura 7.1 – Ábaco dano versus SCF – Com efeito da tensão média
Ou ainda, pode-se calcular os danos pelas equações das curvas (eq 6.1):
126
7 – Calcular o ΔTresidual_k desta iteração.
n
FS − ∑ Di ΔTi
−1
ΔTresidual _ k = i =1
D final
• d final = d n + tc ⋅ ΔTresidual _ k
d final − d n
• ΔTresidual _ k =
tc
127
Como se pode observar, uma avaliação mais precisa da vida
remanescente de um riser corroído requer o monitoramento do histórico e
acompanhamento da evolução dos defeitos, o que muitas vezes não ocorre na
prática.
A PETROBRAS/CENPES desenvolveu uma ferramenta de inspeção
para riser vertical (RVIT – Riser Vertical Inspection Tool) [32], baseada no
método de ultrasom, que permite a inspeção completa dos risers de perfuração
quando estes estão montados. A ferramenta desloca-se pelo interior dos risers
inspecionando a totalidade da superfície sujeita à corrosão. São detectadas e
informadas, em tempo real, as ocorrências mais graves. Este sistema pouco
interfere nas rotinas da sonda de perfuração minimizando custos e logística
necessários para inspeção em terra dos risers. Esta ferramenta está sendo
testada e espera-se que a sua utilização facilite o monitoramento do processo
corrosivo, permitindo, dessa forma, que se conheça o histórico da evolução dos
defeitos.
7.3.2. Fluxograma
128
Avaliação de vida residual
Espessura de parede
Número n de Defeito máximo (dadm=0.503.t)
inspeções
i=1 até n Î d − d i −1
tci = i
∑ tc i
ΔTi tc = i =1
Estimar um valor inicial para vida residual (ΔTresidual_0) e para a profundidade final do defeito (dfinal)
ΔTresidual _ 0 = 5(anos) − Tn ; d final = d n + tc ⋅ ΔTresidual _ 0
Intermediário
α=2.44E-4 e β=4.9517
D final
Não
Verificar convergência
δ é aceitável
Sim
129
7.4. Estudo de Caso
130
Tabela 7.3 – Resumo dos resultados obtidos para os defeitos simulados no
estudo de caso
Trecho onde Vida
d_final
Exemplo a junta foi tipo_defeito Residual
utilizada (mm) (anos)
1 fundo AR 6.997 2.89
2 topo PSE 7.985 3.75
3 intermediário SCSE 4.463 0.45
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
0 1 2 3
Iteração No
Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3
131
A partir da equação das curvas de dano versus SCF, pode-se calcular a
vida útil de uma junta, em função do fator de concentração do conector
(SCF=2.6) e do trecho onde ela está operando, utilizando-se a equação 7.6.
1
VidaÚtil = ............................................................. eq 7.6
FS ⋅ α ⋅ SCF β
A tabela 7.4 traz os valores das vidas útil e residual das juntas, levando-
se em conta, apenas, a fadiga no conector (SCF=2.6).
132
7.4.1. Conclusão do Estudo de Caso
133
Capítulo 8. Conclusões
2. 85% das juntas estão situadas em regiões onde a fadiga não é tão
crítica. Este fato pode justificar esforços em monitoramento e
identificação das juntas com a finalidade de se fazer um rodízio nas
regiões de topo e fundo. Assim, poder-se-ia viabilizar
consideravelmente o aumento da vida útil da coluna e
conseqüentemente, seu tempo de operação.
134
3. A fadiga do riser na condição íntegra (sem defeitos) é atendida em
todas as seções ao longo da profundidade.
135
trechos intermediários e de fundo, aqueles defeitos que estão dentro
da tolerância recomendada pelos fabricantes (d/t=0.126) podem ser
aprovados.
14. O ábaco que contém as curvas de Dano versus SCF serve como
ferramenta para aplicação da metodologia de avaliação da vida
residual. A obtenção destas curvas depende da análise paramétrica de
fadiga do riser, que precisa ser feita, apenas, uma única vez.
136
8.1. Recomendações para Trabalhos Futuros
137
Capítulo 9. Referências Bibliográficas
138
[12] BENJAMIN, A. C., CUNHA, D. J. S., SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N.
C. e CARNEIRO, E. G., Análise local do Riser da P23 com PITs de
corrosão cilíndrico estreito, CT MC-40/2005, Petrobras/CENPES/
PDP/MC, RJ, Brasil, 2005. (Relatório Interno Petrobras)
[13] BENJAMIN, A. C., CUNHA, D. J. S., SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N.
C. e CARNEIRO, E. G., Análises Locais do Riser da P23 com 3 Tipos
de Pits de Corrosão: Comparação de Fatores de Concentração de
Tensão e Tensões Máximas, CT MC-010/2006, Petrobras/
CENPES/PDP/MC, RJ, Brasil, 2006. (Relatório Interno Petrobras)
[14] BENJAMIN, A. C., CUNHA, D. J. S., SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N.
C. e CARNEIRO, E. G., Análise Local do Riser da P23 com Sulcos
Circunferenciais Semi-Esféricos, CT MC-012/2006, Petrobras/
CENPES/PDP/MC, RJ, Brasil, 2006. (Relatório Interno Petrobras)
[15] BRANCO, C. M., Mecânica dos Materiais, Fundação Calouste Gulbenkian,
3ª edição, Lisboa.
[16] BRANCO, C. M., FERNANDES, A. A., DE CASTRO, P. M. S. T., Fadiga de
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[17] BRITISH STANDARDS INSTITUTE, BS 7910 - Guide on Methods for
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[18] CAMPELLO, G. C., ROVERI, F. E., Análise Global do Riser da P23 – 1º
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[19] CAMPELLO, G. C., ROVERI, F. E., Análise Global do Riser da P23 – 2º
Relatório, CT TS-13/2006, Projeto AT-7.03.0008, CENPES/PDP/TS,
RJ, Brasil, 2006. (Relatório Interno Petrobras)
[20] CAMPELLO, G. C., BENJAMIN, A. C., ROVERI, F. E., et tal, Avaliação de
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139
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[29] FRANCISS, R., Vibrações Induzidas por Vórtices em Membros Esbeltos de
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140
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[37] PETROBRAS - Especificação Técnica, Metocean Data – Roncador Field,
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[38] PETROBRAS - Especificação Técnica, Metocean Data - Fatigue, VIV and
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[40] ROUSSIE, G., BRADLEY, B., SUTTER, P., DESDOIT, E., “Fatigue
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applications”. Deep offshore Technology International Conference,
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[41] ROVERI, F., E., Stena Tay - Esforços Atuantes na Cabeça de Poço.
Comunicação Técnica - CT PDP/TS nº 075/2001, Petrobras/CENPES/
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[42] ROVERI, F., E., NOGUEIRA, E. F., POSTIGO, S. A., SANTOS, J. R.,
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Relatório Parcial, RT TS 057/2005, Petrobras/CENPES/TS, Rio de
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[43] SANTOS, C. M. P. M., Análise de Estruturas Esbeltas Offshore Sujeitas a
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[45] SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N. C. e CARNEIRO, E. G., Validação de
Modelos de Elementos Finitos – Etapa 1, Contrato CENPES no
0050.0011145.05.2, Relatório 1, Revisão 0, LNCC/MCT, Rio de
Janeiro, Maio de 2005.
[46] SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N. C. e CARNEIRO, E. G., Validação de
Modelos de Elementos Finitos – Etapa 2, Contrato CENPES no
0050.0011145.05.2, Relatório 3, Revisão 0, LNCC/MCT, Rio de
Janeiro, Agosto de 2005.
141
[47] SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N. C. e CARNEIRO, E. G., Validação de
Modelos de Elementos Finitos – Etapa 3, Contrato CENPES no
0050.0011145.05.2, Relatório 5, Revisão 0, LNCC/MCT, Rio de
Janeiro, Dezembro de 2005.
[48] SILVA, R. C. C., GUERREIRO, J. N. C. e CARNEIRO, E. G., Validação de
Modelos de Elementos Finitos – Etapa 4, Contrato CENPES no
0050.0011145.05.2, Relatório 7, Revisão 0, LNCC/MCT, Rio de
Janeiro, Março de 2005.
[49] SIQUEIRA, M. Q., Análise Aleatória de Estruturas Marítimas: Estatística de
Curto e Longo Prazo e Determinação de Valores Extremos . Tese de
D.Sc., COPPE / UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, 1995
[50] SOUSA, J. R. M., Análise de Vibrações Axiais Induzidas por
Desprendimento de Vórtices, Seminário de Doutorado, COPPE/UFRJ,
2001.
[51] SOUSA, J. R. M., Análise Local de Linhas Flexíveis pelo Método dos
Elementos finitos. Tese de D.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil, 2005.
[52] THOMAS, J. E., TRIGGIA, A. A., CORREIA, C. A., et al, Fundamentos de
Engenharia de Petróleo. 1 ed. Rio de Janeiro, Interciência, 2001.
[53] TORRES, A. L. F. L.,. Análise Dinâmica Aleatória Aplicada a Estrutura de
Plataformas Marítimas. Tese de D. Sc., COPPE / UFRJ, Rio de
Janeiro, Brasil, 1993.
[54] TORRES, A. L. F. L., DANTAS, C. M. S., SIQUEIRA, M. Q., SAGRILO, L.
V.S., Utilização do Anflex, Alfreq e Posfal na análise de fadiga de SCR
- Apostila do Curso, CENPES/PDP/MC, Rio de Janeiro, Brasil, 2005.
(Relatório interno Petrobras)
[55] UNICAMP – Faculdade de Engenharia Mecânica - Departamento de
Engenharia de Petróleo, Águas Ultraprofundas no Brasil – Disponível
em: http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/boletim05/art_03.htm,
Consultado em 18 de Dezembro de 2006.
[56] Vandiver, J.K and Li Li, User Guide for SHEAR7, version 4.0, 2000.
[57] Vandiver, J.K. and Li Li, SHEAR7 Program Theoretical Manual, Technical
Report, MIT, Cambridge, Massachussetts, USA. 2003,
142
[58] Young, R. D., Miller C. A., FOX S. A., et al., DERP User’s Manual, Stress
Engineering Services INC., 4 ed., Houston, TX, USA, 1996.
143
ANEXO
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA
CÁLCULO DA VIDA RESIDUAL DE JUNTAS DE RISERS DE PERFURAÇÃO
COM DEFEITOS DE CORROSÃO
144
1) Exemplo 1:
Dados Gerais:
Número de inspeções n := 2
Fator de segurança FS := 3
d d −d tc + tc
1 2 1 1 2
tc := tc := tc :=
1 ΔΤ1 2 ΔΤ2 2
145
4) Primeira iteração: k := 1
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.015
1
D = 0.032
2
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.055
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2
1 2 ) ΔT_residual k = 4.434
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 3.838
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = "nova iteração"
146
4) Segunda iteração: k := 2
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.015
1
D = 0.032
2
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.085
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2
1 2 ) ΔT_residual k = 2.886
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 2.886
⎝ tc ⎠
ΔT_residual k − ΔT_residual ( k− 1)
δ := δ = 0.33
ΔT_residual k
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = "nova iteração"
147
4) Terceira iteração: k := 3
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.015
1
D = 0.032
2
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.085
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2
1 2 ) ΔT_residual k = 2.886
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 2.886
⎝ tc ⎠
ΔT_residual k − ΔT_residual ( k− 1)
δ := δ =0
ΔT_residual k
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = 2.886
148
1) Exemplo 2
Dados Gerais:
Número de inspeções n := 2
Fator de segurança FS := 3
d d −d tc + tc
1 2 1 1 2
tc := tc := tc :=
1 ΔΤ1 2 ΔΤ2 2
149
4) Primeira iteração: k := 1
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 8.632 × 10
1
−3
D = 0.019
2
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.022
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2
1 2 ) ΔT_residual k = 12.907
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 3.753
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = "nova iteração"
150
4) Segunda iteração: k := 2
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 8.632 × 10
1
−3
D = 0.019
2
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.034
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2
1 2 ) ΔT_residual k = 8.194
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 3.753
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = 3.753
151
1) Exemplo 3:
Dados Gerais:
Número de inspeções n := 3
Fator de segurança FS := 3
d d −d d −d tc + tc + tc
1 2 1 3 2 1 2 3
tc := tc := tc := tc :=
1 ΔΤ1 2 ΔΤ2 3 ΔΤ3 3
152
4) Primeira iteração: k := 1
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.027
1
D = 0.052
2
D = 0.16
3
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.315
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2 + D ⋅ ΔΤ3
1 2 3 ) ΔT_residual k = 0.229
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 0.229
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = "nova iteração"
153
4) Segunda iteração: k := 2
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.027
1
D = 0.052
2
D = 0.16
3
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.16
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2 + D ⋅ ΔΤ3
1 2 3 ) ΔT_residual k = 0.45
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 0.45
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = "nova iteração"
154
4) Terceira iteração: k := 3
i := 1 .. n D := α ⋅ SCF
i ( )β
i
D = 0.027
1
D = 0.052
2
D = 0.16
3
β
D_final := α ⋅ ( SCF_final) D_final = 0.16
ΔT_residual k :=
FS
−1
(
− D ⋅ ΔΤ1 + D ⋅ ΔΤ2 + D ⋅ ΔΤ3
1 2 3 ) ΔT_residual k = 0.45
D_final
d_aux := d_final
⎛ d_final − d
n ⎞
ΔT_residual k := if⎜ d_aux > d_adm , , ΔT_residual k ⎟ ΔT_residual k = 0.45
⎝ tc ⎠
(
VidaResidual := if δ < δmax, ΔT_residual k , "nova iteração" )
VidaResidual = 0.45
155