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Versão 1.0
Adriana Garófolo
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© Ao aluno é permitido fazer uma cópia do material didático disponibilizado para uso próprio. De acordo com a Lei no.
9.610 de 19/02/1998, que trata de direitos autorais, todo aluno fica proibido de propagar, distribuir e vender o material
de qualquer forma, sob pena de responder civil e criminalmente por violação da propriedade material e intelectual.
Curso Terapia Nutricional em Pediatria
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ampliou seu uso pela população geral, e com a nova legislação nesse mesmo ano que
regulamentou o seu uso no mercado nacional.
A recomendação de ingestão diária aceitável (IDA) para todos os adoçantes (mg
kg/dia) é definida como aquela considerada inócua, inclusive para situações de uso
contínuo por tempo indeterminado. Os cálculos para se chegar à IDA foram aqueles
isentos de efeitos detectáveis nos animais e com valor corresponde a uma dose cem
vezes menor do que a dose máxima. Isso permite ampla margem de segurança e
portanto, uma ingestão superior ao IDA não será necessariamente uma dose nociva.
Os adoçantes atualmente aprovados para uso nos EUA são acessulfame-k,
aspartato, neotame, sacarina e sucralose. Vários outros adoçantes desse tipo estão
atualmente disponíveis para uso em outros paises. Estes incluem alitame, ciclamato e
stévia.
Atualmente, os edulcorantes são classificados em não-nutritivos e nutritivos.
Não-nutritivos são a sacarina, o aspartame, o acessulfame-k, a sucralose, o neotame, o
alitame, a neoesferidina, a taumatina, o ciclamato e a stévia. No segundo grupo estão
os nutritivos: sacarose, frutose e glicose e polióis, que são subdivididos segundo a
estrutura química: derivados de monossacarídeos (sorbitol, manitol, xilitol, eritritol);
derivados de dissacarídeos (isomaltitol, lactitol, matitol, tagatose, trelose); derivados
de mistura de amidos hidrolisados hidrogenados (xarope maltitol etc).
Efeitos adversos:
A frutose não produz efeitos tóxicos, mesmo quando ingerida em grande
quantidade, porém seu consumo excessivo está associado à elevação de triglicerídeos
pelo aumento da síntese de ácidos graxos e esterificação no fígado bem como menor
captação pelo tecido adiposo. Relaciona-se a alguns efeitos colaterais como
gastrintestinais e diarréia osmótica com o uso de quantidade superior a 20 g. O alto
consumo de frutose em bebidas aumenta o risco do aparecimento de diabetes tipo 2.
O consumo de bebidas e alimentos com frutose poderia levar a menor resposta pós-
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pois a FDA não aprovou o uso do esteviosídio por falta de dados sobre sua segurança.
O Comitê Científico para Alimentos da Comunidade Européia não o listou dentre os
edulcorantes permitidos. Ele foi autorizado para o uso no Brasil em 1986 pela
Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Não é metabolizável no
organismo, não-fermenta, não é cariogênico, não tem calorias e é de baixo risco
toxicológico. A quantidade ingerida é quase totalmente absorvida pelo TGI e eliminada
inalterada pela urina. Existem controvérsias quanto à capacidade do sistema digestivo
humano em metabolizar tal edulcorante. Não existem evidências sobre a ação
deletéria na gestação ou em outras condições. A ADA não recomenda o uso do
esteviosídio como edulcorante.
O acesulfame-K é um edulcorante artificial aprovado pela FDA em 1988 e no
Brasil em 1989. Não é metabolizado pelo homem e pelos animais, embora seja
rapidamente absorvido (95% da dose) sendo eliminado inalterado em 24 horas,
principalmente na urina. Não existem evidências conclusivas mas acredita-se que não
afeta os níveis glicêmicos e de lipídios no sangue, podendo ser incluído na dieta de
diabéticos. A ADA aprova o uso do acesulfame-K pela população em geral e para as
gestantes, e a ingestão diária máxima estabelecida é de 15 mg/kg/dia.
O neotame é parcialmente absorvido no intestino delgado, rapidamente
metabolizado e excretado nas fezes e na urina. Uma quantidade insignificante de
metanol é liberada durante a metabolização do neotame e menos de 20% da
fenilalanina originada da ingestão deste é liberada no plasma, o que permite a
utilização por indivíduos fenilcetonúricos. Estudos sugerem que o neotame não afeta a
glicemia de jejum ou os níveis de insulina em pacientes portadores de diabetes tipo 2.
O uso de neotame é considerado seguro pela ADA pois não foi evidenciado efeito
tóxico em estudos experimentais sendo recomendada ingestão diária máxima de 2
mg/kg/dia. No Brasil, desde 2008 o neotame foi aprovado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) podendo fazer parte dos aditivos em alimentos.
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Até o momento, de acordo com estudos de caso controle mais recentes, não
tem sido demonstrado aumento no risco de câncer pelo uso dos adoçantes dietéticos
em geral, incluindo o aspartame.
Alguns edulcorantes não-nutritivos ainda aguardam estudos científicos para sua
aprovação pela FDA: alitame, ciclamato, neosferidine, taumatina e stévia. No Brasil,
Resolução da Anvisa, RDC nº 18, de 24 de março de 2008, os adoçantes taumatina,
eritritol e neotame já estão liberados para serem utilizados como aditivos em
alimentos.
A American Dietetic Association (ADA, 2004) propôs o termo adoçantes não
nutritivos para esse tipo de substância. Porém, a aplicabilidade desse termo para o
aspartame é questionável, pois ele é metabolizado e provê energia dietética, embora
em quantidade não significativa. Assim, tem-se optado em utilizar o termo adoçantes
de baixo valor calórico (“low-calorie sweetener”).
A IDA é usualmente estabelecida em 1/100 do nível máximo, até o qual
nenhum efeito adverso foi observado em experimentos animais.
Os níveis de uso em gêneros alimentícios são estabelecidos de forma a assegurar que a
ingestão diária não exceda a IDA.
Na orientação dietética, o profissional deve considerar as condições
socioeconômicas, a quantidade permitida por dia e esclarecer sobre a importância de
se manter o controle da dose utilizada, além de revisar periodicamente os tipos de
edulcorantes presentes nos adoçantes e produtos dietéticos disponíveis no mercado.
Também é importante a orientação sobre o uso alternado e variado dos tipos de
edulcorantes, ressaltando a importância da leitura dos rótulos dos produtos para
identificar a inclusão de substâncias ainda não permitidas.
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Referências Bibliograficas
Torloni MR, Nakamura MU, Megale A, Sanchez VHS, Mano C, Fusaro AS, Mattar R. O
uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil. Rev Bras
Ginecol Obstet. 2007; 29(5):267-75.
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