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Atrito PDF
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Força de Atrito
A força de atrito é uma força empı́rica no sentido de que as leis de Kepler
são empı́ricas. A teoria microscópica da força de atrito é excessivamente
complicada e não é relevante para entender a dinâmica dos corpos. O assunto
desta aula é o atrito. Ele será estudado qualitativa e quantitativamente a
seguir.
Atrito
As superfı́cies dos corpos, por mais polidas que pareçam do ponto de vista ma-
croscópico, apresentam rugosidades quando analisadas microscopicamente.
Em consequência, se duas superfı́cies em contato, que se comprimem, apre-
sentarem tendência a moverem-se uma em relação à outra, surge a força de
atrito (F~at ).
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Exagerando-se as dimensões, é como se duas superfı́cies de lixas fossem
postas em contato. As rugosidades de cada uma das superfı́cies criam difi-
culdades para que deslizem uma na outra.
Enquanto as superfı́cies não entram em movimento relativo, o atrito é
estático. Quando deixam o estado de repouso relativo, o atrito passa a ser
dinâmico (ou cinético).
Com relação ao coeficiente de atrito (µ), deve-se conhecer que o seu valor
depende da natureza e do estado de polimento das superfı́cies em contato.
Exemplos de valores médios de coeficientes de atrito dinâmico (µd ) de
escorregamento:
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Atenção: A força de atrito é uma força tangencial à trajetória e tem
sempre o sentido oposto ao do movimento (ou à tendência de movimento).
Atrito Estático
Quando há tendência ao movimento relativo entre duas superfı́cies, mas com
o repouso mantido, existe a ação da força de atrito estático. Essa força
tem intensidade variável, de acordo com a força solicitadora F~ aplicada num
corpo, conforme a sequência esquematizada:
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Transpondo a sequência anterior num diagrama Fat × F :
µd .N ≤ µe .N ⇒ µd ≤ µe (4)
para um mesmo par de materiais.
Resistência do Ar
Os lı́quidos e os gases opõem forças contra os corpos em movimento em seu
interior. São forças que têm papel análogo ao do atrito entre sólidos.
Analisando-se especificamente a força de resistência do ar (R ~ ar oferecida
contra os corpos em movimento, conclui-se experimentalmente que sua in-
tensidade é proporcional, na maioria dos casos, ao quadrado da velocidade
do corpo:
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Força Centrı́peta e “Força Centrı́fuga”
Intuitivamente, sabe-se que para um móvel alterar sua direção de movimento
é preciso que atue sobre ele uma força perpendicular ao movimento.
Em outras palavras, quando um móvel descreve uma curva, há necessa-
riamente uma força responsável pela mudança de direção.
A propósito, é interessante que se reforcem os significados das seguintes
palavras:
v2
acp = ou acp = ω 2 .R (6)
R
A força centrı́peta (Fcp ) é aquela que altera a direção de ~v . A expressão
algébrica que permite o cálculo de sua intensidade é:
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Lembrete: A força tangencial (F~t ) é a componente de F~r que acelera ou
retarda o movimento, variando a intensidade da velocidade (~v ).
A força centrı́peta não é uma força especı́fica que atua sobre um corpo.
Ela é um componente da força resultante ou, então, é a própria resultante
caso a força tangencial seja nula.
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A razão do nome “Força Centrı́fuga” e das aspas deve-se ao fato de que
essa “força” NÃO é uma força no sentido da 2a lei de Newton, que se refere
apenas a referenciais inerciais. Essa denominação, portanto, é muito infeliz.
A “Força Centrı́fuga” resulta como vimos de movimentos de um referencial
NÃO INERCIAL.
Atenção: (a) num referêncial inercial, não existe força centrı́fuga. (b) a
força centrı́fuga não é a reação da força centrı́peta.
Pêndulo Cônico
Um pêndulo simples, quando posto em movimento circular uniforme num
plano horizontal, constitui um pêndulo cônico, como mostra a figura abaixo.
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Desprezando os efeitos do ar, atuam no corpo suspenso apenas duas
forças: T~ e P~ .
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R
Do triângulo retângulo: senθ = L
ou R = L.senθ e
∼ ω 2 .L g
1= ou ω 2 ∼
= (13)
g L
p
Como ω = 2π : ( 2π g
)2 = L ou 2π ∼ g
T T T = L
Finalmente r
g
T ∼
= 2π . (14)
L
O perı́odo é independente da massa (m) do corpo suspenso.
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