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A incomensurabilidade dos valores deve ser considerada para garantir a

superação do absolutismo, do relativismo e a afirmação das virtualidades de


uma ética diatológica.

Relativismo- É a concepção segundo a qual a verdade, seja a realidade material ou as teorias


sobre ela, é relativa, emite raios de diferentes dimensões para diversas áreas do ser ou do
conhecimento ou mede estas áreas com raios de diferentes dimensões e valorações. O
relativismo não é, em si mesmo, cepticismo. Não é, em si mesmo, relativo. Relativismo é uma
noção absoluta e como tal não varia, não se contradiz, obedece ao princípio da identidade.
Representa variabilidade mas, em si mesmo, é invariável. É um dogma absoluto que toda a
verdade moral, política, religiosa, científica, artística, é relativa à época, à sociedade, à classe
social, à etnia - neste sentido o relativismo é inatacável e invariável na sua forma essencial. O
que varia é a forma acidental, existencial, do relativismo. A forma acidental ou concreta do
relativismo é um sair fora de si do absoluto da definição. E é verdade que as doutrinas ou
verdades relativas, sectoriais - exemplo: o combate entre o ateísmo e a crença religiosa- se
combatem entre si, se contradizem, mas isso não é o relativismo que se contradiz pois este
constitui a sinopse, o quadro global dos diferentes matizes. O relativismo é como uma roda da
bicicleta cujos raios estivessem todos pintados de tonalidades diferentes

Absolutismo- o homem só pode viver em paz, em sociedade, se concordar em se


submeter ao poder político absoluto de um soberano.
Ética dialógica- A ética dialógica considera que o procedimento por o que chegamos
ao concreto – o discurso prático- é análogo e empregamos para determinar o
verdadeiro. São procedimentos análogos, no entanto diferentes. Distingue o válido do
atual. Distinguir o correto do aceite ( o dogmatismo dos dados)
Em qualquer instutuição não há mais normas legitimas que as que todos estão
dispostos a aceitar. É decidir que todos tem de ser tidos em conta ao estabelcer as
normas, por intermedio da participação e da deliberação. Em consequencia, o
autoritarismo,a arbitariedade, o abuso, o cinismo, o privilégio e a ditadura são imorais.
A deliberação sugere uma reunião onde as pessoas falam, comunicam, ponderam
cuidadosamente as opções para a tomada de decisões e as suas consequencias, para
alcancar um ponto comum como base para a a ação. Este processo conduz á
legitimidade
RESPOSTA:
A incomensurabilidade dos valores, ou seja, a sua característica que define que estes não se
podem comparar ou somar de alguma forma pois são qualitativamente diferentes, é
necessária para garantir a superação do absolutismo e do relativismo. O absolutismo afirma
que a moralidade depende de princípios universais (lei natural, consciência). O relativismo
moral afirma que a moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto, pelo contrário,
“verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc. Tanto o absolutismo como
o relativismo propõe esquema moral “correto” - o esquema que todos nós devemos seguir.
Porém cada esquema moral “correto” baseia-se em valores diferentes mas também aceites
pela sociedade. Por isso a incomensurabilidade dos valores é importante para ultrapassar
essas teorias: pois os valores têm ema relação hierárquica, não se podem medir nem
comparar, os valores são preferidos por um grau de hierarquia que é subjetivo de indivíduo
para indivíduo. Esta característica dos valores também deve ser considerada para garantir a
afirmação das virtualidade do diálogo pluralistana na ética. Para que as questões éticas sejam
a base do diálogo no quotidiano, é preciso observar o homem na sua singularidade, totalidade
e unicidade. Para alcançar um diálogo ético é preciso formar indivíduos reflexivos autónomas e
comprometidos com os valores que lhe permitem alcançar os seus objetivos sem ferir os
valores do outro. A ética dialógica defende que as normais morais hão de ser fruto de um
acordo baseado no diálogo argumentativo em condições de igualdade entre pessoas racionais
e livres. É portanto, uma ética de comunicação, do discurso, que situa os mandatos que
constituem o dever nas normas que resultam do acordo que derivou da argumentação
racional de cada em que defenda a sua posição. É por isso que é preciso ter em consideração a
iwcomensurabilidade dos valores

O erro de Descartes, segundo António Dmásio conduz-nos á critica de uma ética


racionalista, mas tambem de uma qualquer tendência uniformizadora.

O erro de Descartes, segundo Damásio, terá sido a não apreciação de que o cérebro não
foi apenas criado por cima do corpo, mas também a partir dele e junto com ele.

O erro de Descartes é a separação abissal entre corpo e mente, entre a substância corporal,
infinitamente divisível, com volume, com dimensões e com funcionamento mecânico, de um
lado, e a substância mental, indivisível, sem volume, sem dimensões e intangível, de outro; a
sugestão de que o raciocínio, o juízo moral e o sofrimento adveniente da dor física ou agitação
emocional poderiam existir independentemente do corpo. Especificamente: a separação das
operações mais refinadas da mente, para um lado, e da estrutura e funcionamento do
organismo biológico, para outro.

A concepção dos sentimentos como critério para a avaliação da moralidade das ações
humanas caminha em sentido contrário, ao menos em sua completude, à ética racionalista (a
exemplo do racionalismo ético encontra-se o cerne teórico da boa Vontade de Immanuel Kant.
Esta seria determinada apenas por princípios a priori – ou seja, por leis racionais –, e não por
razões empíricas particulares. A boa Vontade kantiana, em outras palavras, é a vontade de
comportar-se exclusivamente de acordo com o dever). Contrariamente a Kant, encontram-se
os emotivistas. Para estes não caberia no discurso moral valores objetivos, pelo contrário, sua
sentença nada mais faz do que expressar preferências pessoais com base nas paixões.

A ética racionalista pressupõe um tipo de priorização a razão, como caminho para se


alcançar a uma verdade ou realidade. É o uso da razão como principio. E ética vem de
maneira para podermos viver melhor, sem prejudicar uma vida, um tipo de virtude,
algo para nos sentirmos bem.
Quando se diz racionalismo ético, significa que, para alcançarmos uma maneira boa
de alto preservar-se e viver melhor, deveremos usar a razão para isso, o racionalismo,
raciocínio, para assim chegarmos a uma maneira para podermos alcançar uma boa
maneira de viver e sentir-se melhor.
A razão sufeciente leva-nos a encarar a ética como um ponto de encontro e de
troca, tomada de consciência dos limites da ação humana

O princípio de razão suficiente é um princípio filosófico segundo o qual tudo o que


acontece tem uma razão suficiente para ser assim e não de outra forma, noutras palavras,
tudo tem uma explicação suficiente. Exemplo: Para cada entidade X, se X existe, então há
uma explicação suficiente do porquê X existe.
Ética, vem do grego ethos e significa caráter, comportamento. O estudo da ética é centrado na
sociedade e no comportamento humano. As reflexões sobre esse tema começaram na antiguidade,
os filósofos mais famosos, como Demócrito e Aristóteles, falaram sobre a ética como meio de
alcançar a felicidade. O pensamento da ética busca julgar o comportamento humano, dizendo o
que é certo e errado, justo e injusto. A busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem faz.
As opções certas leva-nos à um caminho de virtude, verdade e às relações justas. A função do
pensamento ético, portanto, é manter a ordem social. Embora não mantenha relação direta com a lei
propriamente dita, a ética é construída ao longo da história, galgada nos valores e princípios morais
de determinada sociedade. Os códigos éticos visam proteger a sociedade das injustiças e do
desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar ou profissional.

Resposta :

A razão sufeciente considera que tyudo acontece por alguma razão, tudo tem uma explicação.

Sendo a ética a definição de caráter, e é centrada essencialmente na sociedade

A noção de comunidade obriga a relação plural entre todos os seres humanos


com vista á concretização do bem comum sendo mais rica do que o conceito
de sociedade.

A nossa convivência no meio de outros indivíduos é tão complexa a ponto de


existir uma área do conhecimento dedicada a estudá-la e a entendê-la: as ciências
sociais. Um dos “objetos” mais complicados sobre a qual a sociologia se debruça
é a sociedade, que se define pela sua diversidade e dinâmica das relações dos
sujeitos que a constituem. Ao falarmos que uma sociedade se define pela sua
diversidade e dinâmica estabelecemos que os indivíduos que a constituem
compartilham um conjunto de regras normativas e de valores específicos que
servem para mediar o processo de relação entre esses sujeitos e os possíveis
conflitos que invariavelmente surgirão, estabelecemos que uma sociedade é
constituída de forma impessoal entre os que a integram e que, salvo exceções,
privilegiarão suas vontades individuais.
Entretanto, não seria correto afirmarmos que uma sociedade se constitui apenas
por indivíduos sem qualquer tipo de ligação pessoal, seja por afinidade ou por
necessidade. Todos nós acabamos por nos tornar parte de grupos que possuem
contato mais próximo à nossa realidade diária, com os quais dividimos interesses,
objetivos e similaridades de ideias e condições, sejam econômicas ou de posição
social. A esses grupos denominamos comunidades.
O que caracteriza as comunidades?

No seu modelo ideal (definição fechada do que um objeto seria, sem levar em
consideração as possíveis interferências das infinitas variáveis que poderiam
transformar o objeto de um ou de outro jeito), a comunidade é definida por
Robert Redfield como sendo:
 Um agrupamento distinto de outros agrupamentos humanos, sendo “visível
onde uma comunidade começa e onde ela acaba”;
 Pequena, a ponto de seus limites estarem sempre ao alcance da visão daqueles
que a integram;
 Autossuficiente, “de modo que atenda a todas às necessidades e ofereça as
atividades necessárias para as pessoas que fazem parte dela.” Independente
dos que estão de fora.
Embora as definições de Redfield sejam referentes às formas que tomavam as
comunidades principalmente agrárias, que ainda sobrevivem hoje em alguma
medida, e as anteriores à nossa modernidade pós revolução industrial, é possível
traçar uma referência ao nosso convívio moderno e nas formas que uma
comunidade toma em nossa realidade.
Pluralidade está relacionada com a diversidade de coisas ou pessoas reunidas em um
mesmo espaço físico. Também pode significar as diversas hipóteses disponíveis para
solucionar determinada situação (pluralidade de alternativas).

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