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Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Rodovia Lavras / Ijaci, km 02, campus da Universidade Federal de
Lavras, CP: 176, Lavras, Minas Gerais, Brasil, CEP: 37.200-000. E-mail: lair@epamig.br; marcelomalta@epamig.ufla.br
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Embrapa Mandioca e Fruticultura, Rua Embrapa, s/nº, Cruz das Almas, Bahia, Brasil, CEP 44.380-000. E-mail:
ssilva@cnpmf.embrapa.br
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Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais,
Rodovia Lavras / Ijaci, km 02, campus da Universidade Federal de Lavras, CP: 176, Lavras, Minas Gerais, Brasil, CEP: 37.200-
000. E-mail: jclelio@epamig.br
Resumo: A Sigatoka amarela pode causar danos superior a 50% na produção de banana. As técnicas de controle
dessa doença tem sido através do uso de fungicidas aplicados em pulverizações, que muitas vezes são
inacessíveis para pequenos produtores e plantios em terrenos acidentados. O objetivo desse trabalho foi testar a
eficiência técnica e econômica da aplicação de fungicidas via pseudocaule através de injeção e de espeto de
madeira embebido no produto visando o controle da Sigatoka amarela. Foram testados os fungicidas flutriafol,
difeconazol, piraclostrobin e piraclostrobin + epoxiconazol na concentração de 25 % aplicados de dois em dois
meses até as vésperas da floração, totalizando oito aplicações. Nos tratamentos com espeto e injeção foram
aplicados, respectivamente, 1,0 e 4,0 mL de fungicidas por planta. As avaliações foram realizadas mensalmente,
até um mês após emissão do cacho analisando-se as variáveis: número de folhas sem sintomas, folhas atacadas,
folhas funcionais e relação de folhas funcionais/folhas totais. Os resultados obtidos mostram que todos os
fungicidas aplicados por meio das duas técnicas promoveram controle da Sigatoka amarela significativamente
superior à testemunha (sem aplicação). O flutriafol mostrou-se mais eficiente no controle da doença que os
demais fungicidas. A aplicação por meio de espeto só foi mais eficiênte que a injeção quando utilizou o flutriafol.
Verifica-se que a aplicação por meio de espeto foi mais econômica que através de injeção, pois um operador trata
quatro vezes mais o número de planta com apenas um quarto da quantidade do produto.
Efficiency of two techniques of fungicide applications for control of yellow Sigatoka in banana
crop in the southern Minas Gerais region
Abstract: The yellow Sigatoka can cause damage up to 50% in the banana yield. The method using fungicides
applied by spraying, in most of times is not accessible to small producers and steep lands plantations. This study
was conducted to evaluate the efficiency of fungicides applied in to pseudostem through injection and sharp wood
stick embebed in the product. Fungicides flutriafol, difeconazol, piraclostrobin and piraclostrobin plus epoxiconazol
in the concentration of 25% were applied at every two months until flowering, totalizing eight applications. In wood
stick and injection treatments, respectively. 1,0 and 4,0 mL per plant were applied,. The evaluations were made
monthly, until one month before flowering counting the number of functional leaves, leaves with and without
disease symptoms. The relation between functional and total leaves was determined. All the fungicides applied by
the two methods promoted the yellow Sigatoka control significantly higher than plants without fungicides. Flutriafol
showed to be the most efficient. Application by wood stick was more efficient than injection when flutriafol was
used. The wood stick application is more economic than the injection due to the fact that hand labor used in
application being four times more efficient reduced the product amount to one fourth.
Tabela 1 - Valores médios do número de folhas sem sintomas (FSS), folhas atacadas (FA) e folhas funcionais (FF)
e relação FF/FT em função dos fungicidas aplicados via espeto e injeção para o controle da Sigatoka
amarela em comparação com a testemunha, Lavras – MG, 2010.
Tratamentos FSS FA FF Relação
FF/FT(%)
Flutriafol espeto 11,00a 3,00e 13,75a 98,23ª
Flutriafol injeção 9,50b 3,72d 12,67b 94,40ª
Piraclostobin espeto 9,42b 3,75d 11,25c 85,48b
Piraclostobin injeção 9,42b 4,33d 11,83bc 86,05b
Epoxiconazol + Piraclostrobin espeto 9,67b 4,00d 11,83bc 86,55b
Epoxiconazol + Piraclostrobin injeção 8,92bc 5,33c 11,92bc 83,62c
Difeconazol espeto 8,33c 5,83bc 18,16b 84,12c
Difeconazol injeção 8,42c 6,08b 11,91bc 83,90c
Testemunha 5,33d 8,00a 8,25d 59,84d
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na vertical não diferem entre si, pelo teste de Tuckey a 5% de
probalidade.
Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na vertical e maiúscula na horizontal, dentro de cada variável
analisada, não diferem entre si, pelo Teste de Tuckey a 5% de probabilidade.
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