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Caracterização
Lípidos são todas os metabolitos, substancias sintetizadas pelos seres vivos, que são
lipossuluveis. Geralmente esta característica define-os como apolares
tuído de glicerol mas sim de esfingosina e um ácido gordo. Podem também possuir um grupo
fosfato e um grupo colina ou serina associado ao grupo fosfato como acontece com a
esfingomielina (acima descrita).
Glicoesfingolipidos – são derivados das ceramidas quando associados a hexoses.
Participam no reconhecimento ou adesão celular, na regulação do crescimento de
diferenciação de tecidos. Estão também associados á oncogenese, aparecimento de tumores
malignos. Se vários glicoesfongilipidos se associam através das suas terminaçõex hexose,
formaram gangliosidos ou globosidos.
Metabolismo
Lipólise – Tambem conhecida por emulsão, consiste na separação entre glicerol e ácidos
gordos. É fundamental para o posterior metabolismo dos lipidos. Ocorre naturalmente durante
a digestão por acção das lipases intestinais ou pode ocorrer também no organismo aquando da
degradação dos lipidos presentes em tecido adiposo. Nessa situação, um aumento de AMPc vai
aumentar um cinase que conduzirá á activação do triacil Glicerol lipase sensível, uma hormona
que activa o processo e hidrólise do Triacilglicerol para Diacilglicerol, MonoacilGlicerol e por
fim apenas Glicerol (e respectivos ácidos gordos).
Do outro lado da membrana, e auxiliado por alguns enzimas esta ligação desfaz-se. A Carnitina
livre voltará para o invólcuro externo da membrana de seguida e o grupo acil retoma a sua
ligação com uma nova molécula de coenzima A dando origem de novo ao Acil-CoA.
Numa segunda etapa esta ligação dupla voltará a ser simples através da adição de um grupo
Alcool. Obtemos assim um grupo álcool no carbono 3
Num terceiro passo o carbono 3 é oxidado com o auxílio do NAD+ de maneira a formar um
segundo grupo cetona
Agora com a intervenção de uma nova molécula de CoA-SH dar-se-á a clivagem entre o
carbono 2 e 3, restando assim uma molécula de Acil-CoA (com menos dois carbonos) e outra
de Acetil-CoA
1. O acetil CoA está pronto a entrar no ciclo dos ácidos tricarboxilicos, enquanto o Acil-
CoA irá ser sujeito ao mesmo processo até que restem apenas duas moléculas de
Acetil-CoA. Podemos desde já constatar que a partir de um ácido gordo podemos obter
muitas mais moléculas de Acetil-CoA do que provenientes de uma hexose. Ainda que
durante o seu metabolismo(glicolise) se formem moléculas de ATP, contrariamente ao
metabolismo dos ácidos gordos, esta diferença no numero de moléculas de Acetil-CoA
formadas explica porque motivo os Lipidos são considerados nutrientes mais
energéticos do que os glucidos.
No caso de o ácido gordo ser insaturado e essa ligação ser numa ligação que algures
durante o processo seria formada no primeiro passo da β – oxidação (e for cis, quando
nessessita de ser trans) então será convertida por um isomerase, o cis-δ3-Enoyl CoA
isomerase. No caso de a ligação dupla ser numa posição par haverá um momento em
2. No caso de a cadeia ser impar, significa que o ultimo acil-CoA é o propionato. A esta
molécula, caso retirássemos dois carbonos, obteríamos ácido metanóico que não pode
ser metabolizado. Por isso e com o consumo de ATP o propionil-CoA é carboxilado
formando metilmalonil-CoA que é depois convertido em sucinil-CoA, também
metabolito do ciclo dos TCAs.
Bióssintesse
Biósintese de ácidos gordos – A bióssintese de ácidos gordos parece-se um pouco
com o seu metabolismo investido. Ocorre maioritariamente no fígado, no citosol e parte da
junção de uma molécula de Acetil-CoA com uma molécula de Ácido Carbónico. Com o apoio de
uma proteína de transferência de biotina (BCP) e também da própria biotina que transporta o
Ácido
Carbónico é
possível
alongar o
Acetil-CoA
formando
propionil-
CoA. Este
vai-se quebrar a sua ligação com o Coenzima-A e formar uma nova ligação com o ACP (Proteína
transportadora de acil). Consideremos agora uma segunda molécula de acetil-CoA que reage
com esta proteína formando acetil-ACP. Estas duas moléculas (acetil-ACP e Propinil-ACP) vão
condensar libertando uma molécula de Dióxido de Carbono, formando 3-Cetoacil-ACP.
Esta molécula vai ser reduzida passo a passo da mesma maneira como no metabolismo da
mesma ocorre sua oxidação, isto é, o grupo cetona passa a álcool com o auxilio de NADPH
, depois a partida de
uma molécula de água permite a formação de uma ligação dupla
que por fim, de novo com o
NADPH, passará a ligação simples
Este processo repetir-se-á várias vezes adicionando grupos acetil-ACP prolongando a cadeia de
2 em 2.No fim, o ACP vai abandonar o ácido gordo com uma tioesterase. A utilização de outros
percursores poderá resultar em ultimo caso em ácidos gordos ramificados, ou a combinação de
grupos propinil-ACP e Acetil-ACP irá ditar se o numero de carbonos na cadeia é par ou impar,
etc.
Onde é fosforilado duas vezes com o auxilio do ATP formando pirofosfato de mevalonato. Uma
descarboxilação e a redução do 2º carbono (a contar do fim) formará o pirofosfato de
dimetilalil. Este
isomerisa para
pirofosfato de
isopentenilo, e
ambos se
combinam de
forma a originar o
pirofosfato de
geranilo, ou
monoterpeno. Este
poderá surgir em
várias combinações formando diterpenos, triterpenos que originam substancias como a
borracha natural ou carotenóides em
plantas. Nos animais, Três combinações
deste composto e a posterior
dêsfosforilação, levará á obtenção de um
Alcepenteno, o esqualeno. A
epóxidação, e o fechar dos anéis, forma o lanosterol
Este isomeriza para Colesterol . O Colesterol é a base dos ácidos biliares, das lipoproteínas, das
hormonas esteróides e de muitas vitaminas. Após ser formado, pode seguir para o sistema
digestivo onde forma ácidos biliares ou formar lipoproteínas que são transmitidas á corrente
sanguínea que as conduzirá para as gónadas(onde forma testosterona ou estradiol) ou para os
adrenais(onde forma aldesterona e progesterona).
Há que salientar que nem todos os lipidos são absorvidos. Uma grande parte do colesterol
ingerido, forma esteres de colesterol com o auxilio de um enzima pancreático chamado
colesterol esterease, e formarão micelas, lipossomas de dimensões muito reduzidas (podemos
imaginar uma pequena esfera de lipidos, dispostos em bicamada como em torno de uma
célula, mas sem qualquer conteúdo). A estes somam-se-lhes os ácidos biliares e são todos
excretados nas feses ou absorvidos sob a forma de chilomicrons para a linfa.
O transporte entre os vários sistemas do colesterol, por sua vez, é dado sob a forma de HDL ou
LDL. Diferentes apoproteínas originarão diferentes partículas lipídicas, ainda que a sua
estruturação seja semelhante, no exterior estão armações de proteínas e fosfolipidos (com a
parte solúvel para fora obviamente) na zona intermédia encontramos as zonas apolares dos
fosfolipidos e algum colesterol não esterificado, e no centro os triacilgliceróis e esteres de
colesterilo. Quando uma célula nessessita de colesterol, porque a sua membrana não é
suficientemente fluida, produz uma proteína receptora de LDL que é enviada para a superfície
da célula. Ao aproximar-se a estrutura do LDL será reconhecida pela proteína e forma-se uma
vesícula em seu torno, permitindo a sua entrada na célula. Esta visicula será digerida e assim a
célula obteve o colesterol nessessitado.
Os lipidos presentes no LDL podem ser oxidados. Se isso acontecer, serão captados por
macrofagos e digeridos formando um pequeno poro inflamatório. Os macrofagos, enquanto
digerem os LDL oxidados, transformam-se em “foam cells” que irão cobrir o vaso sanguíneo,
provocando uma doença chamada arterioesclerose. Isto ocorre também numa situação em
que a concentração de HDL é muito reduzida, pelo que estas partículas não podem atrair para
si os ácidos gordos oxidados, o que evitaria o processo inflamatório (motivo pelo qual as HDL
são chamadas de “bom colesterol”. Na realidade são lipoproteínas muito pesadas e muito
pequenas, pois têm muito maior quantidade de apoproteína que por si é mais densa). Esta
síndrome é espandido pois libertam-se substancias que encorajam a proliferação de células do
tecido muscular liso, substituindo-as por colagénio que engrossará por sua vez o vaso
sanguíneo em questão. Este tipo de situação aumenta a pressão sanguínea e promove um
aneurisma, isto é, a ruptura do vaso.
Está provado que o tabaco aumenta a concentração de LDL e VLDL e diminui a concentração de
HLDL o que é explicado pois algumas das suas substancias aumentam a actividade das
proteínas transportadoras de esteres de colesterilo (CETP e PLTP). O Alcool, por outro lado,
amenta a concentração de HDL e o aumento do fornecimento de lipidos ás células e incentiva o
metabolismo lipídico. Evita também a transformação de HDL em VLDL, ou LDL pelo que reduz a
concentração de LDL no organismo.
Fica o concelho, não fumem mas bebam muito.