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1. Objectivo
Estabelecer a metodologia para a identificação dos perigos e avaliação e controlo dos riscos para a segu-
rança e saúde ocupacional associados às actividades e locais de trabalho da REN.
2. Âmbito
3. Definições
Acidente – Incidente, entendido como acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo trabalhador, que
originou ferimento, dano para a saúde ou fatalidade.
Acidente de Trabalho – Acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou
indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte (ver também acidente in itinere).
Acidente grave – Acidente que provoca a morte ou uma previsível incapacidade permanente.
Acidente in itinere – Ocorrência semelhante nos percursos de e para o posto de trabalho.
Avaliação do Risco - Processo global de estimativa da grandeza do risco e da decisão sobre a sua aceitabi-
lidade. (Probabilidade de ocorrência de um evento e provável magnitude dos seus efeitos adversos para a
segurança, saúde, ambiente ou economia).
Dano para a saúde – Condição física ou mental, identificável e adversa, resultante da consequência da
realização de trabalho e/ou de situações relacionadas com o trabalho.
Exposição (E) – Conceito de avaliação que traduz o tempo de permanência sob os efeitos de uma condição
perigosa.
Para um risco concreto a exposição pode ser estimada em função do tempo de permanência na área de
trabalho, operando com um determinado equipamento ou em presença de substância nociva.
GP - Gestor do Processo.
Gravidade (G) – Medida com base nos danos para a saúde e segurança das pessoas, onde a avaliação quali-
tativa atende ao pior incidente.
Identificação de perigo – Processo que permite reconhecer a existência de um perigo e de definir as suas
características.
Incidente - Acontecimento (anomalia ou ocorrência anormal súbita e imprevista) relacionada com o traba-
lho que, não obstante a severidade, origina ou poderia originar dano para a saúde.
MIPACR - Matriz de Identificação de Perigos e Avaliação e Controlo de Riscos.
Perigo – Fonte, situação ou acto com potencial para o dano em termos de lesões, ferimentos ou danos
para a saúde, ou uma combinação destes.
Prevenção - Conjunto de actividades ou medidas adoptadas ou previstas em todas as fases de actividade
da empresa ou do serviço com o fim de evitar, eliminar ou diminuir os riscos profissionais (integra as medi-
das de projecto, construtivas, passivas, organizacionais e activas de segurança).
Probabilidade de ocorrência (P) – Número de vezes que uma situação perigosa se pode materializar de
acordo com dados estatísticos num espaço de tempo pré estabelecido, tendo em conta o histórico das
ocorrências conhecidas, informações de fabricantes e prestadores de serviços e bibliografia especializada.
Risco (R) - Combinação da probabilidade da ocorrência de um acontecimento perigoso ou exposição, e da
severidade das lesões, ferimentos ou danos para a saúde, que pode ser causada pelo acontecimento ou
pela exposição.
Risco aceitável - Risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em
atenção as suas obrigações legais e a sua própria Política de QAS.
Segurança – Ausência de riscos não aceitáveis.
Severidade (S) – Traduz o resultado da integração da gravidade do incidente com a exposição aos efeitos
da ocorrência.
SGSG – Departamento de Segurança.
SHST - Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - condições e factores que afectam o bem-estar dos
empregados, dos trabalhadores temporários, do pessoal dos fornecedores, dos visitantes e de qualquer
outra pessoa que se encontre no local de trabalho (em conformidade com o legislado ou normativo aplicá-
vel).
SVJR - Divisão Jurídica.
SVSG – Divisão de Sustentabilidade e Sistemas de Gestão.
4. Responsabilidade e autoridade
A metodologia descrita no ponto 5 deste procedimento é objecto de análise, aplicação e revisão periódica
coordenada pelo Departamento de Segurança (SGSG) da SVSG.
Um primeiro nível de avaliação genérica dos riscos, documentado na MIPACR e na base de dados de Gestão
Documental, não isenta os Gestores dos Processos nem os responsáveis pelos locais de trabalho da respon-
sabilidade de validar os resultados, na parte aplicável (matrizes parcelares de processos e locais), e de os
complementar, sempre que necessário, designadamente no âmbito da realização de obras ou de trabalhos
específicos.
Os perigos decorrem das diversas actividades desenvolvidas, e os riscos que lhes estão associados são ana-
lisados em função das consequências inerentes à materialização de um incidente ou acidente com origem
nesse risco.
A minimização do risco depende das medidas e mecanismos de controlo implantadas, conducentes à miti-
gação das consequências.
A avaliação dos riscos e a quantificação das consequências de uma ocorrência integra a análise e interac-
ção de todos os factores de acordo com uma metodologia descrita nos pontos seguintes.
A avaliação é efectuada com base no histórico dos incidentes ocorridos na REN, na análise das não con-
formidades, resultados de auditorias aos processos e locais de trabalho, comunicações dos trabalhadores e
outras partes interessadas, informações sobre as instalações e as actividades da empresa, “lay-out” das
instalações, opções tecnológicas, dados técnicos (manuais dos equipamentos), inventário dos materiais
perigosos (matérias primas, produtos químicos), dados toxicológicos e outros sobre SHST e no contexto das
medidas de protecção (colectiva e individual) implementadas na empresa.
A avaliação dos riscos associados aos diferentes processos, actividades e locais da REN assenta nos seguin-
tes critérios principais:
Severidade – (S) – Que traduz o resultado da integração da gravidade do incidente com a exposição aos
efeitos da ocorrência.
Probabilidade – (P) – Como o número de vezes que uma situação perigosa se pode materializar num espaço
de tempo pré estabelecido
A gravidade é classificada em cinco níveis, com base nos danos para a saúde e segurança das pessoas
devendo essa avaliação qualitativa atender ao pior incidente plausível. Consideram-se os seguintes níveis
para análise da gravidade.
Conceito de avaliação que traduz o tempo de permanência sob os efeitos de uma condição perigosa. É
classificada em cinco níveis, de acordo com o quadro seguinte:
1 Esporádica Exposição acontece pelo menos uma vez por ano por um período curto de tempo ou nunca acontece.
3 Ocasional Exposição acontece várias vezes por semana ou várias vezes por dia por períodos curtos (< 60 min.).
4 Frequente Exposição ocorre várias vezes por dia por períodos não prolongados (< 120 min. Seguidos).
5 Contínua Exposição por períodos diários ou várias vezes por dia por períodos prolongados (> 120 min. seguidos).
Severidade (S)
Determina-se pela conjugação da gravidade com a exposição de onde resultam os cinco níveis, de acordo
com a tabela e quadro seguintes.
Nível Classificação
Gravidade
A Negligenciável 1 2 3 4 5
1 A A A B B
B Marginal
2 A B B C D
C Grave
Exposição
3 A B C D D
D Muito grave
4 B C D E E
E Crítico 5 B D D E E
A probabilidade de uma ocorrência pode ser traduzida pelo o número de vezes que uma situação perigosa
se pode materializar como incidente, de acordo com dados estatísticos, num período de tempo pré esta-
belecido, tendo em conta o histórico de ocorrências conhecidas, informações de fabricantes e bibliografia
especializada.
Severidade
A B C D E
1 B B B T T
2 B B T M M
Probabilidade
3 B T M M S
4 T M M S S
5 T M S S S
O código de cores inscrito nas quadrículas da matriz constitui a base para a decisão sobre a aceitabilidade
do risco e sobre as medidas de prevenção e controlo a desencadear as quais se encontram descritas no
quadro seguinte.
Baixo Não obriga à criação de medidas adicionais para o controlo e prevenção do risco.
Não é necessário tomar medidas imediatas para o reforço do controlo e prevenção do risco, para
além das já implementadas.
Tolerável Devem ser identificadas medidas de melhoria, cuja implementação é condicionada por uma análise
de custo vs benefício.
É necessário proceder a uma avaliação periódica da eficácia das medidas de controlo.
Devem ser identificadas as medidas adequadas para a redução do risco e planeada a sua implemen-
Moderado tação num prazo estabelecido.
É necessário proceder a uma avaliação periódica da eficácia destas medidas.
O trabalho não deve ser iniciado ou reiniciado após incidente até que se tenham posto em prática
as medidas adequadas para a prevenção e controlo do risco, de modo a que o mesmo se torne
aceitável.
Significativo
Da mesma forma, trabalhos em curso que comportem um risco considerado significativo, devem ser
de imediato suspensos e identificadas e implementadas as medidas de protecção adequadas para o
controlo desse risco.
Quando forem determinadas as medidas de controlo, ou sejam consideradas alterações a controlos exis-
tentes, a redução de riscos deve ser considerada de acordo com a seguinte hierarquia:
Eliminação
Substituição
Controlos de engenharia
Medidas de projecto (PRJ) – desde o início da concepção, o projecto deverá ser elaborado de forma a
eliminar os perigos. Para eventuais riscos remanescentes deverá ser avaliada a viabilidade técnico-
económica da sua eliminação ou mitigação através de alterações ao projecto.
Medidas construtivas (CTR) – se não se puder eliminar os perigos identificados ou reduzir o risco a um
nível adequado e aceitável deverão utilizar-se, sempre que seja possível e economicamente viável, solu-
ções de engenharia (por ex.: sistemas redundantes, encravamentos, etc.).
Medidas activas (ATV) – quando as medidas anteriormente referidas não forem consideradas suficientes,
devem usar-se dispositivos para detectar e sinalizar as situações de perigo. (medidas activas)
Medidas Organizacionais (ORG) – complementarmente, deverá haver treino e formação, de acordo com
plano pré estabelecido, sobre as medidas de controlo e procedimentos adoptados. (medidas organizacio-
nais)
Medidas construtivas e organizacionais (COG) – quando as medidas anteriores não forem consideradas
suficientes para eliminar os perigos identificados ou reduzir o risco a um nível adequado e aceitável,
deverão utilizar-se equipamentos de protecção colectiva ou individual (por ex.: barreiras de protecção
passiva, blindagens, etc.).
A avaliação da eficácia global das medidas de controlo deve efectuar-se aquando da Revisão do Sistema.
6. Fluxograma
Fluxograma do procedimento
MIPACR
SGSG Achiever
GP PR-0016
GP
SGSG
GP
PR-0009
SVJR
PR-0008
SGSG
SGSG
GP
SGSG
GP
GP
GP
SGSG
GP
SVSG
Os objectivos e metas de SHST são estabelecidos conside-
rando os resultados da avaliação de risco