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TRABALHOS

EM
ALTURA
CONTEÚDO TEÓRICO
INTRODUÇÃO
CONCEITOS
RISCO

O risco é uma entidade omnipresente em qualquer


actividade humana, embora apenas possam ser
imaginados parcialmente, visto que ninguém
consegue identificar todas as situações de risco
possíveis,

O Ulrick Beck, citado por Areosa. (2007)


PARTICULARIDADES DO RISCO

Capacidade de atingir a todos sem distinção de classe;

- É democrático;

- É invisível;

- Imprevisível;

-Incalculável (as consequências desconhecidas indesejadas);

- É uma força dominante na história e na sociedade .


PERIGO

• “Fonte ou situação com um potencial para o


dano, em termos de lesões ou ferimentos
para o corpo humano ou de danos para a
saúde, para o património, para o ambiente
do local de trabalho, ou uma combinação
destes”.

O Norma Portuguesa 4397( 2001).


ACIDENTE

Ocorrência súbita que causa danos materiais e


lesões temporárias ou permanente, podendo
também causar a morte.
CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES

Os acidentes, para além de outras consequências


também originam :

ENCARCERAMENTOS;
FERIDOS;
MORTE.
SOCORRO

Assistência prestada a alguém em situação de


dificuldade ou perigo; auxilio; assistência; amparo;
protecção.

Legislação brasileira, (Portaria nº 571/2008, de 3 de Julho)


F O R M A S D E O R G A N I Z A Ç Ã O DA S E G U R A N Ç A PA R A
A S E Q U I PA S D E S A LVA M E N TO

SEGURANÇA
• “Conjunto de medidas técnicas, administrativas,
educacionais, médicas e psicológicas que são
empregadas para prevenir acidente, quer
eliminando condições inseguras do ambiente, quer
instruindo ou convencendo pessoas na implantação
de práticas preventivas”
Trautmann (2008)
ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA

1º INDIVIDUAL 2º COLECTIVA

4º VITIMA 5º MEIOS
SEGURANÇA INDIVIDUAL

• Acção ou procedimento utilizado por um indivíduo,


com a finalidade de minimizar, prevenir ou isolar as
possibilidades de acidentes pessoais em uma
actividade em altura.
SEGURANÇA COLECTIVA

• Conjunto de procedimentos realizados com o intuito


de assegurar a integridade física e/ou psicológica de
um determinado grupo, envolvido na actividade.
SEGURANÇA DOS MATERIAIS

• Quando se empregam materiais de forma adequada e


dentro dos procedimentos técnicos para os quais
foram desenvolvidos, estes passam a ser factores
básicos de segurança e proteção para a equipa. É um
elementos essenciais para o bom desempenho e
funcionamento dos materiais e equipamentos
utilizado.
TÉCNICAS DE PROGRESSÃO VERTICAL E
HORIZONTAL
MEIOS USADOS EM TRABALHOS EM ALTURA

METÁLICO & NÃO METÁLICO


GRUPO DOS EQUIPAMENTOS METÁLICOS

Mosquetão Oito GRI GRI I’D


STOP

Ascensor de punhos
Polia

Trava quedas
GRUPO DOS EQUIPAMENTOS NÃO-METÁLICOS
Cabos para atividade em Altura:

É de assegurar que, na vertente de segurança, os cabos são os


elementos mais importante para actividade em Altura, a razão de
lhe ser prestada a maior atenção, além dos cuidados de
manutenção que são recomendadas antes, durante e depois do
uso.

A classificação das cordas quanto ao seu diâmetro, fibra e


elasticidade é internacionalmente aceita, apesar de poder variar
ou ser alterada. Esta classificação é realizada para definir a forma
de emprego dos cabos, sendo da seguinte maneira:
• Classificação quanto o Diâmetro:

- Cabos Principais: (Cordas com diâmetros superior a 10 milímetros). Ex.: Cabo Vida

- Cabos de Apoio: ( Cordas com diâmetros que varia de 07 a 08 milímetros de diâmetro)


Ex.: usado principalmente como elemento de segurança individual)

- Cabos de Simples: (Cordas com diâmetros que varia de 04 a 06 milímetros de


diâmetro) Ex.: Usado como elementos auxiliares de segurança e nas técnicas de
ascensão e auto-resgate (cordeletes).

• Classificação dos Cabos quanto a Fibra:

- Fibra Natural: (não absovem choques de sobrecargas, carga de rotura inferior,


deteoram-se com humidade).

- Fibra Sintética: (não absorvem água, são flutuantes, elevada resistência à tensão,
resiste bem a exposição à ácidos).
• Classificação dos Cabos quanto a sua elasticidade:

- Cabos do tipo A (Estático); são as cordas que normalmente


possuem elasticidade inferior a 3%. Absorvem pouco choque
(impacto brusco) em caso de uma queda.

- Cabos do tipo B (Semi-Estático ou Estato-Dinâmica); são cordas


com elasticidade entre 3% e 5%, sendo utilizadas nas mesmas
condições das cordas estáticas.

- Cabos do tipo C (Dinâmico); são cordas com elasticidadesuperior a


5%, as quais se alongam muito quando sob tensão,sendo,
normalmente, utilizadas para as atividades de escalada e de
segurança.
Manutenção e Acondicionamento dos Cabos

As cordas apresentam uma longa vida útil, se bem tratadas e


acondicionadas, no seu armazenamento ou transporte. Para
tanto, devemos nos ater aos seguintes parâmetros:

1) Não pisar ou permitir que grandes pesos sejam postos sobre as


cordas;

2) Evitar que a corda tenha contacto prolongado com areia ou terra,


uma vez que os grãos se incrustam entre as fibras da corda e
podem causar o cisalhamento da mesma;
3) Não deixar a corda sob o sol por intervalos de tempo prolongado;
Fita: conciste em material têxtil que se utiliza para Suportar
Forças e não para Absorver Energia.

Classificação das Fitas:

-Fita Plana

-Fita Tubular
Os Arneses Classificam-se em:
 Arnes de Corpo Inteiro (tipo A);
 Arnes de Corpo Pequeno (tipo B);
 Arnes de Assento (tipo C).
Tipo C

Tipo A Tipo B

Tipo D
Técnicas de Trabalhos em altura
1. Introdução
2. Prevenção de Acidentes em Altura
3. Medidas de Prevenção em Pisos e Paredes
4. Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas em
Altura
5. Medidas de Segurança em Andaimes
6. Medidas de Segurança em Telhados
7. Deveres do Empregador
8. Treinamento de Trabalhadores
9. Equipamentos de Protecção Indivídual
10. Segurança no Transporte de Material
11. Rensponsabilidade do Empregador
1. Introdução
Os riscos de queda existem em vários ramos de actividades e emdiversos
tipos de tarefas. Faz-se necessário, uma intervenção nestas actuações de
grave e iminente risco, regularizando o processo, de formar a tornar estes
trabalhos seguros.

Acidentes Fatais por quedas Ocorrem em:


Construção cívil;
Manutenção e limpeza de fachadas;
Ponte rolante;
Montagem de estruturas diversas e etc. .
2. Prevenção de Acidentes em Altura
• Quem realiza trabalhos em altura deve:
- Conhecer e respeitar os riscos e normas de segurança relativas ao
seu trabalho;
- Utilizar todas as técnicas correctas na execução de suas actividades;
- Verificar diariamente a existencia e o bom estado dos EPIs;
- Fazer, junto com o trabalhador rensposável pela actividade, uma
minuciosa análise das condições dos trabalhos que serão realizados,
tomando as medidas necessárias para que ocorram com tal
segurança para ele e terceiros.
3. Medidas de Protecção nas Aberturas em Pisos e Paredes

É obrigatório a instalação de protecção colectiva onde houver riscos de


queda de trabalhadores ou de projecção de materiais.

 Abertura em Pisos e Paredes


Devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou
objectos seguindo as seguintes:
Protecção registente e, quando feitas em madeira, esta deve ser de
primeira qualidade quando colocadas tábuas ou outras.
Madeiras no chão, para tapar buracos ou aberturas, estas devem ser
firmemente fixados e visualmente identificadas como protecção colec-
Tiva, para impedir que sejam inadivertidamente retiradas.
 Vãos de acesso às caixas de elevadores
Os vãos de acesso às caixas de elevadores devem ter fechamento
provisório com as seguintes características:
Ter altura mínima de 1,20m;
Utilizar material resistente;
Estar seguramente fixado a estrutura até a colocação definitiva das
portas.

 Periferia da Edificação
É obrigatório, na periferia da edificação, a instalação de protecção
contra queda de trabalhadores e projecção de materiais apartis do
início dos serviços necessários à concretagem da primeira lage.
Exemplo de protecção nas Periferia de lages:
A protecção contra queda, quando constituida de anteparos rígidos, em
sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes
requisitos:
Ser constituida com altura de 1,20m para o travessão superior e
0,70m para o travessão intermediário;
Ter rodapé com altura de 0,20m
Ter Vãos entre travessa preenchidos com tela ou outro dispositivo que
garanta o fechamento seguro da abertura.
4. Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas em Altura
CONTEÚDO PRÁTICO
TÉCNICAS DE ASCENSÃO VERTICAL, HORIZONTAL E
PLANO INCLINADO.

Técnicas verticais:
-Rapel;
-Ascensão e Descensão pelo cabo.

Técnicas Horizontais:
-Comando Craw
-Tirolesa

Plano Inclinado:
-Tirolesa
Ancoragem; Tipos de Ancoragens.

Pontos de Ancoragem: São pontos fixos e seguros, onde se


concentra toda a força de carga do Sistema de cabos.

Existem diferentes ambientes para estruturar uma ancoragem:

1. Ancoragem Natural;

2. Ancoragem Artificial;

 
1.Ancoragem Natural: é toda aquela que não foi
confeiccionada pela acção humana. Ex.: árvores, rochas e
blocos encravados em fendas.

2.Ancoragem Artificial: é aquela que foi confeiccionada pela


acção humana. Ex.: operações em prédios, torres e etc...

Estrutural: é aquela que se baseia em componentes da


estrutura de uma construção para sua fixação. Ex.: vigas e
colunas de concreto e aço.
Emergencial: é aquela que por ausência de pontos de
ancoragem, recorre-se à meios como: placa de
ancoragem, própria estrutura como ponto de fixação
ou improviso com barras de ferro e etc..
Ancoragem Humana: é usada quando não se tem um
ponto de ancoragem, ou quando o tempo para se
realizar a descida for pequeno.Ex.: utiliza-se o próprio
bombeiro.
Nós e Amarrações Principais Usados no Salvamento

Nós e Amarrações
Segundo Cunha e Cariocane (2008), um nó é uma combinação
de voltas, a maioria das vezes entremeadas, destinadas a reunir
dois cabos, a fixá-los entre um ponto e outro, ou entre um
ponto e um objecto, ou a aumentar a extremidade de outro
cabo.
Princípais Nós e Amarrações

 Nó de Emendar cabos:
- nó direito;
- nó pescador;
- nó de fita.

 Nó de Fixação de Cabos:
- nó volta de fiel;
- nó volta da ribeira e etc.

 Nó de Formação de Alça
- lais de guia
- azelha simples
- azelha em oito
 Nó de Bloqueio:
- nó prussik;
- nó marchard;

 Nó de Sustentação:
- cadeira simples;
- cadeira japonesa
Rapel

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