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Diário da República, 1.ª série — N.

º 128 — 8 de julho de 2019 3377

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 7— .....................................


8 — A presente lei não se aplica às iniciativas de
Lei n.º 46/2019 cariz político, organizadas por partidos políticos ou
outras entidades públicas, sindicatos ou associações
de 8 de julho sindicais, sendo as medidas de segurança e autoprote-
ção diretamente articuladas com as forças e serviços
Altera o regime do exercício da atividade de segurança privada de segurança.
e da autoproteção
A Assembleia da República decreta, nos termos da Artigo 2.º
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: [...]

Artigo 1.º ...........................................


Objeto a) «Central de controlo» a instalação física que inte-
gra os equipamentos e sistemas necessários à monitori-
A presente lei procede à primeira alteração à Lei zação de sinais de alarme e de videovigilância;
n.º 34/2013, de 16 de maio, que estabelece o regime de b) «Central de receção e monitorização de alarmes»
exercício da atividade de segurança privada. a instalação física que integra os equipamentos e siste-
mas necessários à monitorização de sinais de alarme e
Artigo 2.º de videovigilância, operada por pessoal de vigilância,
Alteração à Lei n.º 34/2013, de 16 de maio vinculado a entidade de segurança privada, que integra
os componentes e equipamentos associados à receção,
Os artigos 1.º a 5.º, 7.º a 9.º, 11.º, 14.º a 23.º, 25.º a gestão, validação e conservação de sinais de alarme;
32.º, 36.º a 40.º, 43.º a 51.º, 53.º a 57.º, 59.º e 61.º da c) [Anterior alínea b).]
Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, passam a ter a seguinte d) [Anterior alínea c).]
redação: e) «Estudo e conceção» o conjunto de avaliações
e análises prévias à instalação dos sistemas de segu-
«Artigo 1.º
rança;
[...] f) [Anterior alínea e).]
1 — A presente lei estabelece o regime do exercício g) [Anterior alínea f).]
da atividade de segurança privada e da organização de h) «Material e equipamento de segurança» quaisquer
serviços de autoproteção. sistemas ou dispositivos de segurança e proteção, elétri-
2 — A presente lei estabelece ainda as medidas de cos e ou eletrónicos, destinados a detetar e a sinalizar a
segurança a adotar por entidades, públicas ou privadas, presença, entrada ou tentativa de entrada de um intruso
com vista à proteção de pessoas e bens e à prevenção em edifícios ou instalações protegidas, a prevenir a
da prática de crimes. entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte
3 — A segurança privada e a autoproteção só podem proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violên-
ser exercidas nos termos da presente lei e da sua regula- cia no interior de edifícios ou locais de acesso vedado
mentação, e têm uma função complementar à atividade ou condicionado ao público, bem como a controlar o
das forças e serviços de segurança do Estado. acesso de pessoas não autorizadas, a detetar a prática
4 — Para efeitos da presente lei, e sem prejuízo das de furtos e a capturar, registar e visualizar imagens de
atribuições das forças de segurança, a proteção de pes- espaço protegido;
soas e bens e a prevenção da prática de crimes pode i) [Anterior alínea h).]
ser exercida: j) «Pessoal de segurança privada» o trabalhador, devi-
damente habilitado e autorizado a exercer as funções pre-
a) Por entidade privada que vise a prestação de ser-
viços de segurança privada a terceiros, nos termos da vistas para o pessoal de vigilância, coordenador de segu-
presente lei e regulamentação complementar; rança e diretor de segurança nos termos da presente lei;
b) Através da organização, em proveito próprio, de k) [Anterior alínea j).]
serviço de autoproteção. l) [Anterior alínea k).]
m) [Anterior alínea l).]
5 — A atividade de formação profissional do pessoal n) [Anterior alínea m).]
de segurança privada e de consultoria de segurança são o) [Anterior alínea n).]
consideradas atividades de segurança privada, sendo
reguladas nos termos da presente lei e regulamentação Artigo 3.º
complementar. Serviços de segurança privada e de autoproteção
6 — Ficam excluídas do âmbito de aplicação da pre-
sente lei: 1 — Os serviços de segurança privada referidos na
alínea a) do n.º 4 do artigo 1.º compreendem:
a) A atividade de porteiro de hotelaria;
b) A atividade de porteiro de prédio urbano destinado a) A vigilância de imóveis e o controlo de entrada,
a habitação ou a escritórios, cuja regulamentação é da presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da
competência das câmaras municipais; entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte
c) A gestão e monitorização de sistemas de segurança proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência
e a implementação de vigilância e controlo de acessos no interior de edifícios ou outros locais, públicos ou
adotados em espaços para fins habitacionais. privados, de acesso vedado ou condicionado ao pú-
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blico, ou ainda a vigilância de bens móveis em espaço designação que adote, exerça uma atividade de presta-
delimitado fisicamente; ção de serviços a terceiros de um ou mais dos serviços
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . previstos nos n.os 1 e 2 do artigo 3.º
c) A monitorização de sinais de alarme: 4 — Qualquer pessoa coletiva, pública ou privada,
i) Através da gestão de centrais de receção e moni- pode organizar, quando devidamente habilitada com
torização de alarmes; a respetiva licença, em proveito próprio, serviços de
ii) Através da prestação de serviços de monitorização autoproteção, com recurso exclusivo a trabalhadores
em centrais de controlo; vinculados por contrato de trabalho, nos termos da pre-
iii) Através da prestação de serviços de resposta a sente lei.
alarmes cuja realização não seja da competência das 5 — Os serviços de autoproteção previstos no nú-
forças e serviços de segurança. mero anterior podem ser complementados com recurso
à prestação de serviços de entidades titulares de alvará
d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribui- adequado ao efeito.
ção de fundos e valores e demais objetos que pelo seu
valor económico possam requerer proteção especial e tal Artigo 5.º
seja requerido, sem prejuízo das atividades próprias das [...]
instituições financeiras reguladas por lei especial;
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — É proibido no exercício da atividade de segu-
f) (Revogada.) rança privada e de autoproteção:
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — As empresas de segurança privada podem, sob c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a supervisão da entidade pública competente ou da en-
tidade titular de uma concessão de transporte público,
prestar serviços de fiscalização de títulos de transporte, 2— .....................................
nos termos da Lei n.º 28/2006, de 4 de julho, na sua 3 — As empresas de segurança privada exercem em
redação atual. regime de exclusividade a atividade de segurança pri-
3 — A prestação de serviços referidos no n.º 1, bem vada, a qual não pode ser acumulada com quaisquer
como os requisitos mínimos das instalações e meios outras atividades, independentemente do regime jurídico
materiais e humanos das entidades de segurança privada aplicável às mesmas.
adequados ao exercício da atividade, são regulados por 4 — (Anterior n.º 3.)
portaria do membro do Governo responsável pela área
da administração interna. Artigo 7.º
4 — Excluem-se do âmbito previsto na alínea g) do Medidas de segurança
n.º 1 os serviços que:
1 — As empresas ou entidades industriais, comerciais
a) [Anterior alínea a) do n.º 3.] ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte
b) [Anterior alínea b) do n.º 3.] de moedas, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou
c) [Anterior alínea c) do n.º 3.] obras de arte de valor superior a 15 000 € são obrigadas
a recorrer à autoridade pública ou a entidades autoriza-
5 — A organização, em proveito próprio, de serviços das a prestar serviços de segurança privada previstos na
de autoproteção compreende os serviços previstos nas alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º
alíneas a) a e) do n.º 1. 2 — As entidades cujas características ou serviços
prestados possam ser considerados de risco para a se-
Artigo 4.º gurança e ordem pública podem ser obrigadas a adotar
Exercício da atividade de segurança privada e de autoproteção medidas de segurança, por período limitado no tempo
1 — O exercício da atividade de segurança privada não superior a 180 dias, estabelecidos em despacho do
ou a organização, em proveito próprio, de serviços de membro do Governo responsável pela área da admi-
autoproteção carece de título, concedido pelo membro nistração interna.
do Governo responsável pela área da administração 3 — Para efeitos do disposto no número anterior, o
interna, que pode revestir a natureza de alvará, licença nível de risco é determinado em função de uma ava-
ou autorização. liação de ameaça realizada pelas forças de segurança
2— ..................................... tendo por base os fenómenos criminógenos que afetam
determinada tipologia de atividade ou local.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — Os contratos de empreitada e de aquisição de
b) (Revogada.) bens ou serviços celebrados por organismos públicos
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . responsáveis pela gestão de instalações classificadas
d) Por entidades formadoras no âmbito da segurança como infraestruturas críticas ou pontos sensíveis, pelo
privada. Banco de Portugal e pela Imprensa Nacional-Casa da
Moeda, S. A., devem ser acompanhados de medidas
3 — A atividade prevista na alínea a) do número especiais de segurança quando ocorra qualquer das se-
anterior apenas pode ser exercida por pessoa coletiva, guintes circunstâncias:
de direito privado, devidamente autorizada, cujo objeto
social consista exclusivamente na prestação de servi- a) Envolvam o acesso ou a intervenção em áreas de
ços de segurança privada e que, independentemente da segurança;
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b) Sejam relativos à produção, cunhagem e emissão 6— .....................................


de notas e moedas; 7— .....................................
c) Sejam relativos a material e equipamentos de se- 8 — As obras de adaptação que seja necessário efe-
gurança, à instalação e manutenção de dispositivos de tuar nos estabelecimentos, com vista à adoção das me-
videovigilância e de sistemas de segurança e proteção. didas de segurança, são comunicadas ao proprietário do
espaço, o qual não pode opor-se à sua realização, salvo
5 — Sem prejuízo do cumprimento das obrigações quando as mesmas se mostrem suscetíveis de provocar
de publicitação legalmente aplicáveis ou para efeitos riscos estruturais ou de estabilidade no edifício.
de inspeção, deve ser assegurado sigilo quanto aos ele-
mentos técnicos previstos nos contratos referidos no Artigo 9.º
número anterior.
6 — Sempre que possível, os procedimentos relativos [...]
aos contratos referidos no n.º 4 devem ser autonomizados 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 7.º,
daqueles que não exijam especiais medidas de segurança. os estabelecimentos de restauração e de bebidas que
7 — (Revogado.) disponham de salas ou de espaços destinados a dança
8 — (Revogado.) ou onde habitualmente se dance são obrigados a dispor
de um sistema de segurança no espaço físico onde é
Artigo 8.º exercida a atividade, nos termos e condições fixados
Obrigatoriedade de adoção de medidas em legislação própria.
e sistemas de segurança 2 — A realização de espetáculos desportivos em re-
1— ..................................... cintos desportivos depende, nos termos e condições
fixados por portaria dos membros do Governo res-
a) Um departamento central de segurança, na direta ponsáveis pelas áreas da administração interna e do
dependência do órgão executivo, sendo o respetivo di- desporto, do cumprimento da obrigação de dispor de
retor, habilitado com a formação específica de diretor de um sistema de segurança que inclua coordenador de
segurança, o responsável pela identificação, desenvolvi- segurança, assistentes de recinto desportivo e demais
mento, implementação e gestão da estratégia e programa medidas de segurança previstas na presente lei e em
de segurança da instituição ou sociedade;
legislação especial.
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 — A realização de espetáculos e divertimentos em
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . recintos autorizados depende, nos termos e condições
e) A obrigatoriedade de recurso à autoridade pública fixados por portaria dos membros do Governo respon-
ou a entidades autorizadas a prestar os serviços de segu- sáveis pelas áreas da administração interna e da cultura,
rança privada previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, do cumprimento da obrigação de dispor de um sistema
quando o valor em causa seja superior a 25 000 €. de segurança que inclua coordenador de segurança,
assistentes de recinto de espetáculos e demais meios
2 — As entidades gestoras de conjuntos comer- de vigilância previstos na presente lei e em legislação
ciais com uma área bruta locável igual ou superior a especial.
20.000 m2, com exceção de formatos especializados 4— .....................................
designados «retail park», e de grandes superfícies de a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
comércio, que disponham, a nível nacional, de uma b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
área de venda acumulada igual ou superior a 30.000 m2, c) A recintos de espetáculos não delimitados fisica-
excluídas as superfícies comerciais com uma área útil mente.
de venda inferior a 2.000 m2, são obrigadas a adotar um
sistema de segurança que inclua:
Artigo 11.º
a) Um responsável pela segurança, habilitado com
[...]
a formação específica de diretor de segurança, que é
o responsável pela identificação, desenvolvimento, 1 — A instalação de dispositivos de alarme em imó-
implementação e gestão da estratégia e programa de vel que possua sirene audível do exterior ou botão de
segurança da entidade; pânico está sujeita a comunicação e registo na auto-
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ridade policial da área, no prazo de cinco dias úteis
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . posteriores à sua montagem.
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — A comunicação a que se refere o número ante-
rior é efetuada pelo utilizador do dispositivo e contém
3 — Sem prejuízo do disposto em legislação espe- o nome, a morada e o contacto das pessoas ou servi-
cial, os estabelecimentos onde se proceda à exibição, ços que, permanentemente ou por escala, podem em
compra e venda de metais preciosos e obras de arte são qualquer momento desligar o aparelho que tenha sido
obrigados a adotar um sistema e medidas de segurança, acionado.
que no mínimo inclua: 3 — Quando o alarme possua sirene audível do ex-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . terior, o utilizador do alarme assegura que o próprio ou
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . as pessoas ou serviços referidos no número anterior, no
prazo de duas horas, contadas a partir da comunicação
4— ..................................... da autoridade policial competente, comparecem no local
5— ..................................... e procedem à reposição do alarme.
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4 — Considera-se utilizador do alarme quem tenha Artigo 17.º


a posse do espaço protegido, dele usufruindo, indepen- [...]
dentemente do título ou contrato estabelecido.
5 — Os requisitos técnicos, as condições de funcio- 1— .....................................
namento dos equipamentos descritos no n.º 1 e o modelo 2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de
de comunicação a que se refere o n.º 2 são aprovados 4 de março, na sua redação atual, a profissão de segu-
por portaria do membro do Governo responsável pela rança privado é uma profissão regulamentada, sujeita
área da administração interna. à obtenção de título profissional e ao cumprimento dos
demais requisitos previstos no artigo 22.º
Artigo 14.º 3— .....................................
4— .....................................
[...] 5— .....................................
1— .....................................
2— ..................................... Artigo 18.º
[...]
a) Alvará A, que autoriza a prestação dos serviços
previstos nas alíneas a), e) e g) do n.º 1 e no n.º 2 do 1 — O pessoal de vigilância apenas pode exercer
artigo 3.º; as funções previstas para as especialidades a que se
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . encontra habilitado com cartão profissional.
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2— .....................................
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3— .....................................
a) Vigiar e proteger pessoas e bens em estabeleci-
3 — O alvará a que se refere a alínea a) do número mentos de restauração ou bebidas com espaço de dança
anterior autoriza as empresas de segurança a prestar ou onde habitualmente se dance;
serviços de coordenação de segurança aos promotores b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de evento desportivos ou de espetáculos, nos termos c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
previstos nos n.os 2 e 3 do artigo 9.º d) Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos
4 — O alvará a que se refere a alínea c) do n.º 2 au- espaços em situações de emergência, nomeadamente as
toriza a empresa de segurança privada ao exercício que impliquem a evacuação do estabelecimento.
das atividades de comércio, instalação, manutenção e
assistência técnica de sistemas de segurança eletrónica 4— .....................................
de pessoas e bens, designadamente deteção de intrusão e 5— .....................................
roubo, controlo de acessos, videovigilância, centrais de a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
receção de alarme e ou outros sistemas, devendo para o b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
efeito cumprir com os requisitos definidos nos termos c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
do n.º 2 do artigo 4.º-A. d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 — (Anterior n.º 4.) e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 15.º g) (Revogada.)
[...] h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1— ..................................... j) Evitar que, durante a realização do jogo, os espeta-
2 — De acordo com a classificação dos serviços au- dores se concentrem nas vias de acesso ou de emergên-
torizados e os fins a que se destinam, a organização em cia, impedindo o acesso ou obstruindo as mesmas.
proveito próprio de serviços de autoproteção compreende
os seguintes tipos de licença: 6— .....................................
7— .....................................
a) Licença A, que autoriza a organização dos serviços
8— .....................................
previstos nas alíneas a) e e) do n.º 1 do artigo 3.º; 9— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 — O vigilante está habilitado a exercer as funções
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . correspondentes à especialidade de operador de central
de alarmes.
Artigo 16.º
[...] Artigo 19.º
1— ..................................... [...]
2 — A atividade de entidade consultora de segu- 1 — Os assistentes de recinto desportivo, no controlo
rança privada, para a prestação dos serviços previstos de acesso aos recintos desportivos, bem como os assis-
na alínea g) do n.º 1 do artigo 3.º, só pode ser exercida tentes de portos e aeroportos, no controlo de acesso a
mediante autorização do membro do Governo responsá- zonas restritas de segurança de instalações portuárias e
vel pela área da administração interna, após verificação aeroportuárias, podem efetuar revistas pessoais de pre-
do cumprimento dos requisitos previstos na presente lei. venção e segurança com o estrito objetivo de impedir a
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entrada de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis nistrador ou gerente de qualquer empresa de segurança
de gerar ou possibilitar atos de violência. privada prevista na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o 5 — As condições para o exercício da função do
pessoal de vigilância pode: diretor de segurança e de responsável pelo serviço de
autoproteção são fixadas por portaria do membro do Go-
a) Recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e verno responsável pela área da administração interna.
de explosivos ou operar outros equipamentos de revista 6 — (Revogado.)
não intrusivos com a mesma finalidade, previamente
autorizados; Artigo 21.º
b) Realizar revistas intrusivas por palpação e vistorias
dos bens transportados pelos visados, estando, neste [...]
caso, obrigatoriamente sob a supervisão das forças de 1 — Os contratos de trabalho do pessoal de vigilân-
segurança territorialmente competentes. cia, do coordenador de segurança e do diretor de segu-
rança revestem a forma escrita, devendo expressamente
3 — Os assistentes de outros recintos de espetáculos mencionar a especificidade de cada função.
podem, igualmente, efetuar revistas pessoais de pre- 2 — O contrato de trabalho deve ser celebrado entre
venção e segurança por recurso a equipamentos não o pessoal de segurança privada e a entidade habilitada
intrusivos, previstos na alínea a) do número anterior. ao exercício da atividade de segurança privada.
4 — Por um período delimitado no tempo, e mediante 3 — (Anterior n.º 2.)
despacho do membro do Governo responsável pela área
da administração interna, podem ser autorizadas revistas Artigo 22.º
pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso [...]
vedado ou condicionado ao público, que justifiquem
proteção reforçada, nos termos do n.º 2. 1 — Os administradores, gerentes e todos os funcio-
5 — A revista por palpação apenas pode ser realizada nários com funções de direção, supervisão e chefia de
por pessoal de vigilância do mesmo sexo que a pessoa sociedades que exerçam a atividade de segurança pri-
controlada. vada devem preencher, permanente e cumulativamente,
6 — A supervisão das forças de segurança, prevista os seguintes requisitos:
na alínea b) do n.º 2, a requerer pela entidade respon- a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sável pela gestão do espaço ou do evento, deve atender b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao número de seguranças privados a realizar revistas, c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao número de pessoas a ela sujeitos e a outros fatores e d) Não ter sido condenado por sentença transitada em
circunstâncias que contribuam para a avaliação de risco. julgado pela prática de crime doloso contra a vida, con-
7 — A entidade autorizada a realizar revistas pessoais tra a integridade física, contra a reserva da vida privada,
de prevenção e segurança nos termos do n.º 3 promove contra o património, contra a vida em sociedade, desig-
a afixação da autorização concedida, em local visível, nadamente o crime de falsificação, contra a segurança
junto dos locais de controlo de acesso. das telecomunicações, contra a ordem e tranquilidade
8 — A recusa à submissão a revista, realizada nos públicas, contra a autoridade pública, designadamente
termos da presente lei, pode determinar a impossibili- os crimes de resistência e de desobediência à autoridade
dade de entrada no local controlado. pública, por crime de detenção de arma proibida, ou
por qualquer outro crime doloso punível como pena de
Artigo 20.º prisão superior a 3 anos, sem prejuízo da reabilitação
judicial;
Diretor de segurança e responsável de autoproteção
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1— ..................................... f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de março, na sua redação atual, a profissão de diretor
de segurança é uma profissão regulamentada, sujeita à 2— .....................................
obtenção de título profissional e ao cumprimento dos 3 — O diretor de segurança, o responsável pelos
demais requisitos previstos no artigo 22.º da presente serviços de autoproteção e o coordenador de segurança
lei. devem preencher, permanente e cumulativamente, os
3 — Ao diretor de segurança e ao responsável pelo requisitos previstos nas alíneas a), c), d), f) e g) do n.º 1,
serviço de autoproteção compete, em geral: bem como ter concluído o 12.º ano de escolaridade ou
equivalente.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — A PSP pode, a todo o tempo e com caráter
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . subsidiário, proceder à verificação da idoneidade dos
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . administradores, gerentes ou outros funcionários com
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . funções de direção, supervisão e chefia das sociedades
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de segurança privada, do pessoal de segurança privada,
do responsável pelos serviços de autoproteção, dos for-
4 — As funções de diretor de segurança e de respon- madores, gestores de formação e coordenadores peda-
sável pelo serviço de autoproteção devem ser exercidas gógicos de entidades formadoras.
em exclusivo numa única entidade titular de alvará ou 6 — Para efeitos do disposto no número anterior, é
licença, não sendo acumulável com os cargos de admi- suscetível de indiciar falta de idoneidade o facto de, en-
3382 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

tre outras razões devidamente fundamentadas, o visado Artigo 25.º


ter sido condenado, com sentença transitada em julgado,
[...]
pela prática de crimes dolosos não compreendidos na
alínea d) do n.º 1 e que revelem, no seu conjunto, a 1— .....................................
inaptidão para o exercício da função. 2— .....................................
7 — (Proémio do anterior n.º 5): 3— .....................................
a) [Alínea a) do anterior n.º 5.] 4 — Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 7 do
b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de artigo 22.º, apenas são reconhecidas as ações formativas
formação nos termos estabelecidos no artigo 25.º, ou ministradas em locais certificados, por formadores aver-
cursos idênticos ministrados e reconhecidos noutro bados e com observância dos conteúdos e duração defi-
Estado-Membro da União Europeia, ou em Estado parte nidos nos termos da portaria a que se refere o n.º 3.
do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, sem 5 — Qualquer publicidade no âmbito da formação
prejuízo do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março,
na sua redação atual. de segurança privada só pode ser feita por entidade
autorizada e contém obrigatoriamente a designação
8 — É requisito específico de admissão e perma- comercial e o número da respetiva autorização.
nência na função de diretor de segurança e de respon-
sável pelos serviços de autoproteção a frequência, com Artigo 26.º
aproveitamento, de curso de conteúdo programático e [...]
duração fixados em portaria do membro do Governo
responsável pela área da administração interna ou de O reconhecimento, validação e verificação de qua-
cursos equivalentes ministrados e reconhecidos noutro lificações profissionais, para efeitos da presente lei e
Estado-Membro da União Europeia. em conformidade com o disposto na Lei n.º 9/2009,
9 — É requisito específico de admissão e permanên- de 4 de março, na sua redação atual, relativamente a
cia na profissão de coordenador de segurança a frequên- qualificações profissionais adquiridas noutro Estado-
cia, com aproveitamento, de curso de conteúdo progra-
-Membro, compete à Direção Nacional da PSP, nos
mático e duração fixados em portaria do membro do
Governo responsável pela área da administração interna termos definidos por portaria do membro do Governo
ou de cursos equivalentes ministrados e reconhecidos responsável pela área da administração interna.
noutro Estado-Membro da União Europeia.
10 — (Proémio do anterior n.º 7): Artigo 27.º
a) Para desempenhar as funções de diretor de segu- [...]
rança e de responsável pelos serviços de autoproteção, 1 — Para o exercício das suas funções, o pessoal de
os requisitos previstos nos n.os 3 e 8;
b) Para desempenhar as funções de coordenador de segurança privada é titular de cartão profissional, emi-
segurança, os requisitos previstos nos n.os 3 e 9; tido pela Direção Nacional da PSP, válido pelo prazo de
c) Para desempenhar as funções do pessoal de vigi- cinco anos e suscetível de renovação por iguais períodos
lância, os requisitos previstos nos n.os 2 e 7. de tempo.
2— .....................................
11 — Os nacionais de outro Estado-Membro da 3— .....................................
União Europeia, ou de um Estado parte do Acordo 4 — O pessoal de vigilância que não esteja vinculado
sobre o Espaço Económico Europeu, devem possuir a nenhuma entidade patronal não pode, em circunstância
conhecimentos suficientes de língua portuguesa para o alguma, fazer uso, exibir ou identificar-se com o cartão
exercício de funções de pessoal de vigilância, diretor profissional.
de segurança, coordenador de segurança e de formador.
5 — (Revogado.)
Artigo 23.º 6 — (Revogado.)
7 — (Revogado.)
[...] 8— .....................................
1 — É vedado o acesso e permanência na profissão
de segurança privado quando, na avaliação médica e Artigo 28.º
psicológica, o avaliado não atinja as condições mínimas
[...]
fixadas no anexo I à presente lei.
2— ..................................... 1 — Os modelos de uniforme, distintivos, símbolos e
3 — A avaliação médica compreende a aptidão fí- marcas a utilizar pelas entidades ou pessoal de vigilância
sica e mental do pessoal de vigilância e é realizada por no exercício das atividades previstas nas alíneas a), c),
médicos de medicina do trabalho. d) e e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º, bem como as
4 — A avaliação da aptidão psicológica do pessoal
respetivas alterações, são aprovados por despacho do
de vigilância é realizada por entidade reconhecida pela
Ordem dos Psicólogos. membro do Governo responsável pela área da admi-
5— ..................................... nistração interna.
6— ..................................... 2— .....................................
7— ..................................... 3— .....................................
8— ..................................... 4— .....................................
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3383

Artigo 29.º c) Registo dos acessos incluindo identificação de


[...]
quem a eles acede e garantia de inviolabilidade dos
dados relativos à data e hora da recolha.
1 — O coordenador de segurança e o pessoal de vi-
gilância, quando no exercício das funções previstas nas 8 — Para efeitos do número anterior, os requisitos
alíneas a), c), d) e e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º, técnicos para os sistemas de videovigilância são fixados
devem obrigatoriamente usar: em portaria do membro do Governo responsável pela
área da administração interna.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 — (Anterior n.º 8.)
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 — Os sistemas de videovigilância, apenas utilizá-
veis em conformidade com os princípios da adequação e
2— ..................................... da proporcionalidade, devem cumprir as demais normas
3 — O coordenador de segurança e o pessoal de legais relativas à recolha e tratamento de dados pessoais,
vigilância, quando exerçam funções de coordenação, designadamente em matéria de direito de acesso, infor-
assistente de recinto desportivo e assistente de recinto de mação, oposição de titulares e regime sancionatório.
espetáculos, devem obrigatoriamente usar sobreveste de
identificação onde conste de forma perfeitamente visível Artigo 32.º
a palavra «Coordenador» ou «Assistente», consoante
o caso, com as características fixadas em portaria do [...]
membro do Governo responsável pela área da admi- 1 — O pessoal de vigilância está sujeito ao regime
nistração interna. geral de uso e porte de arma, podendo, neste caso, re-
4— ..................................... correr, designadamente, às armas da classe E.
2 — Em serviço, o porte de arma só é permitido se
Artigo 30.º autorizado por escrito, cumulativamente, pela entidade
[...] patronal e pela entidade contratante do serviço, po-
dendo qualquer das autorizações ser revogada a todo
1 — As entidades titulares de alvará asseguram, nas o tempo.
suas instalações operacionais, a presença permanente de 3 — A autorização concedida pela entidade patronal
pessoal que garanta, através de rádio ou outro meio de é anual e expressamente renovável, emitida em nome
comunicação idóneo, o contacto, a todo o tempo, com individual, contendo o tipo de arma e as suas especifi-
o pessoal de vigilância, os utilizadores dos serviços e cações técnicas,
as forças de segurança. 4 — A autorização prevista no número anterior é
2— ..................................... comunicada no mais curto prazo, que não pode exceder
3— ..................................... 24 horas, à Direção Nacional da PSP.
5— .....................................
Artigo 31.º
[...]
Artigo 36.º
[...]
1— .....................................
2 — As gravações de imagem obtidas pelos sistemas 1 — O coordenador de segurança e o pessoal de vi-
videovigilância são conservadas, em registo codificado, gilância consideram-se identificados sempre que de-
pelo prazo de 30 dias contados desde a respetiva cap- vidamente uniformizados e com o cartão profissional
tação, findo o qual são destruídas, no prazo máximo aposto visivelmente.
de 48 horas. 2— .....................................
3— .....................................
4— ..................................... Artigo 37.º
5— ..................................... [...]
a) (Revogada.) 1— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Inscrever na plataforma informática disponibi-
6— ..................................... lizada pela Direção Nacional da PSP um registo de
7 — Os sistemas de videovigilância devem ter as atividades, permanentemente atualizado e disponível
seguintes caraterísticas: para consulta das entidades fiscalizadoras;
d) (Revogada.)
a) Capacidade de acesso direto às imagens em tempo e) (Revogada.)
real pelas forças e serviços de segurança, para efeitos f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, até ao iní-
de ações de prevenção ou de investigação criminal, cio da atividade do pessoal de segurança privada, as
lavrando auto fundamentado da ocorrência; admissões do pessoal de vigilância, do coordenador de
b) Sistema de alarmística que permita alertar as forças segurança e do diretor de segurança e, nos cinco dias
e serviços de segurança territorialmente competentes úteis subsequentes à cessação da atividade, as cessações
em caso de iminente perturbação, risco ou ameaça à contratuais;
segurança de pessoas e bens que justifique a sua in- g) Verificar, a todo o tempo, o cumprimento dos re-
tervenção; quisitos previstos no artigo 22.º, comunicando à Direção
3384 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Nacional da PSP todas as ocorrências que impliquem a ministrar nos termos previstos em portaria do membro
perda de capacidade para o exercício de funções; do Governo responsável pela área da administração
h) Organizar e manter atualizados ficheiros indivi- interna.
duais do pessoal de segurança privada ao seu serviço,
incluindo a cópia do cartão profissional e do certificado Artigo 38.º
do registo criminal, atualizado anualmente, bem como
[...]
a data de admissão ao serviço;
i) (Revogada.) 1 — O registo de atividades referido na alínea c) do
j) Remeter mensalmente à Direção Nacional da PSP n.º 1 do artigo anterior deve contemplar, no mínimo, os
o registo de incidentes de que tenham conhecimento; seguintes elementos:
k) (Revogada.)
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Número do contrato celebrado pela entidade de
2 — Constituem deveres especiais das entidades ti-
segurança privada;
tulares de alvará, licença ou autorização:
c) Tipo de serviço prestado, com indicação das fun-
a) Adotar as medidas de precaução e os controlos ções específicas a desempenhar;
necessários para que o pessoal de segurança privada d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ao seu serviço respeite, no exercício da sua função, os e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
regimes jurídicos a que se encontre vinculado; f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Fazer permanentemente prova, junto da Direção g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nacional da PSP, da existência e manutenção da caução h) Sistemas técnicos e respetivas caraterísticas.
prestada a favor do Estado e dos seguros obrigatórios
exigidos nos termos da presente lei, no prazo de 15 dias 2 — O disposto nas alíneas a) a e) do número ante-
úteis após a sua celebração, alteração ou renovação; rior não se aplica às entidades titulares da licença de
c) Fazer permanentemente prova, junto da Direção autoproteção.
Nacional da PSP, da inexistência de dívidas fiscais e à 3 — Os contratos de prestação de serviços das em-
segurança social, podendo para o efeito fornecer os có- presas de segurança privada são celebrados diretamente
digos de acesso às certidões permanentes da sua situação com o beneficiário dos serviços prestados, revestem
fiscal e de segurança social ou prestar consentimento a forma escrita e contêm os elementos previstos no
para a consulta das referidas situações; n.º 1, bem como o preço e as condições de prestação
d) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo dos mesmos.
de 15 dias úteis, as alterações ao pacto social e de ad- 4 — O registo referido na alínea c) do n.º 1 do artigo
ministradores, gerentes, responsáveis pelos serviços de anterior é mantido na área reservada da entidade no
autoproteção, coordenadores e gestores pedagógicos, SIGESP Online.
fazendo prova do cumprimento dos requisitos estabe- 5 — O registo de atividade e os contratos de presta-
lecidos no artigo 22.º; ção de serviços devem ser conservados pelo prazo de
e) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de cinco anos, após o fim da sua vigência.
15 dias úteis, a abertura ou o encerramento de quaisquer
instalações, requerendo prévia inspeção para verificação Artigo 39.º
de requisitos nos casos previstos na lei e legislação
[...]
complementar;
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de 1— .....................................
oito dias, a cessação da atividade, para efeitos de cance- 2— .....................................
lamento do alvará, licença ou autorização concedidos;
g) Manter permanentemente atualizados e disponíveis a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
para inspeção, nas respetivas sedes, os originais dos b) O diretor-geral da Autoridade Marítima;
documentos, passíveis de verificação em ação inspetiva, c) [Anterior alínea b).]
previstos na presente lei e legislação regulamentar. d) [Anterior alínea c).]
e) [Anterior alínea d).]
f) [Anterior alínea e).]
3 — Constituem ainda deveres especiais das entida-
g) [Anterior alínea f).]
des titulares de alvará ou autorização:
h) [Anterior alínea g).]
a) Mencionar o número de alvará ou de autorização i) O diretor-geral da Direção-Geral de Recursos Na-
na faturação, correspondência e publicidade; turais, Segurança e Serviços Marítimos;
b) Assegurar a existência do livro de reclamações, j) [Anterior alínea h).]
previsto no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setem- k) Um representante das associações das entidades
bro, na sua redação atual, em todas as instalações aver- consultoras de segurança;
badas onde exista atendimento ao público. l) Um representante das associações das entidades
formadoras de segurança privada;
4 — Constitui ainda dever especial das entidades titu- m) Um representante das associações e dos profis-
lares de alvará não exercer qualquer outra atividade que sionais de registo prévio;
não se encontre prevista no objeto social da mesma ou n) [Anterior alínea i).]
que não decorra da atividade de segurança privada. o) Um representante das associações dos diretores
5 — Constitui ainda dever especial das entidades de segurança;
autorizadas a ministrar formação o envio à Direção p) Um representante das associações dos coordena-
Nacional da PSP da ficha técnica das ações de formação dores de segurança.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3385

3— ..................................... b) À identificação e discriminação de toda a cadeia


de entidades a quem uma participação de, pelo menos,
a) Um representante do membro do Governo respon-
5 % deva ser imputada;
sável pela área da defesa nacional;
c) À indicação das participações sociais daqueles
b) [Anterior alínea a).] titulares em pessoas coletivas que detenham partici-
c) Um representante do membro do Governo respon- pações, diretas ou indiretas, em outras entidades de
sável pela área do mar; segurança privada.
d) [Anterior alínea b).]
e) Um representante de cada uma das entidades pre- Artigo 44.º
vistas nos artigos 8.º e 9.º em função da matéria.
Requerimento de licença de autoproteção
4— ..................................... 1 — O pedido de atribuição de licença de autopro-
teção é formulado em modelo próprio, disponibilizado
5 — As entidades referidas nas alíneas a) a g) e i) do em formato eletrónico, dirigido ao membro do Governo
n.º 2 podem designar representantes. responsável pela área da administração interna, acom-
6 — Os membros do CSP referidos nas alíneas j) a panhado dos seguintes elementos:
p) do n.º 2 e nas alíneas d) e e) do n.º 3 são designados
pelo membro do Governo responsável pela área da ad- a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ministração interna, mediante proposta das respetivas b) Identificação do responsável do serviço de auto-
associações e entidades. proteção e documentos comprovativos dos requisitos
7— ..................................... exigidos nos n.os 3 e 8, consoante o caso, do artigo 22.º;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 40.º d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[...]
Compete ao CSP: 2 — É aplicável o disposto nos n.os 3 a 4 do artigo
anterior.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 45.º
c) Pronunciar-se sobre a concessão, suspensão e can-
celamento de alvarás, licenças ou autorizações, sempre Requerimento de autorização de entidade consultora
que solicitado pelo membro do Governo responsável 1 — O pedido de atribuição de autorização de enti-
pela área da administração interna; dade consultora é formulado em modelo próprio, dispo-
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nibilizado em formato eletrónico, dirigido ao membro
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . do Governo responsável pela área da administração
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . interna, acompanhado dos seguintes elementos:
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Artigo 43.º b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Requerimento de alvará
1 — O pedido de atribuição de alvará é formulado em 2 — (Revogado.)
modelo próprio, disponibilizado em formato eletrónico, 3— .....................................
dirigido ao membro do Governo responsável pela área
da administração interna, acompanhado dos seguintes Artigo 46.º
elementos: Requerimento de autorização de entidade formadora
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O pedido para atribuição de autorização de enti-
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dade formadora é formulado em modelo próprio, dispo-
c) Identificação das instalações da entidade, especi- nibilizado em formato eletrónico, dirigido ao membro
ficando o fim a que se destinam; do Governo responsável pela área da administração
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . interna, acompanhado dos seguintes elementos:
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) Relação dos titulares por conta própria ou por conta a) Certidão de teor da descrição e de todas as inscri-
de outrem, e usufrutuários de participações no capital ções em vigor, emitida pela Conservatória do Registo
social das entidades com participação em entidade de Comercial;
segurança privada. b) [Anterior alínea a).]
c) [Anterior alínea b).]
2— ..................................... d) [Anterior alínea c).]
3— ..................................... e) [Anterior alínea d).]
4— .....................................
5 — A relação de titulares e de detentores mencio- 2 — Para efeitos da alínea b) do número anterior, são
reconhecidas as entidades certificadas ou autorizadas
nada na alínea f) do n.º 1 deve proceder:
noutro Estado-Membro da União Europeia ou Estado
a) À identificação e discriminação das percentagens parte do Acordo do Espaço Económico Europeu.
de participação social dos respetivos titulares; 3— .....................................
3386 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Artigo 47.º à primeira solicitação, absolutamente impenhorável,


[...]
de montante não superior a 40 000 €, ou a 20 000 €
para as micro ou pequenas empresas, a fixar por des-
1 — No âmbito da instrução, a Direção Nacional da pacho do membro do Governo responsável pela área
PSP elabora relatório, classificado com o grau de confi- da administração interna, de constituição obrigatória,
dencial, sobre a idoneidade da empresa e das pessoas que o qual vigora pelo período de validade da licença e em
asseguram a sua direção efetiva, dando parecer negativo, todas as situações de pendência contraordenacional,
sempre que existam fundadas suspeitas sobre a mesma. caso em que se mantém válido até à data do trânsito
2 — Concluída a instrução, o processo é submetido em julgado do último processo de contraordenação
ao membro do Governo responsável pela área da ad- existente, dependendo a sua libertação da absolvição
ministração interna, para decisão a proferir no prazo do pedido ou, tendo a parte sido condenada, provando
máximo de 30 dias seguidos. que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a con-
3 — Após o despacho referido no número anterior, tar do trânsito em julgado e só podendo ser anulado
o início do exercício da atividade de segurança privada ou alterado com o consentimento expresso escrito
fica condicionado à comprovação, pelo requerente e no do secretário-geral do Ministério da Administração
prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação, da Interna;
existência de: c) Três trabalhadores a ele vinculados por contrato de
trabalho, ou no mínimo um para as micro ou pequenas
a) [Alínea a) do anterior n.º 2.] empresas, inscritos num regime de proteção social;
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante de- d) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo
pósito em instituição bancária, ou garantia bancária, à de 150 000 € e demais requisitos e condições fixados
primeira solicitação, absolutamente impenhorável, de por portaria dos membros do Governo responsáveis
montante não superior a 40 000 €, a fixar por despacho pelas áreas das finanças e da administração interna,
do membro do Governo responsável pela área da ad- nomeadamente franquias, âmbito territorial e temporal,
ministração interna, de constituição obrigatória, a qual direito de regresso e exclusões;
vigora pelo período de validade do alvará e em todas e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
as situações de pendência contraordenacional, caso em
que se mantém válido até à data do trânsito em julgado 3— .....................................
do último processo de contraordenação existente, de- 4— .....................................
pendendo a sua libertação da absolvição do pedido ou, 5 — (Revogado.)
tendo a parte sido condenada, provando que cumpriu a 6 — A licença é disponibilizada em formato eletró-
obrigação no prazo de 30 dias a contar do trânsito em nico.
julgado e só podendo ser anulado ou alterado com o
consentimento expresso escrito do secretário-geral do Artigo 49.º
Ministério da Administração Interna;
c) Diretor de segurança a ele vinculado por contrato Requisitos para a emissão de autorização
de trabalho e inscrito num regime de proteção social; de entidade consultora
d) [Alínea d) do anterior n.º 2.] 1 — Concluída a instrução, o processo é submetido
e) [Alínea e) do anterior n.º 2.] ao membro do Governo responsável pela área da ad-
f) [Alínea f) do anterior n.º 2.] ministração interna, para decisão a proferir no prazo
g) [Alínea g) do anterior n.º 2.] máximo de 30 dias seguidos.
2 — Após o despacho referido no número anterior,
4 — (Anterior n.º 3.) o início do exercício da atividade de formação de segu-
5 — (Anterior n.º 4.) rança privada fica condicionado à comprovação, pelo
6 — A não emissão de alvará no prazo previsto nos requerente e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da
números anteriores, por causa imputável ao requerente, notificação, da existência de:
determina a caducidade da autorização concedida nos
termos do n.º 2. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7 — (Anterior n.º 6.) b) Caução a favor do Estado, prestada mediante de-
8 — O alvará é disponibilizado em formato eletrónico. pósito em instituição bancária, ou garantia bancária à
primeira solicitação, absolutamente impenhorável, de
Artigo 48.º montante não superior a 20 000 €, a fixar por despacho
do membro do Governo responsável pela área da admi-
[...] nistração interna, de constituição obrigatória, a qual vi-
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido gora pelo período de validade da autorização e em todas
ao membro do Governo responsável pela área da ad- as situações de pendência contraordenacional, caso em
ministração interna, para decisão a proferir no prazo que se mantém válido até à data do trânsito em julgado
máximo de 30 dias seguidos. do último processo de contraordenação existente, de-
2 — Após o despacho referido no número anterior, o pendendo a sua libertação da absolvição do pedido ou,
início do exercício da atividade de segurança privada fica tendo a parte sido condenada, provando que cumpriu a
condicionado à comprovação, pelo requerente e no prazo de obrigação no prazo de 30 dias a contar do trânsito em
90 dias seguidos, a contar da notificação, da existência de: julgado e só podendo ser anulado ou alterado com o
consentimento expresso escrito do secretário-geral do
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ministério da Administração Interna;
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
depósito em instituição bancária, ou garantia bancária d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3387

3— ..................................... c) (Revogada.)
4— ..................................... d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5— ..................................... e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — A autorização é disponibilizada em formato
eletrónico. 4 — O averbamento de elementos constantes do
7 — (Revogado.) alvará, da licença ou da autorização é formulado em
modelo próprio, disponibilizado em formato eletrónico,
Artigo 50.º dirigido ao membro do Governo responsável pela área
da administração interna, acompanhado dos elementos e
Requisitos para a emissão de autorização documentos previstos para o respetivo licenciamento.
de entidade formadora 5— .....................................
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido 6— .....................................
ao membro do Governo responsável pela área da ad- 7— .....................................
8— .....................................
ministração interna, para decisão, a proferir no prazo
máximo de 30 dias seguidos.
Artigo 53.º
2 — Após o despacho referido no número anterior,
o início do exercício da atividade de formação de segu- [...]
rança privada fica condicionado à comprovação, pelo
requerente e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da 1— .....................................
notificação, da existência de: 2— .....................................
3— .....................................
a) Caução a favor do Estado, prestada mediante
depósito em instituição bancária, ou garantia bancária a) O incumprimento, durante três meses seguidos,
dos deveres especiais previstos nas alíneas c), d) e e)
à primeira solicitação, absolutamente impenhorável,
do n.º 2 do artigo 37.º, quando aplicável;
de montante não superior a 20 000 €, a fixar por des- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
pacho do membro do Governo responsável pela área c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
da administração interna, de constituição obrigatória, a d) A condenação, com trânsito em julgado, por três
qual vigora pelo período de validade da autorização e contraordenações muito graves de segurança privada,
em todas as situações de pendência contraordenacional, nos últimos cinco anos.
caso em que se mantém válido até à data do trânsito
em julgado do último processo de contraordenação 4— .....................................
existente, dependendo a sua libertação da absolvição 5 — Os alvarás, licenças e autorizações caducam
do pedido ou, tendo a parte sido condenada, provando automaticamente com a declaração de insolvência da
que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a con- entidade de segurança privada ou de autoproteção.
tar do trânsito em julgado e só podendo ser anulado
ou alterado com o consentimento expresso escrito Artigo 54.º
do secretário-geral do Ministério da Administração
Interna; [...]
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1— .....................................
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — Estão sujeitos ao pagamento de uma taxa, que
constitui receita própria da força de segurança compe-
3— ..................................... tente para a realização dos seguintes atos:
4— .....................................
5— ..................................... a) Emissão, renovação e substituição do cartão pro-
6 — A autorização é disponibilizada em formato fissional do pessoal de segurança privada;
eletrónico. b) Realização de exames, auditorias e provas de ava-
7 — A realização de ações de formação está con- liação;
dicionada à comunicação e verificação dos requisitos c) Autorização dos cursos de diretor de segurança e
dos formadores. coordenador de segurança;
d) Acreditação e verificação de requisitos de coor-
denador pedagógico e formador;
Artigo 51.º
e) Pedidos de autorização de revistas pessoais de
[...] prevenção e segurança;
f) Reinspeção da conformidade de instalações e meios
1— ..................................... humanos e materiais;
2— ..................................... g) Emissão de pareceres previstos no âmbito da pre-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sente lei;
b) Sede social e salas de formação autorizadas; h) Realização de avaliação de risco de ATM;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Registo de utilização de sistemas de videovigi-
d) Identificação do gestor de formação; lância;
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . j) Emissão e renovação de registo prévio e averba-
mento de técnico, de instalação e de denominação;
k) Comunicação de falso alarme às forças de segu-
3— .....................................
rança.
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3— .....................................
3388 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Artigo 55.º 7 — A pena prevista no número anterior é aplicá-


vel a quem realizar revistas de prevenção e segurança
[...]
intrusivas em violação das condições previstas no ar-
1 — A fiscalização das atividades reguladas pela tigo 19.º
presente lei é assegurada pela Direção Nacional da PSP
em articulação com a Autoridade para as Condições do Artigo 59.º
Trabalho e a Autoridade Tributária e Aduaneira, sem [...]
prejuízo das competências das demais forças e serviços
de segurança e da Inspeção-Geral da Administração 1— .....................................
Interna. a) O exercício de atividades proibidas ou de práti-
2 — A articulação prevista no número anterior visa cas comerciais desleais, previstas respetivamente nos
privilegiar a atividade inspetiva realizada por equipas artigos 5.º e 5.º-A;
multidisciplinares, devendo para o efeito as autoridades b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
referidas designar oficiais de ligação que agilizem a c) O incumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 5.º;
respetiva constituição. d) O exercício de funções de segurança privado de
especialidade distinta daquela para a qual se encontra
Artigo 56.º habilitado, nos termos do artigo 18.º;
[...] e) A realização de revistas pessoais de prevenção e
segurança, a que se refere o artigo 19.º, sem autorização
1— ..................................... ou em violação das condições legais ou em que foram
2— ..................................... autorizadas;
3 — Os processos de contraordenação instaurados f) O incumprimento do dever do promotor do evento
no âmbito da presente lei e legislação complementar de assegurar a presença de força de segurança, nos ter-
devem ser objeto de registo no sistema informático, o mos previstos no n.º 6 do artigo 19.º;
qual deve ser mantido atualizado. g) A realização de controlo de segurança, a que se
4 — (Anterior n.º 3.) refere o artigo 19.º-A, fora das condições legais;
5 — (Anterior n.º 4.) h) [Anterior alínea d).]
6 — (Anterior n.º 5.) i) [Anterior alínea g).]
j) [Anterior alínea m).]
Artigo 57.º k) [Anterior alínea n).]
l) [Anterior alínea q).]
[...] m) [Anterior alínea p).]
1 — O exercício da atividade de segurança privada n) [Anterior alínea j).]
sem alvará, ou a adoção de medidas de autoproteção o) A utilização de meios técnicos de segurança não
previstas nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 1 do artigo 3.º autorizados;
sem a respetiva licença são punidos com pena de pri- p) O incumprimento do disposto nos n.os 1, 2 e 8 do
são de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, artigo 31.º e no artigo 35.º;
se pena mais grave lhe não couber por força de outra q) O incumprimento dos deveres previstos no n.º 2
disposição legal. do artigo 36.º, na alínea b) do n.º 1, na alínea b) do n.º 2
2 — Quem exercer funções de segurança privado não e no n.º 4 do artigo 37.º;
sendo titular de cartão profissional é punido com pena r) A não existência do preceituado nos n.os 1 a 4 do
de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, artigo 38.º;
se pena mais grave lhe não couber por força de outra s) [Anterior alínea o).]
disposição legal.
3 — A pena prevista no número anterior é aplicá- 2— .....................................
vel a quem exercer funções de segurança privado sem a) O exercício da atividade a que se refere o ar-
vínculo laboral a entidade devidamente habilitada ao tigo 4.º-A sem registo prévio, ou incumprimento dos
exercício da atividade, ou quando o mesmo se encontre requisitos e condições fixados em regulamento;
suspenso. b) O incumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 7.º
4 — A pena prevista no n.º 2 é aplicável a quem e na alínea e) do n.º 1 do artigo 8.º;
utilizar os serviços da pessoa referida nos números c) [Anterior alínea b).]
anteriores, sabendo que a prestação de serviços de se- d) [Anterior alínea c).]
gurança se realiza sem o necessário alvará ou que as e) O incumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 19.º;
funções de segurança privado são exercidas por quem f) [Anterior alínea h).]
não é titular de cartão profissional ou que o mesmo se g) O incumprimento do disposto no n.º 4 do artigo 27.º;
encontra suspenso. h) [Anterior alínea d).]
5 — Quem praticar atos previstos no n.º 1 do ar- i) [Anterior alínea f).]
tigo 5.º é punido com pena de prisão até 4 anos ou com j) [Anterior alínea g).]
pena de multa até 480 dias. k) O incumprimento do preceituado nos n.os 4 a 6 e
6 — Quem praticar atos previstos na alínea a) do n.º 4 9 do artigo 31.º;
do artigo 5.º é punido com pena de prisão até 3 anos ou l) [Anterior alínea k).]
com pena de multa. m) [Anterior alínea l).]
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3389

n) O incumprimento dos deveres especiais previstos c) A contratação para serviços relativamente aos quais
nas alíneas a), c) a g) do n.º 1, nas alíneas a), c) a g) do não se disponha de pessoal devidamente formado e
n.º 2 e no n.º 5 do artigo 37.º; habilitado.
o) O incumprimento dos n.os 2, 3 e 5 do artigo 38.º;
p) [Anterior alínea o).] Artigo 6.º-A
3— ..................................... Regras de conduta

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No exercício da atividade de segurança privada, o


b) O incumprimento do estabelecido no n.º 5 do ar- pessoal de vigilância deve:
tigo 25.º e no n.º 3 do artigo 37.º;
c) A omissão de algum dos elementos previstos nos a) Respeitar os direitos fundamentais e demais di-
n.os 1 e 2 do artigo 38.º; reitos dos cidadãos;
d) [Anterior alínea c).] b) Manter uma conduta íntegra e de acordo com os
princípios legais;
4— ..................................... c) Manter uma atitude discreta e resiliente;
5— ..................................... d) Não manter ligações com atividades ilícitas;
6— ..................................... e) Não constituir fator de perturbação para a ordem
7— .....................................
8— ..................................... pública;
9— ..................................... f) Prestar assistência às pessoas em perigo.

Artigo 61.º Artigo 19.º-A


[...] Controlo de segurança

1— ..................................... 1 — O controlo de segurança à saída de um local,


2 — São competentes para a instrução dos processos mediante recurso a meios técnicos adequados, com res-
de contraordenação a Guarda Nacional Republicana e peito pelos princípios da adequação e da proporciona-
a Polícia de Segurança Pública. lidade, deve preencher, cumulativamente, os seguintes
3— ..................................... requisitos:
4— .....................................
5— ..................................... a) Ser realizado em locais em que se desenvolvam
6— ..................................... atividades que, pela sua própria natureza, constituam
7 — (Revogado.) um risco para a segurança;
8 — (Revogado.) b) Ser destinado à prevenção de subtração de bens
9 — (Revogado.)» do local de trabalho, ou de bens que estejam particular-
mente acessíveis a terceiros;
Artigo 3.º
c) Sejam privilegiados os meios que não impliquem
Aditamento à Lei n.º 34/2013, de 16 de maio o contacto físico com a pessoa visada pelo controlo
São aditados à Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, os ar- realizado;
tigos 4.º-A, 5.º-A, 6.º-A, 19.º-A, 20.º-A, 53.º-A, 54.º-A, d) Existência de avisos, à entrada e saída do local,
60.º-A, 60.º-B, 61.º-A e 61.º-B, com a seguinte redação: da possibilidade da sua ocorrência.

«Artigo 4.º-A 3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o


controlo à saída dos locais de trabalho deve ser realizado
Registo prévio
em conformidade com as condições relativas à informa-
1 — As entidades que procedam ao estudo e con- ção e consentimento previstos em convenção coletiva
ceção, instalação, manutenção ou assistência técnica de trabalho ou, quando não seja aplicável, o trabalhador
de material e equipamento de segurança ou de centrais tenha prestado o seu consentimento individual.
de alarme são obrigadas a registo prévio na Direção
Nacional da Polícia de Segurança Pública. Artigo 20.º-A
2 — Os requisitos e o procedimento de registo a que
se refere o número anterior são definidos por portaria Coordenador de segurança
do membro do Governo responsável pela área da ad-
ministração interna. 1 — A profissão de coordenador de segurança é re-
gulada nos termos da presente lei.
Artigo 5.º-A 2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4
de março, na sua redação atual, a profissão de coordena-
Práticas comerciais desleais dor de segurança é uma profissão regulamentada, sujeita
1 — São proibidas as práticas comerciais desleais na à obtenção de título profissional e ao cumprimento dos
prestação de serviços de segurança privada. demais requisitos previstos no artigo 22.º
2 — Para efeitos do número anterior consideram-se 3 — O coordenador de segurança é o responsável
práticas comerciais desleais: operacional pelo enquadramento e orientação do serviço
a) A contratação com serviços não declarados; de segurança privada nos recintos desportivos e nos
b) A contratação com prejuízo; recintos de espetáculos e divertimentos.
3390 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Artigo 53.º-A 3 — O valor da caução é, no máximo, de 5 % do


Medida de polícia
preço contratual, devendo ser fixado em função da ex-
pressão financeira do respetivo contrato.
1 — Quando o incumprimento das normas previstas 4 — Nos casos em que não se verifique a prestação
na presente lei ou em regulamentação complementar ou de caução, pode a entidade contratante, se o considerar
a atividade desenvolvida por uma empresa de segurança conveniente, proceder à retenção de até 10 % do valor
privada se revele suscetível de perturbar a ordem, a se- dos pagamentos a efetuar, desde que tal faculdade se
gurança ou a tranquilidade públicas, pode ser restringida encontre contratualmente prevista.
a sua atividade, total ou parcialmente, em determinada
área geográfica ou tipologia de serviços. Artigo 61.º-A
2 — Quando do incumprimento das normas previstas Livro de reclamações
na presente lei ou em regulamentação complementar ou
do exercício de funções por titular de cartão profissional 1 — Para efeitos do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15
de segurança privado resulte a suscetibilidade de per- de setembro, na sua redação atual, a Direção Nacional da
turbação da ordem, da segurança ou da tranquilidade PSP é a entidade de controlo de mercado para receber e
públicas, pode ser, total ou parcialmente, restringida a tratar as reclamações relativas ao exercício da atividade
sua atividade. de segurança privada.
3 — Para efeitos do número anterior verifica-se a 2 — A instrução dos processos de contraordenação le-
existência de indícios de perturbação da ordem, da segu- vantados ao abrigo do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei
rança ou da tranquilidade públicas quando, entre outros, n.º 156/2005, de 15 de setembro, na sua redação atual,
exista violação dos deveres da conduta ou a avaliação de é da competência da Guarda Nacional Republicana e
idoneidade, realizada nos termos do n.º 2 do artigo 22.º, da Polícia de Segurança Pública, quando relacionadas
seja negativa. com a atividade de segurança privada.
4 — A decisão de restrição, prevista nos n.os 1 e 2, é 3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias
emitida pelo membro do Governo responsável pela área decorrentes dos processos referidos no número anterior
da administração interna, sob proposta fundamentada compete ao secretário-geral do Ministério da Adminis-
das forças de segurança. tração Interna, o qual pode delegar aquela competência
5 — A decisão referida no número anterior é notifi- nos termos da lei.
cada ao visado e comunicada às forças de segurança. 4 — O produto das coimas decorrentes dos processos
referidos no n.º 2 é distribuído nos termos do n.º 4 do
Artigo 54.º-A artigo 61.º
Autoridade para as Condições do Trabalho
Artigo 61.º-B
O Governo, no prazo de 180 dias, regulamenta forma- Equiparação
ção especializada que tenha em conta as especificidades
do setor da segurança privada, para a Autoridade para As entidades da economia social são equiparadas às
as Condições do Trabalho. micro e pequenas empresas, quando reúnam os mesmos
requisitos, para efeitos do disposto na presente lei.»
Artigo 60.º-A
Artigo 4.º
Responsabilidade por facto ilícito ou pelo risco
Norma transitória
As entidades contratantes de serviços de segurança
privada são solidariamente responsáveis com as em- 1 — O reconhecimento da experiência profissional,
presas de segurança privada, por responsabilidade por obtido ao abrigo do disposto no n.º 6 do artigo 68.º da
facto ilícito ou por risco, pelos danos causados pelo Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, equivale, para efeitos do
pessoal de segurança privada nas suas instalações e ao requisito de formação específica, à obtenção de formação
seu serviço. inicial de diretor de segurança.
2 — Os certificados dos coordenadores de segurança
Artigo 60.º-B mantêm-se válidos até à emissão dos respetivos cartões
profissionais.
Responsabilidade por incumprimento 3 — O pessoal de vigilância com a especialidade de
de obrigações laborais ou contributivas
segurança-porteiro pode requerer cartão da especialidade
1 — As entidades contratantes de serviços de segu- de vigilante, a emitir com a mesma data de validade.
rança privada são solidariamente responsáveis com as 4 — Os seguranças-privados que tenham frequentado
empresas contratadas pelos pagamentos devidos aos a formação inicial de segurança-porteiro prevista na Por-
trabalhadores que executem o serviço convencionado, taria n.º 148/2014, de 18 de julho, alterada pela Portaria
bem como pelas respetivas obrigações contributivas em n.º 114/2015, de 24 de abril, consideram-se, para efeitos de
matéria fiscal e de segurança social. renovação do título profissional, detentores da formação
2 — Quando o preço contratual for superior a inicial da especialidade de operador de central de alarmes
200 000 €, as empresas de segurança privada devem e de vigilante.
proceder à prestação de caução às entidades contratantes 5 — O registo de atividades previsto no artigo 38.º da
de serviços de segurança privada, destinada a garantir Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, é mantido em registo in-
o exato e pontual cumprimento de todas as respetivas formático das entidades, até ser possível a sua submissão
obrigações legais e contratuais. na área reservada do SIGESP.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3391

6 — Os sistemas de videovigilância devem adaptar-se 2 — A presente lei estabelece ainda as medidas de se-
às caraterísticas previstas no n.º 7 do artigo 31.º da Lei gurança a adotar por entidades, públicas ou privadas, com
n.º 34/2013, de 16 de maio, com a redação dada pela pre- vista à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática
sente lei, no prazo de 5 anos, a contar da entrada em vigor de crimes.
da presente lei. 3 — A segurança privada e a autoproteção só podem
ser exercidas nos termos da presente lei e da sua regula-
Artigo 5.º mentação, e têm uma função complementar à atividade
das forças e serviços de segurança do Estado.
Norma revogatória 4 — Para efeitos da presente lei, e sem prejuízo das
São revogados a alínea f) do n.º 1 do artigo 3.º, a alí- atribuições das forças de segurança, a proteção de pes-
nea b) do n.º 2 do artigo 4.º, os n.os 7 e 8 do artigo 7.º, os soas e bens e a prevenção da prática de crimes pode ser
artigos 12.º e 13.º, a alínea g) do n.º 5 do artigo 18.º, o exercida:
n.º 6 do artigo 20.º, os n.os 5 a 7 do artigo 27.º, a alínea a) a) Por entidade privada que vise a prestação de serviços
do n.º 5 do artigo 31.º, a alínea d), e), i) e k) do n.º 1 do de segurança privada a terceiros, nos termos da presente
artigo 37.º, o n.º 2 do artigo 45.º, o n.º 5 do artigo 48.º, lei e regulamentação complementar;
o n.º 7 do artigo 49.º, a alínea c) do n.º 3 do artigo 51.º, b) Através da organização, em proveito próprio, de ser-
o n.º 2 do artigo 52.º, e os n.os 7 a 9 do artigo 61.º da Lei viço de autoproteção.
n.º 34/2013, de 16 de maio.
5 — A atividade de formação profissional do pessoal
Artigo 6.º de segurança privada e de consultoria de segurança são
consideradas atividades de segurança privada, sendo
Republicação reguladas nos termos da presente lei e regulamentação
É republicada, no anexo à presente lei e da qual faz complementar.
parte integrante, a Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, com a 6 — Ficam excluídas do âmbito de aplicação da pre-
redação introduzida pela presente lei. sente lei:
a) A atividade de porteiro de hotelaria;
Artigo 7.º b) A atividade de porteiro de prédio urbano destinado
Entrada em vigor a habitação ou a escritórios, cuja regulamentação é da
competência das câmaras municipais;
A presente lei entra em vigor 60 dias após a sua pu- c) A gestão e monitorização de sistemas de segurança
blicação. e a implementação de vigilância e controlo de acessos
adotados em espaços para fins habitacionais.
Aprovada em 26 de abril de 2019.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo 7 — O Banco de Portugal não está sujeito às medidas
Ferro Rodrigues. previstas na presente lei que se mostrem incompatíveis
com as normas e recomendações adotadas no âmbito do
Promulgada em 18 de junho de 2019. Sistema Europeu de Bancos Centrais.
Publique-se. 8 — A presente lei não se aplica às iniciativas de ca-
riz político, organizadas por partidos políticos ou outras
O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA. entidades públicas, sindicatos ou associações sindicais,
Referendada em 24 de junho de 2019. sendo as medidas de segurança e autoproteção diretamente
articuladas com as forças e serviços de segurança.
O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
Artigo 2.º
ANEXO
Definições
(a que se refere o artigo 6.º) Para efeitos do disposto na presente lei e em regula-
mentação complementar, entende-se por:
Republicação da Lei n.º 34/2013, de 16 de maio
a) «Central de controlo» a instalação física que integra
os equipamentos e sistemas necessários à monitorização
CAPÍTULO I de sinais de alarme e de videovigilância;
b) «Central de receção e monitorização de alarmes» a
Disposições gerais instalação física que integra os equipamentos e sistemas
necessários à monitorização de sinais de alarme e de video-
SECÇÃO I vigilância, operada por pessoal de vigilância, vinculado a
entidade de segurança privada, que integra os componentes
Objeto, âmbito e definições e equipamentos associados à receção, gestão, validação e
conservação de sinais de alarme;
Artigo 1.º c) «Entidade consultora de segurança» toda a entidade
Objeto e âmbito privada, pessoa singular ou coletiva, devidamente auto-
rizada, que preste serviços a terceiros de elaboração de
1 — A presente lei estabelece o regime do exercício estudos de segurança ou de planos de segurança e demais
da atividade de segurança privada e da organização de atividades previstas na alínea g) do n.º 1 do artigo 3.º, nelas
serviços de autoproteção. se incluindo a execução de auditorias de segurança;
3392 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

d) «Entidade formadora» toda a entidade pública ou pri- serviços aos moradores ausentes, nomeadamente receber
vada, pessoa singular ou coletiva, devidamente autorizada, encomendas e mercadorias, em informar gestores e pro-
dotada de recursos e capacidade técnica e organizativa para prietários de edifícios sobre a necessidade de executar
desenvolver processos associados à formação de pessoal obras de reparação, em zelar pela manutenção de edifícios,
de segurança privada; verificando, nomeadamente, o funcionamento de luzes, ar
e) «Estudo e conceção» o conjunto de avaliações e aná- condicionado, aquecimento e águas, e em vigiar edifícios,
lises prévios à instalação dos sistemas de segurança; para prevenir e manter a sua segurança contra incêndios,
f) «Estudos de segurança» a prestação de serviços de desastres, inundações, cuja atividade seja regulada pelas
consultadoria e ou de conceção de procedimentos e me- câmaras municipais, sendo-lhes vedadas as atividades pre-
didas a adotar, em meios humanos e técnicos, com vista vistas no artigo 18.º;
à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática de o) «Proteção pessoal» a atividade de segurança privada
crimes; de acompanhamento de pessoas, efetuada por vigilante
g) «Fiscal de exploração de transportes públicos» o de proteção e acompanhamento pessoal, para sua defesa
trabalhador devidamente habilitado e ajuramentado que, e proteção.
por conta da entidade pública ou da entidade exploradora
de uma concessão de transportes públicos, verifica a posse Artigo 3.º
e validade dos títulos de transporte, podendo identificar o Serviços de segurança privada e de autoproteção
utente e proceder à respetiva autuação, em caso de fraude
ou falta de título de transporte; 1 — Os serviços de segurança privada referidos na
h) «Material e equipamento de segurança» quaisquer alínea a) do n.º 4 do artigo 1.º compreendem:
sistemas ou dispositivos de segurança e proteção, elétri-
a) A vigilância de imóveis e o controlo de entrada, pre-
cos e ou eletrónicos, destinados a detetar e a sinalizar a
sença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada
presença, entrada ou tentativa de entrada de um intruso em
de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos
edifícios ou instalações protegidas, a prevenir a entrada
ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de
de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos
edifícios ou outros locais, públicos ou privados, de acesso
ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior
vedado ou condicionado ao público, ou ainda a vigilância
de edifícios ou locais de acesso vedado ou condicionado
de bens móveis em espaço delimitado fisicamente;
ao público, bem como a controlar o acesso de pessoas
b) A proteção pessoal, sem prejuízo das competências
não autorizadas, a detetar a prática de furtos e a capturar, exclusivas atribuídas às forças de segurança;
registar e visualizar imagens de espaço protegido; c) A monitorização de sinais de alarme:
i) «Monitorização de alarmes» todos os atos e procedi-
mentos relacionados com a receção de sinais de alarme, i) Através da gestão de centrais de receção e monitori-
bem como a resposta e reposição de alarmes; zação de alarmes;
j) «Pessoal de segurança privada» o trabalhador, devida- ii) Através da prestação de serviços de monitorização
mente habilitado e autorizado a exercer as funções previstas em centrais de controlo;
para o pessoal de vigilância, coordenador de segurança e iii) Através da prestação de serviços de resposta a alar-
diretor de segurança nos termos da presente lei; mes cuja realização não seja da competência das forças e
k) «Pessoal de vigilância» o trabalhador, devidamente serviços de segurança.
habilitado e autorizado a exercer as funções previstas na
presente lei, vinculado por contrato de trabalho a entidades d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribuição
titulares de alvará ou licença; de fundos e valores e demais objetos que pelo seu valor
l) «Planos de segurança» o conjunto de medidas de económico possam requerer proteção especial e tal seja
autoproteção (organização e procedimentos), com vista requerido, sem prejuízo das atividades próprias das insti-
à proteção de pessoas e bens e à prevenção da prática de tuições financeiras reguladas por lei especial;
crimes, enquadradas no âmbito da atividade de segurança e) O rastreio, inspeção e filtragem de bagagens e cargas
privada; e o controlo de passageiros no acesso a zonas restritas de
m) «Porteiro de hotelaria» todo o trabalhador cujas segurança nos portos e aeroportos, bem como a prevenção
funções consistam em controlar o movimento de entrada da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte
e saída de hóspedes, em entregar e restituir chaves de proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência nos
quartos, em orientar a receção de bagagem e correio e as- aeroportos, nos portos e no interior de aeronaves e navios,
segurar a sua distribuição, em efetuar o registo do serviço sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às
de despertar e de objetos perdidos, em receber e transmitir forças e serviços de segurança;
comunicações telefónicas e mensagens e prestar informa- f) (Revogada.)
ções, em efetuar ou orientar rondas nos andares e outras g) A elaboração de estudos e planos de segurança e
dependências, verificando, nomeadamente, o funciona- de projetos de organização e montagem de serviços de
mento de luzes, ar condicionado, aquecimento e águas, segurança privada previstos na presente lei.
e em elaborar estatísticas e relatos sobre reclamações de
clientes, transmitindo-as aos serviços competentes; 2 — As empresas de segurança privada podem, sob a
n) «Porteiro de prédio urbano destinado a habitação ou supervisão da entidade pública competente ou da entidade
a escritórios» todo o trabalhador cujas funções consistam titular de uma concessão de transporte público, prestar
em controlar o movimento de entrada e saída de residentes serviços de fiscalização de títulos de transporte, nos termos
e visitantes, em prestar informações, em supervisionar ou da Lei n.º 28/2006, de 4 de julho, na sua redação atual.
participar na limpeza, reparação e manutenção do interior 3 — A prestação de serviços referidos no n.º 1, bem
de edifícios, em cuidar de caldeiras e outros equipamentos como os requisitos mínimos das instalações e meios ma-
de aquecimento central de edifícios, em fornecer pequenos teriais e humanos das entidades de segurança privada
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3393

adequados ao exercício da atividade, são regulados por SECÇÃO II


portaria do membro do Governo responsável pela área da
Proibições e regras de conduta
administração interna.
4 — Excluem-se do âmbito previsto na alínea g) do
n.º 1 os serviços que: Artigo 5.º
Proibições
a) Sejam fornecidos por autoridades ou entidades públi-
cas visando a prevenção criminal e a segurança de pessoas 1 — É proibido no exercício da atividade de segurança
e bens; privada e de autoproteção:
b) Sejam prestados por entidades singulares ou coletivas
relativamente a estudos e projetos visando outros riscos a) A prática de atividades que tenham por objeto a
que não a prevenção da prática de crimes; prossecução de objetivos ou o desempenho de funções
c) Sejam prestados por entidades singulares ou coletivas correspondentes a competências exclusivas das autoridades
visando a segurança de sistemas de informação e dos dados judiciárias ou policiais;
armazenados por esses sistemas. b) Ameaçar, inibir ou restringir o exercício de direitos,
liberdades e garantias ou outros direitos fundamentais, sem
5 — A organização, em proveito próprio, de serviços prejuízo do estabelecido nos n.os 1 e 2 do artigo 19.º;
de autoproteção compreende os serviços previstos nas c) A proteção de bens, serviços ou pessoas envolvidas
alíneas a) a e) do n.º 1. em atividades ilícitas.

Artigo 4.º 2 — As entidades e o pessoal de segurança privada, no


Exercício da atividade de segurança privada e de autoproteção
exercício das suas funções, não podem interferir ou intervir
em manifestações e reuniões públicas, nem em conflitos
1 — O exercício da atividade de segurança privada ou a de natureza política, sindical ou laboral.
organização, em proveito próprio, de serviços de autopro- 3 — As empresas de segurança privada exercem em
teção carece de título, concedido pelo membro do Governo regime de exclusividade a atividade de segurança privada,
responsável pela área da administração interna, que pode a qual não pode ser acumulada com quaisquer outras ati-
revestir a natureza de alvará, licença ou autorização. vidades, independentemente do regime jurídico aplicável
2 — A atividade de segurança privada pode ser exercida: às mesmas.
a) Por empresas de segurança privada; 4 — É ainda proibido a qualquer pessoa, coletiva ou
b) (Revogada.) singular:
c) Por entidades consultoras de segurança;
a) Instalar e utilizar sistemas de segurança suscetíveis de
d) Por entidades formadoras no âmbito da segurança
fazer perigar a vida ou a integridade física das pessoas;
privada.
b) Treinar ou instruir outrem, por qualquer meio, sobre
3 — A atividade prevista na alínea a) do número an- métodos e técnicas de âmbito militar ou policial, indepen-
terior apenas pode ser exercida por pessoa coletiva, de dentemente da denominação adotada;
direito privado, devidamente autorizada, cujo objeto social c) Instalar sistemas de alarme suscetíveis de desenca-
consista exclusivamente na prestação de serviços de se- dear uma chamada telefónica automática para o número
gurança privada e que, independentemente da designação nacional de emergência ou para as forças de segurança,
que adote, exerça uma atividade de prestação de serviços com mensagem de voz previamente gravada.
a terceiros de um ou mais dos serviços previstos nos n.os 1
e 2 do artigo 3.º Artigo 5.º-A
4 — Qualquer pessoa coletiva, pública ou privada, pode Práticas comerciais desleais
organizar, quando devidamente habilitada com a respetiva
licença, em proveito próprio, serviços de autoproteção, com 1 — São proibidas as práticas comerciais desleais na
recurso exclusivo a trabalhadores vinculados por contrato prestação de serviços de segurança privada.
de trabalho, nos termos da presente lei. 2 — Para efeitos do número anterior consideram-se
5 — Os serviços de autoproteção previstos no número práticas comerciais desleais:
anterior podem ser complementados com recurso à presta-
ção de serviços de entidades titulares de alvará adequado a) A contratação com serviços não declarados;
ao efeito. b) A contratação com prejuízo;
c) A contratação para serviços relativamente aos quais
Artigo 4.º-A não se disponha de pessoal devidamente formado e ha-
bilitado.
Registo prévio
1 — As entidades que procedam ao estudo e conceção, Artigo 6.º
instalação, manutenção ou assistência técnica de material Segredo profissional
e equipamento de segurança ou de centrais de alarme são
obrigadas a registo prévio na Direção Nacional da Polícia 1 — As entidades e o pessoal de segurança privada
de Segurança Pública. ficam obrigados a segredo profissional.
2 — Os requisitos e o procedimento de registo a que 2 — A quebra do segredo profissional apenas pode ser
se refere o número anterior são definidos por portaria do determinada nos termos da legislação penal e processual
membro do Governo responsável pela área da adminis- civil e penal, bem como nos casos expressamente previstos
tração interna. na presente lei.
3394 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Artigo 6.º-A Artigo 8.º


Regras de conduta Obrigatoriedade de adoção de medidas e sistemas de segurança
No exercício da atividade de segurança privada, o pes- 1 — As instituições de crédito e as sociedades finan-
soal de vigilância deve: ceiras são obrigadas a adotar um sistema e medidas de
a) Respeitar os direitos fundamentais e demais direitos segurança específicas que incluam:
dos cidadãos; a) Um departamento central de segurança, na direta
b) Manter uma conduta íntegra e de acordo com os dependência do órgão executivo, sendo o respetivo di-
princípios legais; retor, habilitado com a formação específica de diretor de
c) Manter uma atitude discreta e resiliente; segurança, o responsável pela identificação, desenvolvi-
d) Não manter ligações com atividades ilícitas; mento, implementação e gestão da estratégia e programa
e) Não constituir fator de perturbação para a ordem de segurança da instituição ou sociedade;
pública; b) A instalação de um sistema de videovigilância;
f) Prestar assistência às pessoas em perigo. c) A instalação de dispositivos de segurança e proteção;
d) Uma central de controlo, recetora de sinais de alarme
e de videovigilância, própria ou através de empresa de
CAPÍTULO II
segurança privada habilitada com o alvará previsto na
Medidas de segurança alínea c) do n.º 2 do artigo 14.º, desde que assegurado o
contacto com as forças de segurança;
Artigo 7.º e) A obrigatoriedade de recurso à autoridade pública ou
a entidades autorizadas a prestar os serviços de segurança
Medidas de segurança
privada previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, quando
1 — As empresas ou entidades industriais, comerciais o valor em causa seja superior a 25 000 €.
ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte de
moedas, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou obras de 2 — As entidades gestoras de conjuntos comerciais com
arte de valor superior a 15 000 € são obrigadas a recorrer uma área bruta locável igual ou superior a 20.000 m2, com
à autoridade pública ou a entidades autorizadas a prestar exceção de formatos especializados designados «retail
serviços de segurança privada previstos na alínea d) do park», e de grandes superfícies de comércio, que dispo-
n.º 1 do artigo 3.º nham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada
2 — As entidades cujas características ou serviços pres- igual ou superior a 30.000 m2, excluídas as superfícies
tados possam ser considerados de risco para a segurança e comerciais com uma área útil de venda inferior a 2.000 m2,
ordem pública podem ser obrigadas a adotar medidas de são obrigadas a adotar um sistema de segurança que inclua:
segurança, por período limitado no tempo não superior a
180 dias, estabelecidos em despacho do membro do Go- a) Um responsável pela segurança, habilitado com a
verno responsável pela área da administração interna. formação específica de diretor de segurança, que é o res-
3 — Para efeitos do disposto no número anterior, o ponsável pela identificação, desenvolvimento, implemen-
nível de risco é determinado em função de uma avaliação tação e gestão da estratégia e programa de segurança da
de ameaça realizada pelas forças de segurança tendo por entidade;
base os fenómenos criminógenos que afetam determinada b) A instalação de um sistema de videovigilância;
tipologia de atividade ou local. c) A instalação de dispositivos de segurança e proteção;
4 — Os contratos de empreitada e de aquisição de bens d) Uma central de controlo, recetora de sinais de alarme
ou serviços celebrados por organismos públicos responsá- e de videovigilância, própria ou através de empresa de
veis pela gestão de instalações classificadas como infraes- segurança privada habilitada com o alvará previsto na
truturas críticas ou pontos sensíveis, pelo Banco de Portugal alínea c) do n.º 2 do artigo 14.º
e pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S. A., devem ser
acompanhados de medidas especiais de segurança quando 3 — Sem prejuízo do disposto em legislação especial,
ocorra qualquer das seguintes circunstâncias: os estabelecimentos onde se proceda à exibição, compra
e venda de metais preciosos e obras de arte são obriga-
a) Envolvam o acesso ou a intervenção em áreas de dos a adotar um sistema e medidas de segurança, que no
segurança; mínimo inclua:
b) Sejam relativos à produção, cunhagem e emissão de
notas e moedas; a) A instalação de um sistema de videovigilância;
c) Sejam relativos a material e equipamentos de se- b) A instalação de dispositivos de segurança e proteção.
gurança, à instalação e manutenção de dispositivos de
videovigilância e de sistemas de segurança e proteção. 4 — A obrigação prevista no número anterior é extensí-
vel a farmácias e postos de abastecimento de combustível.
5 — Sem prejuízo do cumprimento das obrigações de 5 — A central de controlo prevista nos n.os 1 e 2 pode ser
publicitação legalmente aplicáveis ou para efeitos de inspe- simultaneamente o posto de segurança previsto no regime
ção, deve ser assegurado sigilo quanto aos elementos téc- jurídico de segurança contra incêndios em edifícios, desde
nicos previstos nos contratos referidos no número anterior. que cumpridos os requisitos técnicos nele previstos.
6 — Sempre que possível, os procedimentos relativos 6 — A instalação e utilização de sistemas de videovigi-
aos contratos referidos no n.º 4 devem ser autonomizados lância rege-se pelos princípios da proporcionalidade e da
daqueles que não exijam especiais medidas de segurança. adequação, podendo ser dispensada a sua instalação por
7 — (Revogado.) despacho do membro do Governo responsável pela área
8 — (Revogado.) da administração interna, tendo em conta as circunstâncias
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3395

concretas do local a vigiar e a existência de outras medidas 4 — As medidas de segurança previstas no n.º 2 podem
de segurança adequadas. ser parcialmente dispensadas por despacho do membro do
7 — Os requisitos técnicos mínimos dos sistemas pre- Governo responsável pela área da administração interna,
vistos nos n.os 1 a 4 são definidos por portaria do mem- tendo em conta as circunstâncias concretas do local e a
bro do Governo responsável para área da administração existência de outras medidas de segurança adequadas.
interna.
8 — As obras de adaptação que seja necessário efetuar Artigo 11.º
nos estabelecimentos, com vista à adoção das medidas de
Instalação de dispositivos de alarme com sirene
segurança, são comunicadas ao proprietário do espaço, o
qual não pode opor-se à sua realização, salvo quando as 1 — A instalação de dispositivos de alarme em imóvel
mesmas se mostrem suscetíveis de provocar riscos estru- que possua sirene audível do exterior ou botão de pânico
turais ou de estabilidade no edifício. está sujeita a comunicação e registo na autoridade policial
da área, no prazo de cinco dias úteis posteriores à sua
Artigo 9.º montagem.
Espetáculos e divertimentos públicos e locais de diversão 2 — A comunicação a que se refere o número anterior é
efetuada pelo utilizador do dispositivo e contém o nome, a
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 7.º, os morada e o contacto das pessoas ou serviços que, perma-
estabelecimentos de restauração e de bebidas que dispo- nentemente ou por escala, podem em qualquer momento
nham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde ha- desligar o aparelho que tenha sido acionado.
bitualmente se dance são obrigados a dispor de um sistema 3 — Quando o alarme possua sirene audível do exterior,
de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade, o utilizador do alarme assegura que o próprio ou as pessoas
nos termos e condições fixados em legislação própria. ou serviços referidos no número anterior, no prazo de duas
2 — A realização de espetáculos desportivos em recintos horas, contadas a partir da comunicação da autoridade
desportivos depende, nos termos e condições fixados por policial competente, comparecem no local e procedem à
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas reposição do alarme.
da administração interna e do desporto, do cumprimento 4 — Considera-se utilizador do alarme quem tenha a
da obrigação de dispor de um sistema de segurança que posse do espaço protegido, dele usufruindo, independen-
inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto temente do título ou contrato estabelecido.
desportivo e demais medidas de segurança previstas na 5 — Os requisitos técnicos, as condições de funcio-
presente lei e em legislação especial. namento dos equipamentos descritos no n.º 1 e o modelo
3 — A realização de espetáculos e divertimentos em re- de comunicação a que se refere o n.º 2 são aprovados por
cintos autorizados depende, nos termos e condições fixados portaria do membro do Governo responsável pela área da
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas administração interna.
áreas da administração interna e da cultura, do cumpri-
mento da obrigação de dispor de um sistema de segurança
que inclua coordenador de segurança, assistentes de recinto CAPÍTULO III
de espetáculos e demais meios de vigilância previstos na
presente lei e em legislação especial. Entidades e serviços de segurança privada
4 — O disposto no número anterior não é aplicável:
a) A espetáculos de representação artística de canto, SECÇÃO I
dança e música realizada em recinto dotado de lugares Tipos de entidades
permanentes e reservados aos espetadores, nem a espetácu-
los de representação artística de teatro, literatura, cinema, Artigo 12.º
tauromaquia e circo;
b) A recintos de diversão e recintos destinados a espe- (Revogado.)
táculos de natureza não artística;
c) A recintos de espetáculos não delimitados fisica- Artigo 13.º
mente. (Revogado.)
Artigo 10.º
SECÇÃO II
Instalação de equipamentos dispensadores de notas de euro
Tipos de alvarás, licenças e autorizações
1 — A instalação de equipamentos dispensadores de
notas de euro (ATM) está sujeita a avaliação prévia das Artigo 14.º
condições de segurança do local de instalação e ao cum-
primento dos requisitos técnicos e medidas de segurança Tipos de alvarás
previstas na presente lei, visando a proteção de pessoas e 1 — A autorização para a prestação de serviços de se-
bens e a prevenção da prática de crimes. gurança privada é titulada por alvará.
2 — Os requisitos técnicos, as medidas de segurança e 2 — De acordo com a classificação dos serviços pres-
os procedimentos de avaliação são definidos por portaria tados e os fins a que se destinam, o exercício da atividade
do membro do Governo responsável pela área da admi- de segurança privada compreende os seguintes tipos de
nistração interna. alvarás:
3 — As regras de conduta e segurança em operações
de manutenção são definidas por despacho do membro do a) Alvará A, que autoriza a prestação dos serviços pre-
Governo responsável pela área da administração interna. vistos nas alíneas a), e) e g) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º;
3396 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

b) Alvará B, que autoriza a prestação dos serviços pre- CAPÍTULO IV


vistos nas alíneas b) e g) do n.º 1 do artigo 3.º;
Pessoal e meios de segurança privada
c) Alvará C, que autoriza a prestação dos serviços pre-
vistos nas alíneas c) e g) do n.º 1 do artigo 3.º;
d) Alvará D, que autoriza a prestação dos serviços pre- SECÇÃO I
vistos nas alíneas d) e g) do n.º 1 do artigo 3.º Pessoal de segurança privada

3 — O alvará a que se refere a alínea a) do número an- Artigo 17.º


terior autoriza as empresas de segurança a prestar serviços Pessoal de vigilância
de coordenação de segurança aos promotores de evento
desportivos ou de espetáculos, nos termos previstos nos 1 — O pessoal de vigilância exerce a profissão de segu-
n.os 2 e 3 do artigo 9.º rança privado regulada nos termos da presente lei.
2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4
4 — O alvará a que se refere a alínea c) do n.º 2 au- de março, na sua redação atual, a profissão de segurança
toriza a empresa de segurança privada ao exercício das privado é uma profissão regulamentada, sujeita à obten-
atividades de comércio, instalação, manutenção e assis- ção de título profissional e ao cumprimento dos demais
tência técnica de sistemas de segurança eletrónica de requisitos previstos no artigo 22.º
pessoas e bens, designadamente deteção de intrusão e 3 — A profissão de segurança privado compreende as
roubo, controlo de acessos, videovigilância, centrais de seguintes especialidades:
receção de alarme e ou outros sistemas, devendo para o a) Vigilante;
efeito cumprir com os requisitos definidos nos termos do b) Segurança-porteiro;
n.º 2 do artigo 4.º-A. c) Vigilante de proteção e acompanhamento pessoal;
5 — O disposto no número anterior é extensível a equi- d) Assistente de recinto desportivo;
pamentos de extinção automática de incêndios, visando a e) Assistente de recinto de espetáculos;
integração de sistemas, sem prejuízo do cumprimento dos f) Assistente de portos e aeroportos;
requisitos previstos em legislação especial. g) Vigilante de transporte de valores;
h) Fiscal de exploração de transportes públicos;
Artigo 15.º i) Operador de central de alarmes.
Tipo de licenças 4 — Para efeitos do disposto na presente lei, a função
1 — A autorização para a organização de serviços in- do operador de valores é equiparada a pessoal de vigilân-
cia, devendo preencher permanente e cumulativamente
ternos de autoproteção é titulada por licença.
os requisitos previstos nas alíneas a) a d), f) e g) do n.º 1
2 — De acordo com a classificação dos serviços au- do artigo 22.º
torizados e os fins a que se destinam, a organização em 5 — Sem prejuízo do disposto em legislação especial,
proveito próprio de serviços de autoproteção compreende os grupos profissionais ou profissões que exerçam ou
os seguintes tipos de licenças: compreendam as funções equivalentes às especialidades
previstas no n.º 3, independentemente da sua designação ou
a) Licença A, que autoriza a organização dos serviços
categoria prevista em contrato coletivo de trabalho, ficam
previstos nas alíneas a) e e) do n.º 1 do artigo 3.º; sujeitos ao regime estabelecido pela presente lei.
b) Licença B, que autoriza a organização dos serviços
previstos na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º; Artigo 18.º
c) Licença C, que autoriza a organização dos serviços
Funções da profissão de segurança privado
previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º;
d) Licença D, que autoriza a organização dos serviços 1 — O pessoal de vigilância apenas pode exercer as
previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º funções previstas para as especialidades a que se encontra
habilitado com cartão profissional.
Artigo 16.º 2 — O vigilante exerce exclusivamente as seguintes
funções:
Autorização de entidades formadoras e consultoras de segurança
a) Vigiar e proteger pessoas e bens em locais de acesso
1 — A atividade de formação profissional do pessoal vedado ou condicionado ao público, bem como prevenir
de segurança privada só pode ser exercida por entidades a prática de crimes;
formadoras mediante autorização do membro do Governo b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas
responsável pela área da administração interna, após veri- e bens em locais de acesso vedado ou condicionado ao
ficação do cumprimento dos requisitos previstos na pre- público;
sente lei. c) Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da
sua proteção;
2 — A atividade de entidade consultora de segurança
d) Executar serviços de resposta e intervenção relativa-
privada, para a prestação dos serviços previstos na alínea g) mente a alarmes que se produzam em centrais de receção
do n.º 1 do artigo 3.º só pode ser exercida mediante auto- e monitorização de alarmes;
rização do membro do Governo responsável pela área da e) Realizar revistas pessoais de prevenção e segurança,
administração interna, após verificação do cumprimento quando autorizadas expressamente por despacho do mem-
dos requisitos previstos na presente lei. bro do Governo responsável pela área da administração
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3397

interna, em locais de acesso vedado ou condicionado ao e) Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de


púbico, sujeitos a medidas de segurança reforçada. incidentes, procedendo à sua imediata comunicação às
forças de segurança;
3 — O segurança-porteiro exerce exclusivamente as f) Orientar os espetadores em todas as situações de
seguintes funções: emergência, especialmente as que impliquem a evacuação
do recinto;
a) Vigiar e proteger pessoas e bens em estabelecimentos
de restauração ou bebidas com espaço de dança ou onde g) Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente
habitualmente se dance; a cada espetáculo, em conformidade com as normas e
b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas regulamentos de segurança.
dos estabelecimentos previstos na alínea anterior, com re-
curso aos meios previstos em legislação especial, visando 7 — O assistente de portos e aeroportos, no quadro de
detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias segurança da aviação civil ou da proteção marítima, exerce
proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência; exclusivamente as seguintes funções:
c) Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da a) Controlo de acessos de pessoas, veículos, aeronaves
sua proteção; e embarcações marítimas;
d) Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos b) Rastreio de passageiros, tripulantes e pessoal de terra;
espaços em situações de emergência, nomeadamente as c) Rastreio de objetos transportados e veículos;
que impliquem a evacuação do estabelecimento. d) Rastreio de bagagem de cabine e de porão;
e) Rastreio de carga, correio e encomendas expresso;
4 — O vigilante de proteção e acompanhamento pessoal f) Rastreio de correio postal;
exerce exclusivamente as funções de proteção pessoal. g) Rastreio de correio postal e material das transporta-
5 — O assistente de recinto desportivo exerce exclusi- doras aéreas ou marítimas;
vamente as seguintes funções: h) Rastreio de provisões e outros fornecimentos de res-
a) Vigiar o recinto desportivo e anéis de segurança, tauração das transportadoras aéreas ou marítimas;
cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de utilização i) Rastreio de produtos e outros fornecimentos de lim-
do recinto; peza das transportadoras aéreas ou marítimas.
b) Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a
introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis 8 — O vigilante de transporte de valores exerce exclusi-
de possibilitar atos de violência; vamente funções de manuseamento, transporte e segurança
c) Controlar os títulos de ingresso e o bom funciona- de notas, moedas, títulos e outros valores e conduz veículos
mento dos equipamentos destinados a esse fim; de transporte de valores.
d) Vigiar e acompanhar os espetadores nos diferentes se- 9 — O fiscal de exploração de transportes exerce ex-
tores do recinto, bem como prestar informações referentes clusivamente funções de verificação da posse e validade
à organização, infraestruturas e saídas de emergência; dos títulos de transporte, por conta da entidade pública ou
e) Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de da entidade exploradora de uma concessão de transportes
incidentes, procedendo à sua imediata comunicação às públicos.
forças de segurança; 10 — O operador de central de alarmes desempenha
f) Orientar os espetadores em todas as situações de especificamente as funções de operação de centrais de
emergência, especialmente as que impliquem a evacuação receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigi-
do recinto; lância, efetuando o tratamento de alarmes, nomeadamente
g) (Revogada.) solicitando a intervenção das entidades adequadas em
h) Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente função do tipo de alarme.
a cada espetáculo desportivo, em conformidade com as 11 — O vigilante está habilitado a exercer as funções
normas e regulamentos de segurança; correspondentes à especialidade de operador de central
i) Impedir que os espetadores circulem, dentro do re- de alarmes.
cinto, de um setor para outro;
j) Evitar que, durante a realização do jogo, os espeta- Artigo 19.º
dores se concentrem nas vias de acesso ou de emergência, Revistas pessoais de prevenção e segurança
impedindo o acesso ou obstruindo as mesmas.
1 — Os assistentes de recinto desportivo, no controlo de
6 — O assistente de recinto de espetáculos exerce ex- acesso aos recintos desportivos, bem como os assistentes de
clusivamente as seguintes funções: portos e aeroportos, no controlo de acesso a zonas restritas
de segurança de instalações portuárias e aeroportuárias,
a) Vigiar o recinto de espetáculos e anéis de segurança, podem efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança
cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de utilização com o estrito objetivo de impedir a entrada de objetos e
do recinto; substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar
b) Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a atos de violência.
introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o
de possibilitar atos de violência; pessoal de vigilância pode:
c) Controlar os títulos de ingresso e o bom funciona-
mento dos equipamentos destinados a esse fim; a) Recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e
d) Vigiar e acompanhar os espetadores durante os es- de explosivos ou operar outros equipamentos de revista
petáculos, bem como prestar informações referentes à não intrusivos com a mesma finalidade, previamente au-
organização, infraestruturas e saídas de emergência; torizados;
3398 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

b) Realizar revistas intrusivas por palpação e vistorias título profissional e ao cumprimento dos demais requisitos
dos bens transportados pelos visados, estando, neste caso, previstos no artigo 22.º da presente lei.
obrigatoriamente sob a supervisão das forças de segurança 3 — Ao diretor de segurança e ao responsável pelo
territorialmente competentes. serviço de autoproteção compete, em geral:
3 — Os assistentes de outros recintos de espetáculos a) Planear, coordenar e controlar a execução dos servi-
podem, igualmente, efetuar revistas pessoais de prevenção ços de segurança privada;
e segurança por recurso a equipamentos não intrusivos, b) Gerir os recursos relacionados com a segurança pri-
previstos na alínea a) do número anterior. vada que lhe estejam atribuídos;
4 — Por um período delimitado no tempo, e mediante c) Organizar, dirigir e inspecionar o pessoal de segu-
despacho do membro do Governo responsável pela área rança privada e promover a formação e atualização pro-
da administração interna, podem ser autorizadas revistas fissional do referido pessoal;
pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso d) Assegurar o contacto com as forças e serviços de
vedado ou condicionado ao público, que justifiquem pro- segurança;
teção reforçada, nos termos do n.º 2. e) Zelar pelo cumprimento das normas aplicáveis ao
5 — A revista por palpação apenas pode ser realizada
exercício da atividade de segurança privada;
por pessoal de vigilância do mesmo sexo que a pessoa
controlada. f) Realizar análises de risco, auditorias, inspeções e pla-
6 — A supervisão das forças de segurança, prevista na nos de segurança, bem como assessorar os corpos gerentes
alínea b) do n.º 2, a requerer pela entidade responsável pela das entidades de segurança privada.
gestão do espaço ou do evento, deve atender ao número
de seguranças privados a realizar revistas, ao número de 4 — As funções de diretor de segurança e de responsá-
pessoas a ela sujeitos e a outros fatores e circunstâncias vel pelo serviço de autoproteção devem ser exercidas em
que contribuam para a avaliação de risco. exclusivo numa única entidade titular de alvará ou licença,
7 — A entidade autorizada a realizar revistas pessoais não sendo acumulável com os cargos de administrador ou
de prevenção e segurança nos termos do n.º 3 promove a gerente de qualquer empresa de segurança privada prevista
afixação da autorização concedida, em local visível, junto na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
dos locais de controlo de acesso. 5 — As condições para o exercício da função do diretor
8 — A recusa à submissão a revista, realizada nos ter- de segurança e de responsável pelo serviço de autoproteção
mos da presente lei, pode determinar a impossibilidade de são fixadas por portaria do membro do Governo respon-
entrada no local controlado.
sável pela área da administração interna.
Artigo 19.º-A 6 — (Revogado.)

Controlo de segurança Artigo 20.º-A


1 — O controlo de segurança à saída de um local, me- Coordenador de segurança
diante recurso a meios técnicos adequados, com respeito
pelos princípios da adequação e da proporcionalidade, deve 1 — A profissão de coordenador de segurança é regulada
preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: nos termos da presente lei.
2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de
a) Ser realizado em locais em que se desenvolvam ati-
março, na sua redação atual, a profissão de coordenador
vidades que, pela sua própria natureza, constituam um
risco para a segurança; de segurança é uma profissão regulamentada, sujeita à ob-
b) Ser destinado à prevenção de subtração de bens do tenção de título profissional e ao cumprimento dos demais
local de trabalho, ou de bens que estejam particularmente requisitos previstos no artigo 22.º
acessíveis a terceiros; 3 — O coordenador de segurança é o responsável ope-
c) Sejam privilegiados os meios que não impliquem o racional pelo enquadramento e orientação do serviço de
contacto físico com a pessoa visada pelo controlo realizado; segurança privada nos recintos desportivos e nos recintos
d) Existência de avisos, à entrada e saída do local, da de espetáculos e divertimentos.
possibilidade da sua ocorrência.
Artigo 21.º
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
Contrato de trabalho
controlo à saída dos locais de trabalho deve ser realizado
em conformidade com as condições relativas à informação 1 — Os contratos de trabalho do pessoal de vigilância,
e consentimento previstos em convenção coletiva de tra- do coordenador de segurança e do diretor de segurança
balho ou, quando não seja aplicável, o trabalhador tenha revestem a forma escrita, devendo expressamente men-
prestado o seu consentimento individual. cionar a especificidade de cada função.
2 — O contrato de trabalho deve ser celebrado entre o
Artigo 20.º
pessoal de segurança privada e a entidade habilitada ao
Diretor de segurança e responsável de autoproteção exercício da atividade de segurança privada.
1 — A profissão de diretor de segurança é regulada nos 3 — Os contratos de trabalho de muito curta duração a
termos da presente lei. que se refere o Código do Trabalho não são admissíveis
2 — Para efeitos do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de para efeitos do exercício da atividade de segurança privada,
março, na sua redação atual, a profissão de diretor de segu- salvo as situações previstas nas alíneas a) a g) do n.º 2 do
rança é uma profissão regulamentada, sujeita à obtenção de artigo 140.º do mesmo Código.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3399

Artigo 22.º 5 — A PSP pode, a todo o tempo e com caráter subsi-


Requisitos e incompatibilidades para o exercício
diário, proceder à verificação da idoneidade dos adminis-
da atividade de segurança privada tradores, gerentes ou outros funcionários com funções de
direção, supervisão e chefia das sociedades de segurança
1 — Os administradores, gerentes e todos os funcio- privada, do pessoal de segurança privada, do responsável
nários com funções de direção, supervisão e chefia de pelos serviços de autoproteção, dos formadores, gestores
sociedades que exerçam a atividade de segurança privada de formação e coordenadores pedagógicos de entidades
devem preencher, permanente e cumulativamente, os se- formadoras.
guintes requisitos: 6 — Para efeitos do disposto no número anterior, é sus-
a) Ser cidadão português, de um Estado-Membro da cetível de indiciar falta de idoneidade o facto de, entre
União Europeia, de um Estado parte do Acordo sobre o outras razões devidamente fundamentadas, o visado ter
Espaço Económico Europeu ou, em condições de recipro- sido condenado, com sentença transitada em julgado, pela
cidade, de um Estado de língua oficial portuguesa; prática de crimes dolosos não compreendidos na alínea d)
b) Possuir a escolaridade obrigatória; do n.º 1 e que revelem, no seu conjunto, a inaptidão para
c) Possuir plena capacidade civil; o exercício da função.
d) Não ter sido condenado por sentença transitada em 7 — São requisitos específicos de admissão e perma-
julgado pela prática de crime doloso contra a vida, contra a nência na profissão de segurança privado:
integridade física, contra a reserva da vida privada, contra a) Possuir as condições mínimas de aptidão física, men-
o património, contra a vida em sociedade, designadamente tal e psicológica exigidas para o exercício das suas funções
o crime de falsificação, contra a segurança das telecomu- que constam dos anexos I e II da presente lei, da qual fazem
nicações, contra a ordem e tranquilidade públicas, contra parte integrante;
a autoridade pública, designadamente os crimes de resis- b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de
tência e de desobediência à autoridade pública, por crime formação nos termos estabelecidos no artigo 25.º, ou
de detenção de arma proibida, ou por qualquer outro crime cursos idênticos ministrados e reconhecidos noutro
doloso punível como pena de prisão superior a 3 anos, sem Estado-Membro da União Europeia, ou em Estado parte
prejuízo da reabilitação judicial; do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, sem
e) Não exercer, nem ter exercido, as funções de gerente prejuízo do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março,
ou administrador de entidade autorizada para o exercício na sua redação atual.
da atividade de segurança privada condenada, por decisão
definitiva ou transitada em julgado, nos três anos prece- 8 — É requisito específico de admissão e permanência
dentes, pela prática de três contraordenações muito graves na função de diretor de segurança e de responsável pelos
previstas no Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, serviços de autoproteção a frequência, com aproveita-
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novembro, mento, de curso de conteúdo programático e duração fixa-
pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis dos em portaria do membro do Governo responsável pela
n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de no- área da Administração Interna ou de cursos equivalentes
vembro, na presente lei ou em legislação laboral ou relativa ministrados e reconhecidos noutro Estado-Membro da
à segurança social, ou pela prática de três contraordenações União Europeia.
graves previstas em legislação fiscal; 9 — É requisito específico de admissão e permanência
f) Não exercer, nem ter exercido, a qualquer título, cargo na profissão de coordenador de segurança a frequência,
ou função de fiscalização do exercício da atividade de com aproveitamento, de curso de conteúdo programático
segurança privada nos três anos precedentes; e duração fixados em portaria do membro do Governo
g) Não ter sido sancionado, por decisão transitada em responsável pela área da administração interna ou de cursos
julgado, com a pena de separação de serviço ou pena de equivalentes ministrados e reconhecidos noutro Estado-
natureza expulsiva das Forças Armadas, dos serviços que -Membro da União Europeia.
integram o Sistema de Informações da República Portu- 10 — Os nacionais de outro Estado-Membro da União
guesa ou das forças e serviços de segurança, ou com qual- Europeia legalmente habilitados e autorizados a exercer
quer outra pena que inviabilize a manutenção do vínculo a atividade de segurança privada nesse Estado podem
funcional. desempenhar essas funções em Portugal nos termos es-
tabelecidos na presente lei, desde que demonstrem que
2 — O pessoal de vigilância deve preencher, permanente foram cumpridos os seguintes requisitos:
e cumulativamente, os requisitos previstos nas alíneas a)
a d), f) e g) do número anterior. a) Para desempenhar as funções de diretor de segurança
3 — O diretor de segurança, o responsável pelos servi- e de responsável pelos serviços de autoproteção, os requi-
ços de autoproteção e o coordenador de segurança devem sitos previstos nos n.os 3 e 8;
preencher, permanente e cumulativamente, os requisitos b) Para desempenhar as funções de coordenador de
previstos nas alíneas a), c), d), f) e g) do n.º 1, bem como segurança, os requisitos previstos nos n.os 3 e 9;
ter concluído o 12.º ano de escolaridade ou equivalente. c) Para desempenhar as funções do pessoal de vigilância,
4 — Os formadores de segurança privada devem preen- os requisitos previstos nos n.os 2 e 7.
cher, permanente e cumulativamente, os requisitos previs-
tos nas alíneas c), d) e e) do n.º 1, bem como ter concluído 11 — Os nacionais de outro Estado-Membro da União
o 12.º ano de escolaridade ou equivalente, sendo que os Europeia, ou de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço
gestores de formação e os coordenadores pedagógicos Económico Europeu, devem possuir conhecimentos sufi-
das entidades formadoras devem preencher permanente e cientes de língua portuguesa para o exercício de funções
cumulativamente os requisitos previstos nas alíneas c), d) de pessoal de vigilância, diretor de segurança, coordenador
e e) do n.º 1, bem como serem titulares de curso superior. de segurança e de formador.
3400 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

Artigo 23.º Artigo 25.º


Avaliação médica e psicológica Formação profissional

1 — É vedado o acesso e permanência na profissão de 1 — A formação profissional do pessoal de segurança


segurança privado quando, na avaliação médica e psicoló- privada compreende:
gica, o avaliado não atinja as condições mínimas fixadas a) A formação inicial de qualificação;
no anexo I à presente lei. b) A formação de atualização;
2 — O pessoal de vigilância é submetido cumulativa- c) A formação complementar.
mente a avaliação médica e psicológica, só sendo consi-
derado apto após aprovação nas duas avaliações. 2 — A formação profissional deve integrar uma compo-
3 — A avaliação médica compreende a aptidão física e nente teórica e uma componente prática a desenvolver em
mental do pessoal de vigilância e é realizada por médicos contexto de formação, sem prejuízo de uma componente
de medicina do trabalho. complementar em contexto real de trabalho.
4 — A avaliação da aptidão psicológica do pessoal de 3 — Os conteúdos, a duração dos cursos, bem como as
vigilância é realizada por entidade reconhecida pela Ordem qualificações profissionais mínimas do corpo docente, são
dos Psicólogos. definidos por portaria do membro do Governo responsável
5 — Os exames psicológicos, em sede de recurso in- pela área da administração interna.
terposto por examinando considerado inapto em avaliação 4 — Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 7 do
psicológica realizada nos termos do número anterior, são artigo 22.º, apenas são reconhecidas as ações formativas
efetuados pela Direção Nacional da PSP. ministradas em locais certificados, por formadores averba-
6 — A avaliação médica necessária à análise do recurso dos e com observância dos conteúdos e duração definidos
interposto do resultado de inapto obtido em avaliação feita nos termos da portaria a que se refere o n.º 3.
por médico no exercício da sua profissão é exclusivamente 5 — Qualquer publicidade no âmbito da formação de
realizada por junta médica, constituída para o efeito na segurança privada só pode ser feita por entidade autorizada
região de saúde da área de residência do recorrente e cuja e contém obrigatoriamente a designação comercial e o
composição, atribuições e funcionamento são aprovados número da respetiva autorização.
por despacho do membro do Governo responsável pela
área da saúde. Artigo 26.º
7 — São reconhecidos os atestados e certificados equi- Reconhecimento de qualificações
valentes emitidos noutro Estado-Membro da União Eu-
ropeia. O reconhecimento, validação e verificação de quali-
8 — A avaliação médica a que se refere o n.º 2 é conside- ficações profissionais, para efeitos da presente lei e em
rada como exame de saúde para efeitos do regime jurídico conformidade com o disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de
da promoção da segurança e saúde no trabalho. março, na sua redação atual, relativamente a qualificações
profissionais adquiridas noutro Estado-Membro, compete
Artigo 24.º à Direção Nacional da PSP, nos termos definidos por por-
taria do membro do Governo responsável pela área da
Modelos e equipamentos para avaliação médica e psicológica administração interna.
1 — Os requisitos mínimos e equipamentos para ava-
liação médica e psicológica são definidos por portaria Artigo 27.º
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Cartão profissional
administração interna e da saúde.
1 — Para o exercício das suas funções, o pessoal de se-
2 — Os conteúdos do relatório de avaliação física e
gurança privada é titular de cartão profissional, emitido pela
mental e do atestado médico e os modelos e os conteúdos
Direção Nacional da PSP, válido pelo prazo de cinco anos
do relatório de avaliação psicológica e do certificado de e suscetível de renovação por iguais períodos de tempo.
avaliação psicológica, bem como os respetivos modelos, 2 — O cartão profissional é emitido, nos termos do
são aprovados por despacho conjunto do diretor nacional número anterior, a nacionais de outro Estado-Membro da
da PSP e do diretor-geral da Saúde. União Europeia que possuam os requisitos enunciados
3 — Os despachos referidos nos números anteriores no artigo 22.º ou que comprovem reunir tais requisitos,
são divulgados nos sítios na Internet da PSP e da Direção- de acordo com os controlos e verificações efetuados no
-Geral da Saúde. Estado de origem.
4 — O atestado médico e o certificado de avaliação 3 — A renovação do cartão profissional implica a fre-
psicológica são emitidos respetivamente pelo médico e quência de um curso de atualização ou de um curso equi-
pelo psicólogo e contêm a menção de «Apto» ou «Inapto», valente ministrado e reconhecido noutro Estado-Membro
consoante o caso. da União Europeia, bem como a verificação dos requisitos
5 — O pessoal de vigilância considerado inapto pode e incompatibilidades a que se refere o artigo 22.º
apresentar recurso da decisão no prazo de 30 dias após a 4 — O pessoal de vigilância que não esteja vinculado
emissão do atestado médico ou do certificado de avaliação a nenhuma entidade patronal não pode, em circunstância
psicológica. alguma, fazer uso, exibir ou identificar-se com o cartão
6 — O pessoal de vigilância considerado inapto em profissional.
junta médica ou pela Direção Nacional da PSP pode, pas- 5 — (Revogado.)
sados seis meses ou no prazo que lhe for fixado, requerer 6 — (Revogado.)
nova avaliação junto daquelas entidades. 7 — (Revogado.)
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3401

8 — O modelo de cartão profissional e os procedimentos 3 — O contacto permanente é obrigatoriamente asse-


para a sua emissão são definidos por portaria do membro do gurado por pessoal de segurança privada.
Governo responsável pela área da administração interna.
Artigo 31.º
Artigo 28.º
Sistemas de videovigilância
Uniformes, distintivos, símbolos e marcas
1 — As entidades titulares de alvará ou de licença para
1 — Os modelos de uniforme, distintivos, símbolos e o exercício dos serviços previstos nas alíneas a), c) e d)
marcas a utilizar pelas entidades ou pessoal de vigilância do n.º 1 do artigo 3.º podem utilizar sistemas de vigilância
no exercício das atividades previstas nas alíneas a), c), d) e por câmaras de vídeo para captação e gravação de imagem
e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º, bem como as respetivas com o objetivo de proteger pessoas e bens, desde que sejam
alterações, são aprovados por despacho do membro do ressalvados os direitos e interesses constitucionalmente
Governo responsável pela área da administração interna. protegidos, sendo obrigatório o seu registo na Direção
2 — Os modelos de uniformes aprovados para as enti- Nacional da PSP, nos termos definidos por portaria do
dades titulares de alvará ou licença são de uso exclusivo membro do Governo responsável pela área da adminis-
do pessoal de vigilância. tração interna.
3 — Os modelos de uniformes aprovados são parte 2 — As gravações de imagem obtidas pelos sistemas vi-
integrante do alvará ou da licença, como anexo. deovigilância são conservadas, em registo codificado, pelo
4 — Os requisitos de aprovação do modelo de uniforme, prazo de 30 dias contados desde a respetiva captação, findo
distintivos, símbolos e marcas a que se refere o n.º 1, são o qual são destruídas, no prazo máximo de 48 horas.
definidos por portaria do membro do Governo responsável 3 — Todas as pessoas que tenham acesso às gravações
pela área da administração interna. realizadas nos termos da presente lei, em razão das suas
funções, devem sobre as mesmas guardar sigilo, sob pena
Artigo 29.º
de procedimento criminal.
Elementos de uso obrigatório 4 — É proibida a cessão ou cópia das gravações obtidas
1 — O coordenador de segurança e o pessoal de vi- de acordo com a presente lei, só podendo ser utilizadas nos
gilância, quando no exercício das funções previstas nas termos da legislação processual penal.
alíneas a), c), d) e e) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º, devem 5 — Nos locais objeto de vigilância com recurso a câ-
obrigatoriamente usar: maras de vídeo é obrigatória a afixação, em local bem
visível, de informação sobre as seguintes matérias:
a) Uniforme;
b) Cartão profissional aposto visivelmente. a) (Revogada.)
b) A menção «Para sua proteção, este local é objeto de
2 — O uso de uniforme não é obrigatório para o pessoal videovigilância»;
de vigilância a exercer a especialidade de operador de c) A entidade de segurança privada autorizada a operar
central de alarmes. o sistema, pela menção do nome e alvará ou licença;
3 — O coordenador de segurança e o pessoal de vigilân- d) O responsável pelo tratamento dos dados recolhidos
cia, quando exerçam funções de coordenação, assistente de perante quem os direitos de acesso e retificação podem
recinto desportivo e assistente de recinto de espetáculos, ser exercidos.
devem obrigatoriamente usar sobreveste de identifica-
ção onde conste de forma perfeitamente visível a palavra 6 — Os avisos a que se refere o número anterior são
«Coordenador» ou «Assistente», consoante o caso, com as acompanhados de simbologia adequada, nos termos de-
características fixadas em portaria do membro do Governo finidos por portaria do membro do Governo responsável
responsável pela área da administração interna. pela área da administração interna.
4 — A entidade patronal desenvolve todos os esforços 7 — Os sistemas de videovigilância devem ter as se-
para que os seus trabalhadores cumpram integralmente os guintes caraterísticas:
requisitos previstos nos números anteriores.
a) Capacidade de acesso direto às imagens em tempo
real pelas forças e serviços de segurança, para efeitos de
SECÇÃO II ações de prevenção ou de investigação criminal, lavrando
Meios de segurança privada auto fundamentado da ocorrência;
b) Sistema de alarmística que permita alertar as forças
Artigo 30.º e serviços de segurança territorialmente competentes em
caso de iminente perturbação, risco ou ameaça à segurança
Central de contacto permanente de pessoas e bens que justifique a sua intervenção;
1 — As entidades titulares de alvará asseguram, nas c) Registo dos acessos incluindo identificação de quem a
suas instalações operacionais, a presença permanente de eles acede e garantia de inviolabilidade dos dados relativos
pessoal que garanta, através de rádio ou outro meio de à data e hora da recolha.
comunicação idóneo, o contacto, a todo o tempo, com
o pessoal de vigilância, os utilizadores dos serviços e as 8 — Para efeitos do número anterior, os requisitos téc-
forças de segurança. nicos para os sistemas de videovigilância são fixados em
2 — Para efeitos do disposto no número anterior e desde portaria do membro do Governo responsável pela área da
que possua mais de uma instalação operacional, a entidade administração interna.
titular do alvará deve indicar em qual ou quais delas fun- 9 — É proibida a gravação de som pelos sistemas refe-
ciona o contacto permanente. ridos no presente artigo, salvo se previamente autorizada
3402 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, nos termos membro do Governo responsável pela área da administração
legalmente aplicáveis. interna, ouvido o Conselho de Segurança Privada (CSP).
10 — Os sistemas de videovigilância, apenas utilizáveis 3 — As caraterísticas das viaturas utilizadas no exer-
em conformidade com os princípios da adequação e da cício da atividade de segurança privada são fixadas por
proporcionalidade, devem cumprir as demais normas legais portaria do membro do Governo responsável pela área da
relativas à recolha e tratamento de dados pessoais, desig- administração interna, não podendo ser confundíveis com
nadamente em matéria de direito de acesso, informação, as utilizadas pelas forças e serviços de segurança nem com
oposição de titulares e regime sancionatório. viaturas de emergência.
4 — Não é permitido o uso de algemas, bastões, cas-
Artigo 32.º setetes, lanternas de comprimento superior a 0,30 m e de
equídeos na prestação de serviços de segurança privada.
Porte de arma
1 — O pessoal de vigilância está sujeito ao regime ge- SECÇÃO III
ral de uso e porte de arma, podendo, neste caso, recorrer,
designadamente, às armas da classe E. Deveres
2 — Em serviço, o porte de arma só é permitido se auto-
rizado por escrito, cumulativamente, pela entidade patronal Artigo 35.º
e pela entidade contratante do serviço, podendo qualquer Dever de colaboração
das autorizações ser revogada a todo o tempo.
3 — A autorização concedida pela entidade patronal é 1 — As entidades titulares de alvará ou de licença, bem
como o respetivo pessoal, devem prestar às autoridades
anual e expressamente renovável, emitida em nome indi-
públicas toda a colaboração que lhes for solicitada.
vidual, contendo o tipo de arma e as suas especificações
2 — Em caso de intervenção das forças ou serviços
técnicas. de segurança em locais onde também atuem entidades
4 — A autorização prevista no número anterior é comu- de segurança privada, estas devem colocar os seus meios
nicada no mais curto prazo, que não pode exceder 24 horas, humanos e materiais à disposição e sob a direção do co-
à Direção Nacional da PSP. mando daqueles.
5 — As demais condições de porte de arma são definidas
por portaria do membro do Governo responsável pela área Artigo 36.º
da administração interna.
Dever de identificação
Artigo 33.º 1 — O coordenador de segurança e o pessoal de vigi-
Canídeos lância consideram-se identificados sempre que devida-
mente uniformizados e com o cartão profissional aposto
1 — As entidades titulares de alvará ou de licença só visivelmente.
podem utilizar canídeos para o acompanhamento de pes- 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
soal de vigilância devidamente habilitado pela entidade pessoal de vigilância no exercício das suas funções deve
competente. exibir prontamente o cartão profissional, sempre que tal
2 — A utilização de canídeos está sujeita ao respetivo lhe seja solicitado, no sentido de atestar a sua condição
regime geral de identificação, registo e licenciamento. profissional.
3 — Em serviço, a utilização de canídeos só é permitida
desde que autorizada por escrito pela entidade patronal, Artigo 37.º
podendo a autorização ser revogada a todo o tempo.
Deveres especiais
4 — As entidades que utilizem canídeos como meio
complementar de segurança devem possuir um seguro 1 — Constituem deveres especiais das entidades titu-
de responsabilidade civil específico de capital mínimo de lares de alvará ou de licença:
(euro) 50 000 e demais requisitos e condições fixados por a) Comunicar de imediato à autoridade judiciária ou
portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas policial competente a prática de qualquer crime de que
das finanças e da administração interna, nomeadamente tenham conhecimento no exercício das suas atividades;
franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso b) Diligenciar para que a atuação do pessoal de vigi-
e exclusões. lância privada não induza o público a confundi-lo com as
5 — As condições de utilização de canídeos e as provas forças e serviços de segurança;
de avaliação dos mesmos são definidas por portaria do c) Inscrever na plataforma informática disponibilizada
membro do Governo responsável pela área da adminis- pela Direção Nacional da PSP um registo de atividades,
tração interna. permanentemente atualizado e disponível para consulta
das entidades fiscalizadoras;
Artigo 34.º d) (Revogada.)
Outros meios técnicos de segurança e) (Revogada.)
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, até ao início
1 — As entidades titulares de alvará ou de licença asse- da atividade do pessoal de segurança privada, as admissões
guram a distribuição e uso pelo seu pessoal de vigilância do pessoal de vigilância, do coordenador de segurança e do
de coletes de proteção balística, sempre que o risco das diretor de segurança e, nos cinco dias úteis subsequentes à
atividades a desenvolver o justifique. cessação da atividade, as cessações contratuais;
2 — Pode ser autorizada a utilização de meios técnicos g) Verificar, a todo o tempo, o cumprimento dos re-
de segurança não previstos na presente lei, por despacho do quisitos previstos no artigo 22.º, comunicando à Direção
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3403

Nacional da PSP todas as ocorrências que impliquem perda nos termos previstos em portaria do membro do Governo
de capacidade para o exercício de funções; responsável pela área da administração interna.
h) Organizar e manter atualizados ficheiros individuais
do pessoal de segurança privada ao seu serviço, incluindo Artigo 38.º
a cópia do cartão profissional e do certificado do registo Registo de atividades
criminal, atualizado anualmente, bem como a data de ad-
missão ao serviço; 1 — O registo de atividades referido na alínea c) do
i) (Revogada.) n.º 1 do artigo anterior deve contemplar, no mínimo, os
j) Remeter mensalmente à Direção Nacional da PSP o seguintes elementos:
registo de incidentes de que tenham conhecimento;
a) Designação e número de identificação fiscal do cliente;
k) (Revogada). b) Número do contrato celebrado pela entidade de se-
gurança privada;
2 — Constituem deveres especiais das entidades titu- c) Tipo de serviço prestado, com indicação das funções
lares de alvará, licença ou autorização: específicas a desempenhar;
a) Adotar as medidas de precaução e os controlos ne- d) Data de início e termo do contrato;
cessários para que o pessoal de segurança privada ao seu e) Local ou locais onde o serviço é prestado;
serviço respeite, no exercício da sua função, os regimes f) Horário da prestação dos serviços;
jurídicos a que se encontre vinculado; g) Meios humanos utilizados;
b) Fazer permanentemente prova, junto da Direção Na- h) Sistemas técnicos e respetivas caraterísticas.
cional da PSP, da existência e manutenção da caução pres-
tada a favor do Estado e dos seguros obrigatórios exigidos 2 — O disposto nas alíneas a) a e) do número anterior não
nos termos da presente lei, no prazo de 15 dias úteis após se aplica às entidades titulares da licença de autoproteção.
a sua celebração, alteração ou renovação; 3 — Os contratos de prestação de serviços das empresas
c) Fazer permanentemente prova, junto da Direção Na- de segurança privada são celebrados diretamente com o
cional da PSP, da inexistência de dívidas fiscais e à segu- beneficiário dos serviços prestados, revestem a forma es-
rança social, podendo para o efeito fornecer os códigos de crita e contêm os elementos previstos no n.º 1, bem como
acesso às certidões permanentes da sua situação fiscal e de o preço e as condições de prestação dos mesmos.
segurança social ou prestar consentimento para a consulta 4 — O registo referido na alínea c) do n.º 1 do artigo
das referidas situações; anterior é mantido na área reservada da entidade no
d) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de SIGESP Online.
15 dias úteis, as alterações ao pacto social e de adminis- 5 — O registo de atividade e os contratos de prestação
tradores, gerentes, responsáveis pelos serviços de auto- de serviços devem ser conservados pelo prazo de cinco
proteção, coordenadores e gestores pedagógicos, fazendo anos, após o fim da sua vigência.
prova do cumprimento dos requisitos estabelecidos no
artigo 22.º;
e) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de CAPÍTULO V
15 dias úteis, a abertura ou o encerramento de quaisquer Conselho de Segurança Privada
instalações, requerendo prévia inspeção para verificação
de requisitos nos casos previstos na lei e legislação com- Artigo 39.º
plementar;
f) Comunicar à Direção Nacional da PSP, no prazo de Natureza e composição
oito dias, a cessação da atividade, para efeitos de cancela- 1 — O CSP é um órgão de consulta do membro do Go-
mento do alvará, licença ou autorização concedidos; verno responsável pela área da administração interna.
g) Manter permanentemente atualizados e disponíveis 2 — São membros permanentes do CSP:
para inspeção, nas respetivas sedes, os originais dos do-
cumentos, passíveis de verificação em ação inspetiva, a) O membro do Governo responsável pela área da
previstos na presente lei e legislação regulamentar. administração interna, que preside;
b) O diretor-geral da Autoridade Marítima;
3 — Constituem ainda deveres especiais das entidades c) O inspetor-geral da Administração Interna;
titulares de alvará ou autorização: d) O diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fron-
teiras (SEF);
a) Mencionar o número de alvará ou de autorização na e) O comandante-geral da Guarda Nacional Republi-
faturação, correspondência e publicidade; cana (GNR);
b) Assegurar a existência do livro de reclamações, pre- f) O diretor nacional da PSP;
visto no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, na g) O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ);
sua redação atual, em todas as instalações averbadas onde h) O secretário-geral do Ministério da Administração
exista atendimento ao público. Interna;
i) O diretor-geral da Direção-Geral de Recursos Natu-
4 — Constitui ainda dever especial das entidades titu- rais, Segurança e Serviços Marítimos;
lares de alvará não exercer qualquer outra atividade que j) Dois representantes das associações de empresas de
não se encontre prevista no objeto social da mesma ou que segurança privada;
não decorra da atividade de segurança privada. k) Um representante das associações das entidades con-
5 — Constitui ainda dever especial das entidades auto- sultoras de segurança;
rizadas a ministrar formação o envio à Direção Nacional l) Um representante das associações das entidades for-
da PSP da ficha técnica das ações de formação a ministrar madoras de segurança privada;
3404 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

m) Um representante das associações e dos profissionais CAPÍTULO VI


de registo prévio;
Emissão de alvará, licença e autorização
n) Dois representantes das associações representativas
do pessoal de vigilância. Artigo 41.º
o) Um representante das associações dos diretores de
Requisitos das empresas de segurança privada
segurança;
p) Um representante das associações dos coordenadores 1 — As empresas de segurança privada, as entidades
de segurança. formadoras e as entidades consultoras de segurança devem
constituir-se de acordo com a legislação de um Estado-
-Membro da União Europeia ou de um Estado parte do
3 — Atendendo à matéria objeto de consulta, podem
Acordo sobre o Espaço Económico Europeu e possuir sede
ainda ser convocados, como membros não permanentes: ou delegação em Portugal.
a) Um representante do membro do Governo respon- 2 — O capital social das empresas de segurança privada
sável pela área da defesa nacional; não pode ser inferior a:
b) Um representante do membro do Governo respon- a) 50 000 €, se prestarem algum dos serviços previstos
sável pela área do desporto; na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º;
c) Um representante do membro do Governo responsá- b) 250 000 €, se prestarem algum dos serviços previstos
vel pela área do mar; nas alíneas a), b), e e) do n.º 1 do artigo 3.º;
c) 500 000 €, se prestarem algum dos serviços previstos
d) Um representante da Associação Portuguesa de Bancos; na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º
e) Um representante de cada uma das entidades previstas
nos artigos 8.º e 9.º em função da matéria. 3 — O disposto nos números anteriores não se aplica:
a) Às entidades, pessoas singulares ou coletivas, estabe-
4 — O membro do Governo responsável pela área da
lecidas noutro Estado-Membro da União Europeia, legal-
administração interna pode ainda convidar a participar no mente autorizadas e habilitadas para exercer a atividade de
CSP, sem direito ao voto, outras entidades que considere segurança privada nesse Estado, que pretendam exercer a
relevantes. sua atividade em Portugal, de forma contínua e duradoura,
5 — As entidades referidas nas alíneas a) a g) e i) do e que detenham neste país delegação, sucursal ou qualquer
n.º 2 podem designar representantes. outra forma de estabelecimento secundário;
6 — Os membros do CSP referidos nas alíneas j) a p) b) Às entidades, pessoas singulares ou coletivas, es-
do n.º 2 e nas alíneas d) e e) do n.º 3 são designados pelo tabelecidas noutro Estado-Membro da União Europeia,
legalmente autorizadas e habilitadas para exercer a ativi-
membro do Governo responsável pela área da administra- dade de segurança privada nesse Estado, que pretendam
ção interna, mediante proposta das respetivas associações exercer a sua atividade em Portugal, de forma temporária
e entidades. e não duradoura, ao abrigo da liberdade de prestação de
7 — A Direção Nacional da PSP presta o apoio técnico serviços.
e administrativo necessário ao funcionamento do CSP.
Artigo 42.º
Artigo 40.º Entidade competente para a instrução do processo
Competência Compete à Direção Nacional da PSP a instrução dos
processos de autorização para o exercício da atividade
Compete ao CSP: de segurança privada, bem como da emissão dos alvarás,
a) Elaborar o respetivo regulamento de funcionamento licenças, autorizações e respetivos averbamentos.
interno;
b) Elaborar um relatório anual sobre a atividade de Artigo 43.º
segurança privada; Requerimento de alvará
c) Pronunciar-se sobre a concessão, suspensão e cance- 1 — O pedido de atribuição de alvará é formulado em
lamento de alvarás, licenças ou autorizações, sempre que modelo próprio, disponibilizado em formato eletrónico,
solicitado pelo membro do Governo responsável pela área dirigido ao membro do Governo responsável pela área da
da administração interna; administração interna, acompanhado dos seguintes ele-
d) Pronunciar-se sobre a admissibilidade de novos meios mentos:
de segurança; a) Certidão de teor da descrição e de todas as inscri-
e) Pronunciar-se e propor iniciativas legislativas em ções em vigor, emitida pela Conservatória do Registo
matéria de segurança privada; Comercial;
f) Propor ao membro do Governo responsável pela área b) Identificação dos administradores ou gerentes e do-
da administração interna orientações a adotar pelas entida- cumentos comprovativos de que os mesmos satisfazem os
requisitos exigidos no n.º 1 do artigo 22.º;
des competentes na fiscalização da atividade de segurança c) Identificação das instalações da entidade, especifi-
privada; cando o fim a que se destinam;
g) Emitir recomendações, no âmbito da atividade da d) Certidão comprovativa da inexistência de dívidas ao
segurança privada. Estado e à segurança social, ou de que o seu pagamento
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3405

se encontra assegurado, e do cumprimento das obriga- Artigo 45.º


ções fiscais respeitantes ao ano em que o requerimento é Requerimento de autorização de entidade consultora
apresentado;
e) Modelo de uniforme a utilizar pelo pessoal de vigi- 1 — O pedido de atribuição de autorização de entidade
lância, no caso de pedido de autorização para a prestação consultora é formulado em modelo próprio, disponibilizado
dos serviços de segurança enunciados nas alíneas a), c), em formato eletrónico, dirigido ao membro do Governo
d) e e) do n.º 1 do artigo 3.º; responsável pela área da administração interna, acompa-
f) Relação dos titulares por conta própria ou por conta de nhado dos seguintes elementos:
outrem, e usufrutuários de participações no capital social das
entidades com participação em entidade de segurança privada. a) Certidão de teor da descrição e de todas as inscri-
ções em vigor, emitida pela Conservatória do Registo
2 — O disposto no número anterior aplica-se, com as Comercial;
necessárias adaptações, às situações previstas no n.º 3 do b) Identificação dos administradores ou gerentes e do-
artigo 41.º, sendo tidos em conta os elementos, justifica- cumentos comprovativos de que satisfazem os requisitos
ções e garantias já exigidos no Estado-Membro de origem. exigidos no n.º 1 do artigo 22.º;
3 — É dispensada a apresentação de documentos que c) Certidão comprovativa da inexistência de dívidas ao
já constem do processo individual da entidade requerente, Estado e à segurança social, ou de que o seu pagamento
desde que atualizados, quando a mesma solicite autori- se encontra assegurado, e do cumprimento das obriga-
zação para prestar novos tipos de serviços de segurança ções fiscais respeitantes ao ano em que o requerimento é
privada. apresentado.
4 — A Direção Nacional da PSP pode, no prazo de
30 dias, a contar da data de entrada dos requerimentos, 2 — (Revogado.)
solicitar as informações e os documentos complemen- 3 — O disposto nos n.os 2 a 4 do artigo 43.º é aplicável
tares necessários ao esclarecimento dos seus elementos com as necessárias adaptações.
instrutórios.
5 — A relação de titulares e de detentores mencionada Artigo 46.º
na alínea f) do n.º 1 deve proceder: Requerimento de autorização de entidade formadora
a) À identificação e discriminação das percentagens de 1 — O pedido para atribuição de autorização de entidade
participação social dos respetivos titulares; formadora é formulado em modelo próprio, disponibilizado
b) À identificação e discriminação de toda a cadeia de em formato eletrónico, dirigido ao membro do Governo
entidades a quem uma participação de, pelo menos, 5 % responsável pela área da administração interna, acompa-
deva ser imputada; nhado dos seguintes elementos:
c) À indicação das participações sociais daqueles titula-
res em pessoas coletivas que detenham participações, dire- a) Certidão de teor da descrição e de todas as inscri-
tas ou indiretas, em outras entidades de segurança privada. ções em vigor, emitida pela Conservatória do Registo
Comercial;
Artigo 44.º b) Certificação como entidade formadora para a área de
Requerimento de licença de autoproteção
formação de segurança privada, nos termos do disposto no
Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro;
1 — O pedido de atribuição de licença de autoproteção é c) Identificação completa do gestor de formação, do
formulado em modelo próprio, disponibilizado em formato coordenador de formação e dos formadores, bem como
eletrónico, dirigido ao membro do Governo responsável documentos comprovativos de que satisfazem os requisitos
pela área da administração interna, acompanhado dos se- exigidos no n.º 4 do artigo 22.º e em legislação comple-
guintes elementos: mentar;
a) Certidão de teor da descrição e de todas as inscri- d) Instalações e meios humanos e materiais adequados
ções em vigor, emitida pela Conservatória do Registo à formação;
Comercial; e) Regulamento interno ou estatutos.
b) Identificação do responsável do serviço de autopro-
teção e documentos comprovativos dos requisitos exigidos 2 — Para efeitos da alínea b) do número anterior, são
nos n.os 3 e 8, consoante o caso, do artigo 22.º; reconhecidas as entidades certificadas ou autorizadas nou-
c) Identificação das instalações operacionais afetas ao tro Estado-Membro da União Europeia ou Estado parte do
serviço de autoproteção e instalações abrangidas pelos Acordo do Espaço Económico Europeu.
serviços de segurança privada requeridos; 3 — O disposto nos n.os 2 a 4 do artigo 43.º é aplicável
d) Certidão comprovativa da inexistência de dívidas ao com as necessárias adaptações.
Estado e à segurança social, ou de que o seu pagamento
se encontra assegurado, e do cumprimento das obriga- Artigo 47.º
ções fiscais respeitantes ao ano em que o requerimento é Requisitos para a emissão de alvará
apresentado;
e) Modelo de uniforme a utilizar pelo pessoal de vigi- 1 — No âmbito da instrução, a Direção Nacional da
lância, no caso de pedido de autorização para a prestação PSP elabora relatório, classificado com o grau de con-
dos serviços de segurança enunciados nas alíneas a), c) e fidencial, sobre a idoneidade da empresa e das pessoas
d) do n.º 1 do artigo 3.º que asseguram a sua direção efetiva, dando parecer ne-
gativo, sempre que existam fundadas suspeitas sobre a
2 — É aplicável o disposto nos n.os 3 a 4 do artigo anterior. mesma.
3406 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

2 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao nado à comprovação, pelo requerente e no prazo de 90 dias
membro do Governo responsável pela área da administra- seguidos, a contar da notificação, da existência de:
ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de a) Instalações e meios materiais e humanos adequados;
30 dias seguidos. b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito
3 — Após o despacho referido no número anterior, em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
o início do exercício da atividade de segurança privada solicitação, absolutamente impenhorável, de montante
fica condicionado à comprovação, pelo requerente e no não superior a 40 000 €, ou a 20 000 € para as micro ou
prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação, da pequenas empresas, a fixar por despacho do membro do
existência de: Governo responsável pela área da administração interna,
a) Instalações e meios humanos e materiais adequados; de constituição obrigatória, o qual vigora pelo período de
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante de- validade da licença e em todas as situações de pendência
pósito em instituição bancária, ou garantia bancária, à contraordenacional, caso em que se mantém válido até à
primeira solicitação, absolutamente impenhorável, de data do trânsito em julgado do último processo de contraor-
montante não superior a 40 000 €, a fixar por despacho denação existente, dependendo a sua libertação da absolvi-
ção do pedido ou, tendo a parte sido condenada, provando
do membro do Governo responsável pela área da ad-
que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar do
ministração interna, de constituição obrigatória, a qual trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado
vigora pelo período de validade do alvará e em todas as com o consentimento expresso escrito do secretário-geral
situações de pendência contraordenacional, caso em que se do Ministério da Administração Interna;
mantém válido até à data do trânsito em julgado do último c) Três trabalhadores a ele vinculados por contrato de
processo de contraordenação existente, dependendo a sua trabalho, ou no mínimo um para as micro ou pequenas
libertação da absolvição do pedido ou, tendo a parte sido empresas, inscritos num regime de proteção social;
condenada, provando que cumpriu a obrigação no prazo d) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo
de 30 dias a contar do trânsito em julgado e só podendo de 150 000 € e demais requisitos e condições fixados por
ser anulado ou alterado com o consentimento expresso portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
escrito do secretário-geral do Ministério da Administra- das finanças e da administração interna, nomeadamente
ção Interna; franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso
c) Diretor de segurança a ele vinculado por contrato de e exclusões;
trabalho e inscrito num regime de proteção social; e) Pagamento da taxa de emissão da licença.
d) Dez trabalhadores a ele vinculados por contrato de
trabalho e inscritos num regime de proteção social; 3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no
e) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo número anterior pode ser prorrogado por igual período,
de 500 000 €; mediante pedido devidamente fundamentado.
f) Seguro contra roubo e furto de capital mínimo de 4 — A não emissão da licença no prazo previsto nos
5 000 000 €, no caso da prestação dos serviços de segu- números anteriores, por causa imputável ao requerente,
rança previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º; determina a caducidade da autorização concedida nos ter-
g) Pagamento da taxa de emissão de alvará. mos do n.º 1.
5 — (Revogado.)
4 — Os demais requisitos e condições dos seguros pre- 6 — A licença é disponibilizada em formato eletró-
vistos nas alíneas e) e f) do número anterior são fixados nico.
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas Artigo 49.º
áreas das finanças e da administração interna, nomeada-
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de Requisitos para a emissão de autorização de entidade consultora
regresso e exclusões. 1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao
5 — O prazo para entrega dos elementos referidos no membro do Governo responsável pela área da administra-
número anterior pode ser prorrogado por igual período, ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de
mediante pedido devidamente fundamentado. 30 dias seguidos.
6 — A não emissão de alvará no prazo previsto nos 2 — Após o despacho referido no número anterior, o
números anteriores, por causa imputável ao requerente, início do exercício da atividade de formação de segurança
determina a caducidade da autorização concedida nos ter- privada fica condicionado à comprovação, pelo requerente
mos do n.º 2. e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação,
7 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos da existência de:
em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos a) Instalações e meios materiais e humanos adequados;
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito
pelo requerente. em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
8 — O alvará é disponibilizado em formato eletrónico. solicitação, absolutamente impenhorável, de montante não
superior a 20 000 €, a fixar por despacho do membro do
Artigo 48.º Governo responsável pela área da Administração Interna,
Requisitos para a emissão de licença de constituição obrigatória, a qual vigora pelo período de
validade da autorização e em todas as situações de pen-
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao dência contraordenacional, caso em que se mantém válido
membro do Governo responsável pela área da administra- até à data do trânsito em julgado do último processo de
ção interna, para decisão a proferir no prazo máximo de contraordenação existente, dependendo a sua libertação da
30 dias seguidos. absolvição do pedido ou, tendo a parte sido condenada, pro-
2 — Após o despacho referido no número anterior, o início vando que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar
do exercício da atividade de segurança privada fica condicio- do trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3407

com o consentimento expresso escrito do secretário-geral 3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no
do Ministério da Administração Interna; número anterior pode ser prorrogado por igual período,
c) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo mediante pedido devidamente fundamentado.
de 150 000 € para pessoas coletivas e de 100 000 € para 4 — A não emissão da autorização no prazo previsto
pessoas singulares e demais requisitos e condições fixados nos números anteriores, por causa imputável ao reque-
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas rente, determina a caducidade da decisão proferida nos
áreas das finanças e da administração interna, nomeada- termos do n.º 1.
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de 5 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos
regresso e exclusões; em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados
d) Pagamento da taxa de emissão da autorização.
pelo requerente.
6 — A autorização é disponibilizada em formato ele-
3 — O prazo para entrega dos elementos referidos no trónico.
número anterior pode ser prorrogado por igual período, 7 — A realização de ações de formação está condi-
mediante pedido devidamente fundamentado. cionada à comunicação e verificação dos requisitos dos
4 — A não emissão da autorização no prazo previsto formadores.
nos números anteriores, por causa imputável ao reque-
rente, determina a caducidade da decisão proferida nos Artigo 51.º
termos do n.º 1.
Especificações do alvará, da licença e da autorização
5 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 41.º, são tidos
em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos 1 — Do alvará e da licença constam os seguintes ele-
no Estado-Membro de origem e que sejam apresentados mentos:
pelo requerente. a) Denominação da entidade autorizada;
6 — A autorização é disponibilizada em formato ele- b) Sede social, filiais, delegações, estabelecimentos
trónico. secundários e instalações operacionais da entidade auto-
7 — (Revogado.) rizada;
c) Indicação do despacho que aprovou o modelo de
Artigo 50.º uniforme, se aplicável;
Requisitos para a emissão de autorização de entidade formadora d) Discriminação dos serviços de segurança autorizados;
e) Identificação dos administradores, dos gerentes ou
1 — Concluída a instrução, o processo é submetido ao do responsável pelos serviços de autoproteção, consoante
membro do Governo responsável pela área da administra- o caso;
ção interna, para decisão, a proferir no prazo máximo de f) Data de emissão e de validade.
30 dias seguidos.
2 — Após o despacho referido no número anterior, o 2 — Da autorização de entidade formadora constam os
início do exercício da atividade de formação de segurança seguintes elementos:
privada fica condicionado à comprovação, pelo requerente a) Denominação da entidade autorizada;
e no prazo de 90 dias seguidos, a contar da notificação, b) Sede social e salas de formação autorizadas;
da existência de: c) Discriminação do tipo de formação autorizada;
a) Instalações e meios materiais e humanos adequados; d) Identificação do gestor de formação;
b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito e) Data de emissão e de validade.
em instituição bancária, ou garantia bancária à primeira
3 — Da autorização de entidade consultora constam os
solicitação, absolutamente impenhorável, de montante não
seguintes elementos:
superior a 20 000 €, a fixar por despacho do membro do
Governo responsável pela área da administração interna, a) Denominação da entidade autorizada;
de constituição obrigatória, a qual vigora pelo período de b) Sede social;
validade da autorização e em todas as situações de pen- c) (Revogada.)
dência contraordenacional, caso em que se mantém válido d) Identificação dos administradores ou gerentes;
até à data do trânsito em julgado do último processo de e) Data de emissão e de validade.
contraordenação existente, dependendo a sua libertação da
absolvição do pedido ou, tendo a parte sido condenada, pro- 4 — O averbamento de elementos constantes do alvará,
vando que cumpriu a obrigação no prazo de 30 dias a contar da licença ou da autorização é formulado em modelo pró-
do trânsito em julgado e só podendo ser anulado ou alterado prio, disponibilizado em formato eletrónico, dirigido ao
membro do Governo responsável pela área da administra-
com o consentimento expresso escrito do secretário-geral
ção interna, acompanhado dos elementos e documentos
do Ministério da Administração Interna; previstos para o respetivo licenciamento.
c) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo 5 — A Direção Nacional da PSP emite o alvará, a licença
de 150 000 € para pessoas coletivas e de 100 000 € para ou a autorização, e respetivos averbamentos, publicitando-
pessoas singulares e demais requisitos e condições fixados -os na sua página oficial, e comunica os seus termos ao
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas Comando-Geral da GNR e à Direção Nacional da PJ.
áreas das finanças e da administração interna, nomeada- 6 — Não é admitida a transmissão ou a cedência, a qual-
mente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de quer título, do alvará, licença e autorização emitidos.
regresso e exclusões; 7 — O alvará, a licença e a autorização são válidos
d) Pagamento da taxa de emissão da autorização. pelo prazo de cinco anos, a contar da data da sua emissão,
3408 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

podendo ser renovados por iguais períodos, sem prejuízo 2 — Quando do incumprimento das normas previstas
da verificação permanente da manutenção dos requisitos na presente lei ou em regulamentação complementar ou do
e condições previstos na presente lei e em regulamentação exercício de funções por titular de cartão profissional de
complementar. segurança privado resulte a suscetibilidade de perturbação
8 — Os modelos e caraterísticas dos alvarás, licenças e da ordem, da segurança ou da tranquilidade públicas, pode
autorizações constam de portaria a aprovar pelo membro do ser, total ou parcialmente, restringida a sua atividade.
Governo responsável pela área da administração interna. 3 — Para efeitos do número anterior verifica-se a exis-
tência de indícios de perturbação da ordem, da segurança
Artigo 52.º ou da tranquilidade públicas quando, entre outros, exista
Renovação de alvará, licença, autorização ou cartão profissional violação dos deveres da conduta ou a avaliação de ido-
neidade, realizada nos termos do n.º 2 do artigo 22.º, seja
1 — A renovação de alvará, licença, autorização e cartão
ou título profissionais previstos na presente lei devem ser negativa.
requeridos nos 90 dias anteriores e até ao termo da sua 4 — A decisão de restrição, prevista nos n.os 1 e 2, é
validade e depende da verificação, à data do pedido, dos emitida pelo membro do Governo responsável pela área
requisitos exigidos para a sua concessão. da administração interna, sob proposta fundamentada das
2 — (Revogado.) forças de segurança.
5 — A decisão referida no número anterior é notificada
Artigo 53.º ao visado e comunicada às forças de segurança.
Suspensão, cancelamento e caducidade
de alvará, licença e autorização Artigo 54.º
1 — Verifica-se a suspensão imediata do alvará, da li- Taxas
cença e da autorização logo que haja conhecimento de que 1 — A emissão e renovação do alvará, da licença e da
algum dos requisitos ou condições necessários ao exercício autorização, bem como os respetivos averbamentos, estão
da atividade de segurança privada, estabelecidos na pre- sujeitos ao pagamento de uma taxa, que constitui receita
sente lei ou em regulamentação complementar, deixaram do Estado, revertendo 50 % para a PSP.
de se verificar. 2 — Estão sujeitos ao pagamento de uma taxa, que
2 — No caso de incumprimento reiterado das normas constitui receita própria da força de segurança competente
previstas na presente lei ou em regulamentação comple-
para a realização dos seguintes atos:
mentar, por despacho do membro do Governo responsável
pela área da administração interna e sob proposta do diretor a) Emissão, renovação e substituição do cartão profis-
nacional da PSP, pode ser cancelado o alvará, a licença ou sional do pessoal de segurança privada;
a autorização emitidos. b) Realização de exames, auditorias e provas de ava-
3 — Para efeitos do disposto no número anterior, liação;
considera-se incumprimento reiterado, designadamente: c) Autorização dos cursos de diretor de segurança e
a) O incumprimento, durante três meses seguidos, dos coordenador de segurança;
deveres especiais previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 2 d) Acreditação e verificação de requisitos de coordena-
do artigo 37.º, quando aplicável; dor pedagógico e formador;
b) A inexistência ou insuficiência de meios humanos ou e) Pedidos de autorização de revistas pessoais de pre-
materiais ou de instalações operacionais ou de instalações venção e segurança;
adequadas, por um período superior a seis meses; f) Reinspeção da conformidade de instalações e meios
c) A suspensão do alvará, da licença ou da autorização humanos e materiais;
prevista no n.º 1, por um período superior a seis meses; g) Emissão de pareceres previstos no âmbito da pre-
d) A condenação, com trânsito em julgado, por três sente lei;
contraordenações muito graves de segurança privada, nos h) Realização de avaliação de risco de ATM;
últimos cinco anos. i) Registo de utilização de sistemas de videovigilância;
j) Emissão e renovação de registo prévio e averbamento
4 — As decisões de suspensão e cancelamento de alva- de técnico, de instalação e de denominação;
rás, licenças ou autorizações são notificadas aos membros k) Comunicação de falso alarme às forças de segu-
permanentes do CSP. rança.
5 — Os alvarás, licenças e autorizações caducam auto-
maticamente com a declaração de insolvência da entidade
de segurança privada ou de autoproteção. 3 — O valor das taxas referidas nos números anteriores
é fixado por portaria dos membros do Governo responsá-
Artigo 53.º-A veis pelas áreas das finanças e da administração interna,
podendo ser objeto de revisão anual.
Medida de polícia
1 — Quando o incumprimento das normas previstas Artigo 54.º-A
na presente lei ou em regulamentação complementar ou Autoridade para as Condições do Trabalho
a atividade desenvolvida por uma empresa de segurança
privada se revele suscetível de perturbar a ordem, a segu- O Governo, no prazo de 180 dias, regulamenta forma-
rança ou a tranquilidade públicas, pode ser restringida a ção especializada que tenha em conta as especificidades
sua atividade, total ou parcialmente, em determinada área do setor da segurança privada, para a Autoridade para as
geográfica ou tipologia de serviços. Condições do Trabalho.
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3409

CAPÍTULO VII 2 — Quem exercer funções de segurança privado não


sendo titular de cartão profissional é punido com pena de
Fiscalização prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena
mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.
Artigo 55.º 3 — A pena prevista no número anterior é aplicável a
Entidades competentes quem exercer funções de segurança privado sem vínculo
laboral a entidade devidamente habilitada ao exercício da
1 — A fiscalização das atividades reguladas pela pre- atividade, ou quando o mesmo se encontre suspenso.
sente lei é assegurada pela Direção Nacional da PSP em 4 — A pena prevista no n.º 2 é aplicável a quem utilizar
articulação com a Autoridade para as Condições do Traba- os serviços da pessoa referida nos números anteriores, sa-
lho e a Autoridade Tributária e Aduaneira, sem prejuízo das bendo que a prestação de serviços de segurança se realiza
competências das demais forças e serviços de segurança e sem o necessário alvará ou que as funções de segurança
da Inspeção-Geral da Administração Interna. privado são exercidas por quem não é titular de cartão
2 — A articulação prevista no número anterior visa profissional ou que o mesmo se encontra suspenso.
privilegiar a atividade inspetiva realizada por equipas 5 — Quem praticar atos previstos no n.º 1 do artigo 5.º
multidisciplinares, devendo para o efeito as autoridades é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de
referidas designar oficiais de ligação que agilizem a res- multa até 480 dias.
petiva constituição. 6 — Quem praticar atos previstos na alínea a) do n.º 4
do artigo 5.º é punido com pena de prisão até 3 anos ou
Artigo 56.º com pena de multa.
Sistema de informação
7 — A pena prevista no número anterior é aplicável a
quem realizar revistas de prevenção e segurança intrusivas
1 — A tramitação dos procedimentos previstos na pre- em violação das condições previstas no artigo 19.º
sente lei é realizada informaticamente, com recurso a sis-
tema informático próprio, da responsabilidade da Direção Artigo 58.º
Nacional da PSP. Responsabilidade criminal das pessoas coletivas e equiparadas
2 — No âmbito do sistema informático referido no
número anterior e com a finalidade de registo, controlo, As pessoas coletivas e entidades equiparadas são res-
licenciamento e fiscalização do exercício da atividade de ponsáveis, nos termos gerais, pelos crimes previstos no
segurança privada, é mantida pela Direção Nacional da PSP artigo anterior.
uma base de dados das entidades e pessoas que exerçam
atividades reguladas na presente lei. SECÇÃO II
3 — Os processos de contraordenação instaurados no Contraordenações
âmbito da presente lei e legislação complementar devem
ser objeto de registo no sistema informático, o qual deve Artigo 59.º
ser mantido atualizado.
4 — A base de dados e os dados pessoais registados Contraordenações e coimas
objeto de tratamento informático são regulados por legis- 1 — De acordo com o disposto na presente lei, consti-
lação especial e estão sujeitos às regras previstas na Lei tuem contraordenações muito graves:
da Proteção de Dados Pessoais.
5 — O registo a que se refere o n.º 6 do artigo 61.º é a) O exercício de atividades proibidas ou de práticas
integrado na base de dados prevista no n.º 2. comerciais desleais, previstas respetivamente nos arti-
6 — A criação da base de dados prevista no n.º 2 deve gos 5.º e 5.º-A;
b) O exercício da atividade de entidade consultora de
ser notificada à Comissão Nacional de Proteção de Dados
segurança privada sem a necessária autorização;
para ponderação da sua conformidade com os requisitos
c) O incumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 5.º;
legais aplicáveis ao tratamento de dados pessoais.
d) O exercício de funções de segurança privado de es-
pecialidade distinta daquela para a qual se encontra habi-
CAPÍTULO VIII litado, nos termos do artigo 18.º;
e) A realização de revistas pessoais de prevenção e se-
Disposições sancionatórias gurança, a que se refere o artigo 19.º, sem autorização
ou em violação das condições legais ou em que foram
SECÇÃO I autorizadas;
f) O incumprimento do dever do promotor do evento
Crimes de assegurar a presença de força de segurança, nos termos
previstos no n.º 6 do artigo 19.º;
Artigo 57.º g) A realização de controlo de segurança, a que se refere
Exercício ilícito da atividade de segurança privada o artigo 19.º-A, fora das condições legais;
h) A não existência de diretor de segurança, quando
1 — O exercício da atividade de segurança privada sem obrigatório;
alvará, ou a adoção de medidas de autoproteção previstas i) A não existência ou o incumprimento do preceituado
nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 1 do artigo 3.º sem a respe- no artigo 21.º;
tiva licença são punidos com pena de prisão de 1 a 5 anos j) Manter ao serviço responsável pelos serviços de auto-
ou com pena de multa até 600 dias, se pena mais grave lhe proteção, diretor de segurança, coordenador de segurança,
não couber por força de outra disposição legal. gestor de formação, coordenador pedagógico, formador
3410 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

ou pessoal de vigilância que não satisfaça os requisitos c) A omissão de algum dos elementos previstos nos
previstos no artigo 22.º; n.os 1 e 2 do artigo 38.º;
k) Manter nos corpos sociais administrador ou gerente d) O incumprimento das obrigações, deveres, formali-
que não satisfaça os requisitos previstos no n.º 1 do ar- dades e requisitos estabelecidos na presente lei ou fixados
tigo 22.º; em regulamento, quando não constituam contraordenações
l) O incumprimento dos conteúdos e duração dos cursos, graves ou muito graves.
bem como dos requisitos do corpo docente nas condições
previstas no n.º 3 do artigo 25.º; 4 — Quando cometidas por pessoas coletivas, as contraor-
m) O incumprimento dos n.os 1 e 2 do artigo 28.º, bem denações previstas nos números anteriores são punidas com
como o uso de uniforme por quem não seja pessoal de as seguintes coimas
vigilância, ou, sendo, não corresponda à entidade patronal a) De 1 500 € a 7 500 €, no caso das contraordenações
da qual seja trabalhador; leves;
n) O incumprimento do disposto no artigo 32.º; b) De 7 500 € a 37 500 €, no caso das contraordenações
o) A utilização de meios técnicos de segurança não graves;
autorizados; c) De 15 000 € a 44 500 €, no caso das contraordenações
p) O incumprimento do disposto nos n.os 1, 2 e 8 do muito graves.
artigo 31.º e no artigo 35.º;
q) O incumprimento dos deveres previstos no n.º 2 do 5 — Quando cometidas por pessoas singulares, as con-
artigo 36.º, na alínea b) do n.º 1, na alínea b) do n.º 2 e no traordenações previstas nos n.os 1 a 3 são punidas com as
n.º 4 do artigo 37.º; seguintes coimas:
r) A não existência do preceituado nos n.os 1 a 4 do a) De 150 € a 750 €, no caso das contraordenações
artigo 38.º; leves;
s) O incumprimento dos requisitos ou condições exi- b) De 300 € a 1500 €, no caso das contraordenações
gidos para o transporte de valores que sejam fixados em graves;
regulamento. c) De 600 € a 3000 €, no caso das contraordenações
2 — São graves as seguintes contraordenações: muito graves.
a) O exercício da atividade a que se refere o artigo 4.º-A 6 — Se a contraordenação tiver sido cometida por um
sem registo prévio, ou incumprimento dos requisitos e órgão de pessoa coletiva ou de associação sem personali-
condições fixados em regulamento; dade jurídica, no exercício das suas funções e no interesse
b) O incumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 7.º do representado, é aplicada a este a coima correspondente,
e na alínea e) do n.º 1 do artigo 8.º; sem prejuízo da responsabilidade individual do agente da
c) O incumprimento do disposto no artigo 8.º, 9.º, 10.º contraordenação.
e dos requisitos que sejam fixados em regulamento; 7 — Se o agente retirou da infração um benefício econó-
d) O incumprimento da obrigação prevista no n.º 3 do mico calculável superior ao limite máximo da coima, e não
artigo 11.º; existirem outros meios de o eliminar, pode esta elevar-se
e) O incumprimento do disposto no n.º 6 do artigo 19.º; até ao montante do benefício.
f) A contratação do diretor de segurança privada fora 8 — A tentativa e a negligência são puníveis.
das condições previstas na presente lei; 9 — Nos casos de cumplicidade e de tentativa, bem
g) O incumprimento do disposto no n.º 4 do artigo 27.º; como nas demais situações em que houver lugar à
h) O não uso de uniforme ou o uso de peças, distintivos atenuação especial da sanção, os limites máximo e
e símbolos e marcas não aprovados, quando obrigatório; mínimo da coima são reduzidos para metade.
i) O incumprimento do preceituado na alínea b) do n.º 1
e no n.º 3 do artigo 29.º; Artigo 60.º
j) O incumprimento do disposto no artigo 30.º; Sanções acessórias
k) O incumprimento do preceituado nos n.os 4 a 6 e 9
do artigo 31.º; 1 — Em processo de contraordenação, podem ser apli-
l) A utilização de canídeos em infração ao preceituado cadas simultaneamente com a coima as seguintes sanções
no artigo 33.º ou fora das condições previstas em regu- acessórias:
lamento; a) A perda de objetos que tenham servido para a prática
m) A utilização dos meios não permitidos previstos da contraordenação;
no artigo 34.º ou fora das condições previstas em regu- b) O encerramento do estabelecimento por um período
lamento; não superior a dois anos;
n) O incumprimento dos deveres especiais previstos nas c) A suspensão, por um período não superior a dois
alíneas a), c) a g) do n.º 1 e nas alíneas a), c) a g) do n.º 2, anos, do alvará ou da licença concedidos para o exercício
e no n.º 5 do artigo 37.º; da atividade de segurança privada ou da autorização para
o) O incumprimento dos n.os 2, 3 e 5 do artigo 38.º; a utilização de meios de segurança;
p) Não garantir de forma permanente a presença de d) A interdição do exercício de funções ou de prestação de
um vigilante operador de receção de alarmes na respetiva serviços de segurança por período não superior a dois anos;
central. e) A publicidade da condenação.
3 — São contraordenações leves:
2 — Se o facto constituir simultaneamente crime, o
a) O incumprimento do estabelecido no n.º 4 do ar- agente é punido por este, sem prejuízo das sanções aces-
tigo 25.º e no n.º 2 do artigo 37.º; sórias previstas para a contraordenação.
b) O incumprimento do estabelecido no n.º 5 do ar- 3 — Sem prejuízo das penas acessórias previstas no
tigo 25.º e no n.º 3 do artigo 37.º; Código Penal, aos crimes previstos nos artigos 57.º e
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3411

58.º são aplicáveis as sanções acessórias previstas no Artigo 61.º-A


presente artigo. Livro de reclamações

Artigo 60.º-A 1 — Para efeitos do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15


de setembro, na sua redação atual, a Direção Nacional da
Responsabilidade por facto ilícito ou pelo risco
PSP é a entidade de controlo de mercado para receber e
As entidades contratantes de serviços de segurança pri- tratar as reclamações relativas ao exercício da atividade
vada são solidariamente responsáveis com as empresas de de segurança privada.
segurança privada, por responsabilidade por facto ilícito ou 2 — A instrução dos processos de contraordenação le-
por risco, pelos danos causados pelo pessoal de segurança vantados ao abrigo do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei
privada nas suas instalações e ao seu serviço. n.º 156/2005, de 15 de setembro, na sua redação atual, é
da competência da Guarda Nacional Republicana e da
Artigo 60.º-B Polícia de Segurança Pública, quando relacionadas com a
Responsabilidade por incumprimento
atividade de segurança privada.
de obrigações laborais ou contributivas 3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias decor-
rentes dos processos referidos no número anterior compete
1 — As entidades contratantes de serviços de segurança ao secretário-geral da Administração Interna, o qual pode
privada são solidariamente responsáveis com as empresas delegar aquela competência nos termos da lei.
contratadas pelos pagamentos devidos aos trabalhadores 4 — O produto das coimas decorrentes dos processos
que executem o serviço convencionado, bem como pelas referidos no n.º 2 é distribuído nos termos do n.º 4 do
respetivas obrigações contributivas em matéria fiscal e de artigo 61.º
segurança social.
2 — Quando o preço contratual for superior a 200 000 €, Artigo 61.º-B
as empresas de segurança privada devem proceder à pres- Equiparação
tação de caução às entidades contratantes de serviços de
segurança privada, destinada a garantir o exato e pontual As entidades da economia social são equiparadas às
cumprimento de todas as respetivas obrigações legais e micro e pequenas empresas, quando reúnam os mesmos
contratuais. requisitos, para efeitos do disposto na presente lei.
3 — O valor da caução é, no máximo, de 5 % do preço
contratual, devendo ser fixado em função da expressão Artigo 62.º
financeira do respetivo contrato. Legislação aplicável
4 — Nos casos em que não se verifique a prestação
de caução, pode a entidade contratante, se o considerar Às contraordenações previstas na presente lei é aplicado
conveniente, proceder à retenção de até 10 % do valor dos o regime geral que regula o processo contraordenacional,
pagamentos a efetuar, desde que tal faculdade se encontre nos termos da respetiva lei geral, com as adaptações cons-
contratualmente prevista. tantes dos artigos 59.º a 61.º

Artigo 61.º
Competência CAPÍTULO IX
1 — São competentes para o levantamento dos autos Disposições finais e transitórias
de contraordenação previstos na presente lei as entidades
referidas no artigo 55.º Artigo 63.º
2 — São competentes para a instrução dos processos Alteração à Lei de Organização da Investigação Criminal
de contraordenação a Guarda Nacional Republicana e a
Polícia de Segurança Pública. O artigo 7.º da Lei n.º 49/2008, de 27 de agosto, passa
3 — A aplicação das coimas e sanções acessórias pre- a ter a seguinte redação:
vistas na presente lei compete ao secretário-geral do Mi-
nistério da Administração Interna, o qual pode delegar «Artigo 7.º
aquela competência nos termos da lei. [...]
4 — O produto das coimas referidas no número anterior
é distribuído da seguinte forma: 1— .....................................
2— .....................................
a) 60 % para o Estado; 3— .....................................
b) 25 % para a entidade instrutora do processo;
c) 15 % para a PSP. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 — Na execução para a cobrança da coima, responde c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
por esta a caução prestada nos termos previstos na pre- d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sente lei. e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 — Na Direção Nacional da PSP é mantido, em registo f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
próprio, o cadastro de cada entidade a que foram aplicadas g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sanções previstas na presente lei. h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7 — (Revogado.) i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8 — (Revogado.) j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9 — (Revogado.) l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3412 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

m). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) A licença emitida ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do


n) Relativos ao exercício ilícito da atividade de se- artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro,
gurança privada; alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem-
o) [Anterior alínea n).] bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30
4— ..................................... de novembro, equipara-se à licença B prevista na alínea b)
5— ..................................... do n.º 2 do artigo 15.º;
6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» c) A licença emitida ao abrigo da alínea c) do n.º 1 do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro,
Artigo 64.º alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem-
Norma transitória bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30
1 — Os alvarás emitidos ao abrigo do Decreto-Lei de novembro, equipara-se à licença C prevista na alínea c)
n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei do n.º 2 do artigo 15.º;
n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela Lei n.º 38/2008, de d) A licença emitida ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do
8 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.os 135/2010, de 27 de artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro,
dezembro, e 114/2011, de 30 de novembro, são válidos pelo alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem-
prazo de cinco anos a contar da data da sua emissão, sendo bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-
equiparados aos alvarás emitidos ao abrigo da presente lei, -Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30
nos seguintes termos: de novembro, equipara-se à licença D prevista na alínea d)
do n.º 2 do artigo 15.º
a) O alvará emitido ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro,
3 — As entidades titulares de alvarás e licenças que
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem-
tenham sido emitidos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 231/98,
bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-
de 22 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 94/2002, de
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 12 de abril, e revogado pelo Decreto-Lei n.º 35/2004, de
de novembro, equipara-se ao alvará A previsto na alínea a) 21 de fevereiro, podem requerer a renovação nos termos
do n.º 2 do artigo 14.º; das equiparações previstas nos números anteriores, no
b) O alvará emitido ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do prazo de seis meses após a entrada em vigor da presente
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, lei, caducando os mesmos após o termo desse prazo.
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem- 4 — As autorizações de formação emitidas ao abrigo
bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos- do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela
de novembro, equipara-se ao alvará B previsto na alínea b) Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis
do n.º 2 do artigo 14.º; n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de
c) O alvará emitido ao abrigo da alínea c) do n.º 1 do novembro, e do Decreto-Lei n.º 231/98, de 22 de julho,
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 94/2002, de 12 de abril,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem- mantêm a sua validade até à data de entrada em vigor da
bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos- portaria prevista no n.º 3 do artigo 25.º
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 5 — As categorias previstas na Portaria n.º 1084/2009,
de novembro, equipara-se ao alvará C previsto na alínea c) de 21 de setembro, são equiparadas às especialidades pre-
do n.º 2 do artigo 14.º; vistas no n.º 3 do artigo 17.º, nos seguintes termos:
d) O alvará emitido ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, a) A categoria de vigilante ou segurança à especialidade
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem- de vigilante;
bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos- b) A categoria de segurança-porteiro à especialidade de
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 segurança-porteiro;
de novembro, equipara-se ao alvará D previsto na alínea d) c) A categoria de assistente de recinto desportivo à es-
do n.º 2 do artigo 14.º pecialidade de assistente de recinto desportivo;
d) A categoria de assistente de recintos de espetáculos à
2 — As licenças emitidas ao abrigo do Decreto-Lei especialidade de assistente de recintos de espetáculos;
n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei e) A categoria de vigilante de proteção e acompanha-
n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela Lei n.º 38/2008, de mento pessoal à especialidade de vigilante de proteção e
8 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.os 135/2010, de 27 de acompanhamento pessoal;
dezembro, e 114/2011, de 30 de novembro, são válidas pelo f) A categoria de vigilante de transporte de valores à
prazo de cinco anos a contar da data da sua emissão, sendo especialidade de vigilante de transporte de valores;
equiparadas às licenças emitidas ao abrigo da presente lei, g) A categoria de vigilante de segurança aeroportuária
nos seguintes termos: à especialidade de assistente de portos e aeroportos, na
vertente de segurança aeroportuária;
a) A licença emitida ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do h) A categoria de vigilante operador de central rece-
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, tora de alarmes à especialidade de operador de central de
alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novem- alarmes.
bro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-
-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 6 — As formações profissionais obtidas ou iniciadas
de novembro, equipara-se à licença A prevista na alínea a) antes da entrada em vigor da portaria a que se refere o
do n.º 2 do artigo 15.º; n.º 3 do artigo 25.º são equiparadas à formação inicial de
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3413

qualificação ou de atualização das especialidades referidas Artigo 67.º


no número anterior, nos seguintes termos: Norma revogatória
a) A formação prevista nos n.os 3 e 4 da Portaria É revogado o Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fe-
n.º 1325/2001, de 4 de dezembro, para a especialidade vereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10
de vigilante; de novembro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pe-
b) A formação prevista nos n.os 3, 4 e 6 da Portaria los Decretos-Leis n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e
n.º 1325/2001, de 4 de dezembro, para a especialidade de 114/2011, de 30 de novembro.
segurança-porteiro;
c) A formação prevista nos n.os 3, 4 e 7 da Portaria Artigo 68.º
n.º 1325/2001, de 4 de dezembro, para a especialidade de
Produção de efeitos
vigilante de proteção e acompanhamento pessoal;
d) A formação prevista na Portaria n.º 1522-B/2002, 1 — As empresas titulares de alvarás, licenças e auto-
de 20 de dezembro, para a especialidade de assistente de rizações válidos devem adaptar-se às condições impostas
recinto desportivo. na presente lei, no prazo de seis meses a contar da data da
sua entrada em vigor.
7 — O pessoal de vigilância que seja titular apenas da 2 — As entidades obrigadas a adotar medidas de segu-
formação prevista nos n.os 3 e 6 da Portaria n.º 1325/2001, rança, nos termos previstos nos artigos 8.º e 9.º, devem
de 4 de dezembro, deve fazer prova de frequência de curso adaptar-se às condições impostas pela presente lei no prazo
de formação ou atualização correspondente à formação de um ano, a contar da data da sua entrada em vigor.
prevista no n.º 4 da referida portaria, no prazo de seis meses 3 — O requisito de escolaridade previsto nos n.os 3 e 4
a contar da entrada em vigor da presente lei, para efeitos da do artigo 22.º é exigível a partir de 1 de janeiro de 2015.
equiparação prevista na alínea b) do número anterior. 4 — Os alvarás, as licenças e as autorizações que em
2013 perfaçam cinco ou mais anos de vigência devem
8 — Os cartões profissionais emitidos ao abrigo do
ser renovados nesse ano até ao dia e mês da data da sua
Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado emissão.
pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela 5 — Os alvarás, as licenças e as autorizações não con-
Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis templados no número anterior devem ser renovados quando
n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de completem cinco anos de vigência até ao dia e mês da data
novembro, mantêm-se em vigor até ao termo da respetiva da sua emissão.
validade, sendo equiparados aos cartões profissionais pre- 6 — A exigência da formação específica a que se
vistos na presente lei. referem as alíneas a) dos n.os 1 e 2 do artigo 8.º é exi-
9 — Os alvarás e licenças que se encontrem nas situa- gível a partir de 1 de janeiro de 2015, sem prejuízo do
ções previstas nos n.os 7 e 8 do artigo 38.º do Decreto-Lei reconhecimento pela Direção Nacional da PSP, até à
n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei referida data, da experiência comprovada na respetiva
n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela Lei n.º 38/2008, de área, mediante pedido fundamentado de equivalência
8 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.os 135/2010, de 27 de do interessado.
dezembro, e 114/2011, de 30 de novembro, mantêm-se 7 — As obrigações previstas nos n.os 3 e 4 do artigo 8.º
válidos até ao termo do prazo de 90 dias após a entrada são exigíveis a partir de 1 de setembro de 2014.
em vigor da presente lei, podendo as entidades titulares 8 — A exigência da formação específica a que se refere
requerer a sua renovação dentro desse prazo, não havendo o n.º 3 do artigo 22.º, relativa ao responsável pelos ser-
lugar a responsabilidade criminal ou contraordenacional. viços de autoproteção, é exigível a partir de 1 de janeiro
10 — Os avisos já colocados ao abrigo do n.º 3 do ar- de 2015.
tigo 13.º do Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, al- 9 — O registo prévio a que se refere o n.º 3 do ar-
terado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novembro, tigo 12.º é exigível no prazo de um ano a contar da data da
entrada em vigor da portaria prevista no n.º 4 do mesmo
pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis
artigo.
n.os 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de 10 — A acreditação do curso previsto na Portaria
novembro, são equiparados, para todos os efeitos, àqueles n.º 1142/2009, de 2 de outubro, é válida pelo prazo de
a que se refere o n.º 5 do artigo 31.º durante o prazo de um cinco anos a contar da data da sua decisão.
ano a contar da entrada em vigor da presente lei.
Artigo 69.º
Artigo 65.º
Entrada em vigor
Regulamentação
A presente lei entra em vigor 30 dias após a data da
Os atos de regulamentação da presente lei são aprova- sua publicação.
dos no prazo de 60 dias a contar da data da sua entrada
em vigor. ANEXO I

Artigo 66.º [a que se refere a alínea a) do n.º 5 do artigo 22.º]

Avaliação legislativa Normas mínimas relativas à aptidão física e mental


para o exercício da profissão de segurança privado
O Governo promove a avaliação do regime jurídico que
regula o exercício da atividade de segurança privada três 1 — Visão. — O pessoal de vigilância deve ser sujeito
anos após a entrada em vigor da presente lei. às indagações adequadas para assegurar que tem uma acui-
3414 Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019

dade visual compatível com as funções a desempenhar. ANEXO II


Se houver alguma razão para duvidar de que tenham uma
visão adequada, os candidatos devem ser examinados por [a que se refere a alínea a) do n.º 7 do artigo 22.º]
oftalmologista ou por técnico com competências especí-
ficas para o efeito. Normas mínimas relativas à aptidão psicológica
para o exercício da profissão de segurança privado,
1.1 — Acuidade visual. — Possuir uma acuidade visual aptidões e competências a avaliar
binocular mínima, com ou sem correção ótica, de 0,5 (5/10)
utilizando os dois olhos em simultâneo. SECÇÃO I
A acuidade visual mínima no «pior olho», com cor-
reção ótica se necessário, não pode ser inferior a 0,2 Quadro de avaliação
(2/10).
1.2 — Visão das cores. — Não apresentar acroma- Áreas Aptidões e competências Definições operacionais
topsia.
2 — Audição. — Surgindo dúvidas sobre a acuidade
Percetivo-cognitiva 1 — Inteligência. . . . . . Capacidade de compreensão e
auditiva, deve realizar-se um audiograma tonal e, caso formulação de regras gerais
se justifique, solicitar parecer de médico otorrinolarin- utilizando estímulos de na-
gologista. tureza concreta ou abstrata
É considerado apto quem sofra de deficit auditivo de- e sua aplicação a várias si-
tuações.
vendo ser compensado por prótese ou implante coclear, 2 — Atenção e concen- Capacidade em manter a atenção
sendo a aptidão condicionada a parecer favorável de mé- tração. durante determinado tempo
dico otorrinolaringologista. obtendo um desempenho
3 — Membros/aparelhos de locomoção: estável.
Psicomotora . . . . . 3 — Reações múltiplas e Obrigatório: capacidade de re-
3.1 — Incapacidade dos membros e membros discriminativas. ação a múltiplos estímulos
artificiais. — É causa de inaptidão a amputação ou para- visuais e ou acústicos, através
lisação dos membros. A amputação de uma ou das duas de mãos e pés que impliquem
associações específicas entre
pernas abaixo dos joelhos, desde que se conserve toda a estímulos e respostas.
força muscular, a liberdade de movimentos do dorso, da Psicossocial . . . . . 4 — Fatores de persona- A aferir mediante entrevista ou
anca e das articulações dos joelhos e se possua prótese bem lidade. prova projetiva.
ajustada, permite o exercício da especialidade de operador Maturidade psicológica e Capacidade de se comportar de
responsabilidade. forma racional, de acordo
de central de alarmes. com regras e deveres estabe-
3.2 — É inapto quem sofra de paraplegia. lecidos, assumindo as suas
4 — Doenças cardiovasculares. — É inapto quem sofra condutas.
de problemas graves do ritmo cardíaco, angina de peito Estabilidade emocional Capacidade de controlar e ex-
primir reações emocionais de
que se manifeste em repouso ou na emoção e insuficiência forma adequada sem influen-
cardíaca grave. ciar a eficiência de desempe-
5 — Diabetes mellitus. — É considerado apto quem nho e ou interferir com outras
pessoas.
sofra de diabetes mellitus em tratamento com antidiabé- Despiste psicopatoló- Perturbações do foro psíquico
ticos orais ou insulina mediante apresentação de relatório gico. que possam implicar riscos
do médico assistente que comprove o bom controlo me- face à segurança no trabalho.
tabólico e o acompanhamento regular e que ateste que o Atitudes e comportamen- Predisposições para ações e ou
tos de risco face à se- condutas que possam impli-
interessado possui a adequada educação terapêutica e de gurança no trabalho. car riscos face à segurança no
autocontrolo. trabalho.
É inapto quem apresente hipoglicemia grave ou recor- Competências sociais. . . Capacidade para desenvolver,
rente, demonstre não ter suficiente conhecimento do risco manter e valorizar contactos
e relações sociais e de cida-
de hipoglicemia ou que não controle adequadamente a dania bem adaptadas.
situação.
6 — Doenças neurológicas:
6.1 — É inapto quem sofra de uma doença neurológica SECÇÃO II
grave, salvo parecer favorável de médico da especiali- Inaptidão
dade.
6.2 — Os problemas neurológicos devidos a afeções 1 — É considerado inapto no exame psicológico quem
ou intervenções cirúrgicas do sistema nervoso central ou não obtenha, em qualquer dos fatores e variáveis das áreas
periférico cujo portador apresente sinais motores, sensiti- percetivo-cognitiva e psicomotora, resultado superior ao
vos ou tróficos que perturbem o equilíbrio e a coordenação percentil 16 e, na sua maioria, resultado superior ao per-
devem ser avaliados em função da capacidade funcional centil 25;
para o exercício da função. 2 — É ainda considerado inapto no exame psicológico
7 — Perturbações mentais. — É inapto quem sofra de quem manifestamente evidencie, na área psicossocial:
perturbações mentais congénitas ou adquiridas, que tradu- a) Perturbação grave da personalidade ou manifestações
zam redução apreciável das capacidades mentais, incluindo psicopatológicas;
atrasos mentais e perturbações graves do comportamento, b) Instabilidade emocional;
da capacidade cognitiva ou da personalidade, suscetíveis c) Agressividade, impulsividade ou irritabilidade;
de modificar a capacidade de julgamento ou que, de algum d) Comportamento antissocial;
modo, impliquem diminuição da eficiência ou segurança e) Comportamentos que traduzam atitudes inadaptadas
no trabalho. e ou de risco face à segurança de pessoas e bens;
Diário da República, 1.ª série — N.º 128 — 8 de julho de 2019 3415

f) Comportamentos que revelem a tendência para abu- 2 — O disposto no n.º 1 do presente artigo não obsta
sar de bebidas alcoólicas ou evidenciem dificuldade em ao caráter de gratuitidade plasmado no artigo 44.º
dissociar o seu consumo do exercício de funções;
g) Comportamentos que revelem a tendência para abusar Artigo 44.º-B
de substâncias psicotrópicas ou evidenciem dificuldade em Direitos laborais
dissociar o seu consumo do exercício de funções.
112398139 1 — Durante a vigência do contrato de acolhimento,
a pessoa singular ou um elemento da família de aco-
Lei n.º 47/2019 lhimento dispõem do direito a faltas para assistência
à criança ou jovem, sendo aplicável, com as devidas
de 8 de julho adaptações, o regime previsto no artigo 49.º e nas alí-
neas e) e f) do n.º 2 do artigo 249.º do Código do Tra-
Primeira alteração ao Regime de Execução do Acolhimento Familiar, balho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro fevereiro, incluindo a falta ocorrida na data de início
do acolhimento.
A Assembleia da República decreta, nos termos da 2 — O disposto no n.º 1 não obsta ao caráter de gra-
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: tuitidade plasmado no artigo 44.º
3 — A mãe e o pai trabalhadores envolvidos no pro-
Artigo 1.º cesso de acolhimento familiar de crianças até 1 ano de
Objeto
idade têm direito a licença parental, sendo aplicável,
com as devidas adaptações, o regime previsto nos arti-
A presente lei altera o Regime de Execução do Acolhi- gos 40.º a 44.º do Código do Trabalho.
mento Familiar, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/2008,
de 17 de janeiro. Artigo 44.º-C
Artigo 2.º Direito ao subsídio para a manutenção da criança ou jovem
Alteração ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro A natureza gratuita da prestação de serviço de aco-
lhimento obsta ao pagamento da retribuição prevista na
É alterado o artigo 44.º do Decreto-Lei n.º 11/2008, de alínea d) do n.º 3 do artigo 20.º, mantendo-se o direito
17 de janeiro, que passa a ter a seguinte redação: ao subsídio previsto na alínea e) do mesmo artigo.»
«Artigo 44.º Artigo 4.º
[...] Entrada em vigor
1 — O regime previsto no presente decreto-lei aplica- A presente lei entra em vigor com o Orçamento do
-se ainda, com as alterações decorrentes da natureza não Estado subsequente ao da sua publicação.
onerosa do contrato, às situações em que o serviço de
acolhimento é prestado gratuitamente por pessoa singu- Aprovada em 26 de abril de 2019.
lar ou família que estejam habilitadas para o efeito. O Presidente da Assembleia da República, Eduardo
2 — Não é aplicável às situações previstas no número Ferro Rodrigues.
anterior, atenta a sua natureza gratuita, o disposto na
Promulgada em 25 de junho de 2019.
alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º e no n.º 2 do artigo 21.º
3 — Às situações previstas no n.º 1 é ainda aplicável Publique-se.
o disposto nos artigos 44.º-A, 44.º-B e 44.º-C.» O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
Artigo 3.º Referendada em 27 de junho de 2019.
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de janeiro O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
112411949
São aditados ao Decreto-Lei n.º 11/2008, de 17 de ja-
neiro, os artigos 44.º-A a 44.º-C com a seguinte redação: Lei n.º 48/2019
«Artigo 44.º-A de 8 de julho
Deduções à coleta
Regime de confidencialidade nas técnicas de procriação
1 — Durante a vigência do contrato de acolhimento, medicamente assistida, procedendo à sexta alteração à Lei
a criança ou jovem será considerado: n.º 32/2006, de 26 de julho (procriação medicamente assistida)
a) Membro do agregado familiar, para os efeitos dos A Assembleia da República decreta, nos termos da
artigos 78.º-C e 78.º-D do Código do Imposto sobre alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Rendimento de Pessoas Singulares;
b) Dependente da pessoa singular ou da família, para Artigo 1.º
os efeitos previstos no artigo 78.º-A do Código do Im-
Objeto
posto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, sendo
a dedução calculada de forma proporcional à duração, A presente lei introduz a sexta alteração à Lei n.º 32/2006,
no ano em causa, do período do acolhimento. de 26 de julho (procriação medicamente assistida), alterada

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