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COTIP – Colégio Técnico e Industrial de Piracicaba 1

(Escola de Ensino Médio e Educação Profissional da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba)

FILTROS

1. Filtros rotativos
Define-se filtração como a separação de sólidos suspensos em um líquido
pela passagem através de um meio permeável (meio de filtragem).
Objetivo: processar todo o lodo, obtendo uma torta com pol menor que 1%
sendo esse parâmetro para avaliação do desempenho da extração de filtração.

1.1. Tambor rotativo


É um cilindro construído em aço carbono ou inox, onde é fixado na parte
externa o meio filtrante e, na interna a tubulação de sucção.

1.2. Contra Tela


Tem por finalidade a circulação do fluxo de caldo filtrado pela superfície
externa do tambor

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Açúcar e Álcool
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1.3. Tela
Finalidade, é permitir a passagem do fluxo de filtrado retendo sobre a mesma
uma camada denominada torta.

1.4. Canaletas de fixação


Tem em formato de “u” soldado á parte externa do tambor rotativo onde são
encaixadas as laterais da tela e com pressão dos fixadores.

1.5. Tubulação de sucção


Conduz o fluxo de caldo filtrado até o cabeçote, posteriormente ao separador
de arraste e caixa de caldo filtrado.

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Açúcar e Álcool
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1.6. Cabeçote
Proporciona ao equipamento duas ou três seções de vácuo na superfície
filtrante, ou seja, baixo vácuo e alto vácuo.

1.7. Coxo
Sua finalidade é de armazenar de forma continua o lodo a ser processado
pelo filtro rotativo.

1.8. Agitador de lodo


Sua finalidade é agitar o lodo dentro do cocho para que não haja decantação
de sólidos (bagacilho, areia etc...).

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1.9. Mangote
Sua função a fazer a correção entre o cabeçote e a tubulação de caldo.

1.10. Raspa
Sua função retirar a camada de torta do filtro, permitindo o trabalho contínuo.

1.11. Sistema de lavagem da torta


São tubulações de água quente instaladas sobre o tambor do filtro providas
de furos, ou bicos que tem como objetivo efetuar lavagem uniforme sobre toda a
camada de torta do meio filtrante.

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1.12. Bomba de vácuo


Como o trabalho dos filtros é possível através de pressão negativa é
necessário que cada equipamento tenha sua bomba de vácuo.

1.13. Sistema de vácuo


Trata-se de um condensador barométrico, provido em seu interior de um
espelho perfurado na parte superior do condensador, temos uma entrada de água
fornecida pela torre de resfriamento de água.

1.14. Balões de caldo


Cada equipamento possui dois balões construídos em chapas de aço carbono
revestidos com chapa de inox com objetivo de receber o caldo filtrado extraído do
baixo e alto vácuo.

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1.15. Caixa de caldo filtrado


Tem como finalidade receber todo caldo filtrado processado pelos filtros
rotativos.
Observação: todas as tubulações de caldo afogado, não permitindo assim a
entrada de ar, que prejudicaria o vácuo dos filtros.

1.16. Caixa de lodo


Tem como finalidade receber o lodo de todos os decantadores alem do
retorno de lodo dos filtros, misturado com o bagacilho e resíduo das peneiras de
caldo clarificado.

1.17. Misturador de lodo


Nada mais é do que um tanque onde tem entradas de lodo e bagacilho,
providas de agitador, sua finalidade principal é fazer a mistura destes dois produtos.

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1.18. Sistema classificador de bagacilho


É o equipamento que irá determinar o volume e granulometria de bagacilho
que irá ser utilizado nos filtros rotativos.

1.19. Moega de torta


Trata-se de uma caixa cônica construídas de chapas de aço carbono que
recebe a torta a ser produzida pelo filtro.

2. Cuidados
- A temperatura do lodo não menor que 80°C, que diminui a viscosidade e
impede a solidificação de gomas e ceras.
- O pH deverá ser corrigido para valores entre 7,5 e 8,5, para facilitar a
manutenção dos flocos e melhorar a filtrabilidade.
- A água para lavagem da torta; deve ser filtrada, para evitar o entupimento dos
bicos, e quente, com temperatura superior a 80°C, efetuar periodicamente
inspeção e limpeza / substituição de bicos entupidos. .
- Acompanhamento das pressões de operação
Baixo vácuo 7 a 10 Hg
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Alto vácuo 20 a 22 Hg
- Os vacuômetros instalados nos filtros devem realmente funcionar, sendo
calibrados e aferidos, permitindo a verificação das pressões aplicadas.
- Rotação do tambor de 10 a 15 rpm, velocidade mais baixas melhoram a
eficiência de redução de Pol da torta.
- Espessura da torta; de 7 a 10 mm permitem resultados favoráveis. Esta
relacionada à velocidade de rotação do filtro.
- Quantidade de bagacilho adicionada 2,5 a 3,0% de bagacilho seco em
relação ao lodo de alimentação, ou 3,0 a 5,0 Kg por tonelada de cana moída.
- Minimizar o retorno de lodo das bacias dos filtros para evitar recirculação.
- Efetuar raspagem das telas dos filtros nas áreas “obstruídas” por ceras.
- Transborda da caixa de lodo para canaleta causa perda de açúcar e diminuir
a eficiência industrial.

3. Bagacilho
- Em excesso eleva demais a espessura da torta, aumentando a pol da torta.
- A falta de bagacilho reduz a filtrabilidade, permite obstrução de telas e
entupimento de tubulações devidas a maior quantidade de sólidos do lodo
passando com caldo.
- É interessante se avaliar periodicamente a retenção dos filtros, que deve se
manter acima de 85%. Se a retenção se situar numa faixa muito baixa
certamente sobrecarregara a decantação.

4. Fatores que afetam a retenção


- Concentração do lodo.
- Qualidade e quantidade do bagacilho adicionado
- Faixa de vácuo durante a pega
- Tempo de formação da torta

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