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Introdução

Em pleno século XXI, o desenvolvimento capitalista continua

baseando-se em fontes de energia cada vez mais escassas e poluentes.

Tudo começou com a Primeira Revolução Industrial, que difundiu o uso

do carvão mineral. Mais tarde, com o advento da Segunda Revolução

Industrial, o uso do petróleo e de seus derivados passou a ser a principal

fonte de matriz energética mundial. As teorias desenvolvimentistas durante

essa época não tinham qualquer preocupação com a sustentabilidade

ambiental, tampouco com os impactos causados pelo uso exagerado dos

recursos naturais. Com o passar dos anos, percebeu-se que os recursos

naturais, um dia, podem se esgotar.

Biocombustíveis

Os biocombustíveis são um tipo de combustível de origem biológica

ou natural. Trata-se de fonte renovável de energia utilizada através da

queima de biomassa ou de seus derivados, tais como o etanol (álcool para

combustível), o biodiesel, o biogás, o óleo vegetal, dentre outros. A biomassa

é qualquer material de constituição orgânica, que pode ser utilizado para

produção de energia. Os biocombustíveis são uma das formas sob as

quais a biomassa pode ser utilizada. São vistos como alternativa

econômico-ambiental quando se pensa em reduzir a queima de combustíveis

fósseis. Na maioria das vezes, os tipos de biomassa utilizados como

matérias-primas dos biocombustíveis são as plantas oleaginosas. No Brasil,

os vegetais mais utilizados, nesse caso, são a cana-de-açúcar, a mamona,

a palma, o girassol, o babaçu, a soja, o milho, etc.

Podem-se citar várias vantagens dos biocombustíveis, tais como:

menor índice de poluição com a sua queima e processamento, podem ser

cultivados, logo, são renováveis; geram empregos em sua cadeia produtiva;

diminuem a dependência em relação aos combustíveis fósseis e

proporcionam o aumento dos índices de exportação do País, favorecendo,

assim, a balança comercial. Porém, também existem desvantagens em


relação aos biocombustíveis, como, por exemplo, a necessidade de amplas

áreas agricultáveis (o que poderá intensificar o desmatamento em

decorrência da expansão da fronteira agrícola) e podem, ainda, exercer

uma pressão sobre o preço dos alimentos. Esses podem sofrer uma

significativa diminuição na produção dando lugar à produção de biomassa.

O ser humano sempre utilizou energias renováveis, como, por exemplo,

o uso da lenha como combustível. Todavia, no início do século XX, a

partir do início do processo de industrialização nacional, o Brasil procurou

diminuir a dependência da importação de petróleo, passando, assim, a

incentivar o uso e a produção de fontes alternativas de energia. Ressalta-

se que a produção de biocombustíveis brasileiros está voltada,

fundamentalmente, para dois segmentos do setor: o etanol e o biodiesel.

Segundo Ribeiro,

o etanol é um biocombustível altamente inflamável que pode ser

obtido a partir da cana de açúcar, do milho, da beterraba, da

mandioca, da batata, sendo a cana mais utilizada devido a sua

maior produtividade diante das outras culturas. Ele pode ser

utilizado puro ou misturado com gasolina. (2014).

As vantagens dos Biocombustíveis

Além de permitirem reduzir a dependência energética em relação aos combustíveis


fósseis, os biocombustíveis são produzidos a partir de plantas que absorvem CO2
e permitem a produção de combustíveis que não emitem gases com efeito de estufa,
os principais responsáveis pelo aquecimento global. Esta característica
dos biocombustíveis fez com que, em Março de 2007, os Estados-Membros da UE
reunidos em Conselho adoptassem um objectivo vinculativo de utilização de, pelo
menos, 10% de biocombustíveis, nos combustíveis utilizados no sector dos
transportes, até 2020.
As desvantagens dos Biocombustíveis

Apesar das vantagens apontadas, a utilização de biocombustíveis é um tema


controverso. Em primeiro lugar, porque a produção de biocombustíveis consome
muita energia e baseia-se em culturas intensivas, que produzem um gás com efeito
de estufa, o óxido de azoto, que também tem efeitos no aquecimento global.

Além disso, muitas das terras utilizadas para o cultivo das plantas eram
anteriormente regiões com grande capacidade de absorção de CO2, como é o caso
das florestas tropicais. Para ter uma ideia da extensão e do impacto dos efeitos
perversos dos biocombustíveis, basta analisar a desflorestação da América Central
e da Ásia.

Outras desvantagens apontadas dizem respeito à poluição provocada pelas culturas


intensivas, ao elevado consumo de água e à perda da diversidade biológica e dos
habitats alimentares.

Existe ainda o receio de que a utilização das culturas para produção de


biocombustíveis venha a provocar a falta e o consequente aumento do preço dos
produtos agro-alimentares.

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