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2 – A Evolução do

Pensamento em Administração
2.1 – Teorias em administração
2.2 – Organizar e administrar como práticas seculares
2.3 – Condições geradoras do processo administrativo
2.4 – Escola clássica de administração
2.5 – Enfoque comportamental
2.6 – Teoria dos sistemas e enfoque contingencial
2.7 – Considerações finais

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Prof. Ms. Paulo Cristiano de Oliveira
2.1 – Teorias em
administração
 As teorias influenciam a prática, servindo
como guia para as decisões da
administração.
 As teorias influenciam a forma como
enxergamos as pessoas, as organizações e
o meio em que elas estão inseridas.
 As teorias servem como fonte de
compreensão e/ou previsão de práticas
observadas nas organizações.

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2.2 – Organizar e administrar
como práticas seculares
 Pensamento sistemático acerca da
administração é considerado um
empreendimento histórico recente.
 Origem da palavra administração: do latim
ad (direção, tendência para) e minister
(subordinação ou obediência).

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2.2 – Organizar e administrar
como práticas seculares
 Exemplos históricos:
 Atividades comerciais e governamentais por
volta de 5.000 a.C;
 Pirâmides egípcias e Grande Muralha da China
são exemplos de projetos de grande escopo e
amplitude que envolveram milhares de pessoas
desde 4.000 a.C;
 Conceitos e técnicas, como organização,
hierarquia, logística, planejamento, encontram-
se em organizações militares desde 3.500 a.C;

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2.3 – Condições geradoras do
pensamento administrativo
 Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo
 Meados do século XVIII marca o declínio
feudalismo.
 Transferência da habilidade do artesão para
máquina.
 Desaparecimento de pequenas oficinas e
surgimento das fábricas.
 A mecanização exige a divisão do trabalho e a
simplificação das operações.
 Surgem os primeiros problemas de gerência e
também os sindicatos.
 Processo de modernização das sociedades ocidentais
 Emergência de uma lógica de mercado.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Dividida em três correntes:
 Administração científica
 Gestão Administrativa
 Teoria da Burocracia

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica
 Principal representante: Frederick
Winslow Taylor (1856-1915)
 Principal obra: Princípios de
administração científica (1911)
 “Há uma única maneira certa para
desenvolver cada tarefa”

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica

Taylor cronometrando o tempo

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica
 Pressupostos:
 Homo economicus (ser humano
essencialmente egoísta e racional,
orientado por motivações materiais).
 A organização considerada como sistema
fechado, foco em processos internos.
 Existe uma ciência da administração,
capaz de ser universalizada.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica
 Foco de análise:
 Processos operacionais de trabalho.
 Conceitos-chave:
 Existe uma única maneira certa para o
desempenho de cada atividade.
 Dissociação da concepção do trabalho e
sua execução (tarefa/trabalhador).
 Remuneração baseada em incentivos
materiais.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica
 Contribuições:
 Melhoria acentuada da produtividade e
da eficiência.
 Relaciona remuneração com
produtividade.
 Cria base para o desenvolvimento da
cadeia de produção e propicia a
produção em série.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Administração científica
 Limitações:
 Não considerava as influências das
forças externas (concepção de sistema
fechado).
 Baseava-se em pressupostos
motivacionais materiais e simplistas.
 Criava condições propícias para a
alienação do trabalhador, uma vez que
aumentava excessivamente o processo
de especialização e divisão do trabalho.
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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Principal representante:
Henri Fayol (1841-1925)
 Principal obra:
Administração Industrial
e Geral
 Define áreas, operações
e princípios de
administração.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Pressupostos:
 Foco interno
 Existem princípios gerais da
administração, capazes de serem
universalizados.
 Existe a ciência da administração.
 Foco de análise:
 A organização como um todo.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Conceitos-chave:
 6 áreas de operações empresariais:
 Operações técnicas, comerciais,
financeiras, segurança, contabilidade,
administração.
 5 funções da administração:
 Prever, organizar, comandar, coordenar,
controlar.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Conceitos-chave:
 14 princípios da administração:
 Divisão de trabalho
 Autoridade e responsabilidade
 Disciplina
 Unidade de comando
 Unidade de direção
 Subordinação do interesse individual ao
interesse geral
 Remuneração do pessoal

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Conceitos-chave:
 14 princípios da administração (cont.):
 Centralização
 Hierarquia
 Ordem
 Eqüidade
 Estabilidade de pessoal
 Iniciativa
 Espírito de equipe

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Contribuições:
 A administração pode ser vista como
uma profissão capaz de ser treinada e
desenvolvida.
 Muitos princípios ainda têm validade na
atualidade.
 Marca a forma de compreender a
administração como processo, composto
por funções-chave, visão que prevalece
até hoje.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Gestão administrativa
 Limitações:
 Prevalece a concepção da organização
como um sistema fechado, não dando a
devida importância aos fatores externos.
 Os pressupostos motivacionais ainda são
de natureza material e simplista.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Teoria da burocracia
 Principal representante: Max Weber
(1864-1920)
 Burocracia significa “poder do
escritório”
 A administração burocrática consiste no
exercício da dominação baseado no
saber.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Teoria da burocracia
 Pressupostos:
 Trata-se de um modelo ideal (impossível
de ser encontrado na prática em sua
forma pura).
 Foco interno à organização.
 Foco de análise:
 A organização como um todo.

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Teoria da burocracia
 Conceitos-chave:
 7 princípios da burocracia:
 Divisão do trabalho
 Impessoalidade
 Hierarquia
 Profissionalismo
 Padronização e formalização
 Autoridade
 Separação de domínios público e privado

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2.4 – Escola clássica
de administração
 Teoria da burocracia
 Contribuições:
 Predomínio da lógica científica.
 Consolidação de análises racionais.
 Caráter democrático.
 Limitações:
 Organização como sistema fechado.
 Possível rigidez pela formalização e
abuso de poder tecnocrático.

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Escola de relações humanas
 Abordagem comportamental

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Escola de relações humanas
 Principal expoente: Elton Mayo (1880-
1949)
 Experiência de Hawthorne
 Crença de que as necessidades sociais
tinham precedência sobre necessidades
econômicas.

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Escola de relações humanas
 Pressupostos:
 Homem social
 Foco interno à organização
 A organização é um sistema social
 Foco de análise:
 O indivíduo e os grupos informais nas
organizações

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Escola de relações humanas
 Conceitos-chave:
 Produtividade e eficiência são
influenciadas pelos grupos informais de
trabalho.
 A autoridade do gerente de se basear
em competências sociais, em vez de
técnicas.

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Escola de relações humanas
 Contribuições:
 Fator humano na análise organizacional.
 Alerta sobre o impacto da motivação
humana no desempenho da organização.
 Limitações:
 Organização como sistema fechado.
 Organização como sistema social.
 Trabalhadores felizes nem sempre são
mais produtivos.
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2.5 – Enfoque
comportamental
 Abordagem comportamental
 Representantes: Abraham Maslow (1908-
1970); Douglas McGregor (1906-1964);
Frederic Herzberg (1923-2000)
 Estudos propõem um conjunto de
medidas de mudanças no trabalho e nas
estruturas organizacionais de forma a
alinhar a necessidade de auto-
desenvolvimento e realização do ser
humano aos objetivos organizacionais
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2.5 – Enfoque
comportamental
 Abordagem comportamental
 Pressupostos:
 Homem complexo
 Foco nos indivíduos e na sua relação com o
contexto
 Foco de análise:
 Comportamento de grupos nas
organizações

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2.5 – Enfoque
comportamental
 Abordagem comportamental
 Conceitos-chave:
 Motivação e fatores motivacionais
 Liderança
 Contribuições:
 Aumento da complexidade nas teorias de
motivação e liderança.
 Melhor eficiência organizacional.
 Importância do desenvolvimento de RH.
 Novas práticas: participação e autonomia.
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2.5 – Enfoque
comportamental
 Abordagem comportamental
 Limitações:
 Abordagem de manipulação motivacional
do trabalhador.
 Abordagem essencialmente descritiva,
como poucas prescrições para a prática
das organizações.
 Falta de comprovação empírica de algumas
de suas teorias.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 A teoria dos sistemas
 Enfoque contingencial

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 A teoria dos sistemas
 Influência da obra de Ludwig Von
Bertalanffy (1950)
 Fornece um meio para interpretar as
organizações e contribui para uma
abertura das visões interna e externa.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 A teoria dos sistemas
 Pressupostos:
 As organizações devem ser vistas como
sistemas abertos.
 Foco de análise:
 A organização, seus subsistemas e a
interação com o ambiente onde se insere.
 Conceitos-chave:
 Organização como sistema aberto
 Interação com o ambiente
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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 A teoria dos sistemas
 Contribuições:
 Percebe relações importantes entre
subsistemas organizacionais que
influenciam o alcance dos objetivos da
organizações.
 Desmistifica a “ótima solução
administrativa”.
 Expande fronteiras da organização.
 Reconhece variáveis ambientais.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 A teoria dos sistemas
 Limitações:
 Não oferece direcionamento sobre as
funções e práticas gerenciais.
 Conceitos transpostos de ciências
biológicas e naturais nem sempre levam
em consideração a complexidade e a
unicidade da vida social.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 Enfoque contingencial
 Não existe uma única melhor maneira
de administrar e organizar.
 Há mais de uma forma de atingir
objetivos propostos.
 Depende de variáveis contingenciais.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 Enfoque contingencial
 Pressupostos:
 As organizações devem ser vistas como
sistemas abertos.
 Foco de análise:
 A organização, seus subsistemas e a
interação com o ambiente em que atua.

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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 Enfoque contingencial
 Conceitos-chave:
 Não existe uma única melhor maneira.
 Existe mais de uma forma de atingir os
objetivos propostos.
 Contingências tais como tarefa,
tamanho, tecnologia, características do
ambiente.
 Cabe ao administrador adaptar sua
organização às características do
ambiente.
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2.6 – Teoria dos sistemas e
enfoque contingencial
 Enfoque contingencial
 Contribuições:
 Identificação de várias contingências
(mediante pesquisas empíricas).
 Contextação de antigos princípios.
 Limitações:
 Cai em certo relativismo (tudo depende).

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2.7 – Considerações finais
 Com base na análise histórica, é possível
compreender:
 a relação existente entre o estágio inicial de
desenvolvimento do capitalismo e o
surgimento da teoria clássica.
 o impacto da psicologia na escola das relações
humanas.
 a influência da Segunda Guerra Mundial na
teoria geral dos sistemas.
 a evolução do pensamento em administração é
estreitamente relacionada com as condições
socioeconômicas de determinado período.
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Referências
 AMARU, A. C. Introdução a Administração. São
Paulo: Atlas, 2004.
 CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da
Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
 MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração.
São Paulo. Atlas, 2004.
 SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática
no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson – Prentice
Hall, 2008.
 SILVA, R. O. Teorias da Administração. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2001.

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