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Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem geral, para
garantir a protecção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais,
devem-se utilizar os equipamentos de protecção individual (EPI).
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do trabalhador, que fica danificado, mas o trabalhador não sofre nenhuma lesão.
Neste contexto, o acidente ocorreu mas a lesão foi prevenida.
Deste modo ao terminar o estudo desta unidade didáctica, você deve ser capaz
de:
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Objectivos
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Esquema de apresentação
1. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
1.1. Equipamentos de protecção colectiva
1.2. Equipamentos de protecção individual
1.2.1. Aspectos técnicos dos equipamentos de protecção individual
1.2.2. Classificação dos equipamentos de protecção individual
3. O FOGO
3.1. Combustível
3.2. Causas de incendios
3.3. Pontos críticos de temperatura
3.4. Classes de incêndios
3.5. Combate ao fogo
3.6. Classificação e aplicação dos extintores
3.7. Como empregar os agentes extintores
3.8. Manutenção e revisão de extintores
4. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
4.1. Sinais de perigo
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4.2. Sinais de proibição
4.3. Sinais de obrigação
4.4. Sinais de emergência
RESUMO
AUTOAVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
GLOSSÁRIO
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Desenvolvimento dos conteúdos
1. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
Observação reflexiva
Os equipamentos de protecção podem ser:
De protecção colectiva;
Os equipamentos de
De protecção individual.
protecção servem a mim ou
a todos os trabalhadores?
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1.1. Equipamentos de protecção colectiva
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a) Como o único meio capaz de proporcionar protecção ao trabalhador que se
expõe directamente ao risco, como por exemplo, o uso de luvas para o
manuseio de produtos que sejam mecânica, física ou quimicamente
agressivos; uso de botas impermeáveis contra humidade; o uso de
máscaras apropriadas para entrar em compartimentos nos quais o ar é
contaminado por concentração de produtos tóxicos ou outras substâncias.
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equipamento de protecção individual em face do risco que se pretende
neutralizar.
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função do capacete é de neutralizar a acção agressiva nos casos de batida contra
objectos ou por objectos e queda de objectos.
Este meio de protecção tem larga aplicação nas actividades onde há trabalhos em
níveis diferentes, onde objectos elevados podem cair acidentalmente ou onde o
próprio meio em que a pessoa se movimenta possibilita batidas da cabeça.
De certa forma, protegem também os olhos, mas não são protectores específicos
para esses órgãos. Existem vários tipos de protectores faciais. A maioria dos
modelos consistem de um anteparo específico, articulado numa coroa regulável
que se ajuste à cabeça.
Para a protecção dos olhos utilizam-se óculos de diversos tipos. De referir que a
protecção dos olhos é um dos pontos mais importantes de prevenção de
acidentes. Estes órgãos preciosos e frágeis devem ser protegidos contra impactos
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de estilhaços, partículas volantes, fagulhas, respingos de produtos químicos e
metais fundentes, assim como contra efeitos perniciosos de radiações luminosas
e caloríficas.
Outros órgão que requerem protecção são os ouvidos, os quais podem ser
afectados de forma irreversível por ruídos intensos. Existem muitos meios de
protecção para os ouvidos, sendo os mais usuais os dispositivos tipo tampão, que
se introduzem na parte inicial do canal auditivo e que reduzem bastante a
intensidade das vibrações sonoras que atingem os tímpanos. Os protectores tipo
fone são mais eficientes para ruídos mais intensos e principalmente de alta
frequência.
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Fig. 1.5 – Protectores para os ouvidos
Esse uso compulsivo das mãos faz com que elas se exponham a uma larga gama
de agressividades contundentes, abrasivas, cortantes, perfurantes, térmicas,
químicas etc.
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Fig. 1.6 – Protectores para os membros superiores
Para protecção dos pés usam-se calçados de vários tipos, que os protegem
contra impactos e quedas de objectos, desconforto térmico, contra produtos
químicos, humidade etc.
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Contra efeitos térmicos nocivos, também existem calçados apropriados. Tratando-
se de químicos agressivos, tais como ácidos, solução de soda cáustica etc., as
botas impermeáveis são os protectores mais adequados.
A protecção externa do tronco é feita por equipamentos que muitas das vezes
estendem a acção protectora para todo o corpo, e se resumem em aventais, fato
macaco, capas etc., empregues nas mais variadas tarefas para prevenção contra
agentes agressivos.
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Contra riscos leves de cortes e atrito são usados aventais de lona. Contra riscos
mais sérios de cortes e atrito, tais como manuseio de chapas grandes com
arestas cortantes são usados aventais de raspa de couro que são mais
resistentes ao atrito.
Roupa resistente deve ser usada contra atrito e possíveis cortes. Roupas térmicas
ou em forma de casaco são usados contra riscos de altas temperaturas. Quando
aluminizadas, essas roupas são mais eficientes para isolação do calor radiante.
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Fig. 1.11 – Trabalhador usando máscara
Outras vezes é facial, cobrindo todo o rosto. Neste caso, a máscara é provida de
um visor panorâmico ou um tipo de óculo ampla visão. É o tipo mais
frequentemente usado quando o risco pode causar danos também ao rosto e aos
olhos.
Qualquer tipo de máscara deve permitir vedação perfeita nas áreas de contacto
com o rosto. O modelo característico de moldagem do material e as dimensões da
máscara são factores que em muito favorecem a boa adaptação ao rosto. O
sistema de sustentação na cabeça, com elástico, presilhas e fivelas também é
muito importante para a boa vedação.
f) Cinturão de segurança
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precipitar-se ao solo ou ao outro nível inferior se não tiverem usado esse
equipamento de protecção individual.
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Experimentação Activa (1)
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2. RISCOS E CONDIÇÕES AMBIENTAIS NO POSTO DE TRABALHO
Certos riscos ambientais são invisíveis, pois, alguns deles não são captados pelos
órgãos dos sentidos (audição, visão, olfacto, paladar e tacto), fazendo com que o
trabalhador não se sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele não
dar importância à prevenção.
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com algum tipo de produto químico ou produtos minerais. Este tipo de doença
progride lentamente, tornando difícil seu diagnóstico inicial, acabando a doença
por se manifestar muito mais tarde e muitas vezes sem recuperação .
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2.1.1. Riscos físicos
Mas, quando essas condições fogem muito dos limites de tolerância, atinge-se
facilmente o incómodo e a irritação determinando muitas vezes o aparecimento de
cansaço, a queda de produção, falta de motivação e desconcentração.
a) Ruído
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O ruído é pois um agente físico que pode afectar de modo significativo a
qualidade de vida. Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado
medidor de pressão sonora, e a unidade usada como medida é o decibel (dB).
b) Vibrações
Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser resumidos nos seguintes
casos :
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Frequência entre 8 e 1000 Hz - o uso prolongado de martelos pneumáticos ou
motosserras, conduz a complicações nos vasos sanguíneos e articulações e á
diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem ser permanentes.
c) Amplitudes Térmicas
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Neutros (escritórios).
d) Stress Térmico
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As medidas a tomar para minimizar os efeitos do stress térmico podem passar
por:
Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o
organismo;
Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber alcoól;
Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos no
organismo, moderar o consumo de cafeína.
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Quanto aos agentes líquidos, eles apresentam-se sob a forma de solventes,
tintas, vernizes ou esmaltes. Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e
podem penetrar no organismo do trabalhador por:
Via digestiva - se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos sujas, ou que
ficaram muito tempo expostas a produtos químicos, parte das substâncias
químicas serão ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo
provocar sérios riscos à saúde.
Falso remédio !
Quando se respira um ar com produtos químicos, eles são arrastados para os
pulmões.
Quando se bebe um copo de leite, ele vai para o estômago. Daí a pergunta: o que
o leite tem a ver como desintoxicante pulmonar por substâncias nocivas?
Resposta: Nada! O leite pode ser considerado alimento, nunca um preventivo de
intoxicação. Sua utilização é até prejudicial, uma vez que acreditando no seu
valor, as medidas de higiene industrial e os cuidados higiénicos ficam em
segundo plano.
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As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são obtidas
por meio de aparelhos especiais que medem a concentração, ou seja,
percentagem existente em relação ao ar atmosférico.
Concentração Limite é um valor que nunca deve ser ultrapassado mesmo que a
“concentração média” esteja abaixo do Valor Limite. As substâncias químicas
quando absorvidas pelo organismo em quantidades suficientes, podem provocar
lesões no mesmo. Assim surge a definição de dose - quantidade de substância
absorvida pelo organismo.
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2.1.2.2. Efeitos dos poluentes químicos
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Fibras - Partículas não esféricas, geralmente o seu comprimento excede em 3
vezes o seu diâmetro.
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Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele,
são responsáveis por algumas doenças profissionais, podendo dar origem a
doenças menos graves como infecções intestinais ou a simples gripe, ou mais
graves como a hepatite, meningite ou Sida.
Verifica-se algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados
ás características do operador, quer quanto à posição da máquina com que
trabalha, quer no espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais
que utiliza nas suas funções.
Para estudar as implicações destes problemas existe uma ciência que avalia as
condições de trabalho do operador, quanto ao esforço que o mesmo realiza para
executar as suas tarefas.
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Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o
homem e o seu ambiente de trabalho. Segundo um conceito Ergonómico a
execução de tarefas deve ser feita com o mínimo de consumo energético de
modo a sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos, assim como
para a protecção do próprio trabalhador.
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Postura inadequada no exercício das actividade;
Exigências rigorosas de produtividade;
Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos;
Actividades monótonas ou repetitivas.
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco
produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças
inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não
tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos. As
doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga
muscular, que gera fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos
atingidos.
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Deficiências de layout ;
Iluminação excessiva ou deficiente;
Uso inadequado de cores.
Esforço estático – uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo
humano. Altura do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve
ter apoio para os pés sempre que necessário, etc...
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Rampas e escadas – para rampas a inclinação deve ser entre 0 e 20 º. Para
escadas a inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e
20 Cm. Largura mínima do degrau é de 51 Cm. Etc...
Portas e tectos – Altura mínima de uma porta é de 200 Cm. Altura mínima de um
tecto é de 200 Cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura
mínima de 152 Cm.
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Experimentação Activa (2)
caro(a) estudante!
5. Analise seu ambiente de trabalho e faça uma lista dos factores de risco
existentes. Depois, classifique-os em riscos físicos, riscos químicos, riscos
biológicos, riscos ergonómicos.
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3. O FOGO
(que permite a queima, como o oxigênio) e Em cada hora morre pelo menos
Observação reflexiva
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queimar; e finalmente deve haver um contínuo suprimento de oxigênio para
alimentar a combustão.
3.1. Combustível
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O Comburente é o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a
combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a
21%.
Sabemos que é necessário unir três elementos para que o fogo apareça,
entretanto, por vezes esses três elementos estão presentes e o fogo não ocorre,
porque a quantidade de calor é insuficiente para queimar o combustível.
Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre
a chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases);
se deixarmos por algum tempo, observaremos que um dado momento o referido
combustível se incendiará sem que haja contacto com a chama externa. Para que
o óleo aquecido lentamente comece a queimar, ele passou por três pontos de
aquecimento que chamaremos de: Ponto de fulgor, Ponto de combustão, Ponto
de ignição.
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Ponto de combustão é a temperatura na qual um combustível desprende vapores
(gases), que se tomarem contacto directo com uma chama queimarão, até que
acabe o combustível.
Do ponto de vista científico o fogo ocorre quando estão presentes os três fatores:
combustível, oxigênio e calor suficiente para levar o combustível ao ponto de
ignição. Por trás desses três fatores está o próprio homem, responsável por três
quartos dos incêndios destruidores, devido à falta de precaução ou descuido. A
quarta parte restante tem causas diversas, possivelmente estáveis.
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A seleção de um sistema de segurança deve ser determinada pela probabilidade
de ocorrência do incêndio e o consequente risco à segurança das vidas.
Adicionalmente, é necessário identificar a extensão do dano à propriedade que
pode ser considerada tolerável.
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A extinção de incêndios baseia-se na eliminação de um ou mais dos três fatores
essenciais à combustão. Assim, para apagar o fogo impedimos o suprimento de
oxigênio, retiramos o combustível e colocamos a temperatura do material
queimado abaixo do ponto de ignição. A exclusão do oxigênio e a redução da
temperatura são os métodos de extinção mais usados.
Portátil - Quando seu peso total for igual ou inferior a 25kg., e operado por uma
única pessoa;
Carreta - Sobre rodas e quando seu peso total passar de 25kg, ou sua operação
exigir mais de uma pessoa.
Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para
uso em combate ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e
seu acesso desobstruído.
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Fig. 3.3 – Extintores de incêndio
a) Extintor de água
Indicado com óptimo resultado para incêndios de classe "A". Contra-indicado para
as classes "B" e "C". O processo de extinção que este tipo de extintor utiliza é o
resfriamento.
O extintor de água tipo pressão injectada, tem fixado na parte externa do aparelho
um pequeno cilindro contendo o gás propelente, cuja a válvula deve ser aberta no
acto da utilização do extintor, a fim de pressurizar o ambiente interno do cilindro
permitindo o seu funcionamento. O elemento extintor é a água, que actua através
do resfriamento da área do material em combustão. O agente propulsor
(propelente) é o gás carbónico (CO2)
Veja a seguir como utilizar o extintor de água do tipo pressurizado (fig. 3.4) e do
tipo pressão injectada (fig. 3.5).
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Fig. 3.4 – Utilização do extintor de água tipo pressurizado
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pó sobre a chama que visa a exclusão do oxigénio; posteriormente são
acrescidos à nuvem, gás carbónico e o vapor de água devido a queima do pó.
Indicado com óptimo resultado para incêndios de classe "C" e sem grande
eficiência para a classe "A". Não possui contra-indicação. O processo de extinção
que este tipo de extintor utiliza é o abafamento.
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Não recolocar o aparelho no seu local costumeiro, sem antes recarregá-lo.
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Fig. 3.9 – Utilização do extintor de espuma química.
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3.7. Como empregar os agentes extintores
E
CLASSE DE AGENTES EXTINTORES
INCÊNDIO ESPUMA GÁS
ÁGUA QUÍMICA OU PÓ QUÍMICO CARBÔNICO HALON
MECÂNICA (CO2)
A
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3.8. Manutenção e revisão de extintores
EXINTOR DE ESPUMA
PERÍODO VERIFICAR
Semanal Verificar o acesso ao extintor
PERÍODO VERIFICAR
EXINTOR DE ÁGUA
PERÍODO VERIFICAR
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Examinar o aparelho, e havendo qualquer avaria mecânica, submeter o extintor ao teste
Anual hidrostático.
EXINTOR DE PÓ QUÍMICO
PERÍODO VERIFICAR
EXINTOR DE HALON
PERÍODO VERIFICAR
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Experimentação Activa (3)
caro(a) estudante!
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4. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
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3.10. Sinais de Proibição
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3.12. Sinais de Emergência
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Resumo
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Exercícios de Autoavalação
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Bibliografia
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Glossário
Fagulhas – faíscas
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