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POSTOS DE TRABALHO
(Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78 – NR17)
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Março / 2016
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Por solicitação da interessada, procedemos à avaliação ergonômica da empresa
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Introdução
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Ergonomia é a ciência das pessoas no trabalho. Ela envolve a aplicação dos
conhecimentos sobre as características do ser humano para beneficiar seu bem-estar e
os resultados de seu trabalho e da empresa. Qualquer atividade industrial pode ser
vista como um sistema homem-máquina dentro de um certo ambiente. Qualquer
sistema existe para atingir objetivos pela consecução de certas funções. Na maioria
das atividades industriais o ser humano preenche muitas destas funções. Exposição a
condições de trabalho adversas podem resultar em dores momentâneas, fadiga e
lesões a médio e longo prazo.
Ambientes de trabalho com projeto inadequado contribuem para reduzir a eficiência,
produção, qualidade e aumentar o absenteísmo e os custos de produção. A ergonomia
está preocupada em fazer a interface homem-máquina e homem-ambiente tão segura,
eficiente e confortável quanto possível, preocupando-se em primeiro plano com a
saúde do trabalhador e sua satisfação pelo trabalho e em segundo plano com o
aumento da lucratividade da empresa.
Além desta visão prevencionista que deve nortear o trabalho das empresas, a Portaria
n°. 3.214/78, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do
Trabalho e Emprego, estabelece em sua Norma Regulamentadora n°. 17 - Ergonomia,
parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente, e que deve ser observada e implementada pelos
empregadores.
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ÌNDICE GERAL DESTE DOCUMENTO
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1. Informações Gerais
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Descrição da Empresa:
Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXX
CEP: XXXXXXX
CNPJ: XXXXXXXXXXXXXXX
CNAE: 13.23-5-00
Grau de Risco: 3
Horário de Trabalho:
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Características Físicas:
Área Pé
Setor Piso Ventilação Cobertura Iluminação Paredes
construída direito
Cimento
Tecelagem I e II Telhas Lâmpadas
2023,47m² 10mt liso Artificial Alvenaria
metálicas fluorescentes
Natural +
Corte de tecidos e Cimento Telhas Lâmpadas
539,96m² 10mt sistema de Alvenaria
controle de qualidade liso amianto fluorescentes
exaustão
Cimento
Telhas Lâmpadas de
Estoque/Recebimento 308,55m² 10mt liso Natural Alvenaria
metálicas mercúrio
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2. Metodologia
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“A análise ergonômica de cada posto de trabalho foi baseada no “General Risk Factor
Checklist” (Lista de Fatores de Risco Geral) e” Manual Handling Checklist” (Lista de
Manuseio de Materiais), cujos modelos estão anexos a este relatório (AEPT- Análise
Ergonômica de Posto de Trabalho e VLMP - Verificação de Levantamento Manual de
Peso), propostos pela OSHA - Occupational Safety and Health Administration dos EUA.
O checklist de Verificação de Levantamento Manual de Pesos é baseado no "Guia de
Levantamento" (Lifting Guidelines) da NIOSH - National Institute of Occupacional
Safety and Health dos EUA.
Na avaliação postural foi utilizado o check-list REBA - (Rapid Entire Body Assesment),
a fim de detectar postura de trabalho ou fatores de risco que podem gerar desconforto
e problemas na saúde do trabalhador.
Em linhas gerais foram analisados e observados os seguintes aspectos em cada posto
de trabalho/ função:
Espaços de trabalho
Repetitividade
Uso da força dos membros superiores
Posturas
Painéis e controles
Uso de ferramentas manuais
Compressões mecânicas (estresse por contato/ martelamento)
Controle do ritmo de trabalho
Demanda visual
Puxar/empurrar carros manuais e objetos
Levantamento e transporte de materiais
Condições ambientais de trabalho
Avaliação qualitativa de outros agentes físicos e químicos
Organização geral do trabalho
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Foram também considerados todos os requisitos da Norma Regulamentadora n° 17 -
Ergonomia, quais sejam:
17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais
17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho
17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho
17.5 - Condições ambientais de trabalho
17.5.3 - Iluminação nos postos de trabalho (avaliação qualitativa)
As avaliações de conforto térmico (temperatura efetiva) foram realizadas conforme
preconizado pelo item 17.5.2, da NR-17. Foi utilizado Medidor de calor convencional
(Termômetro de globo, Termômetro úmido e termômetro seco), avaliado através do
"Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG. As avaliações de
iluminamento foram efetuadas conforme preconizado pelo item 17.5.3, da NR-17 e
NBR-5413 - Iluminância de Interiores.
3. Objetivo
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4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
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XV. Posição dos membros inferiores com particular interesse para contrações
estáticas indesejadas.
Repetitividade: quanto maior o número de movimentos desenvolvidos pelo
trabalhador, tanto maior a probabilidade do mesmo desenvolver lesões por
trauma cumulativo. Do ponto de vista ergonômico são consideradas repetitivas
tarefas com ciclos inferiores há 1,5 minutos e de particular preocupação aquelas
com ciclo inferior a 30 segundos, que são consideradas altamente repetitivas.
Compressão Mecânica: contato de parte do corpo com superfícies duras ou
com cantos vivos, com particular interesse para possíveis compressões da base
das mãos, no local onde passa o nervo mediano e cotovelo, e também
operações onde as mãos são utilizadas como "martelo".
Outros aspectos de relevância são:
Trabalho em pé em postura ortostática: a pouca movimentação gera
desconfortos em membros inferiores como dores e formigamento que se
irradiam também para as costas.
Demandas visuais: em geral requeridas em trabalhos de precisão e que
implicam em contrações musculares estáticas de membros superiores e cansaço
visual.
Fatores ambientais como ruído, vibração, calor excessivos, iluminação
deficiente que são fatores geradores de fadiga, estresse e contributivos para o
aparecimento de DORT.
Gênero: se homem ou mulher executando o trabalho, já que sabidamente
algumas atividades são incompatíveis para o trabalho feminino, particularmente
aquelas que requerem esforço físico ou padrões biomecânicos similares aqueles
executados nas atividades domésticas.
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5. CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO DA AEPT - ANÁLISE ERGONÔMICA DE
POSTO DE TRABALHO
Duração
É a quantidade de tempo que uma pessoa está exposta a um fator de risco durante a
jornada de trabalho. Determinar o tempo total de exposição a um ou mais fatores de
risco na coluna apropriada (isto é, 5 - 50 minutos, 1 - 4 horas, ou mais que 4 horas).
Por exemplo: se realizando um trabalho repetitivo de torcer/curvar o punho nos
primeiros 50 minutos da jornada de trabalho e nos 50 minutos finais, a duração total
de exposição será de 1 hora e 40 minutos. Portanto a coluna apropriada é de 1 - 4
horas.
Repetitivo
Movimento ou movimentos padronizados que se repetem há poucos segundos. O
movimento é um esforço muscular voluntário para realizar um trabalho com ou sem
mudança de postura. Por exemplo: 10 movimentos do punho por minuto ou 2
movimentos do ombro por minuto.
Carga Estática
Esforços contínuos de parte do corpo por mais de 5 minutos. Por exemplo, trabalhando
com uma das mãos sobre o plano da cabeça.
Pinçar um objeto com a ponta dos dedos que pese mais que 1 quilo tal como
uma lista telefônica.
Exemplos de posturas inadequadas:
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I. Levar o braço para trás do plano paralelo ao corpo
II. Trabalho com braço levantado acima do plano da cabeça
III. Trabalho com o braço estendido em um plano horizontal ao corpo
IV. Torcer cotovelo/antebraço
V. Curvar punho/mão e exercer esforços de pinçamento com os dedos
VI. Trabalhar agachado ou com os joelhos dobrados
VII. Trabalhar com o tronco curvado ou torcido em qualquer sentido de direção.
Ferramentas de Força
Ferramentas de força como martelete, buril, furadeira e outras impõem diferentes
tipos de estresse ao corpo em função da vibração e torque que produzem.
Ambiente
Agentes físicos e químicos em concentração ou intensidades que ultrapassem seus
limites de tolerância são causadores de estresse. Exemplos: temperatura baixa pode
prejudicar a função dos músculos e tendões; excesso de iluminamento ou reflexos
causa dificuldades e cansaço visual; vibração pode resultar em fadiga de grupo de
músculos e em micro fraturas da coluna.
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Trabalhador não controla o ritmo de trabalhado
Impossibilidade de o trabalhador determinar o ritmo de trabalho. Por exemplo, linha de
montagem automática.
Empurrar / puxar
Em geral o peso dos objetos pode ser avaliado. A força de empurrar ou puxar é difícil
de ser determinada sem um instrumento de medição, entretanto podemos avaliá-la
subjetivamente questionando o trabalhador para dimensionar seu grau de esforço.
Fácil é empurrar um carrinho de supermercado vazio, moderado é empurrar um
carrinho de supermercado cheio e difícil é empurrar um automóvel.
Repetitividade
Trabalho que se repete em ciclos definidos durante toda a jornada de trabalho.
Levantar / abaixar
Este componente deve ser avaliado utilizando-se o formulário “Verificação de
Levantamento Manual de Peso” (VLMP). A pontuação 6 (seis) em qualquer das tabelas
deste formulário, ainda que a pontuação total da AEPT seja 6 (seis) no total, é
indicadora da necessidade de melhoria ergonômica.
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Resultado
Funções ou tarefas com pontuação superior a 6 (seis) devem ser objeto de melhorias
ergonômicas quer de engenharia ou administrativas.
5.1 Expedição/Logística
Condições do mobiliário
Cantos arredondados. Atendendo aos requisitos da NR17.
Mesas
Condições do mobiliário
Regulagem de altura. Atendendo aos requisitos da NR17.
Monitores
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Função Descrição da Função
Encarregado pela recepção, conferência e armazenagem de produtos já
montados e materiais na expedição. Faz os lançamentos da movimentação
Encarregado de Expedição
de entradas e saídas e controla o estoque. Distribui produtos e materiais a
serem expedidos. Organiza o setor para facilitar a movimentação dos itens
armazenados e a armazenar.
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Condições Atuais:
Considerações:
Implantação de uma plataforma e/ou esteira com ajuste de regulagem de altura, para
que a postura adequada de flexão de ombro e cotovelos, não ultrapasse o
recomendado. Ou seja, a esteira deve ser adaptada, de forma que permaneça na
altura da cintura de cada colaborador. Treinamento e orientação aos colaboradores
quanto à postura e movimentação adequada dos segmentos corporais, bem como, o
ajuste adequado do mobiliário e dos equipamentos de acordo com as características
antropométricas de cada um.
Considerações:
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O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns,
sendo responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho. Estas
lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também podem causar
outros males, como por exemplo, a hérnia escrotal. Seguem abaixo, algumas dicas
sobre o transporte de cargas de forma correta ou ergonômica que podem ser
aplicados.
Não deve ser exigido e nem admitido o transporte manual de carga, por um
trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou segurança;
Todo trabalhador designado para o transporte regular manual de
tamanho e posição;
carga.
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Exemplos esquemáticos sobre as formas corretas de se efetuar o transporte
manual de cargas:
Com o joelho adiantado em 90º, os braços ficam esticados entre as pernas que
são distanciadas lateralmente. O dorso permanece plano, o queixo não dirigido
para baixo e a carga próxima ao corpo. O tronco tem uma leve flexão.
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Exemplo de movimentação lateral de carga Fig. A - Os pés ficam posicionados em
ângulo de 90º, a fim de evitar a torção do tronco (transporte de barris) e na Fig. B – O
porte da carga (caixa) é feito com os braços retos (esticados), de modo a obter menor
tensão nos músculos dos mesmos.
Fig. A Fig. B
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6.0 Conclusão
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7.0 Referências Legais
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8.0 Encerramento
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