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2014

NR 17
AET – ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

NIPLAN ENGENHARIA S/A.

Rua:Deputado Martinho Rodrigues, 51 - Chácara


Monte Alegre.
CONTRATO: 2579895
Itabira, 09 de junho de 2014
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 3

2. LEGISLAÇÃO ....................................................................................... 4

3. DEMANDA DA ANÁLISE ......................................................................... 4

4. INFORMAÇÕES CADASTRAIS .................................................................4

4.1. Identificação da Empresa ................................................................ 4

4.2. Identificação da contratante ............................................................ 5

5. Responsável pela Análise Ergonômica do Trabalho .................................... 5

5.1. Data da conclusão da Análise Ergonômica do trabalho. ........................ 5

5.2. Data da validade ........................................................................... 5

6. MÉTODOS E METODOLOGIA ..................................................................6

6.1. Análise da organização do trabalho .................................................. 6

6.2. Análise do posto de trabalho ........................................................... 6

6.3. Análise da população trabalhadora ................................................... 6

6.3.1. RESULTADOS ............................................................................. 7

6.4. Análise do ambiente físico ............................................................... 8

6.5. Diagnóstico e recomendações .......................................................... 9

7. ÁREA ANALISADA ................................................................................ 9

7.1. ANÁLISE DAS ATIVIDADES DE FABRICAÇÃO E SOLDAGEM DE SUPORTE10

7.1.1. Análise dos postos de trabalho .................................................... 10

7.1.1.1. Ferramentas ......................................................................... 11

7.1.2. Análise do Ambiente Físico ......................................................... 12

7.1.3. Análise da organização do trabalho .............................................. 12

7.1.3.1. Descrição das atividades prescritas e tarefas reais dos colaboradores14

7.1.4. Exigências Ergonômicas e Classificação quanto ao nível de Risco Ergonômico 19

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7.1.4.1. Criterio Semi-Quantitativo de Moore e Garg (EUA, 1995) .............. 19

7.1.5. Exigências Ergonômicas e Classificação quanto ao nível de Risco Ergonômico 20

7.1.5.1. Sequência de Ações Técnicas e Exigências Ergonômicas ............... 20

8. DIAGNÓSTICO .................................................................................. 22

8.1. Atividades de fabricação e montagem de suportes ............................ 22

9. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES ......................................................... 23

9.1. Atividades de fabricação e montagem de suportes ............................ 23

10-PLANO DE AÇÕES ............................................................................. 24

11-ENCERRAMENTO ............................................................................... 25

12. ANEXOS ......................................................................................... 26

12.1. Questionário individual ............................................................... 26

12.2. Questionário Nórdico de Dor ........................................................ 27

12.3. Método Moore e Garg ................................................................. 28

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1. INTRODUÇÃO

O termo ergonomia formado pelas palavras do grego ergon (trabalho) e nomos (regras, leis), foi proposto em
1857 pelo naturalista polonês Woiitej Yastembowski, usado pela primeira vez em 1949 pelo inglês Murrel e
adotado oficialmente nesse mesmo ano pela Ergonomics Research Society, da Inglaterra.

“Ergonomia é o estudo científico, da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu
objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de
conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao
homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”. Conceito da International Ergonomics
Association (IEA).

Dentro do contexto, é importante saber que a intervenção ergonômica depende da problemática a ser
estudada, ou seja, que ela é orientada pelos fatores de risco existentes nos postos de trabalho. Citamos aqui
alguns dos aspectos que a ergonomia engloba enquanto intervenção:

 Posturas e movimentos.
 Antropometria.
 Dispositivos, equipamentos, controles e mostradores.
 Levantamento e carregamento de peso.
 Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT).
 Arranjo físico (layout).
 Organização do trabalho.
 Fatores de exposições ambientais.
 Trabalho em turnos e noturno.

Ela atua na redução dos custos com afastamento e gastos médicos por distúrbios osteomusculares, acidentes
de trabalho, através de uma proposta de intervenção de saúde pró-ativa (preventiva) minimizando a
degeneração da mesma causada pelo desgaste laboral e pelo stress da sociedade globalizada.

Devemos considerar os fatores e as características que podem interferir para que a atividade desempenhada
num determinado posto de trabalho provoque maior ou menor intensidade de desgaste ao trabalhador, em
função das cargas exigidas por aquela atividade. Estes fatores são os seguintes:

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2. LEGISLAÇÃO

Princípios gerais da Ergonomia estão previstos na Portaria 3.214/78, Norma Regulamentadora NR-17, com
adoção dada pela Portaria nº 3.751 de 23/11/1990, cujos itens básicos, transcrevemos:

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de


materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria
organização do trabalho.

17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no
mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

3. DEMANDA DA ANÁLISE

Este documento intitulado Análise Ergonômica do Trabalho, tem por finalidade não só atender as exigências
legais estabelecidas pela norma regulamentadora da ergonomia, NR-17 más atender as conformidades nos
postos de trabalho estipulados pela Contratante VALE S/A. Identificando as condições de trabalho nas
dependências da Empresa NIPLAM ENGENHARIA S/A, nas prestações de serviços de montagens e
desmontagens eletromecânicas de equipamentos. Caldeiraria. Tubulações, sistemas, elétrica, instrumentação,
automação, telefonia e dados, interligações, pequenas adequações e estruturas metálicas, fabricação
depequenas estruturas metálicas, retirada de interferências, testes finais de montagem, complementação
mecânica, apoio ao comissionamento,testes, partida e operação assistida, com fornecimento de materiais, em
regime de empreitada parcial. No Projeto Conceição em Itabira – MG. Onde irá estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação destas condições às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando
um máximo conforto, segurança e desempenho eficiente.

4. INFORMAÇÕES CADASTRAIS
4.1. Identificação da Empresa

Razão Social: NIPLAN ENGENHARIA S/A.


Nome Fantasia: NIPLAN

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Identificação: AET Rev. Documento: 00 Área Eminente: Saúde Ocupacional Cópia Controlada: 00
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Atividade: Obras de montagem industrial
Endereço Completo: Rua:Deputado Martinho Rodrigues, 51 - Chácara Monte Alegre.
CEP: 04646-020
Telefone: (011)5546-1999
E-mail: carlos.rocha@niplan.com.br
Código C.N.A.E: 42.92-8-02 – Obras de montagem industrial.
C.N.P.J: 64.667.728/0001-54
Inscrição Estatual: 112.962.425.117
Inscrição Municipal: 9809318-5
Grau de Risco da NIPLAN ENGENHARIA S/A.:04

4.2. Identificação da contratante

Complexo/Unidade: Vale S/A – Complexo Minerador de Itabira


Endereço: Mina Conceição:

Serra do Esmeril s/n - Zona Rural - Itabira/MG -


CEP: 35900-950
C.N.P.J. 33.592.510/0164-09
Grau de Risco da Obra: 4

5. Responsável pela Análise Ergonômica do Trabalho

Marco Antônio de Carvalho Câmara


Fisioterapeuta - Ergonomista

5.1. Data da conclusão da Análise Ergonômica do trabalho.

09 de junho de 2014.

5.2. Data da validade

09 de junho de 2015 e/ou enquanto forem mantidas as condições existentes e avaliadas na Empresa na
ocasião da análise. Quaisquer alterações que venham a ocorrer nas atividades, planta física e equipamentos
exigirão revisão destes estudos.

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6. MÉTODOS E METODOLOGIA

Abaixo relatamos os métodos e metodologias utilizadas para análise técnica ergonômica das funções
existentes nas atividades exercidas pela empresa, nos quatros (4) focos da ergonomia (Posto de trabalho,
população trabalhadora, ambiente físico e organização do trabalho).

6.1. Análise da organização do trabalho

Métodos utilizados: Apresentação formal para todos os colaboradores da empresa, no contrato com a VALE
S/A. Esta apresentação foi marcada com antecedência, foi apresentado o trabalho que será implantado e a
importância do mesmo, 80% dos colaboradores preencheram o questionário (em anexo), para verificar
individualmente a real situação sobre a organização do trabalho e observação técnica.

Metodologia: A análise da organização do trabalho teve como objetivo conhecer o sistema de funcionamento,
a jornada de trabalho das funções, ritmo de trabalho, as pausas utilizadas, horas extras, pressão sobre
produção, ganhos sobre produção, metas a cumprir, necessidades fisiológicas, enriquecimento da tarefa e as
necessidades referidas pelos colaboradores.

Entrevistas informais foram realizadas junto aos trabalhadores, que puderam relatar o funcionamento de sua
atividade, como também seus relatos pessoais e específicos quanto ao serviço em análise.

6.2. Análise do posto de trabalho

Métodos utilizados: Observação, medições e entrevista informal.


Metodologia: A análise do posto de trabalho foi realizada estudando “in loco”, juntamente com os
colaboradores. Os assentos, distâncias, alcances, ferramentas e equipamentos utilizados. Os mobiliários e
suas medidas, as dimensões e o posicionamento em relação ao colaborador.

6.3. Análise da população trabalhadora

Métodos utilizados: Entrevista formal, aplicação de questionário e observação.

Metodologia: Um levantamento foi realizado no mesmo dia da apresentação aos colaboradores envolvidos.
Para verificar dados como: idade, gênero, escolaridade, estado civil, tempo de função, etc...

Durante o estudo foi aplicado o Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) que foi desenvolvido com a
proposta de padronizar a mensuração de relato de sintomas osteomusculares e, assim, facilitar a comparação

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dos resultados entre os estudos. Os autores desse questionário não o indicam como base para diagnóstico
clínico, mas para a identificação de distúrbios osteomusculares e, como tal, pode constituir importante
instrumento de diagnóstico do ambiente ou do posto de trabalho.
O questionário foi traduzido para diversos idiomas na última década, dando origem a muitos estudos empíricos.

O instrumento consiste em escolhas múltiplas ou binárias quanto à ocorrência de sintomas nas diversas
regiões anatômicas nas quais são mais comuns. O respondente deve relatar a ocorrência dos sintomas
considerando os 12 (doze) meses e os sete dias precedente à entrevista, bem como relatar a ocorrência de
afastamento das atividades rotineiras no último ano.

6.3.1. RESULTADOS

As características dos colaboradores avaliados estão apresentadas nas, (Tabela 01 e 02) respectivamente.

Tabela 01

_________ FEM MASC


--- 08 __________________
GÊNERO Comunhão estável SOLTEIRO CASADO SEPARADO
ESTADO CIVIL 01 01 02 05
1° GRAU 2° GRAU TÉCNICO 3° GRAU Pós graduação
ESCOLARIDADE
04 03 01 -- -

FIGURA 3: Na figura abaixo estão demonstrados os relatos de colaboradores que tiveram queixas de dores
musculoesqueléticas nos respectivos segmentos corporais, relatados na figura, nos últimos 12 (DOZE) meses,
de acordo com o Nordic Musculoskeletal Questionnaire.

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FIGURA 4: Na figura abaixo estão demonstrados os relatos de colaboradores que tiveram queixas de dores
musculoesqueléticas nos respectivos segmentos corporais relatados na figura, nos últimos 7 (sete) dias, de
acordo com o Nordic Musculoskeletal Questionnaire.

FIGURA 5: Na figura abaixo estão demonstrados os relatos de colaboradores que estiveram fora de suas
atividades normais, não superior a 15 dias, devido queixas de dores musculoesqueléticas nos respectivos
segmentos corporais, relatados na figura, de acordo com o Nordic Musculoskeletal Questionnaire.

6.4. Análise do ambiente físico

Métodos utilizados: Observação, conversas e relatos dos próprios colaboradores.

Metodologia : A análise do ambiente físico não foi realizada, apenas observações sobre a exposição a
intempéries climáticos.

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Em ergonomia, a NR17 trata o assunto de condições ambientais no seguinte item: “17.5.2. Nos locais de
trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como:
sala de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros”.

6.5. Diagnóstico e recomendações

Ao final da análise serão descritos os diagnósticos das avaliações e as recomendações e sugestões, contidas
no Plano de Ações apontando as melhorias para prevenção à saúde do trabalhador, buscando alcançar o
conforto, a segurança e a eficiência durante as atividades.

Os planos de ações estarão classificados quanto à necessidade de adaptações, níveis de ação a curto, médio
e longo prazo.

7. ÁREA ANALISADA

O estudo foi realizado com os colaboradores que executam prestação de serviços montagem mecânica,
soldagem e fabricação de suportes e berços. Durante estas tarefas devem levar em consideração a
importância e o tipo da obra, bem como a natureza das atividades. Assim, qualquer colaborador necessita de
um conhecimento mais minucioso de suas atividades, que apresentam características peculiares em cada
estrutura e local de realização das mesmas.

A área onde foram acompanhadas as atividades de montagem mecânica localiza-se área 1870, durante a
extensão das tubulações, por onde passará água e rejeito, a equipe necessitará montar e fabricar suportes
para acomodação dos tubos.
Foto 01: Área de realização das atividades (1870)

Para todos os serviços previstos no contrato, haverá no local a disposição da equipe: área de vivência
contendo água para beber e local para armazenar as ferramentas e equipamentos. A área reservada para o

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armazenamento dos materiais usados nas atividades é de fácil acesso, com marcação de segurança e espaço
adequado para sua utilidade. Além da área de armazenamento de materiais e banheiros químicos.

Foto 02: Área de vivência (container) e local para armazenamento de materiais

Possui também ao lado da área de vivência um malão de ferro onde os colaboradores utilizam como bancada
para fabricação de suporte, local onde são realizadas as atividades de acabamentos, marcação e cortes com
maçarico de algumas peças e outros serviços realizados pelos Caldeireiros.

Foto 03: Local para fabricação de suporte

7.1. ANÁLISE DAS ATIVIDADES DE FABRICAÇÃO E SOLDAGEM DE SUPORTE

7.1.1. Análise dos postos de trabalho

O posto de trabalho que atuam os colaboradores é variável, na equipe da montagem de suporte a divisão dos
trabalhos obedece ao tipo de serviço que estarão realizando durante cada etapa de sua montagem. No início
da montagem dos suportes os Soldadores, Encanador e Maçariqueiro necessitam permanecer de pé para
realização das medições e cortes das chapas de aço, em cima dos malões ao lado da área de vivência.

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Durante a soldagem dos suportes e acabamento destas peças no chão os colaboradores já ficam expostos a
posturas mais desconfortáveis, permanecendo agachados, ajoelhados ou sentados em certa etapa de
montagem para soldar as chapas que aumentaram as bases dos suportes já existentes.

Foto 04: Posto de Trabalho dos colaboradores durante fabricação e soldagem dos suportes

Os postos utilizados pelo Encarregado são variados, podendo utilizar as áreas internas da área de vivência
para analisar projeto e externas durante supervisão da equipe.

Estas atividades são bem dinâmicas realizadas em movimentação ou parados quando precisam buscar
informações com outros encarregados ou supervisores e sentados quando utilizam a área de vivência.

Foto 05: Postos de Trabalhos do Encarregado.

7.1.1.1. Ferramentas

Esmerilhadeira
Usada para retirar as rebarbas dos suportes e
lixar as soldas após a soldagem dos tubos.
2,200 kg

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Maçarico
Usado para cortar os suportes dos tubos
1,100 Kg

Gerador
Usado para gerar energia para os postos de
trabalhos, onde serão ligadas as ferramentas
elétricas.

7.1.2. Análise do Ambiente Físico

Em ergonomia, a NR17 trata o item de condições ambientais no seguinte item: 17.5.2. Nos locais de trabalho
onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: sala de
controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros.

As atividades desenvolvidas neste estudo não se encaixam nas condições descritas acima, por serem
realizadas atividades de montagem, portanto não foram realizadas as medições das condições ambientais no
que se refere à iluminação, temperatura efetiva, umidade e velocidade do ar, uma vez que não se aplicam as
condições de trabalho dos mesmos. Vale ressaltar que os “laboratórios” que a NR17 se refere, são os
Laboratórios Químicos.

7.1.3. Análise da organização do trabalho

De acordo com o Manual de Aplicação da NR:17,a organização do trabalho deve ser adequada às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A organização do
trabalho pode ser caracterizada pelas modalidades de repartir as funções entre os operadores e as máquinas:
é o problema da divisão do trabalho (Leplat & Cuny, 1977: 60). Ela define quem faz o quê, como e em quanto
tempo. É a divisão dos homens e das tarefas.

Organizar, no sentido comum, é colocar certa ordem num conjunto de recursos diversos para fazer deles um
instrumento ou uma ferramenta a serviço de uma vontade que busca a realização de um projeto (ou, numa
linguagem ergonômica, os objetivos da tarefa). Em toda organização aparecem conjuntamente os problemas
de cooperação e hierarquia.

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Jornada de Turno: 07:00h às 17:00h (2ª feira à 6ª feira)
Trabalho

Ritmo de trabalho moderado e variável.


Ritmo mais intenso durante a mobilização e desmobilização das frentes de
Ritmo de serviços no início e final das atividades, pois aumenta o ritmo de trabalho dos
trabalho
colaboradores devido à montagem das áreas e deslocamento do ferramental.

As tarefas possui grande variedade no conteúdo devido aos tipos de serviços


Conteúdo das
executados pelos colaboradores, estas atividades também são realizadas em
Tarefas
diferentes locais, alguns mais fáceis e outros mais difíceis.

O tempo gasto pelos colaboradores em subtarefas não compromete a produção


Conteúdo do
Tempo em relação ao tempo real de sua atividade. Sendo que as informações e
comunicação são realizadas constantemente entre as equipes trabalhadas
buscando sempre um resultado comum. Caso não terminem suas tarefas no dia
poderão realizar no dia seguinte ou se houver necessidade realizar horas extras.
Que ocorre com menor frequência.
Equipamentos, ferramentas e outros acessórios são em números suficientes sem
que haja comprometimento das tarefas.

Ciclo de O ciclo de trabalho é variável; não há cronometragem de atividades e possuem a


Trabalho
liberdade de gerenciar suas próprias tarefas junto com o supervisor sem que haja
comprometimento dos resultados.

Necessidades A empresa não controla horários e tempo para liberação para necessidades
individuais
fisiológicas. O colaborador tem liberdade para se ausentar caso precise utilizar o
banheiro e beber água.

Os colaboradores não possuem pausas programadas, determinada pela empresa.


Pausas
Pausas não programada são livres caso o colaborador sinta a necessidade de se
ausentar do posto de trabalho por pequeno tempo devido à sobrecarga de
trabalho.

Realizam horas extras, podendo às vezes, ultrapassando as 44 hs semanais da


Horas extras
jornada de trabalho.

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O período para almoço tem duração de 1h; a empresa possui contrato com o
Período para
refeitório do Projeto próximo do Canteiro, onde são levados pelos ônibus de uma
almoço
empresa contratada até o local, o horário para o almoço é programado de acordo
com as necessidades da obra.

Os colaboradores devem estar concentrados durante operações para realização


Atividade
mental de suas atividades, principalmente durante trabalhos com solda sem oferecer
riscos.

Não possui substituição de pessoal em caso de faltas e não possui desvio de


Substituição
função, devido ao número de colaboradores. A operação não poderá ser
de pessoal
comprometida se não houver a equipe completa. Devido o comprometimento das
tarefas.

Possui treinamentos Introdutórios e reciclagem para todas as funções da obra,


Treinamentos
sendo estes pré-programados com antecedências e antes do início de cada
função.

Há uso de uniforme.
Sistema
organizacional Não há exposição pública de desempenho.
Não há lucro por produtividade.
Não há estímulo a competição entre colaboradores e equipes.

7.1.3.1. Descrição das atividades prescritas e tarefas reais dos colaboradores

A Literatura cientifica descreve a análise da atividade como recurso para identificar cada etapa do processo
laboral onde ocorre à identificação das habilidades requeridas para o seu desempenho. A partir deste
pressuposto descrevemos o trabalho prescrito. Para uma boa analise ergonômica é fundamental partirmos do
principio do trabalho prescrito, para depois observamos o trabalho desempenhado, o que diferencia o trabalho
real e o trabalho prescrito são as alterações físicas, climáticas entre outras que serão analisadas neste estudo.

O trabalho prescrito são as normas internas e as condições determinadas pela empresa, para atingir o objetivo
da tarefa. O trabalho real é a maneira real que os trabalhadores realizam a atividade para atingir o objetivo da
tarefa. (Ilida, 1995). O prescrito (o que se deve fazer).

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1. Descrição das atividades prescritas do Ajudante de Solda: Executar serviços sempre ajudando o
oficial de solda; Organizar ferramentas, acessórios e equipamentos para soldagem; Cumprir o plano de
Gestão Integrada.
Fonte: PCMSO 2014

2. Descrição das atividades prescritas do Soldador RX: Regular a máquina de solda na amperagem
necessária; Conhecer eletrodos, bem como a armazenagem e manuseio; Executar corpo de prova para
qualificações; Ser certificado e qualificado em solda elétrica por exame de RX; Cumprir o plano de Gestão
Integrada.
Fonte: PCMSO 2014

3. Descrição das atividades prescritas do Encarregado de Tubulação: Coordenar as tarefas da


montagem de tubulação aos subordinados. Fabricar e montar tubulação e acessórios. Conhecer projetos,
plantas, isométricos, normas e instruções de trabalho na disciplina tubulação. Dimensionar equipes e
trabalhos por prioridades dentro das normas de segurança, qualidade e produtividade. Fazer cumprir as
metas de produção.
Fonte: PCMSO 2014

4. Descrição das atividades prescritas do Encanador Industrial: Operacionalizar projeto de instalações


de tubulações; Preparar local para instalação; Pré-montar tubulações; Instalar tubulações, flanges,
válvulas, curvas, tês, etc.; Conhecer unidades dos sistemas métricos decimais e ingleses, saber interpretar
projeto e desenho isométrico; Proteger instalações; Realizar manutenção de equipamento e acessórios;
Cumprir o plano de Gestão Integrada.
Fonte: PCMSO 2014

5. Descrição das atividades prescritas do Maçariqueiro: Montar conjunto de oxicorte; Habilidade para
regular a chama; Habilidades manuais para utilizar o equipamento dentro dos padrões; Cumprir o plano
de Gestão Integrada.
Fonte: PCMSO 2014

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REAIS DA FABRICAÇÃO E SOLDAGEM DE SUPORTES

Todos os colaboradores agora descritos fazem parte da execução das atividades estudadas na Análise
Ergonômica do Trabalho, para realizarem as tarefas de fabricação e soldagem de suportes.

Foi possível acompanhar a equipe e rotina de todos os colaboradores, que moram em Itabira e região, são
transportados para o Canteiro da NIPLAN por ônibus de uma Subcontratada ao local, onde realizam o café da

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manhã no refeitório e logo após as orientações do Supervisor e Técnico de Segurança no DSS, a equipe
também é orientada sobre as demandas de serviços a curto, médio e longo prazo. Para isto reúnem em uma
área específica, coberta no canteiro ou na área de vivência no local das atividades.

Após estipularem estas etapas, cada equipe já sabe de suas atribuições. Neste dia foi possível acompanhar as
equipes nas atividades de fabricação e soldagem de suportes. Dando suporte para estas operações:
Encarregado de Tubulação para realização destas atividades comunicam-se por meio de telefone celular para
facilitar a realização e supervisão das tarefas.

Os Encarregados e Supervisores devem estabelecer conceitos, definir atividades e padronizar os


procedimentos a serem adotados no desenvolvimento da metodologia do plano de trabalho elaborado. A
fiscalização é acompanhada e verificada diariamente para realização de cada etapa dos serviços, zelando pelo
cumprimento dos padrões de qualidade fixados no Projeto, através de um controle visual IN OCO e tecnológico
dos serviços e materiais empregados.

Foto 06: Orientação aos colaboradores pelo Encarregado

A importância destas atividades e promover os berços e suportes para a tubulação que será montada por cima
destas peças fabricadas pela equipe em estudo.

O material utilizado para esta fabricação são em sua grande parte descartes de outras áreas de serviços,
sendo então reutilizados por esta equipe. Transportados pelo caminhão munck, estas peças são armazenadas
ao lado da área de vivência.

Primeiramente é necessário realizar o desenho das peças nas chapas de ferros reutilizadas, esta atividade é
realizada com uso de uma marreta e ponta de aço, que desenha na chapa para depois ser cortada com uso do
maçarico. Durante as atividades de medição e cortes das peças, os colaboradores permanecem de pé e
realizam os serviços em cima de um malão onde são armazenadas as ferramentas. Este malão posibilita
medidas adequadas para realização destas atividades, ficando a desejar apenas o espaço disponível para esta
atividade, que não permite a movimentação do colaborador.

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Foto 07: Desenho e corte das peças

Após o corte das peças os colaboradores necessitam montar os suportes na via onde será montada a
tubulação, a fixação destas peças são soldadas em outros suportes já existentes no local, ficando a equipe na
responsabilidade de aumentar a área de apoio para receber a nova tubulação. Estas atividades são realizadas
de três formas pelos colaboradores: sentados, agachados ou com iclinação total do tronco.

Primeiramente são cortados os suportes antigos com uso do maçarico, em média são utilizados 5 minutos para
cada corte, ficando este colaborador na posição evidenciada abaixo.

Foto 08: Corte antigo do suporte

Após o corte o suporte ficará pronto para ser fixada a nova parte que aumentará sua base de apoio para
receber a tubulação, esta base é soldada, o colaborador da Solda RX utiliza um banquinho para se posicionar
durante esta atividade, enquanto os ajudantes posicionam um biombo, protegendo a solda de impurezas e
proporcionando maior conforto ao colaborador durante a soldagem contra a incidência de raios solares.
Outro Ajudante auxilia na mobilização do gerador e máquina de solda, assim como a movimentação dos cabos
e fiação das máquinas.

Durante as atividades de fixação destas estruturas, o soldador permanece durante todo o tempo sentado no
banquinho, mas realiza mudanças posturais quando movimenta para outro suporte, motivo este que poderá
aliviar as articulações de quadril e joelhos.

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Foto 09: Posicionamento do bionbo e organização da área pelos ajudantes

Foto 10: Posicionamento da peça

Foto 11: Solda da peça do suporte

Após a fixação do suporte com a solda é necessário realizar o acabamento da peça retirando as rebarbas da
solda e dos cortes com maçarico, esta atividade é realizada com uso de uma esmerilhadeira pelo Encanador
Industrial, permanecendo em posturas de flexão e rotação da coluna lombar durante esta atividade, não
permanece por muito tempo mas devido a quantidade de suportes que precisam ser trabalhados poderá
causar dor e desconfortos.

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Foto 12: Acabamento dos suportes

Foto 13: Suportes finalizados

7.1.4. Exigências Ergonômicas e Classificação quanto ao nível de Risco Ergonômico

7.1.4.1. Criterio Semi-Quantitativo de Moore e Garg (EUA, 1995)

É um critério semi-quantitativo que se propõe a estabelecer um índice de sobrecarga biomecânica para


extremidade distal de membros superiores. Quanto maior o resultado encontrado, maior será o risco de se
desenvolver tais lesões. É importante ressaltar que o método avalia o trabalho e não as pessoas.
O método propõe que sejam estabelecidos seis fatores, sendo três deles de forma subjetiva e os outros três
de forma objetiva (através de medidas).

Seqüência lógica de uso:

• Coletar dados
• Estabelecer a classificação de cada fator (verificar tabela)
• Determinar os multiplicados de cada fator (verificar tabela)
• Multiplicar todos os fatores encontrados, estabelecendo um valor como resultado.
• Interpretar o resultado

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FIE X FDE X FFE X FPMP X FRT X FDT
FIE – Fator de intensidade do esforço
FDE – Fator duração do esforço
FFE – Fator freqüência do esforço
FPMP – Fator postura da Mao e do punho
FRT – Fator ritmo do trabalho
FDT – Fator duração do trabalho

ÍNDICE ( FIE x FDE x FFE x FPMP x FRT x FDT)


INTERPRETAÇÃO FUNÇÃO VALOR ENCONTRADO (Índice) CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
< 3.0 Baixo Risco
3.0 - 7.0 Duvidoso Soldador RX 4,5 DUVIDOSO
> 7.0 Risco
< 3.0 Baixo Risco
3.0 - 7.0 Duvidoso Encarregado de Tubulação 1,5 BAIXO RISCO
> 7.0 Risco
< 3.0 Baixo Risco
3.0 - 7.0 Duvidoso Maçariqueiro: 5,0 DUVIDOSO
> 7.0 Risco
< 3.0 Baixo Risco
3.0 - 7.0 Duvidoso Ajudante 4,0 DUVIDOSO
> 7.0 Risco
< 3.0 Baixo Risco
3.0 - 7.0 Duvidoso Encanador Industrial 3,0 DUVIDOSO
> 7.0 Risco

7.1.5. Exigências Ergonômicas e Classificação quanto ao nível de Risco Ergonômico

7.1.5.1. Sequência de Ações Técnicas e Exigências Ergonômicas

Método de avaliação ( Prof.: Hudson de Araújo Couto)

Classificação
Atividade Partes da
Exigências Ergonômicas do Corpo Exigência

Soldador RX, durante a soldagem dos suportes


permanece grande parte do tempo de sua jornada
de trabalho em posturas desconfortáveis, mas
Coluna,
realiza variação postural quando organiza o
quadril e DDF
joelho.
próximo suporte. Aliviando a tensão do quadril e
joelho.

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Maçariqueiro utiliza o malão como bancada para
realização de cortes e acabamentos em peças. O
tempo de utilização e os serviços realizados não Coluna
são freqüentes, a medida do malão possui boas Lombar IMP
medidas parar realização das atividades. Porém o
espaço facilita a realização das atividades

Colaborador na atividade de acabamento, devido a


altura do suporte permanece em posturas
Membros
superiores e
desfavoráveis durante utilização das
coluna DDF
esmerilhadeiras. O tempo de realização destas
lombar
atividades é variado.

Maçariqueiro na atividade de corte de suporte,


devido à altura da peça permanece em posturas Membros
desfavoráveis durante a execução do serviço. O inferiores e DDF
tempo de realização destas atividades é variado superiores
intercalado.

Classificação da Classificação quanto ao nível de ação


Exigência (gravidade)

AR (alto risco) Altíssimo Risco Ergonômico

R (risco) Alto Risco Ergonômico

DDF
Médio Risco Ergonômico
(Desconforto dificuldade ou fadiga)
IMP
Baixo Risco Ergonômico
(improvável, mas possível)
Sem risco Não possui risco ergonômico

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8. DIAGNÓSTICO

Após interpretação do Nordic Musculoskeletal Questionnaire, incidências de dores


musculoesqueléticas, foram relatadas pelos colaboradores queixas frequentes nos segmentos corporais
nos últimos 12 meses da coluna lombar e punho mãos e dedos. Foram relatados também nos últimos 7
dias com maior freqüência desconforto da coluna lombar.

Durante o estudo das atividades de montagem, foram observadas situações que poderão desencadear
queixas de dores e ou fadiga muscular devido às tarefas desempenhadas no trabalho, que dependendo
do tempo de exposição ao risco poderá causar afastamento em curto prazo, motivo este que
destacamos e classificamos os riscos ergonômicos como os descritos abaixo. De acordo com o Prof.
Hudson Couto.

De acordo com o Criterio Semi-Quantitativo de Moore e Garg, que se propõe a estabelecer um


índice de sobrecarga biomecânica para extremidade distal de membros superiores, foi identificado
atividades com duvidosos riscos ergonômicos nas atividades.

8.1. Atividades de fabricação e montagem de suportes

Soldador RX, durante a soldagem dos suportes permanece grande parte do tempo de sua jornada de
trabalho em posturas desconfortáveis, mas realiza variação postural quando organiza o próximo suporte.
Aliviando a tensão do quadril e joelho. Caracterizado como médio risco ergonômico.

Maçariqueiro utiliza o malão como bancada para realização de cortes e acabamentos em peças. O
tempo de utilização e os serviços realizados não são freqüentes, a medida do malão possui boas
medidas parar realização das atividades. Porém o espaço facilita a realização das atividades.
Caracterizado como baixo risco ergonômico.

Colaborador na atividade de acabamento, devido à altura do suporte permanece em posturas


desfavoráveis durante utilização das esmerilhadeiras. O tempo de realização destas atividades é
variado. Caracterizado como médio risco ergonômico.

Maçariqueiro na atividade de corte de suporte, devido à altura da peça permanece em posturas


desfavoráveis durante a execução do serviço. O tempo de realização destas atividades é variado
intercalado. Caracterizado como médio risco ergonômico.

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9. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

Um dos maiores sucessos dos processos de Ergonomia nas empresas é o baixo custo de boa parte das
soluções ergonômicas. Ainda que, ocasionalmente, haja alguma solução de alto custo, pelo menos metade das
medidas de alto alcance e de bom conforto custa muito pouco.

Após conclusão da Análise Ergonômica do Trabalho e finalização dos estudos das atividades que envolvem
este processo, podemos concluir que a empresa oferece condições adequadas para realização destas tarefas
relacionadas à organização do trabalho, pois mantém metas claras para a produção e não exige tempos
apertados para conclusão, necessitando de algumas modificações nos postos de trabalhos como descritas
neste item.

9.1. Atividades de fabricação e montagem de suportes

Deverão ser conscientizados os colaboradores em realizar pausas ativas dentro de suas jornadas de trabalho a
cada 50 mim de atividade de solda, permitir o corpo a oxigenação dos tecidos evitando fadiga e desconforto
muscular, gerado por restrição de movimentos principalmente para os membros inferiores.

Deverá ser disponibilizado para a Equipe em sua área de montagem um Mini Pipe-shop coberto, contendo
bancada com morsa, esta bancada deverá está a 900 mm de altura do chão, com 900 mm de largura e 1000
mm de comprimento. Medidas e ferramentas que proporcionaram maior conforto para a realização das
atividades de medição, corte e fabricação de suportes.

Figura ilustrativa

Deverá ser disponibilizado para os Soldadores durante as atividades que executam as soldas agachados no
chão, um banquinho de 25 cm de altura com rodízios, substituindo o de madeira. Este acessório diminuirá a
sobrecarga em quadril e joelhos e permitirá maior mobilidade e liberdade de movimentos durante a solda
Figura ilustrativa

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Palestras e/ou treinamento e/ou DSS (abordando os seguintes assuntos)

1. Conceitos básicos relacionados à manutenção de posturas estáticas agachadas e ou ajoelhadas

2. Conceitos básicos relacionados ao transporte manual de cargas

10-PLANO DE AÇÕES

OBS: Seguirá em anexo o plano de ações, assinado pelo responsável da empresa, NIPLAN Engenharia S/A e
o Ergonomista.

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11-ENCERRAMENTO

O principal objetivo deste relatório foi fornecer dados sobre as condições de trabalho a que estão sujeitos os
colaboradores da empresa NIPLAN Engenharia S/A, devendo, contudo ser dada especial atenção na
realização dos planos de ações e atendimento às recomendações e sugestões contidas no corpo do presente
Relatório, no intuito de manter e assegurar boas condições aos trabalhadores durante o desenvolvimento de
suas atividades laborais.

_______________________________
Marco Antônio de C. Câmara.
Fisioterapeuta - Ergonomista
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12. ANEXOS
12.1. Questionário individual

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12.2. Questionário Nórdico de Dor

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12.3. Método Moore e Garg

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