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Colega, José Carvalho

Após fazer uma breve análise à actividade proposta, acho que esta
fornece um tipo de experiência interessante porque trabalha com a imaginação
que produz formas de vida possíveis, para que a criança possa compreender
os caminhos que vai percorrendo dando-lhe segurança e clarificação dos
dados das realidade. A “inter-relação”que se estabelece entre o universo
literário e o mundo interior da criança assenta num processo de manutenção
que é essencial para esta idade. Este acontecer ludicamente é de realçar, pois,
ao motivar para a leitura das histórias, a criança está a participar num jogo
muito especial que a cativa e vai formando a consciência do mundo através da
palavra.
Também acho importante fazer “a apresentação da imagem da capa e do
título do livro aos alunos e conversar com eles a respeito do conteúdo do
mesmo”, porque Taquelim, Cristina também diz que “o trabalho com o livro
começa logo ali na capa e a observação atenta da mesma poderá dar pistas
para o que mais tarde confirmaremos com a leitura de cada página.
Identificam-se autorias, assiste-se à construção de hipóteses sobre o que se
vai ler, fazem-se antecipações, comportamentos importantes para a formação
de cada leitor. As experiências acumuladas livro a livro vão ajudar a criança a
construir um comportamento padrão na abordagem do objecto livro,
comportamento que irá repetir sempre que tiver o livro ao alcance da mão”.
A forma como põem as crianças a interagir com o conto faz com que,
estas pequenas histórias que as crianças possuem, alimentem a mente e o
coração infantil com o antigo, o maravilhoso de sempre, porque os contos
introduzem a criança num domínio encantador onde ela se sente melhor que
em qualquer outro. Como escreve, Prole, António “A compreensão leitora exige
como condição fundante a interacção entre o leitor e o texto , e a leitura
literária é um meio privilegiado para estimular esse diálogo na criança. As
actividade lúdicas que integram a animação da leitura tem como objectivo
fundamental aprofundar esse diálogo. Quando o mediador pede às crianças
para anteciparem um fim de uma estória ou para a recontar , que identifiquem
personagensou eu coloquem em diálogo personagens de estórias diferentes,
ele está a contribuir para o desenvolvimento de actividades cognitivas que
permitam a construção do sentido”
Num terceiro momento diz que houve troca de contos, levando cada
grupo, à vez, o livro com os contos para ler e contar em casa, um dos contos
que seja da sua preferência. Acho este intercâmbio interessante porque as
escolas e o âmbito familiar são os núcleos principais da promoção da leitura. É
fundamental fomentar estes dois hábitos para que haja coerência e
continuidade nas medidas de promoção dos hábitos leitores desde as primeiras
idades porque à escola cabe o papel de projectar os alunos na vida activa
incutindo neles o valor dos livros e despertá-los para a leitura mas é, também,
factor determinante a família na promoção do gosto pela leitura. A esta cabe o
papel de criar condições à criança, desde os primeiros tempos de vida, que a
levem a ter gosto pelos livros e pela leitura. Segundo Prole, António “A família
desempenha, neste contexto um papel decisivo, dado que os pais como
modelos afectivos mais significativos para as crianças, cujos comportamentos
elas imitam, são mediadores de importância acrescida na criação de hábitos de
leitura”.

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