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A VANTAGEM ECONÔMICA DA SUSTENTABILIDADE

Cinthia Oliveira1 ( selecionar: Inserir - Referências – notas de roda pé)

RESUMO

O tema deste artigo foi escolhido devido ao fato de que, atualmente nas empresas
abordam a questão da sustentabilidade social, mas, existem dúvidas do que realmente é
e quais são as vantagens. O principal objetivo para a elaboração do artigo foi verificar
como uma empresa obtém vantagem competitiva através da prática de responsabilidade
social e sustentabilidade, assim, se justifica a busca para a elaboração do artigo,
definitivamente, a responsabilidade social e a sustentabilidade entraram na agenda da
esfera política, nas ações dos empresários e, especialmente, tornou-se um assunto de
interesse do cidadão comum. Responsabilidade social e sustentabilidade são temas que
provocam discussões, seja no campo teórico e acadêmico, seja no mundo dos negócios,
tanto por falta de esclarecimento dos termos, mas também por várias razões, incluindo a
aplicação da prática às ações difíceis e planejadas e indicadores confiáveis. Do ponto de
vista econômico, por ser uma empresa sustentável também pode ser bastante lucrativa.
Com os recursos naturais, pode-se utilizá-los da melhor maneira, por ter menos gastos,
ou reutilizar alguns materiais, também pode evitar o desperdício. Sem contar que hoje o
governo já oferece para as empresas sustentáveis diversos incentivos fiscais, como
crédito e isenção de alguns tributos fácil.

Palavras-chave: Vantagem competitiva, Responsabilidade social, Desenvolvimento


sustentável.

1
Graduando do Curso Tecnologia Superior em Gestão Comercial. Faculdade Prisma. E-mail:
1. INTRODUÇÃO

Responsabilidade Social é o conjunto de atos que geram o desenvolvimento em


comprometer-se com o meio ambiente e com áreas sociais, ou seja, é a responsabilidade
que a empresa/organizações tem com a comunidade e com o meio ambiente, bem como,
as obrigações legais e econômicas.

A ideia é que as empresas vão além do que a lei prevê em suas dependências, como
também, em volta de sua região, microrregião e macrorregião, tornando-se realmente
uma empresa que tenha responsabilidade socioambiental efetivamente concreta e
adequada. Também foi possível perceber que algumas empresas ainda confundem o
conceito "socioambiental" com "social".

2 DESENVOLVIMENTO

O conceito de responsabilidade social pode ser definido como o compromisso


que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de
atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma
comunidade, de modo específico, agindo proativa mente e coerentemente no
que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas
para com ela. (ASHLEY, 2003, p.6)

A autora diz que a organização, nesse sentido, assume obrigações


morais, além das legais, mesmo que estas não estejam diretamente ligadas ao seu
negócio, porém contribui para o desenvolvimento sustentável dos povos.

De acordo com FERREL há quatro dimensões da responsabilidade


social:

• Legal, que implica cumprir as leis e regulamentos promulgados ou baixados pelo


governo para estabelecer padrões mínimos de comportamento responsável;

• Ética, diz respeito a comportamentos e atividades que os membros das organizações, a


comunidade e a sociedade delas esperam, embora talvez não estejam positivadas em
leis;

• Econômica, que se refere à maneira como os recursos para a produção de bens e


serviços são distribuídos no sistema social, fundamentada pelos impactos produzidos
pela economia e a concorrência;
• Filantrópica, que diz respeito às contribuições das empresas para a qualidade de vida e
bem-estar da sociedade. Essa dimensão inclui ainda a expectativa de que as empresas
contribuam para as comunidades locais. O tema para a elaboração do artigo, deve-se ao
fato de que, apesar de ser tema que já estão incorporados na agenda de todos os níveis
da sociedade, observamos a mesma desinformação e dúvidas sobre a extensão das
obrigações da empresa com a sociedade. E também, como é que tal medida (obrigações
e ações), de modo que não se restringe ao campo da boa intenção, e escapar de
planejamento, organização, implementação, gestão e controle de ações (estratégias
eficazes), a partir de indicadores previamente definidos.

Este artigo tem como finalidade estar definindo vantagens como uma
vantagem competitiva sustentável. Nunes (2007), diz que “Vantagem competitiva é um
conceito desenvolvido por Michael E. Porter [...] que procura mostrar a forma com a
estratégia escolhida e seguida pela organização por determinar e sustentar seu sucesso
competitivo”.

Os objetivos para a elaboração do artigo, para resolver o problema,


foram definidos da seguinte forma: Como objetivo principal: Com base na revisão da
literatura, verificar que uma empresa obtém vantagem competitiva através da
responsabilidade social e da sustentabilidade prática. E o objetivo Secundário: Verificar
o nível de profundidade das questões relacionadas com a responsabilidade social e a
sustentabilidade na literatura disponível no Brasil.

A metodologia aplicada é a revisão bibliográfica, também definida


como revisão de literatura.

Para a fundamentação teórica utilizar-se-á a pesquisa bibliográfica,


desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos, além de documentos encontrados na internet. Portanto, a pesquisa
possuirá caráter exploratório qualitativo com método de abordagem indutivo/dialético,
onde o método de procedimento utilizado será o monográfico.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Responsabilidade Social

Na dimensão da responsabilidade social, ética e cultura, vamos


encontrar em Veloso (2005, p. 3), “A preocupação com princípios éticos, valores morais
e um conceito abrangente de cultura é necessária para que se estabeleçam critérios e
parâmetros adequados para atividades socialmente responsáveis”.

2.2. Sustentabilidade

A mudança do paradigma representado pelo pensamento de Friedman


(1962), cuja tese era que a única responsabilidade social das empresas era gerar lucros
para seus acionistas, para um novo paradigma que considera a melhoria do desempenho
da organização no longo prazo, a fim de que a sustentabilidade é um enorme desafio.

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

A empresa para ser sustentável deve buscar em todas as suas ações e


decisões de ecoeficiência, buscando produzir mais e melhor qualidade gerando menos
poluição e utilizando menos recursos naturais. A empresa que é parte dos princípios de
sustentabilidade também deve ser socialmente responsável, assumindo que está imersa
em um ambiente social que influi, enquanto que sofrem influência. A motivação de
líderes de negócios devem ser apoiadas em uma visão de longo prazo, já que leva em
conta os custos futuros e não apenas os custos atuais.

A empresa considerada sustentável é aquela que procura ter em conta


as suas ações nas dimensões econômica, social e ambiental. Em outras palavras, a
empresa continua com fins lucrativos, seu objetivo principal, que só passa a considerar
o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente procurando mitigá-los de forma
eficiente, durante a execução de ações sociais, são para o benefício de seus empregados
ou da comunidade.

Assim, o tripé da sustentabilidade ou Bottom Line-Triplo será


reconhecido entre os pesquisadores e torna-se uma ferramenta essencial para as
empresas a desenvolver ações que permeiam as três dimensões: econômica, social e
ambiental.

2.1.1 Sustentabilidade: social, econômica e ambiental

O desenvolvimento sustentável tem três grandes dimensões principais:


o equilíbrio das dimensões económica, social e ambiental.

O estabelecimento de uma civilização em que ocorre uma distribuição


mais equitativa da riqueza é o principal objetivo da sustentabilidade social. A melhor
alocação dos recursos e uma melhor gestão permitiria sustentabilidade econômica. O
equilíbrio social é visto como uma medida de eficiência econômica, e não a
rentabilidade das empresas.

2.1.1.1 Sustentabilidade econômica

A economia mundial cresceu muito, a fim de extrair recursos cada vez


mais naturais e eliminar mais resíduos que contribuem para níveis mais elevados de
poluição, também aumentando a preocupação com este fenômeno. A escala da
economia que tem dois componentes básicos, o primeiro é o tamanho da população
humana e o segundo o nível médio de renda per capita.

A relação desses dois componentes com a questão ambiental é forte,


uma vez que não importando o quão pobre seja determinada população, se sua taxa de
crescimento populacional é elevada, mais alimentos, bens e serviços são requeridos.
Dessa forma, tem-se o aumento de emissões e resíduos, implicando no aumento da
escala econômica e impactos no meio ambiente.

Conforme Cavalcanti (2001), posicionamento em relação ao meio


ambiente ilustra o processo fundamental de acumulação de riqueza de modelos
econômicos convencionais, que não consideram a dimensão ecológica como uma
unidade pertencente ao sistema econômico e pressupõe um crescimento econômico
ilimitado. Assim, existe a necessidade de avaliar a eficiência econômica em nível
macro, enfatizando não só a rentabilidade do negócio.

Dessa forma, o modelo de sustentabilidade apresentado tem como


uma das suas dimensões a sustentabilidade econômica, sendo as variáveis que a
compõem: Vantagem competitiva; Qualidade e custo; Foco; Mercado; Resultado;
Estratégias de negócios.

O maior ou menor desempenho financeiro determinará o apoio


financeiro de empresas destinado a ações voltadas para a sustentabilidade. Assim, o
bom funcionamento do tripé é aliado aos bons resultados econômicos que por sua vez
irá retornar para a sustentabilidade, formando um ciclo.

2.1.1.2 Sustentabilidade ambiental

Dada à representação econômica e social que uma organização tem


sobre o meio ambiente em que está inserido e do poder de influência entre os
consumidores e a sociedade em geral, é prudente e necessário que as empresas entraram
no atual contexto ampliar o mero papel do fornecedor do produto, atuando de forma
mais ampla para contribuir para as questões ambientais na sua gestão.

A sustentabilidade ambiental é uma das esferas que compõem o tema


do desenvolvimento sustentável, em conjunto com as esferas sociais, econômicas,
institucionais e políticas, referindo-se ao uso consciente dos recursos naturais e a
minimização da degradação ambiental, em etapas que vão desde a aquisição de
matérias-primas a entrega do produto final ao cliente.
A discussão da sustentabilidade ambiental vem da limitação e má
utilização dos recursos disponíveis e pode ser revertida com o uso de tecnologias limpas
e, sobretudo, a criação e consolidação de mecanismos administrativos para a proteção
ambiental.

Segundo Maimon (1996), define-se a gestão ambiental como sendo


um conjunto de procedimentos que tem a função de gerir ou administrar uma
organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente.

Em relação às variáveis que compõem a sustentabilidade ambiental,


podemos citar algumas: Tecnologias limpas; Reciclagem; Utilização sustentável de
recursos naturais; Atendimento à legislação; Tratamento de efluentes e resíduos;
Produtos ecologicamente corretos; e Impactos ambientais.

Como pode ser visto são caracterizados por variáveis e de grande


importância quando se deseja analisar o comportamento de empresas, na medida em que
permite a detecção da presença e/ou ausência destas práticas ambientais internamente.
Na verdade, ainda prevalece em um negócio baseado no imediatismo, onde as práticas
de gestão ambiental só ocorrem quando há uma imposição de leis e regulamentações
estabelecidas no país, daí a importância de inserir esses aspectos ações de postura.

2.1.1.3 Sustentabilidade social

Nos últimos tempos, o envolvimento do setor privado com os


problemas sociais vem deixando de ser uma opção de filantropia e passa a se
caracterizar como um mecanismo de atuação estratégica.

A ação social está associada diretamente à estratégica de negócio, uma


vez que as empresas competem entre si o preço e a cidadania. As organizações estão
focando cada dia mais o desenvolvimento social e a qualidade de vida, bem como dos
seus funcionários e da comunidade. A existência de um novo paradigma social que
torna possível que mecanismos e processos decisórios de sucesso empresarial, tais como
a orientação para resultados e a ênfase na inovação, passem a ser transportados pelas
empresas para o setor social, juntamente com investimentos crescentes de recursos
financeiros e humanos.
Vale compreender a distinção da função social da empresa com a sua
responsabilidade para com a comunidade. As funções sociais da empresa estão
envolvidas em suas funções de negociação, tais como geração de emprego, retorno
sobre o capital e obediência à lei, e estes são apenas uma parte de sua responsabilidade
social, complementada por ações para o desenvolvimento humano.

Quanto às variáveis que compõem a sustentabilidade ambiental,


podemos citar-se algumas: Assumir responsabilidade social; Suporte ao crescimento da
comunidade; Compromisso com o desenvolvimento de RH; Promoção e participação
em projetos de cunho social.

Inúmeros são os benefícios para as organizações que adotam práticas


de natureza social, independentemente da sua área de especialização. Entre os
benefícios que agregam valor às organizações destacam-se: ganhos de imagem
corporativa; maior apoio, motivação e confiança dos funcionários e parceiros; melhor
relacionamento com o governo; entre outros.

3. CONSIDERAÇÕE FINAIS

As organizações têm consciência de que o crescimento econômico


sem a preocupação com a reposição dos recursos naturais tem sido desfavorável para
ambas as partes, ou até mesmo um consumidor mais consciente, sem a devida
substituição, esses recursos estarão chegando ao fim, e, portanto, não haverá matéria-
prima para a sua produção.

A população também exaustivamente acusou as empresas e optou por


produtos que são feitos para minimizar a degradação do meio ambiente e, se possível,
que os produtos têm a resposta da matéria-prima na natureza, tal como no caso da
empresa fazer replantação após a colheita.

Assim, podemos concluir que ainda não chegamos ao ideal de uma


economia sem degradação ambiental, sem poluição ou ainda, sem tanta disparidade
social, mas sabemos que estamos no caminho certo e que a aprendizagem é lenta, e a
preocupação agora não é por alguns ativistas, mas uma população que exige cada vez
mais das organizações e demonstra isso, optando por produtos produzidos da maneira
mais natural possível, respeitando a natureza e sua fragilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DRUCKER, Peter. A administração na próxima sociedade. São Paulo: Nobel, 2002.

NUNES, P. Conceito de vantagem competitiva. Knoow.net, São Paulo, out. 2007.


Disponível em: <http://knoow.net/cienceconempr/gestao/vantagecompetitiva.htm>.
Acesso em: julho 2014.

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