Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Síndrome de Klinefelter É Uma
A Síndrome de Klinefelter É Uma
Geral
Específicos
1
Introdução
Apesar de descrita pela primeira vez há 70 anos, a SK continua sendo uma doença
pouco diagnosticada, pois os pacientes procuram pouco os médicos, e os médicos nem sempre
estão atentos ao diagnóstico. Por isso, apenas cerca de 25% de todos os pacientes adultos com
SK são diagnosticados; a maioria durante a investigação de infertilidade e/ou hipogonadismo;
e menos de 10% de todos os casos com SK são diagnosticados antes da puberdade.
2
1. Capitulo
Conceitos
A síndrome de Klinefelter é uma anomalia de cromossomo sexual, na qual os meninos
nascem com um cromossomo X a mais (XXY).
Historia
Descrita pela primeira vez de maneira correcta em 1942 pelo médico Harry
Klinefelter, a condição já era observada e a anomalia cromossômica de 47 cromossomos
também já era conhecida. Na ocasião de seus estudos, Klinefelter analisava a demanda por
oxigênio por parte das glândulas adrenais, de modo que se deparou com um raro caso
de ginecomastia (desenvolvimento de seios) em um paciente do sexo masculino. (Bojesen A,
Juul. Et al 2003).
Tipos de Alteração
Mulheres com cariótipo 47 XXX ocorrem numa frequência relativamente alta: 1 caso
em 700 nascimentos aproximadamente. Elas apresentam fenótipo normal, são férteis, mas
muitas possuem um leve retardamento mental. Apresentam corpúsculo de Barr. (Wikström
AM, 2011)
Os casos de mulheres 48 XXXX e 49 XXXXX são raros e se caracterizam por graus
crescentes de retardamento mental. (Bojesen A, Gravholt CH. 2011)
4
Sindrome do duplo Y ou Super macho
Indivíduos com cariótipo 47,XYY ocorrem com a frequência de 1 caso por 1.000
nascimentos masculinos. (Bojesen A, Gravholt CH. 2011)
Embora sejam, na maioria, homens normais, os primeiros estudos sugeriam que entre
eles ocorria uma frequência extremamente alta de pacientes retardados mentalmente e com
antecedentes criminais; tais estudos revelaram que cerca de 2% dos pacientes Internados em
instituições penais e hospícios tinha este cariótipo, o que mostrava serem os
indivíduos XYY internados 20 vezes mais numerosos (em lugar de 1 por mil, 2% corresponde
a 20 por mil) do que na população livre. (Lanfranco F, et al 2014).
3. Capitulo
Causas
A síndrome de Klinefelter é resultado de uma falha genética aleatória que faz com que
uma pessoa do sexo masculino nasça com um cromossomo sexual extra. Dos 46
cromossomos humanos, os dois cromossomos sexuais determinam o sexo de uma pessoa. Na
grande maioria das vezes, a síndrome de Klinefelter ocorre por causa de uma cópia extra do
cromossomo X em cada célula (XXY). (Lanfranco F, et al 2014)
No entanto, algumas pessoas com síndrome de Klinefelter têm o cromossomo X
adicional apenas em algumas de suas células, e não em todas. Raramente, uma forma mais
grave de Klinefelter pode ocorrer se há mais de uma cópia extra do cromossomo X (48,
XXXY, por exemplo). (Lanfranco F, et al 2014)
A síndrome de Klinefelter não é uma doença hereditária. A falha genética que leva à
doença ocorre durante a formação do ovo, esperma ou, ainda, após a fecundação. (Bojesen A,
et al 2006).
4. Capitulo
Características do Portador
As características da Síndrome de Klinefelter são visíveis e diferentes em cada fase da
vida. Entretanto, alguns indivíduos sequer manifestam sintomas até a chegada da vida adulta.
Variando de acordo com a idade do portador, podem incluir:
Primeira infância
músculos enfraquecidos;
baixo desenvolvimento motor, com demora de aprendizado a sentar, andar e engatinhar;
atraso na fala;
personalidade silenciosa e dócil;
problemas congénitos.
Infância e adolescência
estatura acima da média;
pernas longas, torso curto e quadris largos;
ausência ou atraso da puberdade;
pouco desenvolvimento muscular;
poucos pelos;
pénis pequeno;
ginecomastia (desenvolvimento do tecido da mama);
fraqueza óssea;
baixos níveis de energia;
personalidade tímida;
dificuldade de expressão dos próprios sentimentos;
problemas de socialização;
dificuldade com leitura, escrita e/ou matemática;
problemas de atenção.
6
Fase adulta
infertilidade;
pénis e testículos pequenos;
estatura muito acima da média;
fraqueza óssea, podendo evoluir para um quadro de osteoporose;
diminuição nos pelos do rosto e ao longo do corpo;
ginecomastia (desenvolvimento do tecido da mama);
baixa da libido.
Tratamento
Reposição de testosterona
7
5. Capitulo
Diagnóstico
Diagnóstico pré-natal, muitas vezes quando testes citogenéticos são feitos por outras
razões como idade materna avançada
Testes citogenéticos por cariotipagem, análise FISH e/ou análise cromossômica por
microarranjo.
8
Prognóstico
Para ajudar seu filho a lidar com a síndrome de Klinefelter, procure monitorar o seu
desenvolvimento com especial atenção. Procure ajuda médica para lidar com
problemas com a fala ou na linguagem, por exemplo.
Incentive, também, a participação de seu filho em esportes e atividades físicas que
podem ajudar a aumentar a força muscular e aprimorar habilidades motoras.
Incentive-o a ser independente.
Converse frequentemente com os professores de seu filho para que eles entendam e
saibam administrar as necessidades da criança.
Procure entrar em contato com outros pais que também tenham filhos com a
síndrome. Trocar experiências e dicas pode ser bom para saber lidar cada vez
melhor com essa condição. (Swerdlow AJ, et al 2015).
9
Complicações possíveis
Prevenção
10
6. Procedimentos de enfermagem
Embora não haja nenhuma maneira de reparar as alterações dos cromossomos sexuais,
os diferentes tipos de tratamentos que estão disponíveis aos portadores da síndrome de
Klinefelter podem ajudar a minimizar os efeitos da doença também. Quanto mais cedo o
diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, maiores será os benefícios para o paciente. Mas
lembre-se: nunca é tarde para buscar ajuda médica e iniciar o tratamento.
11
Conclusão
A puberdade costuma ocorrer em idade normal, mas com poucos pelos faciais. Há
predisposição para dificuldades de aprendizado. A variação clínica é grande, e muitos
homens 47,XXY têm aspecto e intelecto normais. O desenvolvimento testicular varia desde
túbulos hialinizados não funcionantes até alguns produtores de espermatozoides; a excreção
urinária de FSH está, com frequência, aumentada.
Mosaicismo ocorre em cerca de 15% dos casos. Esses homens podem ser férteis.
Alguns homens afetados têm três, quatro e até cinco cromossomos X ao lado do Y. À
medida que aumenta o número de cromossomos X, também eleva-se a gravidade do retardo
mental e das malformações. Cada cromossomo X extra está associado a redução de 15 a
16 pontos do QI, com linguagem mais afetada, em particular habilidades de expressão.
Embora seja uma alteração genética, esta síndrome não passa de pais para filhos e, por
isso, não existe maior chances de se ter esta alteração, mesmo que já existam outros casos na
família.
12
Recomendações
Marque uma consulta médica se você notar alguns dos sinais da síndrome de
Klinefelter em seu filho. O diagnóstico pode descartar a possibilidade dos sintomas serem
causados por outras doenças. Preste especial atenção a alguns sinais específicos.
Se o seu filho parece estar se desenvolvendo mais lentamente do que outras crianças
da idade dele, consulte um pediatra. Atrasos no crescimento e no desenvolvimento podem ser
o primeiro sinal de uma série de doenças que precisam de tratamento - incluindo a síndrome
de Klinefelter. Se o seu filho for diagnosticado com essa síndrome, o tratamento precoce,
incluindo a terapia da fala, pode ajudar a prevenir ou minimizar os problemas causados pela
doença.
Se você for adulto e notar sinais de infertilidade, é importante buscar ajuda médica
também. Muitas causas podem levar à infertilidade, por isso é necessário fazer os exames
necessários para determinar o diagnóstico.
13
Anexos
Cariótipo
Ginecomastia Ginecomastia
14
Referências Bibliográficas
Bojesen A, Juul S, Gravholt CH. Prenatal and postnatal prevalence of Klinefelter syndrome: a
national registry study. J Clin Endocrinol Metab. 2003;88:622-6.
4. Swerdlow AJ, Higgins CD, Schoemaker MJ, Wright AF, Jacobs PA; United Kingdom
Clinical Cytogenetics Group. Mortality in patients with Klinefelter syndrome in Britain: a
cohort study. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90:6516-22.
Swerdlow AJ, Schoemaker MJ, Higgins CD, Wright AF, Jacobs PA; UK Clinical
Cytogenetics Group. Cancer incidence and mortality in men with Klinefelter syndrome: a
cohort study. J Natl Cancer Inst. 2005;97:1204-10.
Bojesen A, Gravholt CH. Klinefelter syndrome in clinical practice. Nat Clin Pract Urol.
2007;4:192-204.
Bojesen A, Gravholt CH. Morbidity and mortality in Klinefelter syndrome (47,XXY). Acta
Paediatr. 2011;100:807-13.
Wikström AM, Dunkel L. Klinefelter syndrome. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab.
2011;25:239-50.
15
Índice
Objectivos ................................................................................................................................... 1
Introdução ................................................................................................................................... 2
1. Capitulo ........................................................................................................................... 3
Conceitos ................................................................................................................................ 3
Historia ....................................................................................................................................... 3
2. Capitulo ............................................................................................................................... 4
Tipos de Alteração .................................................................................................................. 4
3. Capitulo ............................................................................................................................... 5
4. Capitulo ............................................................................................................................... 6
Características do Portador ..................................................................................................... 6
5. Capitulo ............................................................................................................................... 8
Diagnóstico ................................................................................................................................. 8
6. Procedimentos de enfermagem ......................................................................................... 11
Conclusão ................................................................................................................................. 12
Recomendações .................................................................................................................... 13
Anexos ...................................................................................................................................... 14
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 15
16