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EM GESTÃO DE PESSOAS
NEUROPSICOLOGIA: O QUE É?
Hiran PINEL
1. INTRODUÇÃO
A professora primária Maria Luiza está desesperada. Ela descreve um aluno seu. “o
Felipe, filho do Seu Augusto e da Dona Margarida”, que é um “mosquitinho elétrico”. Ela diz:
“Ele fica agitado, como se estivesse ligado ao um fio elétrico 24 horas... [ele exagera, é claro,
pois não fica 24 horas com o garoto]”. Ela nabega na internete procurando pelos termos:
agitação escolar, agotação psicomotora, impulsividade do escolar, hiperatividade etc. Mas ela –
sabida feito ela só – não se limita à internete, e conversa com colegas e especialistas, e
compra ou pede emprestados livros que abordam o assunto.
Não! Nós professores não podemos nos impressionar com terminologias “tão chques” e
nem devemos fugir da “clínica” que clama a escola. Uma clínica exige que a professora passe
a sensivelemente escutar os sofrimentos dos seus alunos e procurar – na maioria das vezes,
ela mesma – ajudar, produzindo e inventando modos alternativos de intervenção, ou como
descreveu a primeira vez Colodete (2004), “INTER(IN)VENÇÃO”.
2. METODOLOGIA
Para alcançar esse objetivo realizamos uma pesquisa bibliográfica – livros, artigos em
revistas científicas e populares e na internete etc. - e contruímos um texto didático.
Depois inventamos um título paraq cada tópico abordado, procurando descrever o
conteúdo todo – nesses títulos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
NEUROPSICOLOGIA: O QUE É
autoconsciência.
Sujeitos com perturbações na aprendizagem sempre existiram e por isso estudos sobre
os fatores determinantes destas perturbações existem há séculos.
Na área escolar, a crença de que o aprendizado ocorre na mente e esta não tem nada a
ver com o corpo levou muitos educadores a acreditar que o estudo do corpo cabia apenas aos
profissionais da área da saúde ou quiçá ao professor de educação física.
A maioria dos educadores compreendem que tudo que é psicológico é também biológico
– ambos indissociáveis.
dos métodos neuropsicológicos pelos educadores permite não apenas uma avaliação/
Profissionais
A avaliação das funções mentais superiores tem por objetivo discriminar as operações
comprometidas e preservadas.
Esta avaliação serve como base para:
(a) predizer como os déficits existentes devem afetar a vida do pacientes no dia a dia em
casa, no trabalho ou na escola;
natureza e intensidade dos déficits apresentados pelo paciente, mas em média o tratamento
dura de 4-6 meses, com sessões individuais (2-3 horas) duas a três vezes por semana.
Avaliação neuropsicológica
linguagem - compreensão oral e leitura; expressão oral e escrita, etc. - a inteligência, e várias
outras.
e extensão, estabelecer inter-relações entre estes déficts, determinar como eles afetam o
funcionamento geral do indivíduo, correlacionar déficts específicos e neuropatologia.
(verba e visual); linguagem (compreensão oral e leitura, expressão oral e escrita); memória
as lesões e disfunções cerebrais, que podem ser congênitas; adquiridas (TCE); localizadas
Busca o tratamento , melhora e alívio das deficiências cognitivas adquiridas; assim como
o tratamento de deficiências emocionais, comportamentais, de personalidade e motricidade.
exercício de habilidades cognitivas alteradas com o passar do tempo podem ocorrer através
de:
localização e magnitude da lesão, tempo desde a lesão, idade, saúde geral e nível de
funcionamento anterior à lesão.
dos conhecimentos sobre as estruturas e as lesões cerebrais in vivo, sua relação com as
síndromes neuropsicológicas e o seguimento prospectivo-evolutivo dos distúrbios cognitivos.
mapeamento do fluxo sangüíneo cerebral regional durante o repouso e durante ativação, com
alta resolução de imagens que esse método proporciona.
Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) - detecta a utilização metabólica cerebral regional
da glicose e do oxigênio através da captação da atividade de radiofármacos (Carbono,
Nitrogênio, flúor e Oxigênio).Sua aplicação prática, no entanto, é ainda restrita por seu alto
custo operacional.
sempre se associar aos dados fornecidos pela avaliação clínica, neuropsicológica e laboratorial
Até pouco tempo atrás acreditava-se na fragilidade dos neurônios, em sua incapacidade
de regeneração e na impossibilidade de produção de novos neurônios.
Grande parte das descobertas e conquistas colhidas agora, no início do século XXI,
principalmente nos Estados unidos, que fez com que os anos noventa ficassem conhecidos
como a "Década do Cérebro".
Atualmente, as perspectivas são bastante promissoras.
Com a união de esforços de profissionais da smais diversas áreas, novas técnicas têm
É possível ter o desempenho prejudicado na escola, por exemplo, devido a vários fatores:
forma, um adulto pode ter problemas de memória a ser preciso investigar as causas possíveis.
Nos casos onde já se tem um diagnóstico (por exemplo, transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade) pode ser necessário determinar qual o grau do comprometimento da
atenção. Da mesma forma, idosos que estão apresentando problemas de "esquecimento"
podem ser submetidos ao exame neuropsicológico para se determinar o quanto sua memória
está diferente do esperado para sua idade.
indivíduo com vistas à sua interdição (por senilidade, por retardo mental, por seqüelas de
traumatismos de crânio, etc).
para pontuar um sintoma que não é seu mas da escola enquanto instituição que se alimenta
lidar com as diferenças - e suas demandas – na sala de aula regular, mais conhecida hoje em
dia como inclusiva.
não há como negar, que enquanto não houver uma revolução social, a resolução do “problema
de aprendizagem” daquela pessoa que sofre por não-saber, dá-se através da intervenção do
demandas sempre diferenciadas de cada uma das crianças, adolescentes, adultos e até idosos
Pinel e Colodete (2004) denominam inter(in)venção, isto é, uma intervenção (inter e vir:
um olhar sentido que é penetrado no mais íntimo do ser do aluno e da aluna que sofre por não
saber) que é construída cotidianamente.
É óbvio que nem toda criança precisa de passar por exames neuropsicológicos clássicos,
mas o pedagogo deve conhecer esse rama do saber/ fazer para inventar e (re)fletir sobre o
desempenhio acadêmico do discípulo e produzir mudanças.
E DEPOIS DA AVALIAÇÃO?
O laudo clínico é realizado por uma equipe, geralmente composta por: um professor
Em alguns casos o perfil cognitivo obtido com o exame vai possibilitar planejar várias
Em alguns casos o perfil cognitivo obtido com o exame vai possibilitar planejar várias
nesse método; Deficiência Visual Cortical; Deficiência Auditiva – é muito importante que se
conheça e que se sinta o Movimento de Cultura Surda e não ficar propondo reeducar “surdos”
como se eles fossem simplesmente deficientes. É vital que se compreenda que eles são de
fato minorias, a a partir daí rotulá-los de deficientes é outra coisa. Hoje há um movimento para
que os ouvintes aprendam a Língua Brasileira de Sinais, que é o primeiro idioma dos surdos
totais. Também é vital que se ofereça um serviço para as pessoas surdas que podem falar ou
Bibliografia
ANDRADE, V.M., SANTOS, F.H., BUENO, O.F.A. Neuropsicologia Hoje. Artes Médicas,
São Paulo, 2004. (capítulos 1, 3, 4)
CYPEL, S. Aprendizado Escolar: aspectos neurológicos. In: Nitrini, R. & Bacheschi, LA. A
neurologia que todo médico deve saber. Maltese, São Paulo, 1991.
FELDMAN, C. & PAIVA, SC. Dr. Mauro Muskat: entrevista. Revista Psicopedagogia, v.17,
n.43, 1998.
GOLEMAN, D. Para que servem as emoções (cap.1) e Quando o inteligente é idiota (cap.3).
In: Inteligência emocional. Objetiva, Rio de Janeiro, 2001.
Aprendizagem
O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo como os seres adquirem
novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade
desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado,
qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos politico-ideológicos, relacionados
com a visão de homem, sociedade e saber.
Histórico
Antiguidade
Idade Média
Durante a Idade Média, a aprendizagem e consequentemente o ensino (Aqui ambos seguem o mesmo
rumo) passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. Por exemplo, uma criança aprendia a
não ser canhota, ou sinistra, embora neurologicamente o fosse.
No final daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do ensino com a
independência em relação ao clero. Devido as modificações que ocorreram com o advento do humanismo
e da Reforma, no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa, as teorias do ensino-
aprendizagem continuaram a seguir seu rumo natural.
Do século XVII até o início do século XX, a doutrina central sobre a aprendizagem era demonstrar
cientificamente que determinados processos universais regiam os princípios da aprendizagem tentando
explicar as causas e formas de seu funcionamento, forçando uma metodologia que visava enquadrar o
comportamento de todos os organismos num sistema unificado de leis, à exemplo da sistematização
efetuada pelos cientistas para a explicação dos demais fenômenos das ciências naturais.
Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada somente ao condicionamento. Um
exemplo de experiência sobre o condicionamento foi realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que
condicionou cães para salivarem ao som de campainhas.
A partir de 1930
Na década de 30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman pesquisaram sobre as
leis que regem a aprendizagem.
Guthrie acreditava que as respostas, ao invés das percepção|percepções ou os estados mentais, poderiam
formar as componentes da aprendizagem.
Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas, constituía um dos
principais aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo gradual.
Tolman seguia a linha de raciocínio de que o princípio objetivo visado pelo sujeito era a base
comportamental para a aprendizagem.percebendo o ser humano na sociedade em que esta inserido, se faz
necessario uma maior observação de seu estado emocional.
As definições de aprendizagem
Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é o processo de alteração de conduta de um indivíduo, seja
por Condicionamento operante, experiência ou ambos,de uma forma razoavelmente permanente. As
informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos.
O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este
possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e
procurar informações para o aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da
própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro. Um outro conceito de aprendizagem é uma
mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou
não,adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada. Na verdade a motivação tem um
papel fundamental na aprendizagem. Ninguém aprende se não estiver motivado, se não desejar aprender.
Na verdade o ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos
e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados
natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação
física, psicológica e social. Mas a maioria dos aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o
indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e naturalmente, pela herança
genética dos seus antepassados.
O processo de aprendizagem na abordagem de Vygotsky
O papel da equilibração
Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio
entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador,
necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente. (Wadsworth,
1996) Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos
que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E postula também que todo esquema de
assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de
suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu fechamento enquanto
ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação. (Piaget,1975, p.14)
Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica em afirmar a presença
necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em caso de
acomodações bem sucedidas. Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse,
desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade
de diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade
de esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de generalização de tal
forma que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma
classe. Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por Paín, sobre as
modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de assimilação e acomodação, na descrição
de sua estrutura processual. Segundo Wadsworth, se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela
tenta, então, fazer uma acomodação, modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando
isso é feito, ocorre a assimilação do estímulo e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. (Wadsworth,
1996) Segundo a teoria da equilibração, a integração pode ser vista como uma tarefa de assimilação,
enquanto que a diferenciação seria uma tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e
das partes.
É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus aspectos mais
intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da
instituição educacional. À primeira vista, o desabrochamento da personalidade parece depender sobretudo
dos fatores afetivos; na realidade, a educação forma um todo indissociável e não é possível formar
personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo estiver submetido a uma coerção intelectual
tal que o limite a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: se ele é passivo
intelectualmente não será livre moralmente. Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente
numa submissão à vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem as relações de
aprendizagem são as que ligam cada estudante individualmente a um professor que detém todos os
poderes, ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente. (Piaget, 1982) Piaget afirma que "adquirida a
linguagem, a socialização do pensamento manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela
constituição de regras. É justamente na medida, até, que o pensamento verbo-conceptual é transformado
pela sua natureza coletiva que ele se torna capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com
os atos práticos dos atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget,
1975 p.115).
Hiperassimilação
Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos do meio são alterados
para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação
desse movimento, de modo que o aprendiz não resigna-se ao aprender. Há o predomínio dos aspectos
subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.
Hipoacomodação
A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação
pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos
(Fernández, 1991 p.110).
Hiperacomodação
Acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a
subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica. Essa sintomatização está associada a
hipoassimilação.
Hipoassimilação
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de
modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. A aprendizagem normal
pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em equilíbrio. O que caracteriza a
sintomatização no aprender é predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da
assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que leva o sujeito a
interpretar os objetos de modo subjetivo, não internalizando as características próprias do objeto. Quando
a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem
criticidade. O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões
for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma
sintomatização na modalidade hiperacomodativa/ hipoassimilativa pode não ser visto como tendo
“problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos com precisão.
Independente da escola de pensamento seguida, sabe-se que o indivíduo desde o nascimento, utilizando
seu Percepção|campo perceptual, vai ampliando seu repertório e construindo conceitos, em função do
meio que o cerca. Estes conceitos são regidos por mecanismos de memória onde as imagens dos sentidos
são fixadas e relembradas por associação a cada nova experiência. Os efeitos da aprendizagem são retidos
na memória, onde este processo é reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo ou
necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança neural duradoura.
As influências e os processos
A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo alguns teóricos, pela
hereditariedade (existem controvérsias), onde o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os
elementos básicos para o processo de fixação das novas informações absorvidas e processadas pelo
indivíduo.
O processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento. Alguns autores
afirmam que certos processos neuróticos, ou neuroses, nada mais são que uma aprendizagem distorcida, e
que a ação recomendada para algumas psicopatologias são um redirecionamento para a absorção da nova
aprendizagem que substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações que perturbam o
indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (re-educação) ou da intervenção profissional através da
Psicopedagogia.
Estilos de aprendizagem
Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de
aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja
discordâncias entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem:
Bibliografia
• PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 3ª edição
• PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia; tradução Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo
Sérgio Lima Silva.23ª edição, Rio de Janeiro: Forence Universitária,1998.
• PIAGET, Jean. O Juízo Moral na Criança. São Paulo, Summus, 1994
• PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo : DIFEL, 1982.
• PIAGET, Jean. Como se desarolla la mente del niño. In : PIAGET, Jean et allii. Los años
postergados: la primera infancia. Paris : UNICEF, 1975.
• PIAGET, Jean. Biologia e Conhecimento. 2ª Ed. Vozes : Petrópolis, 1996.
• PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975.
• VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991
• VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1993
WADSWORTH, Barry. Inteligência e Afetividade da Criança. 4ª Ed. São Paulo, Enio Matheus Guazzelli, 1996.
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
A aprendizagem vem sendo estudada cientificamente desde o século passado, embora tenha
tomado maior espaço e relevância no meio acadêmico entre as décadas de 1950 e 1970. Junto
com os avanços obtidos com as pesquisas, diversos conceitos foram apresentados como uma
tentativa de melhor explicar a aprendizagem e como se dá o seu processo. Apesar de existir
diferentes conceitos, todos eles concordam que a aprendizagem implica numa relação bilateral,
tanto da pessoa que ensina como da que aprende. Dessa forma, a aprendizagem é melhor
definida como um processo evolutivo e constante, que envolve um conjunto de modificações no
comportamento do indivíduo, tanto a nível físico como biológico, e do ambiente no qual está
inserido, onde todo esse processo emergirá sob a forma de novos comportamentos. 1
Apesar disso, é importante estabelecer uma diferenciação entre o que é uma dificuldade de
aprendizagem e o que é um quadro de Transtorno de Aprendizagem. Muitas crianças em fase
escolar apresentam certas dificuldades em realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos
motivos, como problemas na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas
familiares ou déficits cognitivos, entre outros. A presença de uma dificuldade de aprendizagem
não implica necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais
sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo
no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada. 1
A real etiologia dos Transtornos de Aprendizagem ainda não foi esclarecida pelos cientistas,
embora existam algumas hipóteses sobre suas causas. Sabe-se que sua etiologia é
multifatorial, 6 porém ainda são necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa
questão. 4
O CID-10 esclarece que a etiologia dos Transtornos de Aprendizagem não é conhecida, mas
que há "uma suposição de primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatores não-
biológicos". Ambos os manuais informam que os transtornos não podem ser conseqüência de:
Transtorno da Leitura
Transtorno da Matemática
A aquisição de conceitos matemáticos e outras atividades que exigem raciocínio são afetadas
neste transtorno, cuja baixa capacidade para manejar números e conceitos matemáticos não é
originada por uma lesão ou outra causa orgânica.7 Em geral, o Transtorno da Matemática é
encontrado em combinação com o Transtorno da Leitura ou Transtorno da Expressão Escrita.
TRATAMENTO
A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica e/ou fonoaudiológica e
continua participando das aulas convencionais oferecidas pela escola. Porém, existem casos
em que o grau do transtorno exige que a criança passe por programas educativos individuais e
intensivos. Independentemente do caso, é importante que a criança continue a assistir e a
participar das atividades escolares normais. 7 Cabe ao profissional que acompanha a criança
ou adolescente realizar contatos com a escola a fim de estabelecer uma maior qualidade do
processo de aprendizagem, através da inter-relação dos aspectos exigidos pela escola e do
que a criança é capaz de oferecer para suprir tais necessidades. 7
Dislalia:
Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso da fala, à linguagem "bebê".
Atenção:
É um evento oculto que não pode ser controlado diretamente. Dessa maneira, é muito parecido
com o processo oculto de aprendizagem, que também não apresenta referência direta e só
pode ser mensurado pela observação das alterações no desempenho. Infelizmente, a atenção
é um pré-requisito da aprendizagem. Se ambos são mensurados por uma alteração no
desempenho é devida à atenção imperfeita, à aprendizagem imperfeita ou ambas.
A atenção na aprendizagem refere-se à seleção de estímulos dentre os vários utilizados no
processo de aprendizagem, a fim de a ele associar a resposta adequada. A criança precisa
dispor da atenção seletiva para discernir dentre tantos estímulos aquele que leva a uma
resposta apropriada. A atenção deve estar centrada no conteúdo propriamente, não na forma e
recursos utilizados na aprendizagem do mesmo. Ao escutar uma explicação oral, além de
preocupar-se com a compreensão da mesma, há uma percepção de tom de voz, sotaque, etc;
que também fazem parte do estímulo. Caso a atenção não esteja centrada, ( atenção seletiva);
ela se desviará, não vingando o essencial.
Apraxias:
Incapacidade de executar os movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não
haja paralisias.
Disfasias/Audiomudez:
Transtornos raros da evolução da linguagem. Trata-se de crianças que apresentam um
transtorno da integração da linguagem sem insuficiência sensorial ou fonatória; que podem,
embora com dificuldade, comunicar-se verbalmente e cujo nível mental é considerado normal.
Ecolalia:
Repetição da fala do interlocutor.
Disortografia:
Escrita com os erros de que tratamos, pode ser o primeiro ou único achado de exame em caso
de dislexia leve não examinado logo no início, podendo ter havido, mas já desaparecido, as
dificuldades à leitura. Boa parte dos disléxicos melhora razoavelmente nesta matéria, enquanto
ainda cometem muitos erros à escrita.
Os disléxicos podem fazer toda a sua escrita em espelho, o que é, entretanto, raro.
Quanto aos erros de omissão, o mais freqüente é suprimirem-se letras mudas ou vogais -
BNDT (por BENEDITO), por exemplo.
É comum a tendência à união de duas ou mais palavras numa só, mas se pode também
verificar a divisão de uma palavra, que o disléxico escreve em duas partes.
Quanto a pontuação, pode haver dificuldade na colocação de vírgulas.
Afasia:
É a perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica central
decorrentes de AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesões cerebrais nas áreas da fala e
linguagem. Conforme a extensão e localização da lesão o paciente pode apresentar um ou
mais sintomas.
Sintomas:
·perda total ou parcial da articulação das palavras;
·perda total ou parcial da fluência verbal; dificuldade de expressar-se verbalmente; nomear
objetos; repetir palavras; contar; nomear por exemplo os dias da semanas, meses do ano; ou
ainda perda da noção gramatical;
·perda total ou parcial da habilidade de interpretação, não reconhece o significado das
palavras.
·ler;
·escrever;
·perda total ou parcial da capacidade de organização de gestos para comunicar o que quer.
Disfasia:
Transtorno da linguagem- afasia congênita. Cujos transtornos se referem a recepção e análise
do material auditivo, verbal e dificuldades com o discurso (perturbações na comunicação
verbal).
Gagueira
Memória:
A memória pode ser definida como a capacidade do indivíduo de gravar as experiências e
acontecimentos ao longo da vida.
Hiperatividade:
A imagem composta da primeira infância e da meninice das crianças hiperativas é a de
crianças que têm dificuldade de alimentar-se, de dormir, estão muitas vezes em mau estado de
saúde e não aprendem a falar ou só falam adequadamente após os três anos de idade ou
mais.
Transtornos Emocionais
Deficiência Mental
Desenvolvimento psicomotor
Sexualidade
Atraso de Linguagem:
Considera-se atraso de linguagem crianças que:
Até 1 ano e ½ não falam palavras isoladas
A partir dos 2 anos não formam frases
Causas possíveis:
Quando os pais ou aqueles que cuidam da criança não esperam que a mesma exprima sua
vontade, antecipam-se fazendo aquilo que a criança quer fazendo com que a criança não sinta
necessidade de falar.
Quando não há estímulos adequados
Quando o meio socio-afetivo-cultural não é adequado
Quando há atraso psicomotor
Quando à perda auditiva parcial ou total
Quando à problema neurológico.
Tratamento: Fonoaudiológico
Será identificado o nível de linguagem, as causas do atraso, orientação da participação
familiar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS