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Ética no Serviço Público

Elaborado pela Comissão de Ética da SEEMG


(*Adaptado)
Objetivos do estudo sobre a Ética:

● Informar aos gestores sobre a atuação da Comissão de Ética da SEEMG;


● Divulgar o Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta
Administração Estadual;
● Proporcionar reflexões sobre a conduta ética no serviço público.

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O que é ética?

Derivada da palavra grega ETHOS que significa caráter, aquilo que


pertence ao modo de ser de uma pessoa.
Ética

Ciência que estuda os sistemas morais, as regras que regulam as


relações entre as pessoas.

Conjunto de valores que orienta como se deve agir em relação aos


outros. Diferencia o bem e o mal, o certo e o errado.

É agir de acordo com os preceitos da moral instituída.

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Você sabia?

 A Constituição Federal de 1988  A moralidade administrativa não


evidenciou a ética e transformou se confunde com a moral comum
a moralidade em um princípio da e não é uma opção para o
Administração Pública. Assim, servidor público. Está vinculada à
todo ato de agente público tem a supremacia do interesse público
ética como elemento balizador sobre o privado.
de conduta irrepreensível.

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A Ética no serviço público é regida por normas específicas

Decreto Estadual nº 46.644, de 6/11/2014

Código de Conduta Ética do


Agente Público e da
Alta Administração Estadual

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Decreto Estadual nº 46.644, de 6/11/2014

 Instrumento de orientação e fortalecimento da consciência ética no relacionamento do agente


público estadual com as pessoas e patrimônio. Podem ser criados códigos de ética específicos,
desde que não contrariem o disposto no Decreto Estadual.

 Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente e sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, convênio, contratação ou qualquer forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública em órgão ou entidade da Administração
Publica Direta ou Indireta do Poder Executivo Estadual.

 Alta Administração ou autoridade: Secretários de Estado, Secretários-Adjuntos,


Subsecretários, Chefes de Gabinete e Superintendentes da Administração Direta e
equivalentes na Indireta;

 O agente público deve prestar compromisso solene de acatamento e observância ao disposto


no Código de Ética, em formulário específico, e arquivamento na pasta funcional.

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Conselho de Ética Pública (CONSET)
 É vinculado a Governadoria, composto por 7 membros, indicados pelo
Governador, dentre brasileiros de reconhecida idoneidade moral, reputação ilibada
e dotados de notórios conhecimentos de Administração Pública.

 O exercício da função de conselheiro é considerada de relevante interesse


público, sem qualquer espécie de remuneração; permitido pagamento de verbas
indenizatórias para despesas.
 O Presidente é escolhido pelo Governador entre os membros; mandato de 3 anos.
 Possui uma Secretaria Executiva do CONSET: tem como finalidade o apoio
técnico e administrativo às ações de sua competência.

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COMISSÃO DE ÉTICA DA SEE - composição e atuação

 Resolução SEE n. 3.739, de 11 de abril de 2018;


 Composta por 7 membros titulares e 5 membros suplentes;
 Mandato de 3 anos, facultada recondução por igual período;
 A atuação na Comissão de Ética não enseja remuneração e os trabalhos são
considerados prestação de serviço público relevante;
 Na SRE deverá ser capacitado um servidor para responsabilizar-se pelas
ações da Comissão de Ética para articular as demandas da Unidade Central,
Regional e Escolas Estaduais.

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COMISSÃO DE ÉTICA – Art. 18 Competências:
I – orientar e aconselhar o agente público sobre ética profissional no respectivo órgão
ou entidade;
II – alertar agentes públicos quanto à conduta no ambiente de trabalho, especialmente
no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público;
III – adotar formas de divulgação das normas éticas e de prevenção de falta ética;
IV – registrar condutas éticas relevantes;
V – decidir pela instauração e conduzir processo ético, observadas as normas
estabelecidas no Decreto e em Deliberações do CONSET;
VI – elaborar seu Regimento Interno, observadas normas e diretrizes expedidas pelo
CONSET; e
VII – exercer outras atividades que lhe forem atribuídas ou delegadas pelo CONSET.

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Hierarquia Competências Instância de
Institucional atuação

CONSET Atua na Ética Pública junto a Recurso de 2ª instância;


Alta Administração; instauração
Assessoramento direto ao e julgamento de processos Instância máxima p/
Governador e Secretários solução de questões
de Estado Orienta e aconselha os agentes éticas
públicos para prevenção da falta
COMISSÃO DE ÉTICA ética e conflitos Recurso de 1ª instância
Assessoramento direto à
autoridade máxima do Decisão de instauração de Unidade Central,
órgão Processo Ético Regionais e Escolas

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CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA

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Princípios
I. Boa-fé X. Presteza e Tempestividade
II. Honestidade XI. Respeito à hierarquia administrativa
III. Fidelidade ao interesse público XII. Assiduidade
IV. Impessoalidade XIII. Pontualidade
V. Dignidade e decoro no exercício das XIV. Cuidado e respeito no trato de
funções pessoas e patrimônio;
VI. Lealdade às instituições XV. Respeito e dignidade à pessoa
VII. Cortesia humana.
VIII. Transparência
IX. Eficiência
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Direitos e Garantias
I. igualdade de acesso e oportunidades de crescimento intelectual e profissional;
II. liberdade de manifestação, observado o respeito à imagem da instituição e dos
demais agentes públicos;
III. igualdade de oportunidade nos sistemas de aferição, avaliação e
reconhecimento de desempenho;
IV. manifestação sobre fatos que possam prejudicar seu desempenho ou
reputação;
V. sigilo à informação de ordem pessoal;
VI. atuação em defesa legítima de seu interesse ou direito;
VII. ciência do teor da acusação e vista dos autos, quando estiver sendo
investigado.

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Direitos Éticos Fundamentais do Agente Público
I. agir com lealdade e boa-fé;
II. ser justo e honesto no desempenho de funções e no relacionamento com subordinados,
colegas, superiores hierárquicos, parceiros, patrocinadores e usuários do serviço;
III. observar os princípios e valores da ética pública;
IV. atender prontamente às questões que lhe forem encaminhadas;
V. ser ágil na prestação de contas de suas atividades;
VI. aperfeiçoar o processo de comunicação e contato com o público;
VII. praticar a cortesia e a urbanidade e respeitar a capacidade e as limitações individuais de
colegas de trabalho e dos usuários do serviço público, sem preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, preferência política, posição e outras formas de
discriminação;
VIII. representar contra atos que contrariem as normas deste Código de Ética;

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Direitos Éticos Fundamentais do Agente Público
IX. resistir a pressões de superiores hierárquicos, contratantes, interessados e outros que visem
a obter favores, benesses ou vantagens ilegais ou imorais, denunciando sua prática;
X. comunicar imediatamente aos superiores todo ato ou fato contrário ao interesse público, para
providências cabíveis;
XI. participar de movimentos e estudos relacionados à melhoria do exercício de suas funções,
visando ao bem comum; de Ética.
XII. apresentar-se ao trabalho com trajes adequados ao exercício da função;
XIII. manter-se atualizado com instruções, normas de serviço e legislação pertinentes ao órgão ou
entidade de exercício;
XIV. facilitar atividades de fiscalização pelos órgãos de controle;
XV. exercer função, poder ou autoridade de acordo com a lei e regulamentações da
Administração Pública, sendo vedado o exercício contrário ao interesse público; e
XVI. divulgar e estimular o cumprimento deste Código.

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Vedações ao Agente Público
I – utilizar-se do cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posição e influências para
obter favorecimento para si ou para outrem;
II – prejudicar deliberadamente a reputação de subordinados, colegas, superiores hierárquicos ou
pessoas que dele dependam;
III – ser conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua
profissão;
IV – usar de artifícios para procrastinar ou dificultar exercício de direito de qualquer pessoa;
V- deixar de utilizar conhecimento, avanços técnicos e científicos ao seu alcance no
desenvolvimento de suas atividades;
VI – permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem
pessoal interfiram no trato com o público ou com colegas hierarquicamente superiores ou
inferiores;
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Vedações ao Agente Público
VII – pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem, para si ou outra pessoa, visando ao cumprimento de sua
atribuição, ou para influenciar outro servidor;
VIII – alterar ou deturpar teor de documentos;
IX – iludir ou tentar iludir pessoa que necessite de atendimento em serviços públicos;
X – desviar agente público para atendimento a interesse particular;
XI – retirar de repartição pública, sem autorização legal, documento, livro ou bem pertencente
ao patrimônio público;
XII – usar informações privilegiadas obtidas em âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, amigos ou de terceiros;

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Vedações ao Agente Público
XIII – apresentar-se embriagado ou drogado para prestar serviço;
XIV – permitir ou contribuir para que instituição que atente contra a moral, honestidade ou
dignidade da pessoa humana tenha acesso a recursos públicos de qualquer natureza;
XV – exercer atividade profissional antiética ou ligar seu nome a empreendimento que atentem
contra a moral pública;
XVI – permitir ou concorrer para que interesses particulares prevaleçam sobre o interesse
público;
XVII – exigir submissão, constranger ou intimidar outro agente público, utilizando-se do poder que
recebe em razão do cargo, emprego, ou função pública que ocupa;
XVIII – participar de qualquer outra atividade que possa significar conflito de interesse em relação
à atividade pública que exerce.

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É vedado ainda...
 A aceitação de presente, doação ou vantagem de qualquer espécie,
independente do valor monetário, de pessoa, empresa ou entidade que tenha
ou que possa ter interesse em:

I – quaisquer atos de mero expediente de responsabilidade do agente público;

II – decisão de jurisdição do órgão ou entidade de vínculo funcional do agente público;

III – informações institucionais de caráter sigiloso a que o agente público tenha acesso.

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Gestor Público

Agente público que por força do cargo, emprego ou função


recebe poder público para coordenar e dirigir pessoas e
trabalhos.
(Art. 20)

20
Gestor Público
Art. 21 – A atuação do gestor público deve pautar-se especialmente nas seguintes
condutas:
I – adotar medidas para evitar conflitos de interesse privado com o interesse público;
II – tratar respeitosamente subordinados e demais colegas de trabalho;
III – combater práticas que possam suscitar qualquer forma de abuso de poder;
IV – utilizar, exclusivamente, o poder institucional que lhe é atribuído por meio do cargo, função
ou emprego público que ocupa, para viabilizar o atendimento ao interesse público;
V – buscar a excelência na qualidade do trabalho, utilizando a crítica, quando necessária, de
forma construtiva e em caráter reservado, focando o ato ou fato e não a pessoa; e
VI – apoiar a divulgação e adoção de condutas éticas no ambiente de trabalho.

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É Permitido ao Gestor Público
(Artigos 20 a 25)
 ... a participação em eventos, desde que tornada pública qualquer
remuneração, bem como pagamento de despesas de viagem pelo promotor
do evento, que não poderá ter interesse em decisão a ser proferida pelo
gestor.

 ... o exercício não remunerado de encargo de mandatário, desde que não


implique a prática de atos de comércio ou quaisquer outros incompatíveis
com o exercício do seu cargo, emprego ou função, nos termos da lei.

O Gestor deverá informar a existência de eventual conflito de interesses,


bem como comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua
participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.

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É Vedado ao Gestor Público

 ... opinar publicamente sobre:

I - honorabilidade e desempenho funcional de outro gestor público estadual;

II - mérito em questão a ele submetida, para decisão individual ou em órgão colegiado; e

III – matérias não atinentes a sua área de competência.

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Vedação à Autoridade Pública (art. 33 a 36)
Após deixar o cargo, função ou emprego público, a No período de interdição para atividade
autoridade pública não poderá: incompatível com cargo (4 meses), função ou
emprego exercido,
I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou I – não aceitar cargo, emprego ou função de
jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo
em processo ou negócio do qual tenha participado, em profissional com pessoa física ou jurídica com a qual
razão do cargo, emprego ou função. tenha mantido relacionamento oficial direto e relevante
nos seis meses anteriores à saída do Poder Executivo;

II – prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, II – não intervir, em benefício ou em nome de pessoa
inclusive sindicato ou associação de classe, valendo-se física ou jurídica, junto a órgão ou entidade da
de informações não divulgadas publicamente a Administração Pública Estadual com que tenha tido
respeito de programas ou políticas do órgão ou relacionamento oficial direto e relevante nos seis
entidade da Administração Pública Estadual a que meses anteriores à saída do Poder Executivo.
esteve vinculado ou que tenha tido relacionamento
direto e relevante nos seis meses anteriores ao término
do exercício da função pública.

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Sansões Éticas
 Poderá ser instaurada averiguação preliminar para apuração de fato com indícios
de desrespeito ao Código de Ética pela Comissão de Ética ou pelo CONSET.
 Após averiguação preliminar poderá ser instaurado processo ético ou
arquivamento, com ou sem recomendação.
 Concluído o processo ético, a Comissão ou o CONSET poderá decidir se a
conduta é passível de sanção ética: Advertência ou Censura.
 O agente público que fizer denúncia infundada estará sujeito às sanções do
Código de Ética (art. 12).

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Sansões Éticas

Em caso de aplicação de sanção ética deverá ser informado (art. 40):


 A chefia imediata e o dirigente máximo do órgão ou entidade em que o agente
público sancionado está em exercício; e
 Ao Governador, no caso de sanção de agente da Alta Administração do Poder
Executivo Estadual.

Enviar cópia da síntese da ocorrência ética:


 À unidade de gestão de pessoas, para ser juntada e considerada no processo de
avaliação de desempenho do agente;
 Ao CONSET.

A apuração de falta ética prescreve em dois anos (art. 43):


 O prazo começa a ser contado a partir da data de ocorrência do fato;
 A instauração de averiguação preliminar ou processo ético interrompe a
prescrição.

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Fundamentação Legal
 Decreto nº 43.673, de 4/12/2003 – instituiu o Código de Ética do Servidor Público;
 Decreto nº 43.885, de 4/10/2004 – disciplinou normas de atuação;
 Decreto nº 46.644, de 6 de novembro de 2015 – deu nova redação Código de Conduta Ética
do Agente Público e Alta Administração Estadual; revogou os anteriores;
 Decreto nº 44.559, de 2007 – Avaliação de Desempenho Individual;
 Decreto nº 45.851, de 2011 – Avaliação Especial de Desempenho;
 Lei Estadual nº 7.109, de 1977 – Estatuto do Magistério;
 Lei Estadual nº 869, de 1952 – Estatuto do Servidor Público;
 Literatura e informações sobre os temas:
 Evolução na carreira: promoção; progressão; gratificações
 Desenvolvimento profissional:
 Atribuições do cargo ;

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Fundamentação Legal

 Resolução SEE, de 3739, de 28/03/2018;


 Resolução SEE nº 2975, de 18/05/2016;
 Resolução SEE nº 2793, de 16/9/2015 – Recompõe a Comissão da SEEMG;
 Resolução SEE nº 2364, de 6/8/2013 – torna público o Regimento Interno da Comissão de
Ética da SEEMG;

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Fundamentação Legal
 Deliberações do CONSET (principais):
 001/2004 – Regimento Interno CONSET/MG;
 002/2004 – participação de autoridade em evento político-eleitoral;
 003/2004 – Declaração Confidencial de Informações (DCI) somente Alta Administração;
 004/2004 – Identifica situações que suscitam conflitos de interesses e modo de preveni-
lo;
 005/2005 – Regimento Interno Padrão das Comissões de Ética e cria o formulário
“Prestação de Compromisso Solene”;
 006/2007 – Recurso e reconsideração em processo ético;
 007/2007 – alterações dos formulários “Prestação de Compromisso Solene” e “Síntese
de Ocorrência Ética”;
 008/2008 – orientações sobre brindes e presentes;
 009/2008 – competência para condução de processo ético e a aplicação de sansão;
 010/2009 – apoio e patrocínio de eventos institucionais;
 011/2009 – orientações p/ escolha de membros da Comissão de Ética;
 012/2009 – altera Deliberação 010/2009;
 013/2010 – modifica sigla CONSET;

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Fundamentação Legal
 Deliberações do CONSET (principais):
 014/2010 – define competência para instauração, instrução e conclusão de processo
em desfavor de membro de conselho interno;
 015/2010 – estabelece assessoria das Comissões de Ética nos processos de
competência originária do CONSET;
 016/2011 – esclarece prazo de mandato para substituição de membros do CONSET e
Comissões de Ética;
 017/2011 – estabelece rito para elaboração de pareceres (ficha limpa);
 018/2012 – altera os formulários “Declaração Confidencial de Informações” (DCI) e
“Termo de Compromisso Solene”;
 019/2014 – cria exigência de atualização anual do anexo exigido pela DCI (cópia da
declaração IRPF);
 020/2014 – altera Deliberação nº 1, em que acrescenta o “voto de qualidade” do
Presidente do Conselho de Ética; e Deliberação n. 3, parágrafo único art. 14;
 Parágrafo Único – É considerada falta ética não atender convocação do Conselho ou
de Comissão de Ética;
 021/2014 – atualiza formulários: DCI e outros.

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Comissão de Ética da SEEMG

Email: comissao.etica@educacao.mg.gov.br

Presidente: Ulda Coleta Lança Monteiro

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