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SERVIÇO SOCIAL
Jacobina- BA
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requisito parcial para a obtenção do título de Serviço
Social.
Jacobina- BA
Matos, Eronildes Andrade. Gravidez na adolescência:A ação Profissional frente
a crescente realidade . 2013.. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Serviço Social), Universidade Norte do Paraná, Jacobina – Bahia 2013
RESUMO
1 INTR
INTROD
ODUÇ
UÇÃO
ÃO
Com o passar dos anos, a sociedade brasileira passou a conviver com mudanças
significativas na estrutura das famílias, observamos que as mesmas estão mais
heterogêneas, enfrentando paradigmas ate então não observados.
Dessa forma, tomando por base essa problemática o Assistente Social com as
ferramentas que possui deve utilizar-se das políticas publicas para realizar o seu
trabalho, através da defesa dos direitos dos usuários, ampliando e difundindo os
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planejamento e condições econômicas, sociais e psicológicas favoráveis na luta
conta os problemas sociais, Mynaio 1999..
Dessa forma, neste processo, temo como base as influencias e mudanças culturais
ao longo da historia, moldando a relação e constituição da família. A passagem da
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transformações do pensamento ético, moral, cultural e religioso do ser humano, que
se constitui conforme o modo de agir e pensar sobre si mesmo e o como se
relaciona com o mundo.
Dessa forma a gravidez na adolescência é uma realidade que não esta restrita
apenas as classes menos favorecidas, mas atinge a todas as classes sociais,
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Geografia e Estatística (IBGE), ainda assim, é uma problemática a ser pensada e
direcionada a programas e projetos que visam minimizar essa ocorrência.
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profissional de vários autores.
No entanto, tomando por base as discussões aqui propostas as mesmas não serão
capazes de esgotarem todo o leque de variáveis que tendem a influencias nas mais
diferentes formas em que o fenômeno poderá ser caracterizado, considerando o
espaço territorial da pesquisa o mesmo representa um retratro próximo da realidade
do nosso pais na medida que a problemática está presente em todo território.. Nesse
sentido deve-se compreender todo processo de pesquisa como algo inacabado, pois
permitirá futuras revisões e criticas na busca por novas visões e contribuições da
realidade estudada.
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CAPÍTULO 1
FAMÍLIA
Com base no mesmo autor, os membros que ligam uma família contribuem
efetivamente para o crescimento individual e de convivência em grupo,
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cuidado e zelo pelo próximo de forma a criar um vinculo afetivo seja ele
consanguíneo ou não.
As famílias podem ser organizadas conforme se inter relacionam e se organizam
quanto ao numero de componentes, ou seja, a maneira como se constituem e
solidificam os laços fraternos de amor e mutualidade. A família nuclear é constituída
pelo pai, mãe e filhos, sendo considerada a mais comum das estruturas familiares,
se subdividindo quanto aos papéis de cada membro, ou seja, quando o homem é o
único provedor da família, sendo a mulher dona do lar e dedicada a cuidar dos filhos,
é chamada de família nuclear tradicional. (BOZA, FERREIRA e BARBOZA, 2010).
Quando esses papeis se igualam entre homem e mulher, temos a família nuclear
conjugal, da qual será melhor discutida no capitulo 1.4.
As famílias monoparentais são aquelas constituídas somente pelos filhos e por um
dos genitores, ou seja, pai ou mãe, geralmente, quando ocorre divorcio, abandono
de lar ou óbito. Quando ocorre a separação do casal com filhos, e estes assumem
novas famílias, essa nova constituição familiar é considerada recomposta, onde
membros de uma antiga união familiar, genitor e filhos, coabitam com novos
membros reconstituindo uma nova família. As famílias extensas são aquelas onde
ocorre o aumento da família nuclear, ou seja, quando outro membro se une a
mesma família, geralmente, em casos onde os filhos casam e moram com os pais,
quando o filho (a) que prematuramente se torna pai ou mãe obriga-se a conviver na
mesma casa, ou parentes consanguineos, como avós que necessitam de atenção e
melhores cuidados. (BOZA, FERREIRA e BARBOZA, 2010).
Segundo Sarti (2000), é através da família que se estabelece os laços de afinidade e
parentesco, vivenciando fatos da vida real como um grupo social concreto, através
da troca e enlaço emocional vinculam ainda mais as raízes parentais. A família é a
porta de entrada para a vida em sociedade, é o primeiro ensaio para a vida real,
onde se tem a chance de errar e aprender um com os outros, através dessa
mutualidade aprendemos o respeito pelo próximo, amizade, dedicação e postura
para encarar os desafios perante a vida.
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Os jovens do século XXI vêem a vida sexual de forma muito espontânea e até
mesmo banalizada, hoje, muitos adolescentes, não se permitem conhecer o próprio
corpo e sentimentos quando decidem iniciar a primeira relação sexual; assim, como
não escolhem ou definem seus parceiros pelas emoções atribuídas, apenas o prazer
está inserido nesse processo, e a constante pressão e influencia da sociedade como
um todo. Conforme Ana Claudia Bortolozzi Maia, professora de Psicologia da
UNESP de Bauru, ressalta que “a sexualidade tem sido discutida mais aberta nos
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aparente liberdade sexual não torna as pessoas mais livres, pois ainda há bastante
repressão e preconceito sobre o assunto”.
O adolescente quando embutido na busca pelo prazer sexual e aceitação social, se
sujeita as muitas influencias negativas da sociedade, principalmente as que
prometem “facilitar” as relações sociais, desinibindo e alegrando, como o uso de
drogas, bebida, cigarro, enfim, o jovem se submete a situações de risco e
vulnerabilidade quanto a sua segurança e desenvolvimento saudável como individuo
em processo de construção.
Em concordância com a professora, a mulher e concomitantemente a menina
adolescente tem sido muito cobrada pela sociedade pela independência pessoal e
profissional, sem levar em conta suas expectativas e sentimentos quanto a essas
escolhas, sendo considerada infeliz a mulher que opta por escolhas diferentes a
estas. A virgindade entra nessa questão de pressão social, onde era vista como
pureza e preservação da menina a décadas atrás, hoje é um problema do qual,
muitas adolescentes sob pressão social do grupo a qual convivem, sentem-se
obrigadas a perderem a virgindade para serem aceitas e vistas como jovens
independentes e cabíveis no modelo de adolescente moderno.
Na atualidade o adolescente é encarado como livre quanto às escolhas que fazem,
principalmente, pela sua sexualidade, mas nem sempre estes jovens, possuem
responsabilidades e informações suficientes para extrapolar essa liberdade social;
os relacionamentos sérios, como namoros tem ficado para trás dando espaço para
as “ficadas”, onde os jovens se permitem a troca de carinhos e sexo sem o
relacionamento serio, mas ao mesmo tempo em que essas mudanças no contexto
social podem ser positiva do ponto de vista de independência, e autonomia em
escolher melhor o parceiro sem o compromisso de ter que atribuir um casamento
futuro, essas mudanças contribuem para uma adolescência em conflito de emoções
e problemas dos jovens que não sabem lidar com a tal liberdade, confundindo
muitas vezes a própria escolha da sexualidade, sofrendo por não compreender seus
sentimentos, sensação de ser usado, pelas doenças sexualmente transmissíveis
que se arriscam, e pela gravidez na adolescência do qual o presente trabalho visa
discutir (CANO, FERRIANI e GOMES, 2000).
A relação dos pais frente à sexualidade dos filhos adolescentes é muito discutida por
diversos autores, para Tiba (1986), os pais nem sempre conseguem transmitir o que
realmente desejam, considerando que na maioria das vezes, são movidos pelo
desejo de quererem ver os filhos mais felizes do que eles mesmos foram em suas
épocas, segundo Suplicy apud Cano, Ferriani e Gomes (1991, 2000, p.21), a
sociedade tem passado por varias transformações nas ultimas décadas,
principalmente frente à questão da sexualidade, deixando os pais confusos ao
deparar-se com essa problemática junto aos filhos, sendo que décadas atrás as
famílias tinham uma visão bem definida e estruturada quanto ao que era certo e
errado, na hora de transmitir isso para os filhos e a sociedade.
De acordo com a autora os conflitos experimentados pelos pais nas famílias
contemporâneas, tem ido ao encontro de todas as mudanças da sociedade
culturalmente e socialmente, remetendo-os a insegurança quanto à melhor
educação e delimitações com os filhos adolescentes, mas independente dessas
transformações os pais precisam continuar a transmitir valores como respeito a si
mesmo e aos outros, senso critico opinião própria, e busca por orientação sempre
que tiverem duvidas. Para Conceição apud Cano, Ferriani e Gomes (1998, 2000,
p.20), as transformações de valores das famílias atuais tiveram inicio na década de
60, através dos movimentos juvenis que buscavam romper com a opressão sexual
que eram submetidos.
A posição dos pais frente à sexualidade ainda é complicada, visto que, muitos pais
sentem dificuldades em abordar conversas sobre o tema com os filhos, seja por
vergonha, seja pelos parâmetros diferenciados da educação rudimentar que tiveram,
num tempo em que sexo só depois do casamento, muitos pais tem receio de
influenciar a vida sexual dos filhos através do dialogo sobre o assunto, reprimindo a
abertura para tal dialogo (BOCARDI, 1997). Segundo Osório (1992), muitas famílias
sentem dificuldade em abordar a sexualidade com as meninas, considerando
importante conversar somente sobre o processo do ciclo menstrual, na idade
escolar, e sobre as doenças sexualmente transmissíveis com os meninos; essa
ruptura de dialogo construtivo entre pais e filhos na contemporaneidade tem
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dos adolescentes.
CAPÍTULO 4
concepção de família, mas também, de capacitar as famílias para que possam fazer
parte de suas próprias vidas , construindo seus sonhos, objetivos e metas, como
protagonistas e não como coadjuvante de projetos sociais.
Nos últimos tempos a sociedade tem passado por intensas transformações no que
tange o desenvolvimento moral, social, e educacional, principalmente para os
jovens. Em decorrência das mudanças a cerca do comportamento dos adolescentes
frente à questão sexual e a preocupação decorrente da gravidez precoce,
profissionais de varias áreas tem sentido a necessidade de mobilização e
prevenção.
O profissional de serviço social tem plena aptidão no enfrentamento dessas
questões sociais, através do olhar critico e do amplo estudo a cerca da família e
suas relações sociais no contexto histórico, contribuindo positivamente frente às
intervenções necessárias aos eixos discutidos em relação aos problemas
enfrentados pelos adolescentes. Para Boza, Ferreira e Barboza (2010, p.154) “o
assistente social é capaz de identificar as problemáticas, analisá-las e propor saídas
para as problemáticas detectadas”.
A gravidez na adolescência, como já discutido, gera uma serie de conflitos e
conseqüências vivenciadas pelos jovens, que na maioria das vezes, ocorre por falta
de responsabilidade, prevenção, e orientação adequada. Em vista da grande
necessidade de suprir a carência do dialogo entre as famílias, independente de
classe social, vários projetos sociais são elaborados e executados em todo o país,
na busca pelo enfrentamento da prevenção e orientação sexual para fins de
minimizar a ocorrência do numero de gravidez precoce entre adolescentes.
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