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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

ERONILDES ANDRADRE DE MATOS

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A INTERVENCAO


PROFISSIONAL FRENTE A CRESCENTE REALIDADE

Jacobina- BA
ERONILDES ANDRADRE DE MATOS

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A INTERVENCAO


PROFISSIONAL FRENTE A REALIDADE

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Paraná
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UNOPARAR,, como
como
requisito parcial para a obtenção do título de Serviço
Social.

Orientador: Prof. Maria Ângela Santini

Jacobina- BA
Matos, Eronildes Andrade. Gravidez na adolescência:A ação Profissional frente
a crescente realidade . 2013.. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Serviço Social), Universidade Norte do Paraná, Jacobina – Bahia 2013

RESUMO

Na contemporaneidade a gravidez na adolescência tem se tornado um problema


social que atinge cada vez mais um numero maior de famílias, que passa a ter toda
a sua realidade alterada, na medida que acelera a fase da adolescência para a fase
adulta
adulta.. As causa
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profundas
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ações
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estrutura
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família, isso tem refletido claramente as mudanças na sociedade. A família enquanto
material de estudo possibilita a analise das múltiplas situações que envolvem a
questão abordada. A ação profissional aponta novas reflexões acerca do papel da
família na construção de identidade do adolescente, e no planejamento e execução
de programas e projetos sociais caracterizados para a prevenção e orientação frente
à gravidez na adolescência, sendo base concreta para a luta contra a gravidez de
forma precoce.

Palavras-chave: Gravidez, Adolescência, Ação Profissional.


1

1 INTR
INTROD
ODUÇ
UÇÃO
ÃO

Com o passar dos anos, a sociedade brasileira passou a conviver com mudanças
significativas na estrutura das famílias, observamos que as mesmas estão mais
heterogêneas, enfrentando paradigmas ate então não observados.

No campo político mesmo os avanços identificados na maneira de observar e


interagir com o mundo a nossa volta observando as necessidades básicas podemos
observar barreiras culturais que dificultam o acesso aos direitos sociais, mesmo que
estejam previstos na constituição boa parte dos mesmos não são colocados em
pratica, expandindo como teoria mas não na pratica;

Dessa forma, tomando por base essa problemática o Assistente Social com as
ferramentas que possui deve utilizar-se das políticas publicas para realizar o seu
trabalho, através da defesa dos direitos dos usuários, ampliando e difundindo os
dire
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ão da famí
famílilia
a atra
atravé
véss do
planejamento e condições econômicas, sociais e psicológicas favoráveis na luta
conta os problemas sociais, Mynaio 1999..

Dessa forma, neste processo, temo como base as influencias e mudanças culturais
ao longo da historia, moldando a relação e constituição da família. A passagem da
famí
famílilia
a trad
tradic
icio
iona
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para a conte
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suas raíz
raízes
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profun
unda
dass
transformações do pensamento ético, moral, cultural e religioso do ser humano, que
se constitui conforme o modo de agir e pensar sobre si mesmo e o como se
relaciona com o mundo.

 As novas constituições familiares que surgiram na sociedade moderna estabelecem


uma nova comunicação na construção afetiva educacional dos filhos adolescentes;
permitindo maior envolvimento emocional e participação de sua formação quando
comparado com os primeiros modelos de família, constituídas como forma de suprir 
mão de obra para o trabalho no plantio, do qual a fase da adolescência não era
reconhecida e estudada como hoje, os jovens simplesmente passavam da infância
2

Dessa forma a gravidez na adolescência é uma realidade que não esta restrita
apenas as classes menos favorecidas, mas atinge a todas as classes sociais,
gera
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nças
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Institu
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Brasile
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Geografia e Estatística (IBGE), ainda assim, é uma problemática a ser pensada e
direcionada a programas e projetos que visam minimizar essa ocorrência.

Este trabalho tem o intuito de ser mais um instrumento de reflexão e contribuir no


aprofundamento das reflexões sobre as consequências da gravidez na adolescência
na soci
socied
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ponto
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família
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consequências a curto, longo e médio prazo, além de analisar a ação do Assistente
social inserido no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) que se torna
um importante mediador na medida em que cobra o acesso a uma cidadania mais
digna para as mulheres e suas famílias bem como para a sociedade em geral..
Dessa forma, a existência de pouca bibliografia e a necessidade em debater o
assunt
assunto
o em questã
questão
o nos levam a entend
entender
er e justifi
justificar
car a escolh
escolha
a do objet
objeto
o de
estudo.

No transcorrer dessa investigação cientifica o método utilizado para corresponder 


aos objetivos foi a pesquisa bibliografia, pois essa metodologia permite analisar a
partir da leitura de livros, revistas e demais publicações investigar e buscar suporte
necessár
necessário
io na mesma. Dessa
Dessa forma, a abordagem
abordagem utilizada
utilizada baseia no enfoque
enfoque
qualitativo, que segundo Minayo (1999) “trabalha com um universo de significados,
repres
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valores,
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opiniões
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atitudes,
es, em
conformidade a uma área que é difícil de expor ou de compreender do ser humano e
suas relações, o que evidentemente, não há possibilidades de serem reduzidos à
operacionalização
operacionalização de variáveis”.

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constr
truí
uído
doss ao long
longo
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trajet
etór
ória
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profissional de vários autores.

Pretende-se ao término desse trabalho ter construído


construído na ampliação das discussões
discussões
b tu ão d A iste
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lemáti
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3

compreendendo assim, como se caracteriza esse fenômeno muito presente na


contemporaneidade.

No entanto, tomando por base as discussões aqui propostas as mesmas não serão
capazes de esgotarem todo o leque de variáveis que tendem a influencias nas mais
diferentes formas em que o fenômeno poderá ser caracterizado, considerando o
espaço territorial da pesquisa o mesmo representa um retratro próximo da realidade
do nosso pais na medida que a problemática está presente em todo território.. Nesse
sentido deve-se compreender todo processo de pesquisa como algo inacabado, pois
permitirá futuras revisões e criticas na busca por novas visões e contribuições da
realidade estudada.
4

CAPÍTULO 1

FAMÍLIA

1.1.- CONCEITO DE FAMILIA CONTEMPORÂNEA

 A família contemporânea surge em meio às profundas mudanças psico-sociais da


sociedade ao longo dos séculos, sendo conceituada e analisada por diversos
filósofos e pensadores de diversas épocas; despertando o senso critico acerca do
contexto familiar. (Pratta e Santos, 2007).
Quando pensamos sobre família, logo ligamos o termo à concepção de família
constituída pelo pai, mãe, filho, ou pessoas consanguíneas, e esquecemos de
considerar o contexto em que essa família está inserida, como analise cultural,
social, político e familiar; a definição de família pode ser um tanto subjetiva quando
não levamos em conta esses aspectos; pois depende de quem a define.
Segundo Mioto (1997, p.120), a definição de família é dada por:

Pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo


mais ou menos longo, que se acham unidas (ou não) por laços
consanguineos. Sua tarefa primordial é o cuidado com seus membros. Se
encontra dialeticamente articulada com a estrutura social na qual se insere

O conceito de família depende ou não desses laços de sangue, estando


articularmente ligados à forma como se relacionam entre si, com respeito, carinho,
amizade, troca de conhecimento e experiências repartidas ao longo da convivência.
Esse sentimento de proteção e intimidade está diretamente relacionado à família.

Família é um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a


interação dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um
sistema, que opera através de padrões transacionais. Os indivíduos podem
constituir subsistemas, podendo estes ser formados pela geração, sexo,
interesse ou função, havendo diferentes níveis de poder, e onde os
comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A
família como unidade social, enfrenta uma serie de tarefas de
desenvolvimento, diferindo a nível dos parâmetros culturais, mas possuindo
as mesmas raízes universais (MINUCHIN, 1990, p.25).

Com base no mesmo autor, os membros que ligam uma família contribuem
efetivamente para o crescimento individual e de convivência em grupo,
5

cuidado e zelo pelo próximo de forma a criar um vinculo afetivo seja ele
consanguíneo ou não.
 As famílias podem ser organizadas conforme se inter relacionam e se organizam
quanto ao numero de componentes, ou seja, a maneira como se constituem e
solidificam os laços fraternos de amor e mutualidade. A família nuclear é constituída
pelo pai, mãe e filhos, sendo considerada a mais comum das estruturas familiares,
se subdividindo quanto aos papéis de cada membro, ou seja, quando o homem é o
único provedor da família, sendo a mulher dona do lar e dedicada a cuidar dos filhos,
é chamada de família nuclear tradicional. (BOZA, FERREIRA e BARBOZA, 2010).
Quando esses papeis se igualam entre homem e mulher, temos a família nuclear 
conjugal, da qual será melhor discutida no capitulo 1.4.
 As famílias monoparentais são aquelas constituídas somente pelos filhos e por um
dos genitores, ou seja, pai ou mãe, geralmente, quando ocorre divorcio, abandono
de lar ou óbito. Quando ocorre a separação do casal com filhos, e estes assumem
novas famílias, essa nova constituição familiar é considerada recomposta, onde
membros de uma antiga união familiar, genitor e filhos, coabitam com novos
membros reconstituindo uma nova família. As famílias extensas são aquelas onde
ocorre o aumento da família nuclear, ou seja, quando outro membro se une a
mesma família, geralmente, em casos onde os filhos casam e moram com os pais,
quando o filho (a) que prematuramente se torna pai ou mãe obriga-se a conviver na
mesma casa, ou parentes consanguineos, como avós que necessitam de atenção e
melhores cuidados. (BOZA, FERREIRA e BARBOZA, 2010).
Segundo Sarti (2000), é através da família que se estabelece os laços de afinidade e
parentesco, vivenciando fatos da vida real como um grupo social concreto, através
da troca e enlaço emocional vinculam ainda mais as raízes parentais. A família é a
porta de entrada para a vida em sociedade, é o primeiro ensaio para a vida real,
onde se tem a chance de errar e aprender um com os outros, através dessa
mutualidade aprendemos o respeito pelo próximo, amizade, dedicação e postura
para encarar os desafios perante a vida.
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2.2. ADOLESCÊNCIA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

 A concepção da adolescência tem suas raízes nas profundas transformações da


sociedade, marcada pelas mudanças no modelo das famílias ao longo dos séculos.
 As origens históricas sobre essa fase presente na vida do homem, não são
claramente definidas, não se tem embasamento concreto de quando a sociedade
passou a percebê-la como fase diferenciada da infância. Segundo Lepre (2008), até
o século XVIII não se tinha a adolescência como fase natural, a criança passava
direto da infância para a fase adulta, sendo impulsionado pelas escolhas da
autoridade de pai, onde determinava qual era a melhor hora para seu filho (a)
ingressar na vida como adultos.
Conforme Áries (1981), a transformação da Idade Media para a modernidade, se dá
por três fatos históricos, sendo o novo papel do Estado e justiça, modelando o
espaço social, o desenvolvimento da alfabetização e avanço da cultura, e pelas
novas configurações religiosas. A adolescência como fase intermediaria da infância
e fase adulta só passou a ser definida a partir do século XVIII, sendo realmente
percebida e estudada no século XX, com o despertar da era da adolescência.

 A adolescência corresponde a um período do ciclo natural da vida que vem


sofrendo alterações ao longo da história, seja quanto a localização dos
indivíduos nos grupos, quanto as normas de condutas, fenômenos
demográficos, que por vezes, também, tem afetado o comportamento dos
 jovens assim como progresso das ciências, como antropo logia, sociologia, e
psicologia que tem atribuído estudo quanto ao meio sociocultural do
adolescente; apresentando características especiais em função das épocas
em que se delimita o estudo, do ambiente cultural , social e econômico.
Cada geração é afetada com os problemas socais da época (BRACONNIER
e MARCELLI, 2000, p.61).

 A palavra adolescente vem do latim “adolescere” que significa fazer-se “crescer na


maturidade” (Muuss, 1976). Conforme a Organização Mundial de Saúde (2004), a
adolescência compreende a faixa etária dos 10 anos aos 20 anos, uma fase
marcada pelas mudanças do mundo infantil para o curioso mundo adulto, uma fase
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onde o jovem passa por diversas transformações psicológicas, sociais e sexuais. A


adolescência é um período de intensas mudanças, um processo pelo qual o jovem
experimenta vários conflitos, como de aceitação pessoal e social dentro do meio do
qual está inserido, seja na família ou nas relações sociais.
Conforme Costa (1998, p.4), define a “adolescência como um segundo nascimento
do individuo e atribui como tarefas básicas deste período da identidade pessoal e
social”. Roberts (1988, p.22), “é um período de tempo que envolve perdas e ganhos,
que envolve a flutuação e o estabelecimento de novas maneiras de pertencer, e que
envolve a aceitação de uma imagem do corpo em mudança, como resultado do
inicio da puberdade”. De acordo com Leal (2000, p.23), “a adolescência é um
período como tantos outros que, vistos ao longe com o distanciamento que os anos
e os acontecimentos de vida posteriores permitem não tem grande história”.
Em concordância com os autores, a adolescência é marcada pela diversidade de
emoções e transformações mental e do corpo físico, uma fase da qual, os jovens
constroem a sua identidade, modelando-se conforme as experiências percebidas de
acordo com o meio, definindo seus sonhos, e projetos de vida que irão nortear a vida
como adultos.

O processo de construção de identidade de produção oscila entre dois


movimentos: de um lado, estão aqueles processos que tendem a fixar e
estabilizar a identidade, de outro, os processos que tendem a subvertê-la e
a desestabiliza - lá. É um processo semelhante a que ocorre com os
mecanismos discursivos e lingüísticos nos quais se sustenta a produção da
identidade. Tal como a linguagem, a tendência da identidade é para a
fixação. Entretanto, tal como ocorre com a linguagem, à identidade está
sempre escapando. Entretanto, tal como ocorre com a linguagem, à
identidade é pra a fixação. Entretanto, tal como ocorre com a linguagem, à
identidade está sempre escapando. Afixação é uma tendência, e ao mesmo
tempo, uma impossibilidade (SILVA, 2000. p.84)

O processo de construção da identidade é construído através das influencias do


meio social do individuo, sendo fundamental, considerar os fatores culturais e
psicológicos, conforme Silva (2000), as representações incluem as possibilidades de
tudo o que somos e podemos nos tornar, dando sentido às experiências vivenciadas
como sujeitos.
2.3. SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

 A fase da adolescência é confrontada com muitas mudanças psicológicas e


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adolescência é uma fase onde a personalidade está na etapa final de estruturação e


a sexualidade se estabelece nesse processo, como elemento norteador da
identidade do adolescente.
O jovem quando entra na fase da adolescência, sente-se
mergulhado num mundo novo e cheio de descobertas, da qual é aguçada a
curiosidade, principalmente, pelas coisas da qual ainda não conhece. Essa mistura
de sentimentos e exploração por novos conhecimentos o leva a experimentar a vida
sexual cada vez mais cedo. De acordo com Castro, Abramovay e Silva (2004, p.29):

 A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que envolve gênero,


identidade sexual, orientação sexual, erotismo, envolvimento emocional,
amor e reprodução. É experimentada ou expressada em pensamentos,
fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, atividades, praticas, papeis e
relacionamentos. Além dos consensos de que os componentes
socioculturais são críticos para a conceituação da sexualidade humana,
existe uma clara tendência em abordagens teóricas, de que a sexualidade
se refere não somente ás capacidades reprodutivas, do ser humano como
também ao prazer. Assim, é a própria vida. Envolve, além do nosso corpo,
nossa história, nossos costumes, nossas relações afetivas, e nossa cultura.

No processo de construção de identidade do adolescente, a sexualidade está


intimamente imbuída nesse processo como um todo, sendo uma construção natural
no processo evolutivo dessa fase de adolescer para a adulta. Para Figueiredo (1998,
p.9):

Reconhecer a sexualidade como construção social assemelha-se a dizer 


que as praticas e desejos são também construídos culturalmente,
dependendo da diversidade de povos, concepções de mundo e costumes
existentes: mesmo quando integrados em um só país, como ocorre no
Brasil. Isso envolve a necessidade de questionamentos de idéias
majoritariamente presentes na mídia em conceitos idealizados, que são
naturalizadas e assim, todos os grupos sociais, independentemente de suas
origens e localização.

Os jovens do século XXI vêem a vida sexual de forma muito espontânea e até
mesmo banalizada, hoje, muitos adolescentes, não se permitem conhecer o próprio
corpo e sentimentos quando decidem iniciar a primeira relação sexual; assim, como
não escolhem ou definem seus parceiros pelas emoções atribuídas, apenas o prazer 
está inserido nesse processo, e a constante pressão e influencia da sociedade como
um todo. Conforme Ana Claudia Bortolozzi Maia, professora de Psicologia da
UNESP de Bauru, ressalta que “a sexualidade tem sido discutida mais aberta nos
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aparente liberdade sexual não torna as pessoas mais livres, pois ainda há bastante
repressão e preconceito sobre o assunto”.
O adolescente quando embutido na busca pelo prazer sexual e aceitação social, se
sujeita as muitas influencias negativas da sociedade, principalmente as que
prometem “facilitar” as relações sociais, desinibindo e alegrando, como o uso de
drogas, bebida, cigarro, enfim, o jovem se submete a situações de risco e
vulnerabilidade quanto a sua segurança e desenvolvimento saudável como individuo
em processo de construção.
Em concordância com a professora, a mulher e concomitantemente a menina
adolescente tem sido muito cobrada pela sociedade pela independência pessoal e
profissional, sem levar em conta suas expectativas e sentimentos quanto a essas
escolhas, sendo considerada infeliz a mulher que opta por escolhas diferentes a
estas. A virgindade entra nessa questão de pressão social, onde era vista como
pureza e preservação da menina a décadas atrás, hoje é um problema do qual,
muitas adolescentes sob pressão social do grupo a qual convivem, sentem-se
obrigadas a perderem a virgindade para serem aceitas e vistas como jovens
independentes e cabíveis no modelo de adolescente moderno.
Na atualidade o adolescente é encarado como livre quanto às escolhas que fazem,
principalmente, pela sua sexualidade, mas nem sempre estes jovens, possuem
responsabilidades e informações suficientes para extrapolar essa liberdade social;
os relacionamentos sérios, como namoros tem ficado para trás dando espaço para
as “ficadas”, onde os jovens se permitem a troca de carinhos e sexo sem o
relacionamento serio, mas ao mesmo tempo em que essas mudanças no contexto
social podem ser positiva do ponto de vista de independência, e autonomia em
escolher melhor o parceiro sem o compromisso de ter que atribuir um casamento
futuro, essas mudanças contribuem para uma adolescência em conflito de emoções
e problemas dos jovens que não sabem lidar com a tal liberdade, confundindo
muitas vezes a própria escolha da sexualidade, sofrendo por não compreender seus
sentimentos, sensação de ser usado, pelas doenças sexualmente transmissíveis
que se arriscam, e pela gravidez na adolescência do qual o presente trabalho visa
discutir (CANO, FERRIANI e GOMES, 2000).

Nas sociedades contemporâneas a escola tem sido o espaço privilegiado


para a aquisição de habilidades cognitivas e sociais por crianças e jovens,
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vulnerabilidade social. Jovens fora da escola têm menos chances de


reinterpretar as mensagens pejorativas relacionadas às idéias de pobreza,
negritude e feminilidade, o que interfere no modo como será exercida sua
sexualidade (VILLELA e DORETO, 2006, p.2469).

 A relação dos pais frente à sexualidade dos filhos adolescentes é muito discutida por 
diversos autores, para Tiba (1986), os pais nem sempre conseguem transmitir o que
realmente desejam, considerando que na maioria das vezes, são movidos pelo
desejo de quererem ver os filhos mais felizes do que eles mesmos foram em suas
épocas, segundo Suplicy apud Cano, Ferriani e Gomes (1991, 2000, p.21), a
sociedade tem passado por varias transformações nas ultimas décadas,
principalmente frente à questão da sexualidade, deixando os pais confusos ao
deparar-se com essa problemática junto aos filhos, sendo que décadas atrás as
famílias tinham uma visão bem definida e estruturada quanto ao que era certo e
errado, na hora de transmitir isso para os filhos e a sociedade.
De acordo com a autora os conflitos experimentados pelos pais nas famílias
contemporâneas, tem ido ao encontro de todas as mudanças da sociedade
culturalmente e socialmente, remetendo-os a insegurança quanto à melhor 
educação e delimitações com os filhos adolescentes, mas independente dessas
transformações os pais precisam continuar a transmitir valores como respeito a si
mesmo e aos outros, senso critico opinião própria, e busca por orientação sempre
que tiverem duvidas. Para Conceição apud Cano, Ferriani e Gomes (1998, 2000,
p.20), as transformações de valores das famílias atuais tiveram inicio na década de
60, através dos movimentos juvenis que buscavam romper com a opressão sexual
que eram submetidos.
 A posição dos pais frente à sexualidade ainda é complicada, visto que, muitos pais
sentem dificuldades em abordar conversas sobre o tema com os filhos, seja por 
vergonha, seja pelos parâmetros diferenciados da educação rudimentar que tiveram,
num tempo em que sexo só depois do casamento, muitos pais tem receio de
influenciar a vida sexual dos filhos através do dialogo sobre o assunto, reprimindo a
abertura para tal dialogo (BOCARDI, 1997). Segundo Osório (1992), muitas famílias
sentem dificuldade em abordar a sexualidade com as meninas, considerando
importante conversar somente sobre o processo do ciclo menstrual, na idade
escolar, e sobre as doenças sexualmente transmissíveis com os meninos; essa
ruptura de dialogo construtivo entre pais e filhos na contemporaneidade tem
35

dos adolescentes.

CAPÍTULO 4

O SERVIÇO SOCIAL E A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

4.1.- PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO FAMILIAR

Desde os primórdios da atuação do Serviço Social a família está inserida no


contexto profissional como principal alvo a ser desenvolvido e trabalhado. A família é
uma das principais demandas do assistente social, sendo através do trabalho em
cima da família que se consegue atingir os objetivos de maior alcance, interligando
as relações familiares inseridas no contexto social e histórico de cada família em
particular. Para Boza, Ferreira e Barboza (2010, p.168):

O serviço social deve atuar nas demandas, buscando a emancipação e o


autodesenvolvimetno da família atendida. Certamente que para isso utilizará
dos instrumentos, dos serviços para isso, porém, este não deve ser um fim
em si mesmo ele deverá buscar meios para que a família supere a situação
e consiga cumpri sua função social junto a seus membros e a sociedade. O
objeto de intervenção profissional não é a família e sim as necessidades
sociais, como um enfrentamento a questão maior.

 A família está inserida no enfrentamento das questões sociais provenientes de toda


relação de conflito entre trabalho e capital, bem como da trajetória social imbuída no
processo de evolução da sociedade contemporânea. O serviço social intervém
através da família quando estes não conseguem cumprir seu papel social, ou não
conseguem fazer valer seus direitos como cidadãos, sendo um elo para o
enfrentamento da questão a ser trabalhada pelo assistente social.
 A intervenção profissional deve buscar o amadurecimento da família atendida,
proporcionando a todos os indivíduos interligados, noções da importância do agir e
pensar como cidadão de direitos. O trabalho do assistente social deve ser norteado
pelo perfil crítico, ético-politico, e técnico operativo, sendo capaz de realizar a leitura
critica da realidade, saber articular, inserir as redes como parcerias, instrumentos de
intervenção, e se posicionar na ética construtiva que norteia a profissão.
Conforme Iamamoto (1999), o profissional de serviço social precisa estar preparado
36

interação com novas propostas de trabalho, aguçando o olhar crítico a cerca da


realidade e compreensão a cerca das demandas da realidade social.
O papel do assistente social frente às relações e questões sociais enfrentadas pelas
famílias deve estar associado na luta pela emancipação social e individual, pelos
direitos sociais, desenvolvimento da autonomia, e pelo reconhecimento individual
como sujeitos sociais, despertando nos usuários o olhar critico de como se
encontram e como podem melhorar, através do exercício de cidadania (SILVA,
2009).
De acordo com Mioto (2000, p.221), a ação profissional está marcada por:

Pela ausência de discriminação quanto a natureza das ações direcionadas


ao atendimento das famílias, em muitos serviços. Assim, prevalece o uso de
uma linguagem do senso comum em detrimento de uma linguagem técnico
cientifica em relação a pratica profissional. Pela utilização de categorias de
analise sem o devido conhecimento ou discernimento quanto às matrizes
teóricas e ação profissional. Pela articulação explícita entre referencias
teóricas e ação profissional que aparece quando o Assistente social tem
uma formação especifica na área da família, que geralmente, se faz através
de outras áreas, como a terapia familiar, por exemplo, o que pode contribuir 
par ao projeto hegemônico de pscicologização dos problemas sociais. Pelos
processos de intervenção com famílias que são pensadas apenas no âmbito
do atendimento direto, dirigido às famílias que, por pobreza ou falimento nas
suas funções , são tidas como incapazes ou patológicas , sem vislumbrar 
outras possibilidades de trabalho como os espaços das políticas sociais e
da articulação SOS serviços na área da família.

Conforme a autora explicita nesse parágrafo, os serviços de atendimento voltados a


família precisam ser articulados de forma a trabalhar a família como um todo,
engajando valores e reforçando a capacidade dessas famílias, independente de sua
condição social, de se reerguerem como estrutura familiar, possibilitando uma nova
readaptação. Mioto (2000, p.219), também ressalta:

 As ações publicas estão concentradas sobre famílias que faliram no


provimento de condições de sobrevivência, de suporte afetivo e se
socialização de suas crianças e adolescentes. A falência é entendida como
resultado da incapacidade das próprias famílias. Portanto, as ações que
lhes são destinadas tem o objetivo de torná-las aptas para que elas voltem a
cumprir seu papel sem comprometer a estabilidade social.

Novamente a autora questiona as ações das políticas publicas para atendimento da


família, do qual buscam a emancipação mas acabam criando uma certa
dependência por parte das famílias, dificultando o processo de inserção na
sociedade. Em vista dessas questões, o Serviço Social precisa ser encarado como
37

concepção de família, mas também, de capacitar as famílias para que possam fazer 
parte de suas próprias vidas , construindo seus sonhos, objetivos e metas, como
protagonistas e não como coadjuvante de projetos sociais.

4.2. A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA PREVENÇÃO, PROGRAMAS E


PROJETOS DIRECIONADOS PARA GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA.

Nos últimos tempos a sociedade tem passado por intensas transformações no que
tange o desenvolvimento moral, social, e educacional, principalmente para os
 jovens. Em decorrência das mudanças a cerca do comportamento dos adolescentes
frente à questão sexual e a preocupação decorrente da gravidez precoce,
profissionais de varias áreas tem sentido a necessidade de mobilização e
prevenção.
O profissional de serviço social tem plena aptidão no enfrentamento dessas
questões sociais, através do olhar critico e do amplo estudo a cerca da família e
suas relações sociais no contexto histórico, contribuindo positivamente frente às
intervenções necessárias aos eixos discutidos em relação aos problemas
enfrentados pelos adolescentes. Para Boza, Ferreira e Barboza (2010, p.154) “o
assistente social é capaz de identificar as problemáticas, analisá-las e propor saídas
para as problemáticas detectadas”.
 A gravidez na adolescência, como já discutido, gera uma serie de conflitos e
conseqüências vivenciadas pelos jovens, que na maioria das vezes, ocorre por falta
de responsabilidade, prevenção, e orientação adequada. Em vista da grande
necessidade de suprir a carência do dialogo entre as famílias, independente de
classe social, vários projetos sociais são elaborados e executados em todo o país,
na busca pelo enfrentamento da prevenção e orientação sexual para fins de
minimizar a ocorrência do numero de gravidez precoce entre adolescentes.

 A prevenção de gravidez indesejada na adolescência requer um esteio e


uma educação formal bem delineada, que permita o recebimento de
informações adequadas sobre educação sexual e métodos contraceptivos,
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