Você está na página 1de 5

Seminário 1: Durante o seminário, foram apresentadas possibilidades

diferentes de leitura sobre A metamorfose, de Franz Kafka. Do ponto de


vista de Bakhtin, como estas diferenças podem ser explicadas?

Acreditamos que podem ser explicadas, dependendo da posição de que o


sujeito lê, essa hístoria. e os valores que são empregados.

com criticas sobre a sociedade, e valores sociais, ex: uma hístoria a


temporal foi escrita em 1912,nas primeiras décadas do século 20, e se você
analisar hoje 2017 não mudou muita coisa, os pré julgamentos continua os
mesmos.

faz dialogismo com a musica de raul seixas metamorfose ambulante, por


que o ser humano é uma metamorfose , a gente se adpta conforme a
sociedade. Também dialoga com contos quando se refere a maçã, que é
tipo algo amedrontador , uma verdadeira cilada comer a maçã, e é
justamente o fruto que contribui para sua morte.

Com esse conto percebemos três grandes lições de vida, tais como

-aceite as mudanças

-As aprências não importam

-Faça aquilo que você ama

-Quanto valemos? E até quando valemos

Seminário 2: Este seminário fez uma análise sobre a narrativa de


Lispector como gênero secundário. Qual é a importância dessa
classificação para o entendimento da obra?
Entendemos que apesar da onarrador rodrigo

A obra nos mostra a crise existencial de duas pessoas: Macabéa, uma


imigrante alagoana que vem para o Rio de Janeiro buscar melhores
condições de vida e Rodrigo S. M., um escritor fictício que conta a vida
de Macabéa. De seu lado, Macabéa aparece como um ser totalmente
sem cérebro e, no início, assexuada. Ingênua ao extremo, tal
personagem chega a ser digna de pena (tadinha!). Ela não consegue
enxergar sua própria condição, nunca desconfiara de que a tia era
ruim, não sabe pensar e muito menos falar. E isso causa uma certa
agonia no leitor.

O final da história é igualmente desolador: Macabéa descobre estar


doente, com início de tuberculose; vai até uma cartomante, que lhe
ilude, dizendo-lhe que teria um futuro maravilhoso. Ao sair da casa da
cartomante, é atropelada, várias pessoas vêm ver o ocorrido, um
vizinho acende uma vela e coloca-a ao lado do corpo; depois a moça
morre. O que temos que perceber é que esse final justifica o título do
livro: Macabéa, a jovem que sonhava em ser igual a Marylin Monroe e
sempre fora invisível aos olhos da sociedade, tem agora seu momento
sublime: a morte é representada como o trecho mais importante e belo
da vida de cada ser humano, e então a transição ocorre — Macabéa
é enxergada pela sociedade. É a hora de a estrela brilhar.

A hora da estrela
Autora: Clarice Lispector
Escola literária: Modernismo, 3ª geração
Ano de publicação: 1977
Gênero: romance psicológico
Temática: introspecção, conflito interior, solidão
Local: Rio de Janeiro Narração: 1ª pessoa - narrador onisciente
Seminário 3: Na análise da capa do livro realizada em sala, foi
discutido o funcionamento do dialogismo. Discuta isso.

Seminário 4: A narrativa traz elementos que ajudam a perceber qual


orientação ideológica está sendo atualizada no texto. Quais elementos
podem exemplificar isso? Como esses elementos ideológicos ajudam na
construção do sentido da narrativa?

Percebe-se que o diálogo revela as posições de sujeitos sociais, seus


pontos de vista acerca da realidade, de forma a ilustrar a
transformação sócio-ideológica das linguagens e da sociedade.

Apoiados nessas reflexões, buscaremos, no cronótopo e nas rela


ções dialógicas do Conto da Ilha Desconhecida, observar o mundo
e os valores circundantes a ele, que produziram o sentido histórico
e ideológico proposto pelo autor criador

Na ação da mulher da limpeza que decide abandonar tudo e sair


pela porta das decisões, vemos a necessidade do encontro
consigo mesma:
Foi por meio da atitude corajosa do homem, que bateu à porta do
rei para pedir um barco, interpretada por muito como loucura,
que se dá o estímulo da travessia na mulher.Nos pensamentos da
mulher expressos pela voz do narrador, per cebe-se a ideologia
de um grupo social que vê no mar a própria sub sistência. O mar,
embora temido e motivo de muitos sofrimentos, era o símbolo do
próprio eu português

Navegar, para encontrar a ilha desconhecida, representa a estrada


que conduz ao próprio caminho da vida. De acordo com Bakhtin,
“a metaforização do caminho é variada e muito planejada, mas o
sustentáculo principal é o transcurso do tempo”. É, pois, o
caminho histórico do próprio homem português: “navegar é
preciso, viver não é preciso” .Assim, a ideologia refratada pelo
homem e compartilhada pela mulher da limpeza é a necessidade
de estar sempre navegando, em contato com o mar.

Embora considerado louco por um grupo social e achar-se só em


sua embrenhada, o homem tem, à sua sombra, a mulher da
limpeza

Na reflexão do narrador, a mulher da limpeza representa o próprio


destino do homem; é, pois, o destino que corre atrás do ser, ou
seja, os valores ideológicos portugueses estão sempre atrás do
homem para restabelecer sua glória:

A concepção do homem é de que sempre há algo para se


conhecer e, portanto, deve-se sempre ir à busca deste
desconhecido para tentar encontrar-se. Faz parte dessa ideologia
a ânsia por conquista.
“Não queres vir comigo conhecer o teu barco por dentro, Tu
disseste que era teu, Desculpa, foi só porque gostei dele, Gostar é
provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve será pior
maneira de gostar

Há nesse enunciado a ideologia do contentar-se com o que se


tem, basta à mulher da limpeza aquela caravela, simples,
depreciada para a realização de sua tarefa, limpar barcos.

Na enunciação do homem que conta à mulher seu insucesso na


busca de tripulantes, vemos expressos os valores ideológicos
daqueles que já não se inspiram nas viagens ultramarinas

Para esse grupo social, o mar não é mais tenebroso nem inspira
maiores conquistas, portanto O valor ideológico desse grupo
contrapõe ao valor representado pelo homem que considera ser o
mar sempre tenebroso. Desbravá-lo é essencial para reconstrução
do império e da própria identidade portuguesa: “quero encontrar
a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela
estiver”

Essa jamais passará a ser conhecida, pois como já havia proferido


o homem, há sempre algo novo a se conhecer, mas esse
cronótopo do encontro dá início à outra estrada, agora seguida
por ambos: “A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura
de si mesma”
Questão do seminário 5: De acordo com o trabalho apresentado, no romance ocorre um
funcionamento específico das vozes que o compõem. Faça um comentário a respeito, levando
em conta as teorias usadas pelo grupo (dialogismo; tipos de discurso; Língua, fala e enunciação).

Você também pode gostar