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Apostila de Identificação Mineral Com Foto PDF
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Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO
1.2. A HISTÓRIA DA MINERALOGIA
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1.2. DEFINIÇÕES
A mineralogia é a ciência que estuda os minerais, o que são eles, como são
formados e onde ocorrem. Uma vez que os minerais estão por toda parte (são as substâncias
formadoras das rochas, solos e sedimentos) e fornece uma grande parte das matérias primas
usadas em aplicações tecnológicas e industriais, o potencial de aplicação deste conhecimento
é vasto. Na verdade, com exceção das substâncias orgânicas, os demais materiais que usamos
ou com os quais convivemos no dia a dia são todos minerais ou de origem mineral.
MINERAL: “Um mineral é um sólido homogéneo, natural com uma composição química
definida (mas geralmente não fixa) e um arranjo atómico altamente ordenado. É,
normalmente, formado por processos inorgânicos”.
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Figura 1: Feldspato
necessário alterar o nome do mineral. Em outros casos as variações são tão grandes que
caracterizam uma espécie mineral distinta.
Arranjo atômico ordenado: implica na existência de uma estrutura interna, onde os
átomos ou íons estão dispostos em um padrão geométrico regular. Este padrão obedece às
regras de simetria que você estudou na disciplina de cristalografia, e os sólidos assim
constituídos pertencem a um dos sistemas cristalinos: triclínico, monoclínico, ortorrômbico,
tetragonal, hexagonal (trigonal) e isométrico. Sólidos que possuem tal arranjo interno
ordenado são chamados de cristalinos. Os que não o possuem são chamados de amorfos, e
fogem á classificação estrita de mineral, compondo o grupo dos mineralóides.
Inorgânico: aqui o termo geralmente é incluído por Klein e Hurlbut no conceito, para
permitir o enquadramento de substâncias que atendem a todos os requisitos acima, mas são
geradas naturalmente por (ou com a ajuda de) organismos. Estes minerais são chamados de
biogênicos e, à exceção da sua origem, são idênticos aos minerais equivalentes formados por
processos inorgânicos. O exemplo mais comum de mineral biogênico é o carbonato de cálcio
(CaCO3) presente nas conchas de moluscos na forma dos minerais calcita, dolomita ou
vaterita. Alguns outros exemplos incluem alguns sulfetos, sulfatos, fosfatos, fluoretos, óxidos,
enxofre nativo e formas amorfas de SiO2.
MINERALÓIDE: São materiais semelhantes aos minerais, mas sem estrutura cristalina.
Exemplos: opala (SiO2 amorfa) (fig.2), minerais de U e Th, como o zircão (ZrSiO4), onde a
cristalinidade original é destruída pala radiação de elementos radioativos presentes na
estrutura original e o vidro vulcânico.
Figura 2: Opalas
CRISTAL: sólido geométrico regular limitado por superfícies planas e suaves que são a
expressão externa do arranjo interno regular dos íons ou átomos constituintes.
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GEMAS: os materiais gemológicos naturais são aqueles inteiramente formados pela natureza,
sem interferência do homem. São de origem inorgânica: os minerais e as rochas; e orgânica:
os de origem animal ou vegetal.
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Figura 6: Granito
CAPITULO II
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2.1.1 . HÁBITO
Por hábito de um mineral se entende a (s) forma (s) com a qual ele aparece
frequentemente na natureza, por exemplo: como prismas alongados; como cristais tabulares
(achatados); como agregados cristalinos com arranjos geométricos característicos; ou mesmo
como grãos sem uma forma definida. Muitas espécies minerais ocorrem preferencialmente
com um determinado hábito. Por exemplo, cristais de magnetita (Fe3O4) são frequentemente
octaédricos, pirita (FeS2), comumente ocorre como cristais em forma de cubos, e as micas
ocorrem como lamelas. Embora nem sempre um determinado mineral tenha que apresentar
seu hábito característico, o fato de que isto ocorra com frequência é de grande auxílio na sua
identificação.
• Micáceo: Cristais tabulares ou lamelares formados por placas finas (como as micas)
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• Granular: Agregado simplesmente composto por grãos (sem nenhuma conotação específica
de forma ou tamanho);
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• Geodo: Cavidade (em uma rocha) cuja superfície é coberta de pequenos cristais;
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formas cristalinas. Assim, pode-se caracterizar a clivagem como cúbica como na galena
(PbS), octaédrica como no diamante(C), dodecaédrica como na esfalerita ( ZnS), romboédrica
como na calcita(CaCO3), prismática como nos piroxênios e anfibólios, pinacoidal como a
clivagem basal das micas, etc (Fig.8).
Outra maneira de expressar esse conceito é utilizando os índices de Miller para a
forma cristalina em questão, como {111} para a clivagem octaédrica.
Vimos que a clivagem está intrinsecamente relacionada à estrutura cristalina. Portanto,
se um mineral possui uma determinada direção de clivagem, existe o potencial para ocorrerem
inúmeros planos de clivagem ao longo daquela direção. Entretanto, nem sempre a clivagem é
perfeitamente desenvolvida nos cristais. Assim, devem-se utilizar adjetivos para caracterizar a
qualidade da clivagem. Isto é feito de acordo com uma escala comparativa e empírica. Assim,
pode-se dizer que uma clivagem é excelente (como a clivagem basal das micas e do grafite),
boa, pobre ou ruim. Finalmente, alguns minerais se caracterizam pela ausência de clivagem. O
quartzo, um dos minerais mais comuns não apresenta clivagem.
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FRATURA: Refere-se à maneira pela qual o mineral se rompe, exceto aquelas controladas
pelas propriedades de clivagem e partição. Ocorre quando a força das ligações químicas é
mais ou menos a mesma em todas as direções e, portanto, o rompimento não ocorre ao longo
de nenhuma direção cristalográfica em particular. Assim, ao estudar as fraturas de um
mineral, o estilo de fraturamento é a observação importante a ser feita. Alguns minerais
apresentam estilos de fratura característicos, o que pode auxiliar na sua identificação.
Os termos mais comuns usados para descrever fraturas em um mineral são:
Conchoidal: Superfícies lisas e curvas, semelhantes à parte interna de uma concha,
comum vidro e no mineral quartzo;
Fibrosa: Quando o mineral se rompe formando estilhaços ou fibras;
Serrilhada: Superfície denteada, irregular, com bordas cortantes;
Irregular: Superfícies rugosas e irregulares.
2.1.3. DUREZA
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2.1.4 . TENACIDADE
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2.1.6 . MAGNETISMO
Materiais que apresentam a propriedade de ser atraídos por uma um imã são
chamados de ferromagnéticos. O número de minerais que apresentam esta propriedade é
muito pequeno. Dentre os minerais comuns na natureza, apenas a magnetita (Fe3O4) e a
pirrotita (FeS) apresentam esta propriedade. Portanto, quando presente em um mineral, o
magnetismo é de extrema utilidade na identificação.
Adicionalmente, o fato de que diferentes minerais possuem diferentes
susceptibilidades magnéticas permite a separação física de grãos de minerais distintos
mediante o uso de equipamentos. Ao serem aquecidos acima de uma temperatura específica,
os materiais ferromagnéticos perdem suas fortes propriedades magnéticas, que são
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2.1.7 . COR
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• Transferência de carga: Este processo só ocorre em compostos que tenham pelo menos
dois elementos com estados de oxidação diferentes e variáveis. O processo pode produzir
cores intensas em minerais e gemas, e envolve a transferência de elétrons entre elementos
diferentes. Alguns exemplos de elementos que participam no processo de transferência de
carga são: Fe2+ e Fe3+; Ti3+ e Ti4+; Mn2+, Mn3+ e Mn4+, ou combinações entre eles (por
exemplo, minerais contendo ferro e manganês). A transferência de um elétron de um átomo a
outro envolve a absorção de energia, a qual pode ocorrer segundo um comprimento de onda
definido. Por exemplo, a transferência de um elétron entre Fe2+ e Ti4+ envolve a absorção de
energia luminosa no comprimento do vermelho, portanto produz a cor azul da Safira. O
mesmo processo pode ocorre entre ânions (por exemplo, a cor azul do mineral lazurita decorre
da transferência de carga entre um triângulo de átomos de enxofre) ou entre cátion e ânion.
• Centros de cor: São imperfeições na estrutura cristalina que causam absorção de energia
luminosa e, consequentemente, o aparecimento de cor. Na maioria dos casos este fenômeno
está associado à exposição à radiação ionizante. A fonte da radiação pode ser natural
(elementos radioativos, como U, Th, K presentes em minerais) ou artificial e, em raros casos,
radiação ultravioleta pode produzir centros de cor. Quando um mineral é exposto à radiação,
elétrons podem ser removidos de suas posições normais e, depois de perder energia, ficar
aprisionados em uma posição vaga na estrutura cristalina. Estes elétrons aprisionados
absorvem seletivamente determinados comprimentos de onda, produzindo cor. Um exemplo
deste fenômeno é a variedade violeta (ametista) de quartzo (SiO2). A presença de pequenas
quantidades de Fe3+ como impureza no quartzo produz cores amarelas (variedade citrino).
Quando submetido à radiação, o Fe3+ pode perder um elétron (efetivamente tornando-se
Fe4+), o qual é aprisionado em um centro de cor na estrutura do quartzo, produzindo a cor
violeta típica da ametista. Como os centros de cor são um tipo de defeito causado por
radiação, este defeito pode ser eliminado pela adição de energia. Por exemplo, ao submeter à
ametista a um tratamento térmico, o processo é revertido, e a cor passa de violeta a amarelo.
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Na verdade, alguns tipos de ametista tendem a perder a cor com a simples exposição
prolongada a luz (radiação ultravioleta). Tratamento térmico é um recurso frequentemente
usado na indústria de pedras preciosas, para modificar, melhorar ou controlar a coloração de
uma determinada gema.
2.1.8. TRAÇO
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2.1.9. BRILHO
• Não metálico: Sem aparência de metal. Típico de minerais dominados por ligações iônicas
ou covalentes. Geralmente possuem traço claro. Uma série de termos é usada para descrever
os tipos de brilho não metálico:
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• Nacarado: Brilho semelhante ao brilho da pérola. Normalmente é mais bem observado nos
planos de clivagem
• Gorduroso ou graxo: Brilho que lembra uma superfície coberta de óleo. O mineral nefelina
é um exemplo típico
• Sedoso: Brilho que lembra a seda. Comum em agregados fibrosos, como o asbesto e a
gipsita fibrosa.
• Jogo de cores: A cor muda em sucessão rápida, quando o mineral é girado (diamante,
opala);
• Asterismo: Formação de raios de luz como uma estrela, quando o mineral é observado ao
longo do eixo vertical. Ocorre principalmente em minerais hexagonais;
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• Refração: Mudança na direção da luz, quando passa de um meio para outro de densidade
diferente (por exemplo, do ar para o mineral). Depende do índice de refração (n) do mineral.
Para minerais com n = 2, a velocidade da luz no mineral é a metade da velocidade no ar. Esta
propriedade é de vital importância para os minerais utilizados como gemas, pois influencia o
tipo de brilho dos minerais transparente. Assim, um mineral com n = 1.5 tenderá a apresentar
brilho vítreo, enquanto um mineral com n = 2.4 tenderá a apresentar brilho adamantino.
• Dupla refração: Quando um raio de luz penetra em um mineral ele se desdobra em dois
raios, cada um viajando com velocidade e direção diferentes. A dupla refração ocorre na
maioria dos minerais não isométricos, mas geralmente é muito fraca para poder ser observada.
Uma exceção notável é a calcita de qualidade ótica (espato de Islândia), que possui dupla
refração forte.
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alguns sulfetos) são semicondutores, e minerais formados por ligações iônicas e/ou covalentes
são maus condutores de eletricidade.
• Piezoeletricidade: Produção de eletricidade por aplicação de pressão ao longo de um eixo
polar (eixo com formas cristalinas distintas em cada uma das pontas). Este efeito só pode
ocorrer em cristais que não possuem centro de simetria.
2.1.11. RADIOATIVIDADE
CAPITULO III
CLASSES MINERALÓGICAS
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térmica e elétrica menor que as dos metais. A estrutura é acamadada, paralelamente a {0001},
conferindo uma boa clivagem nesta direção.
Os não metais nativos compreendem o grupo do Carbono (diamante e grafite), e o
enxofre. As estruturas cristalinas e os tipos de ligação química no diamante e no grafite são
muito contrastantes, embora ambos possuam a mesma composição química. Enquanto o
diamante é formado por uma rede tridimensional de tetraedros de átomos de carbono
fortemente unidos entre si por ligações covalentes, o grafite é formado por planos paralelos a
{0001}, onde os átomos de carbono também estão ligados covalentemente, mas entre um
plano e o outro as ligações são muito fracas (forças de van der Waals). As diferenças no tipo
de ligação presente explicam o enorme contraste observado em algumas propriedades físicas
do diamante e do grafite, como por exemplo, a dureza. O enxofre nativo pode ocorrer sob a
forma ortorrômbica ou monoclínica, embora a última seja muito rara. No enxofre
ortorrômbico, os átomos estão organizados em anéis com oito átomos de enxofre ligados
covalentemente entre si. A ligação de um anel com outro é feita através de forças de van der
Waals. Ao contrário do grafite, entretanto, no enxofre nativo os anéis não estão posicionados
ao longo de um único plano, o que explica a ausência de uma clivagem proeminente (como a
do grafite) neste mineral.
As principais características macroscópicas dos elementos nativos mais importantes
são fornecidas no resumo abaixo.
3.1.1. OURO – Au
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3.1.2. PRATA – Ag
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3.1.3. COBRE – Cu
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3.1.4. PLATINA – Pt
Paragênese e usos: A platina ocorre quase exclusivamente na forma nativa (exceto pelo
mineral sperrilita – PtAs2), associada com: a) rochas ultrabásicas (com olivina, cromita,
piroxênio e magnetita, Bushveld, Africa do Sul); b) subproduto de minério de níquel-cobre
(Sudbury, Canadá), c) em aluviões ou como subproduto da mineração de ouro e, mais
raramente, do cobre. Algumas das principais aplicações da platina derivam de sua maior
dureza e ponto de fusão mais alto do que outros metais nobres. Platina é usada na indústria
automobilística (catalisadores), química e de petróleo, odontologia, instrumentos cirúrgicos e
de laboratório, joalheria e equipamentos elétricos.
3.1.5. FERRO – Fe
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3.1.6. ARSÊNIO – As
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Paragênese e usos: Arsênio nativo é um mineral raro, associado com minérios de prata,
cobalto e níquel. Podem estar também associado à barita, cinábrio, realgar, stibnita, ouro-
pigmento e galena. A produção comercial de arsênio, para uso na industria química
(herbicidas, inseticidas) e em ligas, vem de outros minerais como arsenopirita (FeAsS),
enargita (Cu3AsS4) e tenantita (Cu12As4S13)
3.1.7. ENXOFRE – S
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3.1.8. Diamante – C
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consumido no mundo tem origem artificial. Os processos de fabricação de diamante ainda não
conseguem, entretanto, competir comercialmente com as gemas naturais de boa qualidade.
3.1.9. GRAFITA – C
Propriedades físicas:
Clivagem: {0001} perfeita
Dureza: 1,0 a 2,0
Peso específico: 2,23
Brilho: metálico
Cor e traço: preto
Sensação graxosa. Flexível, mas não elástico (foliável)
Composição e estrutura: Carbono, com impurezas de óxido de ferro, argilas ou outros
minerais.
Paragênese e usos: A grafita natural ocorre principalmente em rochas metamórficas e, mais
raramente, em pegmatitos, diques e veios associados com rochas ígneas. Além do grafite
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Com o estudo da classe dos sulfetos damos início a um trabalho mais sistemático
de identificação macroscópica. Em decorrência disso você vai precisar ter sempre à mão (e
usar) os seguintes equipamentos:
- Lupa
- Imã
- Placa de porcelana
- Canivete
A classe dos sulfetos é muito importante porque inclui grande número de minerais
minério. A fórmula geral dos sulfetos pode ser expressa como XmZn, na qual o X representa
o elemento metálico e o Z o elemento não metálico. Seguindo a orientação de Klein &
Hurlbut (1985) os minerais listados abaixo estão organizados em ordem decrescente da razão
X:Z.
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Hábito: cristais são incomuns, geralmente pequenos e tabulares com formas hexagonais.
Mais comumente maciço e de granulação fina.
Propriedades físicas:
Clivagem: {110} pobre
Dureza: 2,5-3,0
Peso específico: 5.5 – 5.8
Brilho: metálico
Cor: cinza chumbo brilhante oxida facilmente desenvolvendo coloração preta sem brilho.
Traço: preto acinzentado
Composição: Cu 79,8% e S 20,2%. Pode conter pequenas quantidades de Ag e Fe.
Dados cristalográficos: tetragonal, 2m (abaixo de 228 oC), isométrico 4/m 2/m (acima de
228 oC).
Hábito: A mais comum forma do mineral é tetragonal. Cristais octaédricos, dodecaédricos e
pseudocúbicos são raros. Geralmente maciço
Propriedades físicas:
Dureza: 3
Peso específico: 5,06 – 5,08
Brilho: metálico
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Cor: bronze amarronzado em superfície fresca, mas oxida rapidamente para tons azuis e
roxos e finalmente para preto.
Traço: preto acinzentado.
Composição e estrutura: Cu 63,3%, Fe 11,2% e S 25,5% para Cu5FeS4 estequiométrico, mas
extensa solução sólida no sistema Cu-Fe-S ocorre. A estrutura de alta temperatura é
relativamente complexa, com átomos de enxofre ocupando os vértices e centros de faces de
um arranjo cúbico do tipo F, os átomos de Cu e Fe estão então tetraédricamente coordenados
ou S. A estrutura de baixa T é derivada da estrutura de alta T apenas apresentando uma série
de defeitos.
Alteração: altera facilmente para covelita e calcocita.
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Cor: incolor quando puro, e verde quando quase puro. Geralmente amarelo, preto, marrom,
ficando mais escuro com o aumento do teor de Fe. Também vermelho. Transparente a
translúcido.
Traço: branco a amarelo e marrom
Composição e estrutura: Zn 67% e S 33% quando puro. Quase sempre contém Fe, sendo
que a quantidade desse metal depende da temperatura e da composição química do ambiente
de formação. Se Fe está em excesso (normalmente indicado pela presença de pirrotita), a
quantidade de FeS na esfalerita pode atingir 50% molal. Mn e Cd ocorrem em pequenas
quantidades em solução sólida. A estrutura da esfalerita é similar à estrutura do diamante,
com metade dos átomos de carbono substituídos por Zn e a outra metade por S.
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3.3.1. ÓXIDOS
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A fórmula dos espinélios pode ser expressa em termos de cela unitária como
X8Y16O32, onde os cátions podem estar em posições tetraédricas (X) ou octaédricas (Y). Dois
tipos de estrutura são reconhecíveis.
Nos espinélios de estrutura normal, oito átomos do tipo X ocupam as oito
posições tetraédricas e os átomos do tipo Y ocupam os 16 sítios octaédricos, sendo
representados pela formula X8Y16O32. Nos espinélios de estrutura invertida, oito átomos do
tipo Y ocupam os oito sítios tetraédricos, gerando uma fórmula do tipo Y(YX)O4. Os
espinélios de estrutura invertida são caracterizados pela presença de cations trivalentes no
sítio tetraédrico ou pela substituição acoplada de Fe2+ + Ti4+ no sítio octaédrico.
Espinélios de estrutura normal:
Espinélio Mg Al3+2O4
Hercinita Fe Al3+2O4
Gahnita Zn Al3+2O4
Galaxita Mn Al3+2O4
Franklinita Zn Fe3+2O4
Cromita Fe2+ Cr3+2O4
Magnesiocromita Mg Cr3+2O4
Alguns dos principais minerais representantes desta classe são descritos abaixo.
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3.3.2.CUPRITA -Cu2O
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Dados cristalográficos: tetragonal 4/m 2/m 2/m (anatásio e brookita são polimorfos
tetragonal e ortorrômbico, respectivamente).
Hábito: cristais geralmente prismáticos, com terminações bipiramidais e faces prismáticas
verticalmente estriadas. Germinação em joelho é comum. Cristais finos aciculares. Também
compacto e maciço.
Propriedades físicas:
Clivagem: {110} distinta
Dureza: 6,0 . 6,57
Densidade relativa: 4,18 . 4,25
Brilho: adamantino a sub-metálico
Cor: vermelho, preto a marrom avermelhado
Traço: marrom pálido
Geralmente translúcido, pode ser transparente
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Composição e estrutura: Ti 60%, O 40%. Embora rutilo seja essencialmente TiO2, algumas
análises reportam a presença de Fe2+ , Fe3+, Nb e Ta. Na estrutura do rutilo, Ti4+ está
localizado no centro de octaedros de oxigênio, os quais são unidos pelas arestas, formando
cadeias de octaedros paralelas ao eixo c. As cadeias são ligadas entre si pelos vértices dos
octaedros.
Ocorrência e usos: Rutilo ocorre em granitos, pegmatitos, mármores e dolomitos, e em areias
negras. Também pode ser produzido artificialmente. Fonte de titânio, mais raramente
aproveitado como gema.
Traço: preto
Composição e estrutura: Mn 63,2 %, O 36,8 %, comumente contém também alguma H2O.
Estrutura igual à do rutilo, com Mn em coordenação com oxigênio.
Ocorrência e usos: A pirolusita é geralmente um produto de dissolução de pequenas
quantidades de Mn presentes em rochas ígneas e metamórficas, e sua precipitação em
ambientes sedimentares. É o mais comum minério de manganês, importante principalmente
para a indústria siderúrgica.
Propriedades físicas:
Clivagem: {010} imperfeita
Dureza: 6,0 . 7,0
Densidade relativa: alta (6,8 . 7,1)
Brilho: adamantino a sub-metálico
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Cor: preto
Traço: preto amarronzado.
Composição e estrutura: uraninita está sempre parcialmente oxidada, então a composição
oscila entre UO2 e U3O8 (= U4+O2 + U6+O3). Th pode substituir o U e uma série completa
entre uraninita e thorianita (ThO2) já foi preparada sinteticamente. Além de Th, pequenas
quantidades de Pb, Ra, Ce, Y, N, He e Ar) podem estar presentes. O chumbo ocorre como um
dos dois isótopos estáveis (206Pb ou 207
Pb) que resultam do decaimento radioativo do U. As
estruturas da uraninita e da thorianita são semelhantes à da fluorita, onde o oxigênio ocupa o
lugar do fluor e o metal ocupa o lugar do Ca.
Ocorrência e usos: Ocorre como um constituinte primário raro de rochas graníticas, também
em veios hidrotermais de alta temperatura (associada com cassiterita, calcopirita, pirita e
arsenopirita) ou média temperatura (com prata nativa e minerais de Co-Ni-As). É o principal,
embora não o único, minério de urânio.
Cor: preto
Traço: preto.
Fortemente magnética.
Composição e estrutura: Fe 72,4% e O 27,6%. Algumas análises reportam a presença de
Mn2+ e Mg substituindo Fe2+ , e Al, Cr, Mn3+ e Ti4+ substituindo Fe3+. Acima de 600 oC a
solução sólida completa ocorre entre magnetita e ulvoespinélio, Fe2TiO4.
Ocorrência e usos: Minério de Fe. Ocorre em formações ferríferas (meta-sedimentos), em
concentrações magmáticas (cumulados em rochas básicas e ultrabásicas, caso em que é
frequentemente titanífera e geralmente acompanhada de ilmenita). Também como produto
sedimentar, em areias negras.
Sub-translúcida
Composição e estrutura: quando pura, FeO 32,0 % e Cr2O3 68,0 %. Mg está sempre
presente, substituindo Fe2+ , e Al e Fe3+ sempre substituem o cromo. Extensa solução sólida
existe entre cromita e magnesiocromita (MgCr2O4).
Ocorrência e usos: O hábito da cromita depende da origem: em serpentinitos associados a
zonas de subducção forma cristais grandes, envoltos por massas de serpentina (cromita .pele-
de-onça.). Em complexos básicos-ultrabásicos acamadados é granular, com textura cumulus,
frequentemente em camadas. A cromita é o único minério de Cr, metal que tem usos
importantes na usado na indústria metalúrgica, como refratário e na indústria química.
3.4. HIDRÓXIDOS
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Hábito: forma crostas, crostas esferulíticas, massas terrosas e ocres. Hábito oolítico é comum.
Pseudomorfos de limonita podem substituir pirita, marcasita, siderita e outros minerais.
Propriedades físicas: são muito variáveis, dependendo da composição.
Dureza: variável de 1,0 nas variedades terrosas, até 5,0, em variedades compactas nas quais o
conteúdo de água é desprezível.
Composição e estrutura: uma mistura de óxidos hidratados de ferro. Não pode ser
considerada um mineral.
Ocorrência e usos: ocorre muito comumente como produto de alteração (oxidação) de outros
minerais ricos em Fe.
CALCITA . CaCO3
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indústria agrícola (como corretivo de solo), indústria do cimento, indústria química, pedras
ornamentais (mármores), instrumentos óticos (espato de Islândia).
MAGNESITA - MgCO3
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SIDERITA - FeCO3
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Peso Específico: 3,96 quando pura. A densidade decresce com o aumento do teor de Mn2+ e
Mg.
Brilho: vítreo
Cor: geralmente marrom claro a escuro
Transparente a translúcida
Composição e Estrutura: Para puro FeCO3 tem-se FeO 62,21 % e CO2 37,9%. Mn2+ e Mg
substituem Fe e solução sólida completa se estende para rodocrosita e magnesita. A
substituição de Fe por Ca é limitada devido à diferença de tamanho entre estes dois ions.
Siderita é isoestrutural com calcita.
Paragênese e Usos: A siderita ocorre mais frequentemente em rochas sedimentares, mais
raramente em rochas metamórficas. Também como produto de alteração hidrotermal. A
exploração de siderita como minério de Fe é importante apenas em alguns países (Áustria e
Grã-Bretanha).
RODOCROSITA - MnCO3
SMITHSONITA . ZnCO3
Cor: geralmente marrom sujo. Pode ser incolor, branco, verde, azul ou rosa. A variedade
amarela contém Cd.
Composição e Estrutura: Quando pura, ZnO 64,8 % e CO2 35,3 %. Fe2+ pode substituir Zn,
mas em pequenas quantidades, o mesmo se aplica para Mg e Ca. Pequenas quantidades de Co
e de Cu são encontradas nas variedades rosa e verde azulada, respectivamente. Smithsonita é
isoestrutural com calcita.
Paragênese e Usos: Fonte pouco importante de Zn
ARAGONITA CaCO3
segundo {110} e que têm em comum planos {001}. Esta geminação cíclica pode ser
distinguida das formas hexagonais verdadeiras porque o plano basal é estriado em três
direções diferentes. Aragonita é também encontrada em agregados reniformes, colunares e
estalactíticos.
Propriedades Físicas:
Clivagem: {010} distinta, {110} pobre
Dureza: 3,5 . 4,0
Peso Específico: 2,95
Brilho: Vítreo
Cor: incolor, branco, amarelo pálido e vários tons.
Transparente a translúcida
Composição e Estrutura: A maior parte da aragonita é relativamente puro CaCO3. Pequenas
quantidades de Pb e Sr substituem Ca.
Paragênese e Usos: Aragonita é menos estável do que calcita, em condições atmosféricas, e
tende a recristalizar como calcita. Pode ser formada por precipitação biogênica (conchas), ou
depositada quimicamente, em um estreito intervalo de condições físico-químicas. Encontrada
também em xistos azuis (rochas metamórficas formadas a baixas temperaturas e altas
pressões).
CERUSSITA PbCO3
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A B
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Hábito: Dolomita - cristais geralmente romboédricos, com faces curvadas. Outras formas são
raras. Em massas granulares grosseiras até massas de granulação fina e compacta. Geminação
segundo {0001} comum, geminação lamelar segundo {0221}.
Ankerita - geralmente não ocorre em cristais bem formados, quando presentes os cristais são
semelhantes aos da dolomita.
Propriedades Físicas:
Clivagem: {1011} perfeita
Dureza: 3,5 . 4,0
Peso Específico: 2,85 (aumenta com a substituição por Fe, em direção à ankerita)
Brilho: vítreo, perláceo em algumas variedades.
Cor: geralmente tons de rosa e bege. Pode ser incolor, branco, cinza, verde, marrom ou preto.
Ankerita é tipicamente branco amarelado, mas devido à oxidação do ferro pode parecer
marrom amarelado.
Transparente a translúcida.
Reação fraca e lenta com HCl. Fragmentos grandes só dissolvem em HCl diluído a quente. Pó
fino ferve com HCl diluído a frio.
Composição e Estrutura:
Dolomita: CaO 30,4% MgO 21,7%, CO2 47,9%
Ankerita: CaO 25,9% FeO 33,3 %, CO2 40,8%
Dolomitas naturais desviam-se da razão Mg:Ca 1:1, e a razão Mg:Ca varia de 52:58 até
52,5:47,5. Solução sólida completa se estende até ankerita.
Paragênese e Usos: Dolomita ocorre principalmente como mineral essencial de rochas
sedimentares (dolomitos) e seus equivalentes metamórficos (mármores dolomíticos). Ankerita
ocorre comumente em formações ferríferas. Em rochas magmáticas tanto dolomita quanto
ankerita são raras, exceto nos carbonatitos. Dolomita e rochas dolomíticas tem ampla
aplicação como material de construção, pedra ornamental e na produção de alguns tipos de
cimento.
MALAQUITA Cu2CO3(OH)2.
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Propriedades Físicas:
Clivagem: {201}perfeita, mas raramente observada
Dureza: 3,5 . 4,0
Peso Específico: 3,9 . 4,03
Brilho: adamantino a vítreo em cristais, freqüentemente sedoso nas variedades fibrosas. Sem
brilho nas variedades terrosas
Cor: verde brilhante
Translúcido
Traço: verde pálido
Composição e Estrutura: CuO 71,9 %, CO2 19,9 %, H2O 8,2 % . Cu2+ é octaedricamente
coordenado com O2- e (OH)- em octaedros CuO2(OH)4 e CuO4(OH)2. Esses octaedros estão
ligados ao longo dos vértices formando cadeias que são paralelas ao eixo. c.. As cadeias estão
ligadas por grupos (CO3)2.
Paragênese e Usos: Associado a outros produtos de alteração supergênica (como azurita,
cuprita, cobre nativo e óxidos de ferro) de depósitos de cobre. Por sua cor distinta,
frequentemente é útil para indicar a presença de minerais de cobre em uma paragênese.
Também utilizada como gema.
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AZURITA Cu3(CO3)2(OH)2
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BARITA . BaSO4
Paragênese e usos: Barita é um mineral comum, de ampla distribuição. Ocorre como ganga
em veios hidrotermais, associada à mineralizações de Ag, Pb, Cu, Co, Mn e Sb. Associada a
calcita em veios em rochas calcárias ou em depósitos argilosos residuais sobre calcários. A
maior parte da barita é usada como lama pesada na exploração de óleo e gás. É também a
principal fonte de Ba, o qual é empregado nas indústrias química, de tintas, papéis, roupas e
cosméticos, e como material de contraste em radiologia.
ANIDRITA . CaSO4
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Paragênese e usos: Anidrita ocorre comumente associada com gipsita, mas é menos comum.
Encontrada em camadas de depósitos evaporíticos, em calcários e, ocasionalmente
preenchendo vesículas de rochas vulcânicas. Pode ser utilizada como um corretivo de solo,
como elemento retardador na fabricação de cimento Portland e como fonte de enxofre para
fabricação de ácido sulfúrico.
GIPSITA - CaSO4.2H2O
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Composição e estrutura: CaO 32,6 %, SO3 46,5 % e H2O 20,9 %. Como resultado da
desidratação da gipsita várias fases podem ocorrer, tais como γCaSO4 (onde todo o H2O é
perdido) e uma fase metaestável CaSO4.½H2O. Durante o processo de desidratação 1,5
molécula de H2O é perdida de modo relativamente contínuo entre 0 e 65 oC, gerando apenas
mudanças suaves na estrutura de gipsita. Em torno de 70oC a ½ molécula de H2O restante está
ainda fortemente ligada na estrutura do CaSO4.½H2O, mas em torno de 95oC esta molécula é
perdida e um estrutura polimorfa da anidrita é gerada. Estrutura: consiste de camadas de
grupos (SO4) paralelas a {010}, esse grupos aniônicos estão fortemente ligados aos Ca.
Camadas sucessivas desse tipo estão separadas por folhas de H2O. As ligações entre H2O de
diferentes folhas são fracas, o que explica a excelente clivagem segundo {010}. A perda de
moléculas de H2O ocasiona colapso na estrutura e transformação no polimorfo metaestável da
anidrita com consequente perda da excelente clivagem e diminuição no peso específico.
Paragênese e usos: Gipsita é um mineral frequente, de ampla distribuição em rochas
sedimentares. Camadas de gipsita podem ocorrer associadas a calcários e folhelhos, ou nas
seções inferiores de depósitos evaporíticos (é um mineral de cristalização precoce nos
evaporitos). Comumente associado à halita, anidrita, calcita, dolomita, enxofre, pirita e
quartzo. Usado principalmente para a produção de gesso, também como corretivo de solo e
como retardador em cimento Portland. As variedades espato acetinado e alabastro são usadas
como pedra ornamental.
WOLFRAMITA (Fe,Mn)WO4
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SCHEELITA - CaWO4
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Cor: incolor a branco leitoso, amarelo, raramente azulado. Freqüentemente vermelho, devido
a inclusões orientadas de hematita. Transparente a translúcido Gosto amargo, altamente
higroscópico, dissolve em ambientes úmidos.
Paragênese e usos: ocorre nas camadas superiores de alguns evaporitos, em associação com
halita, silvita e kieserita (MgSO4.H2O). Importante fonte de potássio para fertilizantes
(embora não tanto quanto silvita).
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- Grupo da apatita
- Apatita Ca5(PO4)3(F,Cl,OH)
- Piromorfita Pb5(PO4)3Cl
- Vanadinita Pb5(VO4)3Cl
- Ambligonita LiAlFPO4
- Lazulita (Mg,Fe)Al2(PO4)2(OH)2
Scorzalita (Fe,Mg)Al2(PO4)2(OH)2
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B
A
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por Sr e Mn. Estrutura: os oxigênios dos grupos (PO4) estão ligados a Ca, com 2/5 do Ca
envolvido por 6 oxigênios mais
próximos na forma de prismas trigonais e 3/5 do Ca envolvido por 5 oxigênios e um F. Cada
F (ou Cl, ou OH) está num triângulo com 3 Ca.
Paragênese e usos: Apatita ocorre em rochas ígneas, sedimentares, metamórficas e
hidrotermais, como acessório ou por vezes formando concentrações importante. Colofana é o
termo aplicado a apatita microscristalina. O uso principal da apatita é na indústria de
fertilizantes.
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Composição e estrutura: Para Pb5(PO4)3Cl puro, PbO 82,2 %, P2O5 15,7 %, Cl 2,6%.
(AsO4) substitui (PO4) e uma série completa se estende até mimetita Pb5(AsO4)3. Ca pode
substituir o Pb. Estrutura: isoestrutural com apatita.
Paragênese e usos: Mineral supergênico, encontrado na zona oxidada de minérios de Pb.
CAPÍTULO 4
OS SILICATOS
Esta classe abrange a maioria dos minerais, pois, 95% da crosta terrestre é
constituída de silicatos, predominantemente do tipo feldspatos e quartzo. É por isso que os
silicatos são os principais minerais formadores das rochas. Assim, o estudo sistemático das
rochas é baseado na identificação dos silicatos.
4.1. NESOSSILICATOS
Essa subclasse contém tetraédros (SiO4)-4 independentes, isto é, não ligados a outras
unidades. Elementos como Mg, Fe, Ca e Al é que interligam as unidades tetraédricas.
A granada pode apresentar composição variada, contendo Fe, Mg, Al, Mn, Ca e Cr em
quantidades diferentes. Geralmente aparece em rochas metamórficas, associada com
hornblenda, augita, etc.
4.2. SOROSSILICATOS
Esta subclasse contém tetraedros (SiO4)-4 aos pares, ligados por um oxigênio em
comum. Assim, a unidade fundamental é (Si2O7)-6.
4.3 CICLOSSILICATOS
Esta subclasse contém tetraédros (SiO4)-4, ligados por oxigênios em comuns, formando
estruturas circulares, Assim, a unidade fundamental é (Si6O18)-12.
4.4. INOSSILICATOS
Os inossilicatos são divididos em dois grupos: grupo dos anfibólios e dos piroxênios.
São minerais escuros, onde há substituição parcial de Si+4 por Al+3, compensando a carga pela
presença de Ca+2, Mg+2 e Fe+2.
4.5. FILOSSILICATOS
As micas são silicatos onde os tetraedros estão unidos formando lâminas, cujo
empilhamento forma camadas, dando aspecto plano estratificado. As micas mais comuns são
a muscovita de cores claras, e a biotita de cores escuras.
Quando as camadas são compostas por lâmina tetraedral unida a uma lâmina
octraedral, os argilominerais são denominados de 1:1. Quando as camadas são constituidas de
duas lâminas tetraedrais e uma lâmina octaedral situada no meio destas, o argilomineral é
chamado de 2:1. As ligações entre as camadas podem ser muito fortes, impedindo a sua
separação, constituindo os argilominerais não expansivos. Em outros casos, a ligação entre as
camadas não é tão rígida, permitindo o maior ou menor afastamento das camadas entre si,
constituído os argilominerais expansivos.
4.6. TECTOSSILICATOS
Esta subclasse contém tetraedros (SiO4)-4 ligados entre sí por oxigênios em comum,
produzindo uma estrutura contínua tridimencional. Assim, a relação Si:O é 1:2. Em muitos
casos, o Al+3 substitui parte do Si+4 e, por isso, ocorre a adição de outros cátions disponíveis
na região em que os minerais estão cristalizado, para que haja a neutralização das cargas.
Esses outros cátions são geralmente o K, Na ou Ca.
tetraedros contém Al+3 em lugar do Si+4 que resulta uma deficiência de carga positiva que é
compensada pela presença de cátions com Ca, Na e K.
PLAGIOCLÁSIOS: (Ca,Na)(Al,Si)AlSi2O8
Os plagioclásios formam uma série contínua que vai da albita (NaAlSi 3O8) até a
anortita (CaAl2Si2O8).
4.6.2. QUARTZO
6. Quartzo leitoso: cor branca leitosa devido às inclusões fluidas líquida ou gasosa em grande
número e pequeno tamanho que estão presentes no mineral. Às vezes, mostra brilho graxo.
1. Calcedônia: apresenta cores variadas, muitas vezes em bandas (ágata, ônix), é translúcida e
o brilho é fosco ou graxo. Ocorre, geralmente, preenchendo cavidades em rochas vulcânicas,
depositada por soluções aquosas hidrotermais ricas em sílica. Neste caso é comum, também,
sua associação com variedades cristalinas de quartzo (ametista, hialino)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRAIG, J.R.; VAUGHAN, D.J. & SKINNER, B.J. Resources of the Earth, Origen, Use, and
Environmental Impact. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2001, 520 p.
KLEIN, C. The Manual of Mineral Science. New York: John Wiley & Sons, 2003, 646 p.
MILOVSKY, A.V. & KONONOV, O.V. Mineralogy. Moscow: Mir Publishers, 1985, 320 p.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!