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INTRODUÇÃO

As antraquinonas são quimicamente definidas como substâncias fenólicas


derivadas da dicetona do antraceno. Os derivados antraquinônicos são
frequentemente compostos alaranjados, algumas vezes observados in situ. São
geralmente solúveis em água quente ou álcool diluído e podem estar presentes
nos fármacos na forma livre ou na forma de glicosídeo, isto é, na qual uma
molécula de açúcar está ligada nas formas de O- e C -glicosídeo, em várias
posições.
As antraquinonas são empregadas comumente como laxativos e
catárticos, por agirem irritando o intestino grosso, aumentando a motilidade
intestinal e, consequentemente, diminuindo a reabsorção de água.
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA).

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OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho foi identificar a presença de compostos


antraquinônicos em drogas de origem vegetal.

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MATERIAIS E MÉTODOS

 Droga vegetal: cáscara sagrada


 Espátula
 Béquer 100 ml
 Proveta 100 ml
 Funil de vidro
 Pera de borracha
 Papel de filtro (médio)
 Algodão Porção
 Bastão de vidro
 Suporte universal
 Pipeta 5 ml
 Tubo de ensaio
 Hexano
 Ácido Clorídrico
 Hidróxido de amônia
 Água destilada

PROCEDIMENTO

Droga vegetal: Cáscara sagrada

Antraquinonas livres:

1. Foi agitado 1g da droga pulverizada com 3 ml de éter.


2. Repetindo o procedimento e juntando o solvente no mesmo tubo.
3. Não foi desprezado a droga, foi reutilizada para fazer as próximas
reações.
4. Foi adicionado ao extrato orgânico cerca de 1ml de hidróxido de amônia
a 10%.
5. Agitado.
Resultando em uma coloração rósea na fase aquosa indicando a
presença de antraquinonas livres.

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Ligação C-O:

1. Foi adicionado 20 ml de água destilada a droga extraída previamente;


2. Fervida por 2 minutos;
3. Foi acrescentado 5,0 ml de hexano;
4. Foi agitado;
5. Deixando em repouso até as camadas separarem;
6. Descantando a camada orgânica para outro tubo de ensaio;
7. Não desprezando a camada aquosa ácida.

Ligação C -C:

1. Foi passado a fase aquosa ácida que ficou no funil para um béquer e
acrescentado com 2 ml de cloreto férrico 5%;
2. Fervendo por 3 minutos; e esfriando;
3. Foi filtrada para um funil de separação;
4. Foi adicionado 5ml de hexano;
5. Foi agitado;
6. Foi descartado a camada orgânica para um tubo de ensaio;
7. Foi adicionado 3 ml de amônia diluída no tubo e agitada;
8. Deixando repousar;

Resultando em uma coloração vermelha na camada amoniacal: sendo


uma reação positiva, indicando a presença de glicosídeos antraquinônicos
com ligação C-C.

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RESULTADO E DISCUSSÃO

Figura 1: reações;

Fonte: Autoria própria, 2019.

Figura 1: resultado positivo para as reações: Antraquinonas Livres,


Ligação C-O, Ligação C-C.

Antraquinonas livres: Resultando em uma coloração rósea na fase aquosa


indicando a presença de antraquinonas livres.

Ligação C -O: Resultando em uma coloração vermelha: reação positiva, indicou


a presença de glicosídeos antraquinônicos com ligação C -O.

Ligação C -C: Resultando em uma coloração vermelha na cama da amonical:


Sendo uma reação positiva, indicando a presença de glicosídeos
antraquinônicos com ligação C-C.

DISCUSSÃO

O teste direto de Borntrager para a droga vegetal da Cáscara Sagrada


indicou reação positiva para antraquinonas, com formação da coloração
vermelha após adição de aproximadamente 7ml de hidróxido de amônia (NH 4OH
a 10%) na amostra. A exposição do vegetal em meio alcalino forma fenolatos,
que devido ao deslocamento para um comprimento de onde maior da banda de
absorção (deslocamento batocrômico), exibem a coloração vermelha
(SOUZA,2016).

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CONCLUSÃO

Conclui-se, que nesse estudo, foi possível identificar as classes de


metabolitos secundários da Cáscara Sagrada. A analise evidenciou a presença
de antraquinonas, resultando em uma coloração rósea na fase aquosa indicando
a presença de antraquinonas livres e resultando em uma coloração vermelha:
reação positiva, indicando a presença de glicosídeos antraquinônicos com
ligação C-O e coloração vermelha na cama da amonical: Sendo uma reação
positiva, indicando a presença de glicosídeos antraquinônicos com ligação C-C.
.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA. Antraquinonas –


Disciplina de Farmacognosia I da UFPR. Disponível em:
http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/antraquinonas.html.

 SOUZA, G. O.; Curso de Derivados Antraquinônicos. Universidade


Federal do Amazonas: Manaus 2016.

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ANEXO

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