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Definição legal – A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações (Lei das Sociedades por Ações - Lei 6.404/76, artigo 228). Já
a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em
todos os direitos e obrigações (Lei das Sociedades por Ações - Lei 6.404/76, artigo 227). A grande diferença entre
fusão e incorporação é que na fusão as empresas envolvidas deixam de existir para a criação de uma nova
empresa, e na incorporação continua existindo a empresa incorporadora, sendo a(s) empresa(s) incorporada(s)
extinta(s). Em ambos os casos é feita uma avaliação pericial para apuração dos patrimônios líquidos e a operação
deve ser aprovada pelas assembléias gerais dos acionistas das empresas envolvidas. As operações de fusão e
incorporação também devem ser submetidas à apreciação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE) para fins de autorização (Lei Antitruste - Lei 8.884/94, artigo 54).
Implementação da operação – A operação será feita no início do período pela transferência de todos os ativos,
passivos e empregados da produção de uma empresa (“empresa encerrada”) para outra empresa (“nova
empresa”), respeitando todos os direitos e obrigações da empresa encerrada. As decisões do período já serão,
portanto, apenas para a nova empresa, e considerando alguns ajustes descritos a seguir:
P&D e qualidade do produto – Caso a simulação tenha esta opção, será considerada a melhor qualidade
do produto entre as duas empresas. O investimento acumulado em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da nova
empresa será aquele da empresa com maior valor acumulado.
Bolsa de valores – As ações da nova empresa serão valorizadas pelos mesmos indicadores. Entretanto, o
patrimônio líquido a ser considerado será dividido por 2, pois a “nova empresa” equivale a duas empresas do
início da simulação.
Benefícios com a operação – A nova empresa terá como benefícios diretos a: (1) capitalização via venda de
prédios, instalações e terrenos; (2) redução dos custos fixos relativos a empregados administrativos, vendedores
e depreciação de prédios e instalações; (3) ganhos de escala na produção, área comercial e P&D (se houver esta
opção).
As instruções abaixo devem ser lidas apenas para simulações que utilizam o sistema de apoio às decisões –
SadWeb (consulte o coordenador para saber). Nestes casos, se o pedido de fusão entre empresas for aprovado
pelo coordenador da simulação, o processo de tomada decisões no período da fusão deve ser feito com ajustes
no SadWeb, conforme descritos a seguir:
1 – As duas empresas envolvidas na fusão devem preparar as suas decisões, mas as diretorias devem decidir
qual empresa continuará e qual será fechada. Os resultados econômico (lucro ou prejuízo) e financeiro (saldo
final de caixa) da nova empresa será a soma dos resultados individuais das duas empresas.
2 – Previsão de Vendas: As duas empresas devem utilizar a mesma política comercial, ou seja, preço de venda,
prazo de venda, e taxa de juros, com exceção da propaganda que deverá ser aplicada somente para a empresa
que permanecerá. A previsão de venda deve calculada considerando quanto cada empresa pretende vender em
função de seus estoques de produtos acabados disponíveis. As margens de lucro por região não devem ser
levadas em consideração porque alguns custos e despesas serão ajustados quando da integração. Por exemplo,
as despesas administrativas serão reduzidas porque a estrutura de uma empresa será extinta.
3 – Produção: A capacidade de produção da nova empresa não poderá exceder a 36.000 ao período. Assim, se a
soma das produções das duas empresas for superior a este número, as máquinas deverão ser vendidas para
manter a produção máxima permitida. Como as máquinas vendidas ainda produzem no período, as empresas
envolvidas na fusão devem verificar quais máquinas devem ser vendidas (a ordem de venda é a mesma para
vendas normais), e demitir os empregados que trabalham nestas máquinas. Se não houver a demissão, o
SadWeb irá considerar uma produção que não ocorrerá.
4 – Compra de matérias-primas: Deve ser realizada apenas na decisão da empresa que permanecerá, mas
considerando a produção das máquinas da empresa a ser fechada. Se na simulação as empresas podem investir
em P&D para elevar a qualidade de seus produtos, e esta qualidade for diferente entre as duas empresas, o ideal
é que a empresa que permanecerá seja a que fabrica produtos de maior qualidade. Esta escolha é importante
porque a empresa resultante da fusão irá fabricar produtos com a maior qualidade, o que demandará a compra
de matérias-primas mais caras.
5 – Recursos humanos: O salário, o treinamento e a participação nos lucros dos empregados deverão ser os
mesmos para as duas empresas. Com relação ao salário, este não poderá ser inferior ao maior salário entre as
duas empresas. A produtividade dos empregados deverá ser calculada considerando a média ponderada das
duas empresas e uma eventual variação em função da política de recursos humanos. A decisão de contratar, ou
demitir, empregados da empresa que permanecerá deverá ser tomada considerando a soma dos empregados das
duas empresas envolvidas na fusão e as máquinas que efetivamente estarão disponíveis para trabalhar no início
do período da fusão, ou seja, podem ocorrer eventuais vendas de máquinas para limitar a produção a 36.000
unidades ao período.
6 – Demonstração de Resultado do Exercício (DRE): Será a soma das DREs das duas empresas com uma redução
de despesa relativa aos empregados administrativos e vendedores, que permanecerão de apenas uma empresa.
Quando da publicação dos resultados do período da fusão a análise das variações do período (previsto X
realizado) podem ter diferenças nas contas de CPV (custos de produção das duas empresas serão diferentes),
despesas financeiras (eventuais juros de atrasos e juros sobre aplicação da empresa fechada) e outras receitas e
despesas (eventuais vendas de máquinas para limitar o teto de produção, quando esta venda ocorrer com lucro
ou prejuízo contábil). Em função destas diferenças, no período da fusão haverá variações entre os valores
previstos e realizados da DRE que não poderão ser ajustados. A partir do próximo período da fusão, as
variações entre as contas previstas e realizadas deverão ser zeradas pelos ajustes dos campos da cor laranja
(campos de previsão).
7 – Previsão do fluxo de caixa: Para efeito de previsão do fluxo de caixa da nova empresa, este será a soma dos
fluxos de caixa das duas empresas envolvidas na fusão, acrescido do dinheiro relativo à venda de prédios,
instalações e terrenos da empresa a ser fechada. O valor da venda será o valor contábil líquido (valor contábil de
aquisição – depreciação acumulada) para prédios e instalações, e o valor contábil para terrenos. Estes valores
podem ser encontrados no balanço patrimonial da empresa a ser fechada. Se a nova empresa tiver uma
capacidade de produção superior a 36.000 unidades, as máquinas excedentes serão vendidas automaticamente
(não deve ser colocada decisão de venda) e o dinheiro também deve ser considerado. Assim, o fluxo de caixa
apresentado pelo SadWeb do primeiro período da fusão não poderá ser considerado o real. Para tanto,
considerar com realizado o fluxo de caixa que consta do relatório operacional.
8 – Ajuste do fluxo de caixa: A partir do próximo período da fusão o fluxo de caixa da nova empresa já poderá
ser utilizado normalmente com dois pequenos ajustes: (1) Planilha de fornecedor: terá uma linha ao final da
planilha para que seja indicado o valor a pagar em função das compras feitas pela empresa fechada e que ainda
devem ser pagas no período P+1 da fusão. O usuário pode reduzir deste valor, a quantia de clientes a receber da
empresa a ser fechada, também do período P+1. Os valores de clientes a receber e de fornecedores a pagar
podem ser obtidos no último relatório operacional da empresa a ser fechada; (2) Planilha de bancos: a empresa a
ser fechada pode ter pagamento (juros e amortização) a bancos para vários períodos. Assim, na planilha de
bancos da nova empresa, terá uma linha ao final para que sejam digitados, a cada período, os valores a pagar a
bancos relativos a dívidas da empresa fechada. Estes valores a pagar podem ser obtidos de duas formas: os
usuários continuando a ter acessos ao SadWeb com os dados da empresa fechada (acesso por senha coletiva) ou,
no período da fusão a equipe fazer uma cópia da planilha de bancos onde apresenta os valores totais a pagar de
juros e amortização até o final da simulação. IMPORTANTE: Se o usuário quiser conciliar o saldo final de caixa
do Relatório Operacional com o fluxo de caixa do SadWeb do período da fusão, ele deve realizar os seguintes
ajustes:
A – Ajustar todos os campos de previsão (cor laranja) do SadWeb com base nos dados que constam no
relatório operacional.
C – Calcular a fórmula: Saldo final de caixa do relatório operacional – Saldo final de caixa do SadWeb +
empréstimo especial do SadWeb. Obs: Se o saldo final de caixa estiver negativo, este valor deve ser somado ao
invés de reduzido.
D – Digitar o valor calculado no item C na linha “A pagar da empresa fusionada” que se encontra no
final da Planilha de Fornecedores. Caso o valor calculado seja negativo, manter este sinal na digitação.
E – Uma vez realizado os passos de A a D, o saldo final de caixa será o mesmo no Relatório Operacional
e na planilha de Fluxo de Caixa do SadWeb, embora algumas contas possam estar com valores diferentes.
IMPORTANTE: As explicações dadas nos itens 1 a 8 para integrar os sistemas de apoio às decisões das duas
empresas envolvidas na fusão podem parecer complicadas. Mas, este processo irá durar apenas 1 período. Na
vida real, entretanto, o processo de integração de sistemas informatizados entre empresas é muito mais
complicado. São necessários vários meses, ou mesmo anos, para que os sistemas sejam totalmente integrados. E,
em situações extremas, a falta de integração destes sistemas pode inviabilizar a fusão das empresas. Para os
envolvidos no processo de fusão simulado, ficará, então, o aprendizado das dificuldades em lidar com este
processo de integração.