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Cap34 PDF
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34 Propriedades Magnéticas da Matéria 2
34.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
34.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
34.2.1 O Magnetismo e o Elétron – (1/5) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
34.2.2 A Lei de Gauss do Magnetismo – (6/9) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
34.2.3 O Magnetismo da Terra – (10/17) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
34.2.4 Paramagnetismo – (18/25) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
34.2.5 Diamagnetismo – (26/27) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
34.2.6 Ferromagnetismo – (28/38) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
34.2.7 Problemas Extras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
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onde, para abreviar, definimos Λ ≡ 1 + 3 sen2 λm . Uma explicação plausı́vel para a discrepância entre os
Na superfı́cie da Terra r = R, onde R é o raio da Terra. valores calculado e medido do campo magnético ter-
A uma altura h, faremos r = R + h; assim, restre é que as fórmulas obtidas no Problema 34-13
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estão baseadas na aproximação dipolar, que não repre- é colocada num campo magnético de 0.5 T que per-
senta adequadamente a distribuição real do campo ter- manece constante durante toda a experiência. A seguir,
restre perto da superfı́cie. (A aproximação melhora sig- a magnetização M é medida na faixa de temperatura
nificativamente quando calculamos o campo magnético de 10 até 300 K. A lei de Curie será obedecida nestas
terrestre longe do seu centro.) condições?
I Para as medidas sendo feitas a maior razão entre o
campo magnético e a temperatura é (0.5 T)/(10 K) =
34.2.4 Paramagnetismo – (18/25) 0.05 T/K. Verifique na Fig. 34-11 se este valor está
na região onde a magnetização é uma função linear da
E 34-18. Um campo magnético de 0.5 T é aplicado a razão B/T . Como se vê, o valor está bem perto da
um gás paramagnético cujos átomos têm um momento origem e, portanto, concluimos que a magnetização obe-
de dipolo magnético intrı́nseco de 1 × 10−23 J/T. A dece a lei de Curie.
que temperatura a energia cinética média de translação
dos átomos do gás será igual à energia necessária P 34-24. Um elétron com energia cinética Ke desloca-
para inverter completamente este dipolo neste campo se numa trajetória circular que é ortogonal a um campo
magnético? magnético uniforme, submetido somente a ação do
campo. (a) Mostre que o momento de dipolo magnético
I A equação a ser satisfeita é a seguinte: devido ao seu movimento orbital tem módulo µ =
Ke /B e sentido contrário ao de B. (b) Calcule o
3 ~ − (−~ ~ = 2µB,
E = kT = |~ µ·B µ · B)| módulo, a direção e o sentido do momento de dipolo
2 magnético de um ı́on positivo que tem energia cinética
onde k = 1.38 × 10 −23
J/K é a constante de Boltzmann. Ki nas mesmas
21
circunstâncias. (c) Um gás ionizado tem
3
Desta expressão obtemos a temperatura 5.3 × 10 elétrons/m e o mesmo número de ı́ons/m3 .
Considere a energia cinética média dos elétrons igual a
4µB 4(1 × 10−23 )(0.50) 6.2 × 10−20 J e a energia cinética média dos ı́ons igual
T = = a 7.6 × 10−21 J. Calcule a magnetização do gás para um
3k 3(1.38 × 10−23 )
campo magnético de 1.2 T.
= 0.48o K.
I (a) Usando a Eq. 34-9 e a Eq. 30-17 (Cap. 30,
pag. 165), obtemos:
Perceba que como esta temperatura é muitissimo baixa
o
(da ordem de −272, 5 C) vemos que é muito fácil 1 mv 1 1 Ke
para a agitação térmica usual inverter os momentos de µ = ev = mv 2 = .
2 eB 2 B B
dipolo. | {z }
raio
Um elétron circula no sentido horário em um campo
E 34-19. Uma barra magnética cilı́ndrica tem compri- magnético direcionado para dentro do papel, por exem-
mento de 5.0 cm e um diâmetro de 1.0 cm. Ela possui plo. O vetor velocidade angular resultante ω ~ é também
uma magnetização uniforma de 5.3 × 103 A/m. Qual é direcionado para dentro do papel. Mas a carga do
o seu momento de dipolo magnético? elétron é negativa; assim, µ ~ é antiparalelo a ω~ e, por-
tanto, antiparalelo a B.
I A relação entre a magnetização M e o momento
magnético µ é: (b) O valor da carga cancela-se no cálculo de µ no item
(a). Assim, para um ı́on positivo, vale a mesma relação:
µ
M=
V Ki
µ= .
onde V é o volume da barra. Portanto, B
Um ı́on positivo circula no sentido anti-horário num
2 campo magnético direcionado para dentro do papel.
µ = M V = M (πr h) = 20.8 mJ/T.
Portanto, ω ~ tem sentido para fora do papel. Como o
ı́on tem carga positiva, µ ~ é paralelo a ω~ e, portanto an-
P 34-21. O sal paramagnético a que a curva de tiparalelo a B, como o elétron.
magnetização da Fig. 34-11 se aplica deve ser testado (c) Os dipolos magnéticos devidos aos elétrons e, aos
para verificar se obedece à lei de Curie. A amostra ı́ons possuem o mesmo sentido. Portanto,
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1 e r B erB
µ = Ne µe + Ni µi = Ne Ke + Ni Ki = t= .
B m 2 t 2m
onde Ne e Ni são, respectivamente, o número de
A corrente média associada com cada volta do elétron
elétrons e o número total de ı́ons. Como Ne = Ni = N ,
circulando na órbita é
obtemos para a magnetização:
∆carga e ev
µ 1 N i= = =
M= = (Ke + Ki ) = 307 A/m. ∆tempo (2πr)/v 2πr
V B V
de modo que o momento de dipolo correspondente é
ev 1
34.2.5 Diamagnetismo – (26/27) µ = N i A = (1) (πr2 ) = e r v.
2πr 2
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onde µ é o momento de dipolo e z é a distância a partir P 34-32. O momento de dipolo magnético da Terra é
do meio do dipolo. Portanto 8 × 1022 J/T. (a) Se a origem deste magnetismo fosse
uma esfera de ferro magnetizada, no centro da Terra,
(4π × 10−7 T·m/A)(1.5 × 10−23 J/T) qual deveria ser o seu raio? (b) Que fração do volume
B =
2π(10 × 10−9 m)3 da Terra esta esfera ocuparia? Suponha um alinhamento
−6 completo dos dipolos. A densidade do núcleo da Terra
= 3 × 10 T.
é 14 g/cm3 . O momento de dipolo magnético de um
−23
(b) A energia de um dipolo magnético µ ~ num campo átomo de ferro é 2.1 × 10 J/T. (Nota: consideramos
magnético B ~ é U = µ ~ ·B~ = µB cos φ, onde φ é o a região mais interna do núcleo da Terra formada de
ângulo entre o momento de dipolo e o campo. A ener- partes lı́quida e sólida e parcialmente de ferro, porém
gia necessária para inverte-lo (de φ = 0o até φ = 180o ) o hipótese de um ı́mã permanente como fonte do mag-
é netismo da Terra foi completamente afastada por diver-
sas razões. Uma delas é que a temperatura está certa-
∆U = 2µB mente acima do ponto de Curie.)
J
= 2(1.5 × 10−23 )(3 × 10−6 T) I (a) Se a magnetização da esfera está saturada, o mo-
T mento de dipolo total é µtotal = N µ, onde N é o número
= 9 × 10−29 J de átomos de ferro na esfera e µ é o momento de dipolo
= 5.6 × 10−10 eV. de um átomo de ferro. Desejamos determinar o raio de
uma esfera de ferro contendo N átomos de ferro. A
A energia cinética média de translação a temperatura massa de tal esfera é N m, onde m é a massa de um
ambiente é da ordem de 0.04 eV (veja o Exemplo 34-4). átomo de ferro. Ela também é dada por 4πρR3 /3, onde
Portanto se interações do tipo dipolo-dipolo fossem re- ρ é a densidade do ferro e R é o raio da esfera. Portanto
sponsáveis pelo alinhamento dos dipolos, colisões iriam N m = 4πρR3 /3 e
facilmente “randomizar” [id est, tornar aleatórias] as
direções dos momentos e eles não permaneceriam al- 4πρR3
N= .
inhados. 3m
Substitua isto na relação µtotal = N µ para assim obter
E 34-30. A magnetização na saturação do nı́quel vale 4πρR3 µ 3mµ 1/3
total
4.7 × 105 A/m. Calcule o momento magnético de um µtotal = , ou seja, R = .
3m 4πρµ
único átomo de nı́quel. (A densidade do nı́quel é 8.90
g/cm3 e sua massa molecular é 58.71 g/mol.) A massa de um átomo de ferro é
I A magnetização de saturação corresponde ao com- m = 56u = (56u)(1.66 × 10−27 kg/u)
pleto alinhamento de todos os dipolos, dado por
= 9.3 × 10−26 kg.
µN
Mmax = . Com isto, obtemos
V
3(9.3 × 10−26 )(8 × 1022 ) 1/3
Fazendo V = 1 m3 , a massa do nı́quel em 1 m3 é R =
4π(14 × 103 )(2.1 × 10−23 )
(8.90 g/cm3 ) · (106 m3) = 8.90 × 106 g; portanto,
= 1.8 × 105 m.
6
8.90 × 10
n= = 1.5159 × 105 mol. (b) O volume da esfera é
58.71 g/mol
Através da Eq. 2 do Cap. 21, temos: 4π 3
Ve = R
3
N = nNA = 9.126 × 1028 átomos/m3 . 4π
= (1.82 × 105 m)3
3
Assim, = 2.53 × 1016 m3
Mmax V e o volume da Terra é
µ= = 5.15 × 10−24 A·m2 .
N
4π
VT = (6.37 × 106 m)3 = 1.08 × 1021 m3 ,
3
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de modo que a fração do volume da Terra que é ocupado carga induzida em uma espira de Nc espiras e resistência
pela esfera é R é:
Nc [ΦB (final) − ΦB (inicial)]
Ve 2.53 × 1016 m3 q =
= = 2.3 × 10−5 . R
VT 1.08 × 1021 m3
Nc (B0 + Bm )A
=
Rc
I (a) Seja M a massa do núcleo e r o seu raio. A massa
de um ı́on, m, e o número de ı́ons no núcleo, N . Con- = 78.6 µC.
siderando que a esfera seja de ferro, temos N = M/m,
mas M = ρV ; assim,
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r dB erB
E= . =
2 dt 2m
e as novas velocidades são:
erB
v = v0 ±
2m
(+) para ver o sentido horário e (−) para o sentido anti-
horário. Dividindo v por r e supondo que r não varie,
temos:
AQUI FIGURA eB
ω = ω0 ± .
Assim, os elétrons sofrem a ação de uma força elétrica 2m
representada na figura acima. Suponha que o campo Essa nova velocidade angular permite fazer aumentar ou
magnético aumente de uma quantidade B num tempo diminuir o momento magnético orbital. A existência
T . Portanto, cada elétron tem uma mudança de veloci- de um efeito diamagnético num campo magnético
dade dada por constante pode ser “explicada”, observando que os
F eE e rB
elétrons circulantes continuam cortando as linhas de
∆v = aT = T = T = T fluxo magnético.
m m m 2T
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