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São necessários dois elementos duais (e, ainda assim, complementares) para produzir um
terceiro.
Vida + Morte = Evolução
Bem + Mal = Discernimento
Pólo positivo + pólo negativo = Corrente elétrica
Homem + mulher = Vida
Luz + Trevas = Conhecimento
Prestando atenção, quase sempre um desses componentes é visto como ruim (negativo),
enquanto o outro é bom (desejável). O ser humano não escapou dessa visão distorcida da
realidade, herança do zoroastrismo, que separava o bem do mal, o claro do escuro. O Zen
budismo e o Taoísmo nos mostram visões complementares, como o Yin que é oposto mas
complementar ao Yang. O binário vida e morte compõem um ciclo evolutivo em que o homem
vive os dois tipos de experiências, a do plano físico e as do mundo espiritual, os quais
proporcionam a dinâmica que favorece a evolução.
No hebraico, o plural das palavras no masculino terminam em im, e nome utilizado para Deus
(Elo-him) pode ser um sinal dessa trindade. As palavras de abertura do Gênesis dizem:
“Bereshit bará Elo-him” (No princípio Deus criou); Elo-him é plural, mas bará (criou) é
singular. Unidade na diversidade. Multiplicidade resultando numa só força Criadora.
Por isso Deus não pode ser descrito como algo. Usemos uma analogia: seria como dizer que o
ar que respiramos é composto tão somente pelo elemento AR, ignorando toda a complexidade
das cadeias de átomos, partículas agregadas e outras variáveis. Seria tomar o resultado pela
causa. Existe o ar na ionosfera, mas também existe o ar nas cavernas. Tecnicamente não é o
mesmo, mas também NÃO deixa de ser o mesmo. Não há separação entre o ar, apenas
adaptação, num imenso degradê. Por isso não podemos dizer que seu Deus é melhor que o
meu Deus, pois são manifestações do Todo, que é Deus, adequadas a uma determinada
época / povo / mentalidade.
SELO DE SALOMÃO
Signo de Vishnu
Selo de Salomão
Maguen David Vishnu
O selo de Salomão, que no judaísmo é conhecido como Maguen David (Escudo de David, em
hebraico) é composto por dois triângulos: Um com seu vértice para cima, e o outro com o
vértice para baixo. Sua origem – e isso quase ninguém sabe – remonta a Índia, onde tem o
nome de Signo de Vishnu, que é o deus mantenedor na trindade Hindu. Era utilizado como
amuleto contra o mal, e esse significado se perpetuou, como atestam os nomes “selo” e
“escudo” do Hebraico. No Kabbalah (ou na Cabalá, como queiram) vemos que os dois
triângulos representam as dicotomias inerentes ao homem: o bem e o mal, o espiritual e o
físico. É mais um aspecto do positivo/negativo que se unem, como no símbolo do Yin/Yang.
O Maguen David também significa a Onipresença de Deus. Suas seis pontas correspondem
às direções do microcosmo: norte, sul, leste, oeste, o céu e a terra.
PENTAGRAMA
O pentagrama data do período de 3.500 aC, na Mesopotâmia, e era usado como um símbolo
do poder Real, que se estendia pelos quatro cantos do mundo. Entre os hebreus o símbolo
estava relacionado com a Verdade e representava o Pentateuco. O mais interessante é que o
pentagrama foi usado como um amuleto contra o mal, e a própria Igreja Católica (na figura do
seu fundador, Constantino) utilizou-se dele para simbolizar as 5 chagas de Jesus, na Idade
Média. Já o Pentagrama invertido representa a queda do homem, e por isso é muito utilizado
no SatanYsmo.
Esquema grego do homem como microcosmo,
desenho de Cornelius Agrippa Desenho de Da Vinci com os signos
sobrepostos