Ciências Naturais

Teorias da Deriva dos continentes e Tectónica de Placas

› Deriva dos Continentes

No século XX, Alfred Wegener, defendeu que há milhões de anos atrás existia um só
supercontinente, que posteriormente se fragmentou em vários, que ao longo do tempo se
movimentaram até às suas posições atuais.

Para validar a sua hipótese, Wegener apresentou:

› argumentos morfológicos;
› argumentos geológicos;
› argumentos paleontológicos;
› argumentos paleoclimáticos.

Contudo, a comunidade científica reagiu mal à teoria, pela falta de explicação dos mecanismos
responsáveis pelo movimento dos continentes.

› Estudo dos fundos oceânicos

Com os avanços científicos e tecnológicos inerentes à II Guerra Mundial, nomeadamente o
desenvolvimento de sonares, foi possível explorar e estudar mais pormenorizadamente os
fundos oceânicos, dos quais se destacam as principais formas:
› dorsais;
› riftes;
› planícies abissais;
› e fossas oceânicas.

Além da morfologia, foram realizados também estudos à idade e ao magnetismo das rochas que
constituem os fundos oceânicos, tendo-se verificado que:
– a idade das rochas vai aumentando com a distância ao rifte, em ambos os lados;
– existe um padrão simétrico de polaridades em relação ao rifte, para ambos os lados.

› Tectónica de Placas
Segundo esta teoria, a Terra apresenta uma camada mais externa, a litosfera, que se encontra
fragmentada em placas tectónicas, que se movimentam lentamente. Esse movimento é
justificado pela existência de correntes de convecção no manto, geradas pelo calor interno
da Terra.

Nas zonas em que estas placas se encontram, designadas por limites de placas, existem vários
fenómenos de transformação da superfície terrestre.

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Limite Fenómenos tectónicos

Divergente Ao nível do rifte verifica-se o afastamento das placas tectónicas, que

se deve à ascensão do magma até à superfície, onde forma nova
litosfera oceânica, sendo por isso um limite construtivo.
ex. Dorsal média do Atlântico.

Convergente As placas movimentam-se em direções opostas e ocorre a sua colisão.

Quando o choque é entre uma placa oceânica e uma continental
verifica-se o afundamento e destruição da mais densa, em zonas de
subducção, originando fossas oceânicas e elevação dos materiais. Se
ambas as placas forem continentais ocorre a formação de grandes
cadeias montanhosas.
ex. Fossa Peru-Chile e Cadeia montanhosa dos Himalaias.

Transformante O movimento das placas é lateral, sem perdas nem acréscimos de

ou materiais rochosos, sendo por isso um limite conservativo.
conservativo ex. Falha de Santo André, E.U.A.

A ocorrência dos processos destrutivos da litosfera compensa os construtivos, o que permite que
o volume da Terra se mantenha constante.

O movimento das placas tectónicas resulta das correntes de convecção e é responsável pela
expansão dos fundos oceânicos, pela formação de cadeias montanhosas e pela
atividade vulcânica e sísmica do planeta.

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