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E LICITAÇÕES
Paulo Ricardo G. Gomes ©
profpgomes@gmail.com ou equipetd@brturbo.com.br
http://groups.google.com.br/group/equipetd
http://pessoal.educacional.com.br/up/2600001/629690/t192.asp
AS
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ENAP 2
Versão - junho/2005
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ENAP
ENAP 4
TRABALHOS LEGISLATIVOS
• PLS n.º 59/92 (PLC n.º 1.491-D, de 1991) - Dep. Luís
Roberto Ponte (PMDB-RS).
• Outros projetos: a) CPI das obras públicas (Senador Élcio
Álvares, PFL-ES); b) anteprojeto do TCU (Ministro Paulo
Afonso); c) do Senador Fernando Henrique Cardoso
(segundo a Gazeta Mercantil de 23/09/92, a razão média
“prêmio das seguradoras/PIB”, de 1960-90, ficou, no Brasil,
em 0,88%; enquanto que, nos EUA, situou-se em 8,4%) e;
d) Substitutivo do Senador Pedro Simon (PMDB-RS; Relator
no Senado Federal).
• Resgate do denominado “Projeto Ponte” pelo Deputado
Walter Nory (PMDB-SP).
• Destaques (DVS’s em apoio às teses do Substitutivo do SF)
apresentados pelos Deputados Federais: Aloízio Mercadante;
Geraldo Alkmin; Gerson Peres; Israel Pinheiro Filho; Nelson
Jobim; Roberto Freire e Valdimir Palmeira.
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ENAP 5
POLARIZAÇÃO PARLAMENTAR NO RS
Pró o PL n.° 1491-D
Contra o PL n.° 1491-D
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Decreto Federal n.° 3.555/00
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Art. 7.° da Lei n.° 10.520/2002
ENAP 9
ENAP 10
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ENAP 11
Infra-estrutura para o
pregão presencial
• A realização do pregão presencial requer
a seguinte infra-estrutura física e de
equipamentos: a) auditório com mesa ou
bancada para a equipe de apoio; b)
sistema de projeção com tela ou quadro
de giz; c) sistema de gravação (para
maior segurança jurídica em relação aos
atos praticados; olha a dica do saudoso
Juruna aí, gente!).
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ENAP 12
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ENAP 13
Recurso no pregão
• O licitante deverá manifestar, de viva voz, ao pregoeiro a
intenção de interpor recurso, imediatamente após a declaração
do vencedor. A manifestação necessariamente explicitará
motivação consistente, que será liminarmente avaliada pelo
pregoeiro, o qual decidirá pela sua aceitação ou não (em caso
de dúvida, sugere-se a aceitação e a abstenção quanto à
adjudicação). Admitido o recurso, o licitante disporá de 3 dias
para apresentar o recurso por escrito, o qual será
disponibilizado a todos os participantes em dia, horário e local
previamente comunicados (durante a sessão do pregão). Os
demais licitantes poderão apresentar contra-razões em até 3
dias, contados do término do prazo do recorrente (inc. XVIII,
art. 4.° da Lei n.° 10.520, de 17/07/2002; ver, ainda, art. 26 do
Decreto n° 5.450, de 31.05.2005).
¾ Qualquer dúvida sobre a modalidade pregão, inclusive na forma
eletrônica, sugerimos contactar os telefones (61) 3313-1563,
3313-1454 ou 3313-1457 (Departamento de Logística e
Serviços Gerais-DLSG); ou 0800-9782329 (SERPRO). Paulo Gomes©
ENAP 14
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ENAP 15
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ENAP 18
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DISPENSAS
ENAP 19
ENAP
DISPENSAS 20
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DISPENSAS (inc. IV do art. 24)
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DISPENSAS
(inc. IV do art. 24)
• Imprevidência e incompetência não se confundem com
emergência; muitas vezes, o urgente de hoje é o que não
foi providenciado a tempo pela Administração.
• Muitas vezes, a situação emergencial decorre da falta de
planejamento administrativo ou de previsão para
necessidades perfeitamente previsíveis. Em tais casos há
mais negligência, do que urgência e; pela negligência,
responderá a autoridade omissiva, nos termos dos artigos
121 a 126 da Lei n.° 8.112/90 (Decisão/TCU/n.° 397/96 -
Plenário, in DOU de 23.07.96, p. 13.661; Decisão/TCU/n.°
347/94 - Plenário, item 8.2, a.1, in DOU de 21.06.94,
Seção 1, p. 9.042; bem como Decisão/TCU/n.° 172/96, in
DOU de 22.04.96, Seção 1, p. 6.805).
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ENAP
DISPENSAS 23
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(inc. IV do art. 24)
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DISPENSAS
(Caracterizadores da emergencialidade)
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ENAP 26
DISPENSAS
(inc. IV do art. 24)
• “O recurso à dispensa de licitação por
emergência não pode ser utilizado como um
remédio igual àquelas poções mágicas vendidas
nas feiras como curativos de todos os males”
(in “Revista do Tribunal de Contas do Município
do Rio de Janeiro”, n.° 9, p. 11-12, 1990).
• Ver processo TC-009.248/94-3 (DOU de
21/06/94), publicado no BLC (da Ed. NDJ) n.°
9/94, p. 432.
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DISPENSAS
ENAP 27
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DISPENSAS
ENAP 28
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ENAP 29
Cuidados redobrados com as “FIN..., FUN...”
(fundações de apoio vinculadas a instituições de ensino superior)
• O TCU, na Decisão de n.° 657/97-TCU-P, de 29.09.97, determinou a
extinção de contrato firmado, na base do inc. XIII do art. 24, entre o
MMARHAL e a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia
Espaciais (FUNCATE), devido à falta dos procedimentos licitatórios
pertinentes; “vide” Parecer n.° 36/DIORI/CORIC/SFC, de 10.12.97,
no qual a SFC determina às CISET’s que orientassem os Ministros de
Estado no sentido de que promovessem o “certame licitatório, não
cabendo a dispensa do inc. XIII, do art. 24”.
• Conferir também Decisões/TCU/n.°s 830/1998-P (Ata n.° 48/98-P;
MEC e FIA/USP); 252/1999-P (Ata n.° 19/99-P; MPO e FAPEU/UFSC);
346/1999-P (Ata n.° 22/99-P; IBAMA e FIA/USP); 302/98-1ª C (TRF
1ª R e FINATEC).
• Não se pode transferir, à fundação de apoio, prática de atos de
competência exclusiva de unidade integrante da estrutura de
Universidade Federal (“d”, item 8.1.1 da Decisão 321/2000-TCU-P);
pois que a Universidade possui estrutura e pessoal (“h”, item 8.1 da
Decisão n° 267/98-TCU-2ª Câmara). Paulo Gomes ©
ENAP 30
Correio Braziliense, 16/04/2004, p. 24
• “3 fundações de apoio à UnB (Finatec; Fubra e Fepad), que deveriam ter
finalidade social, funcionam como empresas, à mercê do mercado, sem
levar em conta a necessidade de pesquisa e extensão da UnB”.
• “As três usam a grife da UnB em benefício próprio. O uso resulta em
contratos e convênios que não se revertem em conhecimento, pesquisa e
nem em dinheiro para a instituição (UnB)” (profª Alejandra Pascual, da
Adunb).
• “A natureza dos contratos firmados nada tem a ver com o caráter altruísta
de uma fundação”.
• “Há prestação de serviço ilícita porque não tem relação com atividades de
pesquisa ou qualquer outra determinação do estatuto da fundação”.
• “Os professores das universidades federais têm dedicação exclusiva”.
• Relativamente ao repasse de recursos ao caixa da UnB, a Finatec fez
pequeno repasse; a Fubra não transferiu nada (mais de 90% dos recursos
foram destinados a pagamentos de pessoas jurídicas e a gastos com
viagens internacionais).
• “O trabalho das fundações é nefasto, a Adunb fez bem em ir atrás” (José
Domingues, vice-presidente do Andes).
• “Quando existe a necessidade de comprar algum item fundamental a uma
pesquisa, os departamentos recorrem às fundações”, disciplinadas pela Lei
n° 8.958, de 20/12/1994. Paulo Gomes ©
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ENAP 31
INEXIGIBILIDADES
(artigo 25)
• As hipóteses dos incisos do art. 25 (meramente
ilustrativas; diversamente das dispensas do art.
24, que são numerus clausus) não têm
autonomia conceitual, pois que se subordinam
à cabeça daquele; a inexigibilidade de licitação
se materializa somente quando a competição
for inviável. O pré-requisito da inexigibilidade é,
indubitavelmente, a inviabilidade de
competição. Paulo Gomes ©
ENAP 32
INEXIGIBILIDADES
(artigo 25)
• Na hipótese de contratação de pessoa jurídica
(que não de publicidade e divulgação; art. 1 e
inc. II do art. 25), se esta apresentar relação
de integrantes de seu corpo técnico como
elemento de justificação da inexigibilidade de
licitação, ficará obrigada a garantir que os
referidos integrantes realizem pessoal e
diretamente os serviços objeto do contrato (§
3.° do art. 13).
• Como o art. 25 é exemplificativo (vide TC/RS,
processo n.° 4.707-02.00/93-5), fica ao gestor
a discricionariedade “estreitíssima” para agir.
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ENAP 33
Contrato
administrativo
• É o ajuste que a Administração Pública, agindo
nessa qualidade, firma com o particular para a
consecução de objetivos de interesse público,
nas condições desejadas pela própria
Administração (vide parágrafo único, art. 2.° da
Lei n.° 8.666/93).
• Sempre é bilateral e, em regra, formal, oneroso
e realizado intuitu personae.
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ENAP 34
Contrato administrativo é
formal
• Porque se expressa por escrito e com requisitos
especiais (vinculados à lei). Vide o disposto no
parágrafo único, art. 4.° da Lei n. ° 8.666/93.
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ENAP 35
Contrato administrativo
é oneroso
• Porque remunerado na forma
convencionada no edital e/ou no
instrumento de contrato.
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ENAP 36
Contrato administrativo é
intuitu personae
• Porque exige a pessoa do contratado para a sua
execução; somente se admitindo subcontratação de
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela Administração,
consoante art. 72 da Lei n.° 8.666/93. Observe que a
subcontratação da totalidade da obra, serviço ou
fornecimento (a sub-rogação) não é admitida em se
tratando de contrato administrativo (vide BLC de
jun/2001, p. 385; bem como Decisão n° 710/98-TCU-
Plenário).
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ENAP
O que tipifica o contrato 37
administrativo?
• O que tipifica o contrato administrativo e o distingue do
contrato privado é a participação da Administração na
relação jurídica bilateral com supremacia de poder para fixar
as condições iniciais do ajuste. Há presença de privilégio
administrativo na relação contratual.
• Acórdão do STF: “Quando o Estado pratica atos jurídicos
regulados pelo direito civil (ou comercial), coloca-se no plano
dos particulares” (RDA 46/192; RTJ 29/465 e 39/462).
• Sobre a natureza jurídica dos contratos administrativos,
merecem destaque os ensinamentos de Lúcia Valle
Figueiredo em: a) Revista do Tribunal Regional Federal 3.ª
Região (n.° 40, out/dez de 1999, ps. 117 a 133); b) A&C
Revista de Direito Administrativo & Constitucional (Ano 2, n.°
5, 2000, ps. 89 a 106).
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• Favor abrir a Lei n.° 8.666/93, em seu art. 67 e no inciso VII do art. 78.
• Interessantes Portarias no Ministério da Agricultura e do Abastecimento
(Portaria/GM/MA/n.° 333, de 08/07/98, in DOU de 09/07/98) e no Ministério da
Cultura (Portaria/GM/MinC/n.° 396, de 19/10/98, in DOU de 22/10/98 ).
• O Tribunal de Contas da União não aceitou a contratação, sem licitação, de
Engenheiro Civil para fiscalizar obra em edifício, por não estarem presentes os
requisitos da notoriedade e da singularidade (Acórdão/TCU/n.° 205/96, processo n.°
TC-015.213/92-7, in DOU de 16/01/97, p. 898).
• O Tribunal de Contas da União determinou que fosse mantido representante,
pertencente aos quadros próprios de pessoal da Administração, especialmente
designado para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos, permitida a
contratação de agentes terceirizados apenas para assisti-lo a essa atribuição, a teor
do art. 67 da Lei nº 8.666/93 (item 9.2.3 do Acórdão nº 690/2005-TCU-Plenário,
DOU de 10.06.2005, S. 1, p. 335).
• O Tribunal de Contas da União solicitou o apoio de um batalhão de engenharia de
construção (Exército) para a realização de serviço de engenharia do interesse do
Controle Externo (item 9.3, Acórdão nº 779/2005-TCU-Plenário, DOU de 23.06.2005,
S. 1, p. 117).
• O Tribunal de Contas da União determinou à DATAPREV que designasse
representante para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos, em obediência
ao art. 67 da Lei nº 8.666/93, bem como observasse as disposições sobre
recebimento de bens e serviços constantes do art. 73, I, alínea "b", da Lei nº
8.666/93 (item 1.9, TC-012.170/2003-8, Acórdão nº 892/2005-TCU-2ª Câmara, DOU
de 15.06.2005, S. 1, p. 99).
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ENAP
Agora, iremos trabalhar com mapas mentais 39
Dica de leitura: BUZAN, Tony. Mapas mentais e sua elaboração: um sistema definitivo de
pensamento que transformará a sua vida. São Paulo: Cultrix, 2005. 118p.
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ENAP 41
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ENAP 42
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ENAP 43
Acompanhamentos do “Agente 67” I
¾ Solicitar à contratada a indicação de seu preposto
(pessoa de ligação entre a Administração e a
empresa). Esse indivíduo deverá ter um nível de
instrução compatível com a natureza dos serviços
a serem executados.
¾ Solicitar relação nominal e currículo dos
empregados contratados (nome, endereço,
telefone, registro profissional nas entidades afins,
conforme o caso, comprovante de curso de
formação...).
¾ Certificar-se de que o número de empregados
alocados ao serviço, pela empresa contratada, está
de acordo com o contrato firmado, para cada
função em particular. Paulo Gomes ©
ENAP 44
Acompanhamentos do “Agente 67” II
¾ Solicitar que o registro de freqüência dos empregados
seja feito por meio de processo eletrônico, com a emissão
periódica de relatório, na forma solicitada pelo “agente
67”.
¾ Solicitar livro de registro, onde deverão ser documentadas
as ocorrências, juntamente com o preposto da empresa
contratada; informando à autoridade competente aquelas
ocorrências consentâneas com o que dispõe o art. 87 da
Lei n° 8.666/93; todavia, o Tribunal de Contas da União
determinou que fossem autuados, protocolados e
numerados os processos licitatórios, de acordo com o art.
38 da Lei nº 8.666/93, apensando-lhes a documentação
relativa ao desenvolvimento das respectivas contratações,
bem como as comprovações de regularidade fiscal (item
1.5, TC-009.143/2004-7, Acórdão nº 1.108/2005-TCU-1ª
Câmara, D.O.U. de 22.06.2005, S. 1, p. 94).
¾ Fiscalizar a quantidade e a qualidade dos produtos
utilizados, quando for o caso.
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ENAP 45
Acompanhamentos do “Agente 67” III
¾ Acompanhar, diariamente, a presença dos
empregados nos seus respectivos postos de
trabalho.
¾ Fiscalizar o cumprimento das obrigações e
encargos sociais e trabalhistas compatíveis com os
registros, solicitando os comprovantes de
pagamento que demonstrem a regularidade do
FGTS e Previdência Social, conforme exigências da
Lei n° 9.032, de 28/04/1995 (vide, ainda, o
Enunciado TST n° 331).
¾ Emitir pareceres em todos os atos da
administração relativos à execução do contrato,
aplicação de sanções, alteração e repactuação da
avença. Paulo Gomes ©
ENAP 46
Acompanhamentos do “Agente 67” IV
¾ Fiscalizar a boa aparência dos empregados, cobrando o
uso diário do uniforme, se for o caso.
¾ Acompanhar a entrega dos benefícios aos empregados,
quando previsto (vale transporte, refeição, etc.).
¾ Atestar a Nota Fiscal/Fatura, observando o cumprimento
da legislação, encaminhando o processo para autorização
de pagamento pelo ordenador de despesas.
¾ Verificar se a Nota Fiscal apresentada está dentro do prazo
de validade.
¾ Manter cópia do instrumento de contrato e de seus
aditamentos.
¾ Anotar, em livro próprio, as ocorrências relacionadas com
a execução do contrato, informando à autoridade
competente aquelas que dependem de decisão, no intuito
de regularização de impropriedades observadas.
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ENAP 47
Acompanhamentos do “Agente 67” V
¾ Controlar quanti-qualitativamente o emprego de materiais
durante a execução dos serviços, rejeitando os que estiverem
em desacordo com o estabelecido no instrumento de contrato
ou na proposta da empresa vencedora da licitação.
¾ Manter comunicação escrita com o preposto, com vistas ao fiel
cumprimento das obrigações contratuais, salvo na hipótese de
alta gravidade de ocorrência, quando será comunicada a
autoridade competente (Coordenador-Geral de Serviços Gerais,
por exemplo).
¾ Manter atualizado o controle dos empregados da contratada,
no caso de prestação de serviços contínuos, exigindo que se
apresentem ao local de trabalho devidamente uniformizados e
portando crachás de identificação; sem embargos à solicitação
(por escrito) de substituição daqueles que comprometam a
perfeita execução dos serviços, ou que apresentem
comportamento em desacordo com as normas organizacionais
vigentes.
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ENAP 48
Acompanhamentos do “Agente 67” VI
¾ Realizar constante reavaliação do objeto contratado, propondo
medidas para redução dos gastos, bem como aquelas que
visem a melhor racionalização dos serviços, inclusive quanto à
necessidade de sua manutenção e à elaboração de futuros
projetos básicos.
¾ Manter entendimentos com os responsáveis pelas áreas de
apoio administrativo, quando o objeto do contrato for a
manutenção preventiva e corretiva em equipamentos, com
vistas ao controle de: a) peças substituídas, com identificação
do equipamento, para fins de garantia; b) periodicidade da
manutenção; c) inclusões e exclusões de equipamentos,
atentando para a limitação do § 1°, art. 65 da Lei n° 8.666/93.
¾ Verificar se o produto ou produtos entregues guardam
conformidade com o estabelecido no contrato.
¾ Elaborar, quando formalmente solicitado pela contratada,
minuta de Atestado de Capacidade Técnica, submetendo-o para
aprovação e assinatura do Ordenador de Despesas.
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ENAP 49
Conselhos úteis ao “Agente 67”
¾ Buscar inteirar-se profundamente do serviço pelo
qual é responsável (ter clareza da sua função).
¾ Buscar contribuir com o oferecimento de diferentes
soluções, e não apenas problemas.
¾ Buscar melhor compromisso entre qualidade e
custo.
¾ Agir em colaboração de de forma dialógica com os
demais responsáveis pelo processo: área
responsável pela elaboração do projeto básico,
CPL, Ordenador de Despesas, etc.
¾ Participar de treinamentos e entender amiúde as
Leis n°s 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor) e 8.666/93, entre outras.
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ENAP 50
Um aparte sobre cooperativas
¾ O Tribunal de Contas da União determinou à
SPOA/MMA que definisse, quando da realização de
licitação para contratação de mão-de-obra
terceirizável, a forma pela qual o labor será executado
com base em contratações anteriores. Se ficar patente
que essas atividades ocorrem, no mais das vezes, na
presença do vínculo de subordinação entre o
trabalhador e o fornecedor de serviços, deve o edital
ser expresso (e fundamentado) quanto a esse ponto,
o que autorizaria a vedação à participação de
cooperativas de trabalho ou de mão-de-obra, de
acordo com o entendimento firmado na Corte de
Contas por meio do Acórdão nº 1.815/2003-TCU-
Plenário (item 9.2.1, Acórdão nº 975/2005-TCU-2ª
Câmara, DOU de 23.06.2005, S. 1, p. 172).
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ENAP 51
Art. 122 do Substitutivo do Senado
• “Art. 122. Fica o Poder Público autorizado a conceder
gratificação especial, padronizada e não cumulativa, aos
servidores responsáveis pela fiscalização e acompanhamento
da execução dos contratos administrativos, bem como aos
servidores integrantes das comissões de licitação e aos
responsáveis por convite a ser concedida, exclusivamente, pelo
período em que o servidor desempenhar as atividades de que
trata este artigo” [Anexo ao Parecer n.° 17, de 1993, redação
final do Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara n.°
59, de 1992 (n.° 1.491, de 1991, na Casa de origem)] .
¾ “(...) Entendemos que o Substitutivo do Senado é superior em
relação ao Projeto n.° 1.491-C/91, da Câmara, posto que (...)
tratou de aperfeiçoar o projeto da Câmara. (...) não temos
dúvida em afirmar a superioridade do primeiro, em termos de
consistência moralizadora de suas normas, da condição de
sintetização clara e objetiva de suas normas, perfeitamente
inteligíveis” (Prof. Toshio Mukai, São Paulo, 12 de março de
1993). Paulo Gomes
©
ENAP
Quando a supervisão do Agente 67” não
52
funciona...
26
ENAP 54
Casuística
Perguntas & respostas
Atenção: os exemplos
a seguir, utilizando
nomes de cidades e
distritos pitorescos
do Brasil, são
fictícios.
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ENAP 55
CASO
• Pode-se contratar empresa paraestatal,
detentora de monopólio de serviço
público essencial, sem a apresentação
das certidões comprobatórias de
regularidade junto ao INSS e ao FGTS?
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COMENTÁRIO
ENAP 56
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ENAP 57
CASO
• As decisões do Tribunal de Contas da
União, relativas à aplicação da Lei n.°
8.666/93 e suas alterações, tem
aplicabilidade para estados, Distrito
Federal e municípios?
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ENAP 58
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, devido ao contido na
Súmula/TCU/n.° 222, conforme segue: “As
Decisões do Tribunal de Contas da União,
relativas à aplicação de normas gerais de
licitação, sobre as quais cabe privativamente à
União legislar, devem ser acatadas pelos
administradores dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Acrescente-se que o caput do art. 1.° da Lei n.°
8.666/93 dispõe que tudo o que ela estabelece
são “normas gerais”, à exeção do art. 17 (cf.
liminar concedida pelo STF em ADIN n.° 927-3-
RS, in DJU de 10/11/93). ... Paulo Gomes ©
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COMENTÁRIO
ENAP 59
ENAP 60
CASO
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ENAP 61
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não (a priori), o item 1.1.5.3.1 da
IN/MARE/n.° 18, de 22/12/97, dispõe que somente
será admitida a inclusão, na composição dos custos,
de benefícios efetivamente oferecidos e pagos aos
empregados (em decorrência de convenção, acordo
ou dissídio coletivo). Entretanto, sugere-se que o
“Agente 43-§ 3.°”, diante de campos zerados da
planilha, verifique se não há descumprimento de
cláusula convencional, buscando resguardar-se contra
a possibilidade de futura responsabilização, perante a
Justiça do Trabalho, pelos pagamentos devidos. O §
1.°, art. 71 da Lei n.° 8.666/93 deve ser
compreendido à luz do item IV do Enunciado do TST
n.° 331, que dispõe:
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COMENTÁRIO
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COMENTÁRIO
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CASO
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CASO
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COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não (vide ILC de fevereiro/2000,
pergunta n.° 7), pois que o inciso XXI, art. 37 da
CF/88 dispõe que somente serão permitidas
exigências indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações. O TCU, na Decisão n.° 523/97, de
20/08/97 (DOU de 01/09/97), determinou a
obrigatoriedade de a Administração Pública, para fins
de habilitação, ater-se ao rol dos documentos dos
arts. 28 a 31 da Lei n.° 8.666/93, não sendo
recomendável exigir nenhum outro documento que
não esteja ali elencado.
Por oportuno, o TCU entendeu que a habilitação e o
julgamento não cabem, aglutinados, unicamente na
fase de julgamento – vide instrução à Decisão n°
935/2000-TCU-Plenário, in DOU de 14/11/2000. Paulo Gomes ©
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CASO
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COMENTÁRIO
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CASO
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COMENTÁRIO
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ENAP 75
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, em face do contido na parte
final do § 3.º, art. 43 da Lei n.º 8.666/93. Deve a
Administração desclassificar todas as propostas (por
não atendimento às exigências editalícias), podendo
utilizar-se da faculdade prevista no § 3.° do art. 48
(com a redação da Lei n.° 9.648/98); caso contrário,
haverá declaração de fracasso da licitação (vide BLC
n.º 9/93, p. 390).
“Em licitação, a reabilitação de
concorrentes que juntaram os documentos faltantes
intempestivamente, após a decisão inabilitatória
irrecorida, é ilegal” (TJ/SP, in RT 638/193). Paulo Gomes ©
ENAP 76
CASO
Paulo Gomes ©
38
ENAP
COMENTÁRIO 77
ENAP 78
CASO
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39
ENAP 79
COMENTÁRIO
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ENAP 80
CASO
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40
ENAP 81
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, “essa assessoria, diga-se,
em nenhum momento substitui a comissão de
licitação; apenas lhe presta orientação e apoio,
sem que às suas conclusões esteja vinculada a
decisão desse órgão colegiado, salvo se lei
assim o determinar” (SANTOS, Aires Roberto
dos. Treinamento sobre licitações. Brasília:
Edição da Consultoria Jurídica do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, 1998, p. 4).
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ENAP 82
CASO
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41
ENAP 83
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
ENAP 84
CASO
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42
ENAP 85
COMENTÁRIO
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ENAP 86
CASO
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43
ENAP 87
COMENTÁRIO
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ENAP 88
CASO
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44
ENAP
COMENTÁRIO 89
ENAP
COMENTÁRIO 90
t ” i é l f it j ídi
45
ENAP 91
CASO
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ENAP 92
COMENTÁRIO
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46
COMENTÁRIO
ENAP 93
posterior
ENAP 94
CASO
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47
COMENTÁRIO
ENAP 95
COMENTÁRIO
ENAP 96
48
ENAP 97
CASO
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COMENTÁRIO
ENAP 98
49
ENAP 99
CASO
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ENAP 100
COMENTÁRIO
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50
ENAP 101
CASO
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ENAP 102
COMENTÁRIO
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51
ENAP 103
CASO
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ENAP 104
COMENTÁRIO
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52
ENAP 105
CASO
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ENAP 106
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “O órgão técnico de Assessoria
Jurídica pode, mediante determinação da
autoridade ou requerimento da comissão de
licitação, ser provocado a se pronunciar em
relação aos atos da licitação, não se
restringindo à mera aprovação do edital ou
minuta do contrato” (ILC de julho/2001, p.
595).
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53
ENAP 107
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 108
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ENAP 109
CASO
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COMENTÁRIO
ENAP 110
55
ENAP 111
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 112
56
ENAP 113
CASO
• É recomendável a presença de um
representante da empresa,
devidamente identificado, durante todo
o pregão (que não um pregão
eletrônico)?
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ENAP 114
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim (é recomendável, mas não
obrigatório na forma da lei), devendo estar previsto
em edital. “Uma das peculiaridades que envolvem
essa nova modalidade licitatória é o dever de o
licitante fazer-se representado. Nesse compasso,
entendemos ser condição essencial para a aceitação
da proposta e sua posterior análise que o licitante se
faça representar pessoalmente e, ainda, que
comprove os poderes para agir, seja por meio do ato
constitutivo, tratando-se de sócio-gerente, seja
através de procuração, tratando-se de representante
nomeado para tanto” (ILC de agosto/2000 e BLC de
julho/2001, p. 453).
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57
ENAP 115
CASO
• Num pregão, na hipótese de só acudir um
interessado, ou seja, apenas uma proposta
de preços, há necessidade de revogação do
certame?
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COMENTÁRIO
ENAP 116
58
COMENTÁRIO
ENAP 117
ENAP 118
CASO
• É possível, no pregão, o oferecimento de lances
verbais de pelo menos três proponentes cujas
propostas escritas situaram-se entre a de
menor preço e de 10% acima da primeira,
conforme inc. VIII, art. 4.° da Lei n.°
10.520/02. Diversamente, num pregão em que
foram apresentadas as seguintes propostas
escritas: P1=$10; P2=$12; P3=$15 e P4=$18;
quais as empresas que poderão ofertar lances
verbais?
Paulo Gomes ©
59
ENAP 119
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Considerando a
impossibilidade de obtenção de 3 ofertantes
(situados no intervalo entre a menor proposta
escrita e 10% a mais), poderão ofertar lances
verbais as empresas autoras das 3 melhores
propostas - independentemente de estarem
inicialmente ou não inseridas naquele intervalo
- quais sejam: P1=$10; P2=$12 e P3=$15.
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ENAP 120
CASO
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60
COMENTÁRIO
ENAP 121
ENAP 122
CASO
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ENAP 123
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Nada [:)], pelo inc. X, art. 1.° do
Decreto n.° 3.693, de 20/12/00 (que alterou a
redação do inc. X, art. 11 do Decreto n.° 3.555/00),“a
desistência em apresentar lance verbal, quando
convocado pelo pregoeiro, implicará a exclusão do
licitante da etapa de lances verbais e na manutenção
do último preço apresentado pelo licitante, para efeito
de ordenação das propostas” (vide ILC de abril/2001).
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ENAP 124
CASO
Paulo Gomes ©
62
ENAP 125
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, em princípio. No pregão
(ato contínuo submetido a rito próprio), os
licitantes não podem desistir de suas propostas.
“Para que a questão não suscite discussões,
diante da ocorrência de casos concretos, a
melhor opção é discipliná-la no edital, (…)
tendo-se em vista que a Medida Provisória (Lei
n.° 10.520/02) não regula a questão”
(desistência), conforme orientação do ILC de
mar/2002, páginas 215 a 217.
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ENAP 126
CASO
• A Lei n.° 10.520/2002, que dispõe
sobre o pregão, fixa, no inciso XVIII do
art. 4º, o prazo de três dias para a
interposição de recurso. Já o Decreto
Federal n.º 3.555, que regulamenta a
referida lei, estabelece o prazo de três
dias úteis. Em face da contradição, o
prazo de recurso deve ser considerado
em dia útil ou dia corrido?
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63
COMENTÁRIO
ENAP 127
ENAP 128
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - A própria Lei n.° 10.406, de
10/01/2002, que institui o novo Código Civil (a vigorar
a partir de 11/01/2003), no seu art. 132, § 1.°, que:
“Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-
se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil”.
• A Equipe de instrutores sugere, portanto, para evitar
problemas futuro à repartição, que o edital do pregão,
ao dispor sobre os 3 dias quanto à interposição de
recurso, não se refira, apenas, ao inc. XVIII, art. 4.°
da Lei n.° 10.520, de 17/07/2002, mas que cite,
também, os dispositivos do Código Civil e do CPC,
além do parágrafo único, art. 110 da Lei n.° 8.666/93.
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64
ENAP 129
CASO
• Em face da necessidade de representação na
sessão do pregão, como devem ser
demonstrados os poderes para a atuação no
certame?
Paulo Gomes ©
ENAP 130
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “Tal demonstração poderá se dar por meio
do ato constitutivo, tratando-se de sócio-gerente, ou através
de procuração, tratando-se de representante nomeado para
tanto. Impende ressaltar que, quando a representação se
fizer por instrumento de mandato (procuração), este deverá
vir acompanhado do contrato social, por certo com a última
alteração, a fim de assegurar que o mandante (aquele que
outorgou a procuração) detém poderes para tanto. E mais,
que tal procuração deverá conter, além dos poderes gerais
para atuar no certame, poderes específicos para ofertar
lances e para a manifestação da intenção de interpor
recurso” (ILC de abril de 2001).
Impõe-se à Administração, o dever de, ao elaborar o edital
do pregão, disciplinar tal matéria, explicitando no
instrumento convocatório a necessidade da comprovada
representação (preferencialmente como condição para a
admissibilidade das propostas), para atuar no pregão. Paulo Gomes ©
65
ENAP 131
CASO
• Na hipótese de serem inabilitadas todas as
empresas que participaram da etapa dos
lances verbais; como deve proceder o
pregoeiro?
Paulo Gomes ©
ENAP 132
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Nesse caso, restará ao pregoeiro
convocar a empresa que tenha apresentado a
proposta escrita melhor classificada (que não tenha
dado lance verbal) “e tentar negociar um preço
melhor” (BLC de março/2001, p. 211; ver, também,
§§ 8° e 9°, art. 24 do Decreto n° 5.450, de
31.05.2005) . Sobre as atribuições do pregoeiro, é
interessante a leitura do ILC de dez/2001, páginas
1.036 e 1.037.
¾ Outra saída (recomendável na hipótese de o 4.°
colocado, nas propostas escritas, já ter se ausentado):
o art. 48, § 3° da Lei n.° 8.666/93, combinado com o
art. 9.° da Lei n.° 10.520, de 17/07/2002. Paulo Gomes ©
66
ENAP 133
CASO
Quais são as regras básicas do BIRD em
aquisições de bens, de contratação de obras civis
ou de seleção de consultores?
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COMENTÁRIO
ENAP 134
67
ENAP 135
COMENTÁRIO
Resposta (continuação) – b) NCB (National Competitive
Bidding, ou concorrência pública nacional, de âmbito
internacional) – se algum fornecedor estrangeiro quiser
participar, poderá fazê-lo. A única diferença marcante com
relação à ICB é quanto à divulgação (em jornais nacionais). O
idioma nacional é aceitável, as preferências não são aceitáveis
e o prazo para preparar ofertas não é menor do que 30 dias;
c) Shopping (comparação de preços) – para comprar em 10 a
15 dias; compras pequenas; comissão de avaliação; pode-se
variar em até 15% (excepcionalmente; sem aval do Banco;
semelhante ao § 1.°, art. 65 da Lei n.° 8.666/93); no mínimo
3 propostas escritas (fax é aceitável); não há habilitação; não
se pode falar de marca; deve-se definir quantidade dos bens,
prazo e lugar de entrega dos mesmos.
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 136
68
CASO
ENAP 137
ENAP 138
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, visto que foi a vencedora da
licitação que atendeu todas as exigências do processo
licitatório, e não a filial que se pretende entregue o
material e emita a nota fiscal. É inarredável o requisito
legal de regularidade da empresa fornecedora quando
de seu relacionamento comercial com a
Administração. De outra forma, o procedimento
pretendido constituiria um artifício para burlar as
legislações que regem a matéria. Ademais, esta nota
fiscal emitida por filial, não adjudicada em certame
licitatório, não tem amparo legal na licitação, o que
tornaria impossível a “liquidação da despesa”
(orientação da SFC, em atendimento à
mensagem/COMUNICA/n.° 754441, da CCI-TRE/MG).
Paulo Gomes ©
69
ENAP 139
CASO
• Na hipótese de uma pequena empresa
subcontratar outra empresa, conforme
permissão prévia no edital, de qual das duas
deverá o órgão/entidade público(a) exigir a
documentação relativa à regularidade com o
INSS? Ou as duas deverão fazê-lo?
Paulo Gomes ©
ENAP 140
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não há dúvidas de que a
documentação do contratado (relativa à regularidade
com o INSS) deverá ser exigida; todavia, faz-se
necessária cláusula no instrumento de contrato
exigindo idêntica comprovação por parte do(s)
subcontratado(s). No caso de ser permitida a
subcontratação de parte da obra, serviço ou
fornecimento, entende o TCU que deva ser observada
a regularidade da subcontratada, visando prevenir a
ocorrência de prejuízos para a Administração, no
cumprimento do objeto contratado (Decisão n.º
226/2000 – TCU-Plenário, in D.O.U. de 25.04.2000).
Paulo Gomes ©
70
ENAP 141
CASO
• É possível o instituto civilista da sub-rogação
num contrato administrativo?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 142
71
ENAP 143
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 144
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, pois o não pagamento, neste caso,
poder-se-ia configurar enriquecimento ilícito (sem causa) por
parte da Administração, já que esta teve o serviço para ela
executado, sem por este efetuar a devida contraprestação.
Há que se fazer uma analogia com o § único do art. 59 da
Lei n.° 8.666/93. Após procedido o pagamento requerido, o
contrato deve ser rescindido e adotadas as providências de
regularização da situação que possibilitem a recontratação
(mensagens/SFC/nrs. 826811, 826974 e 826948). Registre-
se o art. 964 do CC, qual seja: “todo aquele que recebeu o
que não lhe era devido fica obrigado a restituir” (vide, ainda,
item 2 do Acórdão/TJ-DF/n.° 129861, de 14/06/00, in DJU 3,
27/09/00, p. 6: “Se, conquanto encerrado o prazo de
vigência do contrato (…) procede o pedido de
reconhecimento e declaração da existência da respectiva
relação jurídica, que nada mais é do que apenas o
reconhecimento de uma situação de fato existente”).
Paulo Gomes ©
72
ENAP 145
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO (continuação…) – Todavia, há que se trazer
ao debate: a) Decisão n.° 705/94/TCU-Plenário, a qual
afirmou que as condições de habilitação deverão ser
mantidas durante todo o prazo de vigência do instrumento
de contrato, no mesmo diapasão § 10, art. 30 e do inc.
XIII, art. 55 da Lei n.° 8.666/93, e do inc. I, § 1.°, art. 1.°
do Decreto n.° 3.722/01, na redação do Decreto n.°
4.485/02; b) Decisão n.° 377/97/TCU-Plenário, onde o
TCU afirma que “nos contratos de execução continuada ou
parcelada, a cada pagamento efetivado pela Administração
contratante, há que existir a prévia verificação da
regularidade da contratada com o sistema da seguridade
social, sob pena de violação do disposto no § 3.° do art.
195 da Constituição Federal” (vide, ainda, ILC de
dez/2001, p. 1.032); c) é obrigatória a consulta prévia ao
CADIN para a celebração de contratos administrativos, cf.
inc. III, art. 6.° da Lei n.° 10.522, de 19/07/2002. Paulo Gomes ©
ENAP 146
CASO
– Pode-se contratar serviços de informática a serem
prestados por fundação de apoio (instalação de
redes, organização de dados...) com base no inciso
XIII, art. 24 da Lei n° 8.666/93 (dispensa de
licitação)?
Paulo Gomes ©
73
ENAP 147
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, conforme entendimento do
Tribunal de Contas da União na Decisão n.° 252/1999-
TCU-Plenário e na Decisão n.° 968/2001-TCU-Plenário.
ENAP 148
CASO
• A assinatura de periódicos jurídicos se
configura em hipótese de inexigibilidade de
licitação?
Paulo Gomes ©
74
ENAP
COMENTÁRIO
149
ENAP 150
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO (continuação) - O objeto singular muitas das
vezes pode ser ofertado por mais de uma pessoa, impondo-se,
nesse caso, processo seletivo. O pluralismo de idéias - previsto
no art. 206, III da CF - é alvo a ser buscado pelo agente
administrativo. Em existindo comprovada exclusividade de
fornecedor (editora), o respaldo legal será o inc. I do art. 25
(“vide” BLC n.° 1, jan/96, p. 25 a 27).
Lembre-se que há necessidade de demonstrar que só o bem
pretendido atende à Administração (vide Decisão n° 756/2001-
TCU-Plenário).
O Tribunal de Contas da União não aceitou a alegação de
exclusividade de fornecedor baseada em documento de
empresa privada, não previsto na legislação (item 9.6.2,
Acórdão nº 723/2005-TCU-Plenário, DOU de 20.06.2005, S. 1,
p. 137).
Paulo Gomes ©
75
ENAP 151
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 152
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - A norma foi omissa neste particular,
ficando a critério do órgão/entidade licitante
estabelecer tal prazo, não se esquecendo do prazo de
validade das propostas. Neste caso, e considerando os
termos do art. 110, além da desistência de recursos, a
sessão em que se realizará o sorteio poderá, por
exemplo, ser marcada no dia seguinte ao da
convocação; sendo a presença dos licitantes
facultativa; ou seja, a Administração está obrigada a
convocar, mas os licitantes não estão obrigados a
comparecer. “O sorteio poderá ser realizado
independentemente do comparecimento dos
licitantes” (BLC n.° 1, de jan/96, p. 30).
Paulo Gomes ©
76
ENAP 153
CASO
• No tocante à qualificação econômico-
financeira, as empresas optantes pelo
“Simples” (Sistema Integrado de Pagamento
de Impostos e Contribuições) estão
dispensadas de apresentar balanço
patrimonial, conforme previsto no inc. I, art.
31 da Lei n.° 8.666/93?
Paulo Gomes ©
ENAP 154
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Primeiramente, há que se lembrar
que a Lei n.° 9.317, de 05/12/96, que instituiu o
“Simples”, dispensou as pessoas jurídicas de
pequeno porte e as microempresas de manter uma
escrituração contábil completa tão-somente para
efeitos fiscais, não se estendendo às legislações
comercial e previdenciária, por exemplo. “Assim,
ficam as empresas optantes pelo ‘Simples’ obrigadas
a escriturar apenas o Livro Caixa e o Livro de
Registro de Inventários.”
Logo, nada obsta a exigência da documentação do
inc. I, art. 31 da Lei n.° 8.666/93 das empresas
optantes pelo “Simples” (vide BLC n.° 10, de
out/2001, p. 649). Paulo Gomes ©
77
ENAP 155
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 156
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Em que pese o parágrafo único
do art. 38 assim o exigir; os jurisconsultos tem
afirmado que “a falta desse pronunciamento não
enseja, por si só, a nulidade do edital e do
respectivo procedimento,(...) seu descumprimento
apenas enseja responsabilidade administrativa de
quem lhe deu causa” (in BLC n.° 02, fev/96, p.
102). Se, dessa violação, também decorrer dano
por força de anulação futura do procedimento, o
seu causador deve responder civilmente,
indenizando todos os prejuízos sofridos pelos
prejudicados.
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78
ENAP 157
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 158
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ENAP 159
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 160
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Utilizando-se da preocupação do
Egrégio Tribunal de Contas da União, explicitada na
sua Súmula de n.° 190, seria de bom alvitre a
existência, na Prefeitura de Doutor Pedrinho-SC, da
manualização dos procedimentos licitatórios e
contratuais, com modelos ou padrões aprovados pelo
Exm.º(.ª) Senhor(a) Prefeito(a) ou autoridade
municipal delegada, desde que previamente
submetido o assunto à consideração de profissional do
Direito (vide, a título de exemplificação, manuais
existentes no Ministério da Agricultura e do
Abastecimento).
Paulo Gomes ©
80
ENAP 161
CASO
• Após o recebimento dos envelopes-documentação há
necessidade de seus conteúdos serem examinados na
mesma sessão pública em que foram entregues à
comissão?
Paulo Gomes ©
ENAP 162
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
81
ENAP 163
CASO
• Diante de um acréscimo de 25% (§ 1.° do art. 65)
num contrato qualquer, poderia o valor contratual
extrapolar o limite relativo à modalidade de licitação
adotada originalmente?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 164
82
ENAP 165
CASO
• Nos trabalhos preparatórios à realização de um
convite, a Administração estimou um preço para o
objeto que situou-se um pouco abaixo do limite
superior da modalidade convite; oportunamente, com
a abertura dos envelopes (contendo os preços), todas
as propostas situaram-se um pouco acima do limite
inferior da modalidade “tomada de preços”. Pode-se
prosseguir os trabalhos?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 166
Paulo Gomes ©
83
ENAP 167
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 168
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, conforme o “caput” do
art. 40. Se a intenção do legislador tivesse sido
para que houvesse a marcação de uma única
data para esses dois eventos, haveria
disposição expressa na lei neste sentido. Cabe
à Administração optar; o que a Lei impõe é que
haja no instrumento convocatório previsão
designando a data ou datas em que serão
recebidos e abertos os envelopes (vide BLC n.°
11, de nov/95, p. 575).
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84
ENAP 169
CASO
• Na habilitação, é permitida a apresentação
de ART (Anotações de Responsabilidade
Técnica; Lei n.° 6.496/77) do engenheiro
contratado (responsável técnico) em nome de
outra empresa, para fins do disposto no inc.
I, § 1.° do art. 30?
Paulo Gomes ©
ENAP 170
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “Não constitui óbice legal a apresentação,
pela empresa licitante, de atestado de responsável
técnico (ART) por obra executada anteriormente à sua
contratação, desde que o referido responsável técnico
integre o atual quadro permanente da licitante (ver
Decisão/TCU/n.° 166/97, processo n.° TC-003.539/96-2,
in DOU de 22/04/97); poderá ser habilitada a empresa” (in
BLC n.° 10, out/95, p. 510); em caso de dúvida, acionar o
“agente 43-§3.°”. Os Tribunais de Contas têm aceito a
formalização de contrato particular entre o Engenheiro e a
empreiteira, podendo o mesmo ser firmado até o
momento da licitação (“engenheiro de porta de licitação”),
à luz do art. 4.° da Resolução/CREA/n.° 317, de 31/10/86.
Atenção: o responsável técnico, imediatamente após a
assinatura do contrato, não pode abandonar o mister,
salvo motivo justificado aceito pela Administração.
Paulo Gomes ©
85
ENAP 171
CASO
• Na habilitação, é possível a apresentação de
ART (Anotações de Responsabilidade Técnica;
Lei n.° 6.496/77) de um engenheiro
contratado (como responsável técnico) por
duas empresas licitantes?
Paulo Gomes ©
ENAP 172
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
86
ENAP 173
CASO
• Em que se constitui o “acervo técnico” da
pessoa jurídica (empreiteira, por exemplo)?
Paulo Gomes ©
ENAP 174
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Segundo o art. 4.° da
Resolução/CREA/n.° 317, de 31/10/86, que dispõe
sobre Registro de Acervo Técnico dos Profissionais de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o acervo
técnico das pessoas jurídicas é representado pelos
acervos técnicos dos profissionais do seu quadro e
seus consultores técnicos devidamente contratados.
Logo, o acervo técnico de uma firma de engenharia
variará em decorrência de alterações havidas no seu
quadro profissional.
Paulo Gomes ©
87
ENAP 175
CASO
• Em licitação que se objetive a contratação de
obras e serviços de engenharia, o Atestado
de Responsabilidade Técnica (ART) fornecido
pelo CREA é suficiente para demonstrar a
capacitação técnico-profissional?
Paulo Gomes ©
ENAP 176
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim; vide ILC n.° 29, de julho/96, p.
519.
Paulo Gomes ©
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ENAP 177
CASO
• O Engenheiro, na condição de Responsável
Técnico de obra, tem que manter residência
no local onde a mesma está sendo realizada?
Paulo Gomes ©
ENAP 178
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Depende do CREA local, segundo o
art. 61 da Lei n.° 5.194/66 e Decisão
Normativa/CONFEA/ n.° 008, de 30/06/83. “A pessoa
jurídica que requer registro em qualquer Conselho
Regional deve apresentar Responsável Técnico que
mantenha residência em local que, a critério do CREA,
torne praticável a sua participação efetiva nas
atividades que a pessoa jurídica pretenda exercer na
jurisdição do respectivo órgão regional”.
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89
ENAP 179
CASO
• Os orçamentos de obras e de serviços de
engenharia, apresentados pelas empresas
licitantes, devem ser assinados por
Engenheiro?
Paulo Gomes ©
ENAP 180
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, conforme art. 14 da Lei n.°
5.194/66, de 24/12/66, que regula o exercício da
profissão de Engenheiro (vide também ILC n.° 51, de
maio/98, p. 480).
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ENAP 181
CASO
• Numa licitação para levantamentos
topográficos, batimétricos, geodésicos e
aerofotogramétricos poderia figurar, como
responsável técnico de uma empresa
interessada, um engenheiro de minas (que
não necesseriamente de MG)?
Paulo Gomes ©
ENAP 182
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, conforme artigos 4.° e 6.° da
Resolução/CONFEA/n.° 218, de 29/06/1973 (in Diário
Oficial de 31/07/1973, que discrimina as atividades das
diferentes modalidades profissionais da Engenharia,
Arquitetura e Agronomia), os quais atribuem tais
competências aos engenheiros agrimensor, cartográfico,
de geodésia e topografia ou ao engenheiro geógrafo.
Diante disso, a empresa deverá ser inabilitada na licitação
sob exame.
A indicação de responsável técnico deve ater-se a
profissional cujas atribuições se coadunam com normas de
órgão de fiscalização profissional (vide, a título de
ilustração, Decisão n° 349/2000-TCU-Plenário).
Sobre dúvidas acerca da responsabilidade técnica
(engenheiro ou arquiteto?), ler Decisão n° 841/99-TCU-
Plenário. Paulo Gomes ©
91
ENAP 183
CASO
• Relativamente à qualificação econômico-
financeira, para fins de habilitação, é permitida
a exigência editalícia de que o capital mínimo
social integralizado tenha sido registrado na
Junta Comercial antes da publicação do ato
convocatório?
ENAP 184
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO – Pode-se exigi-lo integralizado, apenas;
apesar de Marcal Justen Filho asseverar que “o direito da
sociedade relativamente ao capital apenas subscrito e não
integralizado equivale a um direito de crédito” (em
Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos,
5.ª ed., São Paulo, Dialética, 1998, p. 234). Todavia, “uma
vez exigida a integralização do capital, não parece possível a
exigência de que o capital social integralizado esteja
registrado na Junta Comercial antes da publicação do edital,
sob pena de restringir o caráter competitivo da licitação. O
que importa, para a Administração, é sua integralização no
ato da abertura do certame” (BLC n.° 5/2002, páginas 337 e
338).
Nos serviços continuados, a exigência de capital mínimo
(ou patrimônio mínimo) dar-se-á apenas relativamente à
primeiro vigência (exclusive as prorrogações), conforme item
8.2.2 da Decisão n° 503/2000-TCU-Plenário.
Paulo Gomes ©
92
ENAP 185
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO – Deve-se atentar para as disposições
contidas no art. 31, § 2°, da Lei n° 8.666, de 1993,
com alterações, de forma a não exigir,
simultaneamente, nos instrumentos convocatórios
de licitações, requisitos de capital social mínimo e
garantias para a comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes (Decisão n°
1.521/2002-TCU-Plenário). A Administração pode
exigir comprovação de capital mínimo ou de
patrimônio líquido mínimo, ou as garantias legais
previstas na Lei n° 8.666/93, estabelecidas em
edital; percebe-se, portanto, que essas exigências
não podem ser cumulativas. Paulo Gomes ©
ENAP 186
CASO
Paulo Gomes ©
93
COMENTÁRIO
ENAP 187
ENAP 188
CASO
Paulo Gomes ©
94
COMENTÁRIO
ENAP 189
ENAP 190
CASO
Paulo Gomes ©
95
ENAP 191
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “Diante dessa realidade, restará à
Administração tão-somente a possibilidade de
consultar os demais licitantes, observada
rigorosamente a ordem de classificação, para verificar
se algum deles concorda em celebrar o contrato nas
mesmas condições da proposta vencedora. Caso
nenhum licitante aceite, novo certame licitatório
deverá ser realizado” (BLC n.° 8, de ago/95, p. 412).
Paulo Gomes ©
ENAP 192
CASO
Paulo Gomes ©
96
COMENTÁRIO
ENAP 193
ENAP 194
CASO
Paulo Gomes ©
97
COMENTÁRIO
ENAP 195
ENAP 196
CASO
Paulo Gomes ©
98
COMENTÁRIO
ENAP 197
COMENTÁRIO
ENAP 198
Paulo Gomes ©
99
ENAP 199
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO
200
100
ENAP 201
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO
202
101
ENAP 203
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 204
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - A Lei n.° 8.666/93 não regulou
a representação dos licitantes por terceiros na
execução de atos da licitação; logo, pode-se
afirmar que se aplica o Código Civil, no sentido
da possibilidade de os licitantes fazerem-se
representar por meio do regime jurídico do
mandato e da procuração. Todavia, impõem-se
cuidados redobrados (inclusive no instrumento
convocatório) para evitar a representação de
diversos licitantes por uma mesma pessoa,
dado o risco da produção de resultados lesivos
ao interesse público (conluio). Paulo Gomes ©
102
ENAP 205
CASO
• O Sr. Olar Ápio, sócio da empresa Irmãos
Metralha Cia. Ltda., após ter cometido
irregularidades em entrega de material à
Prefeitura de Canastrão-MG, pode eximir-se de
responsabilidades junto ao Tribunal de Contas
(multa, ressarcimento de prejuízos causados…)
desconstituindo aquela pessoa jurídica (falência
induzida)? [:(]
Paulo Gomes ©
ENAP 206
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não; o remédio jurídico adequado
seria a aplicação da teoria da desconsideração da
personalidade jurídica, que permite que não mais
se considerem os efeitos da personificação ou da
autonomia jurídica da sociedade para atingir e
vincular a responsabilidade dos sócios, com
objetivo de impedir a consumação de fraudes e
abusos de direito, cometidos por meio de
personalidade jurídica, que causem prejuízos ou
danos a terceiros, conforme Decisão n.° 222-TCU-
2.ª C, in DOU de 03/07/2000, S. 1, p. 50.
Paulo Gomes ©
103
ENAP 207
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 208
104
ENAP 209
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 210
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - A priori não, por força do § 2.° do
art. 41; todavia, quando verificada a ilegalidade, a
Administração, longe de razões de oportunidade e
conveniência, tem o poder-dever de anular todos os
feitos (princípio da autotutela dos atos
administrativos), segundo preceitua o art. 49 da Lei
n.° 8.666/93 e a Súmula/STF/n.° 473; sem embargos
à possibilidade de representação, nem da ação, dos
Controles Interno e Externo, visando a anulação da
cláusula ou do certame (vide BLC n.° 4/99, p. 212, e
ILC n.° 36, de fev./97). Há que se trazer à lembrança:
a) a pena de condescendência criminosa (art. 320 do
Código Penal), caso a Administração não determine a
apuração da alegada irregularidade; e b) o direito de
ampla defesa (art. 5.°, LV, da CF/88). Paulo Gomes ©
105
ENAP 211
CASO
• É possível aceitar propostas alternativas, ou
seja, o mesmo interessado apresentar várias
marcas de equipamento, cada qual com o seu
preço?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 212
106
ENAP 213
CASO
• É possível aproveitar uma licitação (já
realizada pela prefeitura) para solicitar de
determinado contratado “idôneo” a prestação
de um “pequeno serviço”, não previsto
originariamente no contrato administrativo?
Paulo Gomes ©
ENAP 214
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, conforme entendimento do Tribunal de Contas
da União no item 8.2.1 da Decisão n° 518/99-TCU-Plenário.
O Tribunal de Contas da União determinou à Petroquisa que
abstenha-se de firmar contrato com objeto amplo e indefinido, do
tipo "guarda-chuva", em observância aos termos do art. 54, § 1º, da
Lei nº 8.666/93 (item 9.2.3, Acórdão nº 717/2005-TCU-Plenário,
DOU de 20.06.2005, S. 1, p. 122); além disso, o Controle Externo
determinou à mesma Petroquisa que deixasse de firmar contratos por
prazo indeterminado, em observância dos termos dos arts. 55, IV, e
57, § 3º, da Lei nº 8.666/1993 (item 9.2.8, Acórdão nº 717/2005-
TCU-Plenário, DOU de 20.06.2005, S. 1, p. 122).
O Tribunal de Contas da União reforçou a necessidade da definição
clara e precisa dos serviços objeto da licitação, evitando descrições
genéricas e imprecisas, de modo a fazer com que cada serviço a ser
contratado seja precisamente definido em termos descritivos de sua
unidade de medida, da quantidade prevista, dos locais de realização
e, se for o caso, também em termos dos materiais a serem
fornecidos junto com o serviço (item 7.1.2 do Acórdão nº 653/2005-
TCU-2a Câmara, TC-009.545/2004-3, D.O.U. de 13.05.2005, S. 1, p.
83).
Paulo Gomes ©
107
ENAP 215
CASO
• É possível fixar no instrumento convocatório
(edital de concorrência) cláusula exigindo que
as empresas licitantes sejam fabricantes dos
bens de interesse da Administração?
Paulo Gomes ©
ENAP 216
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois pode prejudicar a
Administração na obtenção de proposta mais
vantajosa, além de prejudicar o livre exercício
do comércio (vide TFR, in RDA 166/114).
O Tribunal de Contas da União entendeu que
a exigência editalícia de que os suprimentos
sejam produzidos pelo mesmo fabricante do
equipamento impressor é ilegal, com
infringência aos arts. 3º, § 1º, I e 15, § 7º, I
da Lei nº 8.666/93 (item 9.2 do Acórdão nº
520/2005-TCU-Plenário, DOU de 12.05.2005,
S. 1, p. 94).
Paulo Gomes ©
108
ENAP 217
CASO
• É possível fixar no instrumento convocatório
(edital) cláusula definindo que a contratação dar-
se-á apenas com pessoa jurídica, negando acesso
àquelas pessoas físicas legalmente habilitadas
[favor considerar que a Administração disponha de
dotações suficientes, relativamente ao objeto de
gasto, nos elementos de despesa 39 (Outros
Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica) e 36
(Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física)] ?
Paulo Gomes ©
ENAP 218
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
109
ENAP 219
CASO
• Diante da falência ou inadimplemento do
contratado (incs. I ou IX do art. 78) e tendo
em vista o fato de uma nova licitação
demandar tempo e dinheiro, para obras
muitas vezes atrasadas, pode-se dispensá-la
com base no inc. XI do art. 24?
Paulo Gomes ©
ENAP 220
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, mas a Administração não é
obrigada a decidir-se pela solução prevista no inc. XI
do art. 24. Poder-se-á realizar nova licitação, inclusive
no caso de nenhum dos demais licitantes se dispuser
a contratar a execução do remanescente nas
condições ofertadas pelo licitante vencedor (“vide”
BLC nr. 2/94, p.87). Jessé Torres advoga ser melhor :
a) rescisão do contrato por inexecução, total ou
parcial (arts. 78 e 79); b) convocação ordenada das
empresas que participaram da licitação e, c) execução
do remanescente nas mesmas condições do contrato
inadimplido (p. 160).
Paulo Gomes ©
110
ENAP 221
CASO
• A ratificação, sob os cuidados da “autoridade superior”
(art. 26 da Lei n.° 8.666/93), é passível de delegação
de competência?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 222
111
ENAP 223
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 224
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - No âmbito do Poder Executivo Federal
(Sistema de Serviços Gerais), o superfaturamento estaria
configurado quando o preço cotado for superior a 20% do
maior preço praticado pelos órgãos e entidades integrantes do
Sistema de Serviços Gerais-SISG (registrado no
COMPRASNET/SIASG, módulo SIREP; vide IN/SLTI/n.° 1, de
08/08/2002, in DOU de 09/08/2002), no trimestre
imediatamente anterior ao da aquisição, no respectivo Estado
da Federação (Pará), conforme inciso V, art. 15 da Lei n.°
8.666/93; Decreto Federal n.° 1.094, de 23/03/1994; e o art.
3.° da IN/SEAP/MOG/n.° 04/99, de 08/04/99 (in DOU de
09/04/99), todavia esta Instrução Normativa foi revogada pelo
art. 11 da IN/SLTI/MPOG/n° 1, de 08.08.2002 (in DOU de
09.08.2002).
• No pregão eletrônico, após a etapa de lances, o pregoeiro
examinará a proposta ganhadora quanto à compatibilidade do
preço em relação ao estimado para a contratação (art. 25 do
Decreto n° 5.450, de 31.05.2005).
Paulo Gomes ©
112
ENAP 225
CASO
• Qual o novo significado da inexeqüibilidade
econômico-financeira da proposta, no caso de
licitação para obra e serviços de engenharia,
desenhada no corpo da Lei n.° 9.648/98, que
alterou o § 1.°, art. 48 da Lei n.° 8.666/93?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 226
113
ENAP 227
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO (cont.) - Numa simulação em que o valor orçado
pela Prefeitura de Passa e Fica-RN, para a execução de obra ou
serviço de engenharia, venha a ser de $ 100; e as propostas,
p1= $ 55, p2= $ 49, p3= $ 39, p4= $ 95 e p5= $ 105,
processa-se o seguinte exercício:
→ a) encontra-se a média aritmética das propostas cujos valores
forem superiores a 50% do valor orçado pela prefeitura
[(55+95+105)/3]=85;
→ b) em seguida, compara-se a média aritmética das propostas
($ 85) com o valor orçado pela Administração ($ 100),
apurando-se o menor;
→ c) por fim, faz-se incidir 70% sobre os $ 85 (valor menor que
o orçado pela Prefeitura de Passa e Fica-RN), achando-se a
importância de $ 59,50, que representa o menor limite de
exeqüibilidade de uma proposta, no caso dessa licitação
hipotética.
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 228
114
ENAP 229
CASO
• Na contratação de obras públicas, o que
significa a sigla BDI, utilizada no orçamento
detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os custos unitários nos
casos de obras?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 230
115
COMENTÁRIO
ENAP 231
ENAP 232
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Logo, BDI é o somatório das
despesas com materiais, pessoal e encargos diversos,
necessários à administração e ao controle da
execução de uma obra, acrescido das despesas
financeiras, riscos e imprevistos, lucro líquido e
impostos; é, portanto, um percentual que, aplicado
sobre o custo da obra, eleva-o ao preço final dos
serviços, gerando o preço de venda. O BDI, por seu
turno, divide-se em despesas indiretas (custos da
administração central, os eventuais, o custo financeiro
e os impostos) e benefícios (lucro bruto da empresa
contratada).
¾ Exemplo 1: no cálculo para BDI no item serviços,
vejamos os valores máximos permissíveis para:
…
Paulo Gomes ©
116
COMENTÁRIO
ENAP 233
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 234
117
ENAP 235
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - O Tribunal de Contas da União determinou à
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa do Distrito
Federal que explicite, quando da elaboração das planilhas de
referência para suas contratações, a composição do BDI (entre
materiais e serviços) que está sendo utilizada na formação dos
preços e exija que os licitantes façam o mesmo em relação às
suas propostas (item 2.1.2, TC-005.570/2005-6, Acórdão nº
1.046/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 13.06.2005, S. 1, p. 96. ).
• A Corte de Contas determinou, ainda, à Secretaria de Estado de
Segurança Pública e Defesa do Distrito Federal que, quando da
execução de obras públicas, apenas autorizasse a
implementação de serviços cujos custos unitários de materiais e
mão-de-obra estivessem superiores à mediana daqueles
constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil (SINAPI) em situações especiais,
devidamente justificadas em relatório técnico circunstanciado
(item 2.1.3, TC-005.570/2005-6, Acórdão nº 1.046/2005-TCU-
1ª Câmara, DOU de 13.06.2005, S. 1, p. 96).
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 236
Paulo Gomes ©
118
ENAP 237
CASO
• Numa licitação pública, pode a Administração
aceitar oferta gratuita, no todo ou em parte?
Paulo Gomes ©
ENAP 238
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - O saudoso autor do Decreto-lei n.°
2.300/86 asseverou que “é discutível a legalidade da
oferta gratuita, no todo ou em parte, porque, salvo
motivação relevante, pressupõe a existência de
interesses escusos, a que o princípio da moralidade
administrativa se opõe veementemente” (Hely Lopes
Meirelles, in “Estudos e Pareceres de Direito Público”,
RT, São Paulo, vol. 3, página 95). Em tempo, há que
se falar na incompatibilidade do que dispõe a parte
final do § 3.°, art. 44 vis-à-vis o § 1.°, art. 48 da Lei
n.° 8.666/93, no que pertine a inexeqüibilidade em
licitações de menor preço para obras e serviços de
engenharia. Paulo Gomes ©
119
ENAP 239
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 240
120
ENAP 241
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 242
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, todavia não há liberação das
responsabilidades legais (solidez e segurança; ética
profissional - plágio, usurpação e alteração do
projeto). Pela solidez e segurança da obra,
responderá durante 5 anos do recebimento
definitivo. O direito de responsabilizar o contratado
prescreve em 10 anos, mas da data do
aparecimento do vício ou defeito.
O Tribunal de Contas da União determinou a uma
prefeitura municipal que evitasse a contratação de
serviços/obras de engenharia de má qualidade e
baixo padrão construtivo (item 9.2.1, Acórdão nº
1.082/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 13.06.2005,
S. 1, p. 121).
Paulo Gomes ©
121
ENAP 243
CASO
• É recomendável a nomeação de
suplentes na Comissão Permanente de
Licitação?
Paulo Gomes ©
ENAP 244
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, é recomendável, pois a falta de
um de seus membros, como adverte Diógenes
Gasparini, impede a realização dos atos de
responsabilidade da Comissão, salvo quando
convocado suplente; devendo os trabalhos ser adiados
se não existir suplente para a substituição (BLC n.°
4/94, p. 172). Sem a presença de todos os membros,
como viabilizar-se o contido no § 3.° do art. 51?
Em tempo, há que se mencionar que “a instituição
da Comissão Permanente de Licitação é obrigatória,
não constituindo ato discricionário da Administração”
(BLC n.° 1/2002, p. 61).
Paulo Gomes ©
122
ENAP 245
CASO
• Após afastamento temporário (motivo de doença)
de um integrante efetivo da CPL, ele se recusa a
participar do julgamento das propostas, alegando
que seu suplente cometera erro quando da
habilitação. “E agora José?”
Paulo Gomes ©
ENAP 246
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “Se não participou da fase de análise de
documentos habilitatórios, mas sim seu suplente, a
responsabilidade sobre a decisão recai sobre este”
(ILC de abril/2001, pergunta 2); todavia, é
recomendável que se faça constar em ata a ressalva
quanto aos licitantes cuja habilitação entenda
irregular, consoante previsão do § 3.°, art. 51 da Lei
n.° 8.666/93, de autoria do Senador Pedro Simon,
Relator do Substitutivo do Senador Federal ao Projeto
PLS n.º 59/92 (PLC n.º 1.491-D, de 1991, do Dep.
Luís Roberto Ponte).
Paulo Gomes ©
123
ENAP 247
CASO
• É possível a participação de um mesmo servidor
público municipal em duas comissões de licitação,
sejam elas permanentes ou não?
Paulo Gomes ©
ENAP 248
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, “desde que não haja prejuízo
para os trabalhos respectivos” (SANTOS, Aires
Roberto dos. Treinamento sobre licitações. Brasília:
Edição da Consultoria Jurídica do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento, 1998, p. 3).
Paulo Gomes ©
124
ENAP 249
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 250
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim; “a autoridade competente poderá
designar como pregoeiro qualquer servidor do órgão
promotor da licitação, não existindo qualquer vedação
legal, tanto na MP quanto na Lei n° 8.666/93, de que o
presidente ou os membros da comissão de licitação sejam
designados como pregoeiro. Note-se que a autoridade
competente deverá verificar se é compatível, pela
quantidade de serviços a serem executados pelos
membros da CPL, que eles acumulem essas funções. De
qualquer forma, entende-se que o presidente ou qualquer
membro da comissão permanente de licitação, que sejam
servidores do órgão, poderão ser designados pela
autoridade competente para a função de pregoeiro, não
existindo nenhuma vedação legal com relação a esse
procedimento” (ILC de junho de 2000).
Paulo Gomes ©
125
ENAP 251
CASO
• É possível a padronização de móveis em
órgão ou entidade públicos?
Paulo Gomes ©
ENAP 252
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, desde que demonstrada (nos autos) a
efetiva vantagem que se aufere dessa padronização (vide inc.
I, art. 15 e BLC n.° 8/94, p. 381). Lembre-se, treinando amigo,
há três coisas, em matéria de licitação pública, que muito
facilitam o cotidiano das repartições, quais sejam: a
padronização (inc. I, art. 15); a pré-qualificação (art. 114; vide
processo n.° 013.121/92-8, Decisão n.° 411, Ata 36/92-
TCU/1.ª C, in DOU de 23/10/92, ps. 14.935/50; e BLC de
jan/2001, p. 45) e o registro de preços (inc. II, art. 15 e
Decreto Federal n.° 3.931, de 19/09/2001, alterado pelo
Decreto Federal n.° 4.342, de 23/08/2002). Fique conectado!
O Tribunal de Contas da União determinou à Petrobrás que
evitasse a especificação do produto pela sua marca, em
desacordo com o inciso I, art. 25 da Lei nº 8.666/93, sem que
restasse comprovada a padronização necessária à justificativa
da contratação direta (item 9.6.1, Acórdão nº 723/2005-TCU-
Plenário, D.O.U. de 20.06.2005, S. 1, p. 137).
Paulo Gomes ©
126
ENAP 253
CASO
• É possível a aquisição direta de software,
com fundamento na inviabilidade de
competição?
Paulo Gomes ©
ENAP 254
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Depende. Em existindo prévia e
motivada (em termos técnicos) padronização, poderá
fazê-lo; entretanto, em situações normais de
temperatura e pressão, em existindo no mercado
outros programas que, indistintamente, atendam às
necessidades da Administração, impõe-se o
procedimento licitatório (vide entendimento do
Tribunal de Contas da União no processo n.°
001.777/97-1, in DOU de 29/06/1998, p. 23).
Paulo Gomes ©
127
ENAP 255
CASO
• Quando todas as propostas forem
desclassificadas (decorrido o prazo recursal do
art. 109) e, na via de conseqüência,
convocadas as empresas a apresentarem
novas propostas no prazo de 8 dias úteis; na
hipótese de serem novamente desclassificadas
as propostas, o que fazer?
Paulo Gomes ©
ENAP 256
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Segundo o BLC n.° 10/94,
p. 493, “parece ficar patente a inexistência de
interesse das proponentes em atender aos
termos do edital. Nada mais resta, pois,
senão declarar a licitação fracassada e
realizar outro procedimento” (inc. V do art.
24).
Paulo Gomes ©
128
ENAP 257
CASO
• A não apresentação de proposta pelos convidados
permite à Administração contratar com quem foi
convidado e não compareceu, com base no inc. V do
art. 24?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 258
129
ENAP 259
CASO
• Na hipótese de o contratado rescindir o
contrato pagando a multa prevista, poderá o
mesmo participar de posterior licitação para
continuar os serviços?
Paulo Gomes ©
ENAP 260
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Uai, sô! Depende [;)]!! É
desaconselhável a aceitação da referida
empresa para participar do certame para o
mesmo objeto; ressalvada a ocorrência de
motivo justo, aceito pela Administração, já
comprovadamente superado (vide BLC n.°
11/94, p. 550). Há que se estudar o caso
concreto; sem embargos à ação do “agente
43-§3.°”. Ademais, só está impedida de
participar de licitação, a priori, a empresa
apenada anteriormente com o inciso III ou
o inciso IV, art. 87 da Lei n.° 8.666/93.
Paulo Gomes ©
130
ENAP 261
CASO
• Pode-se explicitar em cláusula do
instrumento de contrato a previsão,
para o Poder Público, de multa ou
indenização, em caso de rescisão
contratual?
Paulo Gomes ©
ENAP 262
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, segundo a
Súmula/TCU/n.° 205, conforme segue:
“É inadmissível (...) a inclusão, nos
contratos administrativos, de cláusula
que preveja, para o Poder Público,
multa ou indenização, em caso de
rescisão”.
Paulo Gomes ©
131
CASO
ENAP 263
ENAP 264
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Segundo o BLC n.° 12/94, p. 591,
não havendo decisão transitada em julgado, não há
óbice à empresa em continuar a participar do
certame, porquanto evidências não tem o condão de
afastar o licitante do procedimento licitatório; cabendo
à Administração utilizar-se da faculdade contida no §
3.° do art. 43, quanto à diligência com o mister de
esclarecer ou complementar a instrução do processo
(vide Instrução Normativa/SRF/n.° 93, de 23/11/2001,
publicada no DOU de 12/12/2001).
• Obs: sobre a diferença de quitação e de regularidade,
recomendamos a leitura do BLC de nov/2002, p. 779.
Paulo Gomes ©
132
ENAP 265
CASO
• Diante de Certidão Negativa de Débito
para com a Fazenda Estadual constando
“débito parcelado” (e com prova do
adimplemento de cada parcela vencida)
ou “débito ajuizado” (e garantido com a
penhora de bens) pode a Administração
aceitá-la?
Paulo Gomes ©
ENAP 266
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, nos termos do inciso III do
art. 29 da Lei n.° 8.666/93, combinado com os
artigos 205 e 206 do Código Tributário Nacional
(Lei n.° 5.172/66) (vide Parecer COG – 950/93,
do TC-SC, processo n.° 22.387/30, de 09/02/94).
• Atenção: a penhora em processo de execução
fiscal, desde que suficiente para garantir todo o
juízo, possibilita a expedição, pelos respectivos
órgãos fazendários, de certidão positiva com
efeitos de negativa (vide art. 206 do Código
Tributário Nacional e Súmula/TFR/n.° 38).
Paulo Gomes ©
133
ENAP 267
CASO
• Relativamente ao ISSQN, qual a alíquota a
ser aplicada pela Administração contratante,
a do município da empresa ou a do local
onde o serviço foi efetivamente prestado (DF,
por exemplo)?
Paulo Gomes ©
ENAP 268
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Depende da espécie de serviço prestado. As
leis distritais de n.°s 294, de 21/07/92, e 405, de 03/12/92,
ambas do Distrito Federal (tratando do local da incidência do
ISS, relativamente à prestação de serviços no âmbito dos
órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta da
União) devem ser analisadas, agora, à luz dos incisos do art.
3° da Lei Complementar n° 116, publicada no dia 01 de
agosto de 2003. Vide legislação tributária do DF no site:
http://www.fazenda.df.gov.br/
O Tribunal de Contas da União determinou que fossem
observadas as mudanças ocorridas na legislação sobre a
retenção e o recolhimento dos tributos e contribuições nos
pagamentos efetuados a pessoas jurídicas por órgãos da
Administração Pública Federal (item 1.3, TC-010.307/2004-
4, Acórdão nº 970/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de
01.06.2005, S. 1, p. 132).
Paulo Gomes ©
134
ENAP 269
CASO
• O interessado em participar de certame está
obrigado a adquirir o edital (acompanhado ou não
de pastas, cadernos…)?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 270
135
COMENTÁRIO
ENAP 271
ENAP 272
CASO
• Em existindo previsão de multa no corpo do
instrumento de contrato, poder-se-ia relaxá-la
por tratar-se de fornecedor antigo?
Paulo Gomes ©
136
ENAP 273
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, em face do princípio da
indisponibilidade dos bens e interesses públicos. A
multa contratual só poderá deixar de ser cobrada,
em caráter excepcional, se o contratado faltoso tiver
condições de justificar o seu comportamento (vide
BLC n.º 12/93, p. 531). Às vezes, o descumprimento
contratual se deve a condições atípicas criadas pela
própria Administração (vide, por exemplo, teor da
Súmula/TCU/n.° 191; § 1.°, art. 57 da Lei n.°
8.666/93; e BLC n.° 5/2002, p. 338). Atenção
redobrada para o caso concreto!!!
Paulo Gomes ©
ENAP 274
CASO
• É permitido à Administração fixar como
critério de desempate, num procedimento
licitatório típico, o maior prazo de pagamento
ou o menor prazo de entrega do bem?
Paulo Gomes ©
137
ENAP 275
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, a lei é taxativa ao fixar o critério
de desempate entre propostas, consoante o § 2.° do
seu art. 45 (sorteio em ato público) (vide BLC n.º
06/97, p. 307). Entretanto, há que se diferenciar esta
pergunta daquela possibilidade de processo seletivo
entre diversos representantes comerciais
(inexigibilidade de licitação).
¾ Atenção: a) o TCU não aceitou o uso de nota técnica
como critério de desempate (cf. Decisão/TCU/n.°
153/92-P, processo n.° TC-008.142/92-0, in DOU de
23/04/92); b) sobre o critério de desempate a ser
adotado na aquisição de bens e serviços de
informática no âmbito da Administração Pública
Federal, sugerimos a leitura da pergunta 7 do ILC de
julho/98. Paulo Gomes ©
ENAP 276
CASO
• Se no decorrer do processo licitatório
terminar o mandato da Comissão, qual o
procedimento correto?
Paulo Gomes ©
138
COMENTÁRIO
ENAP 277
ENAP 278
CASO
• A comissão de licitação poderá ser composta
apenas por detentores de cargos em
comissão (comissionados sem vínculo)?
Paulo Gomes ©
139
COMENTÁRIO
ENAP 279
ENAP 280
CASO
• Faça um “ti-ti-ti” com o(a) seu(sua) colega ao
lado sobre um edital do Prefeito Omar Telada
para aquisição de um automóvel “tipo Kombi ou
assemelhado” (sem caracterização adicional).
Dê a sua nota: ( ) ZERO, ou ( ) DEZ.
Paulo Gomes ©
140
ENAP 281
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Zero. Numa licitação pública, o objeto
deve ser definido de forma precisa e completa, tanto
no projeto básico quanto no edital, a fim de que seja
fornecido aos licitantes todo o conjunto de elementos
necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado para caracterizar o objeto da licitação,
consoante inc. IX do art. 6.°, e inc. I, art. 40 da Lei
n.° 8.666/93, de forma a garantir a contratação do
objeto mais adequado ao município, em termos
qualitativos e quantitativos, sem embargos à
homogeneização, objetividade e igualdade de
tratamento às empresas licitantes (vide
Decisão/TCU/n.° 695/95, in DOU de 11/11/96, p.
233.950). Paulo Gomes ©
ENAP 282
CASO
Paulo Gomes ©
141
ENAP 283
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não; em licitação pública deve-se
admitir apenas a participação de seguradoras, haja
vista que o Tribunal de Contas da União, no processo
n.° 010.330/95-0 (in DOU de 04/09/95, p. 13.620),
entendeu ser vedada a corretagem na contratação de
seguros pela Administração Pública, em consonância
com o § 1.°, art. 1.° Decreto n.° 59.417, de 26/10/66,
e o art. 23 do Decreto-lei n.° 73, de 21/11/66 (vide
ILC de julho/98).
¾ Atenção: devido ao art. 2.° da Lei n.° 8.666/93, que
impõe a prévia licitação pública, está derrogada a
forma de contratação direta pela Administração
Pública, mediante sorteio.
Paulo Gomes ©
ENAP 284
CASO
• A título de curiosidade, quais as atividades,
no âmbito do Governo Federal, que poderão
ser objeto de execução indireta
(terceirização)?
Paulo Gomes ©
142
ENAP
COMENTÁRIO
285
ENAP
COMENTÁRIO
286
143
ENAP 287
CASO
• É lícito à Administração recusar-se a divulgar os
nomes das empresas que adquiriram o edital, a fim
de evitar possíveis acordos prévios entre as
licitantes?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO
288
144
ENAP 289
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO (cont.) - A Gazeta Mercantil de
18/07/2000 dá notícia de que o TRF da 1.ª
Região, em Brasília-DF, determinou à
Prefeitura de Salvador que permita à
construtora italiana Impregilo SpA o exame
integral dos documentos do processo
licitatório para a construção do metrô de
Salvador (à conta de $ do BIRD, no valor US$
307 milhões), encerrado há 9 meses (out/99),
com a assinatura de contrato com o consórcio
Camargo Corrêa-Andrade Gutierrez-Siemens,
2.° colocado na licitação. Paulo Gomes ©
ENAP 290
CASO
• É permitido que a Comissão Permanente de
Licitação exija a apresentação de amostras do
objeto, para testes, na fase de habilitação
e/ou julgamento em uma licitação por menor
preço?
Paulo Gomes ©
145
ENAP 291
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, em que pese a antiga
Decisão Sigilosa n.° 575/95-Plenário-TCU (Ata n.°
49/95; TC n.° 006.044/95-6, in DOU de 28/11/95)
afirmar que sim (vide BLC n.º 07/97, p. 363).
Segundo recentes entendimentos do Tribunal de
Contas da União, tal procedimento não encontra
amparo na Lei n.° 8.666/93, consoante: alínea
“a”, subitem 8.2 da Decisão n.º 201/1999-TCU-
Plenário, in DOU de 20/05/99 (vide também BLC
n.° 08/99, p. 409); Decisão n.° 450/2000-TCU-
Plenário, item 8.3, in DOU de 13/06/2000, S. 1, p.
49; e item 8.2.1 da Decisão n° 1102/2001-TCU-
Plenário, in DOU de 24/01/2002. ...
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 292
146
ENAP 293
CASO
• Pode-se utilizar o prazo previsto no inc. II,
art. 57 da Lei n.° 8.666/93 quanto a
fornecimento mensal de água mineral?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 294
• COMENTÁRIO - Não, pois que não é serviço; “vide” BLC 08/97, p. 409.
Deve-se “evitar o enquadramento como serviço do que seria, por definição
legal, compras” (item 8.3.8 da Decisão/TCU/n.° 359/95-Plenário e do
Relatório do Ministro Relator do proc. TC 005.110/95-5, Acórdão/TCU/n.°
149/96 - Plenário - Ata 37/96). Pela citada Decisão/TCU/n.° 359/95, o
fornecimento mensal de água mineral se trata de compra (com entrega
parcelada até 31/12, cf. Decisão/TCU/n.° 50/96, in DOU de 30/04/96, p.
5.558; vide BLC n.° 7/99, p. 357), não se enquadrando, por consequência,
nas exceções mencionadas no art. 57 da Lei 8.666/93 (a duração deve
limitar-se à vigência dos respectivos créditos). Veja inc. III, art. 15 do Lei
n.° 8.666/93.
• Em tempo: Na Administração Pública Federal, a aquisição de insumos “in
natura” (hortifrutigranjeiros, alface, p.e.; vide BLC n.° 4/2002, p. 264) para
o preparo de refeições tem sido considerada como compra (3390.30.07 -
material de consumo-gêneros de alimentação, cf. NE/STN/n.° 4/97, de
31/10/97); enquanto que a aquisição de refeições preparadas tem sido
caracterizada como serviços de terceiros (33490.39.41 - fornecimento de
alimentação, cf. NE/STN/n.° 4/97). Ver Portaria/STN/n.° 448, de 13/09/02.
• Conferir também ILC n.° 41, de jul./97, p. 503, sobre a distinção entre
compra e prestação de serviços; e BLC de abril/2001, p. 273. Paulo Gomes ©
147
ENAP 295
CASO
• Duas empresas com denominações
diferentes, mas com sócios comuns (laços de
família), podem participar de uma mesma
licitação, ainda que convite, considerando
que houve uma denúncia sobre o assunto?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 296
148
ENAP 297
CASO
• Pode participar de certame licitatório
parente de servidor ou de dirigente em
exercício no órgão ou entidade
contratante (irmão do Prefeito, por
exemplo)?
Paulo Gomes ©
ENAP 298
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Em que pese o inciso II, art. 9.° da
Lei n.° 8.666/93 não vedar tal participação (vide, em
sentido afirmativo, processo n.° 17.546/37-93 do TC-
SC; Resolução/TC-PR n.° 4.492/94; e Decisão n°
603/97-TCU-Plenário, esta última diante de
especificidades do caso concreto), mais
recentemente o próprio Tribunal de Contas da União
– na instrução do Acórdão n° 138/2003-TCU-1ª
Câmara (DOU de 20.02.2003) – não aceitou
contratação de empresa (vencedora de licitação) cujo
irmão do Prefeito é sócio, nem a participação, no
referido certame licitatório, de outra empresa na qual
um dos sócios era a esposa do Prefeito.
Paulo Gomes ©
149
ENAP 299
CASO
• Pode uma empresa de propriedade do
Prefeito, única fornecedora do bem a ser
adquirido pela Prefeitura de Carrasco Bonito-
TO, ser contratada sob a ótica da
inexigibilidade de licitação?
Paulo Gomes ©
ENAP 300
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
150
ENAP 301
CASO
• É possível a contratação, pela Prefeitura de
Coxixola-PB, de firma que tenha como sócio
cotista o Secretário Municipal de Obras?
Paulo Gomes ©
ENAP 302
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
151
ENAP 303
CASO
• Numa licitação por itens, quando todas as propostas
são desclassificadas, a empresa que não cotou
determinado item anteriormente pode fazê-lo na
reapresentação de sua 2.ª proposta (§ 3.° do art. 48,
da Lei n.° 8.666/93, com a redação dada pela Lei n.°
9.648, de 27/05/98)?
Paulo Gomes ©
ENAP 304
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, consoante § 3.°, art. 48 da Lei
n.° 8.666/93 (vide BLC 10/97, p. 519). Esse
acontecimento se dá como se fosse a primeira vez que
as propostas estivessem sendo apresentadas.
Ademais, a cotação (agora) de item não cotado na
proposta de então permite maior competitividade e
isso dá margem à Administração Pública para escolher
a melhor proposta.
Paulo Gomes ©
152
ENAP 305
CASO
• A Administração, ao invés de cobrar pena
pecuniária por atraso injustificado da
contratada, pode aceitar que a empresa lhe
preste um serviço?
Paulo Gomes ©
ENAP 306
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois a pena para atraso
injustificado, nos termos do art. 86 da Lei n.°
8.666/93, é a multa. Em se procedendo daquela
forma, poderia caracterizar-se uma burla ao princípio
da obrigatoriedade de licitar a que se sujeita a
Administração Pública (“vide” BLC n.° 11/97, p. 571).
¾ Atenção para o fato de que, às vezes, o atraso se
deve a situações criadas pela própria Administração
ou por fatores imprevisíveis (climáticos, p.e.); neste
sentido opera jurisprudência da 4.ª Turma, TRF da 1.ª
Região (in DJ de 16/02/01, S. 2, p. 3; ref. INCRA) no
sentido de que “é descabida a aplicação de sanção
contratual de multa por atraso na conclusão da obra
quando o retardamento na execução do contrato
decorre de chuvas reconhecidas, em documento, pelo
fiscal da obra” (o nosso “agente 67”).
Paulo Gomes ©
153
ENAP 307
CASO
• Conforme permissivo editalício, a
empresa proponente cotou os dois
itens, com a condicionante de que
somente forneceria os bens à
Administração se ganhasse
(concomitantemente) naqueles dois
itens. Isso é permitido?
Paulo Gomes ©
ENAP 308
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não. Deve ser evitado
prever, em edital, a possibilidade de
apresentação de propostas com qualquer
tipo de ressalvas, uma vez que cláusulas
dessa natureza não encontram amparo legal
e retiram do certame a transparência
necessária, dificultando, inclusive, as
atividades de controle e fiscalização
(Decisão n° 0197-10/2000-TCU-Plenário).
Paulo Gomes ©
154
ENAP 309
CASO
• Numa compra de R$ 500 milhões em
equipamentos para hospitais da Marinha,
pode o edital de licitação prever cláusula que
proíba a participação, na concorrência, de
empresas brasileiras (com a possibilidade,
apenas, da participação de empresas
francesas, inglesas, italianas e suecas)?
Paulo Gomes ©
ENAP 310
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não; tal exigência, inclusive,
foi objeto de matéria na revista Veja de
12/09/2001 (edição 1.717, ano 34, n.° 36, pág.
32) sob o título “Brasileiro não entra”. Na
referida reportagem, consta que a Justiça
Federal barrou tal devaneio [:(]. Deu água!!!
Paulo Gomes ©
155
ENAP 311
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 312
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim; “assim procedendo, a
Administração não estará cometendo qualquer
excesso em face da Lei de Licitações e, por
outro lado, estará se garantindo quanto à
licitude do procedimento de importação
realizado pelo contratado, intrinsecamente
relacionado à segurança na plena satisfação do
interesse público” (ILC de mai/2002, p. 408).
Paulo Gomes ©
156
ENAP 313
CASO
• Associação de municípios, mesmo sendo entidade com
personalidade jurídica de direito privado, está sujeita
à regra da licitação pública prevista na Lei n.° 8.666,
de 21/06/93, nas aquisições de bens e contratações
de serviços? E os consórcios municipais?
Paulo Gomes ©
ENAP 314
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, pois “são constituídas, mantidas e
controladas pelos próprios Municípios, estando,
portanto, sujeitas à regra da licitação” (FERRAZ, Luciano
de Araújo. Licitações - estudos e práticas. Rio de
Janeiro: Ed. Esplanada, 1998, p. 103), numa analogia ao
disposto no art. 1.° da Lei n.° 8.429, de 02/06/92.
“Dessa forma, se o Poder Público participar com mais de
50% do patrimônio e/ou receita anual da entidade,
pode-se considerá-la sujeita à regra da licitação”
(FERRAZ. Op. cit., p. 22) (Vide resposta do TCE/MG à
Consulta n.° 440.497, do CETEC, publicada na Revista
do Tribunal de Contas de Minas Gerais, Ano XV, n.° 4, p.
150 et seq., 1997). Idem para os consórcios municipais.
Indicamos a leitura da Lei nº 11.107, de 06 de abril de
2005, que dispõe sobre os consórcios públicos.
Paulo Gomes ©
157
ENAP 315
CASO
• Pode-se fixar em edital de licitação da
Prefeitura de Pessoa Anta-CE, para aquisição
de combustível, cláusula exigindo que as
empresas tenham sede na praça do órgão
contratante?
Paulo Gomes ©
ENAP 316
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Em que pese o inc. I, § 1.° do art.
3.° vedar cláusulas restritivas à participação de
eventuais interessados em critérios afetos à sede ou
domicílio dos pretensos licitantes, o caso sob exame é
excepcional diante dos impositivos de economicidade
(art. 70 da CF/88), desde que plenamente justificado
(nos autos) pelas necessidades colimadas. Os
Tribunais de Contas têm agido com bom-senso diante
de casos do gênero (vide BLC n.° 03/98, p. 155; e
BLC n.° 03/01, de março/2001, p. 210).
• Sugestão do “compasso”, tendo como origem a sede
da Prefeitura de Pessoa Anta-CE, desde que
tecnicamente justificado nos autos.
• Sobre a situação de o procedimento licitatório implicar
em gastos excessivos, que não se justificam em
termos econômicos, cf. TC/MG, pr. 116.009-5/93, de
28/04/94. Paulo Gomes ©
158
ENAP 317
CASO
• Se no município de Sem Peixe-MG existe
somente um posto de gasolina, é possível a
inexigibilidade de licitação?
Paulo Gomes ©
ENAP 318
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Uai, sô! Depende!! [;)] “Somente
será possível dar-se como inexigível a licitação se o
fornecimento do combustível por outros postos
localizados em municípios circunvizinhos implicar
gastos excessivos, prévia e devidamente
comprovados, os quais não justificam
economicamente a licitação, inviabilizando a
competição. Caso contrário, a licitação é obrigatória”
(FERRAZ, Luciano de Araújo. Licitações - estudos e
práticas. Rio de Janeiro: Ed. Esplanada, 1998, p. 109).
Em tempo, há que se inserir no processo comprovante
do órgão de registro do comércio que evidencie a
existência, no município de Sem Peixe-MG, de apenas
aquele posto de gasolina.
Paulo Gomes ©
159
ENAP 319
CASO
• Pode-se contratar para o fornecimento de
combustível, ao município de Naque-Nanuque
(MG), posto de gasolina de propriedade do
Prefeito?
Paulo Gomes ©
ENAP 320
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
160
ENAP 321
CASO
• Em existindo no município de Óleo-SP apenas
dois postos de gasolina, é necessário fazer o
convite?
Paulo Gomes ©
ENAP 322
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, “a existência no município de
apenas dois fornecedores de combustíveis não impede
a realização do processo licitatório na modalidade
convite” (vide art. 22, § 7.°, da Lei n.° 8.666/93),
conforme já decidiu o Tribunal de Contas do Estado
de Santa Catarina no processo n.° 10.291/34, de
04/11/93.
“Não se deve adjudicar licitação na modalidade
convite com menos de três propostas válidas por item
licitado, para não ferir o disposto no art. 22, § 7°, da
Lei n° 8.666, de 1993” (Decisão n° 472/1999-TCU-
Plenário).
Paulo Gomes ©
161
ENAP 323
CASO
• Faculta-se à Administração utilizar-se da
prerrogativa prevista no § 1.°, art. 65 da Lei
n.° 8.666/93, antes da efetiva contratação?
Paulo Gomes ©
ENAP 324
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não (vide BLC n.° 03/98, p.
158).
Paulo Gomes ©
162
ENAP 325
CASO
• A redução além dos limites previstos no art.
65, § 1.°, da Lei n.° 8.666/93 obriga o
contratado à sua aceitação?
Paulo Gomes ©
ENAP 326
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, considerando não
se tratar de “registro de preços”; a
redução somente poderá prosperar
mediante acordo de vontade entre as
partes. Subsistirá, pois, no caso
concreto, o direito do contratado de
pleitear a rescisão com base no art. 78,
inc. XIII, do Estatuto, se porventura
não concordar com a redução
pretendida (vide BLC n.° 04/98, p.
219). Paulo Gomes ©
163
ENAP 327
CASO
• No caso de concurso público federal, é
permitida a contratação direta de empresa
organizadora, ou a licitação é obrigatória?
Paulo Gomes ©
ENAP 328
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - O inciso XIII, art. 24 da Lei n.° 8.666/93
permite, em condições especialíssimas, a contratação
direta (em decorrência do § 4.°, art. 218 da CF/88). Vale
lembrar das exigências do inc. XIII: a) desde que o futuro
contratado (sem fins lucrativos) detenha inquestionável
reputação ético-profissional; b) os preços oferecidos
estarem compatíveis com os praticados no mercado,
observado o disposto no art. 26 (vide Decisão/TCU/n.°
470/93, TC-014.861/93-3, ref. CESGRANRIO; bem como
Decisão TC/PE n.° 1.416/95, processo n.° 9.506.712-7,
Sessão de 06/12/95); e c) o objeto da contratação seja
pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional (ILC n.°
24, de fev./96). “Se assim não for, dada a notória
viabilidade de competição entre entidades que prestam o
dito serviço, será imprescindível a realização de prévio
certame licitatório” (in BLC 05/98, p. 259; ver, ainda, BLC
de julho/2001, p. 449 e 450). Paulo Gomes ©
164
ENAP 329
CASO
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 330
165
ENAP 331
CASO
• Qual o melhor caminho para um órgão
municipal que adquire remédios para doá-los
à população carente, considerando-se que é
difícil realizar uma estimativa para eleição da
modalidade licitatória?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 332
Paulo Gomes ©
166
COMENTÁRIO
ENAP 333
ENAP 334
Paulo Gomes ©
167
ENAP 335
CASO
• Pode a Prefeitura Municipal iniciar nova
licitação anteriormente à anulação definitiva
do procedimento licitatório anterior?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 336
168
ENAP 337
CASO
• Pode a Administração firmar mais de um
contrato administrativo, concomitantemente,
para a execução do mesmo objeto?
Paulo Gomes ©
ENAP 338
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
169
ENAP 339
CASO
• Após adjudicação (por itens), num certame
de aquisição de material escolar, a empresa
vencedora alegou que houve engano na
formulação da proposta e que o preço correto
de determinado item corresponde ao dobro
daquele apresentado; e agora? [:(]
Paulo Gomes ©
ENAP 340
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Tendo em vista que já ocorreu a
adjudicação, a alegação do adjudicatário caracteriza-
se como recusa à assinatura do instrumento, com as
possíveis consequências do art. 81 (e art. 64, § 2.°)
da Lei n.° 8.666/93, devendo a Administração
convocar (convidar) os licitantes remanescentes, na
ordem de sua classificação, para assinar o termo de
contrato ou retirar o instrumento equivalente, nas
condições oferecidas pelo 1.° classificado. Não se
logrando êxito, proceder-se-á a novo certame (vide
BLC 06/98, p. 323).
Paulo Gomes ©
170
ENAP 341
CASO
• A empresa prestadora de serviços de
limpeza/conservação Porca Leão Ltda.,
convidada pelo Ministério X, apresentou
sua proposta contendo rasura, emenda
e borrão. A CPL deve aceitar tal
papelucho?
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ENAP 342
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
171
ENAP 343
CASO
• A empresa prestadora de serviços de
vigilância/segurança Esmero Ltda., em
licitação promovida pela Autarquia Y, trocou o
conteúdo dos envelopes de documentação e
de preço. A CPL deve aceitar tal “troquinha”?
Paulo Gomes ©
ENAP 344
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
172
ENAP 345
CASO
• Numa licitação pública para obra, pode
a autoridade superior à CPL excluir do
certame empresa proponente sob a
alegação verbal de que a referida
pessoa jurídica, no passado recente,
executou mal uma obra?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 346
• COMENTÁRIO - Não, pois que não existe decisão ou registro anterior sobre
o fato (vide Tribunal de Alçada/SP, in RDP 24/197); “o alijamento do
certame apenas poderá prosperar se a licitante não preencher os requisitos
habilitatórios ou tiver sua proposta desclassificada, na forma da lei. (…) Para
evitar problemas desta natureza é extremamente importante que a
Administração realize um efetivo acompanhamento da execução contratual,
a fim de que eventuais irregularidades sejam corrigidas a tempo. Caso a
contratada venha a causar algum prejuízo ao interesse público, deverá a
Administração instaurar procedimento específico tendente a apurar a
gravidade dos atos praticados, aplicando à empresa desidiosa a sanção
devida, assegurando a esta, evidentemente, o direito de exercer o
contraditório e a ampla defesa” (BLC de julho/2001, p. 451).
“É competência da Comissão de Licitação processar e julgar a licitação.
Inadmissível a possibilidade de transferir para a autoridade superior ou para
a chamada 'Comissão Superior de Licitação' a responsabilidade pela
obrigatória verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos
do edital, bem assim dos preços ofertados com os de mercado (...) a
autoridade superior somente pode homologar a licitação e adjudicar o
objeto ao licitante vencedor" (Voto do Relator, relativamente ao Acórdão nº
397/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 08.04.2005, S. 1, p. 115). Cuidados
redobrados para evitar interferências ilegítimas de autoridades superiores
nos trabalhos da CPL, pois que ela não pode ser “comissão marionete”!
Paulo Gomes ©
173
ENAP 347
CASO
• A Câmara Municipal possui legitimidade para
decidir qual será o órgão oficial do Município?
Paulo Gomes ©
ENAP 348
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
174
ENAP 349
CASO
• Uma empresa que não tenha empregados
registrados, pelo fato de ser recém
constituída, pode requerer certidão negativa
de débitos no INSS?
Paulo Gomes ©
ENAP 350
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
175
ENAP 351
CASO
• Após a entrega das propostas em uma
concorrência, a autoridade competente
(aquela que assinou o edital ou a carta-
convite, p.e.) pode determinar a revogação
da licitação por motivo de contenção de
despesas?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 352
176
ENAP 353
CASO
• Em quanto tempo decai o direito de anular os
atos administrativos inquinados de
irregularidade de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários?
Paulo Gomes ©
ENAP 354
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Em termos de segurança jurídica, o
direito de a Administração anular os atos
administrativos decai em cinco anos (prescrição
qüinqüenal), contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má fé, conforme Lei n.°
9.784, art. 54, caput, bem como item 33 do
Parecer/AGU/GM-002, in DOU de 20/04/2.000, Seção
1, p. 17, repisando entendimento anterior do Decreto
n.° 20.910, de 06/01/1932.
Paulo Gomes ©
177
ENAP 355
CASO
Paulo Gomes ©
ENAP 356
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
178
ENAP 357
CASO
• Pode-se dispensar o instrumento de contrato,
no caso de compras, quando existir a
obrigação de o fornecedor prestar assistência
técnica (inspeção periódica, substituição de
peças após um ano, etc.)?
Paulo Gomes ©
ENAP 358
COMENTÁRIO
Paulo Gomes ©
179
ENAP 359
CASO
• Considerando a exigência, em edital, da
apresentação das propostas em duas
vias, é obrigatória a desclassificação da
proposta de determinada empresa que
apresentou o menor preço, porém em
somente uma via, descumprindo o
edital?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 360
180
ENAP 361
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Por oportuno, o Egrégio
Tribunal de Contas da União (item 8.2 da
Decisão n° 681/2000-TCU-Plenário, in DOU de
01.09.2000) determinou à Companhia Docas do
Maranhão “que se abstenha de desclassificar
propostas de licitantes com base em critérios
formais irrelevantes para a sua aferição e não
tragam prejuízo aos demais licitantes ou à
Administração”.
Paulo Gomes ©
ENAP 362
CASO
• Considerando a exigência, em edital, que as
propostas consignassem valores em algarismos
e por extenso. Uma empresa licitante
apresentou proposta na qual o valor constava
apenas em algarismos e grafada segundo
padrão norte-americano (com vírgulas, e não
pontos, para indicar os milhares). A Comissão
deveria desclassificar a proposta?
Paulo Gomes ©
181
ENAP 363
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, conforme decisão
prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça no
julgamento do MS n.° 5.418/DF, quando
manifestou entendimento no sentido de que a
redação da proposta, ainda que não
coincidente com a exigência editalícia, não
acarretava dúvida acerca do montante ofertado
(vide BLC n.° 01/2002, p. 65).
Paulo Gomes ©
ENAP 364
CASO
• Ao descrever o objeto da licitação no edital, a
Administração inseriu determinadas
características que definem o produto de um
único fabricante, que, entretanto, possui
diversos fornecedores. Há alguma ilegalidade
nesta conduta?
Paulo Gomes ©
182
ENAP
COMENTÁRIO
365
ENAP 366
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Nos processos licitatórios, é
vedado adotar preferência de marca, a menos
que seja demonstrado, tecnicamente e de
forma circunstanciada, que somente uma
atende às necessidades específicas da
Administração, conforme disposto nos artigos
7°, § 5° e 15, § 7°, inciso I, da Lei n° 8.666, de
1993 (Decisão n° 664/2001-TCU-Plenário).
Paulo Gomes ©
183
ENAP 367
CASO
• Quando da abertura do envelope
documentação, em pregão, verificou-se que a
empresa com o melhor lance verbal
desatendeu às exigências habilitatórias.
Diante disso, o pregoeiro deverá chamar a
2.ª colocada para que ofereça preço nas
mesmas condições propostas, verbalmente,
pela primeira colocada, em analogia ao que
dispõe o § 2.°, art. 64 da Lei n.° 8.666/93?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO
368
Paulo Gomes ©
184
ENAP 369
CASO
• É permitido à Administração fixar no edital
prazo de validade das propostas superior ou
inferior àquele previsto no art. 64, § 3.° (60
dias), da Lei n.° 8.666/93?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 370
185
ENAP 371
CASO
• Dada a omissão do edital com relação à
possibilidade de prorrogação (serviço
contínuo, à luz do item 5.2.7 da IN/MARE/n.°
18/97), sendo esta admitida somente no
contrato, é possível que a Administração a
efetue?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 372
Paulo Gomes ©
186
ENAP 373
CASO
• Em 2002, haverá eleições estaduais e
federais. Isto posto, existe alguma vedação
legal relativa à realização de licitações e à
celebração de contratos administrativos em
virtude das eleições?
Paulo Gomes ©
ENAP 374
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, a Lei n.° 9.504, de
30/07/97, alterada pela Lei n.° 9.840, de
29/09/99, não trata do assunto. Todavia, é
oportuno lembrar que o art. 42 da Lei
Complementar n.° 101/2000 (LRF) veda, nos
últimos dois quadrimestres do mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa
ser cumprida integralmente dentro dele, ou que
tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para esse efeito (vide
BLC n.° 4/2002, p. 266).
Paulo Gomes ©
187
ENAP 375
CASO
• Num município pequeno, onde resta
comprovada amplamente a ausência de
servidores, pode-se reconduzir o Presidente
da Comissão pela terceira vez?
Paulo Gomes ©
ENAP 376
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Nos termos do art. 51, § 4.°, da Lei
n.° 8.666/93, tão-somente a recondução total dos
membros da Comissão está expressamente vedada;
nada obstando, por outro lado, a recondução de
alguns destes membros. Logo, em tese (defendida por
Diógenes Gasparini), poder-se-ia supor a possibilidade
da terceira investidura do Presidente da Comissão
(vide BLC n.° 03/99, p. 160, e ILC n.° 33, de nov./96).
Outra não foi a preocupação do legislador pátrio ao
redigir o § 1.°, art. 51 da Lei n.° 8.666/93. O próprio
entendimento do Tribunal de Contas da União - na
Decisão n.° 245/2000-TCU-Plenário (in DOU de
21/07/200, S. 1, ps. 64 e 65) - opera nesse sentido.
Paulo Gomes ©
188
ENAP 377
CASO
• O rodízio apenas dos membros suplentes da
Comissão Permanente de Licitação (CPL) é
permitido?
Paulo Gomes ©
ENAP 378
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, repetimos que tão-
somente a recondução total dos membros da
Comissão está expressamente vedada.
Paulo Gomes ©
189
ENAP 379
CASO
• O Tribunal de Contas da União (TCU) admite,
em caso excepcional, que sejam
ultrapassados os limites dos §§ 1.° e 2.°, art.
65 da Lei n.° 8.666/93, em contratos
administrativos? E nos convênios? Poder-se-ia
prorrogar um contrato administrativo,
tratando-se de emergencialidade para
conclusão no prazo máximo de 180 dias?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 380
190
COMENTÁRIO
ENAP 381
ENAP 382
CASO
• E quanto à responsabilidade dos membros da
comissão de licitação?
Paulo Gomes ©
191
ENAP 383
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Segundo Yara Police Monteiro, os
funcionários da CPL “respondem administrativa, civil e
penalmente pela prática de atos contrários às
disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos,
pela conduta culposa ou dolosa que cause danos
patrimoniais ao erário público e pela prática de ilícitos
penais tipificados nos arts. 316 a 326, do Código
Penal”.
• “Ademais, respondem solidariamente pelos seus atos
nos termos do art. 51, § 3.°, do Estatuto Federal
Licitatório. Também respondem penalmente nos
termos do art. 89 usque 98 desse mesmo Estatuto”
(cf. o doutrinador Aires Roberto dos Santos).
Paulo Gomes ©
ENAP 384
CASO
• Quanto à comprovação da capacidade técnica
de empresas prestadoras de serviço de
vigilância, pode o edital de licitação exigir a
apresentação de atestados de capacidade
técnica comprovando que 50% dos serviços
de vigilância foram prestados em
estabelecimento bancário ou financeiro onde
haja guarda de valores, mencionando, ainda,
o número de postos contratados e o prazo de
vigência do contrato, além de especificar
determinadas regiões no Estado de Minas
Gerais?
Paulo Gomes ©
192
COMENTÁRIO
ENAP 385
ENAP 386
CASO
• Os atestados para a comprovação de aptidão
para o desempenho da atividade objeto da
licitação (obra ou serviço) podem ser
fornecidos pelas empresas de direito privado?
Paulo Gomes ©
193
ENAP 387
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim; pelo § 1.°, art. 30 da Lei n.°
8.666/93, os atestados poderão ser fornecidos por
pessoas jurídicas de direito público ou privado. “O
antigo TFR considerou inaceitável, porque
discriminatória, a exigência de que os atestados sejam
fornecidos somente pela Administração direta,
autarquias e sociedades de economia mista, excluindo
as empresas públicas e as de direito privado” (DJU de
10/03/88, p. 4.564; citado por Renato Geraldo Mendes
em sua obra Lei de licitações e contratos anotada, Znt
Editora, 1998, p. 85).
Paulo Gomes ©
ENAP 388
CASO
• Converse com o(a) colega ao lado sobre a
legalidade de um edital que contém cláusula
exigindo declaração da empresa de que
possui capacidade mensal de produção
instalada, até a data da abertura da licitação.
O que a dupla debateu a respeito no “ti-ti-ti”?
Paulo Gomes ©
194
ENAP 389
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Devem ser evitadas tais
exigências nos instrumentos convocatórios,
pois que só têm pertinência em relação a
licitantes vencedores, os quais devem adequar-
se às necessidades dos contratos
administrativos, sob o olhar criterioso dos
“Agentes 67” (vide Decisão/TCU/n.° 292/98, in
DOU de 03/06/98, p. 59).
Paulo Gomes ©
ENAP 390
CASO
• É legal a exigência editalícia de declaração
de existência, nos quadros da empresa
interessada, de pelo menos sessenta
digitadores que tenham sido contratados há
mais de noventa dias da data de publicação
do edital?
Paulo Gomes ©
195
ENAP 391
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, segundo
Decisão/TCU/n.° 292/98, in DOU de 03/06/98,
p. 59.
Paulo Gomes ©
ENAP 392
CASO
• São aceitáveis exigências, em edital, para que
os licitantes comprovem, na fase de
habilitação, que: a) estão efetivamente
realizando serviços equivalentes em forma e
quantidade?; e b) comprovem atividade ou
aptidão com limitações de tempo ou época,
ou ainda em local específico?
Paulo Gomes ©
196
ENAP 393
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois que inibem a participação
no certame (ver § 5.°, art. 30 da Lei n.° 8.666/93).
Quanto à descabida exigência de comprovação (de
equivalência) quanti-qualitativa, ver Decisão/TC-
PE/n.° 742/95, processo n.° 9.503.318-0, Sessão de
05/07/95; no tocante à letra “b” da pergunta (época e
local), conferir Decisão/TCU/n.° 292/98, in DOU de
03/06/98, p. 59.
O Tribunal de Contas da União determinou que não se
deve prever quesito de pontuação pelo tempo de
atuação da empresa licitante no ramo de prestação de
serviços nas áreas contempladas pela licitação, por
constituir-se em restrição injustificada ao princípio da
competitividade (item 9.2.3 do Acórdão nº 337/2005-
TCU-Plenário, DOU de 07.04.2005, S. 1, p. 197).
Paulo Gomes ©
ENAP 394
CASO
• Pode a Administração exigir os certificados da
série ISO (International Organization for
Standardization) quando da habilitação das
empresas licitantes em certame de menor
preço?
Paulo Gomes ©
197
ENAP
COMENTÁRIO
395
CASO
ENAP 396
198
ENAP 397
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não; a Administração deveria
proceder a inabilitação da empresa, conforme
BLC n.° 6/2002, p. 397.
Paulo Gomes ©
ENAP 398
CASO
• Em existindo no mercado estabelecimentos
que comercializam peças e acessórios
originais, com a conseqüente possibilidade de
competição, pode a Administração adquiri-los
por inexigibilidade de licitação?
Paulo Gomes ©
199
ENAP
COMENTÁRIO
399
ENAP
COMENTÁRIO
400
200
ENAP 401
CASO
• Com a revogação do Decreto Federal n.° 449,
de 17/02/92, pelo art. 16 do Decreto n.°
2.743, de 21/08/98, fica dispensada, para a
Administração, a comprovação (em ata de
julgamento) da verificação de conformidade
das propostas com os preços de mercado? E
no caso de fornecedor exclusivo, como
justificar o preço da contratação?
Paulo Gomes ©
ENAP
COMENTÁRIO 402
201
COMENTÁRIO
ENAP 403
ENAP 404
CASO
• A obrigatória pesquisa de preços que deve
ser realizada em toda licitação ou, para
justificar o preço em dispensas e
inexigibilidades, poderá ser feita
informalmente, por telefone, por exemplo?
Paulo Gomes ©
202
ENAP 405
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não há que se falar em
informalidade. “As pesquisas de caráter informal”,
sem a constituição de documentação
comprobatória, inibem o julgamento quanto aos
princípios basilares de impessoalidade e
moralidade, não sendo, desse modo, práticas
compatíveis com o tratamento da coisa pública
(Relatório que instruiu a Decisão n.º 481/2000 –
TCU - Plenário, in D.O.U. de 23.06.00). A pesquisa
de preços deve ser documentada (Decisão n°
481/2000-TCU-Plenário, in DOU de 23/06/2000).
Paulo Gomes ©
ENAP 406
CASO
• É permitida a realização de pesquisa informal
de preços (ligação telefônica, p.e.) para
verificação de compatibilidade dos preços
com os existentes no mercado (não se
tratando de “shopping”)?
Paulo Gomes ©
203
ENAP 407
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, conforme item 7.1.1
do relatório preparatório à Decisão n.º
481/2000-TCU-Plenário, in DOU de
23/06/2000, S. 1, p. 107.
Paulo Gomes ©
ENAP 408
CASO
• Num contrato de aluguel de imóvel para uso
de repartição pública federal, pode a
Administração reformar o prédio particular,
sem que haja previsão formal de que o valor
da reforma será posteriormente abatido dos
aluguéis mensais?
Paulo Gomes ©
204
ENAP 409
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, o Tribunal de Contas da União já
entendeu que tal fato (reforma em prédio de particular)
constitui-se em pagamento irregular, consoante Acórdão
n° 72/2003-TCU-2ª Câmara, in DOU de 17.02.2003.
Mais recentemente – e no mesmo diapasão – o
Controle Externo não aceitou a inexistência nos autos,
referente à recuperação (benfeitorias) de imóvel
particular alugado pela Administração, de documentação
de possível contrapartida por parte do locador com
relação às despesas relativas ao item recuperação (item
1.4.7, TC-013.704/2003-0, Acórdão nº 1.051/2005-TCU-
1ª Câmara, D.O.U. de 13.06.2005, S. 1, p. 97).
Paulo Gomes ©
ENAP 410
CASO
• Sempre que possível, a Administração deve
adquirir (de forma discricionária) diversos
bens (p.e. peças para reposição) em um
único procedimento licitatório, com vistas a
evitar fracionamento (ou fragmentação) de
despesas?
Paulo Gomes ©
205
COMENTÁRIO
ENAP 411
ENAP 412
CASO
• A Administração - diante da necessidade de
melhor aproveitar os recursos disponíveis no
mercado e visando ampliar a competitividade
– pode parcelar a compra de mesas e de
cadeiras, na convicção de que resultará em
vantagem para a Administração? Não estaria
o gestor público incorrendo em
fracionamento do objeto “móveis”?
Paulo Gomes ©
206
ENAP 413
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, a priori; tal hipótese está
prevista no § 1.°, art. 23 da Lei n.° 8.666/93.
“Para a legalidade do parcelamento devem ser
adotadas as seguintes cautelas: a) a necessária
conjugação dos fatores anteriormente indicados;
e b) a modalidade licitatória deve ser aquela
pertinente ao custo total aferido para a
contratação, mesmo que por qualquer motivo
não se tenha condições de licitar o todo (cf. art.
23, §§ 2.° e 5.°, da Lei n.° 8.666/93)” (BLC de
fev/2001, p. 151). Em tempo, a convicção da
Administração deverá estar demonstrada nos
autos. Paulo Gomes ©
ENAP 414
CASO
• É permitido à Administração
determinar, em edital, qual a
modalidade de garantia que as
empresas deverão prestar?
Paulo Gomes ©
207
ENAP 415
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois tal estipulação como,
por exemplo, a fiança bancária, “faz surgir vício de
ilegalidade no procedimento, ensejando sua
anulação com fulcro no art. 49 da Lei n.° 8.666/93
c/c Súmula n.° 473 do STF (autotutela)” (BLC n.º
4/99, p. 209). O Tribunal de Contas da União , em
processo n.° TC-600.176/98-3 (in DOU de
25/08/98), determinou a anulação de concorrência
em cujo edital constava exigência de garantia
somente na modalidade caução em dinheiro (vide
BLC n.° 2/99, p. 103; e BLC n.° 10/01, p. 647).
Paulo Gomes ©
ENAP 416
CASO
Paulo Gomes ©
208
ENAP 417
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois que a finalidade da
garantia é “assegurar a execução do objeto
contratual como um todo e não simplesmente
assegurar parcela desse objeto”, hipótese em que
a Administração seria lesada em relação às demais
parcelas que não poderão ser executadas e para
as quais não foi oferecida a garantia. Tal
parcelamento “não é conveniente, oportuno e nem
sequer admissível” (ILC de março/2001).
Paulo Gomes ©
ENAP 418
CASO
Paulo Gomes ©
209
ENAP 419
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - “A devolução da garantia é devida
após a fase de habilitação, aos inabilitados; de
classificação, aos desclassificados (Sic); escoado o
prazo de validade das propostas, aos que não
aceitarem prorrogar esse lapso e aos que desistirem
da proposta, desde que a desistência se dê antes de
devassado o envelope de propostas comerciais. (…)
Com a anuência da Administração quanto à retirada
da proposta, igualmente, terão direito à restituição da
garantia prestada para fins de habilitação. E
finalmente, com a adjudicação do objeto ao vencedor,
estarão os demais classificados (Sic) liberados das
obrigações assumidas através de suas propostas, de
modo que deve a Administração restituí-los da
garantia prestada” (ILC de fevereiro/2000, pergunta
6).
Paulo Gomes ©
ENAP 420
CASO
210
ENAP 421
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não, pois esses títulos
bastante antigos já prescreveram (em
02/07/1969), segundo os Decretos-leis de n.°
263, de 28/02/67, e de n.° 396, de dezembro
de 1968.
• Obs.: em caso de dúvida, sugerimos ao
interessado contactar a CODIP/STN-MF, em
Brasília-DF, nos tels. (61) 3412-3906 ou 3412-
3905; bem como a leitura atenta do
Parecer/PGFN/GAB/n.° 859/98, de 15/06/98,
aprovado pelo Senhor Ministro Pedro Sampaio
Malan e publicado no DOU de 06/07/98, S. 1,
ps. 13 a 17. Paulo Gomes ©
ENAP 422
CASO
• Na aquisição de veículos novos para a frota
da Prefeitura de Marcianópolis-GO, é possível
que veículos antigos sejam ofertados como
parte do pagamento, desde que constem (em
edital) as condições do pagamento?
Paulo Gomes ©
211
COMENTÁRIO
ENAP 423
ENAP 424
CASO
• É possível a aquisição, pela Prefeitura de Anta
Gorda-RS, de veículos usados? Seria preciso
licitar?
Paulo Gomes ©
212
ENAP 425
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim; “havendo possibilidade de
competição a licitação é obrigatória” (FERRAZ, Luciano
de Araújo. Licitações - estudos e práticas. Rio de
Janeiro: Ed. Esplanada, 1998, p. 114; vide processo
n.° 008.226/87-3, Ata 47/88-TCU/Plenário, in DOU de
6/10/88, ps. 19.618/43).
♥ Olha o “carro velho” da Ivete Sangalo aí, gente !!!
Paulo Gomes ©
ENAP 426
CASO
• Diante da constituição de uma nova
empresa do setor de segurança, a partir
da cisão de uma outra empresa do
ramo, onde trabalhava determinado
vigilante. Pode esta nova empresa ter
de responder solidariamente pelos
créditos trabalhistas devidos àquele
vigilante, já que inexistem leis
trabalhistas que regulamentem os
direitos dos empregados das empresas
nessas circunstâncias?
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213
COMENTÁRIO
ENAP 427
ENAP 428
CASO
• É possível a alegação de desequilíbrio
econômico-financeiro embasada no reajuste
salarial de trabalhadores ocorrido durante a
vigência do contrato, antes de decorrido o
prazo de um ano a que se refere o art. 28 e
seus parágrafos da Lei n.° 9.069/95?
Paulo Gomes ©
214
COMENTÁRIO
ENAP 429
ENAP 430
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO (cont.) - O Tribunal de Contas
da União posicionou-se no sentido de que,
em contratos de fornecimento de combustível
e óleos lubrificantes, devem ser especificados
mecanismos a serem utilizados pela
Administração para o acompanhamento dos
preços de mercado, estabelecendo critérios
objetivos que fundamentem os acréscimos ou
diminuições do valor contratado, em virtude
do reequilíbrio econômico-financeiro desses
contratos (item 1.8, TC-009.143/2004-7,
Acórdão nº 1.108/2005-TCU-1ª Câmara, DOU
de 22.06.2005, S. 1, p. 94).
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215
XXXXXX REAJUSTE REEQUILÍBRIO REPACTUAÇÃO REVISÃO
XXXXXX ECON.-FINANC. RECOMPOSIÇÃO
ÍNDICE Previsto no Não há previsão. Não há previsão Não há previsão.
contrato. (admite-se a
negociação).
COMENTÁRIO
ENAP 432
216
ENAP 433
CASO
• Qual a data a ser considerada para o início da
contagem do prazo para reajuste, reavaliação
ou repactuação de contratos, quando
permitido (vigência maior que 12 meses)?
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COMENTÁRIO
ENAP 434
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217
ENAP 435
CASO
• Qual o fundamento legal, recomendado pelos
Tribunais de Contas, para a prestação dos
serviços de distribuição da publicidade legal
dos órgãos e entidades da Administração
Pública, quando divulgada em veículos da
imprensa comum ou geral (jornais e revistas),
por intermédio de empresa pública específica
(p.e., RADIOBRÁS)?
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ENAP 436
COMENTÁRIO
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218
ENAP 437
CASO
• Se um profissional de elevadíssima
qualificação (“pós-doctor” pelo MIT, com
reputação internacional) foi condição para a
escolha de determinada pessoa jurídica para
a pactuação de contrato administrativo pela
via da notória especialidade, com fulcro na
inexigibilidade do inc. II, art. 25 da Lei n.°
8.666/93, e durante a execução do contrato
ele vem a falecer (morreu /), a
Administração pode continuar o contrato com
aquela pessoa jurídica?
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ENAP 438
COMENTÁRIO
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219
ENAP 439
CASO
• O § 1.°, art. 48 da Lei n.° 8.666/93 deixou de
contemplar as demais licitações do tipo
menor preço (que não de obra ou de serviço
de engenharia) dentro de sua regra de
inexeqüibilidade econômico-financeira; isto
posto, poderia a Administração cercar-se de
tal critério para todas as licitações de menor
preço?
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COMENTÁRIO
ENAP 440
220
ENAP 441
CASO
• Qual a diferença entre a Certidão de Quitação
de Tributos Federais e a Certidão Negativa da
Dívida Ativa da União? Ambas encontram
respaldo na lei?
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ENAP 442
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Em linhas gerais, a Certidão de Quitação
de Tributos Federais, expedida pela SRF, comprova que o
contribuinte não está em débito tributário com a União; a
Certidão Negativa da Dívida Ativa da União, expedida pela
PFN nos termos do art. 62 do DL n.° 147/67 e da Portaria
n.° 414, de 15/07/98, comprova que o contribuinte não
está sendo executado judicialmente (qualquer débito),
supondo-se, portanto, que não está em débito com a
União. “A Administração Pública pode exigir no
instrumento convocatório a apresentação de apenas uma
dessas certidões ou de ambas” (Sic, in BLC n.° 07/99, p.
355); todavia, na esfera federal, o TCU recomenda (TC-
775.024/95-3; bem como Decisão n.° 246, in DOU de
21/05/97) que, para fins do inc. III do art. 29, sejam
obrigatoriamente exigidas ambas as certidões (vide BLC
n.° 12/97, p. 622). Tal é o mandamento do art. 62 do
Decreto-lei n.° 147/67. Paulo Gomes ©
221
ENAP 443
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Quanto à Certidão Negativa da Dívida
Ativa da União, expedida pela PFN/MF, há que se ressaltar
que, às vezes, existe a inscrição, todavia ainda não houve
a execução (pela Gazeta Mercantil de 28/06/00, havia 80
mil execuções fiscais que ainda não tinham ido para a
Justiça; em relação ao INSS, o volume era de 38 mil); sem
embargos à possibilidade de o contribuinte recolher o
respectivo montante ao Tesouro Nacional, antes mesmo
da execução.
• Atenção 1: a Lei Orgânica da PGFN (DL n.° 147, de
09/02/67), no art. 62, traz: “Em todos os casos em que a
lei exigir a apresentação de provas de quitação de tributos
federais, incluir-se-á, obrigatoriamente, dentre aqueles, a
certidão negativa de inscrição de dívida ativa da União,
fornecida pela Procuradoria da Fazenda Nacional
competente” (ver ILC n.° 53, de julho/98, p. 667). Paulo Gomes ©
ENAP 444
COMENTÁRIO
COMENTÁRIO (continuação)
• Atenção 2: Conferir Instrução Normativa da
Secretaria da Receita Federal n.° 80, de
23/10/97; e Portaria da Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional n.° 414, de 14/07/98.
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222
ENAP 445
CASO
• É permitida a interposição de recurso via fac-
símile numa licitação comum (que não o
pregão), com o compromisso de apresentar o
original no prazo de cinco dias?
Paulo Gomes ©
ENAP 446
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sim, desde que previsto em edital;
numa analogia ao art. 2.° da Lei n.° 9.800, de
26/05/99 (in DOU de 27/05/99), que obriga a
apresentação do documento original em Juízo, no
prazo de cinco dias, dos atos processuais enviados por
fac-símile. “A mensagem transmitida por fac-símile
registra a data da operação, indispensável à
comprovação da tempestividade da interposição do
recurso, e, além disso, possibilita a confirmação de
seu recebimento” (in BLC n.° 8/99, p. 410).
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223
ENAP 447
CASO
• É válido o pregão com menos de três
empresas licitantes participando do certame
(e apresentando propostas)? (na verdade,
um “preguinho”) [:)]
Paulo Gomes ©
ENAP 448
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Sabe-se que, num pregão, serão abertos os
envelopes contendo as propostas. O autor da proposta de menor
valor, bem como os das com valores superiores até 10% em relação
àquela, poderão fazer novos lances. Caso não haja propostas dentro
desse patamar, os autores das três menores é que apresentarão
lances. Ressalte-se que a segunda regra é excludente da primeira.
Assim, somente no caso de não haver propostas até o patamar
máximo de 10% acima da menor ofertada é que se passará a reunir
as três menores para a apresentação de lances.
Todavia, em havendo apenas dois proponentes, caso o segundo
menor preço não tenha proposta até 10% maior que a menor
ofertada, as duas propostas participantes terão oportunidade de
oferecer lances verbais e sucessivos; passa-se à segunda regra,
conforme previsto no inciso IX, art. 4.° da Lei n.° 10.520, de
17/07/02, de conteúdo semelhante ao inc. VII, art. 11 do
Regulamento.
Não é necessária, portanto, a existência de três propostas no pregão,
o qual poderá ser processado com apenas um ou dois proponentes.
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224
ENAP 449
CASO
• No que consiste o fracionamento (ou fragmentação)
do objeto desejado pela Administração Pública ?
Paulo Gomes ©
COMENTÁRIO
ENAP 450
225
FRACIONAMENTO
ENAP 451
ENAP 452
CASO
• É lícito à Administração pulverizar uma
Tomada de Preços em diversos Convites sob
a argumentação da agilidade do
procedimento?
Paulo Gomes ©
226
ENAP 453
COMENTÁRIO
• COMENTÁRIO - Não. O Tribunal de Contas da
União considerou insubsistente a argumentação da
agilidade do procedimento, conforme
Decisão/TCU/n.° 529/98, in DOU de 25/08/98, p.
26. Quanto ao fracionamento (ilegal) de uma TP
em diversos Convites, o TCU também já se
manifestou, de forma contrária, na
Decisão/TCU/n.° 167/96, in DOU de 05/08/96, p.
14.673.
Paulo Gomes ©
ENAP 454
CASO
• O pagamento de instalação e mobilização para
execução de obras ou serviços, a que se refere o inc.
XIII do art. 40, configura-se na “antecipação de
pagamento”, vedada na forma da alínea “c”, inciso II,
art. 65 da Lei n.° 8.666/93?
227
COMENTÁRIO
ENAP 455
COMENTÁRIO
ENAP 456
Paulo Gomes ©
228
COMENTÁRIO
ENAP 457
ENAP 458
CASO
• É sabido que o “pagamento antecipado” é
vedado pelos arts. 62 a 64 da Lei n.°
4.320/64 e pelo art. 38 do Decreto n.°
93.872/86. Isto posto, não haveria
excepcionalidade em efetuá-lo
antecipadamente nos casos de prêmios de
seguro ou em se tratando de assinatura de
diários oficiais ou de jornais?
Paulo Gomes ©
229
COMENTÁRIO
ENAP 459
230